Independência Da América Espanhola - Como Foi - PrePara ENEM
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Leia também: Caudilhismo – modelo político que surgiu após a independência da América Espanhola
Era preciso modificar a estrutura política e, para isso, o iluminista Barão de Montesquieu desenvolveu a teoria dos
três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), cada qual com sua função, funcionando de forma independente e
harmônica. Dessa forma, o absolutismo poderia ser combatido, pois nenhum poder iria se sobrepor ao outro.
Aos poucos, o Antigo Regime começava a ser questionado, abrindo espaço para uma renovação na política
europeia. As ideias iluministas de combate ao absolutismo não demoraram a chegar às colônias americanas e motivar
revoltas contra o domínio colonial.
A independência dos Estados Unidos, em 1776, foi outro movimento de contestação ao absolutismo. Influenciados
pelos ideais iluministas, os norte-americanos começaram a elaborar a formação de uma república independente da
América.
Além da influência intelectual, outro fato que contribuiu para o levante contra a Inglaterra foi a cobrança de impostos.
Enquanto os ingleses lutavam contra seus inimigos, a conta desse combate chegava ao outro lado do Atlântico, na forma
de tributos cada dia mais altos.
A declaração da independência norte-americana, em 4 de julho de 1776, foi o grande motivador para que as outras
colônias americanas se animassem para seguir o mesmo caminho. Apesar da repressão das monarquias, os colonos
começaram a se organizar para se libertar das amarras coloniais. A metrópole se tornou um entrave no desenvolvimento
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Outro fator que incentivou a independência das colônias americanas foi a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder
na França pós-revolução. O movimento iniciado em 1789 promoveu mudanças significativas na França, como o fim da
monarquia absolutista, simbolizada na decapitação do rei Luís XVI, formando-se uma república constitucional.
Napoleão Bonaparte encerrou o processo revolucionário e elevou a França à condição de um império em expansão pela
Europa. Para combater a Inglaterra, considerada a principal inimiga dos franceses, Napoleão obrigou as demais nações
europeias a romperem relações com os ingleses. Portugal e Espanha não romperam e tiveram seus reinos ocupados
pelas tropas francesas. A Espanha foi governada por José Bonaparte, o que influenciou diretamente na independência
da América Espanhola, pois o novo rei não foi reconhecido no seu território e muito menos nas colônias.
As ideias iluministas já estavam difundidas pela América e ajudaram a unir as forças contra o poder espanhol. Nesse
processo de luta pela independência, surgiram líderes como Simon Bolívar e José de San Martín, que despertaram a
nacionalidade entre os colonos.
O movimento de independência aconteceu praticamente de forma simultânea, originalmente nas cidades e, logo em
seguida, espalhando-se para o campo. “Seu êxito dependeu do caráter da liderança criolla, nas cidades, e do apoio que
receberam nas áreas rurais. No processo, tiveram grande importância as discussões nos cabildos, veículos de expressão
da elite colonial”.|1| A independência começou e foi liderada pelas camadas mais elevadas da sociedade, espalhando-se
entre as classes médias e os escravizados.
A independência da América Espanhola contou com o apoio dos Estados Unidos e da Inglaterra, que enxergavam as
colônias americanas independentes como mercado consumidor dos seus produtos industrializados. As guerras pela
independência apenas contaram com o apoio norte-americano e inglês após a derrota da França bonapartista, em 1815.
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James Monroe foi presidente dos Estados Unidos e responsável pela doutrina que impediu a interferência europeia na
independência latino-americana.
Apesar do resultado adverso, esses conflitos mostraram a fragilidade da colonização espanhola, que demorou anos para
derrotar seus inimigos, e motivaram outros colonos a organizarem levantes militares contra a Espanha. Essas revoltas
também tinham caráter local, sem nenhuma ligação com a causa pela independência, como o Paraguai, em 1721,
quando os criollos se revoltaram contra os padres jesuítas que impediam a escravização dos índios.
Em 1810, a Revolta de Tupac Amaru, no Peru, foi um conflito organizado por escravizados indígenas contra o trabalho
ao qual estavam submetidos. Os rebeldes queriam melhores condições de trabalho, o fim do trabalho infantil nas
tecelagens e o pagamento de melhores salários.
Essa revolta durou três anos, o que demonstra a dificuldade das tropas espanholas em derrotar seus opositores. Quando
foram derrotados, os líderes da revolta foram mortos em praça pública, tendo os corpos esquartejados. No mesmo ano, o
criollo venezuelano Francisco Miranda liderou outro levante contra os espanhóis, mas assinou um armistício com
os colonizadores, em 1812.
A independência do Haiti, em 1791, foi mais um motivo para que os criollos se rebelassem contra a dominação
espanhola. O Haiti era colônia francesa e se rebelou contra a escravidão. Os haitianos derrotaram os franceses, que
tentaram debelar a rebelião, e a independência do Haiti foi proclamada, em 1806.
Veja também: Revolução Haitiana – rebelião de escravos que resultou na independência do Haiti
A instabilidade no reino espanhol por conta da guerra contra José Bonaparte motivou os colonos na América a se
levantarem contra o domínio metropolitano. Apesar desses levantes, o fracasso foi iminente porque os criollos não
tinham apoio externo para sustentar a batalha.
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Os Estados Unidos, por conta de acordos comerciais com a Espanha, evitaram apoiar os levantes americanos. A
Inglaterra estava concentrada na luta contra a França napoleônica. Essa falta de apoio norte-americano e inglês foi
decisiva nessas derrotas. Por conta das diversidades regionais, não havia coesão na luta contra os colonizadores.
Com as vitórias dos colonos na América, os antigos colonizadores se reuniram na Santa Aliança, conferência dos países
europeus que derrotaram Napoleão Bonaparte e pretendiam retomar os domínios antes da expansão francesa, e
ameaçaram retomar suas colônias na América. Dessa vez, foram os Estados Unidos que agiram em favor da
independência da América Espanhola.
A Doutrina Monroe determinava que os norte-americanos deveriam defender o continente americano contra qualquer
ameaça europeia. Essa doutrina esbarrava nos interesses ingleses na região, mas garantiu a consolidação da
independência da América Espanhola.
Simon Bolívar foi o líder da independência da América Espanhola e pretendia unir as nações latino-americanas após
esse evento, mas sem sucesso. [1]
Em 1826, Simon Bolívar convocou os países independentes a participarem da Conferência do Panamá e discutirem o
futuro das novas nações. Bolívar propôs a formação de uma confederação pan-americana, com as antigas colônias
espanholas unidas territorialmente após a independência.
Contudo, o ideal bolivariano esbarrou nos interesses das oligarquias locais e da oposição dos Estados Unidos e da
Inglaterra, que, por conta dos seus interesses econômicos, acreditavam ser viável a fragmentação da América Espanhola
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seguirem um caminho diferente do planejado por Bolívar foram:
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o isolamento geográfico,
A independência da América Espanhola teve outras consequências no longo prazo. A herança colonial manteve a
estrutura social dominante, não permitindo a participação popular nas decisões governamentais nem medidas que
atenuassem a desigualdade social. Além disso, manteve-se a dependência econômica da Inglaterra.
A formação de repúblicas na antiga América Espanhola despertou o interesse das províncias brasileiras após a
independência, em 1822. Revoltas como a Confederação do Equador, em 1824, demonstravam o interesse de alguns
grupos em adotarem o mesmo caminho seguido pelas antigas colônias espanholas. Entretanto, ao contrário de Bolívar, o
imperador brasileiro Dom Pedro I obteve êxito em manter a unidade territorial do Brasil.
Leia também: Revolução Cubana – processo revolucionário que derrubou a ditadura vigente da época
As causas da independência foram o peso econômico da metrópole sobre a colônia, a instabilidade política na
Espanha por conta do reinado de José Bonaparte e a busca por maior participação da economia colonial no
mercado liberal.
Sem o apoio inglês e norte-americano, as revoltas coloniais fracassaram, mas, após o apoio da Inglaterra e dos
Estados Unidos, Simon Bolívar e José Martín conseguiram liderar levantes militares que derrotaram os espanhóis e
garantiram a independência da América Espanhola.
As consequências da independência foram: tentativa sem sucesso de Simon Bolívar de fazer uma confederação
pan-americana que garantisse a unidade territorial na América Latina, mas as diversidades de cada região e a
influência inglesa promoveram a fragmentação do continente em várias repúblicas.
Exercícios resolvidos
Questão 1 – Simon Bolívar foi o principal líder da independência da América Latina. Por causa da sua liderança, ele
convocou a Conferência do Panamá, em 1826, para determinar quais rumos as novas nações latino-americanas recém-
independentes deveriam seguir. A proposta de Simon Bolívar para as novas nações foi:
Resolução
Alternativa C. Simon Bolívar defendeu, na Conferência do Panamá, a unificação territorial das nações latino-americanas
recém-libertas, mas sua tese foi derrotada por causa da diversidade da região e da influência inglesa na fragmentação do
continente.
Questão 2 – Trata-se de um movimento que defendia o pensamento racional e extremamente crítico do absolutismo. As
ideias desse movimento ganharam força nas colônias americanas, influenciando no processo de independência dos
Estados Unidos, da América Espanhola e do Brasil. Esse movimento é chamado de:
A) Abolicionismo
B) Direito divino
C) Colonialismo
D) Iluminismo
Resolução
Alternativa D. O movimento iluminista, no século XVIII, teve grande influência na independência das colônias americanas.
Os filósofos iluministas eram contrários ao absolutismo e criaram teorias políticas que dividiam o poder e evitavam a
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formação de um governo absoluto e opressor. Essas críticas animaram os colonos a se rebelarem contra as monarquias
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absolutistas, que os dominavam havia bastante tempo.
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