2.2 - Cultura de Segurança

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CULTURA DE SEGURANÇA

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Emilio Tissato Nakamura

seõçatona reV
COMO É FORMADA A CULTURA DE SEGURANÇA E PRIVACIDADE?
Ela é formada pelo conjunto de hábitos, crenças e conhecimentos em segurança e privacidade,
através de ações que busquem reforçar estes elementos em todos da empresa.

Fonte: Shutterstock.

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PRATICAR PARA APRENDER


Caro aluno, nesta seção reforçaremos os aspectos que fortalecem uma cultura de
segurança e privacidade, complementando as informações que estudamos na
seção anterior.
A segurança da informação é feita a partir de uma visão de riscos, e as políticas de
segurança direcionam a forma como a empresa protege a confidencialidade,
integridade e disponibilidade de suas informações, tendo um papel importante no
fortalecimento da cultura de segurança. Neste contexto, os termos e contratos,

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como os de ciência, de uso ou de confidencialidade, fazem parte das necessidades

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das empresas, ao formalizar entre as partes as necessidades de segurança e
privacidade. Em conjunto com as políticas de segurança, eles explicitam para todas
as partes as responsabilidades e obrigações de segurança e privacidade. As
pessoas declaram que conhecem as políticas de segurança e privacidade, e as
empresas declaram que há regras e responsabilidades. Esta importância é
reforçada pela necessidade de proteção de dados pessoais oriundos da Lei Geral
de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Discutiremos ainda outros pontos essenciais que ajudam a fazer com que uma
cultura de segurança seja fortalecida. Além disso, discutiremos alguns elementos
para que as políticas de segurança e privacidade possam ser criadas de modo que
cumpram de fato o seu objetivo, chegando ao seu público-alvo, para que assim
possam ser seguidas por todos.
Os aspectos de segurança da informação no desenvolvimento de sistemas
também serão discutidos nesta seção. São aspectos importantes para profissionais
de TI e de segurança, independente do modelo de desenvolvimento adotado pela
empresa. Iremos discutir, ainda, pontos como o gerenciamento de segurança de

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sistemas, e os aspectos operacionais, éticos e legais que devem fazer parte da

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segurança de sistemas. Além disso, o desenvolvimento de sistemas exige uma
preocupação com o ambiente de desenvolvimento seguro, que apresenta uma
série de elementos essenciais.

Para finalizar a seção, discutiremos alguns assuntos que direcionam a segurança


da informação, com as tendências e o futuro que moldarão as atividades dos
profissionais de segurança e privacidade. 

Uma empresa com foco em energias renováveis é composta por uma matriz em
Natal, no Rio Grande do Norte, e filial em Belo Horizonte, em Minas Gerais. O
desenvolvimento de novas tecnologias é feito por uma equipe que fica em
Santiago, no Chile. Há laboratórios conectados em Belo Horizonte e Santiago. A
empresa tem projetos com militares argentinos, o que exige um alto nível de
segurança, já que envolve aspectos de segurança nacional.

A empresa tem um diretor de segurança da informação, que é o responsável por


uma estrutura que inclui uma gerência de governança de segurança, uma gerência
de tecnologias de segurança e outra gerência de processos de segurança. Você é o
gerente de processos de segurança e deve trabalhar em sinergia com os outros
dois gerentes para alinhar os planos e atividades de segurança da informação da
empresa.

O diretor de segurança da informação da empresa solicitou um status de alguns


aspectos normativos da empresa, para complementar a apresentação anterior, e
você deve preparar uma apresentação para tal. É preciso fazer um alinhamento
com o gerente de governança de segurança e o gerente de tecnologias de
segurança.

Estruture sua apresentação descrevendo os seguintes tópicos:


1. Cultura de segurança e privacidade.

2. Como a segurança é tratada pelos agentes externos.

3. Como a segurança é tratada para os usuários e para os administradores de

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sistemas.

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4. Segurança no desenvolvimento de sistemas.

O fortalecimento da cultura de segurança e privacidade das empresas depende de


um conjunto de elementos. Nesta seção, você compreenderá estes elementos e
poderá adotá-los na sua jornada em segurança da informação. Para o
desenvolvimento seguro de software, há também informações importantes para
você.

Boa aula! 

CONCEITO-CHAVE
Caro aluno, a cultura de segurança e privacidade é fundamental para as empresas
protegerem os seus ativos. Ela é formada pelo conjunto de comportamentos das
pessoas no dia a dia das empresas em questões que refletem na proteção das
informações e, consequentemente, dos negócios. Um ponto fundamental é que a
cultura de segurança e privacidade de uma empresa é única, constituída por um
conjunto de hábitos, crenças e conhecimentos de todos. Ela envolve, ainda, a
forma como a segurança e privacidade são tratadas pelos funcionários,
prestadores de serviços e fornecedores quando as atividades da empresa são
exercidas.

CULTURA DE SEGURANÇA E PRIVACIDADE


Toda empresa tem a sua própria cultura de segurança e privacidade (COACHMAN,
2010). O objetivo é que esta cultura seja fortalecida constantemente,
principalmente porque cada vez mais a segurança da informação influencia na
resiliência das empresas. O grande desafio é que, como toda cultura, a de
segurança e privacidade se torna mais forte com ações da empresa que engajem
todas as pessoas, dos funcionários aos fornecedores. Formada pelo conjunto de
hábitos, crenças e conhecimentos em segurança e privacidade (Figura 2.12), as
ações devem buscar reforçar estes elementos em todos da empresa.

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Figura 2.12 | Cultura de segurança e privacidade

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Fonte: elaborada pelo autor.

EXEMPLIFICANDO 

Um exemplo da influência da cultura de segurança e privacidade no


comportamento das pessoas é o caso em que um pendrive USB é
encontrado no estacionamento da empresa. O que um funcionário que
encontrasse o pendrive faria? Será que ele reportaria o achado como um
incidente de segurança? Ou ele inseriria o dispositivo em seu notebook para
ver o seu conteúdo? Ele sabe que pendrives são um dos vetores de
contaminação por malware mais perigosos? Como ele poderia saber que
não ele não pode inserir um pendrive em equipamentos da empresa?

Dispositivos USB são a principal fonte de malware para sistemas de controle


industrial. Esta técnica já foi utilizada para contaminar, por exemplo, uma usina
nuclear que tinha uma rede isolada. O perigo dos dispositivos USB, que vão
além de pendrives, é que o USB é utilizado para conectar e carregar outros
dispositivos, e também para injetar malwares, executar programas para criar
ou criar conexões externas (PEREKALIN, 2019).

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E você, como profissional de segurança e privacidade, o que faria para proteger a

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sua empresa contra este risco relacionado ao pendrive? O bloqueio das portas USB
dos equipamentos da empresa pode servir como um controle de segurança
técnico. Neste caso, você estaria implantando um controle de segurança técnico.
Porém, esta medida de segurança deve ser bem avaliada, de acordo com o seu
nível de risco, já que pode comprometer a produtividade da empresa.

Vale destacar que a segurança da informação é feita em camadas, com um


conjunto de controles de segurança utilizados de uma forma integrada. O
raciocínio aqui é que um controle de segurança pode funcionar para tratar um
grande percentual dos riscos, porém para o pequeno percentual em que este
controle de segurança possa falhar, outro controle de segurança o complementa.

No caso do pendrive, a principal camada de segurança poderia ser a


conscientização dos usuários, com o intuito de prover aos usuários o
conhecimento sobre os perigos do uso de dispositivos não autorizados. A crença
do perigo real que um pendrive inserido em equipamentos da empresa pode ser
incorporada no dia a dia da empresa neste processo de treinamento e
conscientização, com técnicas que podem envolver vídeos ou campanhas que
envolvem até mesmo representações teatrais. Todos devem entender que a
empresa tem regras definidas na política de segurança que restringe o uso de
pendrive e todos devem acreditar que os motivos são legítimos.

O hábito deve ser criado com a diligência da própria pessoa, mas também de todos
que se encontram ao seu redor, lembrando-as dos perigos existentes em
determinados comportamentos, criando assim uma atitude de segurança. 

EXEMPLIFICANDO
Um exemplo de criação de hábito e de consolidação de conhecimento de
segurança é a simulação. Muito utilizado no caso de phishing, a simulação
pode ser feita também espalhando-se pendrives com mensagens sobre a
importância de se seguir a política de segurança da empresa.

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O uso de pendrives deve estar definido na política de segurança da empresa e,
com treinamentos e programas de conscientização, deve ser de conhecimento e
deve ser aplicado por todos. O bloqueio USB dos equipamentos da empresa pode
constituir uma camada adicional de segurança. 

POLÍTICA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


Um dos elementos primordiais para fortalecer uma cultura de segurança e
privacidade é a política de segurança da informação e privacidade (AGUILERA-
FERNADES, 2017). Com a definição formal de como a empresa enxerga e trata a
segurança e privacidade, com base no seu contexto que inclui os riscos, a política
de segurança e privacidade direciona a cultura da empresa. O que constrói a
crença, o conhecimento e o hábito necessários é fazer com que as definições da
política de segurança cheguem a todos. E o que reforça esta crença é a
participação ativa da alta administração. Assim, a política de segurança,
treinamentos e conscientização dos usuários são importantes para o
fortalecimento da cultura de segurança e privacidade, como mostra a Figura 2.13.

Figura 2.13 | Fortalecimento da cultura de segurança e privacidade


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Fonte: elaborada pelo autor.

Um passo importante para o sucesso da política de segurança e privacidade é que


ela reflita, da melhor forma possível, as características de cada empresa. Ela deve
ser plausível e deve ser aplicável, ou seja, a política deve definir as diretrizes a
serem seguidas por todos, e deve definir controles de segurança que deverão ser
efetivamente implementados. A Figura 2.14 apresenta as principais características
da política de segurança e privacidade que fazem com que ela tenha sucesso na
sua implantação. Elas serão discutidas a seguir.

Figura 2.14 | Política de segurança e privacidade: fazendo acontecer

Política de Segurança e Privacidade deve

Refletir as características da empresa

Ser plausível e aplicável

Estar organizada em uma série de documentos

Ser abrangente, principalmente com agentes externos

Ser organizada de acordo com o seu público-alvo


Estar acessível

Estar sempre atualizada

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Ser comunicada regularmente

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Fonte: elaborada pelo autor.

Lembre-se que políticas de segurança são compostas por documentos que incluem
normas, diretrizes, processos, procedimentos, termos e guias, por exemplo (Figura
2.15). Assim, um fator crítico de sucesso da política de segurança da informação é a
organização de todo o seu conteúdo, facilitando o seu acesso e sendo direcionada
ao seu público-alvo.

Figura 2.15 | Estrutura de documentos que formam a política de segurança da informação

Fonte: elaborada pelo autor.

O direcionamento da política de segurança e privacidade ao seu público-alvo está


relacionado à organização do conteúdo e envolve ainda a forma como ela trata os
funcionários diretos, prestadores de serviços e os fornecedores. Essa abrangência
é essencial para minimizar as chances de ocorrência de incidentes de segurança,
considerando, além dos usuários internos, também os agentes externos. Eles,
muitas vezes, estão dentro da empresa, tanto física quanto digitalmente, e
precisam também seguir a política de segurança e privacidade.
O tratamento da segurança e privacidade por agentes externos é um desafio, pois
o nível de comprometimento é diferente, bem como o nível de cultura de
segurança e privacidade de cada um. A pergunta que temos que fazer é se estes
agentes externos também têm que ter ciência da política de segurança e

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privacidade da empresa, e em qual nível, comparado com os usuários internos. O

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que é reforçado na resposta a esta questão é que a organização da política de
segurança e privacidade é, de fato, importante, e deve ser feita de modo a fazer
com que os agentes externos tomem conhecimento da postura de segurança da
empresa e se comprometam a seguir as diretrizes e as regras específicas. Para
tanto, pode-se utilizar controles como termos e contratos, que fazem parte do
próprio conjunto de documentos que formam a própria política de segurança.

Com o termo de ciência, os agentes externos, sejam eles prestadores de serviços


ou fornecedores, que terão acesso à empresa, seja fisicamente ou logicamente,
tomam conhecimento das regras de segurança e privacidade da empresa, que
devem ser seguidas. A política de segurança e privacidade da empresa pode ser
referenciada, mas somente os pontos relevantes para os agentes externos devem
estar no termo de ciência, que deve ter pelo menos estes elementos:

Objetivo do termo de ciência, com referência à política de segurança e


privacidade da empresa.

Regras de segurança e privacidade, com aspectos específicos da política que


devem ser entendidos e seguidos pelos agentes externos. Um exemplo é a
proibição de fotografias ou o acesso físico a dispositivos da empresa.

Papéis e responsabilidades, com a inclusão de algum funcionário da empresa


que será responsável pelo agente externo, devendo zelar pelo cumprimento da
política de segurança e privacidade. 

O cumprimento do termo de ciência e a sua conformidade pode e deve ser


reforçado por controles de segurança. Um exemplo é o controle de acesso, seja
físico ou lógico, que deve ser planejado adequadamente, com identificação que
possibilite, de uma forma geral e o que é mais comum na maioria das empresas, a
distinção entre funcionários e agentes externos, por conta de requisitos de
segurança diferentes. 

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ATENÇÃO

A assinatura do termo de ciência e responsabilidade por todos deve ser

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obrigatória e faz com que ninguém possa alegar que foi o pivô de um
incidente de segurança ou privacidade por engano, ou porque não sabia
que não poderia ter realizado determinadas ações que eram explicitamente
contrárias à política de segurança e privacidade da empresa.

Além de ter que tratar de profissionais de naturezas diferentes que fazem parte da
empresa, incluindo formas de contratação diferentes que envolvem riscos
variados, outro ponto importante é a forma como os administradores de sistemas
ou aqueles que possuem acesso privilegiado a variados recursos são tratados na
política de segurança e privacidade. Isto reflete principalmente na organização da
documentação. As regras de segurança para usuários e as regras para
administradores de sistemas podem estar em um mesmo documento, porém cada
empresa deve avaliar a sua efetividade. Por exemplo, regras de senhas para o
acesso a sistemas, utilizados por usuários, podem definir a sua troca a cada 12
meses, e devem ter no mínimo 8 caracteres. Porém, para o acesso privilegiado de
administração de sistemas, regras mais rígidas devem ser adotadas, como a troca
de senhas a cada 6 meses e o mínimo de 12 caracteres, por exemplo. Deste modo,
uma melhor organização pode ser um documento específico com a norma de
senhas para usuários em um documento, e a norma de senhas para administração
de sistemas em um outro documento, de modo que cada documento que compõe
a política de segurança e privacidade tenha o seu público-alvo (NAKAMURA &
GEUS, 2007).

A política de segurança e privacidade deve existir, mas, principalmente, deve estar


disponível e ser constantemente atualizada e comunicada para todos os
envolvidos. O fortalecimento de uma cultura de segurança passa pela percepção
que os envolvidos têm da própria empresa quanto à forma como a segurança da
informação e a privacidade são tratadas. A existência da política de segurança e
privacidade indica que há uma preocupação da empresa. Porém, a falta de
comunicação e de atualização, que devem ser feitas segundo o processo de

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melhoria contínua definido no Sistema de Gestão de Segurança da Informação

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(SGSI), faz com que a percepção seja de que a segurança e privacidade não são tão
importantes para a empresa. O reflexo desta percepção é direto e negativo,
fazendo com que todos relaxem quanto às suas próprias atitudes, já que
percebem que a própria empresa não cuida da segurança e privacidade como
deveria.

TERMO OU CONTRATO DE CONFIDENCIALIDADE


A política de segurança e privacidade deve ser conhecida por todos e todos devem
ter a percepção de que o que está lá definido é sempre atualizado de acordo com
as circunstâncias de negócios. Um papel importante nisto é o da alta
administração, que deve zelar pela proteção dos objetivos de negócio da empresa,
que envolve cada vez mais a segurança e a privacidade.

Além destes aspectos da política de segurança, um outro instrumento é


importante para o dia a dia das empresas: o termo ou contrato de
confidencialidade, que é essencial principalmente nas relações de negócios que
existem entre diferentes organizações.

O termo ou contrato de confidencialidade geralmente é utilizado quando há troca


de informações, como em prestação de serviços, discussões em que há a
necessidade de detalhes da empresa, ou em consultorias. O termo ou contrato de
confidencialidade garante que há o acesso a informações importantes para a
realização da atividade, porém todo o conteúdo deve ser preservado e ser restrito
somente à execução das atividades, não podendo ser utilizado posteriormente, e
nem divulgado para terceiros. Assim, este documento é essencial para as relações
entre empresas. Você deve ter a responsabilidade com as informações quando
tem acesso a informações sensíveis, e você deve exigir o mesmo quando
disponibiliza informações críticas de sua empresa para terceiros.

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É importante destacar que os termos e contratos, como os de ciência ou de
confidencialidade, são importantes para deixar explícito os objetivos e as

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preocupações com a segurança e privacidade, constituindo instrumentos
importantes para as operações de segurança da informação. Eles têm valor legal,
sendo essencial principalmente após um incidente de segurança como um
vazamento de informações, que pode estar infringindo um contrato de
confidencialidade.

REFLITA

Um outro instrumento importante para as organizações é o código de


ética, que vai além de aspectos de segurança e privacidade, o qual tem o
intuito de moldar o caráter e os costumes individuais dos colaboradores da
empresa. Geralmente este instrumento é de responsabilidade da área de
conformidade ou recursos humanos. A ética significa moral, sendo
composta pelo caráter, disposição e hábito. Você considera que a ética é
suficiente em segurança e privacidade? Ou são necessários outros
instrumentos com valores legais, como os termos e contratos?

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO NA AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO


DE SISTEMAS
Um dos papéis mais importantes do profissional de segurança da informação é
fazer com que os sistemas, plataformas ou aplicações de software sejam adotados
pela empresa de uma forma segura (ISO 27002, 2013). Há diferentes alternativas
de software para as empresas, como pode ser visto na Figura 2.16. Ele pode ser
adquirido, pode ser implementado internamente com uma equipe própria, ou
pode ter o seu desenvolvimento adquirido. Além disso, o software pode funcionar
no próprio ambiente da empresa (on premises) ou na nuvem privada (cloud). Além
disso, o software pode estar sendo utilizado como serviço, no modelo em que o
ambiente é de total responsabilidade do fornecedor (Software-as-a-Service, SaaS).
Essas alternativas refletem diretamente em como a segurança e privacidade
devem ser tratadas por sua empresa, principalmente quanto às responsabilidades
(BROOK, 2020).

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Figura 2.16 | Alternativas de softwares na empresa

Fonte: elaborada pelo autor.

Independente do modelo de adoção de softwares da empresa, é preciso a adoção


do ciclo de desenvolvimento seguro, que define como a empresa adquire ou
desenvolve softwares de uma forma segura.

No caso de desenvolvimento próprio e contratação de desenvolvimento, as ações


necessárias serão discutidas mais à frente. A diferença entre as duas abordagens é
que, no caso da contratação de desenvolvimento, deve-se negociar com a empresa
que irá desenvolver o sistema as responsabilidades em cada etapa do
desenvolvimento, deixando tudo claro em contrato.

As análises de segurança são fundamentais, em diferentes níveis, como pode ser


visto na Figura 2.17: no código-fonte, que deve ser analisado em análise estática ou
Static Analysis Security Testing (SAST); no software em execução, que deve ser
analisado em análise dinâmica ou Dynamic Analysis Security Testing (DAST)
(KOUSSA, 2018); ou no ambiente de software, em que todos os componentes,
incluindo as redes, devem ser analisadas com testes de penetração (penetration
testing, pentest). Estes testes de segurança são importantes também para a

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auditoria de sistemas, e iremos discutir estes testes em mais detalhes nas

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próximas unidades da disciplina.

ASSIMILE 

SAST deve ser aplicado no código-fonte, e é importante para remover as


vulnerabilidades do código antes de o software entrar em produção. O
DAST também deve ser realizado antes de o software entrar em produção,
e o teste é com o software funcionando, testando-se as interfaces
existentes. Há ainda um teste de segurança conhecido como IAST
(Interactive Application Security Testing), que faz os testes de segurança de
uma forma interativa, combinando os testes estáticos e dinâmicos (SAST e
DAST).

Figura 2.17 | Análises de segurança em diferentes níveis

Fonte: elaborada pelo autor.


Quanto às responsabilidades da empresa em cada modelo adotado para as
plataformas, a Figura 2.18 apresenta um resumo dos elementos que estão sob
responsabilidade do provedor de serviços e quais são de responsabilidade da
empresa. No modelo on premises, a responsabilidade de todos os elementos é da

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própria empresa: aplicações, dados, execução (runtime), middleware, sistema

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operacional (O/S), virtualização, servidores, armazenamento (storage) e redes. Do
lado oposto, no SaaS, o fornecedor ou provedor do software como serviço é o
responsável por toda a segurança daquele software.

No modelo PaaS, o que o fornecedor ou provedor oferece é a plataforma de


computação, com a aplicação e os dados sendo de responsabilidade da empresa.
Neste caso, os sistemas operacionais e o middleware são de responsabilidade do
provedor.

Já no modelo IaaS, a empresa contrata a infraestrutura como serviço, o que inclui


as redes, armazenamento, virtualização e parte do sistema operacional. A empresa
deve, neste caso, cuidar da segurança do sistema operacional, middleware,
ambiente de execução, dados e aplicações. 

Figura 2.18 | Responsabilidades de segurança em diferentes ambientes


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Fonte: Jornada (2020).

AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO SEGURO


Para o desenvolvimento de software, deve-se levar em consideração alguns
aspectos importantes. Um deles é o uso de dados para testes de software,
incluindo o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial. A segurança
dos dados utilizados para homologação de sistemas sempre foi uma preocupação,
de modo que em muitos casos dados reais são compilados ou uma base de dados
de testes é desenvolvida especialmente para o desenvolvimento de software. Isto é
normalmente feito porque há a preocupação do compartilhamento de dados
sensíveis para toda a equipe de desenvolvimento, e também a possibilidade de
vazamento destes dados a partir do ambiente de desenvolvimento, testes e
homologação.

Outro fator importante é o uso de dados pessoais, que devem ser protegidos de
acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o que influencia
primeiramente no seu uso durante o desenvolvimento, e também impacta
fortemente para a segurança, já que em caso de vazamento decorrente de um
incidente de segurança, há sanções previstas na lei. Assim, as empresas devem
desenvolver softwares que não sejam a fonte de vazamento de dados pessoais,
seja na própria empresa ou nos clientes que utilizam o software da empresa. Em

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caso de incidente de segurança, há a responsabilização legal e também a

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corresponsabilidade caso um vazamento ocorra em uma empresa e o seu software
seja a fonte do incidente.

O desenvolvimento seguro é, assim, fundamental. O objetivo é minimizar as


vulnerabilidades e as brechas que podem ser exploradas nos softwares (NAKAMURA,
2016). Quanto antes as falhas forem identificadas, menores os custos de reparação.

O ciclo de vida de desenvolvimento seguro envolve elementos de segurança desde


o princípio do desenvolvimento, incluindo o treinamento de segurança e o
estabelecimento de requisitos de segurança, criação de pontos de qualidade e
avaliação de riscos de segurança e privacidade. Como mostra a Figura 2.19, o
desenvolvimento seguro ainda considera a segurança na concepção do software,
que deve considerar a superfície de ataques e modelagem de ameaças. Um ponto
importante é que a segurança não é apenas para evitar vulnerabilidades, mas
também para incluir funções de segurança e para minimizar pontos de ataques
que podem estar relacionados com a forma como o software iria funcionar. A
implementação do software envolve o uso de ferramentas aprovadas, cuidados
com funções inseguras e a análise de código. O software passa então pela
verificação, com análise dinâmica, até chegar ao lançamento, que deve considerar
o plano de resposta a incidentes. Este plano é fundamental para ser acionado em
caso de incidente de segurança, tornando a resposta ágil e efetiva em situações de
crise.

Figura 2.19 | Ciclo de vida de desenvolvimento seguro


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Fonte: adaptado de Lipner (2010).

Uma das principais fontes de informações de segurança em aplicações é a Open


Web Application Security Project, OWASP (OWASP, 2020). Há diferentes
informações e projetos, como um framework de segurança, ferramenta de testes
de segurança e modelo de maturidade de software. É recomendado que
desenvolvedores e profissionais de segurança da informação sigam o OWASP Top
10, que indica os riscos mais comuns que devem ser evitados. Elas estão
relacionadas na Figura 2.20.

Figura 2.20 | OWASP Top 10, com as principais vulnerabilidades que devem ser evitadas
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Fonte: adaptado de OWASP (2020).

Cada um dos tópicos é descrito a seguir:

Falhas de injeção, como no SQL, NoSQL, sistema operacional e LDAP. Dados


não confiáveis são enviados como parte de um comando ou consulta;

Autenticação quebrada, incluindo o gerenciamento das sessões, que


possibilita o acesso a senhas, credenciais de acesso ou sessões;

Exposição de dados sensíveis, que podem vazar durante a transmissão e


armazenamento;

XML External Entities (XXE), em que há o acesso a entidades externas por


documentos XML mal configurados, o que abre um leque de possibilidades de
ataques;

Controle de acesso quebrado, com falha nas restrições de privilégios e


possibilitam acessos desnecessários;
Má configuração de segurança, que fornece informações que podem ser
utilizadas em ataques, e abrem acessos a informações e funções que não
deveriam;

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Cross-Site Scripting XSS, que possibilita a execução de códigos diretamente no
navegador da vítima, devido à falta de validações dos dados processados;

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Desserialização insegura, que pode resultar em ataques que incluem ataques
replay, ataques de injeção, escalada de privilégios e execução de código
remoto;

Uso de componentes com vulnerabilidades conhecidas, incluindo


bibliotecas, frameworks e outros módulos de software que têm os mesmos
privilégios da aplicação;

Registro e monitoramento insuficiente, que dificulta a detecção e resposta a


incidentes de segurança.

SAIBA MAIS 

Um conceito importante no desenvolvimento de sistemas é o DevSecOps.


No modelo shift-left da esteira de desenvolvimento, considerando os custos
de correção de softwares, o objetivo é fazer os testes e as validações de
segurança desde o início do desenvolvimento. No DevSecOps, há o
empoderamento dos desenvolvedores, que passam a fazer, junto com a
equipe de segurança e utilizando ferramentas de segurança, os testes e
validações de segurança em todas as etapas do desenvolvimento. O
DevSecOps é importante no modelo de desenvolvimento atual, que adota
metodologia ágeis e necessita seguir as práticas de segurança que vai do
treinamento ao processo de resposta a incidentes.

TENDÊNCIAS E FUTURO
Segurança da informação é uma das áreas mais dinâmicas, com uma evolução que
acompanha a forma como o mundo é moldado. A informação sempre precisou ser
protegida. E, com a digitalização, o desafio aumentou.
É necessário estar atento para entender os avanços que são introduzidos na
sociedade e que tratam fundamentalmente da informação, o que por sua vez leva
à necessidade de segurança e privacidade. Algumas destas tendências em
andamento e que estão moldando o futuro são apresentadas a seguir:

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Transformação digital (MARTINS, 2019), em que há a convergência entre

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pessoas, tecnologias, coisas e cidades, em busca de eficiência operacional,
novos modelos de negócios, melhor experiência do usuário e segurança
operacional. Com isso, atividades, processos, negócios e operações ampliam as
conexões e o uso de tecnologias, que refletem na maior complexidade de
proteção, já que há ampliação do espectro de impacto, com um incidente de
segurança tornando-se cada vez mais crítico.

Fusão físico-humano-digital (LIMA, 2020), em que há o aumento gradual da


integração entre esses elementos, com impactos cada vez mais interligados.
Um incidente de segurança em um dispositivo da Internet das Coisas (Internet
of Things, IoT) pode afetar as operações de uma fábrica, causar o caos em
cidades, afetar infraestruturas críticas como a de energia ou telecomunicações,
e até mesmo levar à perda de vidas humanas, resultantes da dependência
incremental de equipamentos médicos conectados. Pode ser até mesmo que
em um futuro próximo os humanos estarão conectados diretamente, de uma
forma intrínseca, e os aspectos de segurança e privacidade são fundamentais
para que isso se torne realidade.

Novas tecnologias emergentes (GARTNER, 2020), que só se tornarão viáveis


se forem também seguros. Alguns exemplos de tendências tecnológicas são (i)
o eu digital (digital me) com a representação digital das pessoas, (ii) a
arquitetura composta que possibilita respostas rápidas para as mudanças
constantes dos negócios construídos com o uso de uma malha de dados
flexível, (iii) a inteligência artificial formativa que possibilita mudanças
dinâmicas para responder às variações situacionais, (iv) a confiança algorítmica
para garantir a privacidade e a segurança dos dados, fonte de ativos e
identidade de indivíduos e coisas, e (v) o uso de novos materiais como
computação em DNA, sensores biodegradáveis e transistores baseados em
carbono.

Assim como há a evolução observada com a transformação digital, fusão físico-

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humano-digital e as novas tecnologias emergentes, a área de segurança da
informação e privacidade também continua a avançar a passos largos. Algumas

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tendências nessa área são (Figura 2.21):

Segurança em nuvem (GARTNER, 2020), incluindo segurança de conexões e


acesso remoto ou Secure Access Service Edge (SASE), que considera a
distribuição e a necessidade de tratar os dispositivos como de confiança zero
(zero trust network access) e o uso de mecanismos de virtualização de redes.
Há ainda a necessidade de controle de acesso mais adequado ao ambiente de
múltiplos provedores de nuvem e da necessidade de proteção de dados, e um
dos caminhos é o uso de security brokers.

Confiança algorítmica (GARTNER, 2020), que visa tratar de uma forma mais
eficiente a segurança e privacidade necessária decorrente do aumento da
exposição de dados, de notícias e vídeos falsos e do uso tendencioso da
inteligência artificial. Fazem parte desta tendência a proteção dos dados, a
garantia de procedência de ativos com o uso de blockchain e a identidade e
autenticação de pessoas e coisas.

Segurança cognitiva (MELORE, 2018), com a integração da inteligência artificial


para a prevenção, detecção e resposta de incidentes de segurança. O aumento
da complexidade dos ambientes e também da quantidade de dados para
análise faz com que o aprendizado contínuo com algoritmos de inteligência
artificial possibilite não somente a detecção mais assertiva de ataques, como
também possibilita uma resposta mais rápida que limita ataques em
andamento.

Figura 2.21 | Grandes tendências que estão moldando o futuro


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Fonte: elaborada pelo autor.

O futuro também nos mostra as ameaças emergentes (Figura 2.22), que deverão
ser tratadas. Uma evolução natural das ameaças é o uso de ataques cibernéticos
para fins políticos e militares, como um instrumento de instabilidade. Já citamos
aspectos relacionados a impactos em fábricas e cidades decorrente da fusão físico-
humano-digital, que leva também a problemas que impactam diretamente os
seres humanos. Assim, se antes os incidentes de segurança afetavam as pessoas e
as empresas, já há algum tempo os alvos são cidades, países, infraestruturas
críticas, fábricas e pessoas. Os impactos estão cada vez mais críticos.

Além disso, os malwares estão cada vez mais avançados, como os ransomwares
(BLACKFOG, 2020), que continuam a fazer cada vez mais vítimas, e deixaram de
apenas cifrar os dados, realizando também o vazamento, o que amplia muito os
impactos envolvidos, deixando de ser somente a disponibilidade, envolvendo
agora também a confidencialidade.

Os avanços tecnológicos também são utilizados pelos criminosos, e o uso da


inteligência artificial para os ataques cibernéticos, por exemplo, estão em curso.
Isto, por um lado, possibilita uma automatização dos ataques, e do outro lado,
reforça a assertividade dos ataques direcionados. 
E um outro ponto de atenção é o abuso das identidades digitais, que tende a
crescer ainda mais com os avanços da vida digital de pessoas e empresas.

Figura 2.22 | Ameaças emergentes

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Fonte: elaborado pelo autor.

PESQUISE MAIS 

Para o desenvolvimento de aplicações em nuvem, há um conjunto de


recomendações de segurança, que podem ser vistos no Capítulo 6 do livro
Aplicativos em nuvem (PETCOV, 2017). Há requisitos de segurança do The
Open Group, do Cloud Standards Consumer Council (CSCC), Cloud Security
Alliance (CSA) e ISACA. Dentre as boas práticas de segurança no
desenvolvimento de aplicações, são citadas o ambiente de desenvolvimento
seguro, uso de métodos seguros no desenvolvimento, revisão de códigos
em busca de brechas, e uso do ciclo de desenvolvimento seguro (Security
Development Lifecycle, SDL).
PETCOV, R. Aplicativos em nuvem. São Paulo: Senac São Paulo, 2017. 

Assim, chegamos ao final desta seção, em que vimos que o fortalecimento da


cultura de segurança e privacidade passa por elementos que incluem a política de

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segurança e privacidade, o treinamento, a conscientização e a participação ativa da

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alta administração. Vimos também que o ambiente de desenvolvimento seguro é
importante, e há vários aspectos a serem considerados. Por fim, é importante
reforçar que o mundo evolui, o que inclui também a segurança e privacidade.
Apesar do constante surgimento de novas tecnologias de segurança, ainda há
muitas ameaças que precisam ser tratadas. É um vasto mundo de oportunidades,
que nós construiremos.

Até a próxima aula!

FAÇA VALER A PENA


Questão 1
A cultura de segurança e privacidade de uma empresa depende de todos e só
pode ser fortalecida se todos fizerem a sua parte e cumprirem o seu papel, com
diligência e uma postura que visa a proteção.

Assinale a alternativa que contém o elemento considerado um fator para fortalecer


a cultura de segurança e privacidade da empresa.

a.  Usar o melhor firewall de mercado. 

b.  Utilizar criptografia. 

c.  Manter em segredo a política de segurança e privacidade. 

d.  Usar esteganografia. 

e.  Disseminar a política de segurança e privacidade. 

Questão 2
Considere a política de segurança e privacidade, que deve ser disseminada e
seguida por todos os usuários. Ela é parte importante do fortalecimento da cultura
de segurança e privacidade das empresas. Dentre os seguintes elementos:

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I. Ser plausível e aplicável.

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II. Ser abrangente, principalmente com agentes externos.

III. Estar sempre atualizada.

IV. Ser comunicada regularmente.

Sobre os elementos que melhoram a política de segurança e privacidade e


reforçam a percepção de que a empresa está vigilante, é correto o que se afirma
em:

a.  I e II, apenas.

b.  II e III, apenas.

c.  II e IV, apenas.

d.  I, II e III, apenas.

e.  I, II, III e IV. 

Questão 3
Os ataques cibernéticos são executados com a exploração de vulnerabilidades. As
aplicações são grandes fontes de vulnerabilidades, e um ciclo de vida de
desenvolvimento seguro é essencial para que as vulnerabilidades possam ser
tratadas adequadamente.

Assinale a alternativa em que os todos os elementos citados fazem parte do ciclo


de vida de desenvolvimento seguro.

a.  Análise estática, análise dinâmica e firewall.

b.  Modelagem de ameaças, uso de ferramentas aprovadas e firewall. 

c.  Pentest, resposta a incidentes e firewall. 

d.  Análise estática, análise dinâmica e pentest. 


e.  Modelagem de ameaças, pentest e conscientização e usuário 

REFERÊNCIAS
ABNT. ABNT NBR ISO/IEC 27002:2013 Tecnologia da informação — Técnicas de

0
segurança — Código de prática para controles de segurança da informação.

seõçatona reV
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BLACKFOG. The State of Ransomware in 2020. Disponível em:


https://bit.ly/308spcy. Acesso em: 8 nov. 2020.

BROOK, C. Differences Among InfoSec Cloud Delivery Models (IaaS, SaaS, and PaaS)
– and How to Choose. Data Insider, 11 ago. 2020. Disponível em: 
https://bit.ly/386EhAp. Acesso em: 9 dez. 2020.

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Technology Innovation for the Next Decade. 18 ago. 2020. Disponível em:
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JORNADA para Nuvem. Os 6 pilares fundamentais para sua longa e única


Jornada para Nuvem. Disponível em: https://bit.ly/30bgqLq. Acesso em: 7 nov.
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KASPERSKY. Um breve histórico dos vírus de computador e qual será seu


futuro. Disponível em: https://bit.ly/3uUmNRk. Acesso em: 8 nov. 2020.
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