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Auxilia – Curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio

1 Auxilia – Curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio

AULA 1
Moléculas

BIO
LO
GIA
Profª Sthéfani Bregue
Profº Cleisson Garcia
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Semana 1: Composição dos seres vivos: moléculas.


Denomina-se molécula o produto das ligações químicas entre átomos de
elementos. Estas moléculas podem ser classificadas em moléculas orgânicas
e moléculas inorgânicas e, interagem entre si.

Moléculas orgânicas

São, geralmente, hidrocarbonetos (formado por C e H). Mas podem também


conter oxigênio (O), nitrogênio (N), fósforo (P), e enxofre (S). Como exemplo
temos os ácidos nucleicos (DNA e RNA), lipídeos (colesterol), carboidratos
(glicose e amido) e as proteínas (hemoglobina, proteínas de membrana).

Via de regra, as moléculas orgânicas correspondem a grandes moléculas


formadas pela ligação de várias moléculas menores. Fazendo a analogia com
tijolos, como se os tijolos fossem as moléculas menores e a casa já pronta fosse
a macromolécula resultante da ligação entre esses tijolos.

Glicose

Amido

Moléculas inorgânicas
São moléculas que ocorrem tanto na matéria não viva como nos seres
vivos. Como os sais minerais, o gás oxigênio (O2), o gás carbônico (CO2)
e a água (H2O).

Discutindo quanto às singularidades de cada molécula orgânica e inorgânica...

Moléculas Orgânicas:
Carboidratos
Os carboidratos são a principal fonte de energia para os seres vivos,
estando presente em diversos tipos de alimentos, como pães, frutas, açúcares,
dentre outros. É dito que os carboidratos são a principal fonte de energia pelo
fato de, em maior parte, eles serem os responsáveis por manter o metabolismo
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funcional através da quebra dessa molécula para a obtenção de energia em


forma de ATP.

Além disso, os carboidratos atuam como compostos estruturais, estando


presente na parede celular bacteriana, na parede celular de células vegetais e
na parede celular dos fungos.

Seguindo a analogia dos tijolos, os carboidratos podem ser classificados em três


grupos, de acordo com o número de unidades/monômeros (ou tijolos) que o
constitui, sendo estes grupos denominados de: monossacarídeos (3-7
carbonos), oligossacarídeos (2-20 monômeros) e polissacarídeos (<20
monômeros). Os monômeros aqui representados, correspondem a cada
unidade de monossacarídeos, ou seja, 1 monômero = 1 unidade de
monossacarídeo. Vamos aprofundar um pouco mais quanto à sua
classificação...

i. Monossacarídeos
Os monossacarídeos são a base para os demais sacarídeos (oligo
e polissacarídeos), pois eles são os próprios monômeros. Esse
monossacarídeo (ou monômero) são formados por uma única unidade
molecular de 3 a 7 carbonos. Por representarem uma unidade pequena,
são solúveis em água.
A fórmula para um monossacarídeo será:

Onde n é o número de carbonos constituintes do


CnH2.nOn monossacarídeo em questão.

Tipos de monossacarídeos Fórmula


Trioses C3H6O3
Tetroses C4H8O4
Pentoses C5H10O5
Hexoses C6H12O6
Heptoses C7H14O7

Curiosidade

Sabiam que o nome genérico dos monossacarídeos está relacionado com o número de
carbonos + o sufixo “ose”, que significa açúcar. Assim, por exemplo, a glicose é uma
hexose (açúcar com 6 carbonos).
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ii. Oligossacarídeo
São moléculas formadas a partir da união entre monossacarídeos,
que podem ser iguais ou diferentes, o número de monômeros varia entre
3 e 20 unidades. A ligação química responsável por essa ligação entre
monossacarídeos é chamada de ligação glicosídica, e para que ocorra
essa ligação, tem-se a saída de água.
Exemplo:

+
H2O

Glicose Glicose Maltose


Ligação glicosídica

A união entre duas glicoses dá origem a uma molécula de maltose,


uma das moléculas responsável pela reserva na célula vegetal. Porém,
essa ligação entre as glicoses só ocorre devido à ligação glicosídica e,
para que isso seja possível, ocorre ainda a saída de água.

CUIDADO: conforme mostrado na tabela anterior, a glicose é uma hexose


(C6H12O6), então a fórmula de uma maltose seria o dobro de todos os
átomos (C12H24O12)? NÃO!!!! Lembrem-se que há a saída de H2O,
portanto, desconte estes átomos da fórmula. Logo, a fórmula da maltose
é C12H22O11.

iii. Polissacarídeos
São macromoléculas formadas pela união de oligossacarídeos. O
número de oligossacarídeos para a formação de um polissacarídeo é
maior que 20. Por serem moléculas muito grandes, eles são insolúveis
em água. Os principais polissacarídeos encontrados na natureza são o
amido, celulose, quitina e glicogênio.
Os polissacarídeos podem ser divididos em dois grupos:
homopolissacarídeo, quando as unidades que a compõem foram todas
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iguais; e heteropolissacarídeo quando as unidades que a compõem


forem diferentes.
Amido: principal reserva de algas e plantas.
Celulose: confere maior resistência à parede celular.
Glicogênio: estoque de reserva energética de carboidratos nas células
animais (no fígado e nas células musculares) e em fungos.
Quitina: destaca-se como constituinte do exoesqueleto de artrópodes
(insetos, aranhas, crustáceos, centopeias e piolho-de-cobra).

Lipídios

Os lipídios são compostos orgânicos insolúveis em água. Dissolvem-se


bem em solventes orgânicos como o álcool, por exemplo, exemplificando a
importância do uso de álcool em gel na dissolução da membrana plasmática do
vírus em tempos de pandemia. Além disso, os lipídios são altamente
energéticos, liberando uma maior quantidade de calorias. Dentre as funções
dos lipídios, destacam-se o isolamento térmico, protegendo o organismo contra
a perda de calor para o ambiente; função estrutural, garantindo a conformidade
da membrana plasmática; função protetora, em folhas, sementes, frutos,
evitando a perda de água, e ainda contra impacto mecânico em animais; função
reguladora, como constituintes de hormônios e vitaminas que regulam o
processo metabólico.

Os lipídios podem sem classificados em dois grandes grupos:

Com ácidos Sem ácidos


graxos graxos

Glicerídeos Carotenoides
Cerídeos Esteroides

Fosfolipídios

Esfingolipídios
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Mas o que são ácidos graxos?


Ácidos graxos são moléculas formadas por longas cadeias de
hidrocarbonetos com um grupo carboxila em sua extremidade. Vejamos a seguir
sua participação na formação dos lipídios...

Lipídios contendo ácidos graxos:


Glicerídeos:
- Nesse grupo de lipídios são abordados os óleos e as gorduras.

- Os glicerídeos são oriundos de uma reação chamada reação de esterificação.


Reação resultante da união entre um ácido graxo com uma molécula de álcool
específica: o glicerol. Então...

Grupo funcional do ácido graxo é um ácido carboxílico (COOH).


Cadeia
lateral R
Grupo funcional do glicerol é uma hidroxila (OH).

Durante a reação de
R R
esterificação, o átomo
de H da hidroxila se
R R une aos átomos de O
e H do outro
R R grupamento,
resultando em
moléculas de água
(H2O).

A reação contrária ocorre durante a digestão, onde um triglicerídeo (gordura),


sofre a ação de enzimas que degradam lipídios (lipases) e os quebram,
resultando em ácido graxo e glicerol, que posteriormente serão absorvidos no
intestino.

A diferença entre óleos e gorduras está na cadeia lateral R. Essa cadeia é


formada por átomos de C e H e será diferente entre os ácidos graxos. E de
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acordo de como essa cadeia lateral R é, dará ao ácido graxo um aspecto mais
fluido (óleo) ou um aspecto mais sólido (gordura).

Figura 1. Representação de glicerídeos saturados e insaturados (a e b, respectivamente) e sua interação intermolecular.

Em a, temos um ácido graxo de cadeia composta apenas por ligações simples,


portanto, temos um ácido graxo saturado. Em b, temos um ácido graxo cuja
cadeia contém ligação dupla, logo, temos um ácido graxo insaturado.

O grau de saturação (c) ou insaturação (d) de um ácido graxo é de extrema


importância pois, se eu tiver uma cadeia de ácidos graxos saturados, um ao lado
do outro, essa cadeia fara uma interação com a cadeia do ácido graxo vizinho,
chamada de interação intermolecular. Essa interação faz com que não haja o
movimento de lipídeos, ficando fixos, dando um aspecto de maior solidez.
Quando há uma insaturação e, portanto, resultando numa curvatura do lipídio, a
interação intermolecular entre as cadeias é muito fraca, permitindo que o ácido
graxo possa trocar de posição constantemente, dando um aspecto mais fluido.

Resumindo:
Quanto mais saturado o ácido graxo for = maior a
interação intermolecular entre as cadeias = maior
fixação = aspecto rígido (gordura).
Quanto mais insaturado o ácido graxo for = menos
interação intermolecular entre as cadeias = menor
fixação = aspecto fluido (óleo).

Hey, não se esqueça que cadeia contendo apenas ligação simples é um ácido graxo
saturado, e que com ligações duplas (ou até triplas) é um ácido graxo insaturado.
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Cerídeos

Os cerídeos são constituídos por moléculas de ácido graxo unidas a uma


molécula de qualquer outro álcool diferente do glicerol, tendo em vista que
este está presente na constituição de glicerídeos, conforme recém visto. Sua
função destaca-se pela impermeabilização na superfície das plantas, evitando a
perda de água, e a produção de cera produzida pelas abelhas para a construção
de colmeias.

Fosfolipídios

É o principal constituinte da membrana plasmática. Os fosfolipídios são


estruturados por um grupamento fosfato (P) ligados a duas cadeias de
ácidos graxos. Podendo essas cadeias de ácidos graxos apresentarem um
certo grau de insaturação, o que explica uma certa fluidez da membrana, bem
como apresentar cadeias de ácidos graxos saturados, fazendo com que a
membrana celular tenha uma certa rigidez.

Os fosfolipídios são anfifílicos/anfipáticos, ou seja, possuem regiões


hidrofóbicas (insolúveis em água) e regiões hidrofílicas (solúveis em água).
Vejamos a figura a seguir.

Grupamento fosfato
Caudas hidrofóbicas Cabeça hidrofílica

Membrana plasmática

Extracelular

Intracelular

Figura 2. Regiões e grupos constituintes de um fosfolipídio.

O grupamento fosfato interage com a molécula de água tanto intra como extracelular,
devido à sua polaridade. Enquanto as cadeias de ácidos graxos apresentam aspectos
físico-químicos apolares.
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Esfingolipídios
Dentro desse grupo de lipídios destacam-se as esfingomielinas, que são
esfingolipídios que constituem a bainha de mielina presente na região axonal
dos neurônios. A bainha de mielina permite uma maior velocidade e eficiência
do impulso nervoso, e é formada por intermédio do oligodendrócito e da célula
de schwann.

Figura 2. Regiões de um neurônio.

Lipídios sem ácidos graxos:


Carotenoides
Os carotenoides correspondem a um grupo de pigmentos encontrados nas
plantas, frutas, verduras e legumes, conferindo uma coloração avermelhada ou
alaranjada nas estruturas. Como exemplo, temos o licopeno presente no tomate
e o β-caroteno presente na cenoura. Em animais, os carotenoides são
responsáveis pela produção de determinadas vitaminas, sendo essas, as
vitaminas A, K e E. O β-caroteno, por exemplo, é o precursor do retinol
(vitamina A1), que é muito importante para nossas células receptoras,
responsáveis pela percepção de luminosidade. A formação de retinol se dá pela
quebra do β-caroteno, veja a figura a seguir.

Figura 3. Conversão de uma molécula de beta-caroteno em duas moléculas de retinol.


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Esteroides
Os esteroides constituem uma ampla variedade de substâncias, tendo
como precursor o colesterol, que é constituinte da membrana plasmática de
animais. Plantas e fungos não possuem colesterol, as plantas possuem o
sitosterol, e os fungos possuem o ergosterol, que são equivalentes ao
colesterol em células animais.
Não esqueçam que a organela
responsável pela síntese de
esteroides é o RETÍCULO
ENDOPLASMÁTICO LISO (R.E.L.).

Grupo funcional hidroxila, que apresenta propriedade polar.


Figura 4. Estrutura química do colesterol.

O colesterol é um constituinte da membrana plasmática e interage com


os fosfolipídios e, assim como os fosfolipídios, o colesterol também apresenta
uma região hidrofílica e outra hidrofóbica, veja a figura a seguir.

Estrutura
rígida do anel
esteroide

Cauda de
hidrocarboneto
apolar

Figura 5. Interação do colesterol com os fosfolipídios.


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A hidroxila do colesterol interage com o grupamento fosfato do fosfolipídio, bem


como há uma interação entre a cauda de hidrocarbonetos do colesterol com as
cadeias de ácido graxo do fosfolipídio, unindo os dois fosfolipídios vizinhos ao
colesterol. Além da presença de ácidos graxos saturados na constituição da
membrana plasmática, o colesterol é de suma importância para a estabilidade
da membrana.

Proteínas

As proteínas são moléculas orgânicas formadas por subunidades


denominadas aminoácidos (figura 6), dando origem uma macromolécula. Suas
funções estão relacionadas ao seu desempenho estrutural nas células, sendo
componentes da membrana plasmática, das organelas dotadas de membrana,
do citoesqueleto e de cromossomos. Além disso, tem como função a defesa, por
meio de anticorpos; transporte, através de determinados hormônios proteicos;
enzimática, aumentando a velocidade de determinadas reações para que haja
um bom funcionamento do metabolismo.

HIDROGÊNIO
GRUPO AMINA

CADEIA LATERAL R
GRUPO CARBOXÍLICO
Figura 6. Composição de um aminoácido.

Um aminoácido é composto por um grupo amina (NH2), grupo


carboxílico (COOH), um átomo de hidrogênio (H) e uma cadeia lateral R,
cuja cadeia será diferente entre os aminoácidos, e é isso que os diferenciará. Há
20 tipos de aminoácidos e eles são divididos em apolares, polares, ácidos e
básicos (figura 7). Ademais, para que ocorra a formação de uma proteína os
aminoácidos necessitam ligar-se uns aos outros, essa ligação entre aminoácidos
é chama de ligação peptídica (figura 8).
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*Glicina é um aminoácido sem carbono quiral

Figura 7. Tipos de aminoácidos.


Aminoácido 1 Aminoácido 2

Carboxi Amino
terminal terminal

LIGAÇÃO PEPTÍDICA

Água
Dipeptídeo
Figura 8. Reação de desidratação e formação da ligação peptídica.
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Os aminoácidos podem ainda serem divididos em naturais e essenciais.


Os aminoácidos naturais podem ser sintetizados pelo organismo. Por outro lado,
os aminoácidos essenciais não são sintetizados pelo organismo e devem ser
obtidos através da alimentação.

Para que haja o produto final (a proteína), os aminoácidos vão se


arranjando de forma a ficarem mais próximos uns dos outros por meio de
determinadas ligações, assim, dando conformidade à proteína. Nesse processo
de construção da proteína por meio dos aminoácidos, se tem os níveis de
organização de uma proteína. Vejamos a seguir.

Estrutura primária

Consiste em uma sequência linear específica de aminoácidos ligados por uma


reação covalente que formam a cadeia polipeptídica de uma proteína.

Aminoácido 1
Aminoácido 2

Aminoácido 3
Extremidade
N-Terminal
Cadeia
polipeptídica
Extremidade
C-Terminal

Estrutura secundária
Corresponde aos primeiros enrolamentos e dobramentos na cadeia polipeptídica
devido às ligações de hidrogênio, dando origem a estruturas com forma alfa-
hélice ou folha-beta.

Aminoácidos

Folha-β

α-hélice
Figura 9. Estruturas em alfa-hélice e folha-beta.
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Estrutura terciária
Corresponde aos dobramentos tridimensionais na estrutura secundária,
resultantes, principalmente, de interações entre partes da molécula, como as
forças de Van der Waals, ligações dissulfeto, interações iônicas, relações
hidrofóbicas, ligações de hidrogênio.

Figura 10. Dobramentos tridimensionais de uma proteína.

Estrutura quaternária

A estrutura quaternária ocorre apenas nas proteínas constituídas por mais de


uma cadeia polipeptídica, cada uma forma uma subunidade espacial e, juntas,
formam a proteína. Ou seja, as estruturas terciárias acabam se unindo por meio
de uma ligação não-covalente.

Figura 11. Agregado de cadeias polipeptídicas de determinada proteína.


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Ácidos Nucleicos

Os ácidos nucleicos são conhecidos há mais de 100 anos. Receberam


este nome por seu caráter ácido e por terem sido descobertos no núcleo das
células. São macromoléculas relacionadas ao armazenamento, à transmissão e
ao uso da informação genética.

Se possuem caráter ácido, como são formados os ácidos nucleicos?

São formados por nucleotídeos, que possuem em sua composição:


pentose, ácido fosfórico (fosfato) e bases nitrogenadas, como ilustrado na figura
12.

O ácido fosfórico (fosfato) possui o


elemento fósforo (P) na sua composição e se liga
ao glicídio (pentose). É responsável por fazer a
ligação com outros nucleotídeos da cadeia de
ácido nucleico.

A pentose é o açúcar, que se liga ao ácido


fosfórico e à base nitrogenada. As pentoses
presentes nos ácidos nucleicos são:
desoxirribose e ribose. São estas pentoses que Figura 12. Ilustração de um nucleotídeo.

originam o nome dos dois tipos de ácidos Fonte: Conexões com a Biologia, editora Moderna.

nucleicos.

Fica ligado!
Preste sempre a atenção nas palavras-chave para diferenciar os tipos de ácido
nucleico. Cada pentose ocorre em um tipo diferente, formando assim o DNA
(ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico). Outras palavras-
chave para diferenciá-los são as bases nitrogenadas URACILA e TIMINA, a
primeira ocorre somente no RNA e a segunda somente no DNA.

As bases nitrogenadas, são o grupo que possui nitrogênio na sua


composição. Existem cinco tipos de bases nitrogenadas, sendo classificadas em
bases púricas (Adenina e Guanina) e pirimídicas (Uracila, Citosina e Timina).
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Agora vamos conhecer os dois tipos de Ácidos Nucleicos...

Ácido Desoxirribonucleico (DNA)

Recebe este nome por causa da pentose encontrada neste ácido,


Desoxirribose. A molécula de DNA é formada por duas cadeias, ou fitas, de
nucleotídeos que estão unidos em sequência. As duas cadeias estão orientadas
em sentido inverso uma em relação à outra, enroladas uma sobre a outra.
Apresentam estrutura
espacial helicoidal,
semelhante a uma escada em
caracol, nesta escada a
pentose e o fosfato são o
“corrimão” e os pares de
bases nitrogenadas, unidos
pelas ligações de hidrogênio,
são os degraus, como pode
ser visualizado na figura 13.

No DNA ocorrem
quatro bases nitrogenadas
diferentes, que são chamadas
de complementares, já que Figura 14. Estrutura DNA.

sempre se ligam pelo mesmo


Fonte:
padrão de pareamento: ADENINA com TIMINA e CITOSINA com GUANINA.

Ácido Ribonucleico (RNA)

Recebe este nome por causa da pentose encontrada neste ácido, Ribose.
Diferente da molécula de DNA, a molécula de RNA é formada por somente uma
cadeia nucleotídica. Esta cadeia pode se enrolar sobre si mesma, possibilitando
ligações de hidrogênio entre bases nitrogenadas complementares distantes na
molécula, o que pode gerar configurações tridimensionais diferentes.
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No RNA, assim como no DNA, também ocorrem as quatro bases


nitrogenadas complementares, que sempre se ligam pelo mesmo padrão de
pareamento, sendo aqui: ADENINA com URACILA e CITOSINA com GUANINA.

Funções dos Ácidos Nucleicos

• No caso no DNA, a principal função é carregar as informações genéticas;


• No caso do RNA é ser responsável pela expressão destas informações,
codificando, na maioria das vezes, para a síntese de proteínas.

Vitaminas
As vitaminas são substâncias orgânicas essenciais para o funcionamento
dos organismos. São muito heterogêneas tanto em suas estruturas químicas,
quanto em suas funções.
Não são sintetizadas pelos organismos ou são produzidas em
quantidades muito pequenas. Por isso é necessário ingeri-las através da
alimentação.
As vitaminas são classificadas em dois grupos: Hidrossolúveis e
Lipossolúveis.

Depois de tudo que estudamos sobre moléculas, você já sabe o


que difere estes dois grupos?

Muito bem, a diferença entre os dois grupos está no tipo de substância


em que são solúveis.
As vitaminais hidrossolúveis são substâncias polares, portanto,
dissolvem-se em água (vitaminas do complexo B e a vitamina C), já as vitaminas
lipossolúveis, por serem apolares se dissolvem em lipídios ou em outros
solventes orgânicos (vitaminas A, D, E e K).
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O primeiro grupo é armazenado em pequenas quantidades no organismo


e precisa ser ingerido diariamente, enquanto isso, o segundo grupo é
armazenado no tecido adiposo e não precisa ser ingerido diariamente.
Então você pode concluir que a quantidade necessária de cada vitamina
varia muito entre as espécies. Porém tanto o excesso, quanto a carência destas
vitaminas podem causar transtornos nos organismos.
Observe na tabela as principais fontes de cada vitamina, o uso no
organismo e os sintomas de sua deficiência.

Vitamina Principais Fontes Sintomas de Deficiência


A (Retinol) Laticínios, cenouras e Problemas de visão, pele
hortaliças verdes-escuras seca, dores de cabeça,
perda de cabelo
B1 (Tiamina) Carnes, legumes, cereais Perda do apetite, fadiga
integrais e verduras muscular, nervosismo,
beribéri (degeneração dos
nervos)
B2 (Riboflavina) Hortaliças verdes, carnes Rachaduras da mucosa da
magras, ovos, fígado e leite boca, dos lábios, da língua e
das bochechas
B3 (Niacina) Levedo de cerveja, carnes Falta de energia,
magras, ovos, fígado e leite nervosismo extremo e
distúrbios digestivos
B5 (Ácido Pantotênico) Carne, laticínios, verduras e
cereais integrais
B6 (Piridoxina) Levedo de cerveja, carnes Doenças de pele, distúrbios
magras, fígado e leite nervosos e apatia
B8 (Biotina) Carnes, legumes, verduras Inflamações na pele e
e bactérias de flora intestinal distúrbios neuromusculares
B9 (Ácido Fólico) Hortaliças verdes, laranja, Anemia, esterilidade
nozes, legumes e grãos masculina, na gravidez
integrais predispões o fato a espinha
bífida
B12 (Cobalamina) Carne, ovos e laticínios Anemia perniciosa e
distúrbios nervosos
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C (Ácido Ascórbico) Frutas cítricas (limão, Fadiga, problemas de


laranja, kiwi, maracujá), cicatrização e escorbuto
tomate, couve, repolho e
outros vegetais de folha
D (Calciferol) Leite, gema de ovo, também Problemas nos dentes e
pode ser produzida pelo ossos, raquitismo nas
organismo, quando exposto crianças
à luz
E (Tocoferol) Óleos vegetais, nozes e Anemia
sementes
K (Filoquinona) Hortaliças verdes, tomate e Hemorragias
castanha

Agora que conhecemos as fontes de vitaminas e o que a


deficiência delas pode causar em nosso organismo, entendemos
a importância de termos uma alimentação balanceada.

Moléculas Inorgânicas:
Água
Assim como na superfície terrestre, a água é a substância mais abundante
na composição dos seres vivos. Podendo ocupar até mais da metade da massa
do organismo, variando de acordo com a espécie.
Uma das características que tornam a água fundamental para a vida, é o
fato da mesma ser um dos melhores solventes da natureza, sendo capaz de
dissolver uma grande variedade de substâncias químicas, por isso é conhecida
como solvente universal.
Vamos conhecer um pouco mais sobre a estrutura molecular da água.
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A molécula de água é constituída por dois átomos de hidrogênio, ligados


a um de oxigênio, sua fórmula química é
H2O. O arranjo espacial da molécula (figura
14), que possui uma região eletricamente
negativa (átomo de oxigênio) e outra
eletricamente positiva (átomos de
hidrogênio), confere à água a classificação Figura 15. Modelo do arranjo espacial
de molécula polar. da molécula de água.

Os átomos de hidrogênio de uma Fonte: Sthéfani Bregue

molécula de água se atraem pelos átomos


de oxigênio das demais moléculas vizinhas e vice-versa, desta forma
estabelecem uma ligação química denominada como ligação de hidrogênio. São
as ligações de hidrogênio que possibilitam muitas das propriedades da água,
dentre elas vamos destacar: coesão, adesão, solubilidade e moderação de
temperatura.
• Coesão: As moléculas de água se mantêm unidas pelas pontes de
hidrogênio, esta propriedade confere resistência à superfície da água, o
que chamamos de tensão superficial. É graças a esta resistência que
alguns insetos conseguem caminhar sobre a água parada sem afundar.

• Adesão: Fenômeno caracterizado pela capacidade das moléculas de


água, que são polares, se aderirem a outras superfícies também polares.
É por conta deste fenômeno que a água consegue molhar materiais como
tecidos de algodão, papel etc.

• Solubilidade: Existem substâncias em que suas moléculas são


eletricamente carregadas, ou seja, capazes de interagir com as moléculas
polarizadas da água, possibilitando a dissolução delas. Chamamos estas
substâncias de hidrofílicas. Já as substâncias que não possuem
moléculas com cargas elétricas, por serem apolares, não conseguem
interagir com as moléculas polarizadas da água, ficando agregadas, sem
se dissolver. Estas substâncias chamamos de hidrofóbicas.
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• Moderação de Temperatura: A água ajuda a evitar grandes variações na


temperatura dos organismos, podendo absorver ou ceder grandes
quantidades de calor com pequena alteração de temperatura, por possuir
alto calor específico. Por absorver grande quantidade de calor para
passar do estado líquido para o gasoso, a água possui elevado calor
latente de vaporização. É graças a evaporação que os organismos que
vivem em terra firme evitam o superaquecimento. Para se solidificar, é
preciso liberar muito calor, ou seja, é preciso possuir elevado calor latente
de fusão, liberar muito calor por exposição prolongada a temperaturas
inferiores a 0ºC. Esta propriedade da água protege os organismos vivos
dos efeitos danosos do congelamento.

Sais Minerais
Os sais minerais são substâncias inorgânicas, constituídas de íons
(partículas carregadas positiva e negativamente). Estes possuem grande
importância no funcionamento e na constituição dos organismos.
É possível encontrar os sais minerais, nos seres vivos, de duas maneiras:
dissolvidos em água e imobilizados como componentes dos esqueletos. Quando
dissolvidos em água, estão sob a forma de íons e quando imobilizados são
componentes de estruturas esqueléticas (esqueletos, cascas de ovos,
carapaças de insetos e caramujos).
Estes são alguns dos exemplos de sais minerais encontrados nos seres
vivos: Cálcio (Ca²+), Magnésio (Mn²+), Zinco (Zn²+), Sódio (Na+), Potássio
(K+), Fosfato (PO3-4) e Ferro (Fe²+).

Para que servem estes sais minerais nos seres vivos?


22 Auxilia – Curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio

Íon Informações
Cálcio (Ca²+) Compõe esqueletos e carapaças de muitos organismos.
Atuam nas reações de coagulação sanguínea e
contração muscular.
Ferro (Fe²+) Faz parte da composição da hemoglobina, pigmento
presente nos glóbulos vermelhos dos vertebrados que se
liga ao gás carbônico, transportando o oxigênio pelo
organismo.
Fosfato (PO3-4) Atua na transferência de energia dentro da célula e é
importante no controle da acidez no interior da célula.
Magnésio (Mn²+) É necessário para o funcionamento da clorofila, pigmento
responsável por captar a luz no processo de
fotossíntese, o que o torna importante para a realização
deste processo.
Potássio (K+) Atua na transmissão dos impulsos nervosos, através dos
neurônios e no transporte de substâncias através das
membranas celulares. Sua concentração é maior no
interior da célula.
Sódio (Na+) Assim como o Potássio, atua na transmissão dos
impulsos nervosos. Sua concentração é maior fora da
célula, as membranas celulares estão sempre o
expulsando.

Não esqueçam...

Os seres vivos não são capazes de produzir os


sais minerais, então precisam obtê-los através de
alimentos ou dissolvidos na água. Os animais
costumam buscá-los em legumes, verduras, carnes e
leites. Já as plantas os retiram do substrato. A
deficiência ou o excesso destes íons, pode causar
distúrbios no metabolismo dos organismos.

Agora é com vocês! Elabore um resumo do que foi abordado sobre Moléculas e
socialize com os professores.
23 Auxilia – Curso preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio

Referências
AMABIS, J. M. Biologia: Volume 1 Biologia das Células. 3 ed. São Paulo:
Editora Moderna, 2010.

LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único. 1 ed. São Paulo: Nova
Geração, 2005.

SILVA JÚNIOR, C.; SASSON, S.; CALDINI JÚNIOR, N. Biologia. 11 ed. São
Paulo: Saraiva, 2013.

THOMPSON, M. Conexões com a Biologia. 2 ed. São Paulo: Editora Moderna,


2016.

UZUNIAN, A.; BIRNER, E. Biologia. 3 ed. Volume único. São Paulo: Editora
Harbra Ltda, 2008.

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