Trablho de Economia
Trablho de Economia
Trablho de Economia
Discente:
Docente:
Msc. Enia Enos Muchanga
O mercado pode ser definido como a instituição que facilita o processo de troca ao permitir o
encontro entre compradores e vendedores. A noção de mercado implica a noção de troca.
1.2. Metodologias
Este trabalho é de natureza qualitativa, que irá procurar explicar/entender os conhecimentos dos
autores frente a um determinado ambiente envolvendo a Lei da Demanda e Procura. É
imprescindível, contudo, destacar, algumas fórmulas quantitativas e gráficos ao apresentar o
balanço da lei da demanda/procura e oferta.
Para a realização do trabalho usou-se como método de recolha de informações, a consultas nos
manuais escrito e de outros trabalhos feitos. Após das informações seguiu-se a análise das
mesmas que consistiu na leitura, realização de sínteses de a cordo com pontos considerados mais
pertinentes, a sua interpretação, organização, compilação e posterior revisão.
A procura traduz o que um indivíduo (ou grupo de indivíduos) deseja e é capaz de obter no
mercado, num determinado período de tempo, a um determinado preço, considerando todos os
outros factores, além do preço desse bem, constantes, traduzindo a condição ceteris paribus.
Notemos que o simples desejo para comprar não é por si próprio suficiente para constituir a
procura, sendo necessária a existência de suficiente poder de compra.
Salientamos a importância do efeito bandwagon que podemos traduzir por efeito movimento,
significando que a procura dos indivíduos é também determinada pela procura que outros fazem,
muitas vezes sem qualquer espírito crítico. Um bem fortemente influenciado pela moda faz com
que a procura de um indivíduo seja influenciada pelas decisões de outros, criando o efeito
movimento (bandwagon effect). Quando um indivíduo espera que uma grande quantidade do
bem seja adquirida por outros, tende a existir um aumento da procura (verificando-se uma
deslocação da curva da procura).
A demanda é influenciada por factores externos e internos. Entre os factores externos podem
destacar-se o marketing das empresas sobre o produto, a promoção, o preço, o lugar. A cultura
do consumidor como a religião, a etnicidade, os grupos de referência a classe social.
O consumidor é também influenciado por factores internos (F i) tais como processo psicológico
traduzido na motivação, na percepção, nas atitudes e no conhecimento das várias marcas.
A idade e o género são também factores com grande influência na procura de bens e serviços.
Q X =f ( P x , P s , Pc , … , Pn , Y ,T , P e , D y , , B ,W , F i , N ) .
Q X =f (Px )
O preço da procura de um bem reflecte o benefício marginal para os compradores, sendo o mais
elevado preço que os consumidores estão dispostos a pagar pela última unidade (unidade
marginal) de uma particular quantidade do bem.
A lei da demanda refere que a quantidade máxima procurada de um bem, num determinado
período de tempo, varia com a alteração do preço - diminuirá quando o preço sobe e aumentará
se o preço baixar, para bens normais e superiores, acontecendo o contrário com os chamados
bens Giffen.
O efeito rendimento; e
O efeito substituição.
A lei da procura funciona devido ao efeito total ou efeito preço que é a soma do efeito
rendimento e do efeito substituição.
Podemos apresentar a expressão analítica de uma função procura através de uma curva de
primeiro grau, expressando a procura do bem por X, por simplificação:
X =a−bP,
Onde:
X →representa a demanda;
A e b →parâmetros.
Em termos gráficos, a função procura numa versão linear apresenta o seguinte declive:
Px
Dx
0 Qx
A inclinação negativa da curva da procura reflecte a lei geral da procura, significando que existe
uma relação inversa entre a quantidade procurada e o preço do bem, para a maioria dos bens
Note-se que nem todas as curvas da procura são rectilíneas, mas todas têm que ter, em geral,
inclinação negativa (para os bens normais e superiores), excepto, como veremos, quando a
elasticidade for nula ou infinita.
Como anteriormente referimos, a demanda depende de muitos factores, para além do preço do
bem. Os movimentos ao longo da curva da procura mostram os efeitos da variação quantidade
procurada quando o preço varia, quando se considera, como pressuposto, que todos os outros
determinantes da procura se mantêm constantes (condição ceteris paribus).
A condição ceteris paribus traduz uma condição que, muitas vezes ou na maioria das vezes, não
se verifica na realidade. Com efeito, vários factores determinantes da procura alteram-se ao
longo do tempo e simultaneamente, tendo, consequentemente, efeitos na quantidade procurada
de um bem determinado.
Quando se considera que algum factor determinante da procura, além do preço, se altera, a
procura do bem é afectada e, em resultado, a representação geométrica dessa alteração traduz-se
na deslocação da curva da procura para a esquerda ou para a direita conforme a alteração
verificada num dos determinantes tem efeitos negativos ou positivos, respectivamente, na
quantidade procurada.
Para captar essa alteração teremos que construir outra curva, cuja representação gráfica pode ser
a seguinte:
Partindo da curva da procura Dx1, no gráfico, se um dos factores determinantes da procura, para
além do preço, se altera e com efeitos positivos na procura, a curva desloca-se para cima e para a
direita, representada por Dx2.
Se, pelo contrário, alguns desses factores determinantes da procura se altera e com efeitos
negativos na procura, por exemplo, uma diminuição do rendimento, a procura diminui e, em
consequência, a curva da procura desloca-se para baixo e para a esquerda, para Dx3.
Uma alteração no preço de um bem relacionado com outro bem pode aumentar ou diminuir a
procura de um determinado bem relacionado. O efeito da alteração do preço do bem em causa na
procura de outros bens depende da relação existente, se o bem é um substituto ou um bem
complementar.
2.5.2. Rendimento
O rendimento é um dos determinantes da procura. Em relação à maioria dos bens e para certos
níveis de rendimento, a sua procura varia directamente com o rendimento. Quando tal se verifica
diz-se que os bens são normais ou superiores.
Outras vezes, a procura de um determinado bem varia inversamente com o rendimento, isto é,
para determinada faixa de rendimento, se o rendimento aumentar a procura do bem diminui e
vice-versa. Os bens cuja procura varia inversamente com o rendimento são denominados como
bens inferiores.
Os bens que não são relacionados são designados por bens independentes, significando que a
variação do preço de um bem não afecta a quantidade procurada de outro, tendo apenas em
consideração o efeito rendimento.
Alterações nas expectativas dos consumidores podem afectar a procura de um bem. A formação
de expectativas relativas a aumentos futuros dos preços pode implicar que os consumidores
antecipem o seu consumo para que esses aumentos não afectem o seu bem-estar, incrementando,
assim, a procura.
Os movimentos ao longo de uma dada curva da procura mostram os efeitos da variação dos
preços na quantidade procurada, mantendo-se todos os outros determinantes constantes.
As alterações na procura devem ser distinguidas de uma variação na quantidade procurada, que é
causada por uma variação no preço do bem, ceteris paribus.
Gráfico evidencia a variação da quantidade procurada quando o preço do bem varia, na condição
ceteris paribus, ou seja, considerando todos os outros determinantes da procura constantes. As
setas indicam diminuição do preço do bem e consequente aumento da procura.
As curvas do mercado de um bem obtêm-se pelo somatório das quantidades procuradas por cada
indivíduo, para cada nível de preços. A curva da procura de mercado resulta da soma horizontal
das curvas de procura de todos os consumidores. Nos gráficos seguintes, podemos visualizar
estra mesma realidade:
O efeito do snobismo é semelhante ao efeito Veblen mas não igual. No efeito snob o indivíduo
procura diferenciar-se dos outros. Assim, a procura de um bem pelo efeito snob leva a que a
procura de um bem decresça (para os indivíduos snob) devido ao facto de outros estão a procurar
esse bem, cuja procura se tornou mais generalizada e vice-versa, com o intuito de se tornarem
diferentes.
O efeito snob traduz-se numa curva da procura crescente, quanto aos indivíduos snobs. Contudo,
a procura total do bem é determinada pelos efeitos preço e efeito snob, o que significa que se o
preço de um bem diminui, a procura global pode aumentar se o efeito preço for superior ao efeito
snob. Pelo efeito snob vários consumidores deixam o mercado mas outros consumidores não
snobs são atraídos para o mercado desse bem. A quantidade final procurada, será maior depois
da diminuição do preço mas inferior à que seria se não existisse o efeito snob.
Normalmente, estes indivíduos, tentam elevar o seu “preço sombra” consubstanciado nas
dificuldades que põem aos outros, subordinados e clientes ou cidadãos, para mostrar um status
que não têm. Os indivíduos com baixo status colocados em elevadas posições “sofrem de stress e
de disfunção cognitiva, sendo mais propensos a terem comportamentos snob quando ocupam
posições elevadas nas organizações.
a) PROCURA BANDWAGEN OU BANDWAGEN EFFECT
Nos casos em que os indivíduos tendem a procurar mais de um determinado bem devido a que
muitos outros o procuram e consomem, existe o chamado efeito da maioria, efeito chefe ou
bandwagon effect. O desejo dos indivíduos para usarem os bens que outros também usam,
sobretudo os indivíduos aos quais se desejam associar em termos de status, deve-se ao facto de
se poderem considerar dentro da moda, pelo efeito imitação. A procura pelo efeito bandwagon é
o oposto da procura pelo efeito snob.
O gráfico ilustra o efeito bandwagon na procura de um bem. Quanto mais indivíduos consomem
este bem maior tende a ser a sua procura, para cada nível de preço. No caso do efeito
bandwagon, a quantidade procurada por outros entra como um factor na função utilidade do
indivíduo. Com o efeito bandwagon a elasticidade-preço da procura torna-se menos elástica. O
efeito snob é o inverso do efeito bandwagon.
LEI DA OFERTA
A quantidade oferecida para cada nível de preço é o máximo de bens e serviços que os
vendedores desejam e são capazes de oferecer àquele preço, durante um período de tempo
mantendo os outros factores, além do preço constante.
Tal como no caso da procura, a quantidade oferecida altera-se de acordo com uma variedade de
factores. A lei da oferta diz que a quantidade oferecida aumentará quando e preço sobe e descerá
se o preço baixar, ceteris paribus. Deste modo verifica-se uma relação directa entre o preço e
quantidade oferecida, ao contrário do que acontece no caso da procura.
A quantidade oferecida normalmente aumentará quando o preço sobe, por várias razões:
1.Um preço mais elevado tenderá a aumentar os lucros dos vendedores actuais, dados os custos
de produção, levando-os a aumentar a oferta;
2. Um maior preço atrairá novos fornecedores;
3. Para além de certo montante de produção os custos aumentam cada vez mais rapidamente.
A curva da oferta
Existem alguns factores que fazem com que a curva da oferta se desloque, diminuindo os níveis
de produção ou, ao invés, aumentando-os. Podemos enumerar os seguintes:
a) CUSTOS DE PRODUÇÃO: Normalmente, a oferta é afectada pelos factores com
influência nos custos unitários de produção. As principais razões pelas quais os custos de
produção variam são:
Alterações nos preços das matérias-primas e outros factores produtivos, implicando que
os custos de produção aumentarão, por exemplo, se subirem os salários reais, as taxes
de juro, as rendas e outros factores de produção;
Se uma alteração de um determinante, que não o preço do bem, leva a que a oferta diminua, toda
a curva da oferta se desloca para a esquerda.
Equações da oferta
Considerando a condição “ceteris paribus”, obtém-se uma relação simples entre a quantidade
procurada e o preço do bem que pode ser apresentada numa forma simples:
Onde:
C e d: são constantes,
Qs: representa a quantidade oferecida e
X = n. Xi
Onde:
N: representa o número de empresas e
X: representa a função da oferta individual de cada produtor do bem homogéneo.
Conclusão
Referências Bibliográficas