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SUMÁRIO

Introdução: O que sabemos sobre nós?

Capítulo 1 - Desde o princípio

Capítulo 2 - Autoconhecimento

Capítulo 3 - O Número Doze

Capítulo 4 - O Número Quatro

Capítulo 5 - Galgal HaMazalot

Capítulo 6 - Os meses e suas influências

Capítulo 7 - Tenha um mapa

Capítulo 8 - Superando as expectativas


INTRODUÇÃO
O que sabemos sobre nós?

Neste livro entenderemos melhor os


motivos de nossas ações e emoções e
também iremos compreender o mundo ao
nosso redor.

Não! Este não é um livro sobre previsões ou


de como conseguir ganhar muito dinheiro.

Com base no que diz o judaísmo chassídico,


digamos que a parte estudiosa do mundo
espiritual... passaremos a entender que o
Criador do Universo planejou que suas
criaturas celestes (astros) pudessem
influenciar de alguma forma seus seres.

Imagine que uma codificação acontece


sempre que um ser humano nasce, e que
como uma foto do céu neste momento, os
planetas e constelações que estão em turno
neste instante determinam como esta
criatura vai reagir e se emocionar.

Loucura? Apenas se trata de um


roteiro...quem atua é o ser criado!

Mas, como seria possível aprender a


calcular melhor nossas atitudes e reações
automáticas?

Primeiramente, vamos voltar lá no princípio


do plano original...
DESDE O PRINCÍPIO

Capítulo 1
A criação, desde o princípio, foi
projetada para compor uma
unidade...estrelas e planetas teriam
participação ativa no comportamento
dos humanos e influenciariam em
suas atitudes.

Adam teria em si as sementes de


todas as personalidades e
particularidades emocionais, que
viriam a se revelar na humanidade
que veio em seguida ao Éden.

Mais precisamente um grande tempo


após o Jardim, Avraham foi chamado
e lhe foi mostrado os céus e as
estrelas, pois nelas estavam
reveladas as constelações das 12
tribos de Israel.

Quando Yaakov teve seus filhos,


então se notou particularidades de
comportamentos e os padrões de
cada um deles. Surgiriam as 12
tribos e com elas a especificidade de
cada ser, como um código que se
imprime na alma...
Sabemos que quando alguém está
conectado à Torah e cumpre suas
instruções ele estará conectado com
o Sobrenatural e sua vida poderá
ultrapassar os limites das influências
das forças astrológicas.

Segundo o Livro da Formação, o Sêfer


Yetsirá, as 12 tribos são na verdade
12 raízes de alma diferentes, das
quais descende o povo judeu.

Sabemos também que os dias festivos


judaicos não apenas comemoram
eventos históricos, como são o
resultado de forças e energias
celestiais.

O judaísmo não duvida que há um


sistema inteiro no universo de astros
e planetas que exercem influência
sobre as criaturas. O Talmud
enfatiza: "Malchuta deará ke'en
malchuta derakiá", "O reinado aqui é
um reflexo do Reinado Celeste".
Desta forma, astros e planetas
influenciam criaturas e o astro
(mazal) pode ajudar a tornar a
pessoa mais rica e mais sábia.
Sabemos também que as marés, as
estações e clima ao longo do ano, e
até mesmo o ciclo feminino
dependem dos planetas.

Conforme está dito: "Ein mazal le


Israel", "Não há mazal (influência
astral) ao povo de Israel". Pois esta
pode ser mudada drasticamente
através do livre arbítrio e de bons
atos praticados.

Por isso, neste livro não focarei nas


questões de futuro ou previsões.

Pois estas não precisam ser


realizadas por quem consulta ao
Criador e confia que Ele guia e
instrui, sem que seja preciso
recorrer a estas práticas e suas
consequências. Mas devemos
respeitar o livre arbítrio de cada um
e sua respectiva fé ou crença.
Apenas deixando claro que vamos
tratar da questão psicológica e
comportamental que cada mazal
possui por influência desta
codificação que fica enraizada em si
devido ao momento do nascimento.

Galgal HaMazalot trata das essências


e padrões de reações dos invidíduos
de uma sociedade que precisam
conviver e se relacionarem todos os
dias.

Sem dúvidas precisamos evoluir


sempre e melhorar a nós mesmos.
AUTOCONHECIMENTO

Capítulo 2
Qual a importância de conhecermos
nossas reações automáticas? Somente
quando sabemos de antemão quais
serão nossas atitudes futuras é que
entenderemos como nossas emoções
funcionam.

Por exemplo, quem possui tendência de


ser explosivo, quase sempre sente
remorso após o término de uma
discussão. Isso acontece devido ao
senso crítico que temos sobre como
devemos tratar as pessoas de nosso
convívio, assim como gostaríamos que
nos tratassem e devido ao senso de
comparação com uma pessoa mais calma
e amável, etc.

Mas, qual seria a utilidade de sabermos


qual é o nosso temperamento e
tendências reacionais se não temos
controle sobre as reações automáticas?

A resposta pode ser encontrada após


uma breve análise, pois se soubermos o
que nos irrita e o que nos alegra,
naturalmente poderemos evitar
situações e coisas que nos prejudicam.
Mas nem sempre isso é possível e
muitas vezes ficamos sem
compreender o motivo de as pessoas
agirem como agem.

A grande vantagem de conhecermos


tudo sobre nós é que passamos a nos
perdoar mais por agirmos de certa
forma e com uma maior frequência
obtemos a tolerância necessária para
uma boa convivência em sociedade.

Ao prevermos nossos passos


emocionais passamos então a evitar
algumas ofensas a terceiros e
evitamos também as gafes.

A chave deste assunto de


autoconhecimento se chama Essência.

Somos vistos e julgados quase na


totalidade do tempo por coisas que
fazemos e nem percebemos. Mas
dentro de nós existe uma matriz, algo
que nos impulsiona a ser como
somos. Precisamos saber qual é a
nossa Essência, as substâncias de
que fomos formados no fundo de
nosso ser existencial.
O NÚMERO DOZE

12

Capítulo 3
Como vimos no primeiro capítulo, o
Sêfer Yetsirá nos ensina que as 12
tribos são na verdade 12 raízes de
alma diferentes, das quais descende
o povo judeu.

Estas raízes correspondem aos 12


signos do Zodíaco, aos 12 meses
judaicos, aos 12 atributos da alma,
tais como visão, ira, fala e
pensamento, etc...às 12 constelações
e às 12 pedras do efod do sumo-
sacerdote.

Com o nascimento dos seus doze


filhos, Jacó percebeu que existia uma
pluralidade de temperamentos,
preferências, comportamentos e
ações...Como lidar com tantas
brigas, divergências, tantas emoções
distintas? Como entender o motivo
de filhos que tiveram a mesma
educação e a mesma dedicação dos
pais crescerem tão diferentes e
independentes uns dos outros?

A resposta está na semente das


matrizes do indivíduo, aquilo que
vem programado dentro do ser de
cada um.
O NÚMERO QUATRO

Capítulo 4
A primeira coisa que nos lembramos são
as quatro estações. ''Coincidências'' se
dão com números na maioria das vezes e
veremos isso mais a diante.

Como sabemos, a duração de cada


estação é de três meses cada no
decorrer do ano. Temos opostos que
manifestam atributos diferentes: flores
vistosas, cores vibrantes, calor intenso
e tons frios. De certa forma, essas
diferenças nos fazem valorizar a
ausência de uma estação quando não
estamos na outra.

Temos também os quatro


temperamentos: Colérico, Melancólico,
Sanguíneo e Fleumático, os quatro
elementos: Fogo, Terra, Ar e Água e os
quatro pontos cardeais. O que nos
recorda da divisão do acampamento dos
hebreus no deserto onde no centro
estava localizado o tabernáculo do
Criador e ao seu redor as tribos
divididas em cada três cada grupo.

Havia algo que separava os quatro


grupos das tribos no acampamento de
Israel: Era o próprio Tabernáculo. Isso é
maravilhoso, não?
Ao mesmo tempo que ele era o ponto
de encontro entre estes opostos, era
o ponto de distância.

Deveria existir uma convivência em


harmonia, pois isso traria o
equilíbrio e paz entre eles. As portas
das tendas ficavam viradas para o
tabernáculo e não havia necessidade
de olhar a vida do vizinho.

Porém, os atritos podem ajudar a


lapidar o caráter e o autocontrole,
bem como aumentar a necessidade de
compreensão e misericórdia entre
ambos com a finalidade de todos
cuidarem de todos e juntos
desfrutarem de comunhão e
oferecerem um excelente serviço o
Criador de tudo.

Como citei as coincidências


numéricas, a divisão das tribos
também eram quatro grupos de três
tribos, que totalizavam as doze:

Yehudah - Issachar - Zebulon /


Reuven - Shimeon - Gad / Efraim -
Menashe - Binyamin / Dan - Asher e
Naftali.
GALGAL
HAMAZALOT

Capítulo 5
Mas afinal, quais são os mazalot
(signos)?

A seguir veremos os seus nomes e


planetas ou astros regentes, suas
tribos correspondentes e os meses
hebraicos.

Estarão dispostos na seguinte ordem:


Tribo, mês, mazal e astro.

Yehudah - Nissan - Talê - Maadim


Issachar - Iyar - Shor - Noga
Zevulun - Sivan - Tehomin - Kochav
Reuven - Tamuz - Sartan - Levaná
Shimeon - Av - Arieh - Shemesh
Gad - Elul - Betulah - Kochav
Efraim - Tishrei - Moznaim - Noga
Menashe - Cheshvan - Akrav - Maadim
Binyamin - Kislev - Keshet - Tsadi
Dan - Tevet - Guedí - Shabtai
Asher - Shevat - Delí - Shabtai
Naftali - Adar - Daguim - Tsadi

Em português, meses, signo e astro:


Judá - Fevereiro / Março - Áries -
Marte
Isacar - Março / Abril - Touro -
Vênus
Zebulom - Março / Abril - Gêmeos -
Mercúrio
Ruben - Maio / Junho - Câncer -
Lua
Simeão - Junho / Julho - Leão - Sol
Gade - Julho / Agosto- Virgem -
Mercúrio
Efraim - Agosto / Setembro - Libra
- Vênus
Manassés - Setembro / Outubro -
Escorpião - Marte
Benjamim - Outubro / Novembro -
Sagitário - Júpiter
Dã - Novembro / Dezembro -
Capricórnio - Saturno
Asher - Dezembro / Janeiro -
Aquário - Saturno Naftali - Janeiro
/ Fevereiro - Peixes - Júpiter
OS MESES E SUAS
INFLUÊNCIAS

Capítulo 6
Talê - Nissan

''Hachodesh haze lachem rosh chodashim".


"Este mês será para vocês o líder dos
meses", como escrito na Torá coloca o mês
de Nissan como o primeiro da lista. O
símbolo de Áries é o carneiro.
Por aí já entendemos o motivo de os
arianos serem os pioneiros em quase tudo
e os que vão abrindo caminho por onde
passam. Nissan começa o período (tekufá)
da primavera em Israel. Os três meses
desta estação, Nissan, Iyar, Sivan –
correspondem às três tribos do
acampamento de Yehuda – Yehuda,
Issachar, Zebulun – que se situavam a
leste).

Possuem o sentido da fala é basicamente o


sentido de liderança. Força, coragem,
entusiasmo, independência, inovação e
competição são palavras de peso dentro do
escopo ariano. É um signo envolto a frases
como: "Eu inicio", "Eu sou", "Eu faço",
"Deixa comigo", "Vamos logo". Mas toda
essa energia para realizar pode vir
acompanhada de dominação, arrogância,
impetuosidade e, por vezes, agressividade.

Período solar: +/- de 21/03 a 20/04


Elemento: Fogo / Temperamento: Colérico
Shor – Iyar

Na Bíblia, Iyar é chamado o mês de "Ziv" –


radiância e é também cognato de luz.
Refere-se comumente ao mês de Iyar
como o mês, um tempo propício para a
cura (natural), pois seu nome é um
acrônimo para "Eu sou o Eterno, que te
cura" (Shemot 15:26).

Nas iniciais hebraicas do mês, há uma


indicação referente à cura: Iyar forma a
expressão: "Eu, D'us, Sou seu médico." O
"shor" (a face esquerda da Carruagem
Divina) representa a origem espiritual da
"alma animalesca" do homem. Iyar é o
mês em que o homem retifica sua alma
animalesca, refina seus traços inatos de
caráter (cada dia de "sefirat haômer),
enquanto se prepara para receber a Torá
em Sivan.

Em hebraico, o radical "shor" também


significa olhar, ou observar. Iyar é o mês
da introspecção, pelo mérito do auto-
refinamento. Issachar é a tribo dos
eruditos de Israel. O Sanhedrin era na
maior parte composto por membros da
tribo de Issachar.
Especificamente, Issachar era o amo
do "segredo" do calendário judaico,
como se diz sobre ele:
"conhecedores de entender os
tempos."

Sua natureza básica é contemplativa


e ele serve como "conselheiro" de
seus irmãos, as tribos de Israel (em
particular do rei, Yehuda).

Touro é o primeiro signo do


elemento terra na roda zodiacal e
simboliza a matéria, a forma
primordial da vida, os recursos
materiais.

Shor tem uma energia que conecta o


Ser ao mundo, que torna possível o
conhecimento do que é palpável,
provê o senso de valor e ajuda na
identificação através dos sentidos.
O mundo físico é o foco aqui, o
direcionamento é em possuir, usufruir e
manter através do que é palpável,
concreto, seguro, fixo, embasado. Em
Touro temos nosso primeiro contato e
conhecemos o potencial do que pode ser
tocado, do alimento que nos é provido, da
estabilidade e do poder de concretizar.

É a energia que está envolta aos pés no


chão, que se conecta à matéria. É quando
o bebê dá seus primeiros passos para
tocar, cheirar e sentir tudo ao seu redor.
Comer, dançar, sentir, enfim, absorver os
estímulos fisicamente está intimamente
ligado à energia taurina. Por ser uma
energia voltada para o que é concreto,
vibra de forma mais pesada, densa e fixa.
Todo esse direcionamento material pode
até trazer limitações, mas também traz
segurança, valorização e o poder de
realizar e manter.

Período solar: +/- de 21/04 a 21/05


Elemento: Terra / Temperamento:
Melancólico
Tehomim - Sivan

É o terceiro mês do ano que está conectado


ao terceiro dos atributos Divinos que é a
misericórdia.

Os gêmeos simbolizam as duas "tábuas do


pacto" idênticas, entregues a Moshê. O
nível mais elevado de casamento é
mencionado como noiva e noivo sendo
gêmeos idênticos (tamati, que Nossos
Sábios lêem teomati). Os gêmeos arquétipos
da Torá são os dois irmãos, Essav e Yaacov.
Estes gêmeos não somente não são
idênticos, como são opostos.

Zevulun é comumente retratado como "o


homem de negócios", que sustenta o estudo
de Torá do seu irmão Issachar.

Deverá ter força para caminhar adiante,


deixar seu local de origem a fim de
encontrar e elevar as centelhas Divinas
caídas presentes em toda a realidade. Seja
feliz, Zevulun, quando sair" (Devarim
33:18).
Gêmeos é primeiro signo do elemento
Ar e é regido pelo planeta Mercúrio.
Lida com a intelectualidade e a
comunicação, representando a primeira
forma de aprendizagem, o ímpeto do
conhecer. Gêmeos vai além da
necessidade que Áries tem pela energia
bruta da sobrevivência e da
necessidade física que Touro tem de
tocar e experimentar o mundo
material.

Em Gêmeos, o que está em evidência é


o intelecto e a comunicação que
precisamos desenvolver a fim de
entender o universo. É a mente
começando a aprender, a descobrir e a
se comunicar, mesmo que ainda não
tenha noção da profundidade das
coisas assimiladas. O interesse é em
pegar e repassar rapidamente pedaços
de conhecimento soltos no Ar.

Onde quer que a energia geminiana se


posicione leva consigo leveza,
curiosidade e dualidade - como o
próprio nome do signo sugere, assim
como o próprio ar em movimento.
Inspira curiosidade, expressão,
comunicação, inteligência e
adaptabilidade pode onde passa,
porém, seu lado mais sombrio pode
carregar inquietação, ceticismo,
instabilidade e insensatez.

Equilibrar com sucesso a energia de


Gêmeos significa equilibrar intuição
e lógica, usando igualmente os dois
lados do cérebro, evitando
inquietude ou total superficialidade.

Período solar: +/- de 22/05 a 21/06


Elemento: Ar / Temperamento:
Sanguíneo
Sartan - Tamuz

Ele dá início à estação do verão em


Israel. Os três meses dessa estação,
Tamuz, Av e Elul, correspondem às três
tribos do acampamento de Reuven –
Reuven, Shimeon e Gad – que estavam
situadas ao sul.

Tamuz é o mês do pecado do bezerro de


ouro, que resultou na quebra das
Tábuas. Naquele mesmo dia, 17 de
Tamuz, têm início o período de três
semanas (terminando a 9 de Av) que
assinala a destruição do Templo em
Jerusalém.

Este é o mês no qual os espiões


enviados por Moshê viajaram pela Terra
de Israel para vê-la e relatar ao povo.
(Eles retornaram na véspera de 9 de
Av). Um dos significados do radical de
sartan, seret, é uma "tira" visual em
geral ou, (como no hebraico moderno)
especificamente uma tira de "filme". O
sentido espiritual da visão de Tamuz é
a capacidade de "ver através" da
realidade física para contemplar sua
Fonte Divina.
De acordo com este raciocínio, a
palavra sartan é entendida como
sendo composta de duas palavras:
sar tan – que literalmente quer
dizer: "remove o corpo" (a fim de
revelar a alma), remover a "concha"
exterior da realidade a fim de
revelar o "fruto" da realidade
interior e a força de vida.

O nome Reuven vem do radical "ver",


o sentido de Tamuz. A pedra
preciosa de Reuven no peitoral do
Sumo Sacerdote é o odem, o rubi (de
Reuven), que devido à brilhante cor
vermelha (odem significa vermelho)
é a mais sensualmente visível das
pedras.

Sartan é um signo cardinal regido


pela Lua, o primeiro do elemento
Água, simbolizando a nutrição,
proteção emocional e o ato de
cuidar. Em Câncer não existe a
necessidade de sobrevivência
individual como nos três primeiros
mazalot.
O que existe é a sobrevivência através da
perpetuação da espécie, da tradição e da
cultura. É o signo da fertilidade,
nutrição, do início e do fim e tem forte
identificação com estas questões.

Representa também as memórias do que


já foi vivido, a nostalgia que emociona e
conecta as experiências passadas ao
presente.

Depois de nascer (Áries), se fixar (Touro)


e aprender (Gêmeos), Câncer convida o
homem para reflexão, ao agrupamento, a
noção de ancestralidade e a uma
lembrança do passado. Para este signo, o
presente é uma dádiva do passado, onde
as memórias do que já foi vivido são
fundamentais para fortificar raízes e
seguir em frente.

O antes é tão importante quanto o agora.


Tais registros inconscientes do passado
são a base da energia canceriana e isso
inclui todas as informações das várias
gerações que já passaram.

Período solar: +/- de 21/06 a 23/07

Elemento: Água / Temperamento:


Fleumático
Aryê - Av

O nome Av literalmente significa "pai".


É derivado do radical que significa
"querer" ou "desejar". É o mês do
"ponto baixo" do calendário judaico (o
9 de Av, o dia do pecado dos espiões e
a destruição tanto do primeiro quanto
do segundo Templos em Jerusalém)
bem como o mês do "ponto alto" do
calendário judaico (o 15 de Av – "não
existe dia mais feliz para Israel que o
15 de Av e Yom HaKippurim" (Mishná
Ta'anit 26) – o dia de encontrar a alma
gêmea predestinada). O leão simboliza
o poder supra-racional da vontade
Divina.

O nome Shimon vem da palavra "ouvir".


O pecado dos espiões em 9 de Av
resultou neles falando mal da Terra de
Israel e o povo aceitando – "ouvindo" –
a maledicência. Assim a retificação
geral do mês de Av é a retificação da
audição.

Shimon é a única tribo que Moshê não


abençoou explicitamente no final da
Torá.
Isso se deveu à sua "frustração" com
a tribo de Shimon devido a seu
envolvimento (mais que todas as
outras tribos) no pecado de Pe'or
(prostituição com mulheres
estrangeiras, que resultou em
idolatria). O nome Shimon se divide
em duas palavras que se escrevem
sham avon, "existe iniqüidade".

"Ouvir", em hebraico, significa


"entender", integrar-se totalmente
na consciência da pessoa (no
coração da pessoa, não apenas
entender intelectualmente no
cérebro). Ouvir o outro é entender
por completo seu dilema e ter
empatia com ele. Ouvir é receber.

O sentido da audição é o sentido do


equilíbrio interno, o alicerce da
existência retificada. (O
desequilíbrio é a fonte de toda
queda e destruição).
Um ouvido bem equilibrado, um sentido
de audição bem orientado, possui a
capacidade de discernir e distinguir em
tudo que se escuta a verdade da
mentira, como está escrito (Job 12:11 e
34:3): "O ouvido discerne palavras".

Aryê, signo regido pelo Sol, é o segundo


nível do elemento Fogo (fogo fixo). Se o
Sol é o centro do nosso sistema, em
Leão, o indivíduo é que está no centro,
é o próprio Sol do seu universo pessoal,
aquecendo o mundo que o cerca,
marcando sua presença de forma
determinada e poderosa.

É uma energia independente, abundante


e segura, onde pela primeira vez,
depois da reflexão canceriana, o Ser
ganha consciência de si próprio como
unidade. Sugere o prazer de
experimentar a vida com luminosidade,
aflora a alegria de existir e inspira uma
visão otimista onde toca. É onde a
mente e o coração se unem para
representar a individualidade e
expansividade do Ser.
Leão traça uma linha entre viver e
apenas existir. é a superioridade da
consciência, fazendo do homem um
ser mais evoluído - e com isso se
achando único, especial.

É por isso que há um maior potencial


de o ego ser mais inflado, o
conhecimento através da sua
autoafirmação no mundo traz um
prazer grandioso, magnânimo.

A energia que irradia do fogo de


Leão tende a torná-lo centro de
tudo, mas muitas vezes de forma
autoritária, dominadora, ditatorial
ou egocêntrica. Vaidade, arrogância,
egocentrismo e crueldade fazem
parte do seu lado sombrio. É quando
o rei se torna tirano e a segurança
dá lugar ao medo do ridículo. Em
comum, eles compartilham coragem,
liderança, energia, lealdade e
dignidade.
Geralmente gostam de ser o centro das
atenções, irradiando sua energia e se
comportando com esplendor. Sua
sinceridade apurada faz com que falem o
que pensam, sem meias palavras, algo
que pode parecer rude às vezes. Sua
reação pode ser lenta, mas quando
finalmente explode, tende a ser radical,
feroz e dramática, embora suas batalhas
sejam travadas sempre de forma
corajosa e justa.

Tendem a se sustentar através de seus


esforços e talentos naturais, raramente
através de deslealdade ou hipocrisia. A
energia e entusiasmo que emanam do
leonino o ajudam a ser um líder
carismático, inspirador, conquistando
assim a lealdade de seus colaboradores.
No papel de líder, são eficientes, mas
também muito exigentes. Geralmente
não gostam de receber ordens, ser
subordinado não é a posição mais
confortável para o leonino.

Período solar: +/- de 24/07 a 23/08


Elemento: Fogo / Temperamento:
Colérico
Betulah - Elul

É chamado mês do Arrependimento, "da


misericórdia" e "do perdão". Elul segue
os dois meses anteriores de Tamuz e
Av, os meses dos dois grandes pecados
de Israel, o pecado do bezerro de ouro
e o pecado dos espiões. Uma vez por
ano, um rei muito poderoso deixa seu
palácio, seus guardas, seu luxo e vai
até o campo para encontrar seus
súditos.

No campo, as pessoas podem perguntar


o que quiserem ao rei. Não precisam
esperar em longas filas, passar por
revistas de segurança, ser anunciados
com cerimônia. No entanto, uma vez
que o rei tenha retornado a seu
palácio, os súditos terão novamente de
passar por todos os tipos de protocolo
para encontrá-lo.

As quatro letras do nome Elul são um


acrônimo para as letras iniciais da
frase em Shir Hashirim (6:3): "Sou do
meu amado e meu amado é meu." "Sou
do meu amado". Este é o mês que "o
Rei está no campo". Todos podem
aproximar-se d'Ele, e Seu semblante
reluz para todos.
Betulah é o segundo signo do elemento
Terra (terra mutável) e tem Mercúrio
como seu regente. Se em Leão há a
necessidade de descobrir e desenvolver
a individualidade do Ser e seu potencial
criativo, em Virgem há a necessidade de
fazer o melhor uso possível dos talentos
individuais de cada um. Por isso Virgem
é conhecido como um signo servil.

É o último dos signos pessoais, aquele


que consegue discriminar, separar e
selecionar aquilo que está pronto para
ser utilizado ou melhorado para que
hajam novas e melhores experiências.

É a energia que reflete e analisa a


relação do Ser com o mundo e faz com
que ele o entenda as coisas de forma
mais racional e pragmática, melhorando
e tirando o máximo proveito das coisas e
de si mesmo.

O instinto torna-se razão. Em Virgem o


direcionamento é reflexivo, crítico e
atinge toda a capacidade de análise e
síntese nos pequenos detalhes.
A energia virginiana é responsável pela
organização da matéria, do que é real. É
a ordem atuando no caos, a imposição
da lógica na realidade.

Trabalhar duro e com empenho significa


realização produtiva, uma forma de
arrumar a vida.

O signo de Virgem traz consigo essa


dedicação e humildade em seu núcleo. E
para tal, não precisa se vangloriar disso
e ser o centro das atenções. A segurança
do seu trabalho feito de forma criteriosa
e meticulosa já lhe basta.

É a energia que busca a perfeição, que


quer sempre atingir o melhor através da
praticidade, persistência e
determinação. Esta necessidade de um
trabalho bem feito abre espaço a todo
tipo críticas, geralmente construtivas.

Nada parece satisfazer a energia


virginiana, que busca o perfeccionismo e
excelência.
Uma enorme energia vinda de Mercúrio
ajuda a analisar as situações de forma
mais concreta, percebendo suas
diferenças, discriminando, dando-lhes a
devida importância e finalmente
encontrando sua utilidade.

Realidade é o foco virginiano, sem


rodeios ou emoções esmagadoras: o que
interessa é o finalmente, o valor prático,
o melhor resultado que se pode alcançar,
o benefício máximo que podemos extrair
de cada coisa. Ainda assim, Virgem é uma
energia altruísta.

Ajudar, servir e cuidar traz prazer. Deseja


ser prestativo mesmo que discretamente.

Quer ensinar aos indivíduos como viver


da forma mais pragmática e eficiente
possível.

Sendo metódico, altruísta, exigente,


estudioso, organizado e pontual.
Para muitos virginianos, a
necessidade de tornar as coisas
melhores é satisfeita seguindo
carreiras em campos relacionados à
saúde ou em outras áreas como o
ensino, recursos humanos, proteção
ambiental, trabalho social,
organização, limpeza ou qualquer
coisa que precise de uma rotina bem
definida ou trabalho de
aprimoramento.

A expressão mais completa deste


signo é através da humildade e
serviço e sua maior falha é a crítica.
E aí cabe uma observação: a
autocrítica também pode ser muito
forte.

Período solar: +/- de 24/08 a 23/09


Elemento: Terra / Temperamento:
Melancólico
Moznaim - Tishrei

Começa com o "período" (tekufá) do


outono em Israel (cujos três meses –
Tishrei, Cheshvan e Kislêv – correspondem
às três tribos do acampamento de Efraim –
Efraim, Menashe, Benjamim – que estavam
situadas a oeste).

Libra – balança

A balança simboliza o julgamento Divino


de Rosh Hashaná e Yom Kipur. Todas as
ações do homem são pesadas em
julgamento.

Moznayim, da palavra oznayim (ouvidos),


implica equilíbrio e balanceamento (o
sentido interior dos ouvidos). Na Cabalá, o
equilíbrio é o pré-requisito para a união
conjugal, "face a face". Este é o estado
espiritual atingido em Tishrei.
Efraim é o filho de Yossef, a alma
modelo do poder de procriar na união
conjugal. O nome Efraim deriva do
primeiro mandamento de D’us a Adam no
dia de sua criação – o primeiro de
Tishrei, Rosh Hashaná: frutifique e se
multiplique" – a mitsvá abrangente de
procriar.

Espiritualmente, a mitsvá de procriar é


cumprida em estágios contínuos durante
todos os dias festivos de Tishrei, de
Rosh Hashaná a Shemini Atsêret e
Simchat Torá.

Shemini Atsêret e Simchat Torá


correspondem à verdadeira união em si,
que começa com o Divino estado de
"gravidez" até o nascimento Divino de
novas almas de Israel no sétimo dia de
Pêssach, o dia da abertura do Mar
Vermelho para dar à luz novas almas –
novas consciências Divinas).
Sentido: tato (contato, casamento).
Em hebraico, a palavra para "tato" é
cognata da palavras para "relações
conjugais". Este é o sentido que se
relaciona diretamente ao nome Efraim,
como foi explicado acima.

O sentido do tato é o único dos cinco


sentidos que não está centralizado no
"rosto" do homem (mas sim na ponta dos
dedos).

O "tato" procriador ocorre num estado


existencialmente equilibrado de "face a
face" mas "no escuro" (em decoro,
tseniut), pois sua suprema fonte está na
"cabeça incognoscível" do keter.

Os seis primeiros mazalot (de áries a


virgem) representam a atenção do Ser
voltada para dentro de si mesmo, a fim
de compreender e desenvolver sua
individualidade e sua posição no
universo.
Os seis signos posteriores (de libra a
peixes) representam a sua atenção
voltada para fora, para o mundo e a
humanidade como um todo. São os
chamados signos sociais.

Segundo signo do elemento Ar (ar


cardinal) e regido por Vênus, Libra
transcende um Universo dividido: é a
união entre o "Eu" e os outros indivíduos,
tornando possível o entendimento, o
prazer e as vantagens de se relacionar
com outras pessoas. Nesse contexto, é
gerada uma vibração única que faz com
que o Eu solitário escape de sua prisão
interior ao reconhecer e aprender a
interagir com o outro.

Libra é o signo que rege os


relacionamentos interpessoais em geral,
é a ponte entre o indivíduo e a
sociedade. Depois da organização
estabelecida por Virgem, é o processo
que o Ser passa para analisar sua
conduta, trocando experiências e
conhecimento. O indivíduo passa a existir
também no outro ao perceber o que suas
interações e parcerias podem trazer.
Libra é a socialização do Ser e uma
energia que inspira um bom senso de
justiça. É a balança que equilibra e
politiza.

Essa consciência de identificação de


si mesmo através do outro gera um
sentimento superior de comunhão
que faz parte de um lento processo
evolutivo.

Amar nada mais é do que descobrir


no outro o que não sabemos sobre
nós mesmos, é a troca rica através
dos nossos relacionamentos.

Para o libriano, esse prazer de se


relacionar e se unir é ainda mais
especial, trazendo mais plenitude ao
Ser.

Período solar: +/- de 24/09 a 23/10


Elemento: Ar / Temperamento:
Sanguíneo
Akrav - Cheshvan

Na Bíblia, Cheshvan é chamado chôdesh


bul, da palavra mabul, "o dilúvio". O
dilúvio começou a 17 de Cheshvan e
terminou no ano seguinte, a 27 de
Cheshvan.

No dia seguinte, Nôach ofereceu um


sacrifício a D’us e D’us prometeu jamais
enviar um dilúvio sobre a terra
novamente para destruir toda a
humanidade, e então revelou o sinal de
Seu pacto com o mundo, o ''arco-íris''.

O escorpião é o membro mais mortal da


categoria geral de criaturas peçonhentas
cuja figura modelo é a serpente
primordial do Éden.

A palavra akrav deriva da palavra akev


(calcanhar) como está escrito: "E tu [a
serpente] o morderá [o homem] no
calcanhar" (Bereshit 3:15). Assim, o akrav
simboliza a "mordida" consumada da
cobra no calcanhar do homem.

De forma geral, o veneno da cobra é


"quente", e o veneno do escorpião é
"frio".
Menashe é o primogênito de Yossef.
Derivando da palavra "esquecer"
(literalmente, "saltar, para cima e
para longe"), Menashe sugere o
poder do tsadic (Yossef) de nos fazer
esquecer as provações, dificuldades
e tribulações deste mundo, com
Mashiach.

Pelo poder e sentido de Menashe,


todo o sofrimento deste mundo se
transformará e metamorfoseará no
prazer da Era Messiânica. O nome
Menashe permuta-se para grafar
neshamá (alma). Menashe representa
o sentido de revelar a alma Divina
em Israel.

Segundo nível do elemento Água


(água fixa), regido por Marte e tendo
Plutão como co-regente, Escorpião
simboliza o conflito entre espírito e
instinto, morte e desejo.

É um signo que rege as profundezas


mais escuras e profundas, mas
também as alturas mais elevadas.
Nesta fase, o Ser está preocupado com
um desenvolvimento emocional que vai
além da preocupação do canceriano com
laços de família. O envolvimento
emocional de Escorpião é baseado no
controle e compreensão das emoções
humanas e no papel que desempenham
no processo misterioso dos ciclos da vida
e da morte.

Os símbolos astrológicos de Escorpião


são o escorpião e a águia, que
representam a potência e o alcance da
capacidade de poder, observação,
regeneração e controle.

A águia representa a capacidade de


regeneração e de alcançar grandes feitos
se conseguir dominar suas tentações.

O escorpião, no entanto, representa o


lado que ainda não compreendeu o poder
dos pensamentos e ações e ainda cedem
totalmente aos seus desejos e caprichos
mais básicos, satisfazendo de forma
intensa paixões urgentes
independentemente das consequências.
Há grande profundidade, intensidade e
paixão envolvidas na energia escorpiana,
envolta a temas como transformação,
regeneração, sexualidade e morte, sendo
um signo frequentemente representado
pela fênix, um pássaro ''mitológico'' que
surge de suas próprias cinzas. Nesse
estágio, o Ser finalmente se conheceu
como indivíduo e amadureceu em Libra.

Escorpião ele também quer travar


contato com os outros, mas de maneira
bem mais íntima.

Ele precisa descobrir o que está


escondido no outro, precisa vivenciar as
transformações que a relação com outras
pessoas traz - precisa saciar seus
desejos mais profundos.

Busca entender e controlar as emoções


humanas e descobrir que papel
desempenham no misterioso ciclo da
vida. Energia engenhosa, curiosa e
investigativa, Escorpião tem verdadeiro
fascínio pela forma como as engrenagens
do universo funcionam.
A relação com outras pessoas ampliará os
conceitos do Ser em Escorpião, ou então
o levará a renegar seus semelhantes.
Precisa ter controle e pode desafiar tudo
em prol de sua sobrevivência até as
últimas consequências. Pode desafiar até
a própria morte, e é essa afirmação
justamente o nascimento interior do
signo.

Não ter medo da morte ou de ir até as


últimas consequências faz com que
Escorpião transcenda, se intensifique e
resgate o significado primordial da
morte, que é transformação.

Sobreviver e possuir são os nortes do


signo de Escorpião, o que se dá através
de uma força por vezes irracional, cega,
quase animal. A impulsividade de Marte
encontra em Escorpião sua forma mais
intensa, obstinada e de uma introversão
potente e intensa. É também uma energia
com alto poder de regeneração.

Período solar: +/- de 24/10 a 22/11


Elemento: Àgua / Temperamento:
Fleumático
Keshet - Kislêv

É o mês de Chanucá (o único dia festivo


no calendário judaico que combina dois
meses: Chanucá começa no mês de
Kislêv e continua e termina em Tevêt.

O nome Kislêv deriva da palavra


hebraica para bitachon, "confiança". Há
dois estados de confiança, um ativo e
outro passivo, e ambos se manifestam
no mês de Kislêv (veja Bitachon,
confiança). O milagre de Chanucá reflete
a confiança ativa dos Chashmonaim
(Macabeus) de se erguerem e lutar
contra o império helenístico (e sua
cultura).

O senso de sono de Kislêv reflete a


confiança passiva que a providência de
D’us sempre vigia. Embora os próprios
Chashmonaim fossem da tribo
sacerdotal de Israel, a "arte" do arco é
designada na Torá à tribo de Benjamin
em particular, a tribo do mês de Kislêv.

Os Cohanim (e Leviim) não são


considerados como uma das doze tribos
na correspondência das tribos aos
meses do ano (segundo o Arizal).
Como uma abrangente manifestação da
alma judaica, os Cohanim contêm e
refletem a fonte espiritual de cada uma
das tribos de Israel. Isso é
especialmente verdade no que diz
respeito à tribo de Benjamim, pois em
sua porção estava o Templo Sagrado
onde serviam os Cohanim.

Assim, a relação dos Cohanim a


Benjamim é similar àquela da alma com
o corpo. Os Cohanim lutam a guerra
sagrada incorporada no arco de
Benjamim.

O arco de guerra de Kislêv é na


verdade projetado ("atirado") do arco
(o arco-íris; em hebraico ambos, "arco"
e "arco-íris" são idênticos – keshet) da
paz (entre D’us e a Criação) do fim do
mês anterior de Cheshvan, como foi
explicado acima. Os dois arcos
(semicírculos) unem-se para formar o
círculo completo do samech de Kislêv.

Benjamim é a tribo mais dotada da


"arte" do arco.
Em sua porção está o Templo Sagrado em
Jerusalém, como é declarado na bênção de
Moshê a Benjamim no final da Torá (a
qual, segundo a explicação acima sobre o
relacionamento entre os Cohanim e
Benjamim, segue diretamente a bênção a
Levi e os Cohanim, e que na verdade
profetisa a guerra dos Macabeus contra os
Gregos): "A Benjamim ele disse: o amado
de D’us, Ele habitará em confiança sobre
ele, Ele paira sobre ele o dia todo, e entre
seus ombros Ele repousa" (Devarim 33:12).
Aqui vemos explicitamente que Benjamim
simboliza tanto confiança quanto repouso,
o sentido de Kislêv.

De todas as tribos de Israel, Benjamim foi


a única tribo nascida na Terra de Israel. A
Terra de Israel é o local onde ,ais se sente
a Divina providência e a total onipresença
de D’us. Nas palavras do Zohar: "Não há
lugar vazio d'Ele".

Terceiro signo do elemento Fogo (fogo


mutável) e regido por Júpiter, Sagitário é
o fogo que conecta Céu e Terra, fazendo
com que o Ser descubra o seu caminho e
através do conhecimento superior e tente
desvendar o sentido da vida, com alegria e
abundância.
Em Sagitário, o Ser toma consciência do
seu tamanho e lugar no universo, sem as
limitações da matéria. É a última etapa de
evolução da consciência, simbolizando
uma grande viagem espiritual, o caminho
da iniciação.

É a energia do eterno viajante, cuja flecha


aponta o caminho, a direção que se deve
tomar, a lei e a ordem, o sentido da vida e
do conhecimento superior.

Alguns arquétipos de Sagitário são o


filósofo, o sacerdote, o professor, o juiz e
o vigarista, todos sempre prontos para
ensinar ou vender sua filosofia e suas
verdades absolutas.

É a energia que amplia o potencial do


homem, conferindo a ele um sentido
extremamente desenvolvido de moralidade
e de justiça e faz com que ele busque por
uma verdade superior, o caminho certo a
seguir.

O objetivo e a razão da existência passam


a ser ideais que estimulam um
conhecimento maior sobre todas as
coisas, uma entrega total de si em direção
às coisas do alto.
Mente e coração se unem para traduzir a
fé que permeia Sagitário. Quando essa
união é harmônica, transcende o ego e o
instinto, alcançando um nível superior.

Essa fé confere à alma humana a


consciência da sua dimensão universal,
superando limites aparentemente
intransponíveis. Significa acreditar que
fazemos parte de um todo e que estamos
integrados com algo superior.

Eu Acredito" e "Eu Compreendo" podem


ser os lemas do signo de Sagitário, que
traz características positivas como
entusiasmo, tolerância, alegria,
generosidade, sinceridade, espiritualidade
e reflexão sobre a vida.

Porém, seu lado menos luminoso pode


trazer impaciência, intrometimento,
exagero e pena de si próprio. A pessoa
boa se torna vítima, o filósofo se torna um
pensador vazio e o entusiasta perde as
esperanças.

Período solar: +/- de 23/11 a 21/12


Elemento: Fogo / Temperamento: Colérico
Guedí - Tevêt

Começa com o "período" (tekufá) do


inverno em Israel (cujos três meses –
Tevêt, Shevat e Adar – correspondem às
três tribos do acampamento de Dan – Dan,
Asher e Naftali – situadas no lado norte
do acampamento).

Tevêt começa com os últimos dias de


Chanucá (que tem seu ponto culminante
no oitavo dia – Zot Chanucá). Seu décimo
dia – o décimo dia do décimo mês ("o
décimo será sagrado para D’us") – é um
dia de jejum, em comemoração ao cerco
de Jerusalém, o início da destruição do
Templo.

Nossos Sábios nos ensinam que aos dez


anos de idade (uma alusão ao décimo mês,
o nível de dez em geral) uma criança "pula
como um cabrito." (Midrash Kohêlet) A
natureza lúdica de saltar para cima e para
baixo "como um cabrito" reflete um
estágio importante no processo de
crescimento. O mês de Tevêt, o mês da
tribo de Dan, tem relação com o processo
de crescimento, de um estado de
imaturidade a um estado de maturidade.
A imaturidade é caracterizada pelo "olho
mau", ao passo que a maturidade, pelo
"olho bom". gedi = 17 = tov, "bom" ("o
olho bom"). Deve-se brincar (e saltar
como um cabrito) a fim de retificar e
suavizar a ira latente na alma animalesca.

Terceiro signo do elemento Terra (terra


cardinal) e regido por Saturno,
Capricórnio é o símbolo da ordem,
disciplina, cautela, obediência e
autoridade, representando a conquista e
o auge da materialidade para o Ser.

Tendo adquirido poder e controle através


da emoção e conhecimento em Escorpião
e Sagitário, Capricórnio pode incorporar
os aspectos mais altos ou mais baixos da
natureza humana.

É a estrutura e a organização dos


indivíduos, como eles se comportam em
sociedade e como aprendem a se
relacionar de forma ordenada,
construindo as bases para a vida em
sociedade.
Capricórnio traz uma energia segura,
determinada, que torna possível construir
com eficiência e a partir de bases sólidas.

A sabedoria é a ferramenta principal para


alcançar seus objetivos. Tal sabedoria é
traduzida e convertida através de longos
ciclos, por isso, é o signo que observa e
testemunha a vida da humanidade e torna
possível vivê-la em grupo, com estruturas
e regras sólidas e bem definidas através
dos tempos.

É o passado inserido no presente de forma


integrada, são os ossos que estruturam o
corpo. Incute a responsabilidade de
intervir no coletivo, aplicando o
relacionamento hierárquico entre os
indivíduos. Isso se traduz na estabilidade
do poder público, na confiança nas
instituições e na segurança em uma
autoridade que é aprovada por todos.

A energia capricorniana é segura,


determinada e tem grande capacidade de
realização e eficiência. Como entende o
mundo dos homens e define a sua
estrutura interna, sua resposta a qualquer
problema é sempre a mais embasada e
pragmática possível.
Valoriza a autoridade, obediência e a
dedicação, sempre abarcando muitas
responsabilidades e utilizando tudo o que
vê, ouve ou aprende para benefício
próprio.

Ambiciosos e quase obcecados com seus


objetivos, muitos adotam a filosofia de que
"o fim justifica os meios" e vem a busca
pelo prazer como uma perda de tempo,
aprendendo ao longo da vida a como
conseguir alcançar seu objetivos pouco a
pouco.

A cabra da montanha é um símbolo


apropriado para este signo, uma vez que o
principal objetivo dos capricornianos é
escalar, de forma cautelosa e com os pés
firmes até o topo de qualquer montanha
que decidirem escalar. No cume, você tem
uma visão clara e pode ver tudo o que
fazer.

Período solar: +/- de 22/12 a 20/01


Elemento: Terra / Temperamento:
Melancólico
Delí - Shevat

O Ano Novo das Árvores de Shevat, no


15° dia deste mês é a época em que as
águas das chuvas de inverno começam a
subir pelas veias da árvore e lhe trazem
nova vida.

O radical de delí significa "erguer",


como no versículo "Meus olhos estão
erguidos para o céu" – (quando o ayin –
"olho" – de Tevêt é elevado para se
conectar ao tsadic de Shevat, a palavra
etz – "árvore" – é formada).

O Báal Shem Tov declarou que quando se


encontra um aguadeiro carregando
barris cheios de água, é um sinal de
bênção. O tsadic é uma verdadeira
manifestação de um carregador de água.
Refere-se a Shevat como o novo ano
para o estudo de Torá.

O nome "Asher" significa "prazer" e


"felicidade". Yaacov abençoou seu filho
Asher: "De Asher vem o delicioso [lit.
gordo] pão, e ele fornecerá as iguarias
do rei." Daí fica evidente que Asher
representa o sentido do paladar e
comer.
A árvore especial que Asher personifica é a
oliveira, que fornece o excelente azeite
com o qual a porção de Asher na Terra de
Israel foi abençoada.

Terceiro signo do elemento Ar (ar fixo),


Aquário simboliza a inteligência humana em
sua etapa mais evoluída. É o conhecimento
intuitivo, a mente superior que consegue
compreender o universo, que consegue
visualizar o funcionamento do todo a partir
do conhecimento de suas partes.

O símbolo de Aquário é a figura de um


homem vertendo as águas da consciência
universal na mente de todos os homens.
Simbolicamente, a água é vista como a
consciência coletiva da humanidade.

Nesse estágio, a individualidade do Ser, tão


cuidadosamente cultivada em Leão, agora
se torna parte da sociedade como um todo,
sendo este o penúltimo dos signos sociais.

Capricórnio define a estrutura e as regras


da sociedade e Aquário assume o papel de
fazer as organizações da sociedade
funcionarem orientadas para todos e não
apenas para o nível individual.
Ele sente que precisa levar o
conhecimento e a evolução a todos, pois
consegue compreender com clareza o
universo.

Essa visão abrangente, juntamente com


uma maior intuição do inconsciente
coletivo, permite perceber o novo, o
futuro que está por vir.

É um signo de transformações, da
eletricidade, das revoluções. Aquário
simboliza a união de tudo e todos,
buscando a verdade e a beleza, acabando
com sistemas obsoletos ou
demasiadamente cristalizados e
favorecendo o progresso.

O Ser agora é criativo, original,


independente e intelectual - é a
consciência coletiva da humanidade.

Período solar: +/- de 22/01a 19/02


Elemento: Ar / Temperamento: Sanguíneo
Daguim - Adar

A palavra Adar é cognata ao hebraico Adir,


que significa "força". Adar é o mês da boa
sorte para o povo judeu. Nossos Sábios
dizem a respeito de Adar: "Sua mazal
[sorte] é forte."

O ano judaico começa com o júbilo da


redenção de Pêssach e termina com a
alegria da redenção de Purim. "O júbilo
quebra todas as barreiras". O júbilo de
Adar é o que faz deste mês o mês "grávido"
do ano (i.e., sete dos dezenove anos no
ciclo do calendário judaico são "anos
embolísmicos" – "grávidos" com um mês de
Adar adicional).

Quando há dois Adarim, Purim é celebrado


no segundo Adar, para conectar a redenção
de Purim com a redenção de Pêssach.
Assim, vemos que o segredo de Adar e
Purim é "o fim está cunhado no início".

Peixes são criaturas do "mundo oculto" (o


mar). Assim também são as almas de
Israel, "peixes" que nadam nas águas da
Torá. A verdadeira identidade e sorte de
Israel é invisível neste mundo.
O milagre de Purim é entendido para
refletir neste mundo o supremo milagre: a
ressurreição no Mundo Vindouro. Por isso o
peixe era utilizado pelos fariseus e depois
por outros grupos.

A palavra "dag" (singular de "dagim") é


interpretada para representar o "tikun"
(retificação) de da'ag – "preocupar-se".

Terceiro signo do elemento água (água


mutável) e último signo do Zodíaco, Peixes
simboliza a dualidade emocional.

É nele que se resolve ou não essa


dualidade, onde dois peixes estão presos
em uma tensão cheia de contradições.
Enquanto um quer nadar para o Norte, rumo
ao futuro e a um oceano de energia
universal, o outro peixe quer nadar para o
sul, para as águas do passado que
pertencem a Câncer e Escorpião.

Seu simbolismo é retratado como dois


peixes que podem nadar em em direções
opostas. Uma vez que eles estão
interligados, um leva o outro consigo. Um
peixe representa a personalidade / ego e o
outro representa a consciência / dissolução
do ego.
O peixe que nada rumo ao norte
simboliza a última resposta emocional do
signo, que é o caminho pacífico, da
entrega do Ser e de sua união com o
Todo. A intensa contradição emocional
que Peixes vive é resultado de todas as
energias positivas e negativas que ele
capta, como se fosse uma antena - ou
uma esponja.

Peixes sente e absorve a paz e a guerra,


o bem e o mal, o instintivo e o divino.
Recusa-se a mergulhar na violência e
escuridão mas também não sabe como
seguir exclusivamente a luz.

Peixes dissolve tudo que se consolidou


nos 11 signos anteriores, guardando as
memórias das experiências e iniciando
um novo ciclo, com novas experiências.

Essa transição pode ser difícil, pois é


necessário um emocional maduro para
compreender esse processo de diluição
das estruturas da consciência.

Por conta disso, o Ser pode ficar


confuso, perdido em sentimentos
angustiantes entre o Céu e a Terra.
Ele precisa harmonizar essa dualidade
para encontrar a paz interior, o amor
incondicional e universal.

A energia carrega um enorme poder de


imaginação e uma sensibilidade maior
ainda, que se traduzem em grandes
fantasias, imaginação e enorme
intuição.

Sua consciência no fundo quer libertar-


se num fluxo infinito de amor e
compaixão, sentimentos muitas vezes
reprimidos ou latentes.

Seus lemas podem ser "Eu Acredito" e


"Eu Sinto". A energia pisciana é
carregada de compaixão, bondade,
simpatia, intuição e sensibilidades,
porém, seu lado sombrio pode trazer
melancolia, preguiça, timidez,
escapismo e vitimismo.

Período solar: +/- de 20/02 a 20/03


Elemento: Água / Temperamento:
Fleumático
TENHA UM MAPA

Capítulo 7
Como vimos anteriormente, cada mazal
tem um tikun a fazer, que engloba
mudanças de atitudes e superação das
inclinações naturais paras as reações e
emoções.

Não abordaremos neste livro, todas as


qualidades e pontos de correção dos
mazalot: o tikun, pois teremos outras
obras que abordarão estes assuntos mais
especificamente.

Mas para que você saiba qual é o seu


mazal, precisa ter o mapa natal da sua
constelação. Deixarei uma indicação de
site no final do livro.

Sem saber o seu mazal, o seu ascendente


e a sua lua, ficará mais difícil entender
tudo que é necessário para começar a
trabalhar sua evolução.
SUPERANDO AS
EXPECTATIVAS

Capítulo 8
Não precisamos agir como robôs
programados e sem poderem fugir do
padrão, mas sim dominarmos nosso
temperamento e inclinação.

Psicólogos antigos, costumavam gerar os


mapas astrológicos das pessoas para ir
mais a fundo em suas questões
psicológicas. Essa fusão de Astrologia com
Psicologia se difundiu com muito mais
força através de Liz Greene e Howard
Sasportas.

A primeira, uma analista Jungiana,


possivelmente a astróloga mais renomada
em atividade atualmente, e o segundo, já
falecido, que também era um grande
estudioso da mesma área. Esses dois
estudiosos, juntos, fundaram em 1983, o
Centre for Psychological Astrology
localizada em Londres.

Ao invés de tentar adivinhar, ou mesmo


prever, a Astrologia Psicológica busca
entender quem somos na nossa essência,
nossa missão de vida, nossos complexos
psicológicos e os desafios que podemos vir
a enfrentar como parte de nossa jornada
nessa vida.
Espero ter trazido esta introdução ao tema
com clareza, pois reconheço que este
assunto ainda é tabu em alguns meios
religiosos e até mesmo desconhecido por
muitos.

Nos próximos livros da série mazalot,


falaremos sobre os opostos
complementares, os 4 elementos e os 4
temperamentos, entre outros temas com
mais detalhes também.

Superemos com alegria a nossas limitações


e medos, com o autoconhecimento e
disciplina.

Poderemos, assim, transcender os padrões e


atitudes repetitivas que geram um vício de
comportamento diário em tudo que fazemos.

Bibliografia:

Meses Judaicos: Ensinamentos do Rabino


Yitzchak Ginsburgh do site Chabad.org

Astrologia Psicológica: Tyfani Justo

Comportamentos dos Signos: Astrolink

Mapa Natal Grátis: Astrolink

Baseado em experiências de convivência


pessoal com os mazalot.

Até a próxima! Shalom.

MAZALOT - O que sabemos sobre nós?

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