Casos Praticos 2022 2023
Casos Praticos 2022 2023
Casos Praticos 2022 2023
º 1
Qualifique as seguintes situações:
a) Regimento de um órgão colegial;
b) Regulamento municipal que procede à criação de uma taxa;
c) Regulamento que disciplina a vida quotidiana de uma instituição de ensino
superior dirigido à prestação de serviços de formação especializada, prevendo
procedimento internos de organização de cursos de formação contínua e os
regimes de avaliação dos estudantes inscritos;
d) Resolução do Conselho de Ministros pelo qual se procede à nomeação de vários
funcionários;
e) Norma de uma postura municipal que prevê uma proibição de circulação
rodoviária;
f) Norma do estatuto disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol que prevê
como infração disciplinar, à qual associa a sanção de não inscrição de atletas, o
não pagamento de salários aos jogadores.
1
Caso prático n.º 4
Qualifique as hipóteses colocadas considerando as formas de atividade administrativa que
conhece:
1. Contrato de arrendamento social sujeito ao regime da renda apoiada, previsto no
Lei n.º 81/2014, de 19 de dezembro;
2. Declaração que esclarece, após pedido do interessado, que “de acordo com os
registos o contribuinte não tem dívidas fiscais”;
3. Nos termos do artigo 11.º do Código das Expropriações, “a entidade interessada,
antes de requerer a declaração de utilidade pública, deve diligenciar no sentido de
adquirir os bens por via de direito privado, salvo nos casos previstos no artigo
15.º, e nas situações em que, jurídica ou materialmente, não é possível a aquisição
por essa via”.
4. Norma de uma postura municipal que prevê uma proibição de circulação
rodoviária;
5. A entidade concessionária da atividade de fiscalização das contraordenações
previstas no artigo 71.º do Código da Estrada, levantou um auto de
contraordenação por falta de pagamento da taxa de estacionamento devida;
6. O delegante remeteu oficiosamente ao delegado, nos termos do artigo 41.º do
CPA, um requerimento que implica o exercício das competências que lhe tinham
sido delegadas;
7. “Por falta de apresentação da declaração de aceitação do conteúdo do caderno
de encargos, considere-se a sociedade “Construções Silva, S.A.” excluída do
concurso público tendente à celebração de um contrato de empreitada de obras
públicas.”;
8. Parecer vinculativo favorável da Agência Portuguesa do Ambiente à construção
em zona abrangida pelo Programa do Proteção da Orla Costeira;
9. Remoção de uma autocaravana estacionada num terreno do domínio público
municipal;
10. Notificação de um ato administrativo;
11. Indeferimento de um pedido de atribuição de subsídio;
12. Falta de decisão, no prazo previsto no n.º 1 do artigo 128.º do CPA, de
requerimento no qual se solicita a prorrogação do período de estágio;
2
13. Regimento de um órgão colegial;
14. Regulamento que disciplina a vida quotidiana de uma instituição de ensino
superior dirigido à prestação de serviços de formação especializada, prevendo
procedimento internos de organização de cursos de formação contínua e os
regimes de avaliação dos estudantes inscritos.
Quid iuris? considerando que nos termos do artigo 25.º da Lei n.º 34/2004, de 29 de julho:
“1 - O prazo para a conclusão do procedimento administrativo e decisão sobre o pedido
de protecção jurídica é de 30 dias, é contínuo, não se suspende durante as férias judiciais
e, se terminar em dia em que os serviços da segurança social estejam encerrados,
transfere-se o seu termo para o 1.º dia útil seguinte. 2 - Decorrido o prazo referido no
número anterior sem que tenha sido proferida uma decisão, considera-se tacitamente
deferido e concedido o pedido de protecção jurídica” 1.
1 Dispõe o artigo 25.º da Lei n.º 34/2004, de 29 de julho, com a última alteração introduzida
pela Lei n.º 2/2020, de 31 de março.
“1 - O prazo para a conclusão do procedimento administrativo e decisão sobre o pedido de
protecção jurídica é de 30 dias, é contínuo, não se suspende durante as férias judiciais e, se
3
Caso prático n.º 7
Suponha que em janeiro de 2021 foi concedida a Isabel uma licença de construção. Por a
licença de construção se reportar a uma zona de proteção da faixa costeira, a mesma
dependia de parecer prévio favorável da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Por discordar do sentido negativo do parecer concedido, o Município de Espinho
concedeu a referida licença nos exatos termos solicitados por Isabel.
Acresce que embora a referida licença respeite o disposto no PDM, o PDM viola o
disposto no artigo 1360.º do Código Civil, de acordo com o qual:
“1. O proprietário que no seu prédio levantar edifício ou outra construção não pode
abrir nela janelas ou portas que deitem diretamente sobre o prédio vizinho sem deixar
entre este e cada uma das obras o intervalo de metro e meio.
2. Igual restrição é aplicável às varandas, terraços, eirados ou obras semelhantes,
quando sejam servidos de parapeitos de altura inferior a metro e meio em toda a sua
extensão ou parte dela.
3. Se os dois prédios forem oblíquos entre si, a distância de metro e meio conta-se
perpendicularmente do prédio para onde deitam as vistas até à construção ou edifício
novamente levantado; mas, se a obliquidade for além de quarenta e cinco graus, não
tem aplicação a restrição imposta ao proprietário”.
4
Suponha que é vizinho de Isabel e que esta licença lhe causa prejuízo.
O que faria?
5
14. Prática por um órgão administrativo de um ato da competência de outro órgão
administrativo da pessoa coletiva a que pertence;
15. Prática de um ato administrativo com erro sobre os pressupostos de facto, dolo ou
sob coação.
1 - O trabalhador e o participante podem interpor recurso hierárquico ou tutelar dos despachos e das
decisões que não sejam de mero expediente, proferidos pelo instrutor ou pelos superiores hierárquicos
daquele.
2 - O recurso interpõe-se diretamente para o respetivo membro do Governo, no prazo de 15 dias, a
contar da notificação do despacho ou da decisão, ou de 20 dias, a contar da publicação do aviso a que se
refere o n.º 2 do artigo 214.º
3 - Quando o despacho ou a decisão não tenham sido notificados ou quando não tenha sido publicado
aviso, o prazo conta-se a partir do conhecimento do despacho ou da decisão.
4 - O recurso hierárquico ou tutelar suspende a eficácia do despacho ou da decisão recorridos, exceto
quando o seu autor considere que a sua não execução imediata causa grave prejuízo ao interesse público.
5 - O membro do Governo pode revogar a decisão de não suspensão referida no número anterior ou
tomá-la quando o autor do despacho ou da decisão recorridos o não tenha feito.
6 - Nas autarquias locais, associações e federações de municípios, bem como nos serviços
municipalizados, não há lugar a recurso tutelar.
7 - A sanção disciplinar pode ser agravada ou substituída por sanção disciplinar mais grave em resultado
de recurso do participante.
6
5. Na sequência de um recurso hierárquico contra uma omissão ilegal, pode o
superior hierárquico praticar o ato omisso, substituindo-se ao subalterno, ou
apenas pode ordenar ao subalterno a prática do ato em falta?
6. Quais são os sentidos possíveis de decisão de uma reclamação ou recurso
apresentado contra um ato administrativo?
7. Considere que na sequência de um recurso hierárquico, é praticado um ato que
confirma o ato recorrido, mas inova quanto à fundamentação apresentada. Trata-
se de um ato confirmativo?
8. Imagine que na notificação de um ato administrativo não é mencionada a sua
sujeição a recurso hierárquico necessário e que, por isso, o interessado recorre
diretamente aos tribunais. Quid iuris?