Contemporanea I Aula 2
Contemporanea I Aula 2
Contemporanea I Aula 2
A REVOLUÇÃO FRANCESA
META
Revisar e aprofundar o estudo do movimento que se transformou no modelo clássico de
revolução burguesa.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá:
Analisar a Revolução Francesa como um evento capital de toda a
história do mundo moderno.
Identificar a contribuição do movimento revolucionário francês para o fim da
antiga ordem feudal-absolutista.
Indicar bibliografia que permita aos alunos aprofundarem o estudo do tema
das revoluções burguesas
INTRODUÇÃO
Caros alunos é indiscutível a importância histórica da Revolução
Francesa. Para o notável historiador Eric J. Hobsbawn, “nos sessenta anos
históricos entre 1789 – quando Luís XVI ainda reinava – e 1848 – quando
Marx e Engels elaboravam o Manifesto Comunista – uma dupla revolução se
realizava na Europa, causando a maior transformação social que o mundo
conheceu desde a antiguidade”. O autor se refere à revolução política
francesa e à revolução industrial inglesa.
Pela sua importância histórica, a Revolução Francesa é um dos eventos
mais estudados nas aulas de História que vocês frequentaram antes da
chegada ao curso superior. Por esse motivo, ao invés de descrever os
fatos ocorridos no decorrer do movimento – o que sugerimos seja feito
por vocês – optamos por apresentar textos com abordagem de diferentes
aspectos da revolução.
26
A Revolução Francesa Aula 2
predominante a produção artesanal em pequena escala. Caberia à burguesia,
em estreita aliança com os camponeses, liderar a luta pelo fim do Antigo
Regime, traçando os limites das modificações que seriam efetuadas.
27
História Contemporânea I
28
A Revolução Francesa Aula 2
Em 21 de janeiro de 1793, o rei Luís XVI foi executado na guilhotina, em meio ao júbilo da população
francesa. (Costa e Mello, 2008, p. 333).
29
História Contemporânea I
30
A Revolução Francesa Aula 2
A QUEDA DA BASTILHA
“A população se armava. A pobreza e a fome faziam-se presentes em
Paris, e os franceses mais necessitados já incendiavam as barreiras
da cidade em que se cobrava imposto sobre os alimentos. Aqueles
movimentados dias eram uma prévia de um fato marcante que viria a
ocorrer e que seria considerado um dos mais importantes da história
francesa.
Em 14 de julho de 1789, manifestantes em armas realizavam a
tomada da prisão política da Bastilha, fortaleza vista como símbolo
do absolutismo, apesar de quase não ser mais utilizada em 1789. O
episódio passou a ser chamado de Segunda Jornada Revolucionária. A
importância desse acontecimento reside no fato de que, a partir desse
momento, o movimento contaria também com a presença das massas
trabalhadoras. Data oficialmente desse dia o início da Revolução
Francesa”. (Costa e Mello, 2008, p. 331).
“O plebeu parisiense (sans-culotte) numa versão idealizada (Grandes Personagens da História Universal,
vol. IV, 1972, p. 820)
31
História Contemporânea I
A REVOLUÇÃO FRANCESA
“A Revolução Francesa fez-se contra o despotismo, contra os
privilégios em nome da liberdade e da igualdade. Ora, no século XVIII, a
Europa inteira é vítima do despotismo e dos privilégios. A Revolução é,
portanto, susceptível de ser imitada em qualquer parte. É o que faz dela
um acontecimento capital da história universal.
Rebenta em França porque é lá que o despotismo se encontra mais
minado e até por quem lhe devia, os aristocratas; porque é lá que a servidão
feudal é mais contestada pela massa camponesa, que conta numerosos
proprietários, o que torna mais evidente a injustiça dos direitos senhoriais
e da reação nobiliária; porque é lá que a burguesia paga a maior parte dos
impostos, empresta dinheiro ao rei, exerce funções úteis e fez mais progresso
sem compensação política.
Os girondinos tinham razão em jogar com a propaganda estrangeira:
guerra aos déspotas, aos palácios! Paz nas choupanas! Mas, como sucede
muitas vezes aos revolucionários, iludem-se acerca da sua força ofensiva,
acerca da capacidade de resistência do adversário, acerca do grau de
compreensão das populações que pretendem converter.
O que é prematuro em 1792 operar-se-á a pouco e pouco, quando a
vitória levar os exércitos franceses aos países estrangeiros. De início, apenas
os intelectuais aplaudiam a Declaração dos Direitos. De futuro, a legislação
oriunda da Revolução atua sobre todos. E, muito melhor do que a abstrata
noção de liberdade, os humildes apreendem a outra, bem mais concreta,
de igualdade.
Porque nisto reside a originalidade: a Revolução “foi o apóstolo da
igualdade” (G. Lefebvre). E se é de concordar com Malletdu Pan, quando ele
diz que, “sendo a Revolução cosmopolita, deixa de pertencer exclusivamente
aos franceses”, isso se deu precisamente àquele princípio de igualdade, o
único que penetra profundamente nas massas; de fato, mesmo para o mais
rude, a noção de justiça vai bulir com um sentimento inato.
A Revolução conquistou o mundo. Apesar das santas alianças e dos
sistemas de intervenção, os despotismos pereceram um após outro, as
Constituições multiplicaram-se, as servidões esfumaram-se, os povos
oprimidos libertaram-se, unificados em nação. Que país se poderá gabar de
nada dever ao espírito da Revolução Francesa? A própria França é vítima de
uma curiosa reação quando, em 1813, aquele que lhe arrebata a liberdade
e quer dar ordens à Europa encontra pela frente os povos conduzidos ao
combate em nome da liberdade: Napoleão, filho da Revolução, é vencido
pelo espírito da Revolução.
Obra da burguesia, a Revolução redundou em proveito da burguesia.
Na direção da administração pública, ela substitui-se à aristocracia, classe
vencida. Instruída, exercitada na prática dos negócios, a burguesia, em face
da massa ignorante, é a única que pode fornecer quadros à nova ordem.
32
A Revolução Francesa Aula 2
Com isto ganha estipêndios elevados, prestígio e um gosto real pelas funções
públicas. Em vão o Terror limita o seu concurso: “o Termidor devolve-lhe
os lugares perdidos; e, de fato, sob os regimes ulteriores, conservá-los-á. Por
outro lado, é ela a grande beneficiária das vendas de bens nacionalizados; e,
favorecida pela desvalorização do papel-moeda, realiza um bom negócio.
Estas conquistas pretende ela conservá-las: em 1791, os seus filhos
são voluntários para a defesa da pátria contra aqueles que querem repor
o Antigo Regime; em 1793, levanta-se contra a Montanha, que lhe parece
perigosa para a propriedade.
Porém, classe de meio termo, simultaneamente revolucionária e
conservadora, muitas vezes os interesses contrariando os princípios, ela
rebaixa o ideal. Gozar em paz as conquistas adquiridas pela Revolução – tal
é o seu desejo ao fim de dez anos. E estes corifeus da liberdade aliam-se ao
despotismo, que lhes defende as conquistas.
Que a Revolução tenha aproveitado apenas a uma classe, merecedora,
é certo, mas que só alcançou a vitória com o concurso popular, o qual
trouxe para o combate a eficácia do número, constitui uma injustiça. O
povo reclamou a sua parte e obteve-a, mas limitada; desejou-a completa
e perdeu-a; e a democracia é afastada do poder político por três quartos
de século. Apenas a massa camponesa obteve vantagens pela supressão
laboriosa do regime feudal. Não tendo adquirido o direito de associação,
o mundo operário, perante o progresso capitalista, não poderá sequer
defender legalmente o seu salário. A Revolução sans-culotte fracassou, mas
as revoluções que fracassam “lançam na opinião e na memória das gerações
sementes que germinam mais tarde”. No século XIX subsiste a esperança
tenaz dos trabalhadores, mantida pela recordação de 1792-1794, época em
que chegaram a palpar o seu objetivo.
Esta Revolução tem o seu quinhão de horrores; mergulha na guerra,
outro horror; os princípios são menosprezados, renegados até. Por fim volta
a trazer à cena política o despotismo, a maior desgraça para a liberdade;
e, prometendo a igualdade, consente que uma classe se substitua a outra,
deixando que a nova privilegiada regateie a emancipação da que continua
subordinada.
Permanecem, porém, os princípios, cujo corpus constitui uma religião
mística, que suscita iniciativas, galvaniza energias e levanta entusiasmos.
A Revolução Francesa fabrica heróis como cria o sistema métrico e faz
nascer o Código Civil. Há algum outro período que mais tenha exaltado o
patriotismo? “Um povo que não é feliz não tem pátria”, dissera Saint-Just.
O legislador pretendeu criar essa pátria oferecendo ao povo leis justas. E
o povo compreendeu que devia defender uma pátria que já não era uma
madrasta que impunha sacrifícios sem compensação, mas uma esperança
imensa, um enorme impulso”. (Nicolle, 1963, p. 119/122).
33
História Contemporânea I
O SIGNIFICADO DA REVOLUÇÃO
Hannah Arendt
“O texto a seguir foi extraído de uma importante obra da filósofa alemã
Hannah Arendt, publicada originalmente em 1968: Da Revolução. O trecho
escolhido analisa o momento em que a palavra Revolução passa a ter uma
conotação diferente da que até então lhe era atribuída. A autora, estudiosa
do totalitarismo, tendo investigado os conceitos de liberdade, percebeu que
o conceito de revolução modificou-se em julho de 1789. Nesse momento, a
palavra revolução foi usada pela primeira vez com uma ênfase exclusiva na
irresistibilidade. Tal movimento passava a ser visto como algo que estava além
do poder humano: não seria mais possível contê-lo ou detê-lo. O leitor deve estar
atento para a analogia que a autora faz com o movimento giratório das estrelas.
Enquanto os elementos de novidade, começo e violência, todos
intimamente associados ao nosso conceito de revolução, estão claramente
ausentes do significado original da palavra, bem como do seu primeiro emprego
metafórico na linguagem política, existe outra conotação do termo astronômico
que já mencionei brevemente, e que ainda permanece muito forte em nosso
próprio uso da palavra. Refiro-me à noção de irresistibilidade, o fato de que
o movimento giratório das estrelas segue uma trajetória predeterminada,
e é independente de qualquer influência do poder humano. Sabemos, ou
acreditamos saber, a data exata em que a palavra revolução foi usada pela
primeira vez com ênfase exclusiva na irresistibilidade, e sem qualquer conotação
de um movimento giratório recorrente; e tão importante se apresenta essa ênfase
ao nosso entendimento de revolução, que se tornou uma prática comum datar o
novo significado político do antigo termo astronômico a partir desse novo uso.
A data foi a noite do 14 de julho de 1789, em Paris, quando Luís XVI
recebeu do duque de La Rochefoucauld-Liancourt a notícia da queda da Bastilha,
da libertação de uns poucos prisioneirose da defecção das tropas reais frente
a um ataque popular. O famoso diálogo que se travou entre o rei e seu
mensageiro é muito lacônico e revelador. O rei, segundo consta, exclamou:
C’est une revolte; e Liancourt corrigiu-o: Non, Sire, c’est une révolution. Aqui ouvimos
ainda a palavra – e politicamente pela última vez – no sentido da antiga
metáfora que transfere, do céu para a terra, o seu significado; mas aqui, talvez
pela primeira vez, a ênfase deslocou-se inteiramente do determinismo de um
movimento giratório cíclico para a sua irresistibilidade. O movimento ainda é
visto através da imagem dos movimentos das estrelas, mas o que é enfatizado
agora é que está além do poder humano detê-lo, e, como tal, é uma lei em si
mesma. O rei, ao declarar que a investida contra a Bastilha era uma revolta,
reafirmou o seu poder e os vários meios à sua disposição para fazer face à
conspiração e ao desafio à autoridade: Liancourt replicou que o que tinha
acontecido era irrevogável e além do poder de um rei. O que Liancourt viu – e
o que devemos ver e entender, ouvindo esse estranho diálogo – que julgou
ser, e sabemos que com razão, irresistível e irrevogável?
34
A Revolução Francesa Aula 2
A resposta, para começar, parece simples. Por trás das palavras podemos
ainda ver e ouvir a multidão em marcha, o seu avanço avassalador pelas ruas
de Paris, que ainda era nessa época, não apenas a capital da França, mas de
todo mundo civilizado – a sublevação da população das grandes cidades,
inextrincavelmente mesclada ao levante do povo pela liberdade, ambos
irresistíveis pela pura força do seu número. E essa multidão, aparecendo pela
primeira vez em plena luz do dia, era na verdade a multidão dos pobres e
dos oprimidos, que em todos os séculos passados tinham estado ocultos na
obscuridade e na degradação. O que a partir de então se tornou irrevogável,
e que os protagonistas e espectadores da revolução imediatamente
reconheceram como tal, foi que o domínio público – reservado, até onde a
memória podia alcançar, àqueles que eram livres, ou seja, livres de todas as
preocupações relacionadas com as necessidades da vida, com as necessidades
físicas – fora forçado a abrir seu espaço e sua luz a essa imensa maioria
dos que não eram livres, por estarem presos às necessidades do dia-a-dia”.
(Marques, Berutti e Faria, 1990, p, 10-12).
O líder revolucionário Jean-Paul Marat, aclamado pela plebe parisiense (Arruda e Piletti, 1999, p. 246).
35
História Contemporânea I
36
A Revolução Francesa Aula 2
A RELIGIÃO PRIVADA CONTRA O ESTADO
“Os efeitos da Revolução sobre a vida privada não se mantiveram
apenas “simbólicos”, ou seja, limitados apenas às expressões da cultura
política compostas pelo vestuário, pela linguagem e pelo ritual político.
O novo Estado atacou frontalmente os poderes das comunidades do
Antigo Regime em muitos campos – a Igreja, as corporações, a nobreza,
a comunidade de aldeia e o clã familiar -, definindo simultaneamente
um novo espaço para o indivíduo e seus direitos privados. É claro que
existiram resistências e ambiguidades. Estas se mostram especialmente
na luta contra a Igreja católica, a grande rival na disputa pelo controle da
vida privada. O catolicismo, ao mesmo tempo um conjunto de crenças
privadas e cerimônias públicas, congregação de fiéis e instituição
poderosa, foi campo das mais acesas lutas públicas (e talvez privadas).
De início, como bons liberais, os revolucionários esperavam fundar
um regime sobre a tolerância religiosa universal; as questões religiosas
permaneceriam como assuntos privados. Mas os velhos hábitos e a
crescente necessidade financeira ditaram uma solução mais duvidosa:
o confisco dos bens eclesiásticos e a Constituição Civil do clero. A
partir daí, os bispos deviam ser nomeados por eleição, como ocorria
com a grande maioria dos representantes públicos; uma após outra,
as assembleias revolucionárias passaram a exigir que o clero prestasse
juramento e proibiram o uso de vestimentas eclesiásticas. O apoio aos
padres refratários veio a ser identificado com a contrarrevolução, e o
Estado passou a controlar cada vez mais os locais, datas e cerimônias
do culto religioso. Pela Concordata de 1801, Napoleão renunciou ao
controle tirânico do Estado, mas somente sob a condição de que se
reconhecesse o direito permanente do Estado em intervir nas questões
religiosas”. (Hunt, 1991, p. 32).
37
História Contemporânea I
38
A Revolução Francesa Aula 2
Artigo 11. A livre comunicação dos pensamentos e das opiniões é um
dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar,
escrever, imprimir livremente, respondendo pelo abuso dessa liberdade nos
casos determinados pela lei.
Artigo 12. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de
uma força pública; por conseguinte, esta força fica instituída para o benefício
de todos, e não para a utilidade particular daqueles a quem for confiada.
Artigo 13. Para a manutenção da força pública e para as despesas
de administração é indispensável uma contribuição comum; ela deve ser
igualmente repartida entre todos os cidadãos, á razão de suas faculdades.
Artigo 14. Todos os cidadãos têm o direito de verificar, por eles mesmos
ou por seus representantes, a necessidade da contribuição pública, de
consenti-la livremente, de acompanhar-lhe o emprego, de lhe determinar
a quota, a cobrança e a duração.
Artigo 15. A sociedade tem o direito de pedir a todo agente público
contas de sua administração.
Artigo 16. Toda sociedade na qual a garantia dos direitos não for
assegurada, nem a repartição dos poderes determinada, não tem constituição.
Artigo 17. Sendo a propriedade um direito inviolável e sagrado, dela
ninguém pode ser privado, salvo quando a necessidade pública, legalmente
verificada, o exigir evidentemente e com a condição de uma justa e prévia
indenização”. (Mattoso, 1977, p. 14/16)
CONCLUSÃO
39
História Contemporânea I
RESUMO
Textos de diferentes autores cobrem assuntos que vão da França pré-
revolucionária, com foco nas questões sociais, passam por um breve relato
das diversas fases em que se dividiu o movimento, incluindo as contribuições
dele resultantes e um que analisa o significado da revolução.
A natureza e o caráter da revolução são abordados através da discussão
do papel desempenhado pela burguesia no decurso do movimento e na
nova sociedade que surgiu do processo revolucionário.
ATIVIDADES
1. Destaque os principais aspectos da sociedade do Antigo Regime, con-
sultando outras obras de referência.
2. Indique as principais fases e contribuições da Revolução
3. Faça um pequeno texto abordando o papel da burguesia no movimento
revolucionário.
PRÓXIMA AULA
A Comuna de Paris, assunto a ser abordado na próxima aula, encerra
o estudo da Revolução Francesa.
REFERÊNCIAS
40
A Revolução Francesa Aula 2
HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções. Europa 1789-1848. Tradução
de Maria Tereza Lopes e MarcosPenchel. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
HUNT, Lynn. Revolução Francesa e vida privada. In. PERROT, Michelle
(org.). História da vida privada. Vol.4- Da Revolução Francesa à Primeira
Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
LEFEBVRE, Georges. A Revolução Francesa. Tradução de Ely Bloem
de Melo Pati. São Paulo: IBRASA, 1966.
MANFRED, A. A Revolução Francesa. Tradução de Xavier Teles. Lisboa:
Arcádia, 1972.
MARQUES, Adhemar, BERUTTI, Flávio e FARIA, Ricardo. História
Contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 1990. (Textos
e documentos).
MATTOSO, Kátia M. de Queirós. Textos e documentos para o estudo
da história contemporânea: 1789-1963. São Paulo: HUCITEC, Ed. da
Universidade de São Paulo, 1977.
NICOLLE, Paul. Revolução Francesa. Lisboa: Publicações Europa-
América, 1963 (Coleção Saber).
VOVELLE, Michel (org.). França revolucionária (1789 – 1799). Tradução
Denise Bottman. São Paulo: Brasiliense, 1989.
41