Como Superar A Ansiedade e o Medo
Como Superar A Ansiedade e o Medo
Como Superar A Ansiedade e o Medo
Filipenses 4:6-8
Salmos 56:3
Isaías 41:10
Introdução
Ainda que tenhamos recebido a Cristo como Salvador, e com Ele o perdão de todos os
nossos pecados (1Jo 1.7), continuamos vulneráveis em nossos sentimentos e emoções. Já
somos novas criaturas (2Co 5.17), mas a nossa velha natureza ainda é suscetível às
circunstâncias que nos advêm. Sendo assim, não é anormal ficarmos ansiosos, com medo,
desanimados e abatidos. O próprio apóstolo Paulo experimentou tais sentimentos em sua
vida cristã (2Co 6.4-10; 7.5-6). Mesmo o Senhor Jesus, nos Seus últimos dias, revelou a
nós a tristeza do Seu coração (Mc 14.34); contudo, essa tristeza não provém de uma
velha natureza no caso de Jesus e nem havia vulnerabilidade Nele.
Qual de nós não se sente ansioso e com medo diante de uma enfermidade, do
desemprego, de uma crise familiar, da violência que nos cerca, dos desafios que temos
que assumir ou mesmo diante das lutas pelas quais a nossa igreja passa?
O terapeuta cristão Gary R. Collins faz uma distinção entre a ansiedade normal, que é
uma reação natural diante dos perigos e ameaças, que é controlada ou diminuída quando
as circunstâncias exteriores se modificam; e a ansiedade aguda ou neurótica, que
desenvolve sentimentos exagerados de desespero e medo, mesmo quando o perigo é
inexistente. Para ambas Deus providenciou recursos para nos ajudar nestes momentos.
No texto de Filipenses 4, a partir do versículo 2, notamos que a igreja ou alguns de seus
membros estavam em crise de relacionamento. Aparentemente, as irmãs Evódia e
Síntique andavam em desacordo. Tal desavença estava entristecendo demais os irmãos.
Paulo, então, pediu a um obreiro amigo que promovesse a reconciliação (v.3) e à igreja
que, resolvida a questão, voltasse a se alegrar no Senhor (v.4). Vejamos, nos versículos 6
e 7, o apóstolo Paulo ensinando o que fazer para vencer a ansiedade e o medo.
Talvez a dor dos irmãos e a sua ansiedade tivessem como origem a briga das duas irmãs
(v.2), e Paulo foi direto ao ponto de tensão. Ou seja, descobrir a causa da ansiedade dá
início à solução do problema. Através da observação, reflexão, autoanálise, leitura da
Bíblia, aconselhamento, podemos descobrir o que de fato nos preocupa. Às vezes, não é
fácil esse exercício, mas pode nos fazer muito bem, se feito adequadamente. Você sabe
bem as causas da sua ansiedade quando a sente? Davi, certa vez, pediu que Deus
vasculhasse o seu coração e fizesse aflorar os males que ali estavam (Sl 139.23-24).
Para ajudar na resolução do conflito, pediu ajuda de um obreiro. Não sabemos quem era
esse “companheiro de jugo” (v.3), mas o certo é que a sua ajuda foi muito importante
naquela hora. Todo crente deve ter os seus companheiros de jugo, aquelas pessoas que,
em momentos difíceis, ajudam-no em oração e aconselhamento. Esse apoio fraternal é
de especial significado quando o problema é o tratamento do medo e da ansiedade. A
Bíblia afirma que o “perfeito amor lança fora o medo”. Collins, já citado, afirma que o
inimigo do medo é o amor. Especialmente, demonstrar o amor de Cristo é ajudar também
aqueles que sofrem de ansiedade e medo. Pregar o evangelho do Salvador com paciência
e amor é a melhor maneira de levar outros a expulsar de sua vida o medo e a ansiedade.
III – ALEGRAR-SE SEMPRE NO SENHOR
Jó orou muito durante a sua crise existencial. Foi crescendo tanto em confiança em Deus
que, no final de suas provações, ele declara: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os
meus olhos te veem” ( Jó 42.5). Ana, por sua vez, foi embora contente após ter orado
com tanta dedicação ao Senhor e ouvido as palavras do sacerdote Eli (1Sm 1.9-18). Asafe
se mostrou confiante na soberania de Deus após entrar no santuário e orar (Sl 73.17-28).
À medida que confiamos mais no Senhor em oração, menos a ansiedade e o medo
habitam em nós. Em Mateus 6.25-34, o Senhor Jesus ensina que não devemos ficar
ansiosos com a nossa vida. O que devemos fazer é buscar o reino de Deus e a Sua justiça
(v.33). A oração vence a ansiedade. Quem ora bastante vive bem.
Conclusão
O texto de Filipenses começa relatando uma crise de relacionamento (v.2), mas termina
com uma promessa de paz (v.7). É possível ter a paz de Cristo ocupando o lugar do medo
e da ansiedade em nossa mente e coração, mesmo que as circunstâncias externas não
mudem.
O que determina a paz no barco não é a ausência da tempestade lá fora, mas a presença
de Jesus do lado de dentro (Mt 8.23-27). Jesus nos prometeu uma paz que o mundo não
pode dar ( Jo 14.27), no entanto, afirmou, também, que no mundo teríamos aflições ( Jo
16.33). Paz não é a ausência de problemas e aflições, mas é uma dependência completa
do cuidado de nosso Pai Celeste. Que os recursos espirituais citados neste texto nos
ajudem a vencer a ansiedade e o medo. Que o Espírito Santo aplique em nosso coração
Filipenses 4.2-8, o que nos fará muito bem. Faz-nos bem refletir esta estrofe de um hino
que diz: “Com Tua mão segura bem a minha, e pelo mundo alegre seguirei. Mesmo onde
as sombras caem mais escuras, Teu rosto vendo, nada temerei” (H.M. Wright).