Trabalho de Pesquisa de Marketing Grupo Nº 3

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONOMICAS

REGÊNCIA DO CURSO DE ENSINO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

TRABALHO EM GRUPO DE ESTUDO DE MERCADO

‘‘ESTUDO DE MERCADO QUALITATIVO’’

Moçâmedes, 2023
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONOMICAS
REGÊNCIA DO CURSO DE ENSINO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

TRABALHO EM GRUPO DE ESTUDO DE MERCADO

‘‘ESTUDO DE MERCADO QUALITATIVO’’

GRUPO : nº3
Nº INTEGRANTES NOTA DO GRUPO INDIVIDUAL %
1 Arsénio Matias 100%
2 Edivano Miguel 100%
3 José Tomás 100%
4 José Januário 100%

5 Juriam Sunguete 100%


6 Leila dos Santos 100%

O Docente

_____________________________________

ANTÓNIO KETAS, LIC.


Trabalho em grupo de investigação científica
de Pesquisa de Marketing, opção Ensino da
Contabilidade e Gestão do Departamento de
Economia da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanidades sob orientação Científica do
Docente António Queta.

iii
Agradecimento

Agradecemos de forma efusiva, a Universidade do Namibe no curso de Contabilidade e Gestão,


especialmente ao Docente António Queta que de forma profissional tem nos transmitindo o
CHA afim de nos tornarmos profissionais de excelência.

iv
Dedicatória

Este trabalho é dedicado primeiramente a Deus, aos nossos pais, aos nossos professores e a
toda equipa administrativa do departamento de economia, aos nossos colegas e amigos, o nosso
muito obrigado.

v
Resumo

O presente trabalho tem como objectivo apresentar o estudo de mercado qualitativo e

identificar os parâmetros e métodos de aplicação na pesquisa de Marketing. Este estudo

apresenta-se como uma das melhores estratégias para conhecer os consumidores alvos,

entender melhor quais são as suas necessidades e desta forma orientar as estratégias de

marketing, visando uma maior eficiência empresarial, visto que este tipo de Pesquisa de

mercado enfoca a compreensão das crenças e pontos de vista das pessoas, o que as mesmas

sentem sobre uma situação e os factores decisivos que influenciam seu comportamento.

Palavras-chaves: Qualitativa, Comportamento, Estratégias, Necessidade, Consumidor.

vi
Abstract

This work aims to address the subject of qualitative market research as well as the identification

of parameters and methods of application in Marketing research. It presents itself as one of the

best strategies to get to know the target consumers, better understand what their needs are and,

in this way, guide marketing strategies, aiming at greater business efficiency. For these same

qualitative market research focuses on understanding people's beliefs and views, as well as how

people feel about a situation and the decisive factors that influence their behavior.

Keywords: Qualitative, Behavior, Strategies, Need, Consumer.

vii
ÍNDICE
AGRADECIMENTO ........................................................................................................ IV
DEDICATÓRIA.................................................................................................................. V
RESUMO ........................................................................................................................... VI
ABSTRACT ...................................................................................................................... VII
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
CAPÍTULO 1 – REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................. 4
DIFERENÇAS ENTRE PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA .......................................... 5
1.1.1 Como funciona a pesquisa qualitativa?............................................................. 5
1.2 METODOLOGIA DE RECOLHA DE DADOS ...................................................................... 6
1.3 A ENTREVISTA ............................................................................................................ 8
1.3.1 Tipos de entrevistas............................................................................................ 8
1.4 GRUPOS FOCAIS ........................................................................................................ 10
1.5 OBSERVAÇÃO ........................................................................................................... 11
1.5.1 Tipos de observação ........................................................................................ 11
COMO OBTER DADOS QUALITATIVOS.................................................................................. 13
1.6 UTILIDADE E APLICAÇÃO DA PESQUISA DE MERCADO ............................................... 16
1.6.1 Utilidade da pesquisa de mercado qualitativas ............................................... 16
1.6.2 Compreender o comportamento dos clientes ................................................... 17
1.6.3 Medir o escopo das actividades de marketing ................................................. 17
1.6.4 Identificar novas oportunidades de negócios .................................................. 17
1.7 CARACTERÍSTICAS DOS MERCADOS QUALITATIVOS .................................................. 17
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 18
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................
Introdução

O estudo de mercados qualitativos é uma metodologia de pesquisa que visa compreender as

percepções, opiniões e comportamentos dos consumidores em relação a um produto ou serviço,

ou seja, ela pode ser definida como uma técnica que visa levantar informações subjectivas

sobre um determinado público, sendo que essa mesma coleta de dado é feita por meio de

técnicas como entrevistas individuais em português, grupos focais e observação de

comportamento em situações naturais. As características gerais da metodologia qualitativa

incluem a busca pela compreensão do significado que os indivíduos atribuem as suas

experiências, a flexibilidade para ajustar o processo de pesquisa conforme os resultados surgem

e a utilização da subjetividade do pesquisador como ferramenta para compreender e interpretar

os dados. Esta metodologia é particularmente útil quando o objectivo é compreender o

comportamento humano a obter informações detalhadas sobre as perceções dos consumidores.

1
Caracterização do tema

• O presente trabalho tem como tema:

• Estudo de Mercado Qualitativo

Formulação do problema

Estabelecemos o seguinte problema:

• Qual é o impacto da utilização do Estudo de Mercado Qualitativo?

Hipóteses

• H1: Afirma qua há uma relação direita entre as duas variáveis do mercado, ou seja, se

uma variável aumenta outra diminui;

• H2: afirma que há uma relação inversa entre as duas variáveis ou mais variáveis do

mercado, ou seja, se uma variável aumentar outra diminui.

Descrição dos objetivos

Objetivo geral

• Compreender os estudos de mercado qualitativos.

Objetivos específicos

• É de obter uma compreensão aprofundada das atitude, comportamento e motivação dos

consumidores em relação a um produto, serviço ou marca;

• Compreender as necessidades, e as preferências dos consumidores;

• Analisar as perceções dos consumidores em relação a qualidade do produto ou serviço;

• Identificar as barreiras que impedem os consumidores de comprarem ou utilizar os

produtos ou serviços;

Justificativa

Escolhemos o tema Estudo de Mercados Qualitativas por considerarmos relevante a utilização

de métodos qualitativos como ferramentas para compreender e analisar o mercado:

2
• É importante que os dados sejam confiáveis e representativos da população. A falta de

qualidade dos dados pode destorcer os resultados e prejudicar a tomada de decisão;

• Os modelos inadequados ou mal constituído podem levar a conclusões equivocadas e,

consequentemente, a decisões erradas;

• A pesquisa qualitativa pode complementar a análise e oferecer uma visão mais profunda

e detalhada do comportamento humano e das relações entre os consumidores e as

empresas;

• A falta de capacidade técnica pode levar a análise superficiais ou equivocadas, gerando

resultado insuficientes ou até mesmo prejudiciais para as empresas e instituições que as

utilizam.

Método de trabalho

Para a elaboração deste trabalho utilizaram-se a metodologias de procedimento técnico,

propriamente as pesquisas bibliográficas e documental.

3
Capítulo 1 – Referencial Teórico

De acordo com Malhotra (2001, p. 155) a pesquisa qualitativa é definida como uma técnica de

pesquisa não-estruturada, exploratória, baseada em pequenas amostras, que proporciona

insights e compreensão do contexto do problema" que está sendo estudado.

Philip Kotler complementa o termo como sendo correspondente a elaboração, coleta, análise e

edição de relatórios sistemáticos de dados e descobertas relevantes sobre determinada situação

específica de marketing de uma empresa.

A pesquisa de mercado qualitativa é um método de pesquisa de conversação que depende dos

seguintes métodos de pesquisa:

• Grupos focais

• Entrevistas

• Observação

• Comunidades on-line

A pesquisa de mercado qualitativa é um método relativamente mais barato para entender dois

factores críticos; “O que” os entrevistados pensam e sentem sobre um determinado tópico e

“por que” pensam e se sentem assim.

Vantagens da pesquisa de mercado qualitativa

• Ajuda a entender as necessidades do cliente e os seus padrões de comportamento;

• Da a percepção sobre o que os clientes pensam e como percebem os produtos ou

serviços de uma empresa;

• Serve para entender a eficiência do seu planeamento de negócios e saber quais de suas

estratégias não estão funcionando;

• Ajuda a saber quais são as estratégias de marketing que estão a ter um impacto positivo

nos consumidores;

4
• Da informações sobre a demanda do produto ou serviço no mercado.

Pesquisador de mercado e suas 4 principais qualidades

Aqueles que se dedicam à pesquisa enfrentam todos os dias uma série de desafios. Não é fácil

ser um pesquisador de mercado. Devemos buscar a excelência em um ambiente competitivo e

em constante mudança e trabalhar arduamente na busca de conhecimentos sobre as

necessidades dos clientes. Aqueles que se dedicam à pesquisa devem procurar promover certas

habilidades básicas para se destacar, em um ambiente onde as tecnologias continuam a evoluir,

é mais difícil permanecer, se destacar e ter uma presença por mais tempo. Paixão pelo cliente

e objectividade rigorosa são dois atributos indispensáveis para ter sucesso no mundo da

pesquisa, junto com outros atributos e habilidades que o levarão ao caminho do sucesso.

Diferenças entre pesquisa qualitativa e quantitativa

A pesquisa qualitativa é aquela que não se pode mensurar apenas com números e dados obtidos

por meio de um questionário, por exemplo. É uma pesquisa focada em entender.

1.1.1 Como funciona a pesquisa qualitativa?

A pesquisa qualitativa é mais difícil de definir, mas de maneira simples, o foco dela é entender

o comportamento do consumidor, em vez de mensurar.

Por isso, esse método de pesquisa não apresenta resultados em números exatos, e a coleta de

dados pode ser feita de varias maneiras, como por meio de entrevistas qualitativas individuais

em profundidade e observação de comportamentos.

A amostra é geralmente pequena, e os respondentes são selecionados para suprir uma cota

específica.

Sendo assim, ela ajuda a:

• Entender as motivações de um grupo;


5
• Compreender e interpretar comportamentos e tendências;
• Identificar hipóteses para um problema;
• Descobrir opiniões e expectativas de indivíduos.

Esses são apenas alguns exemplos, mas suficientes para demonstrar que o principal objetivo

de usar este método é obter o feedback do consumidor de modo a compreendelo. Dito isso,

vamos entender, de forma prática, quando e para que utilizá-la.

1.2 Metodologia de recolha de dados

A pesquisa qualitativa pressupõe que o pesquisador fará uma abordagem empírica do seu

objeto. Para tal, ele parte de um marco teórico-metodológico preestabelecido, para em seguida

preparar os instrumentos de coleta de dados, que se bem elaborados e bem aplicados fornecerão

uma riqueza ímpar ao pesquisador. Na posse desses dados, resta analisá-los e assim proceder a

uma discussão dos resultados da pesquisa.

A pesquisa qualitativa envolve o estudo do uso e a coleta de uma variedade de materiais

empíricos – estudo de casos; experiência pessoal; introspecção; história de vida; entrevista;

artefatos; textos e produções culturais; textos observacionais/registros de campo; históricos

interativos e visuais – que descrevem momentos significativos rotineiros e problemáticos na

vida dos indivíduos. Portanto, os pesquisadores dessa área utilizam uma ampla variedade de

práticas interpretativas interligadas na esperança de sempre conseguirem compreender melhor

o assunto que está ao seu alcance. (DENZIN; LINCOLN. et al. 2006, p. 17)

Com frequência observam-se pesquisadores confundindo uma revisão de literatura com uma

pesquisa qualitativa. A revisão de literatura não pressupõe uma pesquisa empírica, enquanto

que na pesquisa qualitativa, a coleta de dados é a garantia do mergulho em profundidade no

tema de interesse.

6
Segundo MINAYO (2008), os instrumentos de trabalho de campo na pesquisa qualitativa

permitem uma mediação entre o marco teórico-metodológico e a realidade empírica. Esse

manual irá oferecer algumas considerações sobre os mais comummente usados, ou seja:

entrevista, observação e grupos focais.

A pesquisa qualitativa exige habilidades do pesquisador:

• Perceber e contextualizar o mundo a sua volta;

• Desligar-se dos valores e interesses dos grupos a serem pesquisados;

• Manter a objectividade, ou seja, um grau de distanciamento pessoal (VIDICH;

LYMAN, 2006).

Vale registar que não se está aqui a defender a neutralidade do pesquisador, como desejam os

adeptos da abordagem positivista, mas sim o zelo de partir para a coleta de dados com

referenciais teóricos e metodológicos claros e previamente definidos

A pesquisa qualitativa trabalha geralmente com pessoas e com as suas criações e estes sujeitos

de pesquisa devem ser compreendidos como atores sociais, respeitados em suas opiniões,

crenças e valores. Todo trabalho de coleta de informação, deve observar que a fala dos sujeitos

de pesquisa é reveladora de condições estruturais, de sistemas de valores, normas e símbolos

(MINAYO, 2008, p. 204, grifo nosso) e por isso mesmo é tão rica e reveladora.

A referida autora lembra ainda que esta “fala” muitas vezes é também porta-voz das

representações grupais em suas condições históricas, socioeconômicas e culturais específicas.

Assim, caso você opte por usar recursos que permitem gravar as falas ou imagens obtidas em

sua coleta de dados, lembre-se que você deve obter autorização formal prévia do seu sujeito de

pesquisa para isto.

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1.3 A entrevista

A entrevista, tomada no sentido amplo de comunicação verbal, e no sentido restrito de coleta

de informações sobre determinado tema científico, é a estratégia mais usada no processo de

trabalho de campo. (MINAYO, 2008).

A entrevista é uma oportunidade de conversa face a face, utilizada para “mapear e compreender

o mundo da vida dos respondentes”, ou seja, ela fornece dados básicos para “uma compreensão

detalhada das crenças, atitudes, valores e motivações” em relação aos atores sociais e contextos

sociais específicos. (MINAYO, 2008 ; CERVO; BERVIAN, 2007)

Por que escolher a entrevista como técnica de coleta de dados? Com o uso de entrevistas,

segundo Lakatos e Marconi (2010), você consegue:

• Averiguar fatos ocorridos;

• Conhecer a opinião das pessoas sobre os fatos;

• Conhecer o sentimento da pessoa sobre o fato ou seu significado para ela;

• Descobrir quais foram, são ou seriam as condutas das pessoas, sejam elas passadas,

presentes ou planejadas (futuras);

• Descobrir factores que influenciam os pensamentos, sentimentos ou acções das pessoas.

1.3.1 Tipos de entrevistas

As entrevistas são classificadas conforme tipos ou naturezas. São muitas as classificações

existentes. Nesse texto, adotou-se a classificação usada por MINAYO (2008), que considera

que as entrevistas podem ser consideradas conversas com finalidade e se caracterizam pela sua

forma de organização. Elas podem ser classificadas conforme quadro a seguir

Sondagem de opinião/entrevista totalmente estruturada /questionário;

• Entrevista semiestruturada;

• Entrevista aberta ou em profundidade;

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• Entrevista focalizada

• Entrevista projectiva ou narrativa

Seja qual for a modalidade escolhida, é preciso proceder um planeamento prévio e ter ciência

de algumas especificidades do uso desta técnica. Reunimos então ponderações de CERVO e

BERVIAN (2007), MINAYO (2008), LAKATOS e MARCONI (2010) para levantarmos quais

cuidados o pesquisador deve ter antes e durante o processo de entrevistas.

• Planear a entrevista, delineando o roteiro conforme objectivos a serem alcançados.

Não incluir no roteiro perguntas que não contribuem com os objectivos;

• Selecionar os sujeitos a serem entrevistados, lembrando que a representatividade do

entrevistado deve ser garantida pela capacidade de o sujeito fornecer as informações

necessárias à sua pesquisa;

• Obter, sempre que possível, algum conhecimento prévio acerca do entrevistado,

certificando-se de que ele possa oferecer respostas significativas para suas perguntas e

que tem disponibilidade e interesse em cooperar;

• Marcar com antecedência o local, o horário de início e a duração prevista para

entrevista. Informar no contacto inicial os objectivos da entrevista, a importância da

contribuição dos entrevistados e até o tema e roteiro básico de perguntas que lhe serão

feitas. Qualquer transtorno poderá comprometer os resultados da pesquisa.

• Criar condições, isto é, uma situação apropriada para a entrevista, pois será mais

fácil obter informações espontâneas e confidenciais de uma pessoa isolada do que de

uma pessoa acompanhada ou em grupo.

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1.4 Grupos focais

Para MINAYO (2008), as técnicas de grupo mais comuns nas pesquisas qualitativas são os

grupos focais. Trataremos aqui do grupo focal, por esta ser um tipo de entrevista geralmente

feita com grupos pequenos e homogéneos (seis a 12 pessoas).

A composição dos grupos focais e o número dos mesmos devem ser vistas como intencionais.

O pesquisador deve escolher sujeitos que possuam pelo menos um aspecto comum ou uma

característica homogênea relevante para os objetivos da pesquisa. Se o pesquisador quer se

apropriar das discussões sobre opiniões ou visões de mundo, pode escolher compor grupos

maiores, mas se quer aprofundar-se nas percepções dos sujeitos da pesquisa, os grupos menores

são mais indicados. (BACKES et al, 2011).

Existem autores que defendem que os grupos focais podem também ser constituídos por

pessoas com características heterogêneas, diversidade esta que pode interessar aos objetivos da

pesquisa, embora os grupos homogêneos sejam mais defendidos

A coleta de dados ocorre a partir das interações com os participantes destes grupos. Cada grupo

focal é realizado com a presença de um mediador, papel este que pode ser desempenhado pelo

próprio pesquisador. Esse mediador utilizará o roteiro previamente definido e buscará com ele

criar um ambiente não diretivo, além de garantir a participação de cada membro do grupo.

Sugere-se que exista também um relator ou um observador. O tempo de duração de um grupo

focal não deve ultrapassar à uma hora e meia.

Segundo Minayo (2008), o papel do animador ou mediador nos grupos focais deve ser:

• introduzir a temática a ser discutida e manter a discussão acessa;


• esclarecer que não existem respostas certas ou erradas;
• garantir a palavra a cada um dos participantes;
• buscar as chamadas “deixas” para propor aprofundamentos;
• estabelecer relações com participantes para garantir, individualmente, respostas e
comentários relevantes;
10
• observar a comunicação não verbal (gestos, fisionomias, posturas corporais quem
fornecem significados);
• monitorar o ritmo do grupo.

1.5 Observação

Segundo LIMA (2008), a observação exige que o pesquisador utilize todos os seus cinco

sentidos para examinar uma realidade a ser investigada, seja ela uma comunidade, uma vila,

uma empresa, um grupo, um fato ou fenômeno, etc. Antes de iniciar uma observação, é preciso

definir os objetivos da pesquisa, definir um roteiro de observação, deixando claramente

estabelecido o que será observado. Também é necessário definir a regularidade das observações

e a extensão do tempo previsto para o processo de coleta de dados.

A validade da técnica observação depende de:

da capacidade de reunir múltiplas fontes de informação;

• Da capacidade do pesquisador dissolver pré-conceitos e desvelar comportamentos

“maquiados;

• Da riqueza de detalhes presentes nas descrições ou diários de campo;

• Dos diferentes ângulos que o observador foi capaz de identificar e resgatar para

compreender a realidade;

• Da capacidade do observador imprimir sentido àquilo que observa.

1.5.1 Tipos de observação

Existem nomenclaturas diversas para os tipos de observação como técnica de coleta de dados

em pesquisas científicas. Adotaremos as modalidades descritas por LAKATOS e MARCONI

(2010), a partir de Ander-Egg.

11
Figura 1: Tipos de Observação

Fonte: Marconi e Lakatos, 2010 (Adaptado).

A Observação Sistemática ou Estruturada é previamente planejada e normalmente utiliza

recursos auxiliares para coleta de dados. Realiza-se sob condições controladas, visando

responder a objetivos pré-definidos. Neste caso, o observador possui clareza quanto às

variáveis a serem observadas (LAKATOS; MARCONI, 2010)6 . É a mais recomendada no

campo da pesquisa científica. A técnica de observação assistemática ou não estruturada, ou

ainda espontânea, é feita sem que o pesquisador utilize meios técnicos para registro ou faça

perguntas diretas aos observados. Essa técnica é mais adequada aos estudos exploratórios, pois

não tem planeamento prévio e muito menos controle de variáveis a serem observadas. Essa

observação pode ser fruto de uma experiência casual. Esse tipo de observação apresenta perigos

em função do registro inadequado de dados (muitas vezes depende da memória do observador),

ou em função da falta de perspicácia do pesquisador. Exige-se, neste caso, um olhar treinado

por parte do pesquisador. (LAKATOS; MARCONI, 2010).


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A observação individual refere-se ao uso da técnica por um único pesquisador. Embora muito

comum, o pesquisador pode sofrer com as limitações de controle sobre todas as variáveis, com

dificuldades para registro de informações e até com interferência de sua personalidade. Já a

observação em equipe, permite que o fenômeno observado possa ser registrado a partir de

vários ângulos. Há vantagens, dada a possibilidade de confrontar dados posteriormente.

(LAKATOS; MARCONI, 2010)

Quanto à observação em laboratório, esta ocorre em ambiente previamente controlado, ou

seja, possui um caráter artificial. Normalmente é inadequada à observação dos comportamentos

humanos, pois muitos aspectos da vida humana não podem ser observados em condições de

laboratório. Já a observação da vida real ou naturalística ocorre em ambientes reais, onde o

pesquisador irá registrar dados na medida em que estes irão ocorrendo espontaneamente.

(LAKATOS; MARCONI, 2010)

Quanto às observações participante ou não participante, será dedicada às essas

modalidades uma seção especial, tamanha relevância destas práticas metodológicas no campo

da pesquisa qualitativa.

Vale lembrar que existem dois tipos de observação: a participante e a não participante, a

observação não participante é indicada quando pesquisador considera que o êxito na

coleta de dados depende de sua capacidade de resguardar sua identidade. Nesse caso, o

pesquisador assume uma postura de simples espectador dos eventos observados ou do cotidiano

de um grupo. Já a observação participante é recomendada quando o pesquisador julgar

que sua participação direta no evento ou fato a ser observado gerará maior profundidade

na compreensão do mesmo, além de possibilitar uma intervenção por parte do

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pesquisador no fenômeno, fato ou grupo. Por esse motivo, geralmente a observação

participante vem também carregada de propósitos políticos, e está fundamentada nos

paradigmas que não concordam com a neutralidade e imparcialidade do pesquisador. Um de

seus pontos fortes é integrar o observador à sua observação, aproximar o sujeito conhecedor ao

seu conhecimento.

Ao realizar uma observação participante, segundo, o pesquisador deve se preparar, cuidando

para que as fases desta abordagem sejam devidamente planejadas.

a) Aproximar-se do grupo a ser observado: aproximação do pesquisador ao grupo social

em estudo. Esse é um trabalho longo e difícil, pois o observador precisa trabalhar com

as expectativas do grupo e garantir aceitação e confiança;

b) Conhecer o grupo a ser observado: o pesquisador deve procurar adquirir uma visão de

conjunto do grupo. É importante reconstruir a história de vida do grupo, levantar dados

em documentos, conhecer pessoas e/ou instituições relevantes, anotar em seu diário de

campo as observações relevantes da vida cotidiana do grupo em estudo;

c) Sistematizar e organizar os dados: essa é a fase final, ou seja, a fase em que a pesquisa

revela seus resultados. É uma etapa difícil e delicada. A análise dos dados deve informar

ao pesquisador a situação real do grupo e sobre a percepção que esse possui de seu

estado. Daí a riqueza de uma pesquisa qualitativa.

Vale relembrar que o observador, na pesquisa científica, não é figura neutra ou imparcial. O

que observar ou como observar são questões influenciáveis pelos esquemas teórico-

metodológicos adotados pelo pesquisador.

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A observação participante, com frequência, utiliza um instrumento para registro de

informações: o diário de campo. Pode-se usar um caderninho para notas, uma planilha, ou um

dispositivo eletrônico que permita estes registros. Devem ser registradas as percepções diárias

do pesquisador, seja de forma escrita, seja de forma gravada. Devem-se registrar conversas

informais, observações de comportamento, falas e impressões pessoais (que normalmente vão

se modificando com o tempo) sobre as categorias ou pontos a serem investigados

Como obter dados qualitativos

Há diferentes métodos que podem ser usados para realizar uma pesquisa qualitativa que

resultará em informações detalhadas sobre o tema de interesse.

• Entrevistas. Conversas individuais que se aprofundam no tema em questão;

• Estudos de caso. Histórias de clientes coletadas em entrevistas aprofundadas;

• Opiniões de especialistas. Informações de alta qualidade de fontes bem-informadas;

• Grupos de discussão. Conversas online ou presenciais com pequenos grupos para

ouvir os pontos de vista das pessoas sobre um produto ou tema.

• Perguntas abertas de pesquisa. Uma caixa de texto em uma pesquisa que permite que

o respondente expresse sua opinião sobre o assunto em questão de maneira livre.

• Pesquisa empírica. Observação das pessoas nas suas rotinas habituais para entender

como elas interagem com um produto.

No entanto, esse método aberto de pesquisa nem sempre gera os resultados mais precisos para

perguntas importantes. Além disso, a análise dos resultados é difícil, pois as pessoas usam

palavras e frases diferentes para descrever seus pontos de vista, além da possibilidade de

acabarem divagando se tiverem espaço.

15
1.6 Utilidade e aplicação da pesquisa de mercado

No mercado, a pesquisa é um recurso imprescindível. Isso porque todos os passos das

empresas são marcados por certo grau de incerteza, seja na expansão do negócio, seja

para o lançamento de algum produto. E é para aplacar essas incertezas e nortear as

próximas ações que as pesquisas são feitas. O método qualitativo deve ser aplicado quando:

• Você não tem nenhuma informação ou dados a respeito do assunto a ser pesquisado.
• Não há certeza sobre qual a unidade de medida ideal.
• O conceito é avaliado em relação a uma escala nominal, sem demarcações de ponto claras.
• Você quer explorar as razões por que pessoas fazem ou acreditam em algo.

Ou seja, esse método será a melhor opção quando você não tem uma hipótese definida

e o objetivo é explorar o comportamento do consumidor para então definir um

problema e desenvolver uma abordagem apropriada

1.6.1 Utilidade da pesquisa de mercado qualitativas

Empresas de sucesso tendem a usar pesquisas de mercado qualitativas para acompanhar as

tendências do mercado, tomar melhores decisões e alcançar a excelência.

Quer o seu negócio esteja em início ou esteja bem estabelecido, a pesquisa de mercado

qualitativa é um método poderoso para identificar o seu público-alvo e entender como ele

responderá ao seu produto.

Esses são alguns dos atributos-chave da expansão dos negócios, nos quais a pesquisa de

mercado qualitativa desempenha um papel fundamental por meio de ideias concretas para a

tomada de decisão optimizada.

16
1.6.2 Compreender o comportamento dos clientes

Às vezes, as organizações empresas empresários precisam de mais informações sobre seus

clientes para se posicionarem melhor. Para isso, as empresas precisam das seguintes

informações; sexo, idade, estado civil, população, etc. Pesquisas de mercado qualitativas

ajudam as empresas a obter essas informações.

Para entender o comportamento dos clientes, a realização de entrevistas é a melhor opção, uma

vez que essas entrevistas são realizadas face a face com os clientes, podendo obter e colectar

uma quantidade razoável de informações.

1.6.3 Medir o escopo das actividades de marketing

Muitas empresas dão um passo adiante ao promover suas marcas. E é aí que suas actividades

de marketing entram em ação na pesquisa. A pesquisa de mercado pode oferecer às

organizações informações sobre a eficácia de suas promoções, reunindo informações sobre

como os clientes vêm suas mensagens. Isso ajuda as organizações a maximizar seu orçamento

dedicado ao marketing.

1.6.4 Identificar novas oportunidades de negócios

A pesquisa de mercado ajuda as organizações a explorar novas oportunidades que levam à

expansão dos negócios. Reunir organizações de informação pode entender a dinâmica do

negócio, conhecer sua concorrência, etc., para colocar sua empresa na direção certa.

1.7 Características dos mercados qualitativos

As características gerais da pesquisa qualitativas são: foco na interpretação e não na

quantificação; ênfase na subjectividade; o processo de pesquisa é flexível; maior interesse pelo

processo do que pelos resultados; o pesquisador exerce influência sobre a situação de pesquisa

e também é influenciada por ela.

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Conclusão

Concluímos que os dados qualitativos são aqueles que não se podem quantificar, logo, supõe-

se que sejam técnicas baseadas em informações subjetivas, ou seja, são aquelas baseadas no

julgamento e na experiência das pessoas, desde que estas tenham condições de opinar sobre a

demanda futura do comportamento do mercado e do consumidor. Estas técnicas não se apoiam

em nenhum modelo específico, embora possam ser conduzidas de maneira sistemática. As

técnicas qualitativas, são mais rápidas de se preparar, por isso, são empregadas quando não se

dispõe de tempo para coleta e análise de dados da demanda passada. Ou então, na introdução

de um produto novo, para o qual não existam dados passados a se considerar, ou ainda quando

a economia/política se encontrar muito instável tornando os dados passados muito obsoletos.

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Referência Bibliografia

https://mindminers.com/blog/pesquisa-qualitativa-quantitativa/

https://pt.surveymonkey.com/mp/quantitative-vs-qualitative-research/

(MINAYO, 2. C., & BERVIAN, 2. (s.d.), (MINAYO, 2. P. (s.d.), (VINDICH, & LYMAN,

(s.d.).CERVO, B. M. (s.d.).

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