Rev. C 04 / 2011: Especificação

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N-2309 REV. C 04 / 2011

Caldeira Flamotubular a Vapor

Especificação

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 22 CONTEC - Subcomissão Autora.

Equipamentos de Utilidades As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer
reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e
expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da
legislação pertinente, através da qual serão imputadas as
responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante
cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito
intelectual e propriedade industrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho


- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 12 páginas, Índice de Revisões e GT


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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para fornecimento de caldeira flamotubular a vapor,
automática, compacta e estacionária, bem como seus equipamentos auxiliares para instalações
terrestres da PETROBRAS, tais como: refinarias, terminais, estações de produção, centrais térmicas
e termelétricas.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos (incluindo emendas).

Norma Regulamentadora no 13 (NR-13) - Caldeiras e Vasos de Pressão;

Norma Regulamentadora no 26 (NR-26) - Sinalização de Segurança;

PETROBRAS N-2 - Pintura de Equipamento Industrial;

PETROBRAS N-76 - Materiais de Tubulação para Instalações de Refino e Transporte;

PETROBRAS N-133 - Soldagem;

PETROBRAS N-313 - Motor Elétrico de Indução;

PETROBRAS N-314 - Painel de Baixa Tensão Centro de Controle de Motores;

PETROBRAS N-442 - Pintura Externa de Tubulações em Instalações Terrestres;

PETROBRAS N-906 - Bombas Centrífugas para Serviços Médios;

PETROBRAS N-1219 - Cores;

PETROBRAS N-1550 - Pintura de Estrutura Metálica;

PETROBRAS N-1618 - Material para Isolamento Térmico;

PETROBRAS N-1735 - Pintura de Máquinas, Equipamentos Elétricos e Instrumentos;

PETROBRAS N-2250 - Caldeira Flamotubular - Folha de Dados;

ABNT NBR 11096 - Caldeiras Estacionárias Aquotubulares e Flamotubulares a Vapor -


Terminologia;

ABNT NBR 12177-1 - Caldeiras Estacionárias a Vapor - Inspeção de Segurança - Parte 1:


Caldeiras Flamotubulares;

ABNT NBR 12313 - Sistema de Combustão - Controle e Segurança para Utilização de


Gases Combustíveis em Processos de Baixa e Alta Temperatura;

ASME BPVC Sec I - Boiler and Pressure Vessel Code - Section I - Rules for Construction of
Power Boilers;

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ASTM A 36/A36M - Standard Specification for Carbon Structural Steel;

ASTM A 178/A178M - Standard Specification for Electric-Resistance-Welded Carbon Steel


and Carbon-Manganese Steel Boiler and Superheater Tubes;

ASTM A 192/A192M - Standard Specification for Seamless Carbon Steel Boiler Tubes for
High-Pressure Service;

ASTM A 283/A283M - Standard Specification for Low and Intermediate Tensile Strength
Carbon Steel Plates;

ASTM A 285/A285M - Standard Specification for Pressure Vessel Plates, Carbon Steel,
Low- and Intermediate-Tensile Strength;

DIN EN 10220 - Seamless and Welded Steel Tubes - Dimensions and Masses per Unit
Length.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 11096.

4 Descrição Geral

4.1 Cada caldeira deve formar uma unidade compacta, apoiada preferencialmente sobre uma única
estrutura metálica adequada, do tipo “skid-mounted”, onde deve ser dispostos também todos os
equipamentos auxiliares incluídos no escopo de fornecimento. Essa unidade deve ser fornecida
integralmente montada na fábrica.

4.2 As caldeiras devem ser automáticas, cilíndricas, horizontais e devem estar prontas para o
funcionamento bastando apenas fazer-se as ligações de energia elétrica, combustíveis, água, dreno,
vapor, chaminé e interligações do painel elétrico e ventilador.

4.3 De modo geral as caldeiras devem ser constituídas dos seguintes sistemas:

a) corpo:
— costado;
— fornalha;
— espelho;
— tubos;
— isolantes;
— refratário;
b) sistema de partida;
c) sistemas de combustão;
d) sistemas de segurança e controle;
e) sistemas de alimentação de água;
f) sistemas de emergência;
g) sistemas elétricos de comando;
h) sistemas de tiragem forçada;
i) sistemas de escape de gases (dutos e chaminés);
j) acessórios;
k) equipamentos opcionais.

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5 Projeto

5.1 Geral

5.1.1 Os equipamentos devem ser projetados e fabricados de acordo com as normas e códigos
citados na Seção 2 com vigência na data da emissão desta Norma ou posterior.

5.1.2 Os acionadores elétricos devem ser à prova de pingos e respingos, devendo ser consideradas
classificações adicionais no caso do uso específico do equipamento.

5.1.3 As emissões de caldeiras devem atender às limitações aplicáveis da legislação em vigor, no


âmbito municipal, estadual e federal.

5.1.4 As caldeiras devem ser projetadas e construídas para operação contínua. O sistema de
segurança de chama deve atender a ABNT NBR 12313.

5.1.5 A faixa de controle automático da produção de vapor deve ser de, no mínimo, 33 % a 100 %.

5.1.6 As caldeiras devem ser equipadas com visores de chama e acesso para inspeção e limpeza.

5.1.7 As caldeiras devem ter o mínimo necessário de refratário a fim de minimizar a freqüência de
manutenção. Usar, preferencialmente, câmara de retorno de gás resfriado à água da caldeira
(“wet-back”).

5.1.8 Componentes

Devem ser solicitados preferencialmente equipamentos auxiliares, instrumentos, válvulas, acessórios


e materiais vitais ao funcionamento da caldeira, de fornecedores qualificados pela PETROBRAS.

5.1.9 O fabricante deve informar a eficiência térmica da caldeira com o respectivo método de
avaliação.

5.1.10 O fabricante deve informar o consumo total de energia para cada caldeira em operação na
produção máxima de vapor, bem como preferencialmente o consumo de energia elétrica de
ventiladores de tiragem, bomba de água, de combustível, aquecedores e demais cargas integrantes
do escopo de fornecimento da caldeira flamotubular.

5.1.11 Deve ser, obrigatoriamente, seguida a norma regulamentadora no 13 (NR-13) no projeto da


caldeira. Quando o combustível a ser utilizado for gasoso, os sistemas de combustão e segurança de
chama devem atender a ABNT NBR 12313.

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5.2 Sistema de Água de Alimentação

5.2.1 O fabricante deve indicar as características necessárias da água de modo a garantir perfeita
operação. Devem ser mencionados os níveis máximos de condutividade elétrica, sólidos dissolvidos
totais, sólidos em suspensão, pH, alcalinidade, cloretos, dureza total, sílica e matéria orgânica.
Devem ser incluídos também a concentração de ferro máxima admissível na água de alimentação,
pontos para monitoração de corrosão antes da entrada da água de alimentação e após (linha de
saída do vapor/ponto baixo e linhas de retorno de condensado).

NOTA Recomenda-se que deve ser previsto o tratamento da água de caldeira por meio de
produtos químicos a serem injetados na linha de água de alimentação da caldeira. [Prática
Recomendada]

5.2.2 O sistema de alimentação de água deve ser através de bomba centrífuga (sistema principal),
uma bomba centrífuga reserva de mesma capacidade da principal (sistema de emergência) e possuir
controlador de nível máximo e mínimo de água de caldeira. Deve ser fornecida duas bombas para
cada caldeira (principal e reserva). As bombas devem ser adequadas às condições de operação
especificadas na Folha de Dados da caldeira e seguir as recomendações contidas na
PETROBRAS N-906.

5.2.3 Cada caldeira deve ser dotada de uma válvula de descarga de fundo do tipo “descarga rápida”
e sistema para amostra (análise d’água) composto de válvula e recipiente com serpentina para
resfriamento.

5.2.4 Cada caldeira deve ser dotada de válvula “vent” na parte superior do seu corpo para purga do
ar na partida a frio.

5.2.5 Cada caldeira deve ter uma conexão (luva com “plug”) na garrafa de nível que possibilite a
limpeza periódica do tubo de ligação inferior dessa garrafa ao corpo da caldeira.

5.2.6 O sistema de injeção de produtos químicos deve ser adequado ao tipo de água a ser fornecida
para a caldeira. Caso necessário, devem ser utilizados dosadores instalados na alimentação de água
para caldeira.

5.3 Sistema de Partida

5.3.1 Cada caldeira deve possuir sistema automático de partida com piloto e eletrodos de ignição
permanentemente instalados com transformador, cabo de alta tensão e botoeira.

5.3.2 Cada caldeira deve ser dotada de dispositivo para partida em fogo mínimo, permitindo somente
uma demanda mínima de combustível durante esta fase.

5.4 Sistema de Combustão

5.4.1 O queimador deve ser adequado às condições de operação e aos combustíveis especificados.

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5.4.2 Caso o combustível especificado seja óleo combustível, o queimador principal deve possuir
atomização a ar (para partida) através de compressor acionado eletricamente e também atomização
a vapor com comutação automática. Caso o combustível especificado seja óleo e/ou gás, o
queimador deve ser do tipo dual (óleo ou gás) ou combinado (óleo e gás), não se admitindo troca de
queimador para troca de combustível. Como alternativa deve também ser especificada atomização
mecânica, desde que comprovadamente eficaz.

5.4.3 Caso haja disponibilidade de gás, este combustível deve ser utilizado pelo combustor piloto.
Neste caso a fotocélula deve ser do tipo ultravioleta.

5.4.4 Cada caldeira deve ser dotada de um sistema automático de controle de combustão, capaz de
manter constante a pressão do vapor na saída da caldeira, em qualquer condição de carga, pelo
ajuste das vazões dos combustíveis e ar de combustão de acordo com a demanda de vapor. Este
sistema de controle deve possibilitar as seqüências automáticas de partida e parada, possibilitando
estas operações também em modo manual.

5.4.5 O sistema de controle de combustão deve manter a razão de queima correspondente à


demanda de carga, de modo a minimizar o desarme automático do queimador (paradas freqüentes).
Quando a demanda de vapor estiver abaixo das condições de fogo mínimo, a caldeira deve operar de
forma intermitente (liga/desliga).

5.5 Sistema de Segurança e Controle

5.5.1 O sistema de segurança e controle da caldeira deve ser implementado através de Controlador
Lógico Programável (CLP). Além do sistema de controle de combustão, cada caldeira deve possuir
sistema de controle de nível, controle de pressão do vapor e sistema de segurança e intertravamento.

5.5.2 O controle de nível deve manter a caldeira com nível d’água constante, automaticamente,
durante a operação da caldeira. Deve ser do tipo com eletrodos, com sistema auxiliar de emergência
para o caso de falha do sistema normal. O sistema deve atuar nas bombas d’água de alimentação
(principal e reserva) e ser intertravado ao sistema de segurança. Deve possuir indicador de nível
visual (LG)

5.5.3 O sistema de segurança de sobre-pressão de vapor deve ser feito através de pressostato de
pressão máxima ajustado para no máximo a Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA) da
caldeira. Devem ainda ser previstas válvulas de segurança na parte superior da caldeira de acordo
com o ASME BPVC Sec I.

5.5.4 Cada caldeira deve ser dotada de um sistema de segurança e intertravamento, de modo a
garantir a integridade do equipamento, dos operadores e a segurança da operação, durante as fases
de partida, operação normal, parada de emergência e parada normal, incluindo as proteções para as
condições anormais de operação.

5.5.5 O sistema de segurança e controle deve interromper o fluxo de combustíveis (parada da


caldeira - “trip”), quando da ocorrência no mínimo dos seguintes eventos anormais:

a) falha na chama do piloto de ignição;


b) falha na chama principal;
c) baixa pressão do ar de combustão (falha na tiragem);
d) baixa pressão do combustível;
e) alta pressão do combustível;
f) alta pressão do vapor;
g) falta de energia elétrica de controle;

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h) nível muito baixo de água;


i) falta de suprimento de ar de instrumento.

5.5.6 Caso a caldeira seja equipada com sistema de atomização de combustível a ar/vapor, e em
operação normal o vapor faltar, o sistema de ar deve ser acionado imediatamente (no máximo em
5 segundos) sem parada da caldeira.

5.5.7 Quando a caldeira estiver operando, tanto a chama principal como a do piloto, devem ser
supervisionadas por célula fotoelétrica. A célula deve bloquear o combustível na eventual falha de
chama retirando a caldeira de operação e dar alarme sonoro.

5.5.8 No mínimo os seguintes alarmes devem ser previstos e instalados no painel de cada caldeira:

a) falha na chama do piloto de ignição;


b) falha na chama principal;
c) baixa pressão do ar de combustão;
d) baixa pressão de combustível;
e) alta pressão de combustível;
f) nível muito baixo de água;
g) nível alto d’água;
h) falta de energia elétrica de controle;
i) falta de suprimento de ar de instrumento;
j) alta pressão do vapor.

5.5.9 Em princípio, os alarmes principais (ver 5.5.8), devem possuir contato auxiliar para indicação
remota na casa de controle da unidade.

5.5.10 Toda vez que houver interrupção do combustível da caldeira (“trip”), só deve ser dada nova
partida na caldeira após ser sanado o evento gerador da parada e o com o rearme manual.

5.5.11 A seqüência de operação deve conter, obrigatoriamente, as seguintes etapas:

a) pré-purga;
b) ignição do piloto;
c) abrir combustível para o piloto;
d) checar chama do piloto;
e) abertura da válvula do combustível;
f) desligamento da ignição;
g) checar chama principal;
h) liberação de modulação;
i) pós-purga (em caso de falha ou parada da caldeira).

5.5.12 O CLP da caldeira deve possuir memória não volátil, capaz de reter histórico de falhas. Deve
dispor de interface homem/máquina que possibilite visualizar esse histórico e a condição atual da
combustão (“status”).

5.6 Sistema de Emergência

O sistema de emergência deve ser composto por bomba centrífuga de emergência com a mesma
capacidade que a principal (no caso de falha da bomba d’água principal) e eletrodos de nível de água
para caldeiras com pressão de vapor inferior ou igual a 10,5 kgf/cm2 man.

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5.7 Sistema de Tiragem Forçada

O sistema de tiragem forçada deve ser composto de ventilador centrífugo para suprimento de ar de
combustão, com dispositivos para controle automático de vazão, atuado pelo sistema de controle e
segurança da caldeira. A regulagem do ar de combustão poderá ser feita por regulador de ar do tipo
borboleta ou por variação de velocidade do motor elétrico de acionamento do ventilador de tiragem
forçada. Deve também ser composto da caixa de distribuição de ar, em chapas de aço soldadas e
com espessura mínima de 3 mm.

5.8 Sistema de Escape dos Gases

5.8.1 O sistema de escape dos gases deve ser composto de dutos, chapas de aço soldadas e
reforçadas e chaminés autoportantes individuais para cada caldeira, com chapéu (“chinês”) em sua
extremidade e altura mínima de 6 m em relação ao chão ou maior (se a legislação ambiental aplicável
assim o exigir). As chaminés devem ter captador de fuligem (fuligeiro) em caso de utilização de
combustível líquido.

5.8.2 O sistema deve possuir tomada para coleta de gases de combustão.

5.9 Equipamentos Elétricos

5.9.1 Painel Elétrico

O painel de alimentação da caldeira deve conter todos os elementos de comandos e alarmes de cada
caldeira a ser fornecido de acordo com as recomendações contidas na PETROBRAS N-314, onde
aplicável. Deve ser adequado à instalação abrigada, nas condições de altitude, temperatura e tipo de
atmosfera (marítima, industrial etc.) do local de instalação.

5.9.2 Motores

Todos os motores devem ser do tipo indução, rotor gaiola de esquilo, com proteção (carcaça)
adequada, seguindo as recomendações contidas na PETROBRAS N-313.

5.10 Instrumentação

Cada gerador de vapor deve ser provido de, pelo menos, os seguintes instrumentos indicadores:

a) pressão de vapor na saída das caldeiras;


b) pressão do fluido de atomização (quando aplicável);
c) nível de água;
d) temperatura de gases de descarga;
e) temperatura de óleo combustível (quando aplicável);
f) pressão de combustíveis.

5.11 Placa de Identificação

5.11.1 O equipamento deve ser identificado com uma placa de aço inoxidável.

5.11.2 A caldeira deve ter gravado em sua placa os seguintes dados mínimos:

a) caldeira flamotubular a vapor;


b) fabricante (nome e endereço);
c) modelo/tipo e número de ordem dado pelo fabricante;

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d) identificação do equipamento (“TAG”);


e) ano de fabricação;
f) norma: ASME BPVC Sec I e ano de edição;
g) máxima produção contínua de vapor (kg/h);
h) pressão normal de trabalho manométrica (kPa);
i) temperatura normal de trabalho (°C);
j) PMTA - manométrica (kPa);
k) pressão de projeto manométrica (kPa);
l) temperatura de projeto (°C);
m) pressão de teste hidrostático manométrica (kPa);
n) peso vazia (N);
o) peso cheia (N);
p) combustível principal;
q) combustível secundário (quando aplicável);
2
r) superfície de aquecimento (m );
s) categoria da caldeira, conforme a norma regulamentadora no 13 (NR-13).

NOTA A placa deve estar em local visível, conforme norma regulamentadora no 13 (NR-13).

6 Material

6.1 As caldeiras devem ter construção reforçada em chapas de aço soldadas e fornalha tipo
pressurizada. Os materiais utilizados devem estar acompanhados de certificados de qualidade.

6.2 O acabamento externo da caldeira em princípio deve ser feito com chapas de aço-carbono,
nesse caso a espessura mínima deve ser de 1,2 mm, cobrindo o isolamento térmico.

6.3 A especificação para isolamento deve ser conforme PETROBRAS N-1618.

6.4 As conexões roscadas e de solda de topo, assim como, os tipos e os acabamentos das faces dos
flanges, devem estar de acordo com a especificação de tubulação aplicável, conforme a
PETROBRAS N-76, salvo indicação de outra forma na “Folha de Dados” da caldeira.

6.5 As chapas sujeitas a pressão devem ser do tipo ASTM A 285 Gr. C, ou material equivalente,
devidamente identificada, com certificado.

6.6 Os tubos devem ser de aço ASTM A 178 Gr. A, ASTM A 192 ou DIN EN 10220.

6.7 Os dutos e a chaminé devem ser fabricados de chapas de aço-carbono de qualidade estrutural,
espessura mínima 5 mm (ASTM A 283 Gr. C ou similar), com uma sobreespessura de corrosão
mínima de 1,5 mm. A temperatura máxima de projeto de metal para a chaminé deve ser de 340 °C.

6.8 A estrutura metálica deve ser fabricada com perfis de aço-carbono de qualidade estrutural
(ASTM A 36).

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7 Fabricação, Transporte e Montagem

7.1 Fabricação

7.1.1 Soldagem

7.1.1.1 As soldas devem ser executadas de acordo com a PETROBRAS N-133.

7.1.1.2 As soldas das partes submetidas a pressão devem ser de penetração total e devem ser
integralmente radiografadas e submetidas a tratamento térmico para alívio de tensões.

7.1.2 Pintura e Isolamento Térmico

7.1.2.1 A caldeira, tubulações, acessórios e equipamentos auxiliares devem ser fornecidos e


pintados de acordo com os padrões e cores estabelecidos nas normas PETROBRAS, conforme
Tabela 1.

Tabela 1 - Pintura das Partes da Caldeira

Parte-componente Norma/condição Observação


Partes frias
Gerador de vapor PETROBRAS N-2 / (2)
(até 120 °C)
Partes quentes
Gerador de vapor PETROBRAS N-2 / (5)
(120 ºC a 600 °C)
Sem isolamento térmico
Tubulações PETROBRAS N-442 / (2)
(até 120 °C)
Com isolamento térmico
Tubulações PETROBRAS N-442 / (4)
(80 ºC a 500 °C)
Motores, bombas, compressores,
PETROBRAS N-1735 / (2) (até 60 °C)
ventiladores
Painéis e equipamentos elétricos e
PETROBRAS N-1735 / (2) (até 60 °C)
de instrumentação

Escadas e estruturas metálicas PETROBRAS N-1550 / (1) (ver Nota 2)

NOTA 1 - As cores dos equipamentos e tubulações devem obedecer aos critérios estabelecidos
nas NR-26 e PETROBRAS N-1219.
NOTA 2 - Usar alternativa A para estruturas em áreas abrigadas e usar a alternativa B para as
demais estruturas, de acordo com a PETROBRAS N-1550.

7.1.2.2 Equipamentos e tubulações auxiliares que trabalhem a uma temperatura acima de 60 °C


devem ser isolados termicamente e protegidos com chapa de alumínio corrugado nos trechos retos.

7.1.2.3 Em caso de dúvida quanto aos esquemas de pintura e cores a empregar nos equipamentos e
tubulações, a PETROBRAS deve ser consultada antes de qualquer iniciativa.

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7.2 Embalagem e Transporte

7.2.1 O fabricante deve embalar os equipamentos, auxiliares e acessórios, com os cuidados


necessários para permitir o transporte dos mesmos até seu local de destino.

NOTA O transporte pelo fabricante pode ser optativo, em função da conveniência da


PETROBRAS.

7.2.2 As partes sujeitas à corrosão atmosférica devem ser devidamente protegidas. A embalagem da
caldeira deve ser adequada à sua preservação a chuva e intempéries pelo prazo de, no mínimo,
12 meses.

7.3 Montagem

O fabricante deve fornecer esquemas para montagem e interligação final no local de instalação,
fornecer serviços de supervisão de montagem e serviços de montagem quando solicitado pela
PETROBRAS.

8 Teste e Inspeção

8.1 Geral

8.1.1 Após o término de montagem devem ser efetuados pela PETROBRAS todos os testes
requeridos para o equipamento, sob supervisão do fabricante. O fabricante deve indicar previamente
os testes a serem realizados, para aprovação pela PETROBRAS.

8.1.2 Incluem-se nestes testes a operação dos controles de combustão e nível, operação do sistema
de segurança, intertravamento e operação dos equipamentos auxiliares.

8.1.3 Em caso de falha dos testes o fabricante deve efetuar as correções e reparos necessários,
fornecendo previamente os procedimentos detalhados para os reparos.

8.2 Teste de Desempenho e Aceitação

8.2.1 Além dos testes necessários à verificação mecânica e de funcionamento da unidade e seus
auxiliares, devem ser realizados testes de desempenho, objetivando verificar a operação satisfatória
da caldeira nas condições especificadas no item “garantias”. conduzidos pelo fabricante das
caldeiras, sob acompanhamento da PETROBRAS.

8.2.2 Os métodos de cálculo para a avaliação do desempenho e os cuidados a serem observados na


preparação e condução dos testes de desempenho das caldeiras, devem ser basicamente os
prescritos pelo ASME BPVC Sec I.

8.2.3 O fabricante deve indicar nas propostas os procedimentos e tolerâncias (margem) para os
quais devem ser válidos os itens de garantia de desempenho.

8.2.4 Desde que a realização dos testes mecânicos e de desempenho comprovem estarem
atendidas todas as exigências contidas nesta Norma e especificações aplicáveis, as caldeiras são
consideradas aceitas pela PETROBRAS.

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8.2.5 Devem ser garantidos pelo fabricante, no mínimo os seguintes itens:

a) máxima produção contínua de vapor na PMTA;


b) eficiência referida ao Poder Calorífico Inferior (PCI);
c) temperatura de saída dos gases;
d) qualidade do vapor (título);
e) excesso de ar.

8.2.6 Os dados de referência são os informados na Folha de Dados da Caldeira (ver PETROBRAS
N-2250).

8.3 Inspeção Inicial

A inspeção inicial faz parte dos testes finais e deve ser realizada por pessoa credenciada e de acordo
com as prescrições da ABNT NBR 12177-1 e da norma regulamentadora no 13 (NR-13).

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisão.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

IR 1/1
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GRUPO DE TRABALHO - GT-22-04

Membros

Nome Lotação Telefone Chave


Francisco Nascimento Moreira
UO-BC/OPM/EMI 861-5798 KMNQ
Pereira
Paulo José de Azevedo
ENGENHARIA/IETEG/ESEB/ETER 819-3182 SG6T
Velasco
Secretário Técnico
Pedro Salum Benjamin ENGENHARIA/AG/NORTEC-GC 819-0445 E11C

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