Equilibrio Do Mercado Esmeralda

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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 2
1. Equilibrio do Mercado De Trabalho ................................................................................... 3
2. Oferta e Demanda ............................................................................................................... 3
2.1. A curva de oferta ............................................................................................................ 4
2.1.1. Outras Variáveis Que Afetam A Oferta ................................................................... 4
2.2. A curva de demanda ........................................................................................................ 5
2.3. Deslocando A Curva De Demanda .................................................................................. 5
2.2.3. Bens Substitutos E Complementares ........................................................................ 6
3. O mecanismo de mercado................................................................................................... 6
4. Equilíbrio ............................................................................................................................ 6
5. Oferta E Demanda .............................................................................................................. 6
5.1. Novo Equilíbrio Após O Deslocamento Da Oferta ......................................................... 7
5.2. Novo Equilíbrio Após O Deslocamento Da Demanda .................................................... 7
6. Elasticidades da oferta e da demanda ................................................................................. 8
6.1. ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA .................................................................. 8
6.3. CURVA DE DEMANDA LINEAR ................................................................................ 9
6.4. Elasticidades no ponto e no arco .................................................................................. 11
6.5. Elasticidade arco da demanda........................................................................................ 11
5.6. Elasticidades de curto prazo versus elasticidades de longo prazo ................................. 12
Oferta .................................................................................................................................... 12
7. Oferta E Durabilidade ....................................................................................................... 13
8. Compreendendo e prevendo os efeitos das modificações nas condições de mercado ..... 14
9. distribuição de renda ......................................................................................................... 17
9.1. Curva de Lorenz ............................................................................................................ 17
9.2. Índice de Gini ................................................................................................................ 18
9.3. Distribuição Percentual.................................................................................................. 19
Conclusão ................................................................................................................................. 20
Bibliografia ............................................................................................................................... 21
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Introdução
o equilíbrio do mercado de trabalho, moldado pela interação entre oferta e demanda, é essencial
para compreender a economia. o preço dos bens e serviços resulta da quantidade que os
produtores estão dispostos a oferecer e a que os consumidores desejam adquirir. este texto
explora as curvas de oferta e demanda, o mecanismo que regula essas interações e como
alterações nas condições de mercado podem deslocar essas curvas, influenciando o equilíbrio.
além disso, abordará a elasticidade da oferta e demanda, que mede a sensibilidade das
quantidades às variações de preço, e discutirá a durabilidade dos produtos e a distribuição de
renda, utilizando a curva de lorenz e o índice de gini. essa análise proporciona uma base sólida
para entender os desafios econômicos contemporâneos e a formulação de políticas públicas
eficazes em busca de um crescimento inclusivo e sustentável

1. Objetivo Geral
 Analisar o equilíbrio do mercado de trabalho, considerando a interação entre oferta e
demanda, as elasticidades envolvidas e os efeitos das modificações nas condições de
mercado sobre a distribuição de renda.

1.1. Objetivos Específicos:

 Estudar a forma como as curvas de oferta e demanda são definidas e como variáveis
externas podem afetá-las;
 Analisar os fatores que causam deslocamentos nas curvas de oferta e demanda e as
consequências desses deslocamentos no equilíbrio de mercado;
 Compreender os conceitos de elasticidade preço da demanda e elasticidade arco da
demanda, e como essas medidas influenciam a quantidade ofertada e demandada;
 Investigar como as modificações nas condições de mercado afetam a distribuição de
renda, utilizando a Curva de Lorenz e o Índice de Gini como ferramentas de análise;
 Analisar como a durabilidade dos produtos influencia as decisões de oferta e demanda
no mercado e seu impacto no equilíbrio.
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1. Equilibrio do Mercado De Trabalho


Mercado de trabalho é um termo que se refere as formas existentes de trabalho, sendo prestadas
de forma manual ou intelectual, ou seja, as pessoas trocam sua mão de obra/ experiência por
um salário e/ou benefício. Sua funcionalidade é vital para sobrevivência do ser humano
(Mankiw, N. G; 2017)

Muitos trabalhadores e empresas entram no mercado de trabalho com interesses contrários,


trabalhadores ofereceram seus serviços quando o salário for alto, mas poucas empresas estarão
dispostas a empregá-los.

Decorrente, poucos trabalhadores estarão predispostos a oferecer seus serviços quando os


salários estiverem baixos, e as empresas estão procurando por trabalhadores, à medida que os
trabalhadores procuram empregos, e as empresas, trabalhadores, esses desejos conflitantes são
balanceados e o mercado de trabalho alcança um equilíbrio(Mankiw, N. G; 2017).

2. Oferta e Demanda
Uma das melhores maneiras de perceber a relevância da economia é começar pelos
fundamentos da oferta e da demanda. A análise da oferta e da demanda é uma ferramenta
essencial e poderosa que pode ser aplicada a uma ampla variedade de questões interessantes e
importantes. Dentre elas, podemos citar:

 A compreensão e a previsão de como as variações nas condições econômicas mundiais


podem afetar o preço de mercado e a produção.
 A avaliação do impacto dos controles governamentais de prços, do salário mínimo, de
sustentação de preços e dos incentivos à produção.
 A determinação do modo como os impostos, os subsídios, as tarifas e as cotas de
importação afetam consumidores e produtores.

O modelo básico de oferta e de demanda é o instrumento-chave da microeconomia. Ele nos


ajuda a compreender por que e como os preços mudam e o que acontece quando o governo
intervém em um mercado. O modelo de oferta e de demanda combina dois conceitos
importantes: a curva de oferta e a curva de demanda. É importante entender precisamente o que
essas duas curvas representam (Mankiw, N. G; 2017).
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2.1. A curva de oferta

Segundo Pindyck, R. S., (2013) A curva de oferta mostra a quantidade de mercadoria que os
produtores estão dispostos a vender a determinado preço, considerando constantes outros
fatores que influenciam a oferta. No gráfico, o eixo vertical representa o preço (P), e o eixo
horizontal, a quantidade ofertada (Q). A curva de oferta, marcada como S, indica que, quanto
maior o preço, maior a quantidade que as empresas estão dispostas a produzir e vender.
Podemos escrever essa relação por meio de uma equação

Qs = Qs(P)

ou podemos desenhá-la graficamente, como na Figura 2.1

Fonte: Pindyck, R. S., (2013)

Se os custos de produção diminuem, as empresas podem ofertar mais produtos ao mesmo preço,
ou manter a oferta com um preço menor, deslocando a curva para a direita (de S para S’). Preços
mais altos podem incentivar as empresas existentes a expandirem a produção no curto prazo, e
novas empresas a entrarem no mercado no longo prazo

2.1.1. Outras Variáveis Que Afetam A Oferta


A quantidade ofertada depende de várias variáveis além do preço, como custos de produção
(salários, juros e matérias-primas). A curva de oferta, representada por S, muda quando esses
custos variam. Por exemplo, se o custo das matérias-primas diminuir, a produção se torna mais
lucrativa, incentivando empresas a aumentar a produção e novas empresas a entrarem no
mercado, deslocando a curva para a direita (de S para S’). Economistas distinguem entre
"mudança na oferta", que ocorre quando a curva de oferta inteira se desloca devido a alterações
em fatores como custos, e "mudança na quantidade ofertada", que representa movimentos ao
longo da curva causados por variações no preço.
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2.2. A curva de demanda

A curva de demanda informa-nos a quantidade que os consumidores estão dispostos a comprar


à medida que muda o preço unitário. Podemos escrever essa relação entre a quantidade
demandada e os preços como uma equação:

QD = QD(P)

A curva de demanda mostra a quantidade que os consumidores estão dispostos a comprar em


relação ao preço. Representada como D, a curva é descendente, indicando que os consumidores
tendem a comprar mais quando o preço é mais baixo. Isso ocorre porque preços mais baixos
incentivam consumidores a adquirir mais do bem e permitem que novos compradores entrem
no mercado. A quantidade demandada também é influenciada por fatores como renda, clima e
preços de outros bens. Um aumento na renda, por exemplo, desloca a curva de demanda para a
direita (de D para D’), já que consumidores têm mais recursos para gastar e tendem a consumir
mais produtos.

Fonte:Pindyck, R. S., (2013)

2.3. Deslocando A Curva De Demanda

Quando a renda dos consumidores aumenta, a curva de demanda se desloca para a direita (de
D para D’), indicando que os consumidores estão dispostos a comprar mais, mesmo se o preço
se mantiver constante. Isso também significa que, para uma quantidade fixa (Q1), consumidores
podem pagar um preço mais alto (P2 em vez de P1). Economistas usam o termo "mudança na
demanda" para se referir ao deslocamento da curva causado por fatores como aumento de renda,
e "mudança na quantidade demandada" para descrever movimentos ao longo da curva devido
a variações no preço do bem.
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2.2.3. Bens Substitutos E Complementares


Mudanças nos preços de bens relacionados também afetam a demanda. Os bens são substitutos
quando um aumento no preço de um deles produz um aumento na quantidade demandada do
outro. Por exemplo, o cobre e o alumínio são bens substitutos. Pelo fato de cada um deles poder
ser substituído pelo outro em muitos usos industriais, a quantidade demandada de cobre
aumentará se o preço do alumínio subir. Da mesma forma, a carne de boi e a carne de frango
são bens substitutos, já que muitos consumidores decidem substituir uma pela outra quando os
preços mudam.

3. O mecanismo de mercado
O próximo passo consiste em colocar a curva de oferta e a curva de demanda juntas. Isso é feito
na Figura 2.3. O eixo vertical mostra o preço de um bem, P, medido em dólares por unidade.
Esse é agora o preço que os vendedores recebem por determinada quantidade ofertada e o preço
que os compradores pagam por certa quantidade demandada. O eixo horizontal mostra a
quantidade total demandada e ofertada, Q, medida por meio do número de unidades por período.

4. Equilíbrio
O equilíbrio ocorre no ponto onde as curvas de oferta e demanda se cruzam, indicando que a
quantidade ofertada é igual à quantidade demandada (Q0) a um determinado preço (P0). Esse
equilíbrio evita escassez ou excesso de oferta, e o preço tende a se ajustar até que essa condição
seja alcançada.

Mesmo que o equilíbrio possa demorar em mercados onde as condições mudam rapidamente,
a tendência é que os mercados se ajustem e "limpem", sem sobras de mercadorias.

Fonte:Pindyck, R. S., (2013)

5. Oferta E Demanda
No equilíbrio do mercado, representado por um preço P0 e quantidade Q0, não há nem excesso
nem escassez. Se o preço for superior ao nível de equilíbrio, como em P1, ocorre um excesso
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de oferta, pois os produtores oferecem mais do que os consumidores desejam adquirir. Essa
situação faz com que o preço caia até atingir novamente o equilíbrio.
Por outro lado, se o preço estiver abaixo do equilíbrio, como em P2, haverá escassez, pois a
demanda excede a oferta. Neste caso, o preço sobe até alcançar o equilíbrio, com consumidores
dispostos a pagar mais para obter o produto e os produtores aumentam a oferta.
O modelo de oferta e demanda é aplicável em mercados competitivos, onde compradores e
vendedores possuem pouco poder de mercado, ou seja, não influenciam individualmente o
preço. Em um mercado monopolista, onde a oferta é controlada por um único produtor, o preço
e a quantidade não mantêm uma relação direta como no mercado competitivo, pois o
monopolista ajusta seu comportamento de acordo com a demanda. Quando a curva de oferta se
desloca, por exemplo, devido à queda nos custos de produção, o preço de mercado diminui e a
quantidade produzida aumenta. Um deslocamento na curva de demanda, como ocorre com um
aumento de renda, também altera o equilíbrio: o preço e a quantidade produzida aumentam,
pois os consumidores estão dispostos a pagar mais e a demanda é maior

5.1. Novo Equilíbrio Após O Deslocamento Da Oferta

Quando a curva de oferta se desloca para a direita, o mercado se equilibra a um preço mais
baixo P3 e a uma quantidade maior Q3. Q 1 S D D e Preço

Fonte:Pindyck, R. S., (2013)

5.2. Novo Equilíbrio Após O Deslocamento Da Demanda

Quando a curva de demanda se desloca para a direita, significa que há um aumento na demanda
por um produto. Isso geralmente ocorre devido a fatores como aumento da renda dos
consumidores, mudanças nos gostos ou variações nos preços de bens relacionados. Como
resultado desse aumento de demanda, o mercado alcança um novo equilíbrio com um preço
mais alto (P3) e uma quantidade maior (Q3) de produtos vendidos.
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De forma semelhante, as curvas de oferta e demanda mudam com o tempo, influenciadas por
fatores diversos. Por exemplo, a oferta pode aumentar ou diminuir devido a variações nos
salários, custos de capital ou preços de matérias-primas.

Alterações nessas variáveis deslocam a curva de oferta, o que também leva a um novo equilíbrio
no mercado. Para prever como o preço e a quantidade irão mudar, é essencial entender a relação
quantitativa da oferta e da demanda com o preço e outros fatores. Assim, quando uma dessas
curvas se desloca, podemos prever a nova posição de equilíbrio, determinando como o mercado
vai ajustar o preço e a quantidade de produtos vendidos

Fonte:Pindyck, R. S., (2013)

6. Elasticidades da oferta e da demanda


De modo semelhante, a oferta depende do preço, bem como de outras variáveis que afetam os
custos de produção. Por exemplo, se o preço do café aumentar, a quantidade demandada cairá
e a quantidade ofertada aumentará. Porém, muitas vezes queremos saber quanto vai aumentar
ou cair a oferta ou a demanda. A elasticidade mede quanto uma variável pode ser afetada por
outra. Mais especificamente, é um número que nos informa a variação percentual que ocorrerá
em uma variável como reação a um aumento de um ponto percentual em outra variável. Por
exemplo, a elasticidade preço da demanda mede quanto a quantidade demandada pode ser
afetada por modificações no preço. Ela nos informa qual será a variação percentual na
quantidade demandada de uma mercadoria após um aumento de 1% no preço de tal mercadoria.

6.1. ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA

Vamos examinar isso em mais detalhe. Indicando a quantidade (Q) e o preço (P), podemos
expressar a elasticidade preço da demanda (Ep) da seguinte forma:

Ep = (%ΔQ)/(%ΔP)
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em que %ΔQ “variação percentual na quantidade demandada” e %ΔP “variação percentual no


preço”. (O símbolo Δ “variação em”. Assim, por exemplo, ΔX “uma mudança na variável X”,
digamos, de um ano para o seguinte.) A variação percentual de uma variável corresponde à sua
variação absoluta, dividida por seu valor original. (Se o Índice de Preços ao Consumidor fosse
200 no início do ano e tivesse aumentado para 204 no fim, sua variação percentual — ou taxa
anual de inflação — seria de 4/200 = 0,02, ou seja, 2%.) Assim, também podemos escrever a
elasticidade preço da demanda como:

∆Q/Q P∆ Q
Ep = =
∆P/P Q ∆P

A elasticidade preço da demanda é normalmente um número negativo. Quando o preço de uma


mercadoria aumenta, a quantidade demandada em geral cai e, dessa forma, ∆Q/∆P (a variação
da quantidade demandada correspondente a uma variação no preço) é negativa, assim como Ep.
Às vezes, nos referimos à magnitude da elasticidade preço. Por exemplo, se Ep = –2, dizemos
que a elasticidade é 2 em magnitude.

Quando a elasticidade preço é maior que 1 em magnitude, dizemos que a demanda é elástica ao
preço, porque o percentual de redução da quantidade demandada é maior que o percentual de
aumento no preço. Se a elasticidade preço for menor que 1 em magnitude, dizemos que a
demanda é inelástica ao preço. Quando há substitutos próximos, um aumento no preço fará o
consumidor comprar menos da mercadoria e mais da substituta. A demanda, então, será
altamente elástica ao preço. Quando não existem substitutos, a demanda tenderá a ser inelástica
ao preço.

6.3. CURVA DE DEMANDA LINEAR

Indica que a elasticidade preço da demanda corresponde à variação na quantidade associada à


variação no preço (∆Q/∆P) multiplicada pela razão entre o preço e a quantidade (P/Q). No
entanto, à medida que nos movemos em direção à parte inferior da curva de demanda, a relação
∆Q/∆P pode variar e o preço e a quantidade estarão variando. Portanto, a elasticidade preço da
demanda deve ser medida em um ponto específico da curva de demanda e, em geral, sofrerá
variações à medida que nos movermos ao longo da curva.

Q = a – bP

Como um exemplo, considere a curva de demanda: Q = 8 – 2P Para essa curva, ∆Q/∆P é


constante e igual a –2 (ou seja, um ∆P de 1 resulta sempre em um ∆Q de –2). Entretanto, essa
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curva não possui uma elasticidade constante. quando descemos na curva, a relação P/Q diminui;
portanto, a elasticidade diminui em magnitude. Perto da interseção da curva com o eixo do
preço, Q é muito pequeno, portanto Ep = –2(P/Q) será grande em magnitude. Quando P = 2 e Q
= 4, Ep = –1. Na interseção com o eixo da quantidade, P = 0 e portanto Ep = 0.

Fonte:Pindyck, R. S., (2013)

Como traçamos as curvas de demanda (e de oferta) com o preço no eixo vertical e a quantidade
no eixo horizontal, ∆Q/∆P = (1/inclinação da curva). Como resultado, para qualquer
combinação entre preço e quantidade, quanto mais acentuada for a inclinação da curva, menor
será a elasticidade da demanda. A Figura 2.12 apresenta dois casos especiais. A Figura 2.12(a)
apresenta uma curva de demanda que reflete uma demanda infinitamente elástica: os
consumidores vão adquirir a quantidade que puderem a determinado preço P*. No caso de
qualquer aumento de preço acima desse nível, mesmo que ínfimo, a quantidade demandada cai
a zero; da mesma maneira, para quaisquer reduções no preço, a quantidade demandada aumenta
de forma ilimitada. A curva de demanda na Figura 2.12(b), por outro lado, reflete uma demanda
completamente inelástica: os consumidores adquirirão uma quantidade fixa Q*, qualquer que
seja o preço.

Fonte:Pindyck, R. S., (2013)


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6.4. Elasticidades no ponto e no arco

Até aqui, examinamos as elasticidades em determinado ponto da curva de demanda ou de oferta.


A elas chamamos elasticidades pontuais. A elasticidade pontual da demanda, por exemplo, é a
elasticidade preço medida em determinado ponto da curva de demanda e é definida pela
Equação 2.1. Como mostramos na Figura 2.11, por meio de uma curva de demanda linear, a
elasticidade pontual da demanda pode variar, conforme o ponto da curva em que é medida. Há
situações, porém, em que desejamos calcular a elasticidade preço correspondente a determinado
trecho da curva de demanda (ou de oferta), não a um ponto específico. Suponhamos, por
exemplo, que estejamos pensando em aumentar o preço de um produto de US$ 8 para US$ 10
e esperamos que a quantidade demandada caia de 6 para 4. Como deveremos calcular a
elasticidade preço da demanda?

O preço aumentou 25% (um aumento de US$ 2 dividido pelo preço original de US$ 8) ou
aumentou 20% (um aumento de US$ 2 dividido pelo preço final de US$ 10)? Da mesma forma,
o percentual de queda na quantidade demandada foi de 33,33% (2/6) ou 50% (2/4)? Não há
uma resposta correta para essas perguntas. Poderíamos calcular a elasticidade utilizando o preço
e a quantidade originais e concluiríamos, assim, que Ep = (–33,33%/25%) = –1,33. Ou
poderíamos utilizar preço e quantidade novos, obtendo o resultado Ep = (–50%/20%) = –2,5.
A diferença entre essas duas elasticidades calculadas é grande e nenhum método parece ser
preferível ao outro.

6.5. Elasticidade arco da demanda

Podemos resolver esse problema utilizando a elasticidade arco da demanda: a elasticidade


calculada em um intervalo de preços. Em vez de escolhermos entre preços iniciais ou finais,
utilizamos a média entre os dois, P̅; para a quantidade demandada empregamos Q̅. Assim, a
elasticidade arco da demanda é expressa por: Elasticidade arco :

Ep = (ΔQ /ΔP)(P/Q)

Em nosso exemplo, o preço médio é US$ 9 e a quantidade média é de 5 unidades. Assim, a


elasticidade arco é

Ep = (–2/US$ 2)(US$ 9/5) = –1,8

A elasticidade arco estará sempre situada entre (mas não necessariamente no meio do caminho)
as duas elasticidades pontuais, calculadas por meio do preço mais baixo e do preço mais alto.
Embora a elasticidade arco da demanda seja útil algumas vezes, quando os economistas
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empregam o termo “elasticidade” estão se referindo à elasticidade no ponto. No restante deste


livro faremos o mesmo, a menos que indiquemos explicitamente o contrário.

5.6. Elasticidades de curto prazo versus elasticidades de longo prazo

As elasticidades de curto e longo prazos refletem como a oferta e a demanda respondem a


mudanças de preço em períodos diferentes. No curto prazo, que abrange um período mais
imediato (como um ano ou menos), consumidores e produtores têm menos tempo para ajustar
seus comportamentos. Por isso, a reação às mudanças de preço tende a ser limitada. Por
exemplo, se o preço do café ou da gasolina aumenta, as pessoas podem inicialmente reduzir o
consumo apenas ligeiramente, pois estão habituadas a esses produtos e possuem estoques (como
carros que consomem combustível). No longo prazo, consumidores e produtores têm mais
tempo para adaptar suas decisões. Dessa forma, a elasticidade tende a ser maior para alguns
produtos. No caso da gasolina, a longo prazo, consumidores podem optar por veículos menores
e mais econômicos, o que reduz a demanda por gasolina.

Fonte:Pindyck, R. S., (2013)

(a) Gasolina: Curvas De Demanda No Curto E No Longo Prazos (B) Automóveis: Curvas
De Demanda No Curto E No Longo Prazos Figura 2.13 (A)

Oferta

As elasticidades da oferta também diferem no curto e no longo prazos. Para a maior parte dos
produtos, a oferta no longo prazo é muito mais elástica ao preço do que a oferta no curto prazo.
As empresas enfrentam restrições de capacidade produtiva no curto prazo e necessitam de
tempo para poder expandi-la por meio da construção de novas instalações e da contratação de
mais funcionários. Isso não significa que a oferta não aumentará no curto prazo se os preços
apresentarem uma brusca elevação (Mankiw, N. G; 2017).
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Mesmo no curto prazo, as empresas conseguem aumentar a produção usando as atuais


instalações durante um maior número de horas por semana, pagando horas extras aos
funcionários e contratando imediatamente mais alguns (Varian, H. R; 2014).

No entanto, as empresas poderão expandir muito mais sua produção se tiverem tempo para
ampliar as instalações e contratar um número maior e permanente de funcionários. No caso de
alguns bens e serviços, a oferta no curto prazo é completamente inelástica. A oferta de imóveis
residenciais para locação na maior parte das cidades é um exemplo disso. No curto prazo, como
há apenas um número fixo de unidades disponíveis para locação, um aumento na demanda
apenas faria os aluguéis subirem. Em um prazo mais longo e não havendo regulamentação de
preços, aluguéis mais altos atuariam como estímulo para a reforma das moradias existentes e
para a construção de novas unidades, de tal forma que a quantidade ofertada aumentaria.

7. Oferta E Durabilidade
A elasticidade da oferta pode variar entre o curto e o longo prazo, especialmente para bens
duráveis e recicláveis, como o cobre. Para oferta secundária de metais, como o cobre reciclado
de sucata, a oferta é mais elástica no curto prazo. Isso ocorre porque, quando o preço sobe, há
um incentivo imediato para transformar sucata em nova oferta, o que rapidamente eleva a
quantidade disponível. Contudo, à medida que os estoques de sucata de qualidade se esgotam,
o processo de reciclagem torna-se mais caro e complexo, reduzindo a elasticidade no longo
prazo.

Fonte:Pindyck, R. S., (2013)

Já para a oferta primária (extração e fundição a partir do minério), a elasticidade é maior no


longo prazo. Isso porque, no curto prazo, as empresas enfrentam limitações de capacidade para
aumentar a produção rapidamente. Com o tempo, porém, elas podem expandir sua capacidade
produtiva, tornando a oferta mais responsiva às variações de preço. Assim, enquanto a oferta
secundária é mais elástica no curto prazo devido à disponibilidade de sucata, a oferta primária
responde mais no longo prazo, refletindo a capacidade de ajuste das empresas
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8. Compreendendo e prevendo os efeitos das modificações nas condições de mercado


Para compreender e prever os efeitos das mudanças nas condições de mercado, é importante
analisar dois conjuntos de dados fundamentais: o preço e a quantidade de equilíbrio
(representados por P* e Q*), que indicam os valores médios em que o mercado normalmente
se estabiliza, e as elasticidades preço da oferta e da demanda (ES e ED), que mostram a
sensibilidade de oferta e demanda às variações de preço. Com esses dados, podemos construir
curvas de oferta e demanda que representem o mercado, permitindo calcular os impactos
numéricos de variações em fatores externos, como o Produto Nacional Bruto (PNB) ou custos
de produção. Esses fatores podem alterar a oferta ou a demanda e, consequentemente, modificar
o preço e a quantidade de equilíbrio do mercado. Usamos as seguintes fórmulas lineares para
expressar essas curvas:

Demanda: Q = a – bP,onde “a” e “b” são constantes que representam a interceptação e a


inclinação da curva, respectivamente.

Oferta: Q = c + dP, onde “c” e “d” também são constantes específicas para a oferta.

Essas expressões ajudam a visualizar e a calcular as reações do mercado a mudanças de


variáveis-chave, ajustando o equilíbrio de preço e quantidade conforme a elasticidade da oferta
e da demanda. Para construir as curvas de oferta e demanda de modo a analisar o
comportamento do mercado, precisamos determinar as constantes “a”, “b”, “c” e “d”. O
processo para definir essas constantes é dividido em duas fases:

1. Primeira fase: A elasticidade preço de uma variável, seja de oferta (ES) ou de


demanda (ED), é dada pela fórmula:

𝑃 ∆𝑄
E = 𝑄 × ∆𝑃

∆Q ∆Q
Demanda: ED = ∆P =−b Oferta: ES = ∆P =d
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Fonte:Pindyck, R. S., (2013)

2. Segunda fase: Com os valores do preço de equilíbrio P, quantidade de equilíbrio


Q, elasticidade da demanda ED e elasticidade da oferta ES, podemos substituir
esses valores nas equações acima para encontrar as constantes b e d.

Após determinar b e d, podemos ajustar as curvas de oferta e demanda para os dados fornecidos,
o que permite analisar quantitativamente como o mercado reage a mudanças, com base nas
elasticidades de oferta e demanda.

• Segunda fase: a partir do momento em que conhecemos os valores de b e d, poderemos inserir


esses números, bem como P* e Q*, nas equações 2.5a e 2.5b, e resolvê-las para determinar as
constantes a e c. Por exemplo, poderemos reescrever a Equação 2.5a da seguinte forma:

a = Q* + bP*

e então utilizar nossos dados para Q* e P*, junto com o número para b, que já calculamos na
primeira fase, para a obtenção de a.

exemplo dados fornecidos para o mercado mundial de cobre são:

Quantidade = 18 milhões de toneladas métricas por ano (mtm/ano)

Preço = 3,00 MZN por libra

Elasticidade da oferta 𝐸𝑆 = 1,5

Elasticidade da demanda 𝐸𝐷 = −0,5

Vamos usar essas informações para calcular as constantes das equações de oferta e demanda.

1. Cálculo para a Curva de Oferta

𝐷𝑃
1. Primeira Fase: Encontrar o valor de d. Usamos a fórmula da elasticidade da oferta:𝐸𝑆 = 𝑄

𝑑3,00 𝑑
1,5 = = 𝑑 = 1,5 × 6 = 9
18 6

2. Segunda Fase: Encontrar o valor de na equação da oferta. Substituímos , , e na equação da

oferta:

Q = c + dP 18 = c + 27 c = 18 - 27 = -9 ]

Assim, a curva de oferta é:


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Q = -9 + 9P

2. Cálculo para a Curva de Demanda

1. Primeira Fase: Encontrar o valor de b. Usamos a fórmula da elasticidade da demanda:

𝑏𝑃 𝑏×3 𝑏
𝐸𝑆 = −0,5 = = −6 𝑏 = 0,5 × 6 = 3
𝑄 18

2. Segunda Fase: Encontrar o valor de na equação da demanda. Substituímos , , e na equação

da demanda:

Q = a – bP 18 = a – 9 a = 18 + 9 = 27 ]

Assim, a curva de demanda é:

Q = 27 - 3P

3. Ponto de Equilíbrio

Para encontrar o preço e a quantidade de equilíbrio, igualamos as curvas de oferta e demanda:

-9 + 9P = 27 - 3P 12P = 36 P = \frac{36}{12} = 3

Assim, o preço de equilíbrio é 3 MZN e a quantidade de equilíbrio é 18 milhões de toneladas


métricas por ano.

4. Curva de Demanda com Variações na Renda

Para incorporar a renda na curva de demanda, usamos:

Q = a - bP + fI

A elasticidade renda da demanda é dada por:

𝐼 ∆𝑄
𝐸= ×
𝑄 ∆𝐼

1
1,3 = ×𝑓
18

f = 1,3 \cdot 18 = 23,4 ]

Por fim, substituindo 𝑏 = 3, 𝑓 = 23,4 ,𝑃 = 3, 𝑄 = 18 e na equação da demanda, podemos


resolver para conforme feito anteriormente.
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9. distribuição de renda
A análise da distribuição de renda normalmente envolve indicadores e representações gráficas
que ajudam a ilustrar a disparidade econômica.

9.1. Curva de Lorenz

A Curva de Lorenz é um gráfico que compara a distribuição acumulada da renda de uma


população com uma linha de igualdade perfeita. No eixo x, é colocada a porcentagem
cumulativa da população, enquanto no eixo y, a porcentagem cumulativa da renda. Quanto mais
distante a curva estiver da linha de igualdade, maior a desigualdade de renda.

Dominância de Lorenz

Dizemos que a curva de Lorenz de uma distribuição A domina a de uma distribuição B se está
a curva de A estiver acima da de B em todos os pontos, condicional a ambas terem a mesma
média. Se houver intercessão entre elas, só se podem fazer afirmações acerca de trechos da
distribuição. Neste caso, sempre se podem encontrar funções de bem-estar que ranqueiem as
distribuições diferentemente. Neste exemplo abaixo, a distribuição A domina as distribuições
B e C, mas as distribuições B e C não apresentem dominância uma sobre a outra.

Fonte: Marcelo Neri


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9.2. Índice de Gini

O Índice de Gini é uma medida numérica da desigualdade de renda, que varia entre 0 e 1,
onde 0 indica perfeita igualdade e 1 representa desigualdade máxima. Embora o Índice de
Gini seja uma métrica, ele pode ser representado em gráfico de barras para comparar
diferentes regiões ou períodos de tempo.

Representação gráfica do Coeficiente de Gini. O eixo horizontal representa a percentagem de


pessoas, e o eixo vertical, a percentagem da renda. A diagonal representa a igualdade perfeita
de renda, o coeficiente de Gini = a / (a + b).

Participação global da riqueza por grupo de riqueza

fonte: suisse, 2021

O coeficiente de Gini se calculacomo uma razão das áreas no diagrama da curva de Lorenz. Se
a área entre a linha de perfeita igualdade e a curva de Lorenz é A, e a área abaixo da curva de
Lorenz é B, então o coeficiente de Gini é igual a A/(A+B). Esta razão se expressa como
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percentagem ou como equivalente numérico dessa percentagem, que é sempre um número entre
0 e 1. O coeficiente de Gini pode ser calculado com a Fórmula de Brown, que é mais prática:

onde:

 G = coeficiente de Gini
 X = proporção acumulada da variável "população"
 Y = proporção acumulada da variável "renda"

Por país

Coeficiente de Gini segundo o Banco Mundial entre 1992 e 2018

9.3. Distribuição Percentual

Distribuição Percentual da Renda por Faixa de Renda Outro gráfico útil é o gráfico de barras
ou histograma que mostra a distribuição percentual de renda por faixas (ex.: 10% mais pobres,
10% mais ricos etc.). Esse gráfico ajuda a visualizar a concentração de renda em diferentes
estratos sociais.
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Fonte: Thomas, Wang, Fan ( 2001)

Conclusão
Conclusão Resumida O estudo do equilíbrio do mercado de trabalho destaca a interação entre
oferta e demanda, essencial para entender a dinâmica econômica. A análise das curvas de oferta
e demanda, incluindo seus deslocamentos, mostra como mudanças nas condições de mercado
afetam o equilíbrio. As elasticidades são importantes para prever reações dos agentes
econômicos às variações de preço. Além disso, a distribuição de renda, avaliada por meio da
Curva de Lorenz e do Índice de Gini, revela o impacto das mudanças de mercado na equidade
econômica. A durabilidade dos produtos também influencia a oferta e demanda, afetando o
equilíbrio. Em resumo, a compreensão desses fatores é fundamental para formuladores de
políticas e empresários, contribuindo para um ambiente econômico mais equilibrado e
sustentável.
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Bibliografia
Pindyck, R. S., & Rubinfeld, D. L. Microeconomics (8th ed.). Pearson Education. (2013)

Mankiw, N. G. Principles of Microeconomics (8th ed.). Cengage Learning. (2017).

Varian, H. R. Intermediate Microeconomics: A Modern Approach (9th ed.). W.W. Norton &
Company. (2014).

Nicholson, W., & Snyder, C. Microeconomic Theory: Basic Principles and Extensions (12th
ed.). Cengage Learning (2017).

Thomas, Wang, Fan "Measuring education inequality – Gini coefficients of education". The
World Bank. (January 2001).

Planilha eletrônica (em inglês): en:Income inequality metrics#Spreadsheet computations

«Figure 8.1. Income inequality in France, 1910-2010»


(http://piketty.pse.ens.fr/files/capital21c/ en/pdf/F8.1.pdf) (PDF). piketty.pse.ens.fr

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