Química Orgânica I (Protocolo Praticas)
Química Orgânica I (Protocolo Praticas)
Química Orgânica I (Protocolo Praticas)
Turnos: P1 e P2
1. OBJETIVOS
5. O CADERNO DE LABORATÓRIO
6. ORGANIZAÇÃO
Cada sessão experimental terá uma duração de 3 horas e uma periodicidade semanal,
sendo os alunos organizados em turnos que funcionarão de 7de março a 26 de abril.
Considerando um período letivo útil de 12 semanas, cada aluno terá, neste regime de
funcionamento, um total de quatro sessões laboratoriais de 3 horas cada, durante o
semestre.
Os trabalhos serão realizados num laboratório de Química Orgânica (Lab. 325/327, Ed.
Departamental) em grupos de dois estudantes.
1. Objectivo
2. Introdução
Os ésteres são uma classe de compostos abundante na natureza. A fórmula geral deste
grupo funcional é: RCOOR. Os ésteres mais simples têm normalmente um odor
agradável. Muitas das fragrâncias e compostos envolvidos no sabor das flores e frutos
envolvem compostos com o grupo funcional éster. Uma das exceções são os óleos
essenciais. As qualidades organolépticas de flores e frutos podem dever-se a um só
éster mas, normalmente, o sabor e aroma devem-se a uma mistura complexa de
compostos, com predominância de um éster. Alguns dos aditivos para fragrâncias e
sabores mais comuns:
O sabor é uma combinação das sensações gosto e aroma transmitidas pelos receptores
existentes na boca (receptores do gosto) e no nariz (receptores olfactivos). Os quatro
sabores básicos (doce, azedo, salgado e amargo) têm receptores em áreas específicas
da língua. A percepção do sabor não é, no entanto, assim tão simples pois, se fosse,
bastaria a combinação de quatro substâncias com os sabores básicos para duplicar
qualquer sabor. Apesar do seu odor agradável, os ésteres raramente são utilizados em
perfumes ou loções para aplicar directamente no corpo, sendo apenas utilizados em
colónias baratas. A razão é puramente química, uma vez que os ésteres, em contacto
com o suor, sofrem facilmente hidrólise, originando ácidos gordos com aromas muito
desagradáveis.
O ácido butírico, por exemplo, tem odor a manteiga rançosa, sendo um dos
componentes do suor e o principal responsável pelo “cheiro a suor” nos humanos. É
este componente que torna os humanos tão facilmente detectáveis ao olfacto dos
animais. Já os ésteres etílico e metílico, derivados do ácido butírico, têm odor a ananás
e maçã, respectivamente.
Outros ésteres com aromas frutados podem ter a desvantagem de atrair moscas da
fruta e outros insectos, em busca de comida. O acetato de isoamilo, também chamado
óleo de banana, é particularmente interessante pois é idêntico à feromona da abelha
doméstica. Quando uma abelha ataca um intruso, no processo de libertação do veneno
do ferrão é lançada uma feromona de alarme, composta parcialmente de acetato de
isoamilo. Este agente químico vai despoletar o ataque agressivo de outras abelhas ao
intruso, marcado quimicamente. Obviamente, não é aconselhável usar um perfume
contento acetato de isoamilo perto de uma colmeia.
Os ésteres são derivados dos ácidos carboxílicos, podendo ser preparados por diversos
processos. O mais directo consiste na reacção do próprio ácido carboxílico com um
álcool, conhecido como esterificação de Fischer. Dado que os álcoois são nucleófilos
fracos, o ácido tem de ser transformado num electrófilo mais forte através de protonação
com um ácido inorgânico forte (catalisador). Na reacção formam-se o éster e água, em
equilíbrio com os reagentes. Este equilíbrio pode ser deslocado no sentido do produto
pretendido (o éster), quer por utilização de excesso de um dos reagentes, quer por
remoção da água que se forma na reacção.
Diversos acetatos (ésteres do ácido acético) são conhecidos como possuindo aromas
intensos. Os acetatos podem ser preparados a partir de um álcool e do ácido acético,
aquecendo a mistura na presença de ácido sulfúrico. O ácido acético (reagente
económico) usa-se em excesso para deslocar o equilíbrio da reacção de esterificação
no sentido de formação do éster. Após completada a reacção, o éster pode ser extraído
da mistura reaccional com éter dietílico e, posteriormente, purificado por destilação à
pressão atmosférica ou reduzida, em função do respectivo ponto de ebulição.
3.1. Reagentes
Álcool*, ácido acético, ácido sulfúrico concentrado, éter dietílico, carbonato de sódio.
3.2. Material
Balão de 50 mL, condensador de refluxo, ampola de decantação de 100 mL, montagem
para destilação simples, material corrente de laboratório.
3.3. Técnica
1- Coloque 0,174 mole de álcool* e 0,442 mole de ácido acético glacial num balão
de fundo redondo de 100 mL.
2- Adicione 1,3 mL de ácido sulfúrico concentrado, agite a mistura para
homogeneizar os componentes, adapte um condensador de refluxo e aqueça a
mistura sob refluxo durante 1,5 h, com agitação magnética.
3- Arrefeça o balão ao ar, seguido por imersão em água fria.
4- Verta a mistura reaccional num copo de 250 mL contendo cerca de 30 g de gelo
moído. Agite a mistura com uma vareta de vidro e transfira-a para uma ampola
de decantação de 250 mL, lavando o balão reaccional e o copo com 2x15 mL de
éter dietílico.
5- Coloque mais 30 mL de éter dietílico na ampola, agite vigorosamente, aliviando
a pressão, e deixe em repouso até à separação das fases. Remova a fase
aquosa e lave a fase orgânica duas vezes com volumes de 20 mL de solução de
carbonato de sódio a 5%. Reveja o vídeo da extração liquido-liquido (ANEXO 2)
Seque a fase etérea com uma pequena porção de sulfato de magnésio anidro.
Remova o agente exsicante por filtração em filtro de pregas, evapore o filtrado
no evaporador rotativo e destile o líquido residual à pressão atmosférica, numa
montagem para destilação simples de dimensão adequada, ou monte uma
destilação a pressão reduzida, caso seja necessário.
Reveja os vídeos da Destilação simples a pressão reduzida – utilização do
evaporador rotativo e o vídeo da Destilação simples (ANEXO 2)
4. Resultados
1. Objectivo
2. Introdução
Hidrazonas
Procedimento
1ª parte - Hidrazonas
Nota :Algumas tabelas encontram-se a seguir. Se por acaso não encontrar o seu
ponto de fusão obtido terá de consultar o livro de texto que consta da bibliografia.
Coloque 5 gotas do seu composto num tubo de ensaio. Adicione 0,5 ml de reagente de
Tollen’s preparado de fresco. A formação de um precipitado negro ou um espelho de
prata nas paredes dos tubos de ensaio, imediatamente ou após aquecimento em banho
de água, constitui um teste positivo para aldeídos.
Fig. 1. Espelho de prata - a prata metálica (Ag) deposita nas paredes do tubo de ensaio.
QUESTIONÁRIO – TRABALHO 2 (Anexo 3)
1. Objectivo
Preparação de uma amida por tratamento de uma amina com um anidrido. Neste
caso, o p-aminofenol é tratado com anidrido acético para formar o p-acetamidofenol (N-
(4-hidroxifenil)acetamida). A amida precipita como um sólido que é recristalizado em
água.
2. Introdução
As aminas aromáticas acetiladas (aquelas que contém o grupo acilo R-C(=O) como
substituinte) são importantes medicamentos de venda livre. Os medicamentos de venda
livre são aqueles que podem ser comprados sem obrigatoriedade de receita médica.
Acetanilida, fenacetina e acetaminofeno (ou paracetamol) – nomes comerciais - são
analgésicos (aliviam a dor) suaves e antipiréticos (reduzem a febre) e são extremamente
importantes, juntamente com a aspirina, entre os medicamentos de venda livre.
3. Reacção
As aminas podem ser acetiladas de diversos modos. Entre os mais comuns encontram-
se aqueles que utilizam anidrido acético, cloreto de acetilo, ou ácido acético glacial (com
remoção da água formada na reacção). O procedimento com ácido acético glacial é de
interesse comercial, pois é mais económico. No entanto, requer aquecimento durante
longo tempo. O cloreto de acetilo é insatisfatório por várias razões mas, principalmente,
por reagir vigorosamente libertando HCl, o que provoca a conversão de metade da
amina no seu sal de cloridrato de amónio, tornando-a incapaz de participar na reacção.
O anidrido acético é preferencial para uma síntese à escala laboratorial, pois a sua taxa
de hidrólise é suficientemente lenta para permitir a acetilação de aminas em solução
aquosa e o procedimento originar um produto com um elevado grau de pureza e com
bom rendimento. No entanto, não é indicado para aminas desactivadas (bases fracas)
tal como as orto- e para-nitro-anilinas.
A acetilação é vulgarmente utilizada para “proteger” uma amina primária ou secundária.
As aminas acetiladas têm menor probabilidade de participar em muitas das reacções
típicas das aminas pois, devido à acetilação, são menos básicas. Após a acetilação, o
grupo amino pode ser facilmente regenerado através de hidrólise em condições ácidas
ou básicas.
4. Execução Experimental
4.1. Reagentes
Anidrido acético, acetato de sódio, p-aminofenol, ácido clorídrico concentrado, carvão
activado (Norit).
4.2. Material
Balões de 100 mL (2), condensador de Liebig, agitador magnético e placa de
aquecimento/agitação, banho de água, material corrente de laboratório.
4. Resultados
Calcule o rendimento da síntese, o ponto de fusão e comente o grau de pureza do
produto.
1. Objectivo
Realização de uma reacção de redução de um composto carbonílico. Formação de um
novo centro assimétrico.
2. Introdução
A cânfora é uma molécula largamente conhecida na medicina tradicional por, tal como
o mentol, produzir uma sensação de frescura quando absorvida pela pele, o que faz
dela um dos ingredientes activos de alguns medicamentos, entre eles o “Vick VapoRub”
muito utilizado nos anos sessenta do século passado.
Quimicamente, é um composto bicíclico com um grupo funcional cetona. A adição
nucleófila do ião hidreto a carbonilos resulta na redução de aldeídos e cetonas
formando-se, respectivamente, álcoois primários e secundários.
De entre os reagentes usados habitualmente está o boro-hidreto de sódio (NaBH4), um
reagente relativamente fácil de manipular.
O impedimento estereoquímico de uma molécula como a cânfora permite explorar as
consequências na formação dos diferentes isómeros na reacção de adição de
nucleófilos a cetonas.
3. Execução experimental
1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24
Preparações Prévias
Operações Unitárias em Técnicas de Laboratório
Vídeos sobre operações unitárias a visualizar antes da aula:
Para poder aceder ao vídeo e conteúdos poderá ter de realizar inscrição gratuita no
sítio web do JOVE.
Extracção líquido-líquido
https://www.youtube.com/watch?v=2GuDxHAAuaw
Recristalização
https://www.youtube.com/watch?v=FMKtzr0ZoaI ~
Filtração a vácuo
Vacuum Filtration Setup - YouTube
Ponto de fusão:
https://www.youtube.com/watch?v=zVSk2m4I8_E
JOVE https://www.jove.com/science-education/11189/melting-points
Destilação simples:
https://www.youtube.com/watch?v=NFdHEyq-1pA
Índice de refração:
https://www.youtube.com/watch?v=CW9gOyH8HIA
Objetivo
Escreva o esquema reaccional da reacção (com o álcool que lhe foi indicado na aula de
apresentação).
Questões pré-laboratório
Escreva o esquema reaccional da reacção (com o álcool que lhe foi indicado na aula de
apresentação).
Questões pré-laboratório
Objetivo
Escreva o esquema reaccional da reacção (com o álcool que lhe foi indicado na aula de
apresentação).
1. Qual a razão para a reação de acetilação ocorrer mais rápido com anidrido acético
do que com o ácido acético?
2. Qual a razão para a acetilação ocorrer no grupo amina e não no grupo hidroxilo do
p-aminofenol?
3. Calcule e apresenta os cálculos das quantidades dos reagentes em número de
moles.
4. Qual é o reagente limitante?
5. Qual é o produto secundário que se pode formar se utilizamos demasiado excesso
de anidrido acético e deixamos a reagir por mais tempo do que o recomendado?
6. Porquê é necessário tratar a solução do ponto 2 do procedimento experimental com
carvão activado? (Sabemos que, se o p-aminofenol for recristalizado antes de ser
utilizado, este passo pode ser omitido.)
7. Porquê a adição de HCL ajuda na dissolução de p-aminofenol em água? Escreve a
equação química.
8. No entanto, o grupo –NH3+Cl- não é capaz de participar na reacção, por isso é
adicionado acetato de sódio para formar uma solução tampão e recuperar parcialmente
o grupo amina. Escreve as equações químicas envolvidas.
9. A solução de acetato de sódio em água (ponto 5 do procedimento experimental) será
ácida, básica ou neutra?
10. Porquê o raspar das paredes do balão com uma espátula ou uma vareta de vidro
ajuda a induzir o processo de cristalização (ponto 6 do procedimento experimental)?
11. Porque tem de lavar os cristais filtrados sempre com água fria?
12. Quantos moles e gramas do produto será o rendimento correspondente à 100%?
Objetivo
Escreva o esquema reaccional da reacção (com o álcool que lhe foi indicado na aula de
apresentação).