Bruna TCC
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RESUMO
O presente artigo busca compreender até que ponto os avanços tecnológicos, e o uso dessas
tecnologias podem interferir de forma positiva ou negativa no desenvolvimento das crianças
na sua infância. Sob a luz dos estudos de alguns autores de grande importância sobre o tema,
buscou-se um referencial teórico que se aborda esse assunto, foram realizados estudos em
textos, livros e artigos que discorrem sobre o tema, através de uma leitura exploratória, por
meio de uma pesquisa bibliográfica foi todo material selecionado, à extração de informações
de fontes e instrumentos específico se propôs abordar um texto com os objetivos de verificar o
interesse das crianças pelas tecnologias, analisar os pontos positivos no uso das tecnologias e
identificar de que forma a tecnologia pode ser um fator que prejudica a criança. A partir dessa
análise constatou-se, que não se tem como ignorar a tecnologia a qual pode ajudar muito na
educação, porém o uso frequente da criança, sem o acompanhamento e o limite dos pais, pode
trazer consequências negativas ao desenvolvimento da criança.
Palavra-chave: Infância, Influência e Tecnologia.
ABSTRACT
This article aims to understand the extent to which technological advances and the use of
these technologies can interfere in a positive or negative way in the development of children
in their childhood. In the light of the studies of some authors of great importance on the
subject, we sought a theoretical reference that addresses this subject, studies were carried out
in texts, books and articles that discuss the subject, through an exploratory reading, through of
a bibliographic research was all selected material, the extraction of information from specific
sources and instruments was proposed to address a text with the objectives of verifying
children's interest in the technologies, analyze the positive points in the use of technologies
and identify how technology can be a factor that harms the child. Based on this analysis, we
can not ignore the technology that can help a lot in education, but the frequent use of the
child, without the accompaniment and the limit of the parents, can have negative
consequences for the development of the child.
Keyword: Childhood, Influence and Technology.
1 INTRODUÇÃO
¹
Discente do curso de psicologia da UNILEÃO. Email:[email protected]
²
Docente do curso de psicologia da UNILEÃO. Email:[email protected]
2
pais digitando seu nome, ao invés de praticar sua escrita no caderno de caligrafia (PAIVA,
2015).
O presente artigo trata-se de um tema bastante presente na sociedade atual, ou seja, do
uso indiscriminado da tecnologia na infância. A criança nasce e já começa a desenvolver suas
habilidades e aprendizagem de acordo com cada fase da vida, levando isso em conta percebe-
se no contexto atual a facilidade de acesso à tecnologia pelo crescimento da mesma, através
de brinquedo, celular, computador, dentre outros, sendo assim, a forma que acriança observa
o adulto ela desenvolve os mesmos hábitos e podem fazer o uso excessivo ou incorreto a
ponto de se tornar algo prejudicial.
A escola e a família compartilham funções sociais, políticas e educacionais, na medida
em que contribuem e influenciam a formação do cidadão (REGO, 2003). A criança nas suas
fases de desenvolvimento surpreende os adultos em cada aprendizado de maneira em que a
admiração, incentivos e presentes se tornam recompensas.
A escola e a família são responsáveis pela transmissão e construção do conhecimento
culturalmente organizado, modificando as formas de funcionamento psicológico, de acordo
com as expectativas de cada ambiente. Sendo assim, ambas emergem como duas instituições
fundamentais para desencadear os processos evolutivos das pessoas, atuando como
propulsoras ou inibidoras do seu crescimento físico, intelectual, emocional e social. Na
escola, os conteúdos curriculares asseguram a instrução e apreensão de conhecimentos,
havendo uma preocupação central com o processo ensino-aprendizagem. Já na família, os
objetivos, conteúdos e métodos se diferenciam, fomentando o processo de socialização, a
proteção, as condições básicas de sobrevivência e o desenvolvimento de seus membros no
plano social, cognitivo e afetivo (DESSEN, 2004).
A discussão desse estudo que encontrasse-se voltada para quais os desafios da
infância, no uso das tecnologias. Fazendo um embasamento teórico objetivando na pesquisa
analisar os desafios da infância com o uso indiscriminado das tecnologias. Em conformidade
com essa finalidade, articulou-se a revisão de literatura através dos objetivos específicos:
verificar o interesse das crianças pelas tecnologias, analisar os pontos positivos no uso das
tecnologias e identificar de que forma a tecnologia pode ser um fator que prejudica a criança.
Através de uma leitura exploratória de todo material selecionado feito uma leitura
rápida, seguindo realizando umas leituras mais aprofundadas das partes que emergem o tema
e após esses dois tipos de leitura feita à extração de informações de fontes e instrumentos
específicos e partir dessa analise constatou-se, que não se tem como ignorar a tecnologia a
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qual pode nos ajudar muito na educação, porém o uso frequente da criança, sem o
acompanhamento e o limite dos pais, pode trazer consequências negativas ao
desenvolvimento da criança.
A curiosidade por esse tema surgiu justamente do contexto atual, que se tem em
relação à criança e à tecnologia, no entanto, apesar de ser uma grande ferramenta nos dias
atuais para o desenvolvimento da mesma, percebe-se essa atenção no dia-a-dia das pessoas
sempre procurarem o celular para resolver algo, para consultar informações, conversar com
amigo, familiares e fazer amizades, o fato também de sentar-se diante de uma tv, videogames,
tablet a ponto de se tornar uma dependência comportamental por determinado objeto, sendo
assim, perdendo o hábito de sentar-se numa mesa em família, conversar em diversos
ambientes, enfim, esses dispositivos eletrônicos podem provocar grandes prejuízos no
desenvolvimento mental e consequentemente no aspecto social dos seres humanos, e assim
percebe-se a grande importância da Psicologia dentro dessa demanda apresentada na
sociedade atual.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 INFÂNCIA
Em linhas gerais, vê-se como surgiu esse termo infância, quais seus pressupostos, e os
limites exigidos por cada época, as mudanças e a importância quanto ao seu reconhecimento,
que vem deixando de ser vista com somente uma fase como outras da vida, mas vista como
produtora de cultura.
Segundo Ariès (1978), a infância foi uma invenção socialmente construída da
modernidade. Antes dessa afirmação a infância era considerada apenas uma fase da vida,
como qualquer outra. Mas é importante ressaltar que a infância não pode ser vista apenas de
um referencial, de uma cultura. Já que se sabe que o conceito de infância é construído de
acordo com as condições geográficas, econômicas, contextos sociais. Ou seja, não pode haver
generalizações ao se falar de infância.
De acordo com o mesmo autor, os séculos XVI e XVII explanam uma concepção de
infância centrada na inocência e na fragilidade infantil. Enquanto que no século XVIII
começa a surgir a construção da infância moderna, caracterizando-se como signo de
liberdade, autonomia e independência. A criança se tornou então o centro da família.
Segundo Costa, (2010) antes da Revolução Industrial, ser criança era brincar se
relacionando com as outras através de brincadeiras simples, que para acontecerem só bastava
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disposição, imaginação, espaço físico, etc. Brincadeiras que foram usadas pelos pais de
outrora, por avós e que foram sendo passadas de geração em geração. A vida não se resumia a
ficar em casa na frente de uma tela, eram inúmeras brincadeiras, cantigas de rodas, coisas
simples que divertiam. Além de muitos brinquedos que usados soltando a imaginação para
criar histórias. Tudo isso retrata uma infância considerada sadia, advinda daquele conceito
que começou a ser construído no século XVIII. Desde então, a concepção de infância vem
sendo moldada de acordo com cada sociedade.
Na sociedade capitalista atual a criança assume-se como um adulto em miniatura, esta
afirmação é válida, se observa as crianças no cotidiano. Ver-se-á o consumismo precoce na
forma de se vestir, calçar, comer, lugares frequentados, gosto musical bem como o seu
amadurecimento antes do tempo. Acreditamos que as tecnologias referidas influenciam
ativamente na concepção de infância (SANTOS, 2007, apud CASTRO, 2008).
Assim, há um deslocamento da posição da criança a partir da lógica do consumo, se
antes (na modernidade), a infância era território da família e da escola, hoje ocupa outros
lugares na teia social. A criança aparece não apenas como consumidora, ou potencial
trabalhador, mas como quem também exercita sua aparência e sua a presença no tecido social,
reforçando a noção de que a criança não somente é produzida pela cultura, mas produz cultura
(SANTOS, 2007, CASTRO, 2008).
De acordo com Berlato (2016), para a criança na sua infância, as atividades lúdicas e o
uso de tecnologias são muito importantes. Porém, é preciso saber adequar à utilização desses
recursos, reconhecer também, como recursos tecnológicos, todos os materiais já utilizados na
escola como giz, lousa, caderno, livro, brinquedos, revistas entre outros e principalmente,
oferecer em conjunto ambos os métodos, tanto nos momentos do brincar livre, quanto do
brincar dirigido.
Segundo Chaves (2014), ele descreve a importância que o brincar tem na vida e no
desenvolvimento das crianças. A brincadeira é uma atividade inerente ao ser humano. Durante
a infância, a brincadeira desempenha um papel fundamental no processo de aprendizagem e
desenvolvimento da criança. E precisamos ter cuidado no uso das tecnologias para não
atrapalhar a vida lúdica de uma criança.
3 METODOLOGIA
Após a coleta foi realizado uma analise dos dados coletados, onde foi organizado as
opiniões levantadas dos autores. Em seguida foi construído um texto com o objetivo de
responder nossa pergunta problema.
Este estudo foi realizado respeitando a norma Brasileira regulamentadora 6023 que dispõe
sobre elementos a serem incluído e orienta a complicação e produção de referencias,
ressaltando – se que os dados coletados serão utilizados exclusivamente com finalidade
científica.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os recursos tecnológicos são de grande apoio e auxílio aos educadores que através dos
mesmos, podem usar as tecnologias como imagens e sons de formas associadas ou não, mas
com qualidade de informação. Existem várias metodologias educacionais nessa área, que são
muito atrativas e solicitam a interação da criança ao mesmo tempo em que ensinam, não por
memorização, mas, com entendimento do que está sendo proposto.
Segundo Souza (2013), contudo, se vê claramente que a criança da educação infantil
precisa ter acesso a novas ferramentas, podem existir benefícios ultrapassam do esperado,
além do desenvolvimento psíquico, motor, memória, atenção entre outros. Por fim, é
indispensável destacar que, é um erro resumir a educação infantil somente em mídias, mas
sim como um fator importante para o desenvolvimento humano entre vários aspectos que
contribuem significativamente para a formação social e cultural do cidadão.
Os pais, com o material adequado, podem tornar a educação de seus filhos mais
interessante e diversificada, com conteúdos mais ricos e produtivos, obtendo, assim, melhor
nível de aproveitamento e maior desenvolvimento social, cognitivo e psicológico dos filhos.
Definitivamente é muito difícil imaginar uma infância livre da influência dos
equipamentos eletrônicos. Por isso, os limites recomendados de utilização
dessas tecnologias não param de ser revistos, bem como a maneira com que os pequenos
deveriam interagir com as telas.
Conclui-se então que existem desafios quanto ao uso indiscriminado das tecnologias,
percebendo que existe muito interesse pela tecnologia por parte da criança, analisando que
sendo utilizada da maneira correta na infância pode ser um excelente instrumento para o
desenvolvimento da criança. Sendo assim, os pais precisam ter sabedoria de administrar o
tempo de uso pelos riscos que a criança está exposta, acompanhar a rotina do seu filho,
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incentivando a ter o momento de brincar, pois são as atividades lúdicas que favorece o
desenvolvimento na infância, como também certificar do que o seu filho estátendo acesso,
pois o uso exagerado da mesma deixa a criança fora do mundo real trazendo grande risco para
a saúde física, mental e social.
REFERÊNCIAS
GIL, A. C., Métodos e técnicas de pesquisa social, 6ºed, São Paulo, Atlas, 2008.
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