1) O documento é uma impugnação à contestação de um processo sobre danos morais decorrentes de problemas com locação de veículo. 2) A defesa alega que não houve abalo psíquico ou emocional que justifique indenização e que o pedido é exorbitante. 3) A impugnação rebate os argumentos da defesa e cita jurisprudência favorável ao autor.
1) O documento é uma impugnação à contestação de um processo sobre danos morais decorrentes de problemas com locação de veículo. 2) A defesa alega que não houve abalo psíquico ou emocional que justifique indenização e que o pedido é exorbitante. 3) A impugnação rebate os argumentos da defesa e cita jurisprudência favorável ao autor.
1) O documento é uma impugnação à contestação de um processo sobre danos morais decorrentes de problemas com locação de veículo. 2) A defesa alega que não houve abalo psíquico ou emocional que justifique indenização e que o pedido é exorbitante. 3) A impugnação rebate os argumentos da defesa e cita jurisprudência favorável ao autor.
1) O documento é uma impugnação à contestação de um processo sobre danos morais decorrentes de problemas com locação de veículo. 2) A defesa alega que não houve abalo psíquico ou emocional que justifique indenização e que o pedido é exorbitante. 3) A impugnação rebate os argumentos da defesa e cita jurisprudência favorável ao autor.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2º VARA
CÍVEL DA COMARCA DE BETIM ESTADO DE MINAS GERAIS.
PROCESSO: Nº 5021052.14.2021.8.13.0027
RODRIGO CESAR DOS SANTOS, já qualificado nos autos do processo
em epígrafe, vem à presença de Vossa Excelência, vem por seu representante constituído, nos termos do Ar 350 CPC, apresentar
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO
Concedida ao Impugnado, pelos fatos e direito que passa a expor.
DAS CONSIDERAÇÕES FEITAS NA DEFESA
Levantam-se fatos e fundamentos jurídicos que impedem e/ou
extinguem o direito do autor (CPC, art. 350). Em síntese, da essência da defesa, nessa reservam-se os seguintes argumentos:
Sustenta que não há como se reconhecer ter sido o autor submetido a
um sofrimento tal que caracterize um abalo psíquico, emocional, ou mesmo em sua honra ou imagem, que ensejasse a reparação por danos morais, nos moldes como pretendido; Diz, mais, que, o mero dissabor ou aborrecimento, causa por desencontros do cotidiano, não dão causa a indenização por dano moral, não sendo razoável banalizar o direito a tal reparação, transformando-o em verdadeiro caminho para o enriquecimento sem causa; Revela que o pedido indenizatório é exorbitante; Assevera que a jurisprudência tem se firmado no sentido de que o atraso de entrega do automóvel e a troca do inesperado modelo automotivo não geram desequilíbrio ao consumidor, de forma a ensejar a reparação moral.
IMPUGNAÇÃO À GRATUIDADE DE JUSTIÇA
DA INDEVIDA CONCESSÃO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA AO IMPUGNADO Pelo que se depreende da documentação apresentada, o impugnado apenas declarou ser pobre nos termos da lei auferir os benefícios da Gratuidade de Justiça. E uma garantia fundamental aos hipossuficientes a gratuidade da justiça definida pela lei 1060/50; o autor é corretor de imóveis, sendo de notório conhecimento de todos que o aposentado passa por uma crise sem precedentes, amplamente divulgada pela mídia, sendo que a não gratuidade afetaria a sua subsistência. Destarte, resta comprovado que o autor se enquadra na referida lei e necessita do amparo da mesma, ficando assim requerida a manutenção da mesma.
CULPA EXCLUSIVA DO CONSUMIDOR
Destarte, é o presente para impugnar as teses lançadas em contestação
pela ré bem como para tecer considerações sobre seus efeitos nos presentes autos, pedindo vênia para fazê? Lo.
Insta trazer neste momento aos autos, entendimento que se coaduna
perfeitamente ao caso em questão, e que afasta todas as alegações realizadas pela empresa ré em sua contestação, como se verifica:
A juíza do 5º Juizado Especial Cível de Brasília condenou
a Unidas S.A. a pagar indenização por danos materiais e morais a casal de consumidores, prejudicado pelos serviços da empresa. Os autores alegaram que, após o desembarque no aeroporto de Congonhas -SP, a empresa ré não honrou a reserva de locação de veículo. Em contestação, a ré alegou que, como não havia veículo disponível, efetuou a reserva do bem em outra locadora concorrente, para que os autores não ficassem sem o serviço. Em réplica, os autores rebateram a informação e narraram que, eles mesmos, carregando malas pesadas, retornaram ao aeroporto à procura de outra locadora, com preço acessível. O Juizado confirmou que, apesar da reserva previamente realizada e confirmada, restou incontroversa a indisponibilidade do veículo, no momento da retirada. Apesar de nenhuma quantia ter sido paga pelos autores, diante da negativa da ré em disponibilizar o serviço, o casal teve que efetuar nova contratação, mais dispendiosa, em outro local. Tendo em vista o exposto, a juíza condenou a ré a pagar aos autores a diferença de R$59,14 entre o veículo reservado e o veículo locado em outra empresa. Em relação ao pedido de compensação por danos morais, a magistrada considerou que, configurada a falha no serviço prestado pela ré, ao causar nítido desconforto à viagem dos autores, restou evidenciada a ofensa aos direitos da personalidade do consumidor. “Houve comprometimento da legítima expectativa dos autores em usufruir com serenidade do serviço de aluguel de carro, reservado com antecedência. Tal frustração supera os meros aborrecimentos do cotidiano.” Os autores haviam pedido R$ 3 mil pelos danos morais. A juíza, no entanto, considerou o valor pretendido excessivo, tendo em vista que no aeroporto havia outras empresas que disponibilizavam o mesmo serviço. “Assim, em homenagem aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, fixo em R$ 1 mil o valor da indenização por dano moral a ser pago pela ré a cada um dos autores.” Cabe recurso da sentença. Processo Judicial eletrônico (PJe do 1º Grau): 0724811-36.2018.8.07.0016
Não há dúvida de que a existência de vício na locadora de veículos adquirido
pelo consumidor que comprovadamente apresentou irresponsabilidade que o levaram às concessionárias autorizadas caracteriza o ilícito e o serviço prestado indevidamente. Não se olvide, ainda que em face da lei 8.078/90 o fabricante responde independentemente da existência de culpa, por danos causados aos consumidores por defeito no produto ou no serviço, podendo eximir-se da responsabilidade civil, desde que demonstre a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, o que no caso, incorreu.
Art. 18 da Lei 8.079/90
- Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária respeitada às variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
DA APLICABILIDADE DA GARANTIA CONTRATUAL
O artigo 5° do Código de Defesa do Consumidor estabelece a garantia
contratual: “A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito. Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações.”
Em face do artigo 12 da Lei 8.078/90 o fabricante responde
independentemente da existência de culpa, por danos causados aos consumidores por defeitos no produto ou serviço, podendo eximir-se da responsabilidade civil, desde que demonstre a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, o que no caso, incorreu. No caso em tela, a ré não demonstra em momento algum a culpa exclusiva do autor, por qualquer tipo de prova admitido em direito, somente através de falácias, tentando induzir este douto juízo ao erro.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
A inversão de que trata o artigo 6°, VIII, do código de Defesa do
Consumidor, dispõe que é direito básica do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, o seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficientes, segundo as regras ordinárias de experiência.
Destarte, demonstrado no caso em tela que o autor é hipossuficientes, e que também
restaram caracterizadas verdadeiras as alegações iniciais, pelos documentos cedidos pela própria locadora os quais solicitavam o pagamento do veiculo que era um ganho de premiação pelas mi lias ganhadas ao cartão, e absurdamente a troca do veiculo no dia sem sequer aviso prévio. Sendo a jurisprudências recente, conforme mencionada a seguir, favorável a inversão do ônus da prova: TJ-PE- APELAÇÃO 3601112 PE (TJ-PE) DATA DE PUBLICAÇÃO: 16/16/2015 EMENTA: CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. ATRASO. DANOS MORAIS. APLICAÇÃO DO CDC. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. PRECEDENTE. CABIMENTO. DANO MORAL E MATERIAL CONFIGURADO.
DA EXISTÊNCIA DO DANO MORAL
A apresentação de defeitos de locação do veículo, atrasos na
vigem mudanças de roteiro deixando o autor impedido de utilizar livremente do mesmo; as tentativas, infrutíferas, de sanar os problemas: não se tratam de meros dissabores da vida cotidiana. Além disso, destaca-se a angústia, o descontentamento com incidentes ocorridos e a ansiedade oriunda da de uma solução esperada. A jurisprudência atualizadíssima, visa garantir este direito ao consumidor;
TJ-am – apelação APL 06371364020138040001 AM 0637136-
40.2013.8.04.0001 (TJ-am) data de publicação: 26/01/2016 ementa: apelação cível. Defeito de fabricação em veiculo automotor ZERO QUILOMETRA ADQUIRIDO. IDAS E VINDAS Á CONCESSIONARIA. DANO MORAL CONFIGURADO. SENTENÇA MANTIDA.
REQUERIMENTO FINAL
Ante o exposto, verifica-se que os argumentos trazidos na peça contestatória
revelam-se insuficientes e ineficazes para rechaçar os pedidos formulados pelo Autor, pelo que se ratifica, em sua inteireza, o teor da pretensão trazida pelo Autor no petitório inaugural, para o fim de que sejam julgados procedentes os pedidos do Autor, nos exatos termos da inicial.
a) Tem-se por Impugnar a Contestação apresentada, requerendo, desde
já, sejam ratificados os argumentos explanados na inicial, sendo julgada totalmente procedente a ação. Pede-se pelo arbitramento de multa diária em caso de descumprimento pela parte ré de todas as medidas peticionadas pelo Autor, que, por ser uma questão de justiça, serão todos os pedidos do autor por este respeitável juízo.
Protesta pelos meios de provas admissíveis.
CLAMA-SE POR JUSTIÇA!
Nestes termos, Pede e espera deferimento Betim, 16 de fevereiro de 2022.