Tarefa - Gestão Da Qualidade em Serviços
Tarefa - Gestão Da Qualidade em Serviços
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INTRODUÇÃO
A gestão da qualidade de resíduos hospitalares é um assunto de extrema importância
para a saúde pública e para o meio ambiente. Os resíduos hospitalares são classificados como
resíduos de serviços de saúde (RSS) e sua gestão inadequada pode causar impactos negativos
na saúde humana e no meio ambiente.
No contexto de um hospital militar do exército, a gestão da qualidade de resíduos
hospitalares é ainda mais crítica devido à natureza das atividades realizadas, que envolvem
desde o atendimento médico de militares até o tratamento de ferimentos de guerra. Por isso, é
fundamental que o hospital tenha um plano de gerenciamento de resíduos hospitalares eficiente
e eficaz.
DESENVOLVIMENTO
O primeiro passo para uma gestão adequada de resíduos hospitalares é a identificação
dos tipos de resíduos gerados no hospital. Os resíduos hospitalares são classificados em grupos,
de acordo com as suas características e riscos. Essa classificação é importante para a definição
das medidas de segurança e manejo adequado de cada tipo de resíduo.
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Os grupos de resíduos hospitalares são:
- Grupo A: resíduos com a possível presença de agentes biológicos que apresentam
risco de infecção, como materiais utilizados em cirurgias, autópsias e laboratórios de análises
clínicas;
- Grupo B: resíduos químicos que apresentam risco à saúde pública ou ao meio
ambiente, como medicamentos vencidos, reagentes químicos e produtos químicos utilizados
em laboratórios;
- Grupo C: resíduos radioativos, como materiais utilizados em exames de diagnóstico
e tratamento de pacientes;
- Grupo D: resíduos comuns, como restos de alimentos, papéis, plásticos e outros
materiais descartáveis.
- Grupo E: perfuro-cortantes, com o mesmo risco de contaminação do Grupo A. A
diferença consiste nas embalagens em que estes resíduos devem ser acondicionados.
Após a identificação dos grupos de resíduos gerados no hospital, é necessário definir
as medidas de segurança e manejo adequado para cada um deles. Essas medidas incluem a
segregação, acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos.
A segregação é o processo de separação dos resíduos de acordo com o seu grupo e sua
classificação. É importante que a segregação seja realizada na fonte geradora, ou seja, no local
onde o resíduo é gerado, para evitar a contaminação cruzada entre os grupos de resíduos. Cada
grupo de resíduos deve ser acondicionado em recipientes específicos, de acordo com as normas
e regulamentações vigentes.
A coleta, transporte e tratamento dos resíduos hospitalares devem ser realizados por
empresas especializadas, licenciadas pelos órgãos competentes e que sigam as normas e
regulamentações vigentes. Essas empresas devem possuir equipamentos e veículos apropriados
para o transporte dos resíduos e devem garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos no
processo.
A destinação final consiste na remoção dos resíduos sólidos de saúde do abrigo de
resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, pela
utilização de técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a
integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente. Deve estar de acordo com as
regulamentação do órgão de limpeza urbana. No transporte dos RSS podem ser utilizados
diferentes tipos de veículos, de pequeno até grande porte, dependendo das definições técnicas
dos sistemas de limpeza. (EBSERH, 2021).
O Hospital de Guarnição de Porto Velho constitui-se em uma Organização Militar de
Saúde do Exército Brasileiro que assiste um público de usuários estimado em 18.000 pessoas,
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cobrindo as cidades de Porto Velho, Guajará-Mirim, Humaitá/AM, Tefé/AM e Tabatinga/AM.
Para o dimensionamento e estimativas de nossa demanda, utilizou-se como ferramenta
de planejamento estratégico e de gestão da qualidade o Estudo Técnico Preliminar, documento
obrigatório para todas contratações públicas de bens e serviços comuns através de licitação, que
contempla diversas etapas e fluxos de planejamento.(BRASIL, 2021)
Neste estudo, a gestão ambientalmente sustentável no manejo dos resíduos sólidos teve
relevância e prioridade, pois conforme percebemos através de diversas políticas públicas
direcionadas à preservação ambiental, os RSS (resíduos sólidos de saúde), vulgarmente
conhecidos como ‘lixo hospitalar’ estão entre os resíduos perigosos que mais preocupam a
sociedade atraindo, por esse motivo, atenção das autoridades por ser uma questão que envolve
também a Saúde Pública. Sabe-se que o lixo hospitalar pode ser causa de infecções, pois contém
micro-organismos nocivos à saúde humana. (DELEVATI et. al, 2020).
As legislações que regem o assunto são compostas pelas Lei 12.305/2010, marco legal
que inaugurou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, criando a obrigatoriedade de
elaboração, por parte dos geradores de RSS de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
d Saúde (PGRSS), requisito obrigatório para o licenciamento ambiental de estabelecimentos de
saúde, do qual o Exército Brasileiro também é signatário.
Outra normativa importante é a Resolução nº 358/2005, da CONAMA (Conselho
Nacional do Meio Ambiente), a qual estabelece a responsabilidade solidária tanto dos geradores
de RSS e especialmente, das empresas responsáveis pela coleta, transporte e disposição final
destes resíduos, os quais responderão administrativa e juridicamente por todas ações ou
omissões que praticarem direta ou indiretamente com relação ás suas obrigações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo ora sintetizado demonstrou as grandes responsabilidades que o encarregado
pela fiscalização do serviço de processamento de resíduos sólidos de Saúde de uma
Organização Militar, especialmente as de Saúde – hospitais e postos médicos – possui.
Não se trata de meras certificações de que o serviço está sendo executado, mas de estar
ciente das atribuições de todos atores envolvidos, os quais poderá clarificar através de um
Procedimento Operacional Padrão, com fluxogramas (como o que segue abaixo, na Figura 1)
ou com o Diagrama de Causa e Efeito (Ishikawa), mostrado na Fig. 2, também abaixo.
Diante das fragilidades encontradas na gestão dos RSS, propõe-se não apenas
investimento público na gestão de resíduos, mas, também, uma maior aproximação dos
profissionais dos SS com a vigilância sanitária municipal, através da educação sanitária,
melhoria na infraestrutura, bem como maior controle no gerenciamento dos resíduos, da coleta
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externa até o destino final, minimizando os riscos à saúde pública e ao meio ambiente
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução da Diretoria
Colegiada nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento
dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União. 29 Mar
2018.Disponível em: <https://www.in.gov.br/web/guest/materia/-
/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/8436198/do1-2018-03-29-resolucao-rdc-n-222-
de-28-de-marco-de-2018-8436194>. Acesso em 5 de maio de 2023.
GERAÇÃO E
SEGREGAÇÃO
DOS RSS
ACONDICIONAMENTO E
IDENTIFICAÇÃO
ARMAZENAMENTO
TEMPORÁRIO -
TRATAMENTO
TRANSPORTE
INTERNO
ARMAZENAMENTO
EXTERNO
COLETA E
TRANSPORTE
EXTERNOS
O LIXO ESTÁ
ACONDICIONADO Não
ADEQUADAMENTE?
SIM
Fim
FIGURA 2 – DIAGRAMA DE ISHIKAWA
CAPITAL
INSTALAÇÕES MÉTODO
GESTÃO HUMANO
Há necessidade de mais
investimentos em
instalações
Há defasagem
Falta de materiais Falta de espírito tecnológica
Não há recursos adequados: caixas de “time”, de que poderia
orçamentários coletoras, luvas, espírito de agregar maior
suficientes etc... corpo e rapidez nos
motivação processos;