Projeto Ciranda
Projeto Ciranda
Projeto Ciranda
Ipojuca – 2022
Escola Municipal Amara Josefa da Silva
Ipojuca – 2022
Introdução
A ciranda é parte da cultura popular brasileira. Está presente na Educação Infantil,
na tradição indígena, em manifestações políticas e movimentos sociais.
Os primeiros estudos sobre a ciranda no Brasil foram realizados por volta dos anos
1960. Eles apontam que o marco inicial no país teria ocorrido por volta do século
XVIII, sobretudo na região Nordeste.
A composição era uma interação entre o canto e a dança. Os temas das letras não
eram fixos. Em geral, versavam sobre a agricultura, o campo, a natureza, o amor,
as praias etc.
A canção “Essa ciranda quem me deu foi Lia...” ajudou Lia de Itamaracá a ser
reconhecida e, então, nomeada a Rainha da Ciranda pelos jornais de Recife.
A autoria da composição é contestada. Uma versão diz que a canção foi composta
por Lia e gravada por Teca Calazans; a outra afirma que a canção seria de autoria
do mestre cirandeiro Antônio Baracho.
Com o álbum Eu sou Lia, lançado no ano de 2000, a cirandeira abriu caminho para
o reconhecimento internacional, nos Estados Unidos e na Europa.
A ciranda faz parte da cultura de muitos povos dentro do Brasil e é uma forma de
expressar laços nas comunidades.
“As pessoas cantam juntas, dançam juntas, elas se dão as mãos, reconhecem a si
mesmas umas nas outras. Então, a ciranda é arte, é cultura, é lúdica e,
dependendo do contexto, a ciranda pode trazer uma mensagem política de
unidade, de resistência, de solidariedade”, explica Sabrina Fernandes, doutora em
Sociologia, em vídeo publicado no canal Tese Onze, no YouTube.
“A gente tem que tomar muito cuidado com o preconceito enrustido em negativizar
o termo ‘cirandeira’ e expressões artísticas, como se elas não tivessem um papel
bem importante a cumprir na politização, na mobilização, no aspecto de atrair
pessoas pra luta, de educar, de criar momentos de solidariedade e de cuidado”,
alerta Sabrina Fernandes, no mesmo vídeo.
A ciranda na Educação
“[A ciranda infantil] Tem conteúdo socioafetivo e expressão simbólica por incluir
tradição, música e movimento. Nela as crianças acrescentam coreografias ao ritmo
de cantigas infantis e, quando utilizadas em contextos escolares, permitem o
desenvolvimento físico, emocional e intelectual das crianças e dos jovens. É uma
dança democrática que não estabelece hierarquias, pois não possibilita a
existência de um solista. Qualquer um pode bailar com expressões corporais
naturais e singelas”, explicam as pesquisadoras Maristela Loureiro e Sonia Lima,
no artigo As Cirandas Brasileiras e sua inserção no ensino fundamental e nos
cursos de formação de docentes.
Justificativa:
A escolha dessa sequência justifica-se pelo fato de as brincadeiras de roda ser de
fácil memorização, ter rima ritmos e suas canções, uma boa sonoridade e por isso
agradam muito as crianças, fazendo com que elas tenham prazer em aprender
brincando. Desta forma estremos trabalhando também a oralidade que é um dos
aspectos que merece destaque para as crianças desta faixa etária.
Objetivo específicos:
Favorecer a socialização e a integração com o grupo.
Desenvolver a oralidade e o vocabulário.
Expressa- se através da música.
Desenvolver hábitos e atitudes que oportunizem assim o desenvolvimento
da autoestima identidade da autonomia e afetividade.
Oportunizar o desenvolvimento do equilíbrio através da encenação de
pequenas canções.
Culminância
Os alunos irão dançar ciranda no pátio ao som das musicas trabalhadas em sala
de aula no pátio da escola.
Duração
O projeto será vivenciado durante 1 semana, ou seja, serão contabilizados 5 dias
letivos e ao final será realizada a culminância.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Referências
SANTOS, Meigue Alves dos. Que som é esse? Reflexões sobre música, corpo
e movimento na educação infantil. Faculdade de Educação da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), 2019.