Apostila Técnicas de Apresentação
Apostila Técnicas de Apresentação
Apostila Técnicas de Apresentação
CATARINA - UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPTO. DE ENGENHARIA MECÂNICA – DEM
TÉCNICAS DE
APRESENTAÇÃO
ÍNDICE
RESUMO: 04
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO: 05
01) Definição de apresentação
02) Componentes da apresentação
03) Objetivos da apresentação
04) Tipos de apresentação
05) Contexto da apresentação
06) Ingredientes da apresentação
07) Sucesso da apresentação
CAPÍTULO IV – O EMISSOR: 17
01) Quem é o emissor
02) A aparência
03) Habilidades necessárias
CAPITULO V – A FALA: 19
01) Tipos de falas
02) Formas de falas
03) Utilização da linguagem verbal
04) Utilização da linguagem corporal
CAPÍTULO VI – OS RECURSOS: 22
01) Introdução
02) Tipos de recursos
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CAPÍTULO IX – O AMBIENTE: 35
01) Tipos de ambientes
02) Circunstâncias e contextos envolvidos
03) Acomodação e número de envolvidos
BIBLIOGRAFIA: 44
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RESUMO
O objetivo deste material é fornecer subsídios para permitir ao leitor aprimorar suas
apresentações em público. Deve-se inicialmente considerar que saber se comunicar em
público é uma necessidade atual para qualquer profissional, desde estudantes recém formados
até elevados executivos de empresas ou organizações. Isto é fundamental tanto para aumentar
sua capacidade de comunicação e conseguir os resultados esperados, como para melhorar a
imagem e agregar um diferencial nas qualificações profissionais.
O Trabalho tem início discutindo-se os componentes, os objetivos, os tipos, os
contextos e os ingredientes envolvidos, bem como todo processo mental de aprendizado
envolvida numa sistemática de apresentação.
Também tem-se como propósito ajudar as pessoas a planejar e a preparar uma
apresentação, produzindo o material com um visual adequado para transmitir o máximo
possível de informações e melhor a efetividade do processo de comunicação. Também orienta
o orador a se preparar para a apresentação, saber falar sem medo e inibição, bem como
considerar, avaliar e adequar todos os componentes envolvidos no processo, incluindo o
próprio emissor, a fala, o ambiente, o público, e o conteúdo, de acordo com os aspectos e os
contextos envolvidos. Ajuda o orador a utilizar adequadamente os recursos e as técnicas
disponíveis para melhorar o processo de transmissão, concentração e memorização do
receptor.
Finalmente é abordada toda a dinâmica envolvida na apresentação, orientando o
orador a respeito de como se preparar, controlar a ansiedade e o nervosismo, iniciar a
apresentação, dominar a atenção do público, se posicionar, promover a sinergia e a interação
necessária, estimular, observar as reações, se preparar para o questionamento e responder as
perguntas e encerrar a apresentação. O objetivo principal é permitir a elaboração de um
material de qualidade, bem como a realização de um processo de comunicação eficiente,
garantindo com isto o sucesso esperado.
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CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
A fala O ambiente
O tema
O recurso
O emissor O receptor
• DISTRAIR;
• DESCONTRAIR;
• ALEGRAR.
Embora uma determinada apresentação pode incorporar ou misturar dois ou mais tipos,
sempre haverá uma forma predominante.
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• Formal;
• Informal;
• Trabalho;
• Entretenimento;
• Hierárquica;
• RAZÃO = diz respeito ao conhecimento que o orador tem a respeito do tema que
está apresentando, bem como a sua preparação. O orador só deve falar sobre
aquilo que conheça profundamente e esteja suficientemente preparado;
• CREDIBILIDADE = diz respeito ao grau de confiança que a platéia tem sobre a
capacidade do orador de falar sobre o tema. A platéia necessita acreditar que o
orador está preparado e habilitado para falar sobre o assunto. A credibilidade
começa a ser definida pelas suas credenciais, pela sua experiência, vivência e
conhecimento a respeito, que devem ser previamente informadas ou apresentadas;
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O sucesso de uma apresentação pode ser medido pela relação de tudo aquilo que o
emissor tem interesse ou deseja emitir por aquilo que o receptor de fato aproveitou e registrou.
O sucesso não é medido por aquilo que o emissor transmitiu, pois só o fato de tentar
transmitir e conseguir transmitir já se constitui uma efetividade em sí.
• Preparar a apresentação;
• Preparar-se para a apresentação.
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CAPÍTULO II
PROCESSO DE APRENDIZAGEM:
EMISSÃO
TRANSMISSÃO
RECEPÇÃO
APRENDIZAGEM
RETORNO
• RECURSOS UTILIZADOS;
• AMBIENTE = são os ruídos ou os filtros;
• RELAÇÃO E SINERGIA ENTRE EMISSOR E RECEPTOR;
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• Questionamento;
• Grau de aprendizado;
• Forma de avaliar a efetividade da comunicação e o grau de aprendizagem;
• RECEPÇÃO = é tudo aquilo que é recebido pela pessoa. Nem tudo aquilo que é
emitido é recebido, pois depende da intensidade da emissão, das condições
envolvidas e dos ruídos ou filtros existentes no caminho, no meio ou no ambiente;
• SENSAÇÃO = é tudo aquilo que é sentido. Nem tudo o que é recebido é sentido,
pois depende de quanto os sentidos estão realmente ligados ou em alerta;
• PERCEPÇÃO = é tudo aquilo que é percebido. É quando se toma a consciência
do fato ou da emissão. Nem tudo aquilo que é sentido é necessariamente percebido,
pois as pessoas podem estar “desligadas”;
• MEMORIZAÇÃO = a tudo aquilo que é efetivamente gravado, registrado na
mente. É tudo aquilo que é importante e efetivamente aproveitado. Nem tudo
aquilo que é percebido é memorizado. Normalmente só é gravado aquilo que a
pessoa julga ser útil, interessante, aproveitável e importante;
MUNDO MUNDO
EXTERIOR INTERIOR
EMISSÃO
RECEPÇÃO MEMORIZAÇÃO
SENSAÇÃO PERCEPÇÃO
ESTÍMULOS ESTÍMULOS
INTEROCEPTIVOS INTENSIDADE
(Fome, calor, frio, sede, sono, DIMENSÕES
desconforto) MOBILIDADE
COR
PROPRIOCEPTIVOS FREQUENCIA
(posição e movimento relativo do FORMA
corpo no espaço)
EXTEROECEPTIVOS
(visão, paladar, tato,
olfato, audição)
Deve ser também considerado que, embora estes fatores funcione como um estímulo
ao processo de comunicação, da mesma forma, em sentido inverso, pode funcionar como um
desestímulo, pois, como exemplo:
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• Pessoas com fome ou com sede não estão mais pensando no assunto, mas somente
em como saciar a sua necessidade;
• Pessoas com sono estão cansadas, dispersas, e não prestam mais atenção na
apresentação;
• Pessoas com frio ou com calor de desconcentram;
• Palestra muito parada, sem movimento, sem cor, sem intensidade, repetitivas,
padronizadas demais, sem diferenciais, são muito monótonas e dão sono;
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CAPÍTULO III
PREPARAÇÃO DA APRESENTAÇÃO:
01) INTRODUÇÃO:
• Tipo de apresentação;
• Objetivo;
• Estratégia;
• Habilidades necessárias;
• Público alvo;
• Conteúdo;
• Recursos visuais e de apoio;
• Tempo de apresentação;
• Ambiente.
02) OBJETIVO:
O objetivo define com exatidão e clareza o que será dito e para isto é necessário
primeiro definir onde se quer chegar, ou seja, a intenção da apresentação. O objetivo deve ser
definido de forma resumida e explícita, levando-se em consideração os seguintes
questionamentos:
Deve-se lembrar que uma mesma apresentação, com o mesmo conteúdo, dependendo
do público-alvo e do contexto podem ser apresentadas de formas completamente diferente,
adaptadas as condições envolvidas.
03) ESTRATÉGIA:
• Técnica;
• Acadêmica;
• Popular;
• Uma mistura de todas.
05) A FALA:
Ver Capítulo V.
07) CONTEÚDO:
09) AMBIENTE:
• Memorizar;
• Cronometrar;
• Revisar o conteúdo;
• Testar todos os recursos disponíveis;
IMPORTANTE:
VOZ:
RESPIRAÇÃO:
EXPRESSÃO CORPORAL:
CONJUNTO:
CAPÍTULO IV
O EMISSOR
• Orador;
• Palestrante;
• Comunicador;
• Aluno ou acadêmico;
• Professor;
• Conferencista;
• Político;
• Pregador religioso;
• Advogado;
• Profissional;
• Vendedor;
• Gerente, diretor, executivo, administrador, gestor;
• Líder.
• Treinador;
• Técnico;
• Vendedor;
• Prestador de assistência técnica;
• Cientista;
• Sindicalistas, etc.
• Apresentar idéias;
• Divulgar ou informações;
• Ensinar;
• Informar ou transmitir;
• Convencer ou conseguir aprovação;
• Unir ou agregar ao redor de uma causa;
• Motivar, envolver e comprometer.
Os oradores têm em comum:
02) A APARÊNCIA:
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Para não chocar o público o orador deve estar vestido adequadamente, sendo útil
seguir as seguintes orientações:
CAPÍTULO V
A FALA
A fala é a linguagem a forma com que o orador se interage com a platéia, com o
ouvinte, e transmite o conteúdo de sua apresentação. As falas podem ser dos seguintes tipos:
• Discurso;
• Preleção;
• Palestra;
• Apresentação;
• Comunicação;
• Explanação;
• Oral ou verbal;
• Visual ou corporal;
• Fazer pequenas pausas entre os tópicos principais para que a platéia possa
absorver a informação;
• Destacar passagens mais importantes, fazendo uma pausa ou falando devagar de
forma mais enfática, para destacar a palavra, frase ou o conceito;
• Falar num tom de voz que todos possam ouvir;
• Se posicionar na platéia de forma que todos possam ouvir sem precisar gritar;
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• Seu uso pode ser comum e até fazem parte do dia-a dia, mas deve ser aplicada
adequadamente, sem muito exagero;
• Escrever e pronunciar corretamente. No caso de dúvida consulte a forma correta
ou absolutamente não as utilize;
• Se existir a mesma expressão adequada em português, use-a de forma preferencial;
• Se o termo do outro idioma já for de domínio do público não existe necessidade de
traduzi-lo. Ex: “software”, “download”, etc;
• Na linguagem escrita, as palavras em outros idiomas devem ser gravadas com
destaque em itálico ou entre aspas;
O CORPO:
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• As expressões do rosto e dos olhos devem revelar o interesse do orador pelo assunto e
pela platéia;
• Não se apoiar em objetos como a mesa, cadeira, tribuna, quadro ou parede;
• Permanecer na posição ereta, com o peso do corpo bem dividido entre as duas pernas,
ligeiramente afastados. Não se apóie em somente uma perna;
• Ficar de frente para a platéia, a fim de manter bom contato visual;
• Movimentar-se com segurança. Andar pelo meio da platéia, se for possível. Manter
contato com as pessoas;
• Certificar-se que a linguagem corporal reflita o que está sendo dito;
• Prestar atenção na linguagem corporal da platéia para obter “feedback”. Avaliar
constantemente o desempenho durante a apresentação;
• Procurar não manter os braços soltos ao longo do corpo, pois isto indica uma postura
de neutralidade e desleixo;
• Curvar-se ligeiramente para frente indica desejo de ser amigo e de envolver e
encorajar a platéia;
• Curva-se para trás pode indicar tanto estado de defesa quanto agressividade,
hostilidade, negativismo ou arrogância;
• Manter-se em posição firme indica segurança e equilíbrio;
• Cruzar os braços é uma posição de defesa e pode criar resistência da platéia;
• Sorrir é uma atitude simpática quando é de forma espontânea.
OS OLHOS:
• Olhar é uma forma fantástica de comunicação, devendo se olhar nos olhos quando se
fala, pois cria intimidade e estabelece um canal de comunicação;
• Deve-se sempre manter um contato visual com a platéia;
• Olhar para a platéia como um todo, fazendo varreduras, tanto de um lado para o outro
como da frente para trás;
• Não esquecer de olhar os pontos cegos, a parte de trás da platéia, que fica mais
distante ou as laterais, na linha dos ombros;
• Olhar para todos, sem privilegiar ninguém;
• Olhar tanto para aqueles que estão mais interessados quanto para aqueles que estão
mais distraídos ou se mostram hostis. Isto é uma forma de chamar sua atenção e atraí-
los novamente para a apresentação.
OS GESTOS:
CAPÍTULO VI
OS RECURSOS
01) INTRODUÇÃO:
Se a mensagem for apresentada apenas verbalmente depois de três dias o ouvinte irá se
lembrar apenas de 10% do que lhe foi transmitido. Se esta mesma mensagem for apresentada
através de um recurso visual se lembrarão de 65%. Se durante a própria apresentação, junto
com a fala, for utilizado um recurso visual, é possível aumentar esta retenção a níveis maiores
que 90% (2). Diante disto constata-se que as pessoas assimilam melhor as mensagens se estas
forem acompanhadas de imagens, sendo, portanto importante a utilização de recursos visuais,
pois ajudam a:
• Melhorar a concentração;
• Aumentar e o interesse pelo assunto;
• Melhorar o processo de memorização;
• Melhorar a compreensão das idéias;
• Fazer analogias e criar mapas mentais;
• Melhorar a percepção e a conexão lógica entre as informações;
• Realçar um determinado ponto.
VISUAIS:
AUDITIVOS:
• Microfone e alto-falante;
• Megafone;
• Filmes, videoteipe com som, TV, etc.
OLFATIVOS:
TATO:
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• Custo;
• Disponibilidade ou acessibilidade;
• Facilidade de uso;
• Adequação ao ambiente;
• Flexibilidade ou limitação em função do tipo de ambiente;
• Facilidade de criação;
• Versatilidade em função da necessidade de ser alterado;
• Facilidade de transporte;
TÍTULO:
LEGENDAS:
CONTEÚDO:
FRASES:
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• Utilizar letras de tamanho adequado, de preferência grande, para poder ser bem
visualizada, principalmente pelas pessoas sentadas mais distantes. Por isto o local
da apresentação tem muito a haver com a preparação;
• Para listas preferir letras menores em vez de números;
• Não utilizar somente letras maiúsculas, com exceção das siglas utilize sempre as
maiúsculas e minúsculas;
• Teste rápido do tamanho da letra para slide: segure o slide com o braço estendido,
se conseguir ler o que está escrito será também legível quando for projetado;
• Teste rápido para transparência: coloque no chão, junto aos pés, se conseguir ler o
que está escrito será legível quando for apresentado;
• Teste rápido de visual de computador: se afaste do monitor de vídeo
aproximadamente dois metros, se for lido com facilidade quando for projetado;
• A visualização do material preparado em computador normalmente é melhor
quando utilizada letra com tamanho acima de 20.
NOMENCLATURA:
• Fazer o arredondamento dos números ou das cifras sempre que possível, para
facilitar a compreensão;
CORES:
como um ruído que dispersa a atenção. Se ater ao uso de três ou quatro cores por
visual;
• Usar sempre cores vivas. Os tons pastel são inadequados para apresentações;
• Utilizar contrastes entre cores escuras e claras, para fundo e texto, no sentido de
facilitar a visualização;
• A própria cor transmite uma informação, por exemplo, cores vermelhas
transmitem perigo ou indicam tendência ou resultado ruim, ao passo que cor azul
demonstra o contrário;
ILUSTRAÇÃO:
•
Utilize apenas uma ilustração em cada visual, o que facilitará a compreensão;
•
Facilite a compreensão do visual com flechas indicativas ou qualquer outro
recurso que mostre a direção correta para a leitura;
• Retire tudo aquilo que for dispensável ou incompatível com a mensagem.
QUANTIDADE PÁGINAS:
ANIMAÇÃO:
• Os sons e a animação podem ser utilizados com moderação para não ofuscar a
mensagem;
• Os sons não são indicados para apresentações formais;
• Em apresentações informais os sons e animação são especialmente indicados;
TESTE:
PRODUÇÃO:
A multimídia é o recurso visual mais técnico e moderno que vem sendo atualmente
utilizado nas apresentações, devido a sua grande versatilidade e qualidade de imagem. Apesar
disto, deve-se lembrar mais uma vez que numa apresentação nada deve suplantar a
importância do palestrante e o recurso visual precisa cumprir o papel de dar apoio e não ser o
foco.
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ARRANJO E POSICIONAMENTO:
MANIPULAÇÃO OU UTILIZAÇÃO:
• As figuras podem ser manipuladas tanto pelo orador como por um assistente;
• Quando utilizar um assistente ter certeza de que este conhece o equipamento e
treine antes. Combinar sinais discretos para evitar expressões inadequadas como
“passa, o próximo, avança, toca, volta, etc”, que tiram a concentração e irrita quem
está assistindo;
• Quando as figuras forem manipuladas pessoalmente, posicionar-se de forma a
facilitar o acesso, para não precisar correr ou passar entre o projetor e a tela;
• Planejar com antecedência a movimentação na sala, criar espaço para a
movimentação e facilidade de acesso ao projetor;
• Para avançar ou recuar as imagens usar preferencialmente o teclado ao invés do
mause, pois é mais rápido e menos entediante, além de não desconcentrar o
público;
• Pode-se também usar o controle remoto, que permite total liberdade de ação, sem
necessidade de se posicionar em pontos específicos da sala ou próximo do projetor.
Apesar disto este recurso costuma gerar confusões na sua manipulação, que
acabam desconcentrando o público. É necessário treinar antes de usar ou não o
use;
• Nunca ficar parado, movimentar-se, mas manter-se próximo do projetor ao
terminar a exposição de um item e passar para outro slide, afim de não criar um
“vazio”, que também desconcentra o público;
• Se for feita apresentação de grupos criar um mesmo arquivo para todas as
apresentações, para evitar ficar abrindo e fechando arquivos;
• Fazer sempre uma pequena pausa quando pedir para o público observar uma
imagem, quadro, uma tabela ou mesmo uma citação muito longa, no sentido de
que exista tempo suficiente para assimilação do conteúdo;
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Deve-se estar sempre preparado para situações adversas, para as quais não se tenha
controle, como interrupção de fornecimento de energia, quebra do equipamento, etc, que
impossibilitará a utilização do recurso previsto. O evento não pode deixar de ser realizado por
falta de planejamento do orador. Neste caso é importante seguir as seguintes orientações:
CAPÍTULO VII
CONTEÚDO
01) TEMA:
• Clara;
• Objetiva;
• Organizada.
02) MENSAGENS-CHAVE:
Devem ser listadas as principais idéias que se deseja transmitir a platéia, devendo ser
limitada a:
03) ARGUMENTOS:
Devem ser elaborados argumentos que possam ser utilizados de forma que:
04) ESTRUTURA:
Diz respeito à forma com que deseja transmitir a mensagem e como deseja que a
platéia participe, podendo ser feito através de:
onde uma seqüência de argumentações culmina com uma argumentação mais forte
e decisiva;
• DEBATE = é uma junção dos dois tipos anteriores. É mais adequada para
apresentações informais, como reuniões de trabalho, com poucas pessoas. Facilita
e estimula debates à medida que novas idéias são apresentadas.
06) REDAÇÃO:
Deve ser escrita a apresentação, procurando-se utilizar uma forma oral e não escrita,
que é mais leve e solta, ou seja, deve ser elaborada como se estivesse falando e não como se
estivesse escrevendo.
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CAPÍTULO VIII
O RECEPTOR
01) DEFINIÇÃO:
• Platéia;
• Membros de um grupo de pessoas;
• Alunos, etc.
02) CARACTERÍSTICAS:
Deve-se considerar que durante uma apresentação ocorre uma sinergia, uma
comunicação, uma interação, um diálogo entre o apresentador e a platéia. Diante disto, para
que exista uma comunicação eficaz, se faz necessário que o apresentador conheça as
características do público-alvo, a fim de adaptar a linguagem e a mensagem às suas
expectativas. As características ou as informações a respeito do público-alvo podem ser
obtidas através das seguintes maneiras:
• Quantidade de pessoas;
• Faixa etária, classe social, nível de instrução ou sexo;
• Histórico, vivência, conhecimento ou experiência a respeito do tema;
• Origem, entidade, empresa ou organização que representa e ramo de atividade;
• Nível hierárquico ou poder de decisão dentro da organização;
• Idéias, opiniões, necessidades, tendências, expectativas;
• Perfil e valores étnico, religioso, político, social, moral e cultural;
• Se estão vindo por iniciativa própria, foram convidadas ou obrigadas;
• Se são conhecidos, amigos ou é o primeiro contato;
• Conhecimento a respeito do orador;
• Conhecimento a respeito do tema, etc.
03) PREPARAÇÃO:
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O “receptor” deve ser e estar preparado para receber aquilo que o receptor irá
transmitir, caso contrário a apresentação não fará o menor sentido para ele ou será pouco
aproveitada. Para isto deve criar expectativas, através do:
CAPÍTULO IX
O AMBIENTE
A apresentação deve ser adaptada de acordo com o ambiente envolvido, como por
exemplo:
• O tipo de platéia;
• As circunstâncias internas e externas ao evento;
• O ambiente físico;
• A hora e dia;
• O contexto;
• Os ruídos;
• Outros acontecimentos;
• O tamanho ou a capacidade;
• A lotação, ou seja, se estará cheio ou vazio;
• A posição da platéia em relação ao orador;
• As condições dos assentos e o conforto;
• O horário de apresentação;
• A posição do sol (se for o caso)
• O clima (se inverno ou verão);
• As condições de aquecimento ou resfriamento;
• As condições de iluminação;
• As condições acústicas;
• O funcionamento, posicionamento, instalação e uso dos recursos audiovisuais;
• Os locais de acesso.
UDESC – CCT – DEM 36
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Deve ser também avaliada o contexto em que a apresentação será feita, tais como:
CAPÍTULO X
DINÂMICA DA APRESENTAÇÃO
• Para a apresentação o orador deve se preparar tanto física, como emocional, como
psicologicamente;
• Primeiro deve-se preparar a apresentação com bastante antecedência, organizando
o tema, colhendo informações, verificando a data, local, hora, recursos necessários
e disponíveis, etc. Correria de última hora só ajuda a aumentar o nervosismo;
• Deve-se considerar que o fato de se ficar nervoso quando de falar em público é
algo absolutamente natural, mesmo para os oradores mais experientes;
• O nervosismo está associado ao medo de falar em público, o medo de que algo de
errado, o medo do desconhecido. Para lidar com isto deve-se fazer uma preparação
mental e psicológica, dominando principalmente a ansiedade e a insegurança;
• Elimine o desconforto ou o medo, enfrente e considerem-se igual a todos as
demais pessoas presentes na platéia;
• Transformar a tensão em energia para tornar-se mais motivado, enfático e
convincente;
• Antes da apresentação procurar um local mais calmo, relaxar mentalmente por
alguns instantes e organizar as idéias;
• Criar imagens mentais favoráveis, com pensamentos positivos e encorajadores,
visualizando uma apresentação com sucesso;
• Acreditar em sí próprio, no potencial, no sucesso, com entusiasmo e convicção;
• Se necessário fazer relaxamentos respiratórios e corporais, para eliminar as tensões
musculares, melhorar a coordenação motora e controlar os batimentos cardíacos, a
concentração e postura vocal;
• Não comer antes da apresentação, o que reduz a capacidade de raciocínio e a
concentração e não beber gelado para não afetar as cordas vocais.
ESTIMULAR A PARTICIPAÇÃO:
ENTUSIASMAR A PLATÉIA:
• Promover concentração;
• Evitar distração;
• Não perder a atenção com coisas pequenas;
• Cuidar ou eliminar os ruídos presentes no ambiente.
• Imaginar ou prever, com antecedência, objeções ou perguntas que podem ser feitas
tendo em vista interesses específicos ou o tipo de público-alvo envolvido;
• Se preparar para respondê-las tendo mais de uma resposta, para ser utilizada de
forma estratégica e adequada de acordo com as circunstâncias no momento;
• Sentir-se seguro, manter a calma e pensar com muito cuidado antes de responder.
Se possível tomar um gole de água ou consultar anotações, para ganhar tempo e
não passar a impressão de que esteja perdido em buscar as palavras;
• Ter sempre algumas respostas prontas para este tipo de situação, tais como “Este é
um assunto que não teremos tempo para tratar hoje”, podendo acrescentar “Mas se
você desejar poderemos conversar sobre isto no final do evento”;
• Ser sincero e honesto e de forma firme, direta e imediata admita que não sabe a
resposta, ao invés de ficar enrolando, provocando hostilidade da platéia, podendo
colocar toda apresentação a perder;
• Indicar uma provável fonte de conhecimento onde o questionador possa obter a
resposta;
• Oferecer-se para fazer uma pesquisa a respeito do assunto;
• Perguntar a alguém na platéia tem alguma experiência a respeito e pode responder;
• Avalie a natureza da questão para descobrir se o ouvinte quer uma resposta técnica,
científica ou apenas uma opinião;
• Se não souber a resposta, mas puder expressar uma opinião baseada na experiência,
não perca a oportunidade de fazê-lo, deixando claro que se trata apenas de uma
opinião pessoal;
SINALIZAR O ENCERRAMENTO:
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• As frases finais são as mais importantes, pois são as que ficam mais tempo na
mente das pessoas, por isto devem ser preparadas com antecedência;
• Utilizar truques verbais como pausas, entonação e repetição de palavras, que
facilitam a memorização;
• Evitar emitir opiniões pessoais ou o uso de tom dogmático (ponto fundamental e
indiscutível de qualquer doutrina religiosa) especialmente se o assunto for
polêmico;
• Basear a conclusão em fatos apresentados durante a apresentação;
• Se houver perguntas faça a conclusão após, isto se puder contar com a presença de
todas as pessoas;
• Fazer uma pequena pausa antes da sessão de perguntas;
• O encerramento deve ser seguro, forte e deixar impressões boas e inesquecíveis;
• As pessoas devem sair sentindo-se bem informadas, daí a importância do resumo
final que deve ser feita em poucas e curtas frases, que sejam significativas e
possam ser facilmente memorizadas;
• Fazer uma pequena pausa antes das palavras mais significativas e enfatizá-las ao
pronunciá-las;
• Utilizar frases positivas e no tempo presente;
Ruído é considerado qualquer fato, acontecimento, objeto ou clima que pode ocorrer
que, com certeza, irá prejudicar a qualidade ou o rendimento da apresentação, por irritar,
desviar a atenção e a concentração da platéia. Deve-se reconhecer que a platéia está atenta, é
sensível, nota e se incomoda com qualquer anormalidade presente no ambiente. Justamente
por isto, dentro do possível, estes ruídos devem ser previamente detectados e eliminados. Os
ruídos mais comuns presentes na apresentação estão associados a:
APRESENTAÇÃO:
AMBIENTE:
• Piadas;
• Desculpas ou explicações por algo que deu errado;
• Fazer apresentações muito longas para não cansar a platéia;
• Promover um relacionamento harmonioso, um clima favorável;
• Estabelecer uma forma de comunicação adequada, uma postura correta e uma
linguagem educada entre emissor e receptor;
• A forma de comunicação pode funcionar como uma importante sinergia entre o
emissor e o receptor ou mesmo como uma enorme barreira;
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BIBLIOGRAFIA