A Evolução Da Sinalização Rodoviária No Brasil e No Mundo

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A evolução da sinalização rodoviária no Brasil e no

mundo
Resumo
Antes dos automóveis, na Antiguidade, os romanos já utilizavam meios para indicar a distância
entre as suas cidades mais importantes. No século 17, em Portugal, foi criada a primeira
regulação do tráfego da Europa, que determinou a colocação de sinais informativos de
preferência de circulação nas vias. Porém um sistema estruturado de sinalização de trânsito
somente surgiu entre o final do século 19 e o início do século 20, a partir da necessidade de
estabelecer regras de trânsito adaptadas ao uso do automóvel, em crescente expansão. Os
sinais de trânsito conhecidos atualmente são resultado de mais de um século de trabalhos
realizados em conferências e reuniões internacionais que procuraram padronizar o seu uso. Ao
longo dos anos, buscou-se acordos cada vez mais completos e detalhados, considerando novas
situações, em geral, a partir dos interesses de segurança e facilitação do tráfego rodoviário. E
com o surgimento constante de novas tecnologias, o sistema de sinalização viária sempre
estará sujeito a novas mudanças e aperfeiçoamentos.

Introdução
De acordo com o Anexo I do Código de Com o crescimento no número de automóveis,
Trânsito Brasileiro (CTB), a sinalização é o durante o século 20, os deslocamentos foram
conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de ficando mais complexos e ultrapassaram os
segurança colocados na via pública com o limites regionais e nacionais.
objetivo de garantir a sua utilização adequada. Consequentemente, foi se tornando cada vez
Ainda segundo o CTB, os sinais de trânsito são mais necessário que os sinais fossem
compostos por placas, marcas viárias, reconhecidos e padronizados.
equipamentos de controle luminosos,
A padronização dos sinais internacionalmente,
dispositivos auxiliares, apitos e gestos
juntamente com o reconhecimento de sua
destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir
importância, aconteceu por meio de
o trânsito de veículos e pedestres.
conferências realizadas entre vários países ao
A sinalização é importante para organizar a longo da história. Sendo assim, este Transporte
circulação de veículos, trazendo mais em Foco apresenta as principais etapas que
segurança e disciplina no trânsito. Tais sinais marcaram a evolução da sinalização no Brasil e
permitem que as decisões ao longo do trajeto no mundo.
possam ser tomadas a tempo e com mais
cuidado, possibilitando maior fluidez do Primeiras sinalizações
tráfego. Sua evolução, ao acompanhar a
expansão dos automóveis e o seu Desde a Antiguidade, as civilizações buscaram
desenvolvimento tecnológico, marcou a um meio de comunicação que permitisse o
história. bom funcionamento do trânsito. Os romanos,

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no início do século 2 d.C., indicavam a automotores e de tração animal e pedestres.


distância até as cidades mais importantes Em um primeiro momento, os clubes
com marcos nas estradas. Nesse período, a automobilísticos, as administrações
sociedade já tinha consciência do rodoviárias e os Estados estabeleceram as
funcionamento da circulação urbana, apesar regras de trânsito que julgaram mais
de não haver uma representação simbólica adequadas. Entretanto, o automóvel se
das restrições no trânsito, que eram impostas apresentou como um meio de transporte capaz
por meio de obstáculos na via. de vencer distâncias para além das fronteiras
de cada país, surgindo então a necessidade de
No século 17, Lisboa era uma cidade muito
padronizar os sistemas criados.
movimentada e marcada, principalmente, por
ser o centro comercial do antigo império Figura 1: Sinal de trânsito mais antigo do
português. Os coches1, seges2 e liteiras3 mundo
ocupavam, em grande número, as ruas e
criavam situações de desordem e conflito.
Com isso, em 1625, o rei Filipe III interveio, por
meio de uma carta régia, proibindo alguns
tipos de meio de transporte, para tentar
amenizar tais divergências.
Porém, só em 1686, em Portugal, o rei Pedro II
promulgou o primeiro ato de regulação do
tráfego na Europa. O regulamento determinava
que deviam ser colocados, em Lisboa, sinais
de trânsito que informassem a preferência de
circulação naquela via. Essa iniciativa teve o
objetivo de reduzir os congestionamentos, Fonte: Portugal de Lés a Lés, 2018.
muito comuns nas ruas mais estreitas da
Os primeiros registros históricos sobre a
capital portuguesa. Um desses sinais ainda
sinalização moderna surgiram em 1895, ano
existe na rua do Salvador, no bairro de Alfama.
em que o Touring Club4 da Itália instalou vários
Essa placa — o sinal de trânsito mais antigo de
sinais de trânsito naquele país, indicando
Lisboa — diz “Ano de 1686. Sua Majestade
situações de perigo por meio de setas.
ordena que os coches, seges e liteiras que
vieram da portaria do Salvador recuem para a Em Paris, no ano de 1900, a Liga Internacional
mesma parte” (Figura 1). de Associações para o Turismo propôs, com o
objetivo de normalizar a sinalização, a
A necessidade de regulamentar o tráfego de
unificação dos sinais de circulação, que foram
forma mais intensa surgiria apenas no período
aprovados em congresso. A proposta
entre o final do século 19 e o início do século
padronizou e oficializou a utilização de setas
20, com o advento do automóvel e o
em diferentes posições para alertar os
crescimento da indústria automobilística na
condutores e pedestres sobre os perigos
Europa. Era importante, sobretudo, harmonizar
potenciais das estradas.
a relação entre condutores de veículos

1
Veículo de quatro rodas puxado por animais. Foi utilizado como principal meio de transporte público antes da
implantação das ferrovias. Era geralmente puxado por cavalos e levava passageiros, correspondência e carga
expressa.
2
Carruagem alta de duas rodas.
3
Cadeira portátil, aberta ou fechada, suportada por duas varas laterais. Era transportada por dois liteireiros (indivíduo
que conduz ou guia a liteira) ou dois animais, um à frente e outro atrás. Eram muito utilizadas como meio de transporte
na Roma Antiga; funcionava de modo equivalente ao dos táxis de hoje em dia.
4
Associação sem fins lucrativos voltada para a promoção do turismo e a difusão do conhecimento e de uma cultura
de viagem consciente e responsável.

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Em 1904, o Touring Club da França implantou Padronização dos sinais de


os primeiros painéis de regulamentação para
automobilistas e ciclistas. E, no ano de 1908, trânsito
foram adotados os sinais de passagem em
Em um contexto global, finda a 1ª Guerra
nível com barreira, pista irregular, pista sinuosa
Mundial, a Sociedade das Nações, uma
e cruzamento, no Premier Congres
5 organização internacional criada com o fim de
International de la Route , apesar de, à época,
assegurar a paz, atentou-se para a questão da
vários países já terem aplicado esses sinais.
padronização dos sinais de trânsito, formando
Um ano depois, em 1909, foi realizada a 1ª um Comitê Especial para o Tráfego. Tal
Conferência Internacional de Paris, com a iniciativa foi importante para conter o
participação de representantes dos governos crescimento desenfreado de placas
do Reino Unido, Alemanha, Áustria, Bélgica, incompreensíveis aos estrangeiros em um
Bulgária, Espanha, França, Itália e Mônaco, ambiente já familiarizado com o automóvel.
para discutir problemas relacionados com a Assim, em 1926 foi promovida a 2ª Conferência
circulação viária. O desfecho foi a criação de Internacional de Paris, com representantes de
quatro placas que deveriam ser utilizadas por 53 Estados.
todos os nove países europeus signatários.
Novas regras foram instituídas e, dentre elas,
Conforme apresentado na Figura 2, as placas
destaca-se a mudança das placas indicativas
indicavam sarjeta, curva perigosa, passagem
de perigo para a forma triangular. A sinalização
em nível e cruzamento e eram inscritas em
vertical deveria ser colocada de 150 a 250
branco sobre um fundo circular azul. Esse ano
metros antes do obstáculo a assinalar, salvo
foi considerado um marco para a sinalização
em casos excepcionais. O texto da Conferência
rodoviária.
também chamou a atenção dos Estados para a
Figura 2: Sinais adotados na 1ª presença de placas publicitárias ao longo da
Conferência Internacional de Paris via, que poderiam impossibilitar ou dificultar a
leitura da sinalização de trânsito. Na
Conferência, foram incluídos mais dois sinais,
referentes à “passagem em nível aberta”, e o
sinal geral de perigo.
Fonte: Costa (1989). Apesar da pauta extensa, a Conferência não
abordou o assunto da sinalização urbana,
No Brasil, por outro lado, o automóvel demorou
constituída, em geral, de símbolos de obrigação
mais tempo para se popularizar. Não obstante,
e proibição. Logo, em 1927, realizou-se uma
as pessoas que tinham acesso a essa nova
sessão do Comitê de Circulação da Sociedade
tecnologia pressionavam os governantes para
das Nações, em Viena. Nela, foram propostos
que fossem construídas novas vias, já que as
outros sinais, alguns deles apresentados na
existentes eram impróprias para a circulação
Figura 3.
de veículos a motor. Com isso, em 1910, foi
aprovado o decreto nº 8.324, que oferecia Haja vista as preocupações com a organização
subsídios à construção e adaptação das do trânsito ao redor do mundo, em 1928 foi
“estradas de rodagem”, segundo nomenclatura aprovado, no Brasil, o decreto nº 18.323. No que
da época. O decreto determinava uma série de tange à sinalização, o decreto estava em
requisitos necessários ao projeto e à execução consonância com o que foi definido pela 2ª
da obra, porém ainda não fazia qualquer Conferência Internacional de Paris e pela
menção à sinalização. Sociedade das Nações, conforme pode ser
visto na Figura 4. Ele previa, além das placas já
mencionadas, os marcos quilométricos e os

5
“Primeiro Congresso Rodoviário Internacional”, em tradução livre do francês.

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marcos itinerários, ou indicadores de direção. Atlântico, as iniciativas estavam em um estágio


Tanto a sinalização viária como algumas mais avançado. Em março de 1931 ocorreu, em
normas de trânsito presentes nos Tratados de Genebra, a Convenção Internacional sobre a
Paris foram inseridas na legislação de trânsito Unificação da Sinalização nas Estradas. Na
brasileira no ano de 1928. convenção, as normas criadas foram mais
abrangentes, relacionando a forma das placas
Figura 3: Sinais propostos pela Sociedade com suas funções: as triangulares para indicar
das Nações situações de perigo; as circulares seriam de
regulamentação; e as retangulares, de
indicação. A Convenção também propôs regras
para o uso das cores. Assim, abriu-se caminho
para a estruturação do sistema tal como é
conhecido hoje, em que a forma e a cor
combinam-se de modo a ratificar a mensagem
transmitida ao condutor, em um processo de
dupla significação.

Criação do Conselho Nacional


de Trânsito e do Código de
Fonte: Elaboração CNT, com dados de Neves (2006).
Trânsito Brasileiro
No Brasil, em janeiro de 1941, 10 anos após a
Figura 4: Influência da Conferência de citada convenção de Genebra, o decreto-lei nº
Paris na sinalização brasileira 2.994 criou o primeiro Código Nacional de
Trânsito. Percebe-se que, quanto à sinalização,
foi mantido o padrão de 1928, com as mesmas
placas. A mudança se concentrou basicamente
nas cores, sendo que a maioria passou do azul
para o amarelo. O decreto-lei também criou o
Conselho Nacional de Trânsito. Dentre as
competências do Conselho, destaca-se a
coordenação das atividades dos Conselhos
Regionais de Trânsito e o zelo pelo
cumprimento do Código.
Em setembro do mesmo ano, o decreto-lei nº
3.651 deu nova redação ao Código, alterando
de forma mais significativa a sinalização, agora
sob influência da Convenção realizada em
Genebra. Surgem, portanto, as placas com
Fonte: Elaboração CNT, com dados de Farinha (2015) e fundo branco e com fundo amarelo e moldura
Brasil (1928).
vermelha (Figura 5).
Quanto à uniformização dos dispositivos de
Em 1952, a Organização das Nações Unidas
controle de trânsito no continente americano,
(ONU) promoveu a 6ª Sessão da Comissão de
o assunto começou a ser discutido em 1929,
Transportes e Comunicação, na qual foi
quando foi celebrado o 2º Congreso
aprovado o Sistema Uniforme de Sinalização de
Panamericano de Carreteras (Copaca)6, no Rio
Trânsito, que introduzia modificações no
de Janeiro. No entanto, do outro lado do
6
“Congresso Rodoviário Pan-Americano”, em tradução livre do espanhol.

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sistema europeu, conciliando-o com o norte- A essa época, a indústria automobilística no


americano e o africano (pouco difundido na país crescia consideravelmente, em grande
época). O resultado foi um sistema novo, que parte devido aos incentivos do governo
levava em consideração aspectos visuais e de Juscelino Kubitschek à sua consolidação e à
percepção do motorista. A título de exemplo, a construção de novas rodovias. Nesse período,
comissão entendeu que as formas angulosas, o êxodo rural se intensificava, acelerando o
como triângulo, losango e retângulo, eram processo de urbanização, e, com o crescimento
mais facilmente reconhecidas que as das cidades, viu-se a necessidade de expandir e
circulares. Além disso, observou-se que a cor detalhar melhor a regulamentação de trânsito
preta sobre um fundo amarelo é mais visível no país. Dessa forma, em 1968, foi publicado o
que a mesma cor sobre um fundo branco. As decreto nº 62.127, que homologou o
placas com pictogramas também são mais Regulamento do Código Nacional de Trânsito,
facilmente reconhecidas à distância que aprovado em 1966.
aquelas contendo mensagens escritas.
O decreto impôs novas regras, inclusive
Figura 5: Alguns dos sinais propostos pelo estipulando que nenhuma via pavimentada
decreto-lei nº 3.651 poderia ser entregue ao trânsito enquanto não
estivesse sinalizada. Nesse momento, surgiram
também as demarcações das faixas
(sinalização horizontal), o que mostra uma
maior percepção da importância da sinalização
para a organização e segurança no trânsito.
Também é notável, a partir de então, a
crescente influência do sistema norte-
americano, apresentado no Manual on Uniform
Traffic Control Devices (MUTCD)7, sobre a
legislação brasileira. As placas de indicação
brasileiras de então, em sua maioria, exibiam a
mesma forma, cor e simbologia das
apresentadas na quarta edição do MUTCD,
lançada em 1961.
Entre os acordos que envolveram a
padronização das normas de sinalização na
América, destaca-se a apresentação e
Fonte: Elaboração CNT, com dados do decreto-lei nº
3.651, de 1941.
aprovação do Manual Interamericano de
Dispositivos de Controle de Tráfego, fruto do
Portanto, foram propostos novos modelos, 11º Congreso Panamericano de Carreteras,
que, inclusive, fariam parte da lei nº 5.108, de celebrado no Equador, em novembro de 1971.
21 de setembro de 1966. Esta lei foi Porém, apesar de todos os países terem
modificada no ano seguinte pelo decreto-lei nº aceitado sua adoção no Congresso, nenhum
237, porém sem alterações significativas ratificou seu uso. Quanto ao Brasil, o decreto nº
quanto à sinalização. Ela assinalava que toda 73.696, de 1974, alterou os modelos das placas
sinalização complementar não compreendida de 1968, mas sem fazer referência ao Manual
no Sistema Uniforme de 1952, assim como as Interamericano.
alterações futuras, ficava a cargo do Conselho
Nacional de Trânsito.
7
“Manual de Dispositivos Uniformes de Controle de Tráfego”, em tradução livre do inglês. Documento publicado, desde
1935, pela Federal Highway Administration (Administração Rodoviária Federal, em tradução livre do inglês), do
Departamento de Transportes, dos Estados Unidos da América. Periodicamente atualizado, o manual estabelece os
padrões relativos a sinais e a marcas rodoviárias, assim como as regras relativas à sua designação, instalação e uso.

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Na década de 1980, foram aprovadas as Nacional (Iphan) e pelo Denatran. Para as


resoluções nº 599/1982, 666/1986 e placas turísticas foi adotada a cor marrom, da
689/1988, do Conselho Nacional de Trânsito, mesma forma que posteriormente se
que estruturaram o Manual de Sinalização de padronizou a cor laranja para as placas de
Trânsito. A primeira resolução abordava a sinalização temporária.
interpretação, o uso e a colocação da
sinalização vertical. A segunda tratava dos Figura 6: Influência do Manual
mesmos aspectos, porém para a sinalização Interamericano na legislação brasileira
horizontal. Ela estipulava critérios para a
utilização e classificação das marcas viárias e
dos dispositivos auxiliares. Por fim, a última
acrescentava as placas de atrativos turísticos
ao anexo referente à sinalização vertical.
Em 1991, o Brasil participou do 16º Congreso
Panamericano de Carreteras, sediado no
Uruguai, no qual foi lançada a 2ª edição do
Manual Interamericano. Um novo Código de
Trânsito Brasileiro foi criado seis anos depois,
por meio da lei nº 9.503 de 1997, em vigor
atualmente. Novamente, não há qualquer
menção ao Manual, porém percebe-se uma
grande semelhança entre este e o sistema de
sinalização apresentado pela legislação
brasileira, como aponta a Figura 6.
A lei de 1997 também instituiu que compete ao
Nota: Apesar de as placas brasileiras estarem
Conselho Nacional de Trânsito a representadas em preto e branco, a norma apresenta o
responsabilidade de aprovar, complementar mesmo padrão de cores designado pelo Manual
ou alterar os dispositivos de controle de Interamericano.
trânsito. As disposições aprovadas pelo Fonte: Elaboração CNT, com dados de Manual
Conselho, por sua vez, devem ser executadas Interamericano (1991) e Brasil (1997).
pelo Departamento Nacional de Trânsito Cabe destacar que o sistema de sinalização
(Denatran).8 brasileiro passa por constantes revisões, sob a
responsabilidade do Conselho Nacional de
No início do século 21, o sistema de
Trânsito. O resultado se apresenta na forma de
sinalização brasileiro já se encontrava
diversos manuais que detalham os princípios
praticamente consolidado. O número de
de utilização de cada sinal, o posicionamento
placas de regulamentação e advertência não
na via e o relacionamento com outras
aumentou de forma significativa, ao contrário
sinalizações, conforme se enumera a seguir.
das placas de serviços auxiliares e de atrativos
turísticos, cuja quantidade cresceu  Volume I – Sinalização Vertical de
consideravelmente. Isso se deve, em grande Regulamentação;
parte, ao Guia Brasileiro de Sinalização
Turística, elaborado em 2001 pela Empresa  Volume II – Sinalização Vertical de
Brasileira de Turismo (Embratur)9, pelo Advertência;
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico

8
De acordo com o Decreto nº 10.788 de 2021, o Denatran foi elevado à categoria de Secretaria Nacional de Trânsito,
vinculada ao Ministério da Infraestrutura.
9
Em 2017, para a atualização do Guia Brasileiro de Sinalização Turística, a parceria com a Empresa Brasileira de
Turismo (Embratur) foi substituída pelo Ministério do Turismo (MTur).

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 Volume III – Sinalização Vertical de da inspiração nos sinais ferroviários, que


Indicação; seguem um caminho de sentido único, ele criou
um dispositivo que poderia controlar ruas de
 Volume IV – Sinalização Horizontal; quatro sentidos, utilizando as cores vermelho,
 Volume V – Sinalização Semafórica; amarelo e verde, dando origem ao primeiro sinal
de trânsito automático do mundo. Comparada
 Volume VI – Dispositivos Auxiliares aos sistemas criados anteriormente, a sua
implementação foi um sucesso, tanto que a
 Volume VII – Sinalização Temporária;
polícia de Detroit instalou mais 14 em 12
 Volume VII – Sinalização Cicloviária; meses.
 Volume IX – Cruzamentos A invenção de Potts não foi a última a ser
Rodoferroviários. imaginada para os sinais de tráfego. Em 1923,
Garrett Morgan, inventor e empresário afro-
Evolução do semáforo americano, inventou e patenteou o semáforo
formado por uma haste em forma de “T” e que
O primeiro semáforo de que se tem notícia foi desempenhava as ações “parar”, “seguir” e
instalado em dezembro de 1868, no exterior do “parar em todas as direções”. Porém, por
Parlamento, em Westminster, Londres. Foi precisar do dinheiro, Morgan vendeu os direitos
criado pelo engenheiro e inventor ferroviário da sua invenção à General Electric
John Peake Knight e era composto por dois Corporation10.
braços, movimentados por policiais, e duas
lâmpadas a gás com uma luz verde e outra Usualmente, nas grandes cidades, os
vermelha. O sistema era similar aos sinais que semáforos são monitorados por uma central de
regulavam o trânsito ferroviário. controle que faz a programação sistêmica e
integrada da rede semafórica. Esta
Durante o dia, se os braços estivessem na programação normalmente é fixa e alterada
horizontal, indicavam a obrigação de parar. somente in loco, todavia, os intervalos entre
Caso estivessem posicionados a 45 graus, eles ao longo do dia podem ser diferentes,
permitiam seguir viagem. Já no período da havendo a possibilidade de serem maiores nos
noite, a luz verde indicava “cuidado” e a luz horários de pico, por exemplo.
vermelha significava que o condutor deveria
parar. Porém esse sistema de luzes durou Contudo, os semáforos estão cada vez mais
menos de um mês, porque um dos policiais avançados tecnologicamente. Atualmente, já
que o manejava foi ferido gravemente em um existem aqueles que são geridos, em tempo
acidente em que uma das lâmpadas explodiu. real, por computadores ligados a câmeras e
sensores que os fazem funcionar conforme o
Pouco depois, em Berlim, na Alemanha, foram fluxo do trânsito e a hora do dia, denominados
construídas torres no meio de cruzamentos, semáforos inteligentes.
com cabines onde policiais trabalhavam
sentados mudando as luzes, conforme o Painéis de Mensagens
necessário, o dia todo. Esse tipo de torre, que
foi mudando ao longo das décadas, foi
Variáveis
bastante utilizado em Nova York a partir de Os Painéis de Mensagens Variáveis (PMV) são
1916. uma ferramenta inovadora de sinalização
Em 1920, nos Estados Unidos, o sinal de três utilizada para auxiliar o motorista e controlar o
cores foi inventado por William L. Potts, um tráfego urbano em situações variáveis da via,
policial de trânsito da cidade de Detroit. Apesar como rotas alternativas, acidentes,

10
Conglomerado de empresas, criado em 1892, com atuação, no presente, nas áreas da energia, aviação, indústrias
digitais e finanças, entre outras.

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congestionamentos, condições climáticas e Bélgica. Já no Reino Unido predominam


adversas e emergências. painéis de matriz de lâmpadas. Nos Estados
Unidos, as autoridades de tráfego do país
Os PMVs começaram a ser utilizados nos
passaram a se interessar por painéis de fibra
Estados Unidos e na Europa Ocidental há
óptica somente após seu aperfeiçoamento,
quase 50 anos e ficaram marcados por serem
permitindo o aumento da altura dos caracteres
mais um avanço na evolução da sinalização.
e melhorando sua legibilidade.
Seus primeiros modelos eram simples,
compostos por placas com mensagens Até o início dos anos 2000, painéis híbridos
encaixadas em suportes e operados por foram muito populares. Juntavam-se duas ou
policiais rodoviários. mais tecnologias em um mesmo painel —
normalmente um elemento reflexivo e um
A partir de 1970, começaram a surgir outros
luminoso —, com o objetivo de unir suas
tipos de painéis que possibilitavam a
características mais vantajosas. Os mais
atualização da informação em tempo real.
comuns eram de fibra óptica e de LED, ambos
Com a evolução eletrônica digital, uma grande
com disco reflexivo.
parte dos fabricantes de PMVs decidiu utilizar
equipamentos microprocessados, devido à Apesar de já ser utilizado há alguns anos, o
queda do preço do produto. Com isso, a sistema de PMVs começou a ser padronizado
exibição de uma variedade ilimitada de nacionalmente apenas em novembro de 2009,
mensagens foi possível por meio da utilização com a edição das resoluções nº 3.323 e 3.323-
de uma matriz de lâmpadas. A, pela Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT). E quase um ano depois, a
Porém, em seguida, a crise energética dessa
ANTT editou a resolução nº 3.576/2010 para
década fez diminuir consideravelmente a
completar as resoluções anteriores e ampliar o
popularidade das matrizes de lâmpadas nos
conceito de aplicação da padronização.
Estados Unidos. Com isso, a matriz de discos
reflexivos passou a ser uma alternativa mais Os Painéis de Mensagens Variáveis são um
econômica, tanto em consumo de energia recurso muito útil para melhorar a fluidez do
quanto em manutenção, mesmo tendo um tráfego. Os PMVs estão se propagando em
custo inicial mais alto. grande velocidade pelo mundo e, nas últimas
décadas, passaram a ser um dos meios de
Com o propósito de melhorar a legibilidade dos
aplicação dos conceitos de Intelligent
painéis e aperfeiçoar as novas tecnologias,
Transportation Systems (ITS)16 mais eficientes
além da matriz de lâmpadas, várias outras
e populares.
alternativas foram pesquisadas e testadas,
como fibras ópticas11, diodos emissores de luz
(LEDs)12, cristal líquido13, tubos de raios
catódicos14 e laser de varredura15.
Os painéis de fibras ópticas ficaram muito
populares na Europa, sendo utilizados,
principalmente, na França, Alemanha, Holanda

11
Filamentos flexíveis fabricados em materiais transparentes, como fibras de vidro ou plástico, e que são utilizados
como meio de propagação da luz.
12
Do inglês Light-Emitting Diode.
13
Substância orgânica que flui como um líquido, mas tem, à semelhança de um cristal, alinhamento parcial de suas
moléculas. Basicamente, um visor de cristal líquido, ou LCD (do inglês Liquid Crystal Display), é composto por duas
peças finíssimas de vidro plano transparente com o cristal no meio, fechado completamente por fusão.
14
Dispositivo que gera imagens a partir da incidência de um feixe de elétrons (raios catódicos) numa tela recoberta
de fósforo.
15
Tecnologia que emite milhares de pulsos laser por segundo, normalmente de luz infravermelha.
16
“Sistemas de Transporte Inteligentes”, em tradução livre do inglês.

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Considerações finais
Conforme pode ser observado na linha do
tempo apresentada na Figura 7, a evolução da
sinalização de trânsito foi marcada por vários
momentos no decorrer da história. Percebe-se
também que o modelo de sinalização brasileiro
não se prende a nenhum sistema internacional
específico, pois ele conseguiu assimilar, ao
longo do século passado, aspectos de
diferentes padrões. No início, adotou-se o
sistema europeu, que procurava,
principalmente, alertar o motorista quanto a
situações de perigo na pista. Posteriormente,
baseado na Convenção de Genebra e no
manual norte-americano, o decreto nº
62.127/1968 passou a diferenciar placas de
regulamentação, advertência e indicação, além
de normatizar a sinalização horizontal. Na
década de 1970, com a primeira edição do
Manual Interamericano, o modelo de
sinalização brasileiro começou a consolidar-
se. Por fim, em 1997, foi publicado o Código de
Trânsito Brasileiro, em vigor atualmente.
Mesmo depois de várias mudanças durante
estes mais de cem anos, o sistema de
sinalização rodoviária tende a continuar
evoluindo. Novas soluções devem ser
definidas e novas regras devem ser criadas,
sempre com o objetivo de aperfeiçoar o
sistema, proporcionando maior fluidez e
segurança ao tráfego e acompanhando os
avanços tecnológicos.

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Figura 7: Linha do tempo da sinalização de trânsito

Fonte: Elaboração CNT.

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Referências
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2009.
AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução nº 3.323-A, de 18 de novembro de 2009.
Brasília, 2009.
AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução nº 3.576, de 02 de setembro de 2010. Brasília,
2010.
ALVES, H. Design e desenvolvimento de projeto de sinalização viária urbana. Universidade do Estado do Rio de
Janeiro. Rio de Janeiro, 2013.
AMERICAN STANDARDS ASSOCIATION. Manual on uniform traffic control devices for streets and highways.
Washington, 1937.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14.962: Sinalização de trânsito. Rio de Janeiro, 2020.
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BBC Home. The man who gave us traffic lights. Nottingham, 2009. Disponível em:
http://www.bbc.co.uk/nottingham/content/articles/2009/07/16/john_peake_knight_traffic_lights_feature.shtml.
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A série Transporte em Foco tem por objetivo analisar temáticas técnicas, econômicas e ambientais do setor de transporte, com base
em assuntos de destaque na mídia ou demandados pelos associados, auxiliando nas tomadas de decisão. Para ler as edições deste e
de outros informes e boletins temáticos do transporte, consulte www.cnt.org.br.
Nota: Os termos deste informe sublinhados com uma linha tracejada estão definidos no aplicativo Glossário CNT do Transporte,
disponível na Google Play. Saiba mais em: https://www.cnt.org.br/glossario-cnt-do-transporte.

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