Descrição
Descrição
Descrição
PROPÓSITO
Conhecer os tipos de fundação (base de qualquer edificação, responsável pela dissipação das
cargas sobre o solo e importante contra problemas, como os recalques e as consequentes
patologias na estrutura) e o processo de determinação do modelo utilizável em cada situação
para a concepção de um projeto estrutural.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar a leitura deste conteúdo, é recomendado ter em mãos uma calculadora
científica e conhecer ferramentas que facilitem os processos de cálculo, por exemplo, o Excel.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
PROJETO DE FUNDAÇÃO
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO AO PROJETO DE
FUNDAÇÕES
INTRODUÇÃO AO PROJETO DE
FUNDAÇÕES
Foto: Shutterstock.com
Fundação.
A Engenharia Civil é conhecida e difundida como a área que resolve problemas cujas soluções
adotadas são consequência da junção da teoria, pesquisa, prática, experiência e julgamento
pessoal ao mesmo tempo. Trata-se, em suma, de uma série de fatores, os quais, apesar de
seus pesos distintos, contribuem para um resultado mais satisfatório.
Uma das diversas áreas estudadas na Engenharia Civil é a de fundações. Ela é vista como
uma área complexa por diversos motivos. Em primeiro lugar, porque demanda conhecimento
de uma área afim da Engenharia Civil: a Engenharia Geotécnica.
O projetista de fundações deve entender a fundo o dimensionamento de estruturas de
concreto, já que a maioria das fundações é feita desse material.
Além da complexidade teórica que envolve essa área, as fundações são os elementos-base de
qualquer construção, ou seja, os elementos que suportam todas as cargas.
Dessa forma, para começar a compreender melhor essa área, é necessário entender o que
significa um elemento de fundação.
Segundo a ABNT 6122:2019, uma fundação pode ser entendida como o elemento cuja função
é transferir a carga da estrutura para o solo sem sobrecarregá-lo.
A capacidade de carga do solo é o maior valor possível de uma sobrecarga que não resulte em
recalques excessivos ou rupturas por cisalhamento. Desse modo, o tipo de fundação escolhida
para um projeto depende de:
Cargas da estrutura
Formação do relevo
Foto: Shutterstock.com
Estudo do terreno
Em linhas gerais, pode-se dizer que, em situações nas quais as fundações superficiais não são
viáveis, se opta pela utilização das profundas.
EXEMPLO
O solo próximo à superfície não tem capacidade de carga suficiente para suportar as cargas
estruturais de fundação; consequentemente, pode haver recalques acima dos limites
admissíveis.
Em situações nas quais as cargas estruturais consistem em cargas laterais e/ou forças de
levantamento, deve-se optar por fundações profundas para garantir a estabilidade local.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
As fundações superficiais podem ser entendidas como aquelas que têm o cálculo da tensão
admissível como grandeza fundamental para o projeto.
SAPATA
As sapatas são definidas como o elemento de fundação superficial feito em concreto armado.
Seu dimensionamento é realizado de tal modo que as tensões de tração nele resultantes sejam
resistidas, como aponta a figura, pelo emprego de uma armadura especialmente disposta para
esse fim.
BLOCO
Os blocos são os elementos de fundação superficial de concreto, embora ele seja não
armado. Ou seja, em seu dimensionamento, as tensões de tração nele resultantes são
resistidas pelo concreto, conforme indica a figura, sem a necessidade de uma armadura.
O radier é o elemento de fundação superficial definido como aquele que abrange a parte ou
todos os pilares de uma edificação.
SAPATA ISOLADA
A sapata isolada é a mais simples por ser o elemento de fundação que recebe os esforços de
apenas um pilar.
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
SAPATA ASSOCIADA
A sapata associada é o elemento que contém normalmente mais de um pilar. Ela é necessária
sempre que duas sapatas próximas se sobrepõem, como ocorre na imagem.
SAPATA CORRIDA
A sapata corrida é aquela sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de pilares ao
longo de um mesmo alinhamento.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
As fundações profundas podem ser entendidas como aquelas cuja grandeza fundamental para
o projeto por estacas é a carga admissível.
Essa carga pode ser definida com base em cálculos empíricos de vários autores a partir dos
resultados da investigação do subsolo ou, no caso de elementos pré-fabricados, da resistência
de projeto.
O projeto, por sua vez, deve considerar tanto o fator de segurança global quanto os valores
característicos especificados em norma.
ESTACAS
Forma de carregamento.
Tipo de material.
ESTACA BROCA
Estaca mais simples dentre as que são moldadas in loco, ela pode ser executada por
perfuração com trado e posterior concretagem in loco, normalmente com o diâmetro variando
entre 15 e 25cm e o comprimento de até 6,0m. As estacas do tipo broca são normalmente
empregadas para pequenas cargas.
ESTACA STRAUSS
É executada por perfuração por meio de piteira com uso parcial ou total de revestimento
recuperável e posterior concretagem in loco.
Soquete.
Roldanas.
Cabos de aço.
Ferramentas.
ESTACA ÔMEGA
Tem execução semelhante à da hélice contínua monitorada. Sua diferença reside basicamente
na configuração da haste de perfuração, já que a estaca ômega tem uma hélice curta, ou seja,
a retirada de solo não é contínua.
Imagem: Extraída de Guimarães e Peter, 2018, p. 109
Estaca ômega.
ESTACAS BARRETES
Na ocorrência de cargas elevadas em obras de vulto, pode ser utilizado esse tipo de
estaqueamento. Trata-se, em suma, de estacas de secção retangular derivadas de um ou mais
painéis de parede diafragma. Elas são utilizadas como elementos importantes de fundações
em substituição às estacas de grande diâmetro.
ESTACA FRANKI
Ela é executada a partir da cravação de um tubo por meio de sucessivos golpes de pilão em
uma bucha seca de pedra e areia aderida ao tubo.
Expulsão da bucha.
Instalação da armadura.
TUBULÕES
Segundo Guimarães e Peter (2018), os tubulões a céu aberto são aqueles em que a
concretagem de um poço ocorre a céu aberto, ou seja, o tubulão deve ser executado acima do
lençol freático em solos resistentes e coesivos para garantir sua estabilidade e o não
desmoronamento. Sua escavação pode ser manual ou mecânica.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) O radier é um elemento de fundação que pode ser definido como aquele que abrange parte
ou todos os pilares de uma edificação.
A) O solo próximo à superfície não tem capacidade de carga suficiente para suportar as cargas
estruturais de fundação.
E) Os esforços são transmitidos ao terreno pela base (resistência de ponta) e/ou por sua
superfície lateral (resistência de fuste).
GABARITO
1. Das fundações descritas abaixo com suas respectivas características, qual tipo não
pode ser entendido como uma fundação indireta?
Todas as opções descrevem fundações profundas, exceto a letra B, que faz a descrição de um
radier. Ele é uma fundação rasa (direta), ou seja, suas tensões são transmitidas nas camadas
superficiais do solo. Isso é o oposto do que ocorre em fundações profundas.
As fundações profundas são indicadas por norma para situações em que as escavações para
construir a fundação ultrapassam em 2 vezes a menor dimensão dela e são maiores que 3
metros.
MÓDULO 2
Quando se estuda um projeto de fundações, deve-se avaliar diversos requisitos para fazer a
composição do projeto, ou seja, elementos aos quais um projeto de fundações deve atender.
Desse grupo de requisitos, Velloso e Lopes (2004) listam três situações que são consideradas
como requisitos básicos para um projeto de fundações:
Os dois autores ilustram que, como consequência do não atendimento de tais requisitos, estes
fenômenos ilustrados a seguir podem ocorrer:
Deformações excessivas
Nessa situação, pode-se verificar uma falha no solo por conta do excesso de sobrecarga.
Trata-se de situações de recalques no solo devido à sua baixa capacidade de carga. No
entanto, como especifica o requisito, elas são deformações aceitáveis sob tais condições de
trabalho. Esses recalques, portanto, não provocaram a ruptura da estrutura.
Colapso do solo
Essa figura demonstra a falha/colapso do solo de fundação. Esse solo, então, não suporta os
carregamentos externos que lhe são impostos e entra em colapso – nesse caso, um colapso
global.
Tombamento e deslizamento
Tombamento e deslizamento são situações provocadas pelo solo. Não no quesito do colapso
dele, e sim pelo fato de o elemento não o suportar e deslocar.
Colapso estrutural
Atrito negativo
Ações para a verificação dos estados limites de serviço (ELS)
ATENÇÃO
Os valores dos esforços devem ser fornecidos em valores de cálculo, ou seja, já majorados
pelos coeficientes de combinação e de ponderação determinados pela ABNT NBR 8681.
No caso de edifícios, o topo dos baldrames; no de pontes, o topo dos blocos ou das sapatas.
Nível da interface entre os projetos (superestrutura e fundações/infraestrutura)
Ela precisa ocorrer conforme sua variabilidade no tempo. Esse fato é previsto pela ABNT NBR
8681, que classifica tais ações em três grupos:
AÇÕES PERMANENTES
Peso próprio
Sobrecarga permanente
Epuxos
AÇÕES VARIÁVEIS
Sobrecargas variáveis
Impactos
Ventos
AÇÕES EXCEPCIONAIS
Explosões
Choques de veículos
Incêndios
Enchentes
Sismos excepcionais
ESTADOS LIMITES
Segundo as orientações impostas pelas normas NBR 6122:2019 e NBR 8681:2003, existem os
critérios para realizar as combinações dessas ações na verificação dos estados limites de uma
estrutura.
VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA
No processo de verificação da segurança das fundações, deve ser utilizado um destes dois
valores:
Valores de cálculo obtidos a partir da aplicação de coeficientes de ponderação aos valores
característicos.
Os valores característicos são definidos pela norma de fundações de acordo com o tipo de
fundação. Há, desse modo, os coeficientes de ponderação de segurança de fundação rasa
(direta ou superficial) e aqueles que devem ser utilizados para as fundações profundas.
A NBR 6122:2019 aponta que a segurança da fundação rasa (direta ou superficial) pode ser
feita utilizando como base os valores característicos e o fator de segurança global tabelados na
norma:
c c
γm γm
Valores propostos
Valores propostos
no próprio
Semiempíricosa no próprio processo
processo e, no
e, no mínimo, 2,15.
mínimo, 3,00.
Semiempíricosa ou analíticosb
acrescidos de duas ou mais provas
de carga necessariamente 1,40 2,00
c Em todas as situações de
γm
γm = 1, 4γm
γf = 1, 4
(majoração) para o esforço atuante se estiver disponível apenas seu valor característico;
se já estiver fornecido o valor de cálculo, nenhum coeficiente de ponderação deverá ser
aplicado a ele.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
ATENÇÃO
Os coeficientes de ponderação ainda precisam ser utilizados para realizar tanto a verificação
de tração quanto o deslizamento e o tombamento nos elementos de fundação superficial.
γm = 1, 2
γm = 1, 4
γf = 1, 4
(majoração) para o esforço atuante se estiver disponível apenas seu valor característico;
se já houver sido fornecido o valor de cálculo, nenhum coeficiente de ponderação deverá
ser aplicado a ele.
Para a análise da segurança das fundações profundas, existem métodos semiempíricos que
permitem o cálculo da resistência. O fator de segurança global a ser utilizado para a
determinação da carga admissível deve ser 2,0. Já para o cálculo da força resistente de
cálculo, o ponderador tem de ser 1,4.
(Rk )
Eq. (1)
Em que:
Rk
a resistência característica.
(Rse )
me
ˊd
é a resistência determinada com base em valores médios dos resultados dos ensaios de
campo.
(Rse )
min
é a resistência determinada com base em valores mínimos dos resultados dos ensaios de
campo.
ξ1
ξ2
ξ1
ξ2
Cabe ressaltar que, quando for utilizado o método de valores admissíveis, a carga admissível
deverá ser calculada por esta equação:
Padm = Rk /F Sg
, COM
F Sg = 1, 4
Eq. (2)
Já quando for utilizado o método de valores de cálculo, a força resistente de cálculo terá de
empregar a equação 3:
Rd = Rk /γm
, COM
γm = 1, 0
Eq. (3)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Por fim, existe ainda a ELS em relação ao solo de fundação ou ao elemento estrutural de
fundação. Para situações aceitáveis, os valores devem obedecer à seguinte equação:
Ek ≤ C
Eq. (4)
Em que:
Ek
é o valor característico do efeito das ações (por exemplo, recalque estimado). Esse efeito
é calculado tendo em consideração os parâmetros geotécnicos característicos e as ações
características.
é o valor limite de serviço (admissível) do efeito das ações (por exemplo, recalque
aceitável).
SAIBA MAIS
A ABNT NBR 6122:2019 dispõe sobre os valores limites dos deslocamentos das fundações.
Nesse quesito, é preciso, dentro dos limites de serviço, avaliar os recalques e os
levantamentos excessivos decorrentes, por exemplo, de expansão do solo e/ou de vibrações
inaceitáveis.
MÉTODO DA TENSÃO ADMISSÍVEL PARA
SATISFAZER AO ELU
Budhu (2013, p. 169) apresenta uma tabela com os valores típicos para essa FS:
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO À INVESTIGAÇÃO DE
GEOTÉCNICA
Já dizia Terzaghi (1883-1963), considerado o pai da mecânica dos solos:
Diante disso, este módulo tem como objetivo apresentar a importância do processo de
investigação de subsolo, bem como os principais processos que existem, apontando suas
vantagens e desvantagens e os resultados gerados para efeitos de projeto.
Há vários tipos de solo. Cada um conta com suas respectivas propriedades físicas, químicas e
compacidade relativa. O conjunto dessas propriedades o caracteriza e promove tais
características, fazendo com que ele possa ser identificado como um solo resistente (ou não).
ATENÇÃO
Outro fator muito importante durante o processo de investigação de subsolo – e que influencia
diretamente nos projetos de engenharia – é a posição do nível d’água.
De maneira geral, pode-se dizer que a investigação do subsolo objetiva buscar um conjunto de
fatores que funciona como a base para o projetista elaborar um projeto de fundações com as
melhores especificações técnicas e o mais seguro possível.
Objetivos da sondagem.
INVESTIGAÇÃO DE SUBSOLO
ETAPAS
Para que uma sondagem ofereça todo esse conjunto de informações, é necessário haver a
definição de um programa de investigação.
INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR
Ela busca conhecer as principais características do subsolo. Trata-se de uma etapa de
reconhecimento – também descrita por alguns autores como uma “investigação de escritório”.
Nessa etapa, buscam-se os dados publicados em órgãos. Listaremos alguns dados e órgãos
a seguir:
INVESTIGAÇÃO EXPLORATÓRIA
Busca-se identificar nela a natureza do solo.
Exemplo
Exemplo
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR
Na fase de investigação complementar ou de projeto, o objetivo é analisar os relatórios de
sondagem emitidos a fim de, com isso, orientar a escolha do tipo de fundação ideal para o
projeto em questão.
Todas essas fases são influenciadas diretamente em função do tipo de obra a ser executada.
Do ponto de vista da investigação geotécnica, as obras podem ser agrupadas em três grupos:
Barragens de concreto.
Muros de arrimo.
Condutos enterrados.
Cortinas.
Escoramentos.
Túneis.
OBRAS DE TERRA
Aterros em geral.
Barragens.
Enrocamentos.
TALUDES NATURAIS
Encostas.
No caso das edificações, a preocupação com a investigação geotécnica tem de surgir quando
se planeja a aquisição do terreno. Não são raros os casos nos quais os custos com as
fundações inviabilizam financeiramente o empreendimento.
Dessa forma, a investigação geotécnica terá de ser entendida como fator fundamental da etapa
dos projetos de engenharia. Em função do empreendimento e/ou da complexidade de uma
obra, será adotado o procedimento mais adequado para tal investigação.
ENSAIOS DE CAMPO
As informações adequadas das condições do subsolo são um fator muito importante para a
análise das condições que podem influenciar o projeto e a construção de obras em geral,
principalmente as geotécnicas. Por isso, pode-se afirmar que a investigação da área do
subsolo local deve ser uma parte dos elementos que compõem o projeto.
ATENÇÃO
Ao contrário dos que muitos fazem, a investigação geotécnica não pode ser sacrificada.
Mesmo que ela possua um custo inicial com o qual muitos não querem arcar, tais dados podem
evitar problemas futuros.
No que tange à investigação geotécnica, muito se ouve falar do ensaio de penetração padrão.
Popularmente chamado de SPT (ou sondagem simples), tal ensaio é regido pela ABNT NBR
6484.
Porém, além do SPT – o mais utilizado e um dos mais simples tecnicamente falando –, muitos
outros ensaios podem fornecer os dados necessários para a análise do solo e complementar
aqueles encontrados no ensaio de penetração padrão.
Dos ensaios de campo mais empregados no processo de investigação geotécnica, podem ser
relacionados os seguintes:
Ensaio de penetração dos solos ou de simples reconhecimento do solo – NBR
6484:2020.
Revisada em 2020, ela dispõe sobre o solo, a sondagem de simples reconhecimento com SPT
e o método de ensaio.
ENSAIOS DESTRUTIVOS
Visualmente, esses ensaios podem ser diferenciados na imagem a seguir. Verifica-se nela as
distinções entre os equipamentos e a forma como os gráficos são gerados:
Ensaios de campo.
Tais ensaios podem ser classificados como destrutivos, pois eles consistem na investigação
do subsolo a partir de equipamentos que necessitam da retirada de amostras a fim de obter as
suas características e/ou interferem nas condições naturais do solo.
Ainda existem aqueles definidos como não destrutivos. Tais ensaios – popularmente
conhecidos como mapeamentos da superfície que utilizam métodos geofísicos – se
caracterizam por não influenciarem nas condições naturais do solo com o propósito de obter
suas características.
Levantamentos sísmicos.
Conforme apontamos, o ensaio de penetração dos solos – popularmente conhecido como SPT
– é um dos ensaios de investigação geotécnica mais difundidos no mundo e no Brasil. Por
conta disso, daremos ênfase a seu processo executivo, apontando as vantagens e as
desvantagens dele. Em seguida, ofereceremos um exemplo prático de um relatório de
sondagem.
A norma brasileira que regulamenta o método SPT é a ABNT NBR 6484. Contudo, cabe
ressalvar que, durante o processo de aplicação dessa norma, diversas outras são utilizadas em
conjunto. As mais comuns são:
NBR 8036:1983: programação de sondagens de simples reconhecimento do solo para
fundações de edifícios – procedimento (confirmada em 2018).
De modo geral, entende-se o ensaio de SPT como um método que fornece uma medida de
resistência dinâmica a cada metro e retira uma amostra do solo conjugada a uma sondagem de
simples reconhecimento.
Em solos granulares, ele serve como um indicativo da densidade. Já no caso dos coesivos, o
SPT funciona como um indício de consistência.
Segundo a própria NBR 6484:2020, dois sistemas de ensaio são apresentados para a
definição desses resultados: o manual e o mecanizado. Não necessariamente serão fornecidos
para ambos os mesmos resultados do índice de resistência.
EQUIPAMENTOS
Hastes
Martelo
Cabeça de bater
Conjunto de perfuração
Esses componentes podem ser mais detalhados segundo as especificações da própria NBR
6484:2020:
Tubos de revestimento
Hastes de perfuração/cravação
Trado helicoidal
Trépano/peça de lavagem
Amostrador-padrão
Cabeça de bater
Martelo padronizado
Baldinho para esgotar o furo
Equipamentos do SPT.
Todos os equipamentos utilizados no ensaio SPT são normatizados pela NBR 6484. Ela
identifica quais devem ser as características dos materiais, assim como suas dimensões, seu
peso etc.
Amostrador-padrão “Raymond”.
Cabeça
Corpo
Sapata
Seu diâmetro externo deve ser de (50,8 ± 2)mm; o interno, de (34,9 ± 2)mm. A cabeça precisa
possuir dois orifícios laterais para a saída de água e ar, além de conter em seu interior uma
válvula constituída por uma esfera de aço recoberta de material inoxidável.
O corpo normalmente é formado por um tubo bipartido, que deve ser perfeitamente retilíneo e
estar isento de qualquer deformação capaz de alterar a seção. A sapata, que é a ponta do
amostrador através da qual o solo entra, tem de ser de aço temperado e estar isenta de trincas.
Amostrador SPT bipartido.
HASTES
Acopladas por roscas e luvas em bom estado devidamente atarraxadas, elas formam um
conjunto retilíneo em segmentos de 1.000mm (± 10mm) e/ou 2.000mm (± 10mm).
MARTELO
Segundo características técnicas da norma, o martelo padronizado tem de possuir uma massa
de ferro de forma prismática ou cilíndrica. Deve ser encaixado na parte inferior um coxim de
madeira dura que funcione como um amortecedor a fim de não quebrar o peso.
Esse martelo ainda pode ser de vários modelos, sendo, em geral, maciço ou vazado. Se for
maciço, ele precisará possuir uma “haste-guia” de 1,20m de comprimento fixada em sua face
inferior que siga o mesmo eixo de simetria longitudinal a fim de, desse modo, garantir a
centralização do impacto na queda. Já no vazado deve haver um furo central de 44mm de
diâmetro.
ATENÇÃO
Independentemente do modelo, o conjunto total do equipamento precisa ter uma massa total
de 65kg.
A figura a seguir apresenta uma relação de vários tipos de martelo apresentados na literatura:
Tipos de martelo.
TRADOS
O mais comum é o trado-concha (ou cavadeira manual), cujo diâmetro deve ser compatível
com o tubo de revestimento.
Trado helicoidal
O trado helicoidal precisa apresentar uma diferença entre o diâmetro do trado helicoidal
(diâmetro mínimo de 56mm) e o diâmetro interno do tubo de revestimento. Tal diferença tem de
estar compreendida entre 5mm e 7mm a fim de permitir sua operação dentro desse tubo e para
que, como consequência disso, o amostrador-padrão possa descer livremente dentro da
perfuração.
Nessa planta, deve ser identificado o referencial de nível (RN) com uma cota preferencialmente
georreferenciada a ser adotada para o nivelamento dos pontos de sondagem:
Locação dos furos.
Esse piquete deve ter gravada a identificação do ponto de sondagem e estar suficientemente
cravado no solo, servindo de referência de nível para a execução da sondagem e a posterior
determinação de cota por meio de um nivelamento topográfico.
Confirmada em 2018, a ABNT NBR 8036:1983 postula que o número de sondagens e sua
localização em planta dependem de:
Dessa forma, o número de sondagens tem de ser o suficiente para fornecer o melhor quadro
possível da provável variação das camadas do subsolo do local em estudo. Diante disso, deve-
se dar atenção à locação dos furos para que eles não fiquem alinhados:
Locação dos furos – desalinhamento.
Em relação à quantidade de furos, a ABNT NBR 8036:1983 prevê uma quantidade mínima de
perfurações. Cabe ao projetista, portanto, decidir se precisa ou não de mais furos de
sondagem.
Segundo essa norma, o número mínimo de furos para as projeções de área em planta da
edificação se divide em:
Seis sondagens + 1 para cada 400m² (ou fração) que exceder 1.200m² para áreas de
1.200m² até 2.400m².
Para áreas acima de 2.400m², não existe uma orientação. Já em uma obra sem projeto de
implantação (estudo preliminar), há a distância máxima de sondagens de 100m e um número
mínimo de três sondagens.
PROFUNDIDADE
A profundidade a ser explorada por sondagens de simples reconhecimento ocorre, para efeito
do projeto geotécnico, em função de:
Tipo de edifício.
Como um guia para a estimativa da profundidade segundo tal critério, pode ser usado o gráfico
da figura a seguir (proposto pela ABNT NBR 8036:1983):
Em que:
q = Pressão média sobre o terreno (peso do edifício dividido pela área em planta).
γ = Peso específico médio estimado para os solos ao longo da profundidade em questão.
D = Profundidade da sondagem.
ATENÇÃO
Nas situações em que a edificação for composta em planta por vários corpos, o critério anterior
se aplicará a cada elemento dela.
O procedimento da sondagem começa com uma escavação inicial feita com a utilização do
trado-concha ou da cavadeira manual até atingir a profundidade de 1m. A partir desse ponto,
segue o ensaio com a utilização dos equipamentos que o compõem:
Equipamento para o Ensaio SPT.
Apoia-se a sapata com ponta cortante no fundo do furo, sendo realizadas marcações de 15
centímetros na haste. Elas se repetem por três vezes, o que totaliza uma marcação total de
45cm.
Nspt
.
Procedimento de cravação do amostrador.
ATENÇÃO
ATENÇÃO
A estabilidade da parede do furo deve ser avaliada. Se ela for instável, ele terá de ser
revestido. Nas fundações profundas em solos instáveis, pode-se utilizar a lama bentonítica no
lugar do revestimento.
CRITÉRIOS DE PARADA
10M DE RESULTADOS
Obtenção de 10m de resultados consecutivos indicando
8M DE RESULTADOS
Obtenção de 8m de resultados consecutivos indicando
6M DE RESULTADOS
Obtenção de 6m de resultados consecutivos indicando
O ensaio de perfuração por lavagem deve ter duração de 30 minutos, anotando o avanço
a cada 10 minutos.
ATENÇÃO
Se ocorrerem casos assim, a designação de impenetrável ao trépano/peça de lavagem terá
de constar no relatório.
RESULTADOS
Nesse contexto, ele apresenta um cabeçalho no qual constam informações acerca de:
Cliente
Obra
Local
Nspt
Nspt
MÓDULO 4
Técnico
Econômico
Mercado
Desse modo, a escolha do tipo de fundação depende de vários fatores além daqueles
elencados a seguir:
Natureza do subsolo
ATENÇÃO
Algumas situações mais complexas de solo e de carga podem gerar grandes dúvidas. Nesse
caso, não se deve arriscar: o mais correto é contratar os serviços de um consultor de solo.
Alguns autores e profissionais da área costumam trabalhar com uma espécie de roteiro, ou
seja, um algoritmo para a escolha do tipo de fundação. Observe a sequência a seguir:
(projeto estrutural)
Observar que a fundação direta tem sempre um custo menor que o da indireta.
Verificar se é mais indicado o uso de sapata isolada ou corrida. A isolada é usada para cargas
concentradas pilares; a corrida, para aquelas distribuídas linearmente alvenarias.
SE A FUNDAÇÃO FOR PROFUNDA
Optar pela opção de menor custo normalmente é broca. Para usá-la, a carga do pilar não deve
ultrapassar 40 tf. Além disso, o SPT deve ser de, no mínimo, 12, enquanto a profundidade não
pode ser superior a 6 metros.
Verificar a tensão admissível do solo.
Avaliar a profundidade de assentamento da fundação.
Analisar o recalque provocado pelas cargas.
ATENÇÃO
A avaliação pela resistência à penetração do solo é uma análise direta que permite a
verificação ainda em campo das condições iniciais do terreno. A fim de auxiliar nessa análise, o
anexo A da NBR 6484:2020 possui um informativo cujos valores de sondagem classificam a
consistência/compacidade do solo:
Índice de resistência à
Solo Designação a
penetração N
≤4 Fofa(o)
19 a 40 Compacta(o)
6 a 10 Média(o)
11 a 19 Rija(o)
20 a 30 Muito rija(o)
> 30 Dura(o)
Como podemos observar na tabela 4, a resistência à penetração de solo do tipo areias e siltes
arenosos, possuem uma compacidade mediana, pois:
9 ≤ Nspt ≤ 18
Nspt ≥ 8
ATENÇÃO
Isso é apenas um dos parâmetros que devem ser analisados para se optar por uma fundação
superficial.
Um solo dito como ruim para determinada edificação, o que a levaria a utilizar uma fundação
profunda, pode não ser ruim para outra. Por isso, é importante analisar o conjunto de
informações, e não apenas uma delas, principalmente no que tange à tensão admissível do
solo.
Logo nessas primeiras camadas, o solo precisa ter resistência suficiente para suportar as
cargas. Deve-se tomar cuidado com bolsões de argila mole (muito comuns em regiões
litorâneas).
Nspt
obtidos na sondagem a percussão com a resistência do solo. Segundo Rebello (2008), uma
maneira bastante rápida e simples de correlacionar tais valores é a fórmula empírica
apresentada nesta equação:
kgf
σadm = √N − 1 ( )
2
cm
Eq. (5)
Em que:
σadm
COMPRESSÃO DO SOLO
ATENÇÃO
A relação acima não considera o tipo de solo. Isso pode ser considerado uma fragilidade do
método, já que seu tipo, seja ele arenoso ou argiloso, influencia diretamente nos resultados da
resistência à penetração do solo. Afinal, apesar de o SPT em uma areia ser maior que na
argila, sua resistência pode ser menor devido ao atrito na penetração do amostrador.
Normalmente, essa equação é utilizada em campo por ser simples e de fácil memorização.
Existem na literatura outras fórmulas empíricas que levam em conta o tipo de solo, o que lhes
confere um carácter mais preciso.
N
σadm =
40
Eq. (6)
ARGILA SILTOSA:
N
σadm =
50
Eq. (7)
ARGILA ARENOSILTOSA:
N
σadm =
75
Eq. (8)
Em que
é o valor do SPT, enquanto todos os resultados fornecidos por essas fórmulas tem como
unidade MPa (Mega Pascal).
Os valores da tensão admissível do solo podem ser confrontados com valores do
Nspt
0a4 0a1
5a8 1a2
Areia e silte
9 a 18 2a3
19 a 40 ≥4
0a2 0 a 0,25
3a5 0,5 a 1
Argila 6 a 10 1,5 a 3
11 a 19 3a4
≥ 19 ≥4
A literatura ainda propõe várias equações que são utilizadas para estimar a capacidade de
carga dos solos. Todas elas são direcionadas para o cálculo da capacidade de carga, porém é
importante entender quais são as hipóteses e as considerações utilizadas na aplicação de cada
uma.
A determinação da resistência do solo em função do SPT pode ser obtida com base na
capacidade de carga última. De acordo com Budhu (2013), as equações teóricas de
capacidade de carga para uso comum em projetos de fundações foram obtidas por meio do
método de equilíbrio limite.
Esta equação apresenta uma formulação geral da equação para o cálculo da capacidade de
carga última:
1
′
σult = c Nc + γBNγ + qs Nq
2
Eq. (9)
Em que:
Ni
= Fatores de forma.
′
C
= Base da sapata.
qs
Ni
) podem ser obtidos por tabelas. As mais utilizadas e encontradas na literatura são as de
Meyerhof e Terzaghi.
Os fatores de forma se dividem em:
(Nq )
π×tan∅
Nq = N∅ × e
Eq. (10)
Fatores geométricos
(NC )
Nc = cot ∅ × (Nq − 1)
Eq. (11)
Fatores de compressibilidade
(Nγ )
Nγ = 2 tan ∅ × (Nq + 1)
Eq. (12)
Em que:
∅
N∅
é uma correção obtida a partir desse ângulo de atrito do solo (equação 13).
2
N∅ = tan (45 + ∅/2)
Eq. (13)
A partir do cálculo da capacidade de carga última do solo, pode-se obter o valor da tensão
admissível do solo. Para isso, dividir seu valor por um FS contra a ruptura:
σult
σadm =
FS
Eq. (14)
Coeficiente de
Fator de
Métodos para determinação da ponderação da
segurança global
resistência última
resistência última
F Sg
γmc γmc
Valores propostos
Valores propostos
no próprio
Semiempíricosa no próprio processo
processo e, no
e, no mínimo, 2,15.
mínimo, 3,00.
Semiempíricosa ou analíticosb
acrescidos de duas ou mais provas de
carga necessariamente executadas na 1,40 2,00
c Em todas as situações de
γm , γm = 1, 4γm
γf = 1, 4
(majoração) para o esforço atuante se estiver disponível apenas seu valor característico;
se já for fornecido o valor de cálculo, nenhum coeficiente de ponderação deverá ser
aplicado a ele.
A consistência/compacidade.
O atrito lateral.
Areias
Tensão Ângulo de
Atrito lateral
SPT Consistência admissível atrito
(kgf/cm²)
(kgf/cm²) interno
9– Medianamente
1,00 – 3,00 0,50 – 1,20 35ᵒ - 40ᵒ
18 compacta
19 –
Compacta 2,00 – 5,00 1,20 – 1,90 40ᵒ - 45ᵒ
41
Tensão Ângulo de
Atrito lateral
SPT Consistência admissível atrito
(kgf/cm²)
(kgf/cm²) interno
8–
Rija 1,00 – 2,00 0,40 – 0,80 -
15
15 –
Muito rija 2,00 – 4,00 0,80 – 1,20 -
30
Este item obedece às recomendações e à definição dadas pela NBR 6122:2019 em relação à
classificação da fundação como rasa. Segundo essa NBR:
RECALQUE
A estimativa de recalques deve ser feita com o objetivo de promover a segurança contra
deformações excessivas, buscando ainda resultados que possam viabilizar as fundações
diretas – desde que permaneçam dentro do valor admissível.
A literatura, em geral, recomenda que o recalque total não ultrapasse 10cm. Tal valor
obviamente é uma suposição. Ele depende, na verdade, do tipo de obra.
Pinto (2006, p. 183) afirma que a determinação das deformações devidas a carregamentos
verticais (recalques) na superfície do terreno pode ser de dois tipos:
Imediatas
Lentas
Deformações observadas de forma lenta após a aplicação das cargas. Elas ocorrem graças ao
fenômeno de adensamento do solo.
ADENSAMENTO DO SOLO
SAIBA MAIS
RECALQUE IMEDITADO
Teoria da elasticidade.
RECALQUE DE ADENSAMENTO
Expulsão da água dos vazios de camadas de argila.
RECALQUE SECUNDÁRIO
′ ′
Ho σ + Δσ σp
0
ΔH = × [Cc ⋅ log( ) + Cr ⋅ log( )]
′ ′
1 − e0 σp σo
Eq. (15)
Vê-se que:
Cc
= Coeficiente de compressibilidade
CR
= Coeficiente de recompressão
= Espessura da camada
e0
Δσ
= Acréscimo de tensões
′
σ
0
′
σp
= Tensão de pré-adensamento
Os acréscimos de tensões aplicados na fórmula para o cálculo de recalque são calculados por
fórmulas empíricas.
• Boussinesq
3Q
Δσ =
5/2
r 2
2
2πz [1 + ( ) ]
z
Eq. (16)
Eq. (17)
• Newmark
Δσ = q0 ⋅ f (m, n)
Eq. (18)
Em que:
a b
m = ,n = e f (m, n) = Iz − F atordeI nf lu ê ncia
z z
Ainda existem outras soluções para o cálculo de acréscimo de tensões no solo. Destacaremos
três delas a seguir:
Eq. (19)
Exemplo: Estradas.
3/2
⎧
⎪ ⎫
⎪
⎡ 1 ⎤
Δσ = q ⎨1 − ⎬
2
⎩ ⎣ R ⎦ ⎭
⎪ 1 + ( ) ⎪
z
Eq. (20)
Δσ = γAterro hAterro
Eq. (x21)
Estimativa de recalques:
Se
Recalque aceitável.
Se
Se
Verificações semelhantes ainda podem ser feitas para a análise da tensão admissível.
O cálculo da tensão admissível será tratado em outro conteúdo, mas é importante saber que
um dos parâmetros utilizados para seu cálculo é o resultado da resistência à penetração do
solo obtido por intermédio do ensaio de sondagem SPT.
Se
Tensão aceitável.
Se
qestimado ≫ q → q >> q →
í
admiss vel estimado admissivel
Se
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecemos neste conteúdo os conceitos e definições sobre o que é um projeto de fundações,
sua importância e os principais tipos. Verificamos também quais sãos as principais ações, as
solicitações e a segurança para dimensionar um projeto de fundações dentro dos conceitos de
projeto, ou seja, as condições necessárias para o dimensionamento com base no estado limite
último e no estado limite de utilização (serviço).
PODCAST
Ouça um resumo sobre os principais tópicos abordados feito pela especialista Dayanne
Severiano Meneguete.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122:2019. Projeto e execução
de fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6484:2020. Sondagem de
simples reconhecimento com SPT — método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
CINTRA, J. C. A. et al. Fundações: ensaios estáticos e dinâmicos. 1. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2013.
CINTRA, J. C. A. et al. Fundações por estacas: projeto geotécnico. 1. ed. São Paulo: Oficina
de Textos, 2010.
PINTO, C. de S. Curso básico de Mecânica dos solos com exercícios resolvidos. 3. ed.
São Paulo: Oficina de Textos, 2006.
EXPLORE+
Leia o artigo intitulado Estacas geotérmicas em solo arenoso saturado: efeito da utilização de
grupos de estacas na dissipação de calor no site do Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT).
CONTEUDISTA
Dayanne Severiano Meneguete