Microestrutura Dos Materiais Poliméricos
Microestrutura Dos Materiais Poliméricos
Microestrutura Dos Materiais Poliméricos
ESTM006-17:
Materiais Poliméricos
Polímero Polímero
Amorfo Semicristalino
Região cristalina
Região amorfa
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Microestrutura dos Materiais Poliméricos
Propriedades dos polímeros (termoplásticos) amorfos: ABS, PS, PC, PMMA etc.
estabilidade dimensional;
baixa contração de moldagem;
transparência.
maior densidade,
maior rigidez,
maior resistência mecânica,
maior a resistência à solventes,
maior o ponto de amolecimento,
maior contração.
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Semicristalino
Polímeros amorfos:
• T < Tg: cadeia polimérica não tem mobilidade e o comportamento do polímero
é rígido (estado vítreo);
• T > Tg: fase amorfa adquire mobilidade (estado borrachoso);
• T >>> Tg: cadeias com grande mobilidade, podendo escoar (líquido viscoso)
Processamento.
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Polímeros semicristalinos:
• T < Tg: cadeia polimérica não tem mobilidade e o comportamento do polímero
é rígido (estado ordenado ~ estado vítreo);
• Tg < T < Tm: mobilidade apenas da fase amorfa, fase cristalina mantem a
estrutura rígida (estado ordenado);
• T > Tm: todas as cadeias adquirem mobilidade, podendo escoar (líquido
viscoso) Processamento.
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Materiais Poliméricos – Estado Amorfo
O ESTADO AMORFO
Movimentos na Cadeia Polimérica
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H H Ligações de
hidrogênio
H C C H
E ~ 10 kJ/mol
H H
E ~ 0,5 kJ/mol Energia para que ocorra a rotação
mudança de conformação
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D: coeficiente de difusão;
D ∝ M-2 M: massa molar
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Transição Vítrea
Teoria do Volume Livre
• Volume livre (Vf): é o volume não ocupado na matriz polimérica devido ao
empacotamento ineficiente das cadeias do polímero.
• Quanto maior o Vf, mais espaço para que as moléculas mudem de conformação;
• T aumenta Tg (estado vítreo), o Vf aumenta (rotações moleculares);
• T diminui Vf diminui até que não haja espaço suficiente para permitir rotações
moleculares (T < Tg Vf = cte).
estado borrachoso
estado vítreo líquido viscoso
Cadeias poliméricas adquirem mobilidade:
rotação e movimento translacional das cadeias
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Materiais Poliméricos – Estado
Cristalino
• Polímeros cristalizáveis:
cadeia linear;
ramificações/grupos laterais pequenos ou dispostos regularmente ou
simetricamente ao longo das cadeias (iso ou sindiotaticidade);
fortes ligações intermoleculares (grupos polares).
• Propriedades: densidade, rigidez, estabilidade dimensional,
resistência química; impermeabilidade;
- RI, elongação, transparência óptica.
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Materiais Poliméricos – Estado Cristalino
• Modelo considera que um polímero nunca poderá tornar-se 100% cristalino pois,
durante a cristalização, os segmentos da cadeia localizados nas regiões amorfas
ficam tensionados, não podendo cristalizar posteriormente.
• Modelo: aplicado para polímeros com baixa cristalinidade, mas não explica a
existência de cristais maiores (esferulitos).
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Monocristal de PE
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10 a 20 nm
Modelo Misto
• Sistemas reais
combinam elementos
dos outros modelos
Modelo misto.
Material policristalino
(fase cristalina + fase amorfa)
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Estruturas orientadas
(cristalização fibrilar)
Estrutura de shish-Kebab de PE
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Conferem resistência
mecânica aos polímeros
semicristalinos
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Cinética de Cristalização
Nucleação
e
Crescimento
dos cristais
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Cinética de Cristalização
1. Nucleação
Formação do cristal: G < 0 (espontâneo) G = G cristal – G fundido = H-T S < 0
Cinética de Cristalização
Nucleação
Tamanho crítico
Embrião
Núcleo estável
r* = raio crítico
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Cinética de Cristalização
Taxa de nucleação
• A quantidade de núcleos estáveis formados em um dado
intervalo de tempo e a uma dada T pode ser descrita como:
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Cinética de Cristalização
Nucleação Homogênea e Heterogênea
Homogênea: alinhamento das cadeias é um processo
aleatório;
Nucleação
Heterogênea: alinhamento das cadeias é catalisado por
núcleos pré-formados ou impurezas (agentes nucleantes).
ΔG*
rc rc
ΔG*
heterogênea
homogênea
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Cinética de Cristalização
2. Crescimento dos cristais
- Assume-se que a velocidade de crescimento do cristal = velocidade
de crescimento do esferulito;
- T constante: o raio do esferulito aumenta a uma velocidade constante
taxa de crescimento linear (G):
R = G.t
G= f(T)
R = raio do esferulito;
G = taxa de crescimento linear;
t = tempo;
T = temperatura.
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Cinética de Cristalização
Crescimento dos cristais
A variação da taxa de nucleação (I*) e de crescimento linear (G)
com a T passa por um máximo entre Tg e Tm.
• Tg: não existe mobilidade suficiente para o rearranjo das cadeias e consequente
nucleação e crescimento (estado vítreo);
• Tg: mobilidade aumenta facilitando a nucleação crescimento;
• ~ Tm: mobilidade alta, instabilizando o núcleo e impossibilitando o crescimento
dos cristais;
• Tm: estado viscoso ou fundido mobilidade total das cadeias .
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Cinética de Cristalização
Taxa de cristalização
A TAXA DE CRISTALIZAÇÃO reflete
Tg < Tc < Tm a combinação entre as taxas de
nucleação e de crescimento
(relacionado com a difusão das
cadeias no estado fundido).
PET:
• A taxa de nucleação diminui com o
Tg= 67ºC; aumento da temperatura (elevada
Tm= 265ºC mobilidade das cadeias
instabiliza o núcleo). É a etapa
determinante do processo de
Taxas de nucleação e cristalização próximo a Tm;
crescimento são • A taxa de crescimento aumenta
~ zero nessas T. com a temperatura (cadeias têm
mobilidade suficiente para difundir e
crescer o cristal). É a etapa que
domina o processo próximo a Tg.
Máximo entre Tg e Tm
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Cinética de Cristalização
Temperatura x Tamanho dos Esferulitos
Morfologia esferulítica de poli (fluoreto de vinilideno)-PVDF cristalizado (a) 130, (b) 140 e (c) 150 ºC
Cinética de Cristalização
Fatores que influenciam a taxa de crescimento (Gmax):
Em comparação com o PEAD (HDPE):
a. estrutura molecular: linear, sem grupos laterais e flexibilidade cadeia
principal ( Gmax) PE (+ cristalinos);
b. presença de grupos laterais volumosos ( Gmax): PP, PS (amorfo);
c. rigidez da cadeia principal ( Gmax): PC (cristaliza pouco ~ amorfo);
d. polaridade ( Gmax): PA e PET;
e. presença de impurezas ( Gmax) (próximo slide).
PA 6.6
PA 6
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Presença de impurezas
Blendas de PP isotático e atático (impureza)
Crescimento do esferulito de PP (80%
isotático e 20% atático) a 1250C.
Impurezas:
• diminuem a taxa de crescimento
(impureza tem que ser expulsa para fora da
lamela, taxa crescimento);
• linearidade é mantida (taxa de taxa de crescimento linear (G)
crescimento linear).
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SISTEMAS CRISTALINOS
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Fonte: Sperling
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Bibliografia:
CANEVAROLO JÚNIOR, S V.; Ciência dos polímeros: um texto básico
para tecnólogos e engenheiros. Capítulo: Estrutura molecular do estado
sólido.
SPERLING, L H.; Introduction to physical polymer science. Capítulos: The
Amorphous State e The Crystalline State.
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