CP 069289
CP 069289
CP 069289
CANOAS - 2005
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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE
CIÊNCIAS E MATEMÁTICA
CANOAS, 2005
Ao meu esposo:
Constante.
Aos meus filhos:
Pedro Henrique e Luiz Antonio
Aos meus pais:
Marina e Juarez
E as minhas irmãs:
Tais e Marianna
AGRADECIMENTOS
This study searches into the subject of Teaching Practice regarding to both the historical
context as its importance in the academic curriculum. We also investigated the aspects
related to the legislation and scrutinezed the practice in the teaching of biology. Despite the
problems related to the initial formation being well-known to the subject of teaching practice,
in graduations of biological science, they are coming through structural rearrangement
demanded by the current model of educational legislation. That model refers to the
importance of teaching practice, justifying the increase of hours in class in the graduation
courses. Firstly, a bibliography research was done with the subject of teaching practice,
mainly in assignments presented at Summer School and Teaching of Biology Perspectives
Meetings. The papers studied presented reports about historical aspects and curricular
changes refering to that issue. After bibliographiy investigation, that subjetc, Teaching
Practice, was analised in a Biology graduation course in a private college in Parana State.
That instituition graduates students from the southest of Parana, west of Santa Catarina and
northest of Rio Grande do Sul states. Researching the subject of Teaching Practice of
Biology and its alternative forms of methodology, we intend to do a diagnosis of Teaching
Practice of those events and the southest region of Parana State reality. Two questionnaires
were used as tools of data collecting. They were asked to the Teaching Practice teacher,
students and former students of that institution wich was the subject of the research. The data
was analysed and subdivided in ranks. The research was done trying to get to know the
pedagogical deeds, to identify needs in development, and future prospect. It is important that
the teaching practice is based upon a graduation of a teacher with a profile fitting to curricular
directing in biology and teaching methodology. The assess of the data shows that practicing
in classrooms should be part of curriculum in pedagogical subjects. Through this paper we
verified that the opportunity of practicing joined to theory, interposed with classroom research
and its meditation, are issues to be considered in the beguining of biology teacher’s
graduation. The changes at the Teaching Practice development can be the main option to
solve problems related to initial background of biology teachers. The assess of the data shows
that practicing in classrooms, the grasp of the life experience, meditation and research should
be part of the initial background. Then the subject of Teaching Practice could be preparing a
competent, creative, dynamic and updated professional. It’s also important that the Teaching
Practice is based upon the graduation of a teacher with a profile appropriate to the Curriculum
Directrix for Biology.
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................... 11
1 CONTEXTO DA PESQUISA............................................................................................................................ 14
1.1 LOCAL DA PESQUISA .................................................................................................................................... 14
1.2 QUESTÃO NORTEADORA...................................................................................................................... 14
1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA..................................................................................................................... 15
2 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................................... 17
2.1 HISTÓRICO DO ENSINO ......................................................................................................................... 17
2.2 LINHA DE TEMPO DA PRÁTICA DE ENSINO...................................................................................... 23
2.3 OBJETIVOS DO ENSINO DE CIÊNCIAS ................................................................................................ 30
2.4 O PROFESSOR E A PESQUISA................................................................................................................ 36
2.5 O MODELO DE FORMAÇÃO DOCENTE ............................................................................................... 39
2.6 ESTRATÉGIAS DE ENSINO .................................................................................................................... 44
2.7 A PRÁTICA DE ENSINO E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO .............................................................. 47
2.8 TEORIAS DE APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR .................................................. 55
2.9 REFLETINDO A PRÁTICA DE ENSINO ................................................................................................. 57
3 METODOLOGIA .............................................................................................................................................. 66
3.1 AMOSTRA ................................................................................................................................................ 67
3.2 INSTRUMENTOS ..................................................................................................................................... 69
3.3 PROCEDIMENTOS................................................................................................................................... 70
4. RESULTADO E DISCUSSÃO......................................................................................................................... 72
4.1 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS ........................................................................................................... 72
4.1.1 Análise das respostas dos acadêmicos e egressos em relação as questões referentes aos dados
pessoais e profissionais................................................................................................................................ 73
4.1.2 Análise das respostas dos acadêmicos e egressos em relação as questões referentes a atuação
pedagógica................................................................................................................................................... 77
4.1.3 Análise dos valores atribuídos por acadêmicos e egressos às questões referentes às aulas de prática
de ensino em biologia .................................................................................................................................. 82
4.2 A DISCIPLINA DE PRÁTICA DE ENSINO NA ATUALIDADE............................................................ 88
4.3 ALGUMAS SUGESTÕES PARA A PRÁTICA DE ENSINO TEMAS..................................................... 91
CONCLUSÃO....................................................................................................................................................... 92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................. 96
APÊNDICE ......................................................................................................................................................... 102
ANEXO............................................................................................................................................................... 104
LISTA DE TABELAS
principalmente, um profissional que faça uma reflexão sobre sua ação, respondendo às
cada vez mais, forçando-o a buscar novas e renovadas estratégias didático-pedagógicas para
A formação inicial na maioria das vezes ocorre de forma pontual, fragmentária, sem
muita relação com o contexto atual. Um professor que não aprendeu a pensar, a reconhecer o
local de trabalho, nem a debater as questões atuais onde envolve sua área do conhecimento,
continuará a reproduzir idéias fragmentárias e repassando aos seus alunos o ensino que
aprendeu.
12
Prática de Ensino, disciplina pedagógica nos cursos de licenciatura seja, a “ponte” de ligação
diferentes estratégias didáticas, fazem da aula um ensino atual e coerente com a realidade.
ao chegar na escola. Os novos professores encontram dificuldades, tanto ao dar aulas (com
nas atividades informais (como projeto pedagógico e preenchimento de diários), sendo que
estas falhas são direcionadas a disciplina de Prática de Ensino. Estes fatores também foram
Surge então algumas questões como: Como deve ser esse processo de formação?
assim, a orientação dos estagiários. Os estudantes vêm de diferentes cidades dos Estados do
formação inicial e de sua aplicabilidade em sala de aula, investiga dados referentes aos
Esta dissertação faz algumas sugestões de Prática de Ensino em Biologia. Sugere que
a Prática de Ensino deve ser a disciplina que articula os saberes dos estudantes e futuros
formadora, pode a Prática de Ensino ser a “ponte” de ligação entre estes espaços.
1 CONTEXTO DA PESQUISA
sudoeste e sul do Paraná, oeste do Estado de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul.
A solicitação para desenvolver este estudo nesta instituição foi feita à coordenadora do
curso que era também professora da disciplina de Prática de Ensino do curso de Ciências
diagnóstico feito com alunos e egressos de Prática de Ensino, em uma instituição de Ensino
questões:
instituição pesquisada;
egressos.
2 REVISÃO DE LITERATURA
formação, as ações decorrentes das mudanças na área do ensino e ao olhar do professor sobre
Prática de Ensino em Biologia, bem como investigar os caminhos utilizados por professores
traçado a partir de fatores que (KRASILCHIK, 1996 p.134) tratam como intrínsecos e
O Brasil é um país que não possui uma sólida tradição científica devido,
18
principalmente, a sua história de colonização, a qual sofreu influência do ensino europeu pelas
obras que aqui chegaram na época do Império. O ensino era um privilégio de poucos, ao qual
somente a elite possuía acesso. Mesmo assim, o conhecimento em Ciências Naturais foi
excluído dos currículos, pois a formação acadêmica da época tinha como objetivo formar o
bacharel.
corrente filosófica criada por Augusto Comte. Na Europa, o positivismo justificava as novas
diz que “nas Américas, o ideal positivista se apresenta de maneira diversa daquela como era
Essa falta de clareza do ideal positivista, contribuiu para que essas idéias
LEMGRUBER 1995 ).
programa oficial e todos os livros escolares eram iguais. Dessa forma, a história científica do
Brasil é muito recente. Nas últimas décadas, a educação brasileira vem passando por
Através de um quadro ilustrativo, Krasilchik (1996) nos esclarece que, nesse sentido,
de Ciências quando apresenta os diferentes períodos, com seus diversos elementos, e fatores
preponderantes.
Brasil, cuja tendência seguia a Escola Nova. O ensino era influenciado pela escola européia,
20
em que os objetivos do ensino eram transmitir informações atualizadas aos alunos, através da
verbalização e de aulas teóricas, com base nos livros didáticos europeus. Os professores, no
Brasil faziam, na maioria das vezes, um relato das experiências expostas nos livros. Nesta
época, a formação docente era improvisada, quem ocupava o papel de professor formador
Ciências foi o lançamento do satélite artificial Sputnik, em 1957, pelos soviéticos. Nesse
período, o ensino de Ciências entra em crise, principalmente nos Estados Unidos, o que faz
ensino era o comportamentalismo e o ensino de Ciências era influenciado por três fatores,
formação do professor neste período no Brasil já era feita pela universidade e, com as
movimentos destinados a melhorar o ensino das matérias científicas, entre elas a Biologia.
Outro marco importante nessa época foram os projetos de ensino de Biologia, criados
nos Estados Unidos, com o objetivo de atualizar o ensino na área. O Biological Sciences
Curriculum Studies (BSCS), instituição que se dedicava a criar programas educacionais nas
também surgiram nessa época. O Instituto Brasileiro de Educação Ciência e Cultura (IBECC)
adaptou dois dos projetos do Biological Sciences Curriculum Studies BSCS. Esses projetos
são o pensar lógico e crítico. Além de aprender os conceitos básicos, o aluno deveria saber
do conhecimento nas escolas e as instituições que influenciam nesse quadro foram os centros
conteúdos, resultando não raro no esvaziamento destes; c) ciência integrada: tendência de que
o professor de Ciências precisa saber quase que unicamente usar os materiais instrucionais,
ensinado.
científico e tecnológico, e ensinar a criança a partir do que ela trazia para a sala de aula.
distância.
de Educação para a Ciência (SPEC), com objetivo de melhorar o ensino de Ciências nos três
níveis de ensino.
23
relativa precisão, dada a sua contemporaneidade (DELIZOICOV 1994, p.27). Contudo, essa
reformulação do ensino de Ciências. Uma das novidades dessa área é a pesquisa em ensino de
Ciências, que tem levado muitos pesquisadores da própria área, a criarem, reinventarem e
inovarem com diferentes ferramentas de ensino, para serem utilizados em sala de aula.
A Prática de Ensino vem ocupando um espaço cada vez maior no currículo dos
agosto de 2001, o qual institui que as 400 horas de prática de ensino sejam vivenciadas ao
longo do curso que há muito vem sendo debatidas, discutidas e solicitadas como uma
Na maioria das vezes, formadores de professores e seus alunos não atribuem valor e
significado aos estágios, cumprindo, a Prática de ensino de forma teórica faltando uma
integração maior entre teoria e prática. Segundo Piconez (1991, p.15), as disciplinas que
Um outro aspecto diz respeito à reflexão dessa vivência, ou seja, ao pensar a respeito
da ciência apresentada aos alunos, como as referentes à sala de aula: salas lotadas, a falta de
permitir a prática para o estágio, ou seja, permitir uma abertura para a inserção da
universidade em seu meio, à qual se encontra prescrita no Art. 211 da Constituição Federal,
façam acordos com determinada instituição superior de caráter recíproco no campo de estágio,
como a maioria dos conteúdos, dissociada da prática em sala de aula. Muito voltada à teoria,
Sabe-se que este acréscimo de horas aulas na atual legislação educacional não será
trabalho que enfrentará em sua profissão. Trata-se de um avanço no que se refere às mudanças
definitivamente, unindo esses dois pólos, habitados pelos professores e pelos pesquisadores,
Ensino Superior, é que existe ainda uma grande falta de informação e desconhecimento acerca
Ensino de Biologia), ocorrido em julho de 2004, diz que o conceito interdisciplinaridade foi
banalizado por parte dos professores, devido à falta de orientação dos mesmos.
a) parágrafo 1º: a prática, na matriz curricular, não poderá ficar reduzida a um espaço
b) parágrafo 2º: a prática deverá estar presente desde o início do curso e permear toda a
formação; e
c) parágrafo 3º: no interior das áreas ou das disciplinas que constituem os componentes
curriculares de formação, e não apenas nas disciplinas pedagógicas, todas terão a sua
dimensão prática.
No Art. 13, o qual orienta que a dimensão prática deverá transcender o estágio,
ainda que:
a) parágrafo 1º: a prática será desenvolvida com ênfase nos procedimentos de observação e
c) parágrafo 3º: o estágio supervisionado, definido por lei, a ser realizado em escola de
universidade, sem nunca ter atuado na escola), estarão aptos a unir de forma didática as
práticas de ensino ao conteúdo a ser trabalhado em sala de aula pelos seus alunos (futuros
modelo da prática de ensino é vista como uma disciplina flexível que pode se adequar às
necessidades do curso.
et.al. (2003, p.36 ). Rever as finalidades da prática de ensino nos cursos de formação de
professores é, sem dúvida, um dos desafios atuais para o setor didático-pedagógico dos cursos
para superar esses modelos de formação baseados na racionalidade técnica, bem como levar o
professor a desenvolver uma postura investigativa sobre a escola e seu trabalho docente é o
no modelo das escolas de verão, encontros entre docentes de prática de ensino dessas áreas
afins.
A primeira Escola de Verão, aconteceu em 1990, em São Paulo, cujo objetivo era
qualidade de ensino.
29
Química, Biologia e áreas afins, foi realizada na cidade de Cuiabá, Mato Grosso em 1992. A
escola teve como objetivo reunir e consolidar um grupo de docentes interessados e dedicados
Biologia e áreas afins, realizou-se em Serra Negra - São Paulo, em 1994. Nessa Escola,
Biologia e áreas afins, ocorreu em Uberlândia - Minas Gerais, em 1998. O tema versou sobre:
Biologia e áreas afins, foi sediada na Universidade Estadual Paulista (UNESP), no campus de
Bauru em 2000. O tema central desse evento foi “impacto das recentes medidas
Biologia e áreas afins, foi sediada no Rio de Janeiro em 2003, sendo que o objetivo do evento
Prática de ensino do interior do país. Entretanto, a Prática de Ensino deveria ocupar, cada vez
fazendo com que essas temáticas cheguem à sala de aula em forma de debate, discussão,
situações-problema e reflexões.
os Cursos de Ciências Biológicas, deve possibilitar aos alunos a compreensão do ser humano,
permitindo que ele faça interações com o meio ambiente, as diferentes culturas, saúde,
orientação sexual e ética, além dos conhecimentos específicos referente a cada área de ensino.
31
O aluno deve sentir-se como um integrante do universo, um ser social e crítico, que interage
com os recursos naturais e sabe utilizá-los de forma racional e reflita sobre questões éticas,
interatividade com o meio em que vive; que ele entenda seu corpo como agente que é
influenciado por aspectos biológicos, culturais, sociais e afetivos. Mais do que dar
informações é fundamental levar o aluno a desenvolver competências que permitam lidar com
essas informações.
Na seqüência da lei, ao que se refere ao Ensino Médio, esse tem como finalidade em
Curriculares Nacionais (PCNs), que têm como finalidade subsidiar os professores que irão
a) compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e
32
g) compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação
coletiva;
No que se refere aos objetivos de ensino de Ciências para o Ensino Médio, podemos
formação de biólogos.
Sem desmerecer o valor das propostas apresentadas pela LDB, PCNS e Diretrizes
Krasilchik (1987, p.45) “o professor é o elemento do sistema que tem acesso direto e contato
incompreensão por parte dos órgãos que propõe esses objetivos, bem como à exclusão do
professor que está em sala de aula do processo de organização, delegando a ele somente a
Por outro lado, sabemos que no Brasil as deficiências na formação são encontradas
em todos os níveis de ensino, desde o ensino básico ao Superior. O ensino, em geral, está
passando por uma crise por inúmeros fatores dentre os quais podemos citar: a falta de
dos professores, má apresentação dos temas pelos livros didáticos, falta de laboratórios
ciência e pela tecnologia é uma das perspectivas para o ensino de Ciências. “Tudo isso será
possível desde que o professor disponha de ferramentas que lhe permitam esta gestão do
um dos desafios a ser pesquisado e proposto pelos pesquisadores na área do ensino que
vista à cidadania?
interação com as outras disciplinas. Outra questão diz respeito ao incentivo que os órgãos
desenvolver um ensino interdisciplinar. Mas, neste caso, questiona-se “como pode ser feito?”.
Novas definições são muito eficientes quando estão escritas em Resoluções, Pareceres e Leis,
mas na sala de aula, onde são executadas essas ações, pouco ou nada se modifica.
públicas, diferem muito pouco do ensino de apostilas das escolas privadas. No ensino público,
aprender Ciências envolve apenas a memorização de fatos, dados e fórmulas. Na maioria das
criarmos situações para que os estudantes expressem suas representações, sobre temáticas que
pretendemos ensinar, de modo que possamos problematizar suas concepções” (ROSA, 1999,
p.47).
As aulas práticas são raras (ou inexistentes em algumas escolas) e continuam sendo
reivindicadas por alunos e alguns professores. Segundo Krasilchik (2004, p.177), as aulas
práticas deveriam ter a finalidade de: a) despertar e manter o interesse dos alunos; b) envolver
Quanto às críticas em relação à escola, ao baixo desempenho dos alunos têm levado a
professores têm consciência de sua baixa qualificação, bem como, da falta de preparo na sua
A produção científica no Brasil, na área do ensino das Ciências, é uma área que está
sendo desenvolvida por grupos de pesquisa na área de ensino de Ciências e Matemática. Esses
Ciências e professores que estão em sala de aula, ligados a Ciências (Biologia, Física,
Química e Matemática).
próprios pesquisadores na área do ensino das Ciências. Para Demo (1991, p.84) é essencial
reconhecimento de que sem ela, não há como ser professor em sentido pleno.
com a falta de motivação sua e de seus alunos e com a sua visão no processo de ensino. O
professor deve buscar cada vez mais aprendizagem para criar novos métodos e estratégias de
ensino, que possibilite desenvolver ferramentas que lhes dêem segurança e satisfação do seu
trabalho.
através de sua prática, hipóteses para constituir seu saber e o de seus alunos. Esses professores
38
reflexionam sobre suas ações e tentam encontrar formas de melhorar o seu desempenho e o de
seus alunos.
transmitido de forma pensada, analisada e debatida. Portanto o ensino passa a ser algo que
específicas, funcionam através da análise de técnicas particulares nas suas próprias salas de
aulas.
com mais rapidez e de forma fundamentada, em relação aos conteúdos a serem desenvolvidos
e aplicados na sua prática cotidiana de sala de aula. Nesse processo o professor investigador
tem a possibilidade de romper com a visão fragmentada de ensino adquirida em sua formação
e partir para a inovação de sua prática de ensino. Para Demo (1991, p.80), “não há como
emancipar alguém se esse alguém não assumir o comando do processo, pois emancipar é
emancipar-se”.
39
detrimento da prática, onde o acadêmico tem pouca vivência com a prática que irá
conforme ficou evidente nesse estudo. Krasilchik (1983, p.163) relata que a “a formação deve
profissionais de diferentes áreas, para que possam realizar projetos em comum. Segundo
Arroyo (2000, p.84), em nossa tradição pedagógica tão conteudista e tão centrada na imagem
docência com nossa matéria, nosso lote. Qualquer mudança ou afirmação dos conteúdos e de
Por muitos anos, devido à tradição conteudista e centrada no professor, modelo esse
que fragmenta os saberes e os separa em compartimentos sem relação entre si, tornaram o
ensino algo apenas transmissivo. Os professores não se preocupavam com seus saberes, sua
prática, sua visão de Ciências e somente repassavam os conteúdos exigidos pelos currículos e
A cobrança por memória e lógica, tão presente nas instituições de Ensino Superior, já
não são as prioridades do mercado, apesar delas continuarem a desenvolver esse modelo de
analisados quanto ao perfil do futuro profissional em todos os segmentos, sejam eles da área
educacional ou não.
de Biologia, sou professor de Ciências”. A partir da década de 80, com reflexões da visão que
busca por titulações. Isso tudo afetou os profissionais da referida área, principalmente.
Outro aspecto a ser destacado quando ao curso de formação é que “ao longo da
prática pedagógica, que ele desenvolve levando-o, dessa forma, a fazer um trabalho isolado e
autodidata.
tornar-se um profissional apto na sua área de ensino, bem como nas estratégias de ensino,
teorias que contribuam para sua prática. Segundo Gil Perez (1998, p.21) a gravidade de uma
atual são emergenciais e demandam por um professor inovador e que vise a produção de
conhecimento.
se às novas tecnologias que estão sendo inseridas ao seu meio profissional, a exigirem dele
postura pró-ativa, dinâmica, criativa, ou seja, de adaptação e não somente de mero transmissor
trajetória científica e tecnológica da humanidade; essas, quando chegam à sala de aula, muitas
vezes forçam o professor a aceitar mudanças na sua metodologia e a transformar, ainda que
Tendo em vista uma melhor capacitação para o acadêmico, é necessário levá-lo a ter
conta disso, o processo de ensino requer que se tenha uma formação que coloque o professor
alunos e conteúdos desenvolvidos. Contreras (2002) diz que é necessário resgatar a base
habilidosa Prática de Ensino existirá se o professor permitir ser surpreendido pelo que o aluno
faz, se refletir sobre o fato, procurar reformular o problema e, posteriormente, efetuar uma
A idéia de professor pesquisador ganha corpo cada vez mais, pois o professor
professor tradicional impõe, e a cerceia de sua prática, uma vez que é parcial, que não permite
Por conta disso, Libâneo (1994, p.27) escreve que a formação profissional deve ser
do professor, para que ele possa dirigir competentemente o processo de ensino, que deve
Outra medida a ser considerada é a que vem sendo realizada por alguns grupos de
investigação em ensino de Ciências como, por exemplo, a de Underwood (2000) que relata a
experiência de fazer com que pesquisadores e cientistas, afim de que uns tomem
juntos, formando-se, assim, uma ação cooperativa junto a professores de escolas públicas e
pessoas da comunidade. O grupo preparou esses professores para ensinarem seus alunos não
só o conteúdo como também os métodos por meio dos quais tal conteúdo é descoberto e
legitimado.
Apesar das resistências, muitos professores têm procurado estar em contato com as
novas tendências quando lhes são apresentadas, principalmente os professores que estão
concluindo o curso. Porém, dentro deste contexto o mais difícil é a mudança, que deveria
vida está exigindo do professor, uma nova postura, a de estar em contato com questões
44
crítico em relação a assuntos tão prementes de serem discutidos em sala de aula como o é o da
Prática de Ensino. Também, necessitamos civilizar nossas teorias, ou seja, desenvolver nova
(MORIN, 2002).
maioria das vezes, resgatar a base reflexiva da atuação profissional, com o objetivo de
(CONTRERAS, 2000). Espera-se que, a partir de reflexões como esta, que o professor-
estão diretamente relacionadas com os métodos utilizados por seus professores, sejam eles
dinâmicas de grupo, atividade experimental, projetos investigativos, entre outros. Têm eles a
aluno.
professor. O conhecimento do professor, com a metodologia por ele usada, resultará na forma
45
como ele se situa no contexto de sua atividade docente (CORTESÃO, 2002, p.10). O uso de
estratégias diferenciadas de ensino, deve ser priorizadas, para que se tenha uma metodologia
Neste sentido Pozo (2002) destaca que o professor não deve apenas seguir modismos
aprendizagem em que se movem, não só em longo prazo, mas principalmente nos cenários de
O modelo de ensino atual prioriza, cada vez mais, o isolamento profissional exigindo
pedagógica, porém são fracos porque isolados na estrutura de trabalho, na divisão de tempos e
educando produza o saber; buscando colocar os problemas reais diante dos alunos, para que
Para tanto, a dinâmica dos professores envolvidos, deverá ser a de quem constrói
memorização, deixando para trás disciplinas como a Filosofia da Ciência, História da Ciência,
p.16) ao se referir as estratégias, principalmente nos cursos de Ciências, diz que o professor
Rio Grande do Sul, Henuig (1994) constatou que os mesmos atribuíam aos cursos de
inicial do professor, muitos professores relatam que se aprende mesmo é dando aulas
(MOYSÉS, 1995). Cria-se, assim, um estigma de que quem forma é a prática diária e não a
universidade, que compromete a formação integral do docente no que diz respeito não só à
prática em sala de aula, como também ao histórico de sua vida acadêmica, fragilizando sua
Esses mesmos professores têm relativa dificuldade em relacionar a sua prática com
determinada teoria ou concepção de ensino, pois na maioria das vezes não as conhecem, ou
aprendizagem.
ensino inovadoras.
escola, obriga, muitas vezes, a se trabalhar com um produto de qualidade duvidosa, pois
pesquisas feitas apontam erros contidos nos mesmos. Assim, esse material cria, um
bitolamento mental nos alunos que, quase sempre, reconhecem estes como única fonte de
Piconez (1991, p.11) diz que o desafio é formar um professor lúcido e consciente e,
reflexão crítica e reorganizações das ações, com uma postura de investigador de sua própria
prática.
Uma Prática de Ensino essencialmente teórica forma um professor sem o contato real
com a profissão e gera insegurança nos professores que, ao se depararem com uma sala de
planejar e executar, com um padrão de qualidade constante, estágios , tanto para seus alunos
começando a cada dia (LINHARES, 2001). Nunca sabem o que vai acontecer. Estão sempre
estreando no enfrentamento de novos perigos, para os quais nunca foram preparados. Nestes
últimos anos, os discursos sobre a escola se desencontram fortemente das práticas escolares
desenvolvidas na universidade.
complexidade nesse processo e que estão envolvidos, fatores sociais, raciais, gêneros,
alguém aprende uma prática, é iniciado nas tradições de uma comunidade de profissionais que
exercem aquela prática e no mundo prático que eles habitam. Essa pessoa aprende suas
convenções, seus limites, suas linguagens, seus sistemas apreciativos, seu repertório de
modelos, seu conhecimento sistemático e seus padrões para o processo de conhecer na ação.
Para a concretização destas ações são necessários estudos teóricos que fundamentem
possibilitem uma boa formação. Portanto, ensinar e aprender a dar aula requer muito mais do
que as simples horas aula de estágio e transmissão de conteúdos. Exige compromisso com a
Ensinar para a vida requer, do aspirante a professor, uma postura que passe pelas
discussões e debates em sala de aula, leitura, pesquisa, vivência e reflexão sobre todo esse
conhecimento.
na formação desses professores nos cursos de formação inicial? Como estão sendo superados
os problemas relativos à teoria e a prática pedagógica? Até que ponto a disciplina Prática de
Ensino está formando um professor preparado para os novos desafios da era tecnológica?
filosofia da ciência. Tudo isso cria uma prática fundamentada pela visão de ensino ao futuro
professor, bem como, constrói aos poucos suas concepções de ensino. Também, Dubet diz
que,
Nessa mesma linha, Candau (2001) diz que, é necessário um esforço entre
utilização de recursos para planejar suas aulas e executá-las de acordo com as teorias de
aprendizagens que irão norteá-la. Ou seja, há espaço para a teoria, porém busca-se aliá-la com
mais ênfase à Prática de Ensino no sentido de orientar a ação educativa para que ela seja
50
eficiente e eficaz.
no ensino de Ciências e Biologia, está nesse fio que faz parte de uma teia de relações poderá
Por hora, sabemos que a Biologia é essencial para a cidadania, a qual hoje se
expressa em vários contextos, seja na novela das oito, seja na hora de comprar o alimento
transgênicos, seja na hora de decidir o que fazer com as células tronco. A Biologia está em
todos os lugares e, por isso, necessita de um profissional bem preparado capaz de dar conta
respeito da carga horária dos cursos de formação de professores da Educação Básica, em nível
mínimo, 2800 (duas mil e oitocentas) horas com a garantia das seguintes dimensões dos
concentrada ao final do curso; c)1800 (mil e oitocentas) horas para os conteúdos curriculares
de executar mais atividades de caráter integrador, para que ele possa construir um novo
51
(GIOPPO, 1999).
Dessa forma, os conteúdos não devem mais ser trabalhados de forma estanque e
separados, mas serem trabalhados de forma interdisciplinar num todo, articulados entre si
horas de prática em diversas disciplinas. Isso exigirá dos formadores de professores uma nova
profissão.
são “pontes” de mediação para que a mudança de postura nesse sentido instale-se no meio
educacional definitivamente, unindo esses dois pólos, habitados pelos professores e pelos
como Didática, Prática de Ensino e estágios. Essas devem estar trianguladas entre si,
ainda na formação inicial de professores. Somente com uma fundamentação adequada, ao que
assim, ao futuro professor desenvolver suas práticas em sala de aula com segurança.
52
os seus modelos de ser professor, bem como, compreender a ciência e as formas de como
interpretá-la e manipulá-la.
irá encontrar em sala de aula, contribui muito para que seus medos e inseguranças sejam
nesse momento que irá se confrontar com a realidade da sala de aula, da profissão que
que admirou, que reprovou muitas vezes, ocorrendo, assim um processo de “catarse” aonde
todos estes personagens irão se encontrar e fazer um grande debate sobre o exemplo a seguir.
53
O caminho a seguir deve ser traçado em conjunto seja com colegas de formação
inicial e professor formador, seja com professores em exercício, mas permeado pela reflexão
técnicas, didática, conhecimento teórico e prático da profissão escolhida, a tudo isso é muito
importante uma dose de otimismo e motivação. Em sala de aula, estamos diante de problemas
pesquisa no ensino.
p.202) relata algumas premissas: i) Ser professor é uma atividade para profissionais
qualificados. ii) Ser professor de disciplina científica ( Ciências, Física, Química, Biologia ou
ensinada. iii) Ser professor de disciplina cientifica( Ciências, Física, Química, Biologia e
Matemática) exige alto conhecimento da didática associada àquela disciplina cientifica. iv) O
professor deve ter treinamento em pesquisa educacional. v) O professor deve ter domínio de
várias técnicas de ensino. vi) Ser professor implica em ter uma teoria sobre como se
desenvolve a Aprendizagem , orientando a sua atividade. vii) Ser professor significa ter uma
teoria de ensino orientando suas atividades. viii) Ser professor significa ter engajamento
político na sociedade onde a escola se insere. ix) O curso de formação de professores não
deve ser um curso de culinária. Essas premissas deveriam ocorrer tanto nos cursos de
questionamentos a serem feitos enquanto prepara o licenciado para seu exercício em sala de
aula, como: Quais os obstáculos a serem superados? Quais os caminhos a serem percorridos?
profissional do aluno.
autônomo quando da profissionalização deste estagiário. Outro, porém diz respeito ao Estágio
devendo ser articulado com a Prática de Ensino. O estágio supervisionado não poderá ter uma
duração inferior a 400horas, bem como a s 400 horas de Prática de Ensino deverão ser
obstáculos, teremos de continuar lutando duramente, para que sejam encontrados caminhos
De fato, as mudanças deverão vir a seu tempo, não como modismos passageiros, mas
conhecimento, para explicar os modos de por que e como ele funciona. Segundo Moreira
(1999) “uma teoria é uma tentativa humana de sistematizar uma área de conhecimento, uma
Nesse sentido, buscamos identificar a tendência atual em sala de aula, e como os professores e
a teoria aplicada a sala de aula, muitos estudantes e egressos não tem bem certo, muitas vezes
pela falta de domínio e conhecimento a cerca de tais teorias. Busca-se então fazer um breve
professor, nessa concepção de ensino, segundo Krasilchik (2004, p.24) planejava suas
56
comportamentos observáveis.
pela visão comportamentalista: a cognição, o ato de conhecer; como o ser humano conhece o
O professor que adota esta teoria segundo Krasilchik (2004, p.28) não é o
conhecimento pela ação e não apenas pela linguagem escrita ou falada. Piaget, Bruner,
sendo uma linha pedagógica, propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado,
centrado no aluno, que a atmosfera da sala de aula tenha o estudante como centro. Implica
sentimentos, escolher suas direções, formular seus próprios problemas, decidir sobre seu
próprio curso de ação, viver as conseqüências de suas escolhas. O que se observa na escola
57
conteúdo e a memorização.
em uma enorme mudança no atual sistema de ensino. Segundo Moreira (1999) o próprio
Rogers, o mais conhecido autor humanista, reconhece que sua abordagem pode ser
ameaçadora para os alunos, principalmente por não estarem preparados para ela. Novak,
Gowin e Rogers são alguns dos estudiosos que no ensino aprendizagem valorizam a pessoa.
importância em desenvolver suas ações pedagógicas, não sendo um transmissor delas, mas
estudos.
Verão para professores de Pratica de Ensino de Biologia, Física, Química e área afins,
58
oportunizar ao estagiário uma vivência maior com a realidade escolar. Dos trabalhos
educação básica); d) Descrição e análise de situações que explicitam algumas relações com as
Mais uma vez, percebe-se que a mudança da Prática de Ensino, através de uma reflexão
sobre a prática, o uso das novas tecnologias, a inclusão de projetos poderá contribuir para
possíveis trabalhos em conjunto, bem como, uma troca entre as instituições de ensino.
concepções alternativas dos alunos que permite que o professor faça um exercício de
escola. Aproximar-se da escola é, sem dúvida, um dos objetivos das disciplinas pedagógicas,
para que o estagiário faça a inter-relação entre a teoria e a prática, o conteúdo e o contexto
escolar.
inicial funciona como recurso de reflexão” filmar uma aula é ter um instrumento sofisticado e
Prática de Ensino,do aluno e do professor”. Esse recurso tem possibilitado aos professores
reflexão sobre seu trabalho. Outro recurso, Segundo Freitas (2004), é o uso do Diário da
• A escolha do tema;
seminário.
de sua prática.
Ensino passa pela valorização do estágio escolar. Com a formação docente promovendo uma
efetiva inserção dos licenciados no universo da escola, sem que esta se reduza a muitas,
61
Ensino.
didático.
materiais didáticos para o ensino fundamental, ” a construção de textos foi valiosa em nossa
ambiental. Foram produzidos textos didáticos que pretenderam auxiliar os alunos no estudo
Química e Biologia e entre Escola e Universidade. Os três níveis de ações integradas são:
realmente interdisciplinar.
Essa experiência nos chamou atenção por sua articulação entre as partes envolvidas na
formação de professores.Bem como sua estrutura de formato de teia, ou seja, uma disciplina
aprender(auto-conhecimento).
escolar;
formação docente, é sem dúvida um dos desafios da Prática de Ensino e das disciplinas
proporcionar melhoria nos laboratórios, aulas práticas experimentais, saídas de campo onde
desenvolvidos.
Neste panorama (GIL, 1991 apud OSTERMANN 2001, p.86) destaca aspectos que
A importância da disciplina de Prática de Ensino nesse contexto nos faz pensar que
cada, vez mais, as novas tentativas, e suas tendências alternativas de criar um saber prático
Ensino Superior.
O cumprimento da carga horária exigida por lei, a falta de estrutura dos cursos e a
falta de vinculação com a escola são dificuldades que devem ser discutidas para serem
Ensino, no que diz respeito ao seu contexto histórico, à legislação, sua importância no
prática docente (dos formadores de professores) a partir de reflexões sobre suas próprias
práticas e ações.
(ver Apêndice).
através da análise de conteúdo. “No método hermenêutico-dialético a fala dos atores sociais é
situada em seu contexto para melhor ser compreendida. Essa compreensão tem, como ponto
totalizante que produz a fala” (MINAYO, apud GOMES, 1994, p.77). Portanto há uma
calculadas as médias dos valores fornecidos pelos pesquisados quanto o grau de importância.
aprendizagem, foi elaborada uma proposta da práxis pedagógica para a formação dos
3.1 AMOSTRA
Biologia ( 4º, 5º, 6º, 7º e 8º períodos), sendo que apenas os alunos do 7º e 8º períodos se
nome do curso. O atual curso forma licenciados em Biologia. Outro grupo investigado é o de
Prática de Ensino desses estudantes que, por estar a pouco tempo ministrado as aulas (um ano
e meio), ainda está construindo seu modo de desenvolver a disciplina de Prática de Ensino.
respectivamente, seus alunos que cursam a disciplina Pratica de Ensino no 4º, 5º, 6º ,7º e 8 º
períodos. Para avaliar mais profundamente a disciplina também fizeram parte da amostra
períodos. Posteriormente, foi feita através de correio, e-mail e visitas em escolas a coleta de
apenas de forma teórica, sendo que a parte prática ocorre no Estágio Supervisionado1.
1
O estágio supervisionado geralmente ocorre em locais ou cidades distantes da Instituição onde o estudante
cursou a disciplina Prática de Ensino, dificultando a troca de conhecimento e oportunidade para refletir
conhecimentos teóricos/práticos com outros colegas e com o próprio professor.
69
Educação-MEC foi aconselhada a mudar a grade e o nome do curso. A dois anos atrás, a
deslocam até ela, pela viabilidade financeira dos cursos oferecidos. Devido às diferenças
desenvolvê-lo em sua cidade de origem, com auxílio de uma carta de apresentação, obter
3.2 INSTRUMENTOS
Para a obtenção dos dados, foram elaborados dois questionários (ver apêndices):
questões pertinentes as mesmas. Neste processo optamos por utilizar questões objetivas do
tipo Likert (LIKERT, 1976 apud SILVEIRA & MOREIRA, 1999), as quais propõe que cada
item deve ser avaliado por meio de cinco opções (nesse caso atribuindo valores de 1 a 5).
experiência que estudantes e egressos obtiveram nas aulas de Prática de Ensino em relação a
prática docente; acordos com as escolas ao que se refere aos estágios; interesse dos estudantes
3.3 PROCEDIMENTOS
respostas semelhantes dadas pelos investigados. Após ser feita a categorização das questões,
discute-se os dados coletados através dos questionários respondidos por estudantes e egressos
4.1.1 Análise das respostas dos acadêmicos e egressos em relação as questões referentes
relação aos dados iniciais e perguntas do questionário (Apêndice). As três primeiras colunas
primeiras colunas referem-se a questão 1, onde os estudantes respondiam sobre seus dados de
TABELA 1
RESPOSTAS DOS ACADÊMICOS NOS QUESTÕES DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA PRÁTICA DE ENSINO.
Iniciais Estado Atuação profissional Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8
AF PR Professora 3 3 5 4 2 4 5 5
EJB SC Professor 5 5 5 5 5 4 5 5
CM PR Professora 4 5 5 4 4 4 4 5
IC PR Auxiliar administrativo 4 3 5 5 4 4 5 5
EO PR Estagiária 4 4 5 3 4 3 5 5
RC PR Professor 3 5 4 5 4 4 4 5
MAL PR Estudante 4 4 5 5 4 4 4 5
LAS SC Professor 3 3 5 5 4 4 5 5
AB PR Professor 4 4 5 5 4 4 5 5
JÁ SC Professor de pré a 4ªserie 3 2 5 4 3 3 5 5
RV SC Professor 2 2 5 4 2 4 5 5
PA SC Professora 3 2 5 4 3 3 3 5
ABT PR Professora 5 5 5 5 5 4 4 5
SGF PR Professora 4 5 3 4 4 4 4 5
SR PR Professora 4 3 2 4 4 4 3 4
LCB SC Professora 4 4 5 5 4 4 4 5
CS SC Comerciante 5 5 4 5 5 5 5 5
ACB PR Estudante 5 5 5 5 5 4 5 5
VP RS Estudante 5 4 4 5 5 3 3 5
FNB SC Estudante 5 4 5 5 4 4 4 5
CVD PR Estudante 3 4 5 5 5 5 4 5
RBC PR Estudante 3 5 5 5 5 5 5 5
AA SC Estudante 5 5 5 5 4 5 4 5
JC PR Professora 5 5 5 4 4 4 4 5
AK SC Estudante 5 5 3 5 3 5 5 5
VB PR Professora 4 4 4 3 3 4 3 5
FTT PR Estudante 5 5 5 4 5 4 4 5
EG SC Estudante 2 3 5 2 4 3 4 5
AS PR Professora 5 5 4 5 4 4 4 5
74
RS SC Professora 4 5 3 4 4 3 4 5
SC SC Estudante 4 5 3 5 5 4 4 5
NA RS Professora 2 5 5 1 4 3 1 5
VDJ PR Professora 2 3 4 4 3 3 1 5
LL PR Estudante 5 5 4 5 5 5 4 5
JT PR Estudante 5 5 5 5 5 3 5 5
MM SC Estudante 5 4 4 5 4 4 5 5
EK PR Professora 4 3 4 4 4 3 4 4
SRB PR Estudante 5 5 5 5 5 5 5 5
MC SC Estudante 5 3 4 4 4 4 3 5
MAS SC Professora 5 5 5 5 5 4 5 5
MV SC Professora 5 5 5 5 5 5 5 5
PT PR Estudante 5 5 5 4 5 4 5 5
VB SC Estudante 5 4 5 5 4 5 5 5
LAT PR Professora Municipal 5 4 4 5 5 4 4 5
LAR PR Estudante 5 5 4 4 5 4 4 5
TM PR Estudante 4 4 4 5 4 4 4 5
LB SC Professora 4 4 5 5 4 4 4 5
FDP SC Estudante 4 4 5 4 4 4 4 4
MSD PR Secretária 5 4 5 5 5 5 5 5
AM PR Professora de informática 5 4 4 4 4 4 4 5
FR SC Professora 5 4 5 4 4 5 5 5
LB SC Professora 4 4 4 5 4 4 4 5
DJ PR Professora de pré escola 2 4 5 4 3 5 4 5
ICS PR Estudante 4 3 2 3 3 3 3 4
SG SC Professora 2 4 5 4 3 5 3 5
DA PR Estudante 4 4 4 4 4 4 3 5
FS SC Estudante 4 3 4 4 4 4 4 5
LS PR Estudante 4 3 4 4 3 3 3 5
MZ SC Professora 4 4 3 4 4 4 4 5
RR PR Dentista 5 4 5 3 4 4 5 5
RAC PR Secretária 4 4 5 5 4 4 5 5
EK PR Estudante 5 5 4 5 4 4 4 5
ALR SC Policia Militar 5 5 5 4 5 4 4 4
DA PR Professora 3 3 3 4 2 3 4 4
CN RS Estudante 3 3 5 4 2 3 2 5
SDS PR Estudante 3 4 5 5 4 4 3 5
AS RS Professora 3 3 5 3 3 3 2 5
CS PR Professora 5 4 5 4 4 4 5 5
AM PR Professora 5 5 5 4 2 3 2 5
VCB PR Estudante 4 4 3 4 3 4 4 3
ISA SC Agente de Saúde 3 3 3 3 2 3 3 4
LMA SC Professora 4 3 3 4 2 4 4 4
RRS PR Professora 5 4 5 4 4 5 5 5
EV SC Estudante 5 4 5 4 4 5 5 5
FG RS Estudante 5 4 4 4 4 4 4 5
JAL PR Estudante 5 5 5 4 5 4 5 5
SP PR Auxiliar de Enfermagem 5 4 4 5 4 3 4 5
FT SC Estudante 4 5 5 5 4 4 4 5
JRA SC Professora 5 5 5 5 5 4 4 5
LPE SC Estudante 4 5 4 5 4 4 5 5
LBS RS Estudante 5 4 3 5 4 4 4 5
MSG PR Agente de Saúde 4 5 3 5 5 4 4 5
VM SC Auxiliar de enfermagem 5 5 4 5 4 4 5 5
MD RS Estudante 3 4 4 3 4 3 5 5
VB SC Professora de matemática 3 4 5 5 4 3 3 5
75
TC SC Comerciante 5 4 5 4 5 3 4 5
GR SC Professora 5 5 5 5 5 5 5 5
DD SC Professora 5 5 3 5 4 4 4 5
Médias dos valores atribuídos pelos 4,17 4,14 4,39 4,35 3,99 3,94 4,08 4,89
acadêmicos
curso de Licenciatura em Biologia. As respostas fornecidas por estes será apresentada em uma
TABELA 2
RESPOSTAS DOS EGRESSOS NO TESTE DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA PRÁTICA DE ENSINO.
Iniciais Estado Graduação Pós-graduação Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8
ITB PR Biologia 5 5 5 5 5 5 5 5
LB PR Biologia Especialização 4 4 3 4 4 4 4 4
DP PR Biologia Especialização 3 4 5 4 4 4 5 5
LMB PR Biologia Especialização 1 1 3 2 1 2 5 5
IB PR Biologia Especialização 2 2 5 2 2 3 4 5
JMA PR Biologia Especialização 4 5 5 5 3 3 3 5
KM PR Biologia Especialização 1 1 3 5 1 3 3 5
HD PR Biologia Especialização 2 3 3 4 3 4 5 5
EF PR Biologia Especialização 5 5 5 5 5 5 5 5
MA PR Biologia Especialização 5 2 5 4 2 3 5 5
CA SC Biologia Especialização 4 4 4 4 3 4 3 5
CZ PR Biologia Especialização 2 2 2 4 2 3 4 4
CS PR Biologia Especialização 2 3 3 4 5 2 5 5
KD PR Biologia Especialização 3 2 2 5 3 5 3 5
DC PR Biologia Especialização 4 5 4 5 4 5 3 5
LCB PR Biologia Especialização 4 4 5 5 4 4 5 5
VLM PR Biologia Especialização 2 3 3 5 3 3 3 5
AV PR Biologia Especialização 4 3 1 4 3 3 4 5
RK PR Biologia Especialização 2 3 3 4 5 2 5 5
MFM PR Biologia 4 3 4 5 4 5 5 5
VW PR Biologia Especialização 2 3 4 4 4 3 4 4
VEIW PR Biologia Especialização 5 4 5 4 4 5 4 5
MF PR Biologia Especialização 2 2 3 3 2 4 5 5
JCS PR Biologia 5 4 5 5 5 4 5 5
EG PR Biologia Especialização 5 3 5 5 4 4 5 5
CT PR Biologia Especialização 4 3 5 5 4 4 5 5
ER PR Biologia Especialização 4 2 5 4 2 3 4 5
MC PR Biologia Especialização 1 1 3 4 1 2 4 5
RR PR Biologia Especialização 3 4 4 4 3 4 5 5
Médias dos valores atribuídos pelos egressos 3,24 5 3,9 4,2 3,3 4 4 5
76
no Paraná (gráfico 1), seguido do estado de Santa Catarina, por fim do estado do Rio Grande
do Sul.
EGRESSOS
ACADÊMICOS
3%
PR
8%
SC PR
RS
SC
50%
42%
97%
Gráfico 1: Procedência dos acadêmicos e egressos do curso de Licenciatura em Biologia, investigados nesta
pesquisa.
formado com a titulação de Bacharel em Odontologia, o restante dos estudantes estão em sua
primeira graduação. Quanto aos egressos, apenas três professoras não possuem a titulação de
especialista (Tabela 2). Demonstrando que os profissionais da região tem retornado ao Centro
resultados das respostas demonstram que essa instituição possui um número considerável de
estudantes que atuam como professores. Observou-se que grande parte dos alunos, atuam
como professores,ou seja, 40 estudantes. Outro dado significativo é em relação aos que são
apenas estudantes (36 alunos). Os demais acadêmicos respondem que trabalham em outras
77
secretária e dentista.
2% 2% Estudante
2% 1%
1% Enfermagem
1%
1% Aux. Administrativo
2%
PM
46%
Comerciante
Agente de saúde
42% Secretária
Dentista
Estagiária
4.1.2 Análise das respostas dos acadêmicos e egressos em relação as questões referentes a
atuação pedagógica.
definiu humanista (Tabela 3). Apenas como uma escolha superficial e confusa, pois o que se
observou na aplicação do questionário é a de que os estudantes não têm certeza sobre tais
TABELA 3
NA SUA PRÁTICA DOCENTE VOCÊ CONSIDERA-SE UM PROFESSOR:
PERÍODOS
CATEGORIA TOTAL EGRESSOS
4º 5º 6º 7º 8º
Humanista 4 8 16 16 15 59 16
Cognitivista - 5 2 2 1 10 6
Comportamentalista 5 - - - 1 6 2
Outra - - - - 1 0
Sócio Interacionista - - - - - 0 1
Não responderam 4 6 2 12
Não sei responder 4
88 29
Quanto aos egressos, prevaleceu a mesma resposta que foi humanista. Observou-se
que tanto estudantes quanto egressos tinham dificuldades em se posicionarem em alguma das
categorias expostas. Quatro professores tiveram coragem e responderam que não sabiam
responder, por que não conheciam as teorias citadas. Um professor respondeu que sua
concepção de ensino era sociointeracionista, não percebendo que a mesma está inserida na
concepção cognitivista.
TABELA 4
PARTINDO DA LINHA PEDAGÓGICA ASSINALADA ACIMA, EXEMPLIFIQUE SUA PRÁTICA.
PERÍODOS TOTAL EGRESSOS
CATEGORIA
4º 5º 6º 7º 8º
Compreender o aluno através do
2 10 7 3 6 28 3
diálogo
Não responderam 9 1 2 - 11 23 6
Considerar o nível social - 1 3 3 9 16 2
Ensinar na prática - 1 2 2 - 5 -
Contextualizar o ensino - - 2 1 - 3 13
Compreender o processo de
3 - 2 - 5 10 1
aprendizagem de cada aluno
Evidenciar a aula teórica 1 2 - - 1 4 -
Apresentar novas formas de
1 1 - - - 2 1
ensino
79
responderam que para exemplificar sua prática em quanto responderam considerar o nível
Quanto aos egressos a maioria ( 16) diz ser humanista, quanto relatam valorizar o
com relação aos egressos essa importância perdeu em muito seu valor, aparecendo em quarto
Tabela 5
QUAIS OS RECURSOS MAIS UTILIZADOS EM SUAS AULAS? CITE TRÊS:
CATEGORIA PERÍODOS TOTAL EGRESSOS
4º 5º 6º 7º 8º
Aula expositiva 3 3 2 - 2 10 7
Aula prática 2 11 6 5 5 29 14
Trabalho em grupo 1 6 - 1 2 10 -
Quadro negro/
Retroprojetor 3 5 8 14 19 49 15
Vídeo/ Música/ Jogos - 2 4 12 6 24 17
Cartaz/desenhos/esquemas 2 3 - 4 4 13 6
Livro didático/ Apostila 2 3 7 5 7 24 6
Artigos/ Pesquisa - 6 - 3 1 10 6
Diálogo/ Debates - 4 2 - - 6 6
Ensino contextualizado - 2 2 - - 4 -
amizade - - - - - - 1
oficinas - - - - - - 1
Não responderam 8 - 2 - - 10 -
Quanto aos recursos (Questão 2.3, Apêndice ), analisando as respostas dos estudantes
80
e egressos, percebe-se que ao planejarem suas aulas, consideram muito a forma expositiva e
teórica de fazer suas aulas, pois citam aulas expositivas (10) com suas associações, quadro
negro e retroprojetor (49 estudantes) e livro didático (24 estudantes) (Tabela 5).
Outro recurso utilizado em aulas, citado por estudantes e egressos é o uso de jogos
jogos de tabuleiro, fichas, cartas e dados, pela manipulação de qualquer um dos tipos os
Tabela 6
QUE CARACTERÍSTICAS OU COMPETÊNCIAS VOCÊ CONSIDERA ESSENCIAIS PARA QUE UM PROFESSOR DE CIÊNCIAS
E BIOLOGIA ESTEJA PRÓXIMO AO PROFESSOR IDEAL PARA SUA CARREIRA?CITE TRÊS:
PERÍODOS
CATEGORIA TOTAL EGRESSOS
4º 5º 6º 7º 8º
Competente/Responsável 4 - 1 12 3 24 -
Gostar de ensinar 1 2 1 3 7 14 5
Didático 3 5 2 1 3 14 1
Dinâmico 1 2 2 4 4 13 6
Domínio do conteúdo 10 11 10 3 12 46 4
Atualizado 8 2 2 17 12 41 10
Humano/Ético - 2 2 6 - 10 2
Pesquisador 1 3 2 1 - 7 6
Ambientalista - - - 1 1 -
Contextualizar o ensino 1 1 1 7 2 12 5
Domínio da turma - 6 2 1 1 10 3
Tenha humor - 2 - - - 2 -
Usa tecnologias - 1 1 - - 2 -
Percepção - - - 2 2 -
Postura profissional - - - 1 1 2 1
Não responderam 4 - 2 3 - 9 -
Reflexivo - - - - - - 2
Comunicativo - - - - - - 1
81
(questão 2.4, apêndice), o domínio do conteúdo aparece com( 46), atualização( 41)
ensinar e contextualizar o ensino (5) ,para que esteja próximo ao professor ideal.
Gil Perez (1998), diz que o que transforma o professor em um transmissor mecânico
característica mais importante para o perfil ideal na qual sua carreira. Os próprios alunos
Tabela 7
METODOLOGIAS DE ENSINO ADOTADAS POR SEUS PROFESSORES EM SALA DE AULA, QUE MAIS AGRADA E OU
FACILITA A SUA APRENDIZAGEM.
PERÍODOS
CATEGORIA TOTAL EGRESSOS
4º 5º 6º 7º 8º
Aulas práticas 5 10 15 15 12 57 15
Aulas expositivas 8 4 7 1 10 30 7
Cartazes 1 3 - - - 4 -
Contextualização - 3 2 2 - 7 -
Debates/reflexão 4 4 1 4 5 18 1
Exercícios - - - 3 - 3 -
Data show/
1 1 1 4 3 10 -
Retroprojetor
Pesquisa/ Estudos de
- 3 - 12 1 16 4
caso
Projeto/relatórios - - - 2 - 2 -
Seminários 4 1 2 5 1 13 -
Quadro negro 1 - - - - 1 -
Teoria e prática - 1 - - 4 5 -
Vídeo 1 1 - 4 5 11 -
Esquemas/ Desenhos - - - - 2 2 3
Dinâmica - - - - - - 2
Domínio do conteúdo - - - - - - 2
Não responderam - - - - - - 6
82
Quando questionados qual a metodologia adotada por seus professores que facilita
sua aprendizagem (Tabela 7) tanto estudantes ( 57) quanto egressos (15), citam as aulas
práticas. Já em relação aos recursos (Tabela 5) utilizados ao prepararem suas aulas, tanto
estudantes quanto egressos priorizam aulas expositivas, pois citam recursos que contribuem
para uma aula expositiva e teórica como por exemplo quando citam o uso de quadro negro e
retroprojetor.
uma organização que irá orientá-lo pela vida. A aula prática continua sendo a opção escolhida
tanto por estudantes quanto por professores como metodologia para uma melhor
nossas salas de aula? Falta material didático? Falta preparo dos professores? É na formação
inicial que houve falhas? Para Lopes e kindel (2001,p.32) ...aprendemos “ de verdade ” na
prática, e logo, se queremos uma prática “renovada” devemos “praticar – usar” novas técnicas
e metodologias com nossos alunos e alunas para que eles/ as sejam “bons/boas” professores e
professoras.
4.1.3 Análise dos valores atribuídos por acadêmicos e egressos às questões referentes às
Acadêmicos Egressos
Médias
Médias
4
2 2
0 0
Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8 Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8
Questão
Questões
Gráfico 3: Médias dos valores atribuídos pelos estudantes e egressos, nas respostas de cada afirmativa.
As médias das respostas fornecidas pelos estudantes foram superiores nas questões
3,( Em relação aos acordos com as escolas no que se referem aos estágios as mesmas
contribuem para a sua prática?), 4 (Quanto ao seu interesse em relação à disciplina de Prática
nas médias dos egressos foram superiores nas questões 2 (A experiência para a prática
docente que você obteve nas aulas de Prática de Ensino pode ser considerada?), e 8, (É
tanto das respostas dos estudantes quanto dos egressos, foram superiores a 3 para todas as
questões.
As notas fornecidas pelos acadêmicos e egressos para esta questão 1 (Que valor você
demonstram que estes não condenam as aulas que receberam, mas acreditam que as mesmas
podem ser melhoradas. Conforme as novas tendências (ver capítulo 3) propostas como
(TANCREDI apud BORGES, 2000, p.80). mudança na Prática de Ensino, através de uma
reflexão sobre a prática, o uso das novas tecnologias, a inclusão de projetos de ensino poderá
Na questão 2 (A experiência para a prática docente, que você obteve nas aulas de
prática de Ensino, pode ser considerada?) as médias dos valores atribuídos pelos egressos
foram superiores, ou seja, esse processo deve ocorrer a partir de situações teóricas e práticas,
que permita aos estudantes uma reflexão sobre sua função e atuação docente.
com projeções para o futuro.” Devendo assim a Prática de Ensino assumir o papel de
análise e na reflexão das práticas vivenciadas, o qual produz saberes sobre a ação e formaliza
os saberes de ação. Pode ser realizada com a ajuda de dispositivos mediadores, como vídeo
professor ela atingiu suas expectativas?) houve uma aproximação entre a opinião dos
estudantes (média de 4) e egressos (média aproximadamente de 3,5). Isso pode ter ocorrido
pela atuação da nova professora Prática de Ensino e estágios, que a cerca de 1 ano e meio
atuava apenas na coordenação e, na busca por uma formação docente de qualidade, passou a
85
atuar junto aos alunos. As aulas dessa professora, são feitas apenas no Centro Universitário,
de forma teórica , quanto aos estágios são desenvolvidos pelos estudantes em suas respectivas
cidades. A mesma faz em suas aulas práticas através de micro-aulas, debates e discussões a
vivência em sala de aula?). demonstra que há consenso tanto de estudantes (média 4,89)
professor. O desafio de avançar, na busca de uma prática articulada com a teoria, é sem
dúvida, uma das metas a serem alcançadas pelos professores formadores de Licenciandos.
Segundo Charlier (2001, p.99), o professor aperfeiçoa sua prática profissional ao exercê-la.
Certos conhecimentos são acessíveis apenas no local de trabalho. Estratégias que favoreçam o
a teoria e a prática.
possibilita um maior entrosamento e permitirá que, tanto professores como estagiários, sejam
uma formação inicial onde o estágio seja o momento em que o futuro professor terá a
professor. A compreensão de sua ação o leva a tomar consciência das suas decisões,
relacionados à sua prática e tentar solucioná-los através de hipóteses testadas por ele mesmo.
Prática de Ensino. Através desta, foi possível constatar que apesar de cumprirem a grade
supervisionado), a instituição trabalha com estudantes que desenvolvem seu estágio em sua
cidade, distante da assessoria de um professor da referida área (ver questão 13, Anexo 1). Por
essa razão, as discussões sobre sua formação ocorrem nos encontros com o professor de
Prática de Ensino e colegas, onde o estagiário relata ao professor e seus colegas suas
experiências.
pedagógica, tanto estudantes quanto egressos têm uma visão fragmentada e confusa, quando
questionados a respeito das tendências que orientavam o seu fazer em sala de aula, muitos
simplesmente respondiam uma das três abordagens citadas. A maioria dizia ser humanista,
mas poucos destes justificam sua resposta, através da questão 2.2 (Apêndice), demonstrando
disciplina de Prática de Ensino, a mesma diz ser a falta de material bibliográfico uma das
dificuldades por ela encontrada. Mas, apesar disso, diz tentar construir uma nova estrutura de
ensino para a disciplina de Prática de Ensino. O que pode ser constatado no decorrer desta
pesquisa é que apenas uma autora Krasilchik (1987, 2004) tem publicação especifica na área
de Prática de Ensino em Biologia, e que chega a maioria das instituições de ensino, já outros
autores dessa área tem suas publicações e livros restritos as grandes cidades, por exemplo as
publicações das Escolas de Verão,do Epebs e Endipe. As mesmas estão restritas a professores
que participam de seus encontros nas capitais do Rio de janeiro e São Paulo.
estudantes, na época que era coordenadora do curso, resolveu voltar a sala de aula e
desenvolver uma metodologia que contribuísse na melhor formação dos futuros professores.
assessoria do estágio. Mas, segundo ela, confia em seus estudantes e nas escolas.
quantitativas das respostas dos estudantes, verificou-se que os estudantes, valorizam a prática
de Ensino, bem como, a experiência e vivência que ela possibilita. Estas repostas estão de
Prática de Ensino: Esta disciplina é importante a partir do momento em que ela permite a
88
aluno/professor uma pessoa compromissada com reais mudanças no ensino, na escola, nas
formas de ensinar e aprender, alerta para os diversos sinais que a comunidade, na qual ela
motiva a apresentar algumas sugestões, contribuindo assim, com novas formas de se abordar a
desenvolver neles a habilidade de formular questões e de refletir sobre sua própria prática.
comunidade escolar.
89
procedimentos a serem usados em sala de aula, deverá levar o estagiário a superar obstáculos
Através de projetos de pesquisa que incluam problemas identificados na escola pelos diretores
sociedade.
Nesse sentido, Vilela (2003), escreve que “parcerias como a existente entre a UFRJ e
inicial dos licenciados”. Dessa forma os professores são incentivados a, também, orientar e
Toda esta mobilização permite que o professor repense sua prática pedagógica e
futuro professor, de vivenciar sua prática. Em suma nada de teoria no vazio; nada de
empirismo desconexo (PICONEZ, 1991, p.25). São as duas obrigações de unidade que
revelam a estreita e rigorosa síntese da teoria com a prática e que só se pode exprimir por
sobre suas ações e trabalhe de forma interdisciplinar na escola, seu futuro local de trabalho.
Por isso, apesar das diferentes necessidades e obstáculos encontrados em sala de aula, “uma
verdadeira formação docente não pode limitar-se a muitas, porém pontuais, observações de
aulas, sendo capaz de promover uma efetiva inserção em um universo escolar, permitindo
uma vivência dos processos de mediação didática envolvida na prática docente” (GOMES e
depende muito da organização curricular do curso em questão. Favetta (2003) argumenta que
articuladas que garantam a efetiva inserção dos licenciados nas atividades escolares”.
universidade com a escola e seus professores, como conseqüência de todo este trabalho, como
numa rede, onde o reflexo de qualquer movimento será irradiado a comunidade escolar, à
grupo de estudantes e sua primeira inserção na escola, facilitando seu convívio para depois no
momento do estágio estarem motivados e conhecidos. Assim sendo, sua aprendizagem torna-
tendências de aprendizagem.
Através da análise dos dados coletados e resultados obtidos, foi possível responder as
prática?
supervisionado. O objetivo de tais mudanças é fazer com que, tanto no curso de Ciências
Biológicas quanto os outros cursos de licenciatura oferecidos pela instituição, a prática esteja
aliada a teoria.
sala de aula, momento que permite a vivência de situações pedagógicas reais, dentro de um
voltar para a sala de aula nesses dois anos, ela buscou construir uma metodologia própria
que orientam a prática pedagógica de estudantes e dos egressos da instituição? foi interessante
Tanto para estudantes quanto para egressos, não está claro quais são as teorias de
aprendizagem que orientam a sua prática pedagógica. Ficou claro que, tanto estudantes quanto
egressos, não valorizam as tendências e teorias de aprendizagem como suporte básico para o
professora designou-se humanista, sendo que orientações atuais dos órgão educacionais, diz
na instituição superior? Ao analisar tanto o discurso dos estudantes quanto dos egressos que
constituem o grupo investigado, é possível concluir que a disciplina de Prática de Ensino está
a contento, sendo que uma pequena parcela discorda do modelo atual. Uma conclusão geral e
de que a vivência em sala de aula deve ser uma oportunidade onde a prática seja associada a
94
teoria. Onde o futuro professor deva estar em contato com a sua realidade profissional.
A prática de ensino vai além dos planejamentos e visitas às escolas. Ela pode ser muito
mais vivencial, principalmente na instituição pesquisada, uma vez que a mesma forma
Supervisionado.
estão evidenciando que a aula tradicional, apenas de transmissão de conteúdo, não motiva
mais os alunos em sala de aula. Conseqüentemente são necessários nesses tempos, mudanças
nos cursos de formação de professores, os mesmos devem investir no uso das novas
educacional.
A necessidade de se formar um professor que saiba aliar a teoria á prática, que faça
uma reflexão, pesquise sobre sua prática e a sua inter-relação é, sem dúvida, um dos vários
conhecimento, mas para enfrentar a realidade da sala de aula seu campo de trabalho.
95
professores.
última década, foi palco de muitos debates e discussões, seja em relação à prática na formação
do bacharel ou do licenciado.
como fim uma educação de qualidade que faça sentido, junto á realidade dos docentes e dos
alunos. Formar um professor que reflita sobre sua prática, que utilize suas própria sala de aula
como campo de pesquisa, faz com que cada vez mais o Ensino de Ciências seja relevante à
sociedade.
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APÊNDICE
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome .......................................................................................................................................
Município .................................................................................... Estado.....................................
1.1 FORMAÇÃO
( ) Acadêmico ( ) Egresso
Graduação em .................................................................................. Ano: ..................................
( ) Especialista ( ) Mestre ( ) Doutor
2 QUESTÕES
2.1 Na sua prática docente você se considera um professor:
( ) Comportamentalista ( ) Cognitivista ( ) Humanista
( ) Outro. Qual? ........................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
2.4 Que características ou competências você considera essenciais para que um professor de
Ciências e Biologia esteja próximo ao professor ideal para sua carreira? Cite três:
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
2.5 Dentre as metodologias de ensino adotadas por seus professores em sala de aula, qual a
que mais agrada e ou facilita a sua aprendizagem? Cite três:
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
103
ANEXO
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PARA PROFESSOR FORMADOR
1. Titulação:
( X ) Graduado em Biologia ( )Graduado em Ciências ( ) Outro. Qual? ..............................
8. Você acredita que a disciplina Prática de Ensino possa ser a “ponte” que faça a
ligação principalmente com as novas tendências de ensino, utilizando-se de revistas
científicas, artigos e pesquisas?
SIM, POIS A FORMACAO DE PROFESSORES EXIGE UM REPENSAR
CONSTANTE E DINAMICO DOS MODELOS DE FORMAÇÃO PROCURANDO
INTEGRÁ-LOS ÀS MODIFICAÇÕES DO COTIDIANO.
11. Quais dos fatores abaixo mais concorreram para qualificar seu trabalho docente:
( X ) formação inicial ( X ) formação continuada.
( X ) cursos de especialização ( X ) seminários e congressos.
( X ) experiência profissional