Pagamento de Verbas Rescisórias
Pagamento de Verbas Rescisórias
Pagamento de Verbas Rescisórias
DE VERBAS RESCISÓRIAS
O artigo 477, § 6º da CLT é que estipula o prazo para o pagamento das verbas rescisórias constantes do Termo de
Rescisão do Contrato de Trabalho - TRCT.
PRAZO DE PAGAMENTO
A
Lei 13.467/2017 (com vigência a partir de 11.11.2017), revogou a alínea "a" e "b" do § 6º do art. 477 da CLT, bem
como alterou o caput do citado artigo, estabelecendo que independentemente do tipo de aviso prévio (trabalhado ou
indenizado) ou de quem o concedeu (empregado ou empregador), o prazo para pagamento das verbas rescisórias será
de:
AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT.
VERBAS RESCISÓRIAS PAGAS NO PRAZO LEGAL. HOMOLOGAÇÃO TARDIA. JUÍZO DE RETRATAÇÃO
PELO TRT. ADEQUAÇÃO À SÚMULA REGIONAL. EXCLUSÃO DA MULTA DO § 8º DO ART. 477 DA CLT.
FALTA DE INTERESSE RECURSAL DA RECLAMADA. 1. (...). Nas razões do agravo (fls. 407-11), a parte alega
violação do art. 477, § 8º, da CLT. Registra que "a SBDI-I do TST firmou posicionamento no sentido de que a multa
prevista no § 8º do art. 477 da CLT só é devida em caso de atraso no pagamento das verbas devidas por ocasião da
extinção do contrato de trabalho, e não em caso de homologação tardia da rescisão contratual. Neste sentido, citam-se,
dentre outros, os seguintes julgados: E-RR-419-32.2010.5.03.0011, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, DEJT
de 10/09/2012; ED-RR-585300-26.2008.5.12.0035, Relator Ministro: Augusto César Leite de Carvalho, DEJT de
24/08/2012; E-ED-RR-743-04.2010.5.03.0114, Relator Ministro: Horácio Raymundo de Senna Pires, DEJT de
18/05/2012". (...). O Tribunal Regional do Trabalho, em juízo positivo de retratação, modificou o comando
jurisdicional anteriormente proferido, para excluir da condenação a multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT. 2. Neste
contexto, deve ser mantida a negativa de provimento do agravo de instrumento, ante a evidente ausência de interesse
recursal da reclamada no aspecto, porque não resultou sucumbente na matéria em apreço. Agravo conhecido e não
provido. (Ag-AIRR - 2307-40.2013.5.03.0105 , Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento:
14/03/2018, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 16/03/2018).
RECURSO DE REVISTA - (...) PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS DENTRO DO PRAZO LEGAL.
HOMOLOGAÇÃO TARDIA. MULTA PREVISTA NO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT INDEVIDA. Esta Corte firmou
entendimento no sentido de que o empregador somente será apenado com aplicação da multa prevista no art. 477, § 8º,
da CLT quando não efetuar o pagamento das parcelas rescisórias no prazo previsto no § 6º do referido dispositivo
legal, sendo irrelevante, para fins de aplicação da aludida penalidade, o momento em que ocorre a homologação da
rescisão pelo sindicato. Recurso de revista conhecido e provido. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
PROTELATÓRIOS. MULTA. A aplicação de multa por interposição procrastinatória de embargos de declaração é
matéria de natureza interpretativa, inserida no poder discricionário do juiz que, no caso, convenceu-se do intuito
protelatório da medida. Recurso de revista não conhecido. ( RR - 1369-29.2011.5.01.0054 , Relator Ministro: Márcio
Eurico Vitral Amaro, Data de Julgamento: 15/06/2016, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/06/2016).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA - DESCABIMENTO. (...) 3. MULTA DO ART. 477, § 8º,
DA CLT. APLICAÇÃO. CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO. RESCISÃO
ANTECIPADA. O encerramento prematuro de contrato de trabalho por prazo determinado, por iniciativa do
empregador, gera novo termo final, implicando a necessidade de "notificação da demissão", fato utilizado para o início
da contagem do prazo estabelecido na alínea "b" do § 6º do art. 477 da CLT. Assim, tratando-se de rescisão antecipada
de pacto laboral a termo, o pagamento das parcelas rescisórias deverá ocorrer até o décimo dia, contado da ciência
pelo empregado da despedida, nos moldes da norma legal, mesmo quando inexistente cláusula assecuratória a que
alude o art. 481 Consolidado. Agravo de instrumento conhecido e desprovido. (AIRR - 212-42.2012.5.06.0023 ,
Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 08/06/2016, 3ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 17/06/2016).
RECURSO DE REVISTA. MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT. RESCISÃO INDIRETA RECONHECIDA NA
SENTENÇA. A multa do art. 477, § 8º, da CLT é cabível nos casos em que o empregador deixa de efetuar o correto
pagamento das verbas rescisórias ao empregado, ou seja, no prazo definido pelo § 6º do referido dispositivo. Com o
cancelamento da OJ 351 da SBDI-1 desta Corte, não mais subsiste o entendimento de que a fundada controvérsia ou
dúvida sobre as obrigações isentaria o empregador do pagamento da multa. Assim, ainda que reconhecida a rescisão
indireta somente em juízo, cabível a sanção. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR:
869009720095050036Data de Julgamento: 13/08/2014, Data de Publicação: DEJT 12/09/2014).
EMENTA: MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT. HOMOLOGAÇÃO TARDIA. A multa prevista no art. 477, §
8º, da CLT aplica-se ainda quando o pagamento das verbas rescisórias ocorre no prazo legal, porém a homologação
dá-se tardiamente. Isso porque a rescisão contratual é ato complexo, que compreende não só o simples pagamento das
parcelas devidas, mas também a necessária formalização do ato, o que se dá, justamente, mediante sua homologação.
O atraso causa prejuízo ao trabalhador, pois apenas com a homologação da rescisão lhe são entregues as guias TRCT e
CD/SD, bem como a chave de conectividade social - documentos indispensáveis ao levantamento dos depósitos
efetuados na conta vinculada do FGTS e também à habilitação ao recebimento do seguro-desemprego. (TRT da 3.ª
Região; Processo: 00746-2012-062-03-00-5 RO; Data de Publicação: 05/06/2013; Órgão Julgador: Primeira Turma;
Relator: Maria Laura Franco Lima de Faria; Revisor: Emerson Jose Alves Lage; Divulgação: 04/06/2013.
EMENTA: DANO MORAL. ATRASO NO PAGAMENTO DAS PARCELAS RESCISÓRIAS. Via de regra, a mora
no pagamento das parcelas rescisórias não enseja indenização por danos morais, porquanto o ordenamento jurídico
prevê consequências específicas para a quitação extemporânea das verbas trabalhistas, v.g., a multa estabelecida no
artigo 477 da CLT, além do acréscimo de juros de mora. Assim, só excepcionalmente e ante a efetiva comprovação de
prejuízos decorrentes diretamente do atraso no pagamento das parcelas, haverá reparação civil dos danos morais, que
pressupõem relevante malferimento dos atributos da personalidade do trabalhador, não sendo esse o caso dos autos.
Apelo obreiro desprovido. (TRT da 3.ª Região; Processo: 01111-2012-132-03-00-1 RO; Data de Publicação:
31/05/2013; Órgão Julgador: Turma Recursal de Juiz de Fora; Relator: Heriberto de Castro; Revisor: Luiz Antonio de
Paula Iennaco; Divulgação: 29/05/2013.
ACÓRDÃO - MULTA - ARTIGO 477, § 8º, DA CLT - RELAÇÃO DE EMPREGO - CONTROVÉRSIA Havendo
razoável controvérsia sobre a existência do liame empregatício, reconhecido somente em juízo, é inaplicável a multa
prevista no art. 477, § 8º, da CLT. PROC. Nº TST-RR-151/2000-371-04-00.6. Ministra-Relatora MARIA CRISTINA
IRIGOYEN PEDUZZI. Brasília, 15 de agosto de 2007.
MULTA DO § 8º DO ARTIGO 477 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. NÃO CABIMENTO. O
prazo para a quitação das verbas rescisórias, quando há pedido de demissão do obreiro, com a dispensa de
cumprimento do aviso prévio, é aquele previsto na alínea “b” do § 6º do artigo 477 da Consolidação das Leis do
Trabalho, ou seja, dez dias, contados da data da comunicação da ruptura contratual. Assim, tendo a reclamada
observado o referido prazo, não pode ser condenada ao pagamento da multa estipulada pelo § 8º do artigo 477 do
diploma celetista. Decisão por unanimidade, acompanhada pelos Juízes José Pitas e Eurico Cruz Neto. PROCESSO
TRT 15ª REGIÃO Nº 00979-2006-117-15-00-8. Juíza Relatora OLGA AIDA JOAQUIM GOMIERI. Decisão N°
021539/2007.
RECURSO DE REVISTA. MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT. QUITAÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRIAS.
PAGAMENTO COMPLEMENTAR. AJUSTE DE DIFERENÇAS. PROVIMENTO. A aplicação da multa de que
cogita o artigo 477 da CLT tem pertinência quando o empregador não cumpre o prazo ali estabelecido para a quitação
das verbas rescisórias. Pelo que se depreende do v. acórdão regional, não houve o alegado atraso no pagamento da
dívida, mas mero ajuste de diferenças, sem que se pudesse imputar má-fé à reclamada. Assim, sendo incontroverso
que a quitação das verbas rescisórias ocorreu dentro do prazo previsto no § 6º do art. 477 da CLT, a mera existência de
diferenças em favor do empregado não torna devido o pagamento da multa. PROC. Nº TST-RR-1729/2004-007-17-
00.7. Ministro Relator ALOYSIO CORRÊA DA VEIGA. Brasília, 22 de agosto de 2007.
EMENTA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT – VÍNCULO DE EMPREGO RECONHECIDO EM JUÍZO Na forma
da OJ-SDI-I n. 351 do TST, incabível a multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT, quando houver fundada controvérsia
quanto à existência da obrigação cujo inadimplemento gerou a multa. PROCESSO N. : 00285-2006-153-15-00-4 -
RO. Juiz Relator JOSÉ PITAS. Decisão N° 045212/2007.
Base legal:
Art. 477 da CLT,
IN SRT
MTE 15/2010 e os citados no texto.
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