Stott, John - Crer É Também Pensar
Stott, John - Crer É Também Pensar
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também
pensar
John R. W. Stott
SoliDeoGloriaBiblioteca Evangélica Virtual
01
PREFÁCIO
MENTES RENOVADAS
Passamos agora da doutrina da revelação à doutrina da redenção, redenção realizada por
Deus através da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Tendo Deus executado esta redenção
através do seu Filho, agora a anuncia por intermédio de seus servos. De fato, a proclamação
do evangelho - também feita por palavras dirigidas às mentes humanas - é o principal meio
provido por Deus para dar a salvação aos pecadores.
Paulo assim se expressa quanto a isso:
Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria,
aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação".
Note-se com cuidado o contraste que o apóstolo faz. Não é entre uma apresentação
racional e um não-racional , como se fosse o caso de Deus Ter posto de lado por completo
uma mensagem racional, em virtude da sabedoria humana ser impotente para encontrar a
Deus. Não. O que Paulo contrasta com a sabedoria humana é a revelação divina. Mas nossa
pregação é uma revelação racional, o enigma de Cristo crucificado e ressurreto. Pois
conquanto as mentes dos homens estejam em trevas e seus olhos estejam cegos, conquanto
O CULTO VERDADEIRO
Gosto muito daquele caso que um ministro americano, o já falecido Dr. Rufus M. Jones,
costumava contar. Ele acreditava na importância do intelecto na pregação. Porém um
membro de sua congregação fez objeção a essa ênfase e escreveu-lhe queixando-se:
"Quando vou à igreja", disse em sua crítica, "sinto-me como se tivesse desenrolando a
minha cabeça e a colocando por sob o assento , pois numa reunião religiosa não tenho
necessidade alguma de usar o que se acha acima do meu colarinho!
"Prestar culto dessa forma, sem fazer uso da mente, certamente é o que se fazia na cidade
pagã de Atenas, onde Paulo encontrou um altar dedicado "ao deus desconhecido". Mas essa
forma de culto não serve para os cristãos. O apóstolo não se sentira satisfeito em deixar os
atenienses em sua ignorância. Prosseguiu proclamando-lhes a natureza e as obras do Deus
que cultuavam na ignorância. Pois sabia que somente o culto inteligente é aceitável por Deus,
o culto verdadeiro, o culto prestado por aqueles que conhecem a quem adoram, e que o
amam "de todo o entendimento".
Os salmos eram o grande hinário da igreja do Velho Testamento, e hoje em dia ainda são
cantados nos cultos cristãos. Neles temos, pois, um meio de sabermos como deve ser o culto
verdadeiro. A definição básica de culto nos Salmos é "louvar o nome do Senhor", ou "tributar
ao Senhor a glória devida ao eu nome". E ao inquirirmos o que significa o seu "nome",
verificaremos que é a soma total de tudo o que ele é e fez.
Em particular, ele é cultuado nos Salmos tanto como o Criador do mundo como o Redentor
de Israel, e os salmistas se comprazem em adorá-lo dando uma lista enorme das obras de
Deus, relativas à criação e à redenção.
O Salmo 104, por exemplo, expressa a incontável maravilha da sabedoria e Deus em suas
múltiplas obras no céu e na terra, na vida animal e vegetal, entre as aves, os mamíferos e os
"seres sem conta" existentes em abundância nos mares e grandes oceanos.
A BUSCA DA SANTIDADE
Muitos dos segredos da santidade nos são revelados nas páginas da Bíblia. De fato, um dos
objetivos principais da Escritura é mostrar ao povo de Deus como levar uma vida que lhe seja
digna e que lhe agrade. Porém um dos aspectos mais negligenciados na busca da santidade é
a parte que compete à mente, conquanto o próprio Jesus tenha posto o assunto fora de
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segunda-feira, 13 de novembro de 2006, 11:02:55