Prof: Pedro T. P. Lopes WWW - Ime.Usp - BR/ Pplopes/Tma
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Os exercícios a seguir foram selecionados dos livros dos autores G. Folland (F.), Djairo Figueiredo (D.) e E.
Kreysig (K.). (F.X.Y), (D.X.Y) e (K.X.Y) indicam o exercício Y do capítulo X do livro F, D ou K.
Exercício 2 (D.2.1.5)
Seja f : R → C uma função contínua e periódica de período T > 0. Mostre que, para todo a ∈ R, temos
ˆ a+T ˆ T
f (t)dt = f (t)dt.
a 0
(Dica: Feito em sala de aula)
Resolução:
Vamos denir a função F : R → R por
ˆ a+T ˆ a+T ˆ a
F (a) = f (t) dt = f (t) dt − f (t) dt.
a 0 0
Logo
F 0 (a) = f (a + T ) − f (a) = 0.
´ a+T
Logo F é constante. Concluímos que a f (t) dt independe de a.
Exercício 3 (D.2.2.10)
Seja f : R → C uma função Riemann integrável periódica de período T > 0. Mostre que a função F : R → C
denida como ˆ θ
F (θ) = f (s)ds
0
´T
é periódica (de período T ) se, e somente se, 0
f (s)ds = 0.
(Dica: Feito em sala de aula)
Resolução:
Se F é periódica, então
F (θ + T ) = F (θ).
Em particular, F (T ) = F (0). Logo
ˆ 0 ˆ T
0= f (s)ds = f (s)ds.
0 0
1
LISTA DE EXERCÍCIOS 1 - TÓPICOS DE MATEMÁTICA APLICADA (MAP 2313) 2
´T
Se 0
f (s)ds = 0 e f uma função periódica. Logo
ˆ θ+T ˆ T ˆ θ+T ˆ θ+T
F (θ + T ) = f (s)ds = f (s)ds + f (s)ds = f (s)ds.
0 0 T T
Exercício 4 (D.2.2.11)
Seja f : R → C uma função Riemann integrável, periódica e de período T > 0. Determine a constante A > 0 tal
que a função abaixo seja periódica e de período T :
ˆ x
F (x) = f (t)dt − Ax.
0
Resolução:
Queremos que F (x + T ) = F (x), ou seja,
ˆ x+T ˆ x
f (t)dt − Ax − AT = f (t)dt − Ax.
0 0
Observamos que
ˆ x ˆ x+T ˆ x ˆ x+T
f (t)dt + f (t)dt − Ax − AT = f (t)dt − Ax ⇐⇒ f (t)dt = AT.
0 x 0 x
´ x+T ´T
Como f é periódica, temos x
f (t)dt = 0
f (t)dt. Assim, a armação acima equivale a:
ˆ
1 T
A= f (t)dt.
T 0
Exercício 5 (D.2.3.1)
Verique
´π as seguintes relações:
i) −π cos(nx)sen(nx)dx = 0.
´π
ii) −π cos(nx)cos(mx)dx = δmn π .
´π
iii) −π sen(nx)sen(mx)dx = δmn π .
´π
(Observação: Estas são as relações análogas a −π ei(n−m)x dx = 2πδmn , provadas em sala de aula)
Exercício 6 (D.2.5.1)
Seja f : R → C uma função tal que f (x) 6= 0 para todo x ∈ R. Mostre que:
i) Se f é uma função par, então f1 também é uma função par.
ii) Se f é uma função ímpar, então f1 também é uma função ímpar.
Resolução:
i) f1 (−x) = f (−x)
1 1
= f (x) = f1 (x).
ii) f1 (−x) = f (−x)
1
= −f1(x) = − f1 (x).
Exercício 7 (D.2.5.2)
Seja f : R → C uma função derivável. Mostre que:
i) Se f é uma função par, então f 0 é uma função ímpar.
ii) Se f é uma função ímpar, então f 0 é uma função par.
Resolução:
i) Basta observar que se f (−x) = f (x), então
f (−x + h) − f (−x) f (− (x − h)) − f (−x)
f 0 (−x) = lim = lim =
h→0 h h→0 h
LISTA DE EXERCÍCIOS 1 - TÓPICOS DE MATEMÁTICA APLICADA (MAP 2313) 3
cos(nα)cfn − sen(nα)bfn .
Logo agn = cos(nα)afn + sen(nα)bfn e bgn = cos(nα)cfn − sen(nα)bfn .
ii) Vemos que ˆ π ˆ π
1 1
g(x)e−inx dx =
cgn = (f (x) + k) e−inx dx =
2π −π 2π −π
ˆ π ˆ π
1 1
f (x)e−inx dx + ke−inx dx = cfn + kδn0 .
2π −π 2π −π
ˆ π ˆ π ˆ π ˆ π
1 1 1 1
agn = g(x)cos(nx)dx = (f (x) + k) cos(nx)dx = f (x)cos(nx)dx+ kcos(nx)dx = afn +kδn0 .
2π −π 2π −π 2π −π 2π −π
ˆ π ˆ π ˆ π ˆ π
g 1 1 1 1
bn = g(x)sen(nx)dx = (f (x) + k) sen(nx)dx = f (x)sen(nx)dx + ksen(nx)dx = bfn .
2π −π 2π −π 2π −π 2π −π
Assim, cgn = cfn , agn = afn e bgn = bfn para n ≥ 1, e cg0 = cf0 + k e ag0 = af0 + k.
iii) Vemos que
ˆ π ˆ π ˆ π
1 1 1
cαf
n
+βg
= (αf (x) + βg(x)) e−inx dx = α f (x)e−inx dx + β g(x)e−inx dx = αcfn + βcgn .
2π−π 2π −π 2π −π
ˆ π ˆ π ˆ π
1 1 1
aαf
n
+βg
= (αf (x) + βg(x)) cos(nx)dx = α f (x)cos(nx)dx + β g(x)cos(nx)dx = αafn + βagn .
2π −π 2π −π 2π −π
ˆ π ˆ π ˆ π
1 1 1
bαf
n
+βg
= (αf (x) + βg(x)) sen(nx)dx = α f (x)sen(nx)dx + β g(x)sen(nx)dx = αbfn + βbgn .
2π −π 2π −π 2π −π
Assim, cαf
n
+βg
= αcfn + βcgn , aαf
n
+βg
= αafn + βagn , bαf
n
+βg
= αbfn + βbgn .
ii) Mostre que nem toda função periódica tem um período fundamental. (Dica: Pense na função constante)
Resolução:
Basta observar que se f é uma função constante, isto é, existe C ∈ C tal que f (x) = C para todo x ∈ R, então
f (x + T ) = f (x), para todo T > 0. Logo
inf {T > 0; f (x + T ) = f (x), ∀x ∈ R} = 0.
Mas 0 não é um número real positivo. Portanto não pode ser chamado de período fundamental pela denição
dada no exercício. Assim, a função constante não tem período fundamental.
Resolução:
Chamamos f de função par se f (−x) = f (x) e dizemos que f é uma função ímpar se f (−x) = −f (x). De acordo
com esta denição temos:
As funções pares são: |x|, e−|x| , sen(x2 ), sen2 (x), xsenh(x), |x|3 .
As funções ímpares são: x2 sen(nx), xcosh(x), tan(2x).
As funções que não são nem pares nem ímpares são: x + x2 , ln(x), eπx , xex , 1+x x
2.
iv) π4 − π2 ∞
P cos((2n−1)θ) + P∞ (−1)n+1
sen (nθ).
n=1 (2n−1)2 n=1 n
P∞ sen((2n−1)θ)
v) π n=1 (2n−1)
4
vi) 2 − 4 ∞ cos(2nθ)
P
4n2 −1
π π
Pn=1 n
vii) π3 + 4 ∞n=1 n2 cos (nθ)
2 (−1)
viii) π8 ∞
P sen((2n−1)θ)
n=1 (2n−1)2
LISTA DE EXERCÍCIOS 1 - TÓPICOS DE MATEMÁTICA APLICADA (MAP 2313) 6
= n=−∞ cn ineinθ . Pela unicidade da série de Fourier, temos cn = incn , ou seja, (1 − in)cn = 0.
P∞ inθ
P∞
n=−∞ cn e
isto implica que cn = 0 para todo n. Portanto, eθ = 0. Mas isto claramente é falso. Onde está o erro?
Resolução:
Provamos em sala de aula que se f (θ) = ∞ inθ
, então
P
n=−∞ cn e
∞ ∞
!
df d X
inθ
X
(θ) = cn e = incn einθ
dθ dθ n=−∞ n=−∞
sempre que f : R → C for suave por partes, contínua e 2π -periódica. No entanto, quando pegamos a função
θ ∈ [−π, π] → eθ e fazemos uma expansão 2π -períódica dela, a função resultante não é contínua. Por exemplo, em
]π, 3π[ ela é dada por θ → eθ−2π . Logo ela é descontínua no ponto π . De maneira geral, ela será descontínua em
todo ponto π + 2kπ , k ∈ N0 .