Coas de História - Eja

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

DE FEIRA DE SANTANA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

HISTÓRIA
2021
PREFEITURA MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Colbert Martins da Silva Filho


Prefeito Municipal de Feira de Santana

Professora Anaci Bispo Paim


Secretária Municipal de Educação

Antonio Carlos Martins Argolo


Chefe de Gabinete

Professora Jozelia Araujo Oliveira


Diretora do Departamento de Ensino

Professora Rosemeire da Silva Oliveira


Chefe da Divisão de Ensino Especial
Realização: Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana
Coordenação Geral: Núcleo de Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Elaboração da versão preliminar dos Cadernos de Objetivos de Aprendizagem (COA):

● Ednalva Santos da Silva


● Miriam Alda de Oliveira Santos
● Simone dos Santos Borges

Elaboração da Versão Final (Professoras/es-autoras/es da Rede Pública Municipal de Educação de Feira de Santana)1:
Eide Freitas Freire de Carvalho Cairo Graças Ferreira da Silva, Miriam Alda de
Acácia N. Braz Gonçalves, Alinéa da
Maltez, Elenoide Maria Mascarenhas de Oliveira Santos, Odete de Lemos, Sidélia
Cruz Lopes, Ana Célia Carneiro de
Oliveira, Elice Lima de Matos, Elizabete Castro de Oliveira, Silvia Marli Tavares
Oliveira Garrido, Ana Cláudia C. de A.
Silva de Jesus Lopes, Geovania Freitas de Santos Teixeira, Simone dos Santos
Teixeira, Antonia Cerqueira de Oliveira,
Jesus, Herbert de Barros Oliveira, Jaceli Borges, Tadeu Baliza de Souza Júnior,
Carla Teixeira Machado Batista, Carla
da Silva Cerqueira, Joilton dos Santos Tania Maria C. da Costa, Tatiane Pereira
Virginia E. Ressurreição, Celi Mendes
Silva, Josenilda Débora Santos Silva, de Jesus, Thomasweshy Eugenio de
Rios, Cláudia Braga de Queiroz, Doralice
Juliana Ferraz de Andrade Magalhães, Albuquerque Moura, Vanessa dos Santos
Lôbo Borges, Ednalva Santos da Silva,
Karine Brandão Oliveira Rios, Maria das Teles.
Organização do Documento:
● Andréa Santos Quintela,
● Maria Auxiliadora Freitas Pimenta de Araújo,
● Maria Ivete Santos Nascimento,
● Marly Pereira Araujo Damasceno,
● Valeria Freitas de Lima e Freitas.

Apresentação

Prezados colegas Professoras/es, coordenadoras/es e gestoras/es!

O presente documento apresenta os Objetivos de Aprendizagem para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Rede Pública Municipal de
Educação de Feira de Santana, que foram elaborados a partir da Proposta Curricular e dos documentos oficiais destinados à EJA.

A Proposta Curricular é um documento basilado em concepções teórico-metodológicas de orientação para o desenvolvimento do currículo nas
escolas da Rede Pública Municipal de Educação de Feira de Santana, que foi construído coletivamente, quando foram ouvidas/os
professoras/es, gestoras/es, coordenadoras/es, estudantes, pais e movimentos sociais, com o intuito de retratar a realidade e os anseios do
público alvo da EJA.
Em 2020 fomos surpreendidos com a pandemia da COVID 19, fato que nos afastou do trabalho em sala de aula, período de incertezas,
momento de reinventarmos o trabalho pedagógico. E assim o fizemos até o fim de 2020 com encontros virtuais sobre temáticas pertinentes à
EJA, entre elas a Proposta Curricular da Educação de Jovens e Adultos que está no prelo e os Cadernos de Objetivos de Aprendizagem da
Rede Pública Municipal de Ensino de Feira de Santana (COAS), documento este que serviu também, de norteador para a construção dos COAS
da Educação de Jovens e Adultos.
Para o enfrentamento desse novo momento, documentos orientadores foram construídos como a Orientação e Sugestão para Reorganização
Curricular 2020/2021(ORSC) visando a Retomada Pedagógica Não presencial, Híbrido e 100% Presencial.
Por conceber o currículo em seus movimentos de construção e reconstrução do conhecimento, não podemos deixar de considerar as vozes,
consonantes e dissonantes, das/os professoras/es e estudantes que o configuram em suas salas de aula. Organizamos os objetivos que
comporam o Currículo Essencial para esse momento de emergência, atendendo às especificidades da Educação de Jovens e Adultos, assim
como, as necessidades dos estudantes dessa modalidade.
Os COAS que hora apresentamos, foram frutos das discussões e reflexões nos espaços formativos nesse contexto pandêmico que poderão ser
ampliados, reconfigurados e reordenados posteriormente de acordo com cada realidade escolar.
Para fins de organização pedagógica, o documento foi estruturado da seguinte forma:

● Cada disciplina apresenta a concepção que norteia seu ensino


● Os objetivos de aprendizagem estão sistematizados de acordo com as especificidades teóricas de cada disciplina (práticas, conceitos,
linguagens etc.);
● Cada especificidade teórica vem acompanhada de uma ementa e/ou concepções que a norteia;
● As concepções de cada disciplina se encontram fundamentadas nos cadernos das referidas Propostas Curriculares da Rede Pública
Municipal de Educação;
● A temática Educação para Relações Etnicorraciais, com base nas legislações federais, estaduais e municipais a efeito das Leis
nº10.639/03 e nº11.645/08, que incluem no currículo da Educação Básica a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena foram trazidas nos COA de forma transversal;
● A temática de Educação Ambiental está contemplada nos COA, também de forma transversal, conforme as Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Básica (2013) e demais legislações nos âmbitos federal, estadual e municipal;
● A ideia de progressão do conhecimento foi a base metodológica deste documento.

Para leitura e estudo do documento


Tomando como ponto de partida a ideia de progressão dos conhecimentos, traçamos os objetivos de aprendizagem do Ensino Fundamental.
Nesta compilação dos objetivos, a progressão foi representada por quatro ações-chave: introduzir, aprofundar, consolidar e retomar.
• INTRODUZIR (I) significa fazer a mediação inicial entre o conhecimento a ser ensinado e o contexto sociocultural do estudante;
• APROFUNDAR (A) indica o trabalho pedagógico sistematizado para desenvolver a aprendizagem dos estudantes nas respectivas
disciplinas escolares;
• CONSOLIDAR (C) indica o fortalecimento dos avanços pedagógico-curriculares dos estudantes.
Destacamos que a primeira vez que o objetivo aparece como consolidado, é o ano que espera-se essa consolidação. Todavia, isso não inviabiliza
a retomada do objetivo nos anos subsequentes. Assim, a ação-chave CONSOLIDAR, não deve ser entendida como finalização de um processo
mais amplo de aprendizagem do estudante. Nessa perspectiva, sublinhamos a ação-chave RETOMAR, como construção dos conhecimentos
(considerada conteúdo atitudinal das/os professoras/es) que deve transversalizar todo o processo. Em outras palavras, mesmo quando se tratar
de conceitos e conteúdos já introduzidos, aprofundados e consolidados em períodos/anos anteriores, os conhecimentos devem ser retomados, se
for o caso, em um movimento progressivo.
Evidenciamos que esse processo de construção colaborativa e coletiva não se encerra neste documento, visto que as escolas na discussão e
construção de suas Propostas Curriculares, a partir de suas realidades locais, podem e devem suscitar novas contribuições e “novos olhares”
para este documento que não se esgota em si mesmo.
Bom trabalho!
“Você não pode ensinar nada a ninguém, mas
pode ajudar as pessoas a descobrirem por si
mesmas.” Galileu Galilei

SUMÁRIO
1. CONCEPÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE FEIRA DE
SANTANA
1.1. SUJEITOS HISTÓRICOS

1.2.TEMPORALIDADE

1.3.FONTES HISTÓRICAS

1.4.FATOS HISTÓRICOS

REFERÊNCIAS

CONCEPÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE FEIRA DE


SANTANA

Na Educação de Jovens e Adultos (EJA) a disciplina História ocupa um espaço importante na formação de homens e mulheres que não
tiveram oportunidades para acessar a escola na infância ou tiveram uma experiência de fracasso escolar, tendo em vista o contexto sociocultural
ao qual estão inseridos. Nesse sentido, a História proporciona conhecimento a esses sujeitos sociais que vão além dos fatos históricos, ela
permite adquirir habilidades que nos auxiliam a observar de forma crítica as relações de poder estabelecidas na sociedade, bem como, melhor
exercer a cidadania e se preparar para os desafios no mundo trabalho na contemporaneidade.
Conhecer a História é compreender como os movimentos sociais surgem, a tecnologia avança, as relações políticas e os conflitos de
poder são alterados ao longo do tempo, o desenvolvimento das relações econômicas e ou ecológicas, bem como a constituição da cidadania
como uma luta permanente dos sujeitos históricos.

Tal compreensão é o que nos permite descrever na linha de um determinado período histórico, com seus marcos ou fatos sociais e ao
identificar as fontes que nos auxiliam a escrever a história da humanidade, começando pela história de nossa vida, família, cidade, país e do
mundo em que vivemos.

O trabalho desenvolvido na EJA visa a valorização dessa História, seja ela local ou não, contribuindo para a formação da identidade e o
exercício da cidadania, contemplando os saberes do mundo do trabalho de seus educandos, por isso, a importância de um documento como este.
Os objetivos de aprendizagem foram sistematizados de acordo com o contexto social de jovens, adultos e idosos presentes em nossas salas de
aula, os quais entendemos possuir níveis de aprendizagem e realidades de vida diferentes, o que exige uma atuação diferenciada pelos
professores e professoras na busca permanente de práticas pedagógicas que os auxiliem a formação crítica enquanto atores sociais.

1.1. SUJEITOS HISTÓRICOS

A história busca compreender como mulheres e homens pensam/pensaram, vivem/viveram, comunicam/comunicaram suas vidas e de suas
sociedades em diferentes tempos e espaços. A disciplina de história na Educação de Jovens e Adultos visa através da teia de confecção entre o
passado, presente, futuro, apresentar a relação do homem com o homem, do homem com o poder, do homem com o tempo, do homem com o
espaço.

Numa perspectiva que apresenta os sujeitos históricos como protagonistas da história que contribuíram com a construção da sociedade e devem
ser reconhecidos como homens e mulheres que lutaram para defender seus interesses, sua classe social e seus direitos. A proposta da EJA
propõe o ensino de história que questiona o discurso unilateral e dominante que aponta apenas a versão de um dos lados da história, onde as
classes inferiores sempre ocupam o lugar de réu. Mas propor uma visão crítica dos acontecimentos identificando os interesses e as relações de
poder estabelecidas.

Apresentar esses sujeitos históricos de forma contextualizada para melhor compreensão do estudante, destacando a atuação de pessoas da
comunidade que realizam trabalhos e lutas significativas para o bem estar social coletivo.

Objetivos Gerais Segmento I Segmento II


EST I EST II EST III EST IV EST V
I A C I A C I A C I A C I A C
1. Conceituar História, com destaque para os sujeitos em suas variações X X X X X X X X
de classes, etnicorraciais, de gênero, culturais que a movimentam ao
longo dos tempos.

2. Identificar aspectos próprios do crescimento do estudante, por meio do X X X X X


registro das lembranças particulares, de lembranças dos membros de sua
família ou membros de outros grupos sociais de seu convívio.

3. Estabelecer relações entre as histórias dos estudantes, de seus X X X X X X X X


familiares e a História local.
4. Diferenciar o ambiente doméstico e o ambiente escolar, reconhecendo X X X X X X X X
as especificidades dos hábitos, das regras e das funções que os regem,
identificando espaços, práticas e papéis de sociabilidade e os motivos
que aproximam e separam as pessoas em diferentes grupos.

5. Estabelecer e relacionar diferenças entre formas de trabalho e X X X X X X X X


trabalhadores realizadas na cidade e no campo,
considerando também a noção e o uso da tecnologia nesses diferentes
contextos

6. Discutir o papel das culturas e das religiões na composição identitária X X X X X X X X X


dos povos antigos e atuais.

7. Identificar as transformações sociais ocorridas nos processos de X X X X X X X


deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de
adaptação ou marginalização e contribuições para a formação da
sociedade Feirense, Baiana e Brasileira.

8. Reconhecer, em seus lugares de vivência e em suas histórias X X X X X X X


familiares, elementos de
distintas culturas (europeias, latino-americanas, africanas,
afro-brasileiras, indígenas, ciganas, mestiças etc.), valorizando o que é
próprio em cada uma delas e sua contribuição para a formação da
cultura local e brasileira.

9. Relacionar o conceito de cidadania ao processo de conquista histórica X X X X X X X X X


de direitos dos povos e das sociedades.
10. Pesquisar aspectos e modos de vida específicos das sociedades X X X X
africanas e americanas antes da chegada dos europeus, com destaque
para as formas de organização social e o desenvolvimento de saberes e
técnicas, descrevendo a lógica das transformações ocorridas na natureza
e na paisagem de diferentes sociedades e comunidades, com destaque
para os povos indígenas e quilombolas, identificando e problematizando
o caráter e a lógica dos confrontos, conflitos, alianças e resistências
entre os indígenas, africanos e portugueses no processo de formação do
povo brasileiro.

11. Identificar e discutir os protagonismos e a participação de diferentes X X X X


grupos sociais e étnicos nas lutas de independência no Brasil, na
América espanhola e no Haiti.

12. Discutir e construir os conceitos de império e imperialismo no X X X X


mundo antigo e moderno e analisar diferentes formas de relações
assimétricas entre os povos envolvidos (africanos, americanos, europeus
e asiáticos).

13. Reconhecer e valorizar o patrimônio étnico-cultural e artístico X X X X


brasileiro para reconstrução de memórias e identidades historicamente
subalternizadas. Destacando a condição de escravizados dos negros
(africanos e afrodescendentes) em diferentes períodos analisando os
mecanismos e dinâmicas de sua comercialização para identificar os
sujeitos responsáveis pelo tráfico de pessoas, as regiões e zonas
africanas de procedência dos escravizados, analisando os mecanismos e
as dinâmicas deste comércio no Brasil (no período colonial e imperial).
14. Problematizar as formas de inserção dos negros na sociedade X X X X
brasileira pós-abolição e discutir os seus resultados, comparando em
meio a lógicas de inclusão e exclusão, as pautas dos povos indígenas e
das populações afrodescendentes no contexto republicano (antes e após
1964)

15. Estabelecer relações entre as lutas e conquistas de direitos políticos, X X X X


sociais e civis (Histórias Local e Nacional) e a atuação de sindicatos,
associações e grupos de mulheres na luta pela garantia destes direitos e
Relacionar o processo de afirmação dos direitos de “minorias” étnicas,
religiosas, de gênero, de sexo, regionais e deficientes com a Carta dos
Direitos Humanos, discutindo o papel da mobilização da sociedade
brasileira, com destaque para o final da ditadura civil-militar até a
constituição de 1988.

16. Descrever e analisar os diferentes papéis sociais das mulheres no X X X X X X X X X


mundo antigo e nas sociedades atuais.

17. Identificar as tensões e os significados dos discursos civilizatórios e X


problematizar seus impactos entre as sociedades indígenas e
afrodescendentes nas Américas.

18. Descrever as formas de organização das sociedades americanas nos X


períodos da dominação européia com vistas à compreensão dos
mecanismos de alianças, confrontos e resistências
19. Identificar e caracterizar o protagonismo das populações locais na X
África e Ásia na resistência ao imperialismo, assim como a lógica dessa
dinâmica de dominação.

20. Identificar e relacionar as demandas indígenas e afrodescendentes X


com formas de contestação ao modelo desenvolvimentista da ditadura
civil-militar brasileira.

1.2.TEMPORALIDADE

A noção de tempo contribui para melhor compreensão dos fatos históricos ao longo do tempo para entender como as pessoas viviam em um
determinado período com os limites e possibilidades de acordo com os recursos disponíveis. Desse modo, o ensino de história na EJA aposta
numa perspectiva da história como algo próximo da vida dos estudantes, ou seja, algo feito e construído por pessoas. Pensar historicamente
significa ter ou desenvolver, ao longo do processo formativo, uma consciência temporal dinâmica entre o presente-passado. Significa não aceitar
as informações, ideias, dados, fatos, etc. sem a devida contextualização de como, onde, por que e por quem foram produzidos, ou seja, seu
tempo, particularidades culturais, suas vinculações com partidos políticos, classes sociais, concepções teóricas, as possibilidades e limites do
conhecimento que se tinha quando se produziu o que está analisando e\ou discutindo em um determinado momento histórico. (CEEI 2011)

O tempo histórico identifica acontecimentos que marcam a construção da humanidade em um determinado período com as mudanças
ocorridas no âmbito das políticas, do comportamento das pessoas, das práticas econômicas e sociais. Ao mesmo tempo identifica as relações
com os fatos presentes, o que contribui para melhor analisar as circunstâncias que determinado fato aconteceu. O tempo tem a função de
organizar a existência do homem e suas relações com o passado, presente e futuro.

Objetivos Gerais Segmento I Segmento II


EST I EST II EST III EST IV EST V
I A C I A C I A C I A C I A C
1. Identificar e organizar fatos da vida cotidiana, usando noções X X X X X X X
relacionadas ao tempo (antes, durante, ao mesmo tempo e depois).

2. Reconhecer diferentes marcadores do tempo cronológico, como X X X X X


relógios e calendários, enfatizando seu caráter de convenção social.

3. Identificar e selecionar situações cotidianas que remetam à percepção X X X X X


de mudança, pertencimento e memória, destacando e relacionando,
semelhanças e diferenças entre jogos e brincadeiras atuais e de outras
épocas e lugares, bem como suas origens e influências, e comparar as
relações de trabalho e lazer do presente com as de outros tempos e
espaços, analisando mudanças e permanências.
4. Historizar as mudanças e permanências nas formas de organização X X X X X
familiar, de modo a reconhecer e respeitar as diversas configurações de
família, identificando os marcos históricos do lugar em que vive e
refletir seus significados.

5. Analisar as mudanças ocorridas ao longo do tempo, tais como o X X X X X


desenvolvimento da agricultura, do pastoreio e a criação da indústria,
considerando seus avanços tecnológicos.

6. Investigar as transformações ocorridas ao longo do tempo nos meios X X X X X X


de comunicação (cultura oral, imprensa escrita, rádio, televisão, cinema
e internet) e discutir seus significados e impactos para os diferentes
segmentos sociais.

7. Identificar os processos de produção, hierarquização e difusão dos X X X X


marcos de memória e discutir a presença e/ou a ausência de diferentes
grupos que compõem a sociedade na nomeação desses marcos.

8. Fazer levantamento e catalogar os patrimônios materiais e imateriais X X X X


locais e nacionais e analisar mudanças e permanências desses
patrimônios ao longo do tempo.
9. Identificar e comparar, em diferentes tempos históricos, a distribuição X X X
territorial da população brasileira considerando a diversidade
étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática) .

10. Analisar mudanças e permanências associadas ao processo de X X X


globalização, especialmente no Brasil, considerando os argumentos dos
movimentos de críticas às políticas globais.

11. Construir os conceitos de Estado, nação, território, governo e país X X X


para o entendimento de permanências, mudanças, conflitos e tensões em
diferentes épocas e lugares.

1.3.FONTES HISTÓRICAS

Ao estudar a história e suas fontes como elementos importantes que ajudam a compreender e revelar sinais obscurecidos ou silenciados
do passado, e que identificam a formação das civilizações antigas, bem como, as transformações ocorridas em cada momento da história, por
meio de documentos, artesanato, vestuário, artefatos arqueológicos entre outros objetos produzidos pela humanidade ao longo do tempo
permite-nos complementar as lacunas do passado ainda não reveladas e assim melhor interpretar as ações humanas.

O trabalho desenvolvido na EJA com as fontes históricas se propõe a apresentar aos estudantes as fontes históricas como algo presente na
sua cidade por meio das igrejas, jornais, livros, dos monumentos, do vestuário, museu, mercados, prédios, dentre outros documentos. Esses
elementos trazem informações sobre a história da cidade, do país, das civilizações antigas e da evolução da humanidade nas diferentes
sociedades.

Assim, as fontes históricas são um legado das experiências vividas pelas gerações passadas, o que nos permite investigar, pesquisar e
conhecer a história de um povo através de suas produções materiais (as fontes).

Objetivos Gerais Segmento I Segmento II


EST I EST II EST III EST IV EST V
I A C I A C I A C I A C I A C
1. Relacionar diversos pontos de vista sobre temas que impactam a vida X X X X X
cotidiana de diferentes grupos de convívio no tempo presente, por meio
do acesso a distintas fontes, em especial as orais.

2. Pesquisar as histórias da família, da escola e da cidade (narrativas X X X X X


orais, fotografias, construções arquitetônicas, documentos escritos, etc),
identificando o papel desempenhado por diferentes sujeitos em
diferentes espaços.

3. Identificar e comparar objetos e documentos pessoais como fontes de X X X X


memórias e histórias, compreendendo sua função, seu uso e seu
significado sócio-cultural, nos âmbitos pessoal, familiar e escolar, para
identificar documentos históricos que representem marcadores de tempo
(cronológico e histórico) de grupos humanos mais antigos.
4. Conhecer os registros de memória na cidade e nos distritos (nomes de X X X X
ruas, praças, feiras, espaços de festejos populares, filarmônicas, clubes,
igrejas, monumentos, edifícios etc.), os contextos em que foram
construídos e os critérios que explicam a escolha dos nomes,
localizações, etc..

5. Identificar e compreender os registros e evidências das sociedades X X X


antigas na África, no Oriente e nas Américas, refletindo sobre os
significados presentes na cultura material e na tradição oral dessas
sociedades.

6. Confrontar diferentes fontes para compreensão de diferentes versões X X X X


da História local e nacional.

7. Problematizar pontos de vista sobre o legado da escravidão nas X X X X


Américas, com base na seleção, consulta e análise de fontes históricas
de diferentes naturezas.

8. Problematizar, com base em documentos históricos, diferentes X X X X


interpretações sobre a dinâmica da sociedade brasileira no período
colonial e Imperial, com ênfase nas lutas e resistências dos povos
escravizados.

9. Desenvolver o potencial narrativo (oral e escrito) e criativo dos X X X X


estudantes, fazendo uso de diferentes fontes e linguagens nas reescritas
e releituras de fatos históricos.
1.4.FATOS HISTÓRICOS

A disciplina de história na Educação de Jovens e Adultos busca contextualizar os fatos históricos trazendo-os para mais próximo da
realidade dos sujeitos, como identificar e comparar pontos de vistas diferentes em relação a acontecimentos significativos da história em
diferentes grupos socioculturais e temporalidades. Levando em consideração os principais marcos históricos para uma perspectiva de
aprendizagem global.

Esse processo de construção do conhecimento em história deve ser permeado de criticidade e reflexão permitindo ao educando analisar as
questões sociais, culturais, econômicas, e políticas que marcam a contagem e a passagem do tempo no presente e em sua realidade.
Relacionando os fatos históricos como marcos de mudanças contínuas e ou rupturas dos diferentes grupos humanos em um dado contexto.

Objetivos Gerais Segmento I Segmento II


EST I EST II EST III EST IV EST V
I A C I A C I A C I A C I A C
1. Identificar o significado de comemorações e festas escolares e X X X
familiares, diferenciando-as das datas comemorativas históricas
2. Conhecer a história da cidade e distritos de Feira de Santana: origem X X X
do nome, data contextualizada de emancipação política, localização
geográfica, extensão territorial, produção econômica, população, suas
tradições culturais.

3. Identificar os fatos históricos e práticas sociais que dão significados X X X X


aos patrimônios materiais e imateriais no município de Feira de
Santana, estado da Bahia e Brasil.

4. Identificar as práticas sócio-econômicas de organização do trabalho X X X X X


no passado, em escala local e nacional, comparando-as às atuais,
relacionando os processos de ocupação do campo e da cidade a
intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas mudanças.

5. Identificar e descrever a importância dos caminhos marítimos, X X X X


terrestres e fluviais para a dinâmica da vida social e comercial brasileira,
as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e
espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de
destino, compreendendo os processos de formação do povo brasileiro,
relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.

6. Identificar e comparar pontos de vista em relação a fatos da História X X X X


local e nacional, considerando a presença de diferentes grupos
socioculturais (com especial destaque para africanidades, comunidades,
quilombolas, indígenas, ciganas, migrantes, imigrantes) e suas
condições materiais de existência.
7. Resgatar histórias e memórias locais sobre o alcance das ditaduras em X X X X
Feira de Santana e no Brasil para construir e diferenciar os conceitos de
ditadura e democracia.

8. Identificar os mecanismos de organização do poder político com X X X


vistas à compreensão da ideia de Estado.

9. Caracterizar e comparar as dinâmicas de abastecimento e as formas X X X


de organização do trabalho e da vida social em diferentes sociedades e
períodos do mundo Antigo, Medieval, Moderno e Contemporâneo.

10. Analisar o papel da religião cristã na cultura e nos modos de X X X


organização social, econômica e política nos períodos antigo, medieval,
moderno e contemporâneo.

11. Identificar conexões e interações entre as sociedades do Novo X X X


Mundo, da Europa, da África e da Ásia no contexto de transição do
mercantilismo para o capitalismo.

12. Comparar as navegações no Atlântico e no Pacífico entre os séculos X X X


XIV e XVI.

13. Analisar a formação histórico-geográfica do território da América X X X


portuguesa por meio de mapas históricos
14. Caracterizar a ação dos europeus e suas lógicas mercantis visando X X X
ao domínio no mundo atlântico.

15. Descrever as dinâmicas comerciais das sociedades americanas e X X X


africanas e analisar suas interações com outras sociedades do Ocidente e
do Oriente.

16. Discutir o conceito de escravidão moderna e suas distinções em X X X


relação ao escravismo antigo e à servidão medieval.

17. Analisar os impactos das Revoluções Industriais na produção e X X


circulação de povos, produtos e culturas.

18. Explicar os movimentos sociais e as rebeliões da América X X


portuguesa, articulando-os com os processos político-sociais e
econômicos ocorridos na Europa e na América identificando e
contextualizando as especificidades dos diversos processos de
independência nas Américas, seus aspectos populacionais e suas
conformações territoriais

19. Caracterizar a organização política e social no Brasil desde a X X


chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus desdobramentos
para a história política brasileira.
20. Discutir criticamente a ideia de “proteção” aos grupos indígenas e a X X X X
participação dos negros na sociedade brasileira, identificando
permanências nas formas de preconceitos e estereótipos sobre estes
povos, assim como suas resistências desde o período colonial até
atualidade

21. Identificar, comparar, analisar e relacionar a diversidade política, X X


social e regional nas rebeliões e nos movimentos contestatórios ao poder
centralizado, as transformações territoriais, em razão de questões de
fronteiras, com as tensões e conflitos durante o Império.

22. Identificar as questões internas e externas sobre a atuação do Brasil X X X


na Guerra do Paraguai e discutir diferentes versões sobre o conflito

23. Identificar e analisar as políticas oficiais com relação aos indígenas, X X X


africanos e afrodescendentes durante o Império.

24. Estabelecer relações causais entre as ideologias raciais e o X X


determinismo no contexto do imperialismo europeu e seus impactos na
África e na Ásia.

25. Caracterizar e contextualizar aspectos das relações entre os Estados X X


Unidos da América e a América Latina no século XIX e XX.
26. Descrever e contextualizar os principais aspectos sociais, culturais, X X
econômicos e políticos da emergência da República no Brasil
identificando os processos de urbanização e modernização da sociedade
brasileira e avaliar suas contradições.

27. Identificar e relacionar as dinâmicas do capitalismo e suas crises, X X


com os grandes conflitos mundiais, nacionais e seus alcances a nível
local, discutindo as motivações que levaram à criação da Organização
das Nações Unidas (ONU) no contexto do pós-guerra e os propósitos
dessa organização, as motivações que levaram à criação da Organização
das Nações Unidas (ONU) no contexto do pós-guerra e os propósitos
dessa organização. Contextualizando e problematizando os processos da
emergência do fascismo e do nazismo e a consolidação dos estados
totalitários, descrevendo e avaliando os processos de descolonização na
África e Ásia.

28. Identificar, descrever e analisar processos sociais, econômicos, X X


culturais e políticos do Brasil republicano até 1964, o processo que
resultou na ditadura civil-militar no Brasil e discutir a emergência de
questões relacionadas à memória e à justiça sobre os casos de violação
dos direitos humanos, as experiências ditatoriais na América do Sul,
seus procedimentos e vínculos com o capitalismo, em nível nacional e
internacional, e a atuação de movimentos sociais de contestação às
ditaduras.

REFERÊNCIAS
BLOCH, Marc Leopold Benjamin. Apologia da História, ou, o Ofício de Historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC. Base Nacional Comum Curricular.Brasília: MEC/SEB, 2017. Disponível em
<basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>.
CARR, Edward Hallet. O que é História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
CONTRERAS, José. Autonomia de Professores. Tradução de Sandra Trabucco. Valenzuela. São Paulo: Cortez, 2002.
FEIRA DE SANTANA. Proposta Curricular de História do Ensino Fundamental da Rede Pública Municipal de Ensino de Feira de Santana.
2016. (No prelo).
LE GOFF, Jacques. História e memória. Tradução de Bernardo Leitão. 5o Ed. Campinas: Editora da UNICAMP. 2003.

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