Psicologia Da Aprendizagem
Psicologia Da Aprendizagem
Psicologia Da Aprendizagem
APRENDIZAGEM
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Profª. Marisa Pascarelli Agrello
Profª. Nila Mara Cunha Carvalho
PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
2ª Edição
2017
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8
Sumário
Palavra do Professor-autor
Ambientação
Problematizando
1.3.1 Comparação
1.3.2 Observação
1.3.3 Classificação
1.3.4 Interpretação
9
3.5.1 Fenomenologia e Aprendizagem
4.3.1Fatores Positivos
6.1 Conhecimento
6.2 Educação
6.3 Escola
Leitura Obrigatória
Pesquisando na Internet
Saiba mais
Bibliografia
Bibliografia web
Vídeos
10
Palavra do Professor-Autor
Olá!
As autoras.
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Ambientação
Olá, sejam bem vindos à disciplina de Psicologia da Aprendizagem!
A aprendizagem é o processo do qual o indivíduo necessita de interação
com outros. Desde cedo o indivíduo vai aumentando as formas de lidar com o
mundo estruturando significados para as suas ações, com o uso da linguagem
ganham maior abrangência.
12
ROSA, Jorge de La. Psicologia e educação: o significado do aprender. 7. Ed.
– Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.
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Trocando ideias com os autores
Agora vamos trocar ideias com os autores das obras indicadas
14
Para um olhar mais direcionado à Psicologia é importante a leitura
dessa obra, Psicologia do desenvolvimento: teorias e temas
contemporâneos. Essa leitura será de extrema importância, pois
trata de temas atuais
Após a leitura das obras, escolha uma delas e faça uma resenha crítica
e comente com seus colegas.
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Problematizando
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CONSTRUÇÃO DA
APRENDIZAGEM
1
Conhecimento
Habilidade
Atitude
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Estabelecer um parâmetro de aprendizagem articulando a teoria e a prática
profissional.
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Rubem Alves (1933-2014) foi um dos educadores que mais escreveu
sobre a simplicidade do ato de ensinar, apostando no aspecto biológico e
natural da aprendizagem. Segundo ele, o ato de ensinar se assemelha ao ato
de cozinhar porque está implícito que quando existe fome todo o organismo se
empenha na ação de saciá-la e o faz da melhor forma possível. Ele trata esse
tema, especificamente, em seu livro Estórias de quem gosta de ensinar (1993).
Para ele, aprender carrega em si um prazer semelhante ao ato de
cozinhar e ao ato de comer. Em seu livro Ao professor com o meu carinho,
ele faz a seguinte referência:
Adélia Prado me ensina pedagogia. Diz ela: “Não quero faca nem
queijo: quero é fome.” O comer começa na fome de comer queijo. Se
não tenho fome, é inútil ter queijo. Mas se tenho fome de queijo e não
tenho queijo, eu dou um jeito de arranjar queijo...
Sugeri, faz muitos anos, que, para entrarem numa escola, alunos e
professores deveriam passar por uma cozinha. Os cozinheiros bem
que podem dar lições aos professores. (ALVES, 2004, p.51).
21
futuros professores a propiciarem meios facilitadores para a construção da
aprendizagem de crianças e adolescentes.
O pensamento está, portanto, ligado a reflexões, ou seja, a perguntas e
decisões por meio de experiências vivenciadas no cotidiano e obviamente a
qualidade dessas experiências entre o adulto e seu aprendiz. Cabe ao
educador propiciar oportunidades para a criança pensar, levantar hipóteses e
assim construir e modificar seu pensamento sobre o mundo que a rodeia.
O que muitas vezes cria obstáculos à construção do pensamento da
criança é o modelo de educação que o adulto recebeu em dizer à criança tudo
o que ele deve fazer, ou que ela precisa, impedindo muitas vezes a criatividade
e a percepção de mundo fazendo a criança aprender somente o que o
professor deseja e não o que ela necessita de acordo com a fase de
desenvolvimento que se encontra.
A partir dessa primeira reflexão o professor rompendo com paradigmas
e perguntando a si mesmo se está aberto a mudanças, sentir-se-á mais
satisfeito com a possibilidade de apresentar oportunidades para a verdadeira
construção do ensino – aprendizagem e por consequência do seu pensamento
e do pensamento da criança que estiver em interrelação com ele.
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participação ativa os mesmos terão significado para quem aprende, pois terão
aplicabilidade na vida.
É o que Raths (2000, p.15) chama de “aprendizagem intencional”, pois
a criança está amadurecendo ao se apropriar do que é novo, inédito
transformando-se em aprendizagem por meio do brincar, do lúdico que é a
linguagem da criança.
Uma criança diante do inédito, pela exploração concentra-se na
atividade levantando inúmeras hipóteses próprias antes de decidir qual a
melhor alternativa. Cabe ao educador acompanhar a evolução do raciocínio da
criança e não interromper a construção de seu pensamento porque as
alternativas demandam tempo. Esse tempo é o da criança e como somos seres
únicos e singulares, cada um tem seu próprio ritmo e a interferência na
sequência do raciocínio pode causar obstáculos na construção do pensamento
e por consequência na aprendizagem.
Todo conteúdo contém uma lógica interna para assimilação, para isso
utilizamos os processos mentais ou operações do pensamento. Vamos
entender as operações do pensamento.
1.3.1 Comparação
1.3.2 Observação
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A criança é uma grande observadora, desde o nascimento à fase inicial
do ingresso na escola, (Educação Infantil e Ensino Fundamental) manifesta um
comportamento heterônomo, em que as regras de conduta são ditadas por
outras pessoas que não ela mesma. O adulto é seu referencial maior, portanto
além de participar ativamente, observa cuidadosamente tudo ao seu redor.
Animais que brincam, a mãe que faz um bolo, a letra da professora para tentar
copiar igual, a maneira do pai se expressar, o corte de cabelo do jogador de
futebol de sua preferência, entre outras coisas.
1.3.3 Classificação
1.3.4 Interpretação
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alguns aspectos mais significativos de determinada informação, em detrimento
de outros.
25
objeto permanente e da capacidade de realizar operações mentais
interiorizadas.
ASSIMILAÇÃO ACOMODAÇÃO
Escolher Modificar a
elementos do organização
contexto e mental para
trazê-los para receber os
si. elementos
novos.
EQUILIBRAÇÃO
Buscar o equilíbrio
perdido durante a
acomodação.
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27
28
CONCEITUAÇÃO
DE
APRENDIZAGEM
2
Conhecimento
Habilidade
Atitude
29
30
Estabelecer um parâmetro de aprendizagem;
31
“[...] o desenvolvimento cognitivo infantil faz-se por estádios [estágios]
de desenvolvimento, ou seja, a natureza e a forma das
aprendizagens mudam ao longo do tempo mostrando que cada nova
aprendizagem advém da maturação de uma estrutura anterior e da
“abertura” de uma nova estrutura” (CAVACO et al., 2009, p. 3).
32
A aprendizagem também acontece por observação. Mesmo não
vivenciando propriamente a experiência, a criança aprende com o adulto só por
observá-lo atentamente!
33
“crises”, que o sujeito tem de suportar para ressurgir de cada etapa
com um sentimento cada vez maior de unidade interior, ou seja, com
sua estrutura egóica mais fortalecida. (BOSSI; SANTOS; ARDANS -
BONIFACINO, 2010, p. 2).
34
3- Iniciativa versus culpa- fase na qual a criança tem mais habilidade com a linguagem,
adultos.
que ainda não sendo idoso, já criaram os filhos, muitas vezes não trabalham mais e
35
2.3 Pensando sobre a infância
36
Além disso, leis, estudos, programas e projetos voltados inteiramente
para a proteção às crianças foram criados e são efetivados em muitos lugares
do mundo, muito embora existam muitos países em que o tempo parou e a
infância continua desprotegida.
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passamos. Essa relação é tema discutido em diversos Cursos de Pedagogia,
porém sua discussão restringe-se a dissertar e refletir, mas a prática continua a
mesma.
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2.5. Alguns princípios norteadores
Um dos maiores educadores brasileiros, Paulo Freire (1921-1997),
usou de extrema sensibilidade e competência para nos despertar e nos instigar
a sermos verdadeiros educadores. Para ele ser educador é antes de tudo amar
as pessoas e amar o mundo. Educar é proporcionar ao ser humano o
reencontro com sua humanidade perdida. Em essência ensinar/aprender é um
ato natural, simples (complexo, no sentido de rico) e prazeroso.
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Vejamos uma situação que mostra o que um professor não deve
fazer:
(Harpper, Babette e outros. Cuidado, escola! 8ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1982. p.63)
40
diferentes para satisfazer sua curiosidade, uns podem querer entender a
origem da vida, uns podem desejar conhecer melhor a vida animal e outros
como funciona o corpo humano.
41
“Em classe, fizemos a lista de
ações que o aprendizado da
língua exige. Com relação à língua
falada, andei perguntando a meus
alunos o que é que a escola fez
para ensiná-los a falar. A resposta
de Alan foi espontânea:
Mandaram a gente calar a boca”.
42
43
44
TEORIAS DA
APRENDIZAGEM
3
Conhecimento
Habilidade
45
46
Atitude
47
Partindo de diferentes bases epistemológicas e concepções teóricas,
muitos estudiosos do comportamento humano se detiveram na observação e
pesquisa do tema e chegaram a conclusões diferentes sobre o que é
fundamental para compreender o processo de aprendizagem.
48
Comportamento Reflexo: É inato, já nascemos sabendo manifestá-lo
e não envolve um processo de aprendizagem. No comportamento reflexo, o
estímulo pode ser entendido como todo e qualquer fator que gere uma
resposta na pessoa. Portanto, estímulo (S) sempre implica uma resposta (R),
ou seja, S R.
O comportamento reflexo é uma forma natural, podemos até dizer
biológica do corpo se comportar para poder proteger-se e, sobretudo,
sobreviver. Quando o recém-nascido entra em contato com o seio da mãe
(estímulo) sua ação imediata é sugar (resposta). O comportamento “sugar” não
foi ensinado, a criança já sabia.
Outro exemplo de comportamento reflexo é quando puxamos nosso
braço rapidamente ao levarmos um choque na mão. Não pensamos ou
aprendemos isso, apenas fazemos como uma reação natural do corpo para se
defender do perigo.
Comportamento Operante: “comportamento que produz alterações no
ambiente e é afetado por essas alterações” (MOREIRA & MEDEIROS, 2007, p.
86). O sujeito age e gera uma mudança no seu contexto, que por sua vez lhe
influencia. Um comportamento emitido ou resposta (R) gera uma alteração no
contexto, ou seja, uma consequência (C). Então, podemos dizer que R.........C.
Se o comportamento tem uma consequência, as pessoas podem
controlar suas ações para se beneficiar ou não se prejudicar por causa delas.
Por exemplo: se estudar regularmente e com dedicação (resposta), o aluno
aprenderá e receberá boas notas (consequências).
Ou o aluno poderá tentar se beneficiar de uma forma menos ética,
como nos quadrinhos abaixo:
49
http://scienceblogs.com.br/psicologico/tag/quadrinhos/
50
Skinner realizou suas pesquisas sobre sua teoria do condicionamento,
em parte, através de experiências em laboratório com ratos. Dessa forma
sustentou que quando são oferecidos retornos agradáveis o comportamento
desejado pode ser repetido e quando os retornos oferecidos são desagradáveis
o comportamento indesejado pode ser extinto.
Essa teoria pode gerar resultados imediatos, mas até que ponto a
aprendizagem por condicionamento é duradoura ou satisfatória? E quando o
ratinho tiver saciado sua forme, continuará a pressionar a barra?
51
Gestalt é um termo alemão que não encontra tradução exata na língua
portuguesa, por isso a utilizamos em sua língua original para designar a ação
“de dar forma, dar uma estrutura significante” (GINGER, 1995, p.13).
52
fundo. Esses dois conceitos são importantes, mas o que nos interessa é a
relação entre ambos, já que há um revezamento de posições entre eles.
Veja a imagem do lado (Vaso de Rubin). O que você vê? Dois perfis ou
um jarro? Se você vê os perfis, esta será a figura e o jarro, o
fundo. Se ao contrário, você vê o jarro, esta é sua figura e
os perfis, o fundo. Na aprendizagem o mais importante é a
relação entre a figura e o fundo, é na transição constante de
foco que as percepções, descobertas e avanços acontecem.
53
interna forte”. É um conceito muito simples e facilmente reconhecido no dia-a-
dia das pessoas. O insight é uma espécie de ‘dar-se conta inesperado’. De
repente, descobrimos a solução de um problema, lembramo-nos de algo
perdido ou esquecido, ou compreendemos uma situação ou uma informação.
54
seus próprios fins (...), de elaborar seus próprios valores individuais,
sociais e espirituais”. (GINGER, 1995, p. 97)
55
anteriores, o que equivale dizer que os modos de ser e de estar das pessoas
dependem da realidade onde estão inseridas e dos sentimentos e afetos
envolvidos.
56
rodeia. Se esta percepção se modifica, muda também seu comportamento. Por
mais que o desejam, os professores não podem transmitir conceitos
diretamente às crianças, insistindo, por exemplo, para que se tornem mais
maduras e realistas em suas atitudes. Usualmente, essas sugestões diretas
servem apenas para fortalecer as atitudes imaturas que estão interferindo no
desenvolvimento de conceitos mais realistas e consequentes
comportamentos".
57
Vamos observar seis passos característicos do pensamento científico:
apontados por Dewey:
59
chegou por conta própria, do que a memorização de dez soluções
apresentadas pelo professor.
"Uma amiga, ao visitar uma escola, recebeu um convite para examinar os alunos de
geografia. Depois de olhar um pouco o livro, perguntou:
- Suponha que você abra um buraco no chão e chegue a uma grande profundidade.
Como seria o fundo do buraco? Seria mais quente ou mais frio que a superfície?
- Eu estou certa de que eles sabem, mas você não perguntou corretamente. Vou
experimentar.
60
A direção autoritária da classe, em que o professor manda e os alunos
só obedecem, prejudica o desenvolvimento do raciocínio: se os alunos
não participam da formulação do problema, é natural que tendam a
atribuir ao professor a responsabilidade pela solução. Os alunos
tornam-se, nesta situação, dependentes das respostas do professor, ao
invés de desenvolverem sua criatividade.
________________
Fonte texto sobre Psicologia Cognitiva: Psicologia da Educação. Curso de Educação Física na FAEFM
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAesZcAG/psicologia-educacao?part=5
Fenomenologia
61
especificamente, para a aprendizagem, o sujeito estaria separado do seu
objeto de aprendizagem.
O filósofo Edmund Husserl (1859- 1938) não só discordou da ideia de
que sujeito e objeto sejam puros um em relação ao outro, como propõe a
Fenomenologia como método a ser utilizado pelas ciências humanas. Neste
método, o distanciamento desaparece e há o reconhecimento de um
imbricamento entre ambos.
Husserl usa os conceitos de consciência e de intencionalidade para
deixar clara esta relação de imbricamento. A intencionalidade se refere ao fato
de que a consciência está voltada para algo, que para ela, é dotado de um
sentido. “O homem é um ser consciente e que a consciência é sempre
intencional” (HUSSERL, 1901 apud FORGHIERI, 1984, p.15), ou seja, a
consciência (sujeito) é sempre a consciência de algo (objeto), não há como
separar.
Husserl (1901, apud FORGHIERI, 1984) diz que o fenômeno pode ser
conhecido em sua essência de forma objetiva e categorial.
A forma objetiva é a que atende às necessidades e características das
ciências naturais. Nesta forma, é possível haver um distanciamento entre
sujeito e objeto, a reflexão é o instrumento que norteia a investigação da
verdade. Podemos dizer que esta forma corresponde ao método experimental.
Por forma categorial entendemos como sendo a percepção do próprio
instante vivido em sua imediaticidade e potência. Instante em que não se
pensa sobre o que se vive..., apenas se vive.
É o que acontece antes de se pensar, é a pré-reflexão. Quando não há
cultura, não há passado, nem futuro. Há um presente que é ‘totalidade’, onde o
lugar é a imensidão do espaço de uma existência. “A vivência é o instante
vivido de um mundo vivido” (DILTHEY, 1978, apud GÓIS 1995, p.69). Esta
forma corresponde ao método fenomenológico.
O filósofo Merleau-Ponty (1908-1961) tem um pensamento semelhante
ao de Husserl, no sentido de se contrapor ao pensamento dualista na relação
sujeito x mundo, mas discorda dele no que se refere ao método da redução
fenomenológica. A redução é a suspensão de julgamento, ou distanciamento
entre a pessoa e o objeto com a qual ela entra em contato.
62
Embora seu conceito esteja na direção dos conceitos de Husserl para
M. Ponty sujeito e mundo estão mais que interligados e representam juntos,
mais do que um ser-no-mundo. Sua percepção se aprofunda: é como se sujeito
e mundo fossem constituídos um pelo outro e vice versa, de uma forma tão
irredutível que podemos dizer que o “ser é mundo” ou, usando o termo que ele
mesmo usa, o ser é “mundano”.
A ideia de Merleau-Ponty sobre o ser mundano radicaliza o conceito
de homem e de mundo e da relação entre eles. Como nos diz Leitão (1990) é
um pensamento que vê o ser humano entrelaçado ao mundo e este naquele a
ponto de transcender a pura individualidade.
É como nas pinturas de Cézanne (1939-1906), onde não há contornos
limitando as formas e as cores, o que há é movimento. Para ele a redução
completa é algo improvável, pois temos uma existência permeável ao mundo,
não sabemos ao certo onde começa o ser, onde começa o mundo. Somos
visíveis e vemos. Somos constituídos em fusão, somos uma sustância única,
mas podemos usar nossa capacidade de privilegiar o mundo ou o sujeito de
acordo com a situação, como é caso de uma relação psicoterapêutica ou de
aprendizagem.
_______________
1
Dahlias - Cézanne. Disponível em
http://www.mestresdapintura.com.br/loja/posimpressionismo-paul-cezanne-c-96_98.html.
Acesso em 18/07/2014 às 18:09hs.
63
3.5.1 Fenomenologia e Aprendizagem
64
Dar a cada estudante a oportunidade de desenvolver os estudos de
acordo com seu ritmo pessoal. O êxito e a aprovação devem ser
baseados nas realizações de cada um.
A escola deve considerar o impulso universal de todos os seres
humanos no sentido de concretizar suas próprias potencialidades, e não
reprimir tal impulso, prendendo-o à competição artificial e ao sistema
rígido de notas.
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A MOTIVAÇÃO NA
APRENDIZAGEM
4
Conhecimento
Habilidade
Atitude
67
68
Agir motivado em sua prática como estudante e futuro educador.
69
Motivar é uma ação interna. É o indivíduo que busca em seus desejos,
sonhos, habilidades o que o mobiliza para a ação. A motivação é uma força
pessoal que poderá e/ou deverá ser incentivada por ações do mundo externo
(estímulo), como professores, salas de aula, materiais, equipamentos, colegas,
família, dentre outros, para potencializar a ação.
70
Portanto, o motivo é força interna, pertence ao desejo.
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ser humano tem de modo hierarquizado cinco necessidades básicas a
serem satisfeitas em toda a sua existência. São consideradas
necessidades primárias as fisiológicas, de segurança, e secundárias as de
socialização, reconhecimento e autorrealização.
Ginger (1995, p.97) destaca que Maslow organizou em 1954 seu
pensamento de modo didático em uma pirâmide conhecida como Pirâmide
das Necessidades organizada, da base ao cume, da seguinte forma:
- Necessidades fisiológicas ou orgânicas (respiração, sede, fome,
excreções, sexo, etc);
- Necessidade de segurança ou de proteção (material e psicológica);
- Necessidades sociais (de amor, família e de participação);
- Necessidade de estima (reconhecimento da competência,
prestígio, sucesso);
- Necessidade de realização pessoal ( de seu potencial, alcance dos
objetivos existenciais).
Apresentamos essa teoria, pois ela esclarece que forças são essas
que constituem a motivação e fortalece seu conceito como um impulso
interno, diríamos até visceral que leva o sujeito a agir.
72
73
74
INTELIGÊNCIAS
5
Conhecimento
Habilidade
Atitude
75
76
5.1. Inteligência ou Inteligências?
77
Para Binet & Simon, estudiosos que estruturam os primeiros testes de
inteligência, o Quoeficiente de Inteligência - QI conseguia medir a inteligência
de uma pessoa. Para eles a inteligência é constituída como um atributo mental
que pode ser medido através de um teste, que privilegia apenas a cognição.
78
Inteligência Corporal Capacidade de percepção gestáltica (aqui e agora) do corpo e de
Cinestésica seus movimentos. É a habilidade de reconhecer quais as
necessidades que devem ser atendidas e as potencialidades a
serem desenvolvidas para uma maior adaptação.
Inteligência Intrapessoal Capacidade de autoconhecimento. Acima de tudo, é a habilidade
de perceber suas emoções, seus desejos, suas fragilidades, quais
potencialidades e principalmente, habilidade de utilizá-las de modo
saudável para si mesmo e, consequentemente, com os outros.
Inteligência Interpessoal Capacidade empática, ou seja, de compreender as intenções,
expectativas e desejos dos outros, mesmo que não sejam
verbalizados e saber utilizar esta compreensão em prol da relação.
É importante notar que essa inteligência terá efetividade se a
inteligência intrapessoal for desenvolvida.
79
Mas, você sabe a diferença entre emoção e afetividade? Será que
tem o mesmo significado?
80
genética e motivações que influenciam sobre maneira seu desempenho escolar
e sua vida de um modo geral.
81
82
SOCIEDADE E
CULTURA
6
Conhecimento
Habilidade
Atitude
83
84
Estabelecer um parâmetro de aprendizagem;
85
6.1 Conhecimento
6.2. Educação
86
6.3 Escola
87
orienta a criança e lhe concede ampla margem de autocontrole e possibilidade
de chegar à autonomia.
88
Leitura Obrigatória
89
Pesquisa na Internet
90
Saiba mais
91
Vendo com os olhos de ver
Assista ao vídeo Vida Maria que trará a você uma visão do aprender no
sertão nordestino. Quando falamos em psicologia da
aprendizagem apenas vemos o cotidiano da cidade, porém
esta obra artística relata a falta de incentivo dos pais no
aprendizado. Assista e estabeleça o senso crítico do ensino
aprendizagem.
92
Recomendamos a você ouvir a entrevista bem interessante e
descontraída que ocorreu no Programa do Jô Soares com a pedagoga Patrícia
Lins com o tema Metodologia Ativa, parte I e continuadamente a parte II.
93
Revisando
O ato de ensinar é uma ação prazerosa. Pode até ser comparado com
o ato de cozinhar e de comer. Em outras palavras ensinar requer a habilidade
de despertar a fome, o interesse, a curiosidade do aprendente.
O adulto não precisa sempre dizer o que a criança deve fazer, pois ele
poderá estar impedindo sua espontaneidade. Partindo desse pressuposto o
professor deve propiciar um espaço agradável de construção do saber. O
educador deve levantar hipóteses, dar oportunidade para que a criança venha
pensar, construir e modificar seu pensamento sobre o mundo que a rodeia.
94
presença de profissionais qualificados, materiais pedagógicos de qualidade e
diversidade de conteúdos são fundamentais.
Para que isso ocorra o professor deve manter uma relação de diálogo
com os alunos, assim essa interação proporciona um espaço de construção do
saber. Um dos aspectos mais importantes neste tema é a formação de vínculos
afetivos entre professores e estudantes.
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Vimos cinco teorias da aprendizagem: teoria do condicionamento ou
comportamental, teoria da gestalt, teoria de campo, teoria cognitiva e a teoria
fenomenológica.
96
que aprendeu; e o sujeito que aprende não é tão somente alguém que vive no
mundo, mundo o constitui e ele constitui o mundo.
Aprendemos que motivação é uma força interna que indivíduo usa para
realizar aquilo que deseja. Esta força o mobiliza para a ação. Incentivar ou
estimular é qualquer ação externa ao sujeito que poderá ajudá-lo a desenvolver
uma ação. Muitas vezes pessoas são incentivadas, mas não conseguem
alcançar o objetivo esperado. Se o incentivo não fizer o sujeito entrar em
contato com o seu motivo para a ação (motivação), de nada adiantará.
97
Há vários tipos de inteligência, destacamos a inteligência emocional e a
inteligência afetiva. A emocional desenvolve habilidade de controlar as
emoções e a inteligência afetiva se coloca como facilitadora do processo de
aprendizagem em todos os aspectos que envolvem o ser. Além de outras
diferenças, a emoção se refere ao sentimento que ocorre de forma ocasional e
passageira, e o afeto é um sentimento mais duradouro advindo da
transformação de alguma emoção.
98
Autoavaliação
99
10. O que podemos entender sobre Teoria de Campo? Pense e escreva
como ela pode ser usada em uma sala de aula.
100
Bibliografia
ALVES, R. A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse
existir. Campinas, SP: Papirus Editora, 2001.
GINGER, Serge e Anne Ginger. Gestalt - uma terapia do contato. 4 ed. São
Paulo: Editora Summus, 1995.
101
LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa. Piaget,
Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. 17.ed. São Paulo:
Summus, 1992, 117 p.
LEITÃO, V. M. A fenomenologia de Merleau-Ponty. In. Para além da pessoa:
uma revisão crítica da psicoterapia de Carl Rogers. São Paulo-SP, 1990.
102
REFERÊNCIAS WEB
103
MAIMONI, Eulália H. Psicologia Escolar e Educacional. Psicol. Esc. Educ.
(Impr.) vol. 6 nº. 2 Campinas Dec. 2002. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141385572002000200011&script=sci_artt
ext. Acesso em 03/102014.
Filmes
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