Central de Gás Liqüefeito de Petróleo - GLP: Quanto Aos Materiais

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CENTRAL DE GÁS LIQÜEFEITO DE PETRÓLEO - GLP

I. OBJETIVO:

O presente documento apresenta o descritivo do projeto básico das Instalações de gás


liquefeito de petróleo (GLP), conforme as regras da ABNT. NBR 15358/14 e NBR 13523/08.
NBR 15358/14 – Rede de distribuição interna para gás combustível em instalações de
uso não residencial de até 400kPa – Projeto e execução
NBR 13523/08 – Central de Gás liquefeito de petróleo - GLP

II. PARÂMETROS LEGAIS E NORMATIVOS

A NBR 15358/12 E NBR 13523/08, estabelecem critérios para a execução e para


projetos de instalação de gás liquefeito de petróleo:
A Central de gás que usaremos nas escolas (Padrão SEDUC) vem com 02 cilindros com
capacidade de P45, com capacidade volumétrica de 0,09m³ cada.
Recipiente transportável com capacidade volumétrica total igual ou inferior a 0,5 m³
(aproximadamente 250 kg capacidade de GLP), projetado e construído conforme ABNT NBR
8460, abastecido por massa em base de engarrafamento e transportado cheio para troca.

QUANTO AOS MATERIAIS:

III. PARA EXECUÇÃO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA


Tubos:
a) Tubos de condução de aço-carbono, com ou sem costura, conforme ABNT NBR
5580 no mínimo classe média, ABNT NBR 5590 no mínimo classe normal e API 5-L
no mínimo grau A com espessura mínima correspondente a SCH40 conforme
ANSI/ASME B36.10M;
b) Tubos de condução de polietileno (PE80 ou PE100), para redes enterradas,
conforme ABNT NBR 14462, somente utilizados em trechos enterrados e externos
às projeções horizontais das edificações.

IV. PARA A EXCECUÇÃO DAS CONEXÕES


Conexões:
a) Conexões de aço forjado, conforme ASME/ANSI B16.9;
b) Conexões de ferro fundido maleável, conforme ABNT NBR 6943, ABNT NBR
6925 ou ASME/ANSI B16.3;
c) Conexões de polietileno (PE80 ou PE100) para redes enterradas, conforme
ABNT NBR 14463;

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d) Conexões para transição entre tubos de polietileno e tubos metálicos, para
redes enterradas, conforme ASTM D 2513 e ASTM F 1973;
e) Conexões de ferro fundido maleável com terminais de compressão para uso com
tubos de polietileno, ou transição entre tubos de polietileno e tubos metálicos,
para redes enterradas, conforme ISO 10838-1 ou DIN 3387.

V. ELEMENTOS PARA INTERLIGAÇÃO


Para se efetuar a interligação entre a tubulação e o aparelho a gás, medidor e
dispositivos de instrumentação, são admitidos:

a) Mangueiras flexíveis de borracha, compatíveis com a pressão de operação,


conforme ABNT NBR 13419;
b) Tubos flexíveis metálicos, conforme ABNT NBR 14177;
c) Tubos flexíveis de borracha para uso em instalações de GLP/GN, conforme
ABNT NBR 14955.
Devem ser verificados os limites de pressão e temperatura para esses elementos para
interligação, quando de sua utilização, assim como a possibilidade de ocorrências acidentais ou
incidentais como vazamento de metais líquidos, respingos de escória, contato com superfícies
aquecidas e impactos mecânicos. Deve ser instalada válvula de bloqueio a montante de cada

elemento de interligação.

A) VÁLVULAS DE BLOQUEIO
As válvulas de bloqueio utilizadas na rede de distribuição interna devem ser do tipo
esfera.
As válvulas metálicas devem ser conforme ABNT NBR 14788.

B) REGULADORES DE PRESSÃO
Os reguladores de pressão devem ser selecionados de forma a atender à pressão da
rede de distribuição interna onde estão instalados e à potência adotada prevista para os
aparelhos a gás por eles servidos.
Os reguladores de pressão devem ser conforme ABNT NBR 15590.
Recomenda - se a instalação de filtros imediatamente a montante dos reguladores de
pressão.

C) MEDIDORES
Os medidores de vazão utilizados em aplicações industriais podem ser do tipo
volumétrico e/ou mássico.
Os medidores do tipo diafragma utilizados nas instalações internas devem ser conforme
ABNT NBR 13127.

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Os medidores do tipo turbina utilizados nas instalações internas devem ser conforme
ABNT NBR ISO 9951 e ABNT NBR 14801.
Os medidores de gás devem ser compatíveis com a potência adotada para os aparelhos
a gás por eles servidos e pressão prevista para o trecho de rede onde são instalados.
Recomenda - se a instalação de filtro a montante dos medidores.

D) MANÔMETROS
Os manômetros devem ser dimensionados para atuar preferencialmente entre 25% e
75% de seu final de escala, e ser conforme ABNT NBR 8189 e ABNT NBR 14105.

E) FILTROS
Os filtros devem possuir elementos filtrantes substituíveis ou permitir limpeza periódica.

F) ABRIGO DE BOTIJÕES
É construído em alvenaria, com cobertura em laje, fechado na frente com um portão em
tela. O detalhamento do abrigo de Gás para execução se encontra em projeto de GLP,
prancha 01/01.
O abrigo deve ser localizado no exterior da edificação, em local ventilado, próximo de
um acesso, preferencialmente onde não haja transito de alunos. O abrigo também não deve estar
perto de locais onde existem fontes de calor. Os abrigos de gás estão locados de acordo com
o projeto de execução de GLP, prancha 01/01.
Os acessos ao abrigo devem estar sempre desimpedidos, com os equipamentos contra
incêndio (hidrantes/extintores) em funcionamento e com facilidade de acesso e operação. Caso
a escola não tenha rede de hidrantes, o abrigo deve possuir, em suas proximidades, dois
extintores de pó químico de 06kg cada um conforme a tabela abaixo. Ver detalhe em projeto.

Tabela01. Classificação dos Extintores conforme NBR 10 721

EXTINTORES PORTÁTEIS (ABNT NBR 10721 NBR 13523:2008)

Tipo: P.Q.S. (Pó químico seco) 12 KG;


Qtde/cap. extintora: 1/20B;
Capacidade da central: Até 270 Kg de GÀS LP;
Observações: Posicionando próximo a cada central de GÁS LP

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Os botijões e os dispositivos internos do abrigo não devem ficar em contato com a terra
em local onde haja acúmulo de água de qualquer origem.

A) BOTIJÕES P45

Os botijões são responsáveis pelo armazenamento e fornecimento de GLP para


consumo. Eles são confeccionados em aço e armazenam GLP em alta pressão. Na fase liquida
a pressão interna é de 7 Kg/cm².

Figura01. Botijão P45

QUANTO A EXECUÇÃO:

a) Tubulações enterradas (externas a projeção horizontal da edificação)


 A tubulação enterrada deve manter um afastamento de outras utilidades,
tubulações e estruturas de no mínimo 0,30 m, medidos a partir da sua face.
 A tubulação enterrada, quando metálica, deve obedecer ao afastamento mínimo
de 5 m de entrada de energia elétrica (12 000 V ou superior) e seus elementos
(malhas de terra de para-raios, subestações, postes, estruturas etc.). Na
impossibilidade de se atender ao afastamento recomendado, medidas
mitigatórias devem ser implantadas para garantir a atenuação da interferência
eletromagnética geradas por estas malhas sobre a tubulação de gás.
 A tubulação deve ser assentada fora da projeção das edificações, ou seja, nas
suas áreas externas, e não podem passar por elementos estruturais.
 A tubulação não pode utilizar a mesma vala de redes elétricas e/ou telefones.
 A profundidade da tubulação deve ser de no mínimo 0,60 m a partir da geratriz
superior do tubo, em locais sujeitos a tráfego de veículos.
 A profundidade da tubulação em zonas ajardinadas ou sujeitas a escavações
deve ser de no mínimo 0,80 m a partir da geratriz superior do tubo.
 A profundidade da tubulação deve ser de no mínimo 0,30 m a partir da geratriz
superior do tubo, em locais sem tráfego ou sujeitos a tráfego de pessoas. Caso
não seja possível atender às profundidades determinadas, deve - se estabelecer
um mecanismo de proteção adequado, como: laje ou envelopamento de
concreto ao longo do trecho. É recomendável a análise das situações reais da

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rede de distribuição interna enterrada, de forma a estabelecer proteções
adequadas, calculadas de acordo com os esforços solicitados em cada caso
específico. Sempre que possível, devem ser evitadas profundidades superiores
a 1,5 m, nos casos de tubos de polietileno.
 Os tubos de polietileno somente devem ser utilizados em trechos enterrados e
externos à projeção horizontal da edificação. As conexões para tubulações
enterradas devem ser soldadas, não sendo permitidas uniões flangeadas ou
conexões roscadas.
 Para os trechos de tubulação enterrada deve - se realizar um ensaio de estanqueidade
prévio ao preenchimento da vala. As valas para colocação de tubos devem ter seção
retangular, a menos que a consistência do terreno não a permita. A largura da vala deve
ser a menor possível, bastando acrescentar 30 cm ao diâmetro externo dos tubos

b) Válvulas de bloqueio manual


A rede de distribuição interna deve possuir válvulas de bloqueio manual que permitam a
interrupção do suprimento do gás combustível:
 Na entrada da rede de distribuição (imediatamente a jusante da central de GLP ou CRM);
 Para cada edificação;
 Para cada ponto de consumo.
As válvulas devem ser identificadas e instaladas em local de fácil acesso, protegidas de
forma a se evitar acionamento acidental.

QUANTO A IDENTIFICAÇÃO:

B) IDENTIFICAÇÃO REDE DE DISTRIBUIÇÃO ENTERRADA


A rede de distribuição interna enterrada deve ser identificada através da colocação de
fita plástica de advertência a 0,20m da geratriz superior do tubo e por toda a sua extensão, como
segue:

Figura02. Modelo de Fita de Sinalização

a) Tubulação enterrada em área não pavimentada, (jardins, outros): fita de sinalização


enterrada, colocada acima da tubulação, ou placas de concreto com identificação;

b) Tubulação enterrada em área pavimentada (calçadas, pátios, outros): Fita de sinalização


enterrada, colocada acima da tubulação, ou placas de concreto com identificação;

c) Tubulação enterrada em arruamento (ruas definidas, onde trafegam veículos): fita de


sinalização enterrada, colocada acima da tubulação. E identificação de superfície
(tachão, placa de sinalização, outros).

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O GÁS LP estará na fase gasosa durante toda a linha de distribuição.

C) IDENTIFICAÇÃO REDE DE DISTRIBUIÇÃO APARENTE

Toda a tubulação que se encontrar aparente deverá ser pintada na cor amarelo (código
5Y8/12 do código Munsel ou 110 Pantone).
A rede de distribuição interna aparente pode ser pintada com outra cor e, neste caso, a
tubulação deve ser identificada com a palavra “GAS” no máximo a cada 10 metros, ou em cada
trecho aparente, o que primeiro ocorrer.
A tubulação que “aflora” nos pontos de consumo deverá ser protegida contra impactos
mecânicos, a fim de evitar acidentes com a rede de GLP.
Válvulas, reguladores e demais acessórios podem estar na sua cor natural ou na mesma
cor da tubulação.

D) REGISTROS E VÁLVULAS

Na Central GLP deverá ser instalada uma válvula de bloqueio automático seguido da
válvula de pressão de 1º estágio para diminuir a pressão de saída, manômetro. Após a instalação
do “T” em cada lado será instalado um conjunto de válvula de esfera, meia luva de diâmetro 3/4”,
tampão e pigtal (mangueira apropriada para uso de GLP).
No ponto de consumo deverão ser instalados uma válvula de esfera para fechamento e
abertura do abastecimento, após deverá ser instalado um regulador de pressão de 2º estágio,
afim de reduzir a pressão no ponto de consumo para a pressão usual, também deverá ser
instalado uma válvula de bloqueio por sobre pressão para maior segurança.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

REDE PRIMARIA E REDE SECUNDARIA


A rede primaria (150 kPa – alta pressão) é o conjunto de tubos, conexões e
equipamentos compreendidos entre o regulador de primeiro estágio (inclusive regulador) e o
regulador de sendo estagio (exclusive). A pressão existente nesta rede não é compatível com
nenhum equipamento de consumo, portanto nada deve ser ligado diretamente nela.

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A rede secundaria (2,8 kPa – baixa pressão) é a rede compreendida entre o regulador
de segundo estágio (inclusive) e o ponto de consumo (fogão). Observe a ilustração abaixo:

Figura03. Tubulação (rede secundária) cozinha

Figura04. Tubulação (rede secundária) laboratórios

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SINALIZAÇÃO ABRIGO DE GÁS
Segundo as especificações do Corpo de Bombeiros, o uso de sinalização é obrigatório
em todas as edificações, conforme o caso, bem como a pintura de tubos e conexões na cor
amarela, que facilitem a perfeita identificação dos componentes do sistema de gás.
Assim, o projeto prevê o emprego de sinalização para identificar:
 Extintores pó químico seco;
 Placa de sinalização indicando gás inflamável;
 Placa de sinalização com indicação de proibido fumar.

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