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Kuito

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REPUBLIC OF ANGOLA

MINISTRY OF ENERGY AND WATER


NATIONAL WATER DIRECTORATE
FINANCIAL AND CONTRACT MANAGEMENT UNIT
SECOND WATER SECTOR INSTITUTIONAL DEVELOPMENT PROJECT (WSIDP 2)

DESIGN AND CONSTRUCTION OF NETWORK AND HOME CONNECTIONS FOR PERI-


URBAN AREAS IN KUITO

NCB No: 7W3/KUITO/DNA/16

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL – PGA - KUITO

Registo Revisão
N° Data Descrição Elaboração Estado
0 28/11/19 Primeira emissão TSE
1 06/07/20 Segunda emissão TSE
2 16/07/20 Terceira emissão TSE
3 28/07/20 Quarta emissão TSE
4 06/08/20 Quinta emissão TSE

T.S.E. Techniques Spéciales à l'Export S.A


Av. Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”, N° 54 Morro Bento
C.P. 5245 – Luanda – ANGOLA
Email: [email protected]

TSE - Plano de Gestão Ambiental e Social - Kuito


Julho de 2020 Página 1 de 83
Índice
1. Identificação, Localização e Caracterização da Empreitada ........................................................... 7
1.1 Identificação da Empreitada ................................................................................................ 7
1.2 Localização da Empreitada................................................................................................... 7
1.2.1 Apresentação em Resumo da Área de Intervenção do Projecto ............................................... 8
1.2.2 Descrição do Sistema de Abastecimento de Água Existente ..................................................... 9
1.2.3 Estaleiro............................................................................................................................... 13
1.3 Caracterização da Empreitada............................................................................................ 14
1.3.1 Natureza dos Trabalhos ........................................................................................................ 14
1.3.2 Actividades .......................................................................................................................... 19
1.3.3 Tecnologia de Construção a Aplicar....................................................................................... 19
1.3.4 Força de Trabalho................................................................................................................. 19
1.4 Aplicabilidade ......................................................................................................................... 20
2. Organização e Estrutura de Gestão do Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) ..................... 21
2.1 Estrutura Organizacional e Responsabilidade........................................................................... 21
2.2 O Especialista Ambiental FCMU (FCMU - ES) ............................................................................ 23
2.3 O Empreiteiro ......................................................................................................................... 24
2.4 Acompanhamento Ambiental e Relatórios............................................................................... 25
3. Requisitos Legais e Outros......................................................................................................... 27
3.1 Legislação Angolana Aplicável ................................................................................................. 27
3.2 Padrões e Normas Internacionais Aplicáveis ao Projecto .......................................................... 29
4.Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais e Sociais ........................................................ 32
4.1 Critérios de Avaliação.............................................................................................................. 32
4.2 Impactes Ambientais e Sociais................................................................................................. 35
4.2.1 Impactes sobre a Recursos Hídricos e Solos ........................................................................... 35
4.2.2 Impactes na Qualidade do Ar................................................................................................. 36
4.2.3 Impactes no Ambiente Sonoro............................................................................................... 37
4.2.4 Geração de Resíduos ............................................................................................................. 38
4.2.5 Saúde e Segurança dos Trabalhadores e Comunidade............................................................ 38
4.2.6 Criação de Oportunidades de Emprego.................................................................................. 39
4.2.7 Transferência de Conhecimento para a Mão-de-Obra Local ................................................... 39
4.2.8 Estímulo à Economia Local..................................................................................................... 40

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4.2.9 Risco de Violência Baseada no Género................................................................................... 40
4.2.10 Melhoria da Condição de Vida e Bem Estar das Famílias Beneficiárias.................................. 40
5. Programas de Gestão Ambiental e Social ................................................................................... 48
5.1 Programa de Gestão da Qualidade do Ar ................................................................................. 48
5.2 Programa de Gestão de Resíduos............................................................................................. 49
5.3 Programa de Gestão de Ruído e Vibração ................................................................................ 50
5.4 Programa de Formação dos Trabalhadores e Sensibilização da Comunidade............................. 50
5.5 Programa de Gestão da COVID-19 ........................................................................................... 52
6. Procedimentos Operacionais e Monitorização ........................................................................... 58
6.1 Geral ...................................................................................................................................... 58
6.1.1 Afectação de Serviços e Infra-Estruturas ............................................................................... 59
6.1.2 Áreas de Trabalho e áreas Interditadas ................................................................................. 59
6.1.3 Controlo do Ruído ................................................................................................................ 60
6.1.4 Controlo de Tráfego Rodoviário ............................................................................................ 61
6.1.5 Acesso às Propriedades ........................................................................................................ 63
6.1.6 Interrupção dos Serviços ...................................................................................................... 63
6.1.7 Protecção do Ambiente e Recursos Naturais ......................................................................... 64
6.1.8 Relações com as Comunidades ............................................................................................. 64
6.2 Actividades de Construção ...................................................................................................... 65
6.2.1 Conclusão da Obra ............................................................................................................... 65
6.2.2 Encerramento do Projecto ................................................................................................. 67
6.3 Procedimentos de Protecção do Património Histórico-Cultural................................................. 67
6.4 Procedimentos de Escavação Segura........................................................................................ 68
7. Procedimentos de Emergência .................................................................................................. 70
7.1 Meios de Prevenção e Intervenção em Caso de Emergência ..................................................... 70
7.2 Processo de Comunicação de Emergência ................................................................................ 71
7.3 Estrutura Organizacional para Resposta a Emergência.............................................................. 72
8. Plano de Gestão de Resíduos..................................................................................................... 77
9.1 Gestão de Resíduos em Obra................................................................................................... 78
9. Relatórios e Registos................................................................................................................. 79
9.1 Exigências Detalhadas dos Relatórios....................................................................................... 79
10.2 Licenças e Autorizações ......................................................................................................... 80

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10.3 Identificação dos Arquivos..................................................................................................... 80
10.4 Entrega do Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) .......................................................... 81
10.5 Alterações ao PGAS ............................................................................................................... 81
10.6 Anexos Listas dos Relatórios e Registos.................................................................................. 82
Anexo 1 – Recepção e Distribuição PGA......................................................................................... 82
Anexo 2 – Alteração do PGA.......................................................................................................... 82
Anexo 3 – Licenças e Permissões ................................................................................................... 82
Anexo 4 – Mecanismo de Resolução de Reclamações .................................................................... 82
Anexo 5 – Registo não Conformidades .......................................................................................... 82
Anexo 6 – Registos Monitorização e Prevenção ............................................................................. 82
Anexo 7 – Plano de Gestão de Resíduos ........................................................................................ 82
Anexo 8 – Registo de Formação Ambiental.................................................................................... 82
Anexo 9 – Registo dos Relatórios Mensais ..................................................................................... 82
Anexo 10 – Malha das Ligações Propostas ..................................................................................... 83
Anexo 11 – Registo dos Parâmetros de Monitorização de Deposição de Partículas ......................... 83

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Lista de Figuras

Figura 1: Localização geográfica do município do Kuito, realce para a zona do Projecto. ....................... 8
Figura 2: Localização geral dos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água existentes..... 9
Figura 3: Localização exacta dos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água do Kuito. .. 10
Figura 4: Zonas e redes de distribuição de água da cidade do Kuito. .................................................... 12
Figura 5: Localização do estaleiro de apoio à obra. ............................................................................... 13
Figura 6: Zonas de intervenção do projecto na cidade do Kuito. ........................................................... 16
Figura 7: Legenda das zonas de intervenção. ........................................................................................ 17
Figura 8: Quantidade das ligações domiciliares e clusters..................................................................... 17
Figura 9: Quantidades e diâmetros de tubos......................................................................................... 18
Figura 10: Controlo de Equipamentos de Apoio e Acessórios. .............................................................. 63
Figura 11: Procedimento de Achados Arqueológicos. ........................................................................... 68

Lista de Tabelas
Tabela 1: Identificação da empreitada. ................................................................................................... 7
Tabela 2: Coordenadas geográficas das ETA’s existentes na cidade do Kuito........................................ 10
Tabela 3: Principais fontes de distribuição de água na cidade do Kuito. ............................................... 11
Tabela 4: Resumo da legislação angolana aplicável ao Projecto. .......................................................... 27
Tabela 5: Resumo das Convenções, Acordos Multilaterais, Padrões e Normas Ambientais Relevantes ao
Projecto................................................................................................................................................. 29
Tabela 6: Magnitude da fonte do impacte. ........................................................................................... 32
Tabela 7: Gravidade do impacte............................................................................................................ 33
Tabela 8: Classificação da terminologia do Impacte.............................................................................. 33
Tabela 9: Natureza do impacte. ............................................................................................................ 34
Tabela 10: Duração do impacte............................................................................................................. 34
Tabela 11: Categorias de probabilidade. ............................................................................................... 35
Tabela 12: Resumo dos principais aspectos ambientais que possam produzir impactes com a
implementação do projecto. ................................................................................................................. 42
Tabela 13: Acções de gestão da qualidade do ar. .................................................................................. 48
Tabela 14: Parâmetros de monitorização de deposição de partículas................................................... 49
Tabela 15: Acções de gestão de resíduos. ............................................................................................. 49
Tabela 16: Acções de gestão de ruido e vibração .................................................................................. 50
Tabela 17: Temas e Conteúdos Programáticos para a Formação dos Trabalhadores. ........................... 51
Tabela 18: Programa de Gestão da COVID-19 (Adaptado com base nas “Orientações Provisórias sobre a
COVID-19, Versão 1: 7 de Abril de 2020, Banco Mundial”) ..................................................................... 52
Tabela 19: Níveis de Ruído segundo as Linhas de Orientação da IFC/Grupo do Banco Mundial sobre
ASS. ....................................................................................................................................................... 60
Tabela 20: Procedimentos de emergência............................................................................................. 73
Tabela 21: Tipos de Autorizações .......................................................................................................... 80

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Glossário

ASS Ambiente, Saúde e Segurança


CD 1 Centro de Distribuição da Cidade
CFC Clorofluorcarbonetos
DNAS Direcção Nacional de Águas e Saneamento
Enc. Encarregado
GEE Gases do Efeito Estufa
Km Quilómetros
Km2 Quilómetros Quadrados
MCTA Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente
MINEA Ministério da Energia e Águas
PGAS Plano de Gestão Ambiental e Social
PSS Plano de Segurança e Saúde
RE Engenheiro Responsável
VBG Violência Baseada no Género
CoC Código de Conduta
VCC Violência Contra Criança
VBG Violência Baseada no Género

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1. Identificação, Localização e Caracterização da Empreitada
1.1 Identificação da Empreitada

Tabela 1: Identificação da empreitada.

Designação DESIGN AND CONSTRUCTION OF NETWORK AND HOME CONNECTIONS FOR PERI-URBAN AREAS
IN KUITO NCB No: 7W3/KUITO/DNA/16

Dono da Obra MINISTÉRIO DA ENERGIA E ÁGUAS


UNIDADE DE COORDENACAO DE PROJECTOS BM/AFD
PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DO SECTOR DE ÁGUAS (PDISA II)

Empreiteiro TSE – Techniques Spéciales à L’Export S.A.


Sucursal Angola
54, Rua Pedro de Castro Van-Dúnem “LOY”, 54
Morro Bento – Luanda

Fiscalização TILCA - Engenharia, Consultoria e Fiscalização, S.A.


NRV – Consultores de Engenharia.

1.2 Localização da Empreitada

O Projecto de design e construção de infra-estruturas de distribuição de água potável destinar-se-á aos


moradores da zona periurbana da cidade do Kuito na província do Bié.

O Bié é uma das 18 províncias de Angola, que se encontra localizada no centro do país. Possui uma área
geográfica de aproximadamente 70 314 km² e dista a cerca de 709 Km da cidade de Luanda (a capital de
Angola). Administrativamente a província está constituída por nove (9) municípios, nomeadamente:
Andulo, Camacupa, Catabola, Chinguar, Chitembo, Cuemba, Cunhinga, Kuito e Nharêa. O município do
Kuito é a capital da província (cidade com o mesmo nome).

O Kuito (área de desenvolvimento do Projecto) está administrativamente dividida em cinco (5) comunas,
nomeadamente: comuna sede, Kunje (dista a 7 km da Comuna sede), Trumba (dista a 18 km da Comuna
sede), Chicala (dista a 54 km da Comuna sede) e Cambandua (dista a 52 km da Comuna sede). Estas
comunas estão divididas em 21 regedorias, 30 embalas grandes, 54 embalas pequenas, 56 bairros e 252
aldeias. De acordo os dados oficiais do Censo 2014, Kuito possui uma população estimada em 450 881
habitantes, o que representa 31% da população total da província. Na cidade do Kuito estão localizados
os rios Cussola e Cuquema, afluentes dos rios Kuito e Cuanza (ver Figura 1).

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KUITO

Figura 1: Localização geográfica do município do Kuito, realce para a zona do Projecto.

1.2.1 Apresentação em Resumo da Área de Intervenção do Projecto

Como já mencionado acima, o Projecto será desenvolvido exclusivamente na cidade do Kuito (zona
periurbana) onde várias moradias até ao momento não dispõem de água para o consumo com qualidade
para responder às suas necessidades diárias. Em termos de tecido urbano ao nível da cidade do Kuito
pode-se diferenciar duas (2) tipologias, nomeadamente:

Zona A - Núcleo Consolidado


É a zona mais antiga e mais estruturada da cidade do Kuito. Onde confluem as principais artérias da cidade
e que fazem a distribuição dos fluxos para os bairros periféricos, tendo em consideração que:
 Os principais serviços públicos, privados e outros essenciais disponíveis na cidade concentram-se
nesta área, apresentando por isso um grande afluxo de pessoas.
 O edificado é predominantemente em alvenaria e em média com um ou mais piso.
 As vias e arruamentos são largas e quase todas pavimentadas, com realce para as primárias.

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Zona B – Bairros Periféricos
Onde reside a maior parte da população da cidade:
 Vias de circulação rodoviária e pedestre, não pavimentadas.
 Edificações de um andar, construções de baixa altura e na sua maioria de blocos de concreto, argila
e demais elementos que se encontram na zona e a maior parte sem a disponibilidade de serviços
ou infra-estruturas essenciais (rede de esgoto, electricidade, zonas de lazer e recriação, rede de
distribuição de água potável e equipamentos de gestão de resíduos sólidos domésticos, etc.).

1.2.2 Descrição do Sistema de Abastecimento de Água Existente

Actualmente, na cidade do Kuito existem dois (2) sistemas de captação e tratamento de água: um na zona
do rio Cussola e outro no rio Cuquema, que abastecem o Centro de Distribuição da cidade (CD1), como
ilustrado nas Figuras 2 e 3. Está igualmente em curso a construção de uma Estação de Tratamento de Água
na zona do Kaluco. A Tabela 2 apresenta as coordenadas geográficas das infra-estruturas de captação,
tratamento e distribuição de água mencionadas acima.

Figura 2: Localização geral dos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água existentes.

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Figura 3: Localização exacta dos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água do Kuito.

Tabela 2: Coordenadas geográficas das ETA’s existentes na cidade do Kuito.

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Rede de Distribuição Existente

A rede, existente, de distribuição de água potável, que abrange a cidade do Kuito em zonas urbanas e
periurbanas, tem como origem o Centro de Distribuição da cidade (CD1), localizado na parte alta da cidade,
a partir do qual a rede funciona por gravidade. Existem, no entanto, algumas zonas onde a pressão é
negativa (ver Figura 4). Devido a isso, foi instalado um reservatório elevado no local do CD1 com 32 metros
(m) de altura, para reforçar a pressão e assim assegurar o bom funcionamento da rede.

É de salientar que a rede existente não está em pleno funcionamento e ainda está em fase de construção,
ou de correcção de possíveis fugas detectadas e correcção dos equipamentos montados, nomeadamente,
válvulas redutoras de pressão, que apresenta algumas anomalias de funcionamento.

De acordo os dados do Censo de 2014 produzidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no município
do Kuito aproximadamente 50 424 pessoas usam fontes de água apropriadas para beber, sendo que que
258 389 pessoas recorrem as fontes inapropriadas de água para o consumo (ver Tabela 3). De acordo com
o INE (2014a), as fontes de água apropriadas são: casas com água da rede pública, fonte de água comum
(edifício germinados) do ramal da rede pública, fonte pública, furo de água com bomba, cacimba
protegida, água de nascente protegida, etc.

Tabela 3: Principais fontes de distribuição de água na cidade do Kuito.


Fontes Principais da água potável1 Número de Número de
habitantes habitantes
com fontes de com fontes
Comuna Camião Cacimba Nascente Rio/
Chuva Outros água de água
Cisterna Protegida Protegida Fontes
apropriadas inapropriadas
para beber para beber 1
Kuito 1 341 14 438 2 786 34 4 232 256 36 723 191 214
Trumba 0 265 351 8 587 1 266 1 098
Kambândua 0 1 588 491 2 709 6 1 589 6 233
Chicala 0 853 240 5 1 020 8 923 3 937
Kunje 13 7 329 1 805 36 1 020 31 10 922 55 908
TOTAL 1 354 24 473 5 672 86 7 568 302 50 424 258 389
Fonte: INE, 2014.

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Figura 4: Zonas e redes de distribuição de água da cidade do Kuito.

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1.2.3 Estaleiro

O Estaleiro de obra localiza-se na estrada que liga a província do Bié (cidade do Kuito) á província do
Huambo, a aproximadamente 7 km a Sudeste estando afastado do centro urbano e periurbano da cidade
do Kuito onde se regista o grande núcleo de habitações e serviços públicos (ver Figura 5).

O estaleiro de apoio à obra já é existente assim como toda a sua infra-estrutura e já fora utilizado em obras
anteriores no Kuito, com realce para projectos similares (redes captação, tratamento e distribuição, com
recursos as ligações domiciliárias nas Zonas 10 e 14). Assim, não está previsto nem haverá qualquer
trabalho associado a montagem e posteriormente desmontagem de estaleiro para o Projecto em apreço.

Figura 5: Localização do estaleiro de apoio à obra.

O estaleiro de apoio à obra está inserido num terreno plano, numa região sem declives acentuados e tem
a sua drenagem natural para norte do terreno e com a presença de moradias e várias perturbações

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humanos no ambiente natural. A vegetação existente na área do estaleiro foi removida já algum tempo
para permitir a instalação do mesmo e das infra-estruturas necessárias para o seu bom funcionamento.

Entretanto, na envolvente do estaleiro de apoio à obra num raio de 5 Km observa-se uma vegetação
natural (savana florestal) com maior disseminação de espécimes do estrato de pastagem e pequenos
espécimes de eucaliptos amplamente dispersos.

De acordo com Diniz (2006), a região do Kuito enquadra-se dentro da zona agrícola do planalto central,
cuja vegetação natural é o Miombo (Brachystegia, Julbernardia e Isoberlinia), alternando-se com savanas,
em função do relevo e tipo de solo. Huntley et al., (2019) considera-a como sendo também área de
domínio do Miombo de um modo geral, mas evidenciam-se manchas de prados, savanas arbustivas, matas
tropicais e subtropicais, na qual predominam espécies do género Brachystegia, Julbernardia, Guibourtia,
Burkea, Pterocarpus. Das observações realizadas em áreas afastadas do estaleiro, a vegetação consiste em
pequenas parcelas de Miombo com diversos graus de degradação que se alterna com parcelas que pela
acção antrópica se tornaram savanas. Merece destaque a disseminação de Pteridium aquilinum em áreas
de savanas, indicando a pobreza do solo. Também é visível a disseminação de eucaliptos em vários locais.

Ao longo da área podem observar-se igualmente algumas árvores de frutos plantadas nas lavras da
população, dentre as quais se destacam as mangueiras (Mangifera indica), os abacateiros (Persea
americana), as goiabeiras (Psidium guayava), os limoeiros (Citrus limon) e as bananeiras (Musa sp.).

1.3 Caracterização da Empreitada


1.3.1 Natureza dos Trabalhos

O Projecto envolve a concepção e a construção de redes ampliadas a partir das redes existentes,
canalizações secundárias e terciárias para alimentar as conexões domiciliares nas áreas periurbanas do
Kuito com uma previsão de cerca de 5438 ligações domiciliares. Os trabalhos em causa incidirão nos
bairros: Cantifas, Cangote, Catemo, Cangalo, Piloto, Sousa e Chissindo, conforme as Figuras 6 e 7.
Serão usados as seguintes máquinas e equipamentos, no decurso da obra:
 Retroescavadora;
 Mini-escavadora;
 Caminhão Basculante (15 m3);
 Placa Compactadora Vibratória;

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 Camião Cisterna de Água (15.000 L);
 Gerador (15 Kva);
 Gerador (10 Kva);
 Serra Circular para Asfalto;
 Máquina de Soldadura topo a topo de Tubos PEAD;
 Máquina Electro-soldadura I PLAST 105;
 Saltitão Compactador;
 Bomba de Teste de Pressão de Água;
 Compressor de Ar Comprimido.

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Figura 6: Zonas de intervenção do projecto na cidade do Kuito.

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Figura 7: Legenda das zonas de intervenção.

Figura 8: Quantidade das ligações domiciliares e clusters.

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Figura 9: Quantidades e diâmetros de tubos.

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1.3.2 Actividades

Para a execução das obras estão previstas as seguintes actividades:


 Escavação para abertura de valas e caixas para alojamento dos órgãos de segurança e manobra e
condutas para a rede de distribuição;
 Regularização do fundo de valas;
 Colocação de tubagens;
 Aterros e compactações;
 Remoção de pavimento e repavimentações;
 Execução de caixas para instalação de órgãos de segurança e manobra das condutas, (contadores,
válvulas de descargas de fundo e ventosas), incluindo escavações e aterros;
 Execução das Ligações a condutas existentes;
 Execução dos ramais de ligações domiciliárias e clusters; e
 Lavagem e desinfecção das condutas.

1.3.3 Tecnologia de Construção a Aplicar

Trata-se de uma empreitada que não envolve uma grande complexidade de trabalhos de construção civil,
as escavações serão por meios manuais, utilizando meios mecânicos em casos excepcionais em que
requerem grande esforço e que não seja possível a escavação manual.

O equipamento mecânico será utilizado para as soldaduras dos tubos em PEAD na rede de distribuição e
seus acessórios, também serão utilizados meios mecânicos para a compactação do aterro das valas.

1.3.4 Força de Trabalho

O projecto irá contar com a seguinte mão-de-obra (nacional e estrangeira):


 4 Expatriados para a Direcção;
 30 Nacionais para a Administração e Serviços;
 96 Nacionais + 1 Expatriado para a Construção do Projecto;
 40 Nacionais + 1 Expatriado para a área Técnica.

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1.4 Aplicabilidade

Este Plano de Gestão Ambiental e Social aplicar-se-á a todas as actividades desenvolvidas pela TSE no
âmbito da execução das obras do Projecto em apreço, de igual modo será de cumprimento obrigatório
para os projectistas, subempreiteiros, fiscalização e demais intervenientes envolvidos directamente ou
indirectamente no Projecto, por exemplo trabalhadores contratados, fornecedores de material e
equipamentos, prestadores de serviços diversos, etc.

O Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) incluirá este e outros documentos específicos da empreitada
em consideração, com realce para as medidas decorrentes de Avaliação Ambiental do Projecto. Sempre
que se julgar necessário e aplicável, alguns dos elementos solicitados ao longo deste documento poderão
ser apresentados utilizando os recursos já previstos no Plano de Segurança e Saúde da obra (PSS), devendo
ser feita referência a esse facto.

Por outro lado, sempre que se faça referência a Subcontratados, pretende-se fazer referência a todos os
subempreiteiros, subcontratados de cedência de mão-de-obra ou de equipamento, trabalhadores
independentes, prestadores de serviços e, nos casos aplicáveis, as respectivas sucessivas cadeias de
subcontratação.

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2. Organização e Estrutura de Gestão do Plano de Gestão
Ambiental e Social (PGAS)

2.1 Estrutura Organizacional e Responsabilidade

A estrutura organizacional é a que se indica no esquema seguinte:


FCMU
(DNA)

Environmental Unit Consultant


Departamento
Consultor
Ambiental
FISCALIZAÇÃO FISCALIZAÇÃO

Specialist Engineer Specialist Engineer


(SE) Consultant (SEC)
Consultor
Especialista em
Especialista em
Engenharia
Engenharia
ASSESOR RE ASSESOR RE
Residence
Engineer (RE)
Engenheiro
Residente (RE)
FISCALIZAÇÃO

Contractor
Empreiteiro
TSE

A implementação das directrizes de sustentabilidade ambiental da obra apresentadas no presente Plano


de Gestão Ambiental e Social (PGAS) será da responsabilidade do Empreiteiro (TSE), supervisionado pela
equipa da Fiscalização. Entretanto, estas responsabilidades serão executadas por uma equipa competente
e cada um dos seus elementos terá, entre outras, as seguintes responsabilidades:

O Engenheiro Responsável: Nomeado pela Fiscalização (TILCA)


O Engenheiro Responsável (RE) supervisionará o cumprimento do contratado, incluindo o cumprimento
das directrizes de sustentabilidade do PGAS, e terá, entre outras, as seguintes funções:
 Assegurar que todos os colaboradores do Projecto e subempreiteiros estejam familiarizados com
as directrizes e demais requisitos de sustentabilidade da obra apresentados do PGAS;

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 Assegurar que todos os envolvidos no Projecto (Directores, Encarregados de obra, Colaboradores,
Fornecedores, etc.) recebam formação ambiental apropriada antes do início das actividades;
 Conhecer e divulgar os conteúdos das directrizes do PGAS na vitrina de segurança da obra;
 Analisar e aprovar desenhos produzidos, no que reporta à componente ambiental;
 Garantir que os trabalhos de construção e todas as actividades se realizem tendo em consideração
o princípio da protecção do ambiente;
 Comunicar ao Especialista Ambiental da UCP-WB/AFD, verbalmente e por escrito, pelo menos com
dez (10) dias úteis de antecedência, quaisquer ocorrências imprevistas que podem ter impactos
negativos sobre o ambiente biofísico e social, e assegurar que sejam elaboradas instruções de
segurança de trabalho (Method Statement) para as tais actividades;
 Manter registos actualizados e inspecções regulares e apresentar os respectivos relatórios que
evidenciam o cumprimento do PGAS;
 Em caso de acidente, providenciar a avaliação dos potenciais danos ambientais. Esta avaliação,
sempre que se julgar possível, deverá ser acompanhada de evidências fotográficas e/ou gravações
de vídeo georreferenciadas e descrição escrita da ocorrência. No caso de um acidente fatal,
assegurar comunicação à UCP-WB/AFD, descrevendo de forma preliminar o que aconteceu, a
quem, quando, aonde. Um relatório investigativo deverá ser apresentado à UCP-WB/AFD em
tempo razoável definido no Plano de Saúde e Segurança da obra (PSS);
 Controlar a conclusão das acções correctivas, emitir e assinar uma nota de aceitação para a não-
objecção pelo Especialista Ambiental da UCP-WB/AFD;
 Estabelecer e manter um diário ambiental do estaleiro e frentes de obra para registar todos os
incidentes ambientais relacionados com a empreitada e todas as instruções ou comunicações ao
Empreiteiro sobre questões ambientais;
 Analisar e aprovar todas as áreas que forem reabilitadas;
 Analisar as queixas recebidas e dar as instruções conforme necessário;
 Identificar e fazer as recomendações para pequenas alterações ao PGAS como e quando
apropriado e pedir a não-objecção do Especialista Ambiental do Dono da Obra;
 Adoptar um sistema de penalidades quando necessário e procurar a aprovação do Especialista
Ambiental;
 Implementar Interrupções de Trabalho Temporário, onde graves violações ambientais e de não-
conformidade tenham ocorrido;
 Manter um registo de queixas e reclamações do público e comunicá-las ao Empreiteiro e
Especialista Ambiental, considerando os procedimentos estabelecidos no Mecanismo de

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Resolução de Reclamações já elaborado pela UCP-WB/AFD;
 Facilitar a comunicação pró-activa entre todos os intervenientes, no interesse da eficácia da gestão
ambiental e da sustentabilidade da obra;
 Obter consultoria especializada em questões ambientais, se necessário.

Procedimento Geral
O RE fará igualmente a ligação com outras instituições ao nível da província do Bié com a responsabilidade
na protecção do ambiente e gestão das obras públicas, e deverá também estar disponível para receber
recomendações adicionais sobre questões ambientais do Especialista Ambiental do Dono da Obra
(Ministério da Energia e Águas).

Procedimento dos Requisitos


 O RE deverá preencher as fichas de arranque e de inspecção antes do início do contrato (ou no
local de entrega).
 As fichas de inspecção serão anexadas à acta da primeira reunião no local e encaminhadas para o
Especialista Ambiental FCMU.
 Deve haver uma ficha de inspecção de arranque para cada actividade em execução na empreitada.
 O RE deverá preencher as fichas de inspecção de rotina mensais (ou mais, se necessário) que
formarão o relatório de acompanhamento ambiental exigido nas reuniões de obra e devem ser
incluídos nos Relatórios de Desempenho Ambiental da Obra.
 As instruções e comunicações no local para o Empreiteiro, relativas a questões ambientais,
deverão ser registadas no Diário Ambiental da Obra.
 O RE deverá redigir um relatório de acção correctiva, quando incidentes, acidentes e infracções
graves ocorram no estaleiro ou nas distintas frentes de obra.
 O relatório de acção correctiva será assinado pelo RE para confirmar a implementação da acção
correctiva e se os seus resultados são satisfatórios.
 O RE deverá preencher um relatório de encerramento do local após a conclusão do contrato e
encaminhar à UCP-WB/AFD.

2.2 O Especialista Ambiental FCMU (FCMU - ES)

O FCMU-ES deverá assumir a responsabilidade global para os aspectos ambientais do Projecto. Entre

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outras tarefas, será responsável pelas seguintes funções:

 Estabelecer e manter comunicações regulares e pró-activas com o RE, Consultores e o Empreiteiro;


 Acompanhar os resultados dos mecanismos de reclamação e queixas implementados na obra;
 Realizar visitas periódicas e inspecções às frentes de trabalho para verificar o grau de
implementação do PGAS;
 Analisar e comentar os relatórios ambientais produzidos pelo Engenheiro Residente.

2.3 O Empreiteiro

O Empreiteiro tem as seguintes responsabilidades:

 Estar familiarizado com o conteúdo do PGAS do Projecto;


 Cumprir com as especificações ambientais e sociais contidas no PGAS do Projecto e revisões
posteriores;
 Confirmar os requisitos legais para as obras de construção e garantir que as permissões e
autorizações necessárias foram obtidas antes das actividades de início da obra;
 Garantir que o acesso à terra para o local da construção e obras foi garantido;
 Preparar procedimentos, programa de actividades e desenhos / planos para apresentação;
 Realizar inspecções no local (com o RE) para monitorar o desempenho ambiental e social, e
conformidade com o PGAS, bem como as especificações ambientais constantes no contrato da
empreitada e na legislação angolana relevante;
 Rever os relatórios de inspecção do local e tomar conhecimento das informações e / ou
recomendações nele contidas;
 Notificar o RE, verbalmente e por escrito, imediatamente, em caso de acidente ou de qualquer
não-conformidade na implementação do PGAS e garantir que a acção correctiva apropriada seja
tomada;
 Notificar o RE, verbalmente e por escrito, pelo menos com dez (10) dias úteis de antecedência, de
qualquer actividade que tenha o potencial de causar impactes ambientais e sociais adversos
significativos, de modo que as medidas de mitigação possam ser implementadas a tempo;
 Garantir a consciência ambiental e social entre seus empregados, subempreiteiros, de modo que
eles estejam totalmente cientes e entendam as exigências ambientais do projecto e que benefícios

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trazem para eles e a população em geral;
 Manter um registo de formação ambiental para o pessoal local e pessoal dos subempreiteiros
durante o contrato;
 Realizar a reabilitação de todas as áreas afectadas pelas actividades de construção para restaurá-
los para seus estados originais, como determinado pela RE;
 Realizar as obras necessárias dentro das áreas de trabalho designadas;
 Serviços de reabilitação, utilitários, propriedade privada / pública e outras áreas afectadas pelas
actividades de construção fora das áreas demarcadas de acordo com as instruções do RE;
 Comunicar e colaborar com frequência e abertamente com o RE para garantir a pró-activa e eficaz
gestão ambiental e social com o objectivo geral de prevenir ou reduzir os impactes ou impactos
ambientais e sociais negativos, reforçando simultaneamente impactes ambientais e sociais
positivos.

2.4 Acompanhamento Ambiental e Relatórios

O acompanhamento ambiental será suportado pelos documentos e registos que o evidenciem. Será
efectuado um ponto de situação relativamente a cada descritor ambiental existente, face aos trabalhos
realizados no período, e medidas previstas a implementar, devendo ser indicada toda a informação
relevante, incluindo acções de melhoria, evidências do cumprimento de requisitos legais e outros
requisitos aplicáveis ao Projecto, nomeadamente licenças e/ou autorizações, registos, guias de
acompanhamento de resíduos, etc. Esta informação constará nos relatórios a apresentar. O RE será o
interlocutor com o dono de Obra nesta matéria.

O RE terá a responsabilidade de:


 Realizar "auditorias" regulares por forma a garantir que o PGAS está a ser implementado de forma
correcta e que os resultados são satisfatórios e eficazes.

A auditoria verificará:
 Se os procedimentos e fichas de trabalho estão disponíveis;
 Se os documentos estão disponíveis nas versões actualizadas;
 Se todos os colaboradores envolvidos no Projecto desenvolvem as suas actividades e cumprem os
requisitos do PGAS que lhe são aplicáveis;
 Se a formação ambiental ministrada é adequada;
 Se as Não-conformidades são registadas e documentadas e se as acções correctivas são

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implementadas, documentadas, registadas e acompanhadas;
 Se os procedimentos de emergência estão nos locais devidos e se são de conhecimento do pessoal;
 Se o registo de grandes incidentes (derrames, lesões, queixas e reclamações, transgressões legais,
multas ou penalidades local, etc.) e se os demais documentos relacionados com o PGAS são
efectuados e/ou se estão actualizados.
 Se o registo dos acidentes graves e os respectivos impactos foram mensurados e se foi feito o
devido acompanhamento.

O Empreiteiro:
 Verificará diariamente se os procedimentos e práticas ambientais nas frentes de obra, envolvente
e estaleiros são respeitadas;
 Numa base semanal o RE será informado via relatório escrito, do cumprimento do PGAS, e qual o
desempenho ambiental da obra. Caso ocorram desvios ao PGAS, o RE será informado de imediato,
para que se possa actuar em conformidade;
 Realizará o registo de grandes acidentes (derrames, impactos, reclamações, transgressões legais
etc.), bem como as acções correctivas e preventivas tomadas (ver o Capítulo 9 – Registos).

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3. Requisitos Legais e Outros
3.1 Legislação Angolana Aplicável

A Tabela 4 apresenta o enquadramento legal vigente na República de Angola e aplicável ao Projecto. Para
além da legislação vigente do sector ambiental teve-se também em consideração os diplomas de saúde e
segurança do trabalho.

Tabela 4: Resumo da legislação angolana aplicável ao Projecto.


Instrumento legal Resumo
Consagra os direitos dos trabalhadores de laborarem num ambiente de
Decreto n.º 31/94 de 5 de Agosto - trabalho seguro e higiénico, receberem gratuitamente os equipamentos
Sistemas de Segurança, Higiene e de protecção colectiva ou individual e de serem informados regularmente
Saúde no Trabalho sobre matérias relacionadas com a segurança, higiene e saúde no
trabalho.
Define os conceitos e os princípios básicos da protecção, preservação e
conservação do ambiente, promoção da qualidade de vida e do uso
racional dos recursos naturais, de acordo com os números 1, 2, e 3 do
Lei n.º 5/98, de 19 de Junho – Lei de artigo 24 e n.º 2 do artigo 12° da Lei Constitucional da República de
Bases do Ambiente Angola.
Define os órgãos de gestão ambiental, as medidas de protecção
ambiental, os direitos e deveres dos cidadãos, as responsabilidades,
infracções e sanções, assim como a fiscalização ambiental
Lei n.º 6/02 de 21 de Junho - Lei das Estabelece os princípios gerais do regime jurídico inerente ao uso dos
Águas recursos hídricos.
A LOTU tem por objecto o espaço biofísico, constituído pelo conjunto dos
Lei n.º 3/04, de 25 de Junho - Lei do solos urbanos e rurais, do subsolo, da plataforma continental e das águas
Ordenamento do Território e do interiores, com vista a acautelar as acções que se traduzem na ocupação,
Urbanismo uso e na utilização dos espaços supramencionados, através da
implementação dos instrumentos de ordenamento do território.
Estabelece as normas que visam garantir a conservação e utilização
sustentável dos recursos biológicos aquáticos existentes nas águas sob a
soberania do Estado Angolano, bem como as bases gerais do exercício das
Lei n.º 6A/04 de 8 de Outubro - Lei actividades com eles relacionados, em especial as actividades de pesca e
dos Recursos Biológicos Aquáticos aquicultura, e revogação da Lei das Pescas, aprovada pela Lei n.º 20/92,
de 14 de Agosto e do Decreto n.º 2/93 de 26 de Fevereiro, que aprovou o
quantitativo das multas a aplicar por infracções cometidas no âmbito da
actividade da Pesca.
Estabelece as bases gerais do regime jurídico das terras integradas na
Lei n.º 9/04 de 9 de Novembro - Lei de propriedade originária do Estado, os direitos fundiários que sobre estas
Terras podem recair e o regime geral de transmissão, constituição, exercício e
extinção de direitos.
Lei n.º 3/06 de 18 de Janeiro - Lei das Regula os direitos de participação e de intervenção das Associações de
Associações de Defesa do Ambiente Defesa do Ambiente na Gestão Ambiental.

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Instrumento legal Resumo
Decreto n.º 1/10 de 13 de Janeiro - Decreta a realização de auditorias ambientais as actividades públicas ou
Auditorias Ambientais privadas, susceptíveis de provocar danos significativos ao ambiente.
Estabelece as regras que devem ser observadas nas operações de
acondicionamento de cargas durante o transporte rodoviário de
Decreto Presidencial n.º 136/10 de 13
mercadorias, designadamente de produtos sólidos ou líquidos a granel,
de Julho - Regulamento sobre a
ensacados, metalúrgicos ou outros, e estabelece a proibição geral de
Prevenção de Derrames no Transporte
derramamento da carga para a via ou a libertação de partículas para o
Rodoviário de Mercadorias
solo, para o ar ou para a água nas operações de transporte de quaisquer
mercadorias, sólidas ou líquidas.
Decreto Presidencial n.º 194/11 de 7 Estabelece as responsabilidades pelo risco e degradação do ambiente
de Julho - Responsabilidade por Danos baseado no princípio do “poluidor-pagador” para prevenir e reparar
Ambientais danos ambientais.
Decreto Executivo n.º 87/12 de 24 de
Regulamenta as Consultas Públicas dos projectos sujeitos à Avaliação de
Fevereiro - Consultas Públicas a
Impacte Ambiental
Projectos Sujeitos à AIA
Aprova o Regulamento sobre a Gestão de Resíduos que tem como objecto
estabelecer as regras gerais relativas à produção, depósito no solo ou
subsolo, ao lançamento para água ou para atmosfera, ao tratamento,
Decreto Presidencial n.º 190/12 de 24
recolha, armazenamento e transportação de quaisquer resíduos de modo
de Agosto - Regulamento sobre a
de prevenir ou minimizar os seus Impactes negativos sobre a saúde das
Gestão de Resíduos
pessoas e no ambiente, sem prejuízo do estabelecimento de regras que
visem a redução, reutilização, reciclagem valorização e eliminação de
resíduos.
Aprovação da Lei Geral do Trabalho aplicável a todos os trabalhadores
que, no território da República de Angola, prestam actividade
remunerada por conta de um empregador, no âmbito da organização e
sob a autoridade e direcção deste tais como nas empresas públicas,
Lei n.º 7/15 de 15 de Junho - Lei Geral mistas, privadas, cooperativas, organizações sociais, organizações
do Trabalho internacionais e nas representações diplomáticas e consulares aplicando-
se igualmente aos aprendizes e ao trabalho prestado no estrangeiro por
nacionais ou estrangeiros contratados no País ao serviço de
empregadores nacionais, e revogação da anterior Lei Geral do Trabalho,
aprovada pela Lei n.º 2/00, de 11 de Fevereiro.
A Estratégia e Plano de Acção Nacionais para a Biodiversidade 2019-2025
Decreto Presidencial n.º 26/20 de 6 de tem como objectivo incorporar nas políticas e programas de
Fevereiro - Estratégia e Plano de
desenvolvimento medidas para a conservação e o uso sustentável da
Acção Nacionais para a Biodiversidade
diversidade biológica e a distribuição justa e equitativa dos recursos
2019-2025
biológicos em benefício de todos os angolanos.
Decreto Presidencial n.º 117/20 de 22 Estabelece as normas e procedimentos que regulam a avaliação de
de Abril - Regulamento Geral de impacte ambiental de projectos públicos e privados e do procedimento
Avaliação de Impacte Ambiental e do de licenciamento ambiental das actividades que, pela sua natureza,
Procedimento de Licenciamento localização ou dimensão, sejam susceptíveis de provocar impacte
Ambiental ambiental e social significativo.

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3.2 Padrões e Normas Internacionais Aplicáveis ao Projecto

De acordo com o Artigo 13º Constituição da República de Angola de 5 de Fevereiro de 2010, os tratados e
acordos internacionais regularmente aprovados ou ratificados, vigoram na ordem jurídica Angolana após
a sua publicação oficial e entrada em vigor na ordem jurídica internacional e enquanto vincularem
internacionalmente o Estado. Angola é parte signatária dos seguintes acordos multilaterais do ambiente
e relevantes para os aspectos ambientais do Projecto. Estes acordos estão em vigor e encontram-se
descritos abaixo na Tabela 5.

Tabela 5: Resumo das Convenções, Acordos Multilaterais, Padrões e Normas Ambientais Relevantes ao
Projecto
Convenções, Acordos Multilaterais,
Resumo
Padrões e Normas Ambientais
Em 1987, foi estabelecido o Protocolo de Montreal sobre substâncias que
prejudicam a camada de Ozono; esse protocolo exige que os países
industrializados reduzam o consumo de produtos químicos prejudiciais à
camada de Ozono e que os países em vias de desenvolvimento congelem
a maior parte do consumo de clorofluorcarbonetos (CFC) a partir de 1 de
Julho de 1999, com base nas médias de 1995-97, reduzam esse consumo
em 50% até Janeiro de 2005 e eliminem totalmente os CFCs até 1 de
Convenção de Viena sobre a Protecção
Janeiro de 2010. O texto também estabeleceu o princípio das obrigações
da Camada de Ozono estabelece um
comuns, porém diferenciadas. Isto é, países desenvolvidos que
quadro legal internacional para a
historicamente tiveram maior consumo de substâncias depletoras do
redução das emissões de substâncias
ozono (SDOs) devem contribuir financeiramente para apoiar a
prejudiciais à camada de Ozono
implementação de medidas para eliminar essas substâncias em países em
desenvolvimento. Esta Convenção entrou em vigor em Angola em 28 de
Agosto de 1998 (através da Resolução n.º 12/98 de 28 de Agosto de 1998).
Mais recentemente, a 23 de Junho de 2011, Angola tornou-se parte das
quatro Emendas do Protocolo de Montreal, nomeadamente a Emenda de
Londres (1990), a Emenda de Copenhaga (1992), a Emenda de Montreal
(1997) e a Emenda de Pequim (1999).
Convenção-Quadro das Nações Unidas Este tratado internacional tem como objectivo a estabilização da
sobre as Alterações Climáticas - concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera em níveis tais
CQNUMC (United Nations Framework que evitem a interferência perigosa com o sistema climático. O tratado
Convention on Climate Change)
não fixou, inicialmente, limites obrigatórios para as emissões de GEE,
incluía disposições para actualizações (chamados "protocolos"), que
deveriam criar limites obrigatórios de emissões.
A Convenção inclui um requisito para as medidas preventivas a tomar a
fim de prever, evitar ou minimizar as causas das alterações climáticas e
combater os seus efeitos adversos. Este requisito não contém quaisquer
exigências específicas aplicáveis a emissões para a atmosfera
provenientes de operações deste género, mas sugeriu aperfeiçoamentos
legislativos em determinadas jurisdições que afectam essas mesmas
actividades. Esta Convenção entrou em vigor em Angola em 28 de Agosto
de 1998 (através da Resolução n.º 13/98).

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Convenções, Acordos Multilaterais,
Resumo
Padrões e Normas Ambientais
Protocolo de Quioto (Kyoto Protocol) O Protocolo de Quioto é um acordo internacional ligado a Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, a qual
compromete as suas partes (signatários), de forma a estabelecer metas
de redução de emissões vinculativos a nível internacional. O Protocolo de
Quioto foi adoptado em Quioto (Japão) em 11 de Dezembro de 1997 e
entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005.
O Protocolo entrou em vigor em Angola em Março de 2007, através da
Resolução n.º 14/07. Sob os auspícios desta Convenção foi desenvolvido
em 2015 o Acordo de Paris que irá substituir o Protocolo de Quioto.
Angola ainda não ratificou este instrumento.
Convenção sobre a Conservação das Tem por objectivo a preservação de espécies migratórias terrestres,
Espécies Migratórias Pertencentes à marinhas e voadoras. É um tratado entre governos, administrado pelo
Fauna Selvagem mais conhecida por Programa das Nações Unidas para o Ambiente, relativo à vida selvagem e
Convenção de Bona (Convention on
habitats a uma escala global. Angola tornou-se um membro em 1 de
Migratory Species - CMS)
Dezembro de 2006. Sob os auspícios da CMS, Angola assinou três
Memorandos de Entendimento (MoU): o MoU relativo às Medidas de
Preservação das Tartarugas Marinhas da Costa Atlântica de África (1 de
Julho de 1999), o MoU relativo à Preservação do Manatim e Pequenos
Cetáceos da África Ocidental e Micronésia (3 de Outubro de 2008) e o
MoU relativo à Preservação de Aves de Rapina Migratórias de África e
Eurásia (1 de Novembro de 2008).
Convenção das Nações Unidas da Incentiva os Estados Partes a identificarem e conservarem os recursos
Diversidade Biológica (Convention on biológicos e a sua diversidade (artigo 6º). As partes signatárias são
Biological Diversity - CBD) incentivadas a estabelecerem áreas protegidas e a tomarem medidas para
implementar os requisitos da conservação e gestão da biodiversidade,
com destaque para as espécies endémicas e os ecossistemas vulneráveis.
É exigido aos Estados que monitorizem as actividades passíveis de
provocar danos sobre a biodiversidade dentro e fora das áreas de
protecção ambiental. Esta Convenção entrou em vigor em Angola em 23
de Julho de 1997 (através da Resolução n.º 23/97 de 4 de Julho de 1997).
Directriz Ambientais, de Saúde e Estas directrizes são documentos de referência técnica com exemplos
Segurança para Água e Saneamento gerais e específicos do sector, com boas práticas industriais
(IFC&WBG, Dezembro 10, 2007). internacionais. As directrizes incluem informações relevantes para a
operação e manutenção de (i) sistemas de tratamento e distribuição de
água potável e (ii) colecta de esgoto em sistemas centralizados (como
redes de colecta de esgoto) ou sistemas descentralizados (como fossas
sépticas posteriormente atendidas por camiões-bomba) e tratamento de
esgoto colectado em instalações centralizadas.
Série de Normas ISO 14000 - Sistema Auxilia na identificação e gestão dos riscos ambientais associados aos
de Gestão Ambiental. processos internos da actividade desenvolvida pela organização. Esta
norma identifica requisitos para a uma gestão eficaz dos riscos,
considerando a prevenção e protecção do ambiente, conformidade legal
e necessidades socioeconómicas.
Série de Normas ISO 9000 - Sistema de É um conjunto de padrões que ajuda as organizações a garantir que
Gestão de Qualidade. atendam às necessidades dos clientes e de outras partes interessadas

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Convenções, Acordos Multilaterais,
Resumo
Padrões e Normas Ambientais
dentro dos requisitos estatutários e regulamentares relacionados a um
produto ou serviço.
Estabelece todos os requisitos do sistema de gestão da qualidade para
que a empresa se adequa e seja regulamentada.

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4.Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais e Sociais
4.1 Critérios de Avaliação

Esta secção apresenta a identificação e avaliação dos principais potenciais impactes resultantes da
implementação do Projecto. A identificação e avaliação dos potenciais impactes baseiam-se nos seguintes
critérios:

Magnitude da Fonte do Impacte + Sensibilidade dos Componentes Ambientais = Potencial Impacte

A Magnitude da Fonte do Impacte é inicialmente definida com base na combinação dos seguintes
critérios:
 Natureza da emissão (se existente): não poluente ou tratada; biodegradável e não tóxica ou
parcialmente tratada; tóxica ou persistente;
 Quantidade relativa da emissão (se existente): baixa; moderada; ou elevada;
 Frequência da ocorrência: pontual, ocasional ou contínua;
 Requisitos legais/regulamentares existentes: normas/padrões ou autorização.

A escala de classificação da magnitude do impacte é apresentada na Tabela 6:

Tabela 6: Magnitude da fonte do impacte.


Magnitude Classificação
Muito elevado 4
Elevado 3
Médio 2
Baixo 1
Muito baixo 0

A segunda fase deste processo é a definição da Sensibilidade dos Componentes Ambientais, com base
nas constatações de base ambientais. Os componentes ambientais a serem considerados são os
componentes físicos e biológicos do ambiente natural, bem como os aspectos socioeconómicos relativos
ao ambiente humano com possibilidade de serem modificados durante as diferentes fases de execução

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do Projecto. O nível de sensibilidade associada aos componentes ambientais é determinado pela escala
obtida a partir dos seguintes quatro critérios:

 Tipo de exposição: exposição (1) directa ou (0) indirecta;


 Classificação da vulnerabilidade: (1) classificado com ameaçado/vulnerável/protegido ou (0)
não vulnerável;
 Utilização da área: (1) caso possua em particular um papel de grande importância ecológica ou
utilização humana estratégica na área, ou (0) não; e
 Nível de poluição: (1) poluído/quase, poluído e/ou com baixo potencial de regeneração natural,
ou (0) não poluído.

Após a identificação da Magnitude da Fonte do Impacte e a Sensibilidade dos Componentes Ambientais,


a terceira fase é o cálculo da Gravidade do Impacte utilizando uma matriz de causa-efeito, baseada no
cálculo desenvolvido por Leopold et al. (1971) conforme indicado na Tabela 7.

Tabela 7: Gravidade do impacte.


Magnitude da Fonte
(4) Muito
(0) Muito baixo (1) Baixo (2) Médio (3) Elevado
elevado
(0) Muito baixo Insignificante Insignificante Reduzido Moderado Importante
Sensibilidade

(1) Baixo Insignificante Reduzido Moderado Moderado Importante


(2) Médio Insignificante Reduzido Moderado Importante Crítico
(3) Elevado Reduzido Moderado Importante Crítico Crítico
(4) Muito elevado Moderado Importante Crítico Crítico Crítico

Para além desta classificação, é importante notar que os impactes também podem ser positivos ou
negativos conforme a sua natureza tal como indicado na Tabela 9 (por exemplo, um desenvolvimento
pode resultar em resultados positivos para a biodiversidade e/ou economia da região de inserção do
Projecto). A interpretação de cada nível de gravidade acima apresentado encontra-se descrita na Tabela
8.

Tabela 8: Classificação da terminologia do Impacte.


Insignificante O impacte é insignificante se nenhum efeito perceptível é previsto.
Alterações adversas reduzidas. As alterações podem ser perceptíveis, porém, estão de acordo
Reduzido
com a variação normal. Os efeitos são transitórios, com recuperação sem necessidade de

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assistência, e ocorrem no meio-termo; porém, reconhece-se que pode permanecer um nível de
impacte baixo.
Alterações adversas moderadas. As alterações podem exceder o limite de variação natural. O
Moderado potencial de recuperação nos próximos anos sem intervenção é bom; porém, reconhece-se que
pode permanecer um nível de impacte baixo.
Alterações adversas substanciais. As alterações estão além do limite de variação natural e a
Importante
recuperação sem assistência pode relevar-se prolongada.
Alterações adversas críticas. As consequências do impacte são irreversíveis e sem intervenção, e
Crítico
reconhece-se que pode permanecer um nível de impacte substancial.
Alterações, provocadas pelo projecto e resultando em efeitos positivos ou desejáveis no ambiente
Positivo
natural ou humano.
Alterações, provocadas pelo projecto e resultando em efeitos negativos ou indesejáveis no
Negativo
ambiente natural ou humano.

Tabela 9: Natureza do impacte.


Natureza do impacte Notação
Impacto positivo (benéfico) (+)
Impacto negativo (adverso) (-)

Os impactes são também classificados conforme a sua duração tal como ilustrado na Tabela 10.

Tabela 10: Duração do impacte.


Duração
Muito pouco tempo (0 a 1 ano)
Pouco tempo (1 a 5 anos)

Médio tempo (5 a 15 anos)


Longo prazo (> 15)
Permanente

A avaliação dos potenciais impactes também teve em consideração a Probabilidade de Ocorrência dos
Impactes. A probabilidade aqui abordada refere-se a certeza ou não de ocorrer um determinado impacte
durante as condições normais de operação do Projecto (eventos planeados), ou seja, está fora do âmbito
desta definição os impactes que poderão resultar de acidentes e incidentes (eventos não planeados). A
probabilidade é definida com base nas cinco (5) categorias apresentadas na Tabela 11.

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Tabela 11: Categorias de probabilidade.
Avaliação Atributos

Remota É improvável que o impacte ocorra em condições de operação normal.


É relativamente pouco provável que o impacte ocorra, podendo acontecer em alguma
Baixa
ocasião em condições de operação normal.
É provável que o impacte ocorra, podendo acontecer em várias ocasiões em condições
Média
de operação normal.
É muito provável que o impacte ocorra, podendo acontecer em muitas ocasiões em
Elevada
condições de operação normal.
Certo É certo que o impacte irá ocorrer em condições de operação normal.

4.2 Impactes Ambientais e Sociais

Nesta secção abordaremos os principais impactes que serão gerados pelo Projecto em estudo, durante a
fase de construção, onde se verificam as principais interferências a nível de ocupação do solo, paisagísticos
e socioeconómicos existentes. Durante a fase de exploração, verificar-se-á a manutenção dos impactes
ocorridos na fase anterior, no que se refere à ocupação do solo permanente, à paisagem, interferência
com o ordenamento do território e componente socioeconómica.

4.2.1 Impactes sobre a Recursos Hídricos e Solos

O Projecto proposto será executado dentro de uma área existente sem qualquer curso de água, por isso
não são esperados para os Recursos Hídricos impactes significativos em ambas as fases do projecto.

Relativamente ao descritor, solo, estão previstos impactes na fase de construção nas áreas alocadas à
obra, nomeadamente nas actividades de compactação e impermeabilização. Os impactes serão
resultantes das actividades de limpeza, nivelação do terreno e circulação de veículos. Outro potencial
impacte sobre o solo é a sua contaminação devido a eventuais derrames de contaminantes
(hidrocarbonetos e outros). Os derrames poderão ocorrer durante o enchimento de reservatórios de
combustível de máquinas e equipamentos ou durante manutenções de veículos e maquinaria em geral.
Estes impactes são considerados negativos, prováveis, reversíveis e de importância reduzida. Foram
consideradas medidas minimizadoras de impactes com o objectivo de acautelar eventual degradação
ambiental sobre estas componentes do ambiente.

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Importante referir que também poderá ocorrer a contaminação dos solos, caso não seja feita a correcta
gestão dos resíduos produzidos no funcionamento do estaleiro, especialmente aqueles que sejam
considerados perigosos pela legislação nacional (Decreto Presidencial n.º 190/12). Esta contaminação
poderá ser de forma directa, se acondicionados directamente sobre o solo descoberto ou através de águas
pluviais contaminadas. As boas práticas e as medidas de minimização definidas no Plano de Gestão de
Resíduos (ver Anexo 7) reduzem a probabilidade da ocorrência deste tipo de impacte.

Impactes Cumulativos
No que concerne aos recursos hídricos não são expectáveis impactes cumulativos uma vez que não
existem quaisquer recursos hídricos na área do projecto. Não são esperados impactes cumulativos no solo
desde que as actividades do Projecto sejam realizadas tendo em conta as boas práticas definidas e não se
conhecem actividades semelhantes na área do projecto.

4.2.2 Impactes na Qualidade do Ar

A avaliação de impactes na qualidade do ar na fase de construção é difícil de quantificar em consequência


da inexistência de elementos disponíveis, fazendo-se, por esse motivo, uma análise qualitativa.

Emissão de Poeiras
A suspensão de poeiras é um impacte típico de empreitadas de construção civil. No caso desta empreitada,
a emissão de poeiras estará associada aos trabalhos de escavação das valas, preparação das bases de
assentamento das canalizações, trabalhos de reposição de pavimentos, bem como a movimentação de
viaturas e máquinas alocadas à obra. No entanto, considerando a dimensão dos trabalhos previstos, este
é um impacte negativo pouco significativo, que vai variar conforme a intensidade dos trabalhos e a
proximidade de receptores sensíveis em cada frente de obra.

Os meses mais sensíveis em termos de emissão de partículas (por serem os mais secos) são, tipicamente,
os de Agosto a Abril. Os restantes meses são normalmente mais chuvosos, pelo que os impactes se
encontram naturalmente minimizados, em termos da existência de poeiras em suspensão. Face ao
exposto, os impactes na qualidade do ar resultantes da construção do projecto podem assumir,
pontualmente algum significado, principalmente junto de zonas habitadas, sendo assim considerados
negativos e reduzidos, tendo em conta o carácter localizado e temporário. São, contudo, impactes

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reversíveis e susceptíveis de minimização com a aplicação de medidas de minimização recomendadas
neste PGAS.

Emissão de Gases Poluentes


É expectável que haja emissão de gases poluentes resultantes da operação de motores de combustão,
associados a circulação de veículos e equipamentos utilizados nas obras. Os gases comuns são o monóxido
de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2), óxidos de azoto (NOx), compostos orgânicos voláteis (COVs),
partículas e fumos negros. Este impacte é negativo, mas será de âmbito local, e por isso não significativo.

Impactes Cumulativos
Embora não haja disponibilidade de dados sobre a situação actual da qualidade do ar na área de
intervenção, os impactes cumulativos, serão pontuais e esporádicos dado que as acções do projecto
(escavação e transporte de terras) poderão acrescer ao impacte já existente, decorrente das actividades
normais do dia-a-dia nos Bairros e acrescendo o facto de as estradas nos bairros serem em terra.

4.2.3 Impactes no Ambiente Sonoro

A geração de ruído e vibração decorrente das actividades construtivas (operação e movimentação de


máquinas e veículos) é um impacte comum em empreitadas de construção civil. A sua relevância está
fundamentalmente associada à proximidade de receptores sensíveis e ao carácter do ambiente sonoro de
referência.

A obra vai decorrer em área habitada, razão pela qual são esperadas alterações significativas sobre o
quadro sonoro da área atendendo ao tipo de actividades previstas. Contudo, o âmbito será local afectando
apenas os receptores sensíveis mais próximos, que são principalmente os trabalhadores da obra,
moradores das habitações, escolas, hospitais e locais de culto que poderão estar próximas das frentes de
trabalho. Assim, considerando que a maior parte dos trabalhos serão realizados manualmente,
recorrendo-se a maquinaria apenas em casos excepcionais e pontuais, é esperado que os impactes sejam
pouco significativos, temporários, reversíveis e de magnitude reduzida.

Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto.

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4.2.4 Geração de Resíduos

A fase de construção do Projecto irá envolver a produção de resíduos habitual de uma obra gerando
algumas quantidades de Resíduos de Construção e Demolição (RCD). Os resíduos resultantes das
actividades de demolição e construção serão removidos e conduzidos a um local adequado, razão pela
qual não são esperadas alterações significativas sobre os resíduos.

O Plano de Gestão de Resíduos (ver Anexo 7) estará em uso, juntamente com o Decreto Executivo n.º
17/13 (Gestão de Resíduos de Construção e Demolição) na adopção de medidas adequadas de gestão de
resíduos. Assim, considera-se que os impactes resultantes da geração e gestão dos resíduos produzidos
pelas acções de construção, apesar de negativos, porque implicam a afectação da capacidade dos
sistemas/operadores de gestão, são de magnitude reduzida.
Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto.

4.2.5 Saúde e Segurança dos Trabalhadores e Comunidade

As principais actividades do Projecto com o potencial de gerar acidentes, são os trabalhos de escavação e
movimentação de terras. Assim, existe o potencial de ocorrência de acidentes por desprendimento de
terra ou rochas devido a vibrações e sobrecarga nos bordos das valas, ou inclinação excessiva do talude.
Outros potenciais acidentes poderão resultar de colisão com objectos móveis, entalamento ou
esmagamento, bem como a má utilização de equipamento de escavação. Há ainda o risco de propagação
de doenças entre os trabalhadores. As principais doenças a que os trabalhadores possam estar expostos
são a malária, DTSs (especialmente o HIV/SIDA), e outras resultantes de picadas de animais peçonhentos
(venenosos). O VIH/SIDA e outras doenças de transmissão sexual são comuns em ambientes de
acampamento onde pode haver relacionamentos desprotegidos entre trabalhadores e membros da
comunidade à volta. Este impacte pode ser ainda mais importante se o projecto atrair trabalhadores de
outras regiões, facto que não é esperado neste Projecto.

Os trabalhos de construção implicarão necessariamente o transporte de pessoal, equipamento e materiais


entre o estaleiro e as frentes de trabalho, bem como a movimentação de máquinas e veículos. Este

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transporte far-se-á ao longo das estradas existentes, podendo significar incremento do tráfego rodoviário.
Os atropelamentos carro-peão são comuns em áreas urbanas/periurbanas, pelo que pode vir a acontecer
envolvendo viaturas e máquinas afectas à obra. Portanto, trata-se de um impacto adverso bastante sério
que, a acontecer, terá consequências bastante significativas.

Impactes Cumulativos
Não são conhecidos projectos semelhantes a serem desenvolvidos pelo que não são esperados impactes
cumulativos neste descritor.

4.2.6 Criação de Oportunidades de Emprego

Segundo indicado na secção 1.3.4 é esperado que cerca de 172 pessoas (entre nacionais e estrangeiros)
sejam contratadas. Estas oportunidades de emprego irão traduzir-se numa melhoria da renda mensal das
famílias dos trabalhadores contratados, principalmente os nacionais contratados localmente, pese
embora sejam empregos temporários e de duração relativamente curta (fase de construção),
correspondem a um impacte positivo relevante, porque ajudará a melhorar as finanças e condição de vida
dos trabalhadores e das suas famílias.

Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto.

4.2.7 Transferência de Conhecimento para a Mão-de-Obra Local

As pessoas não especializadas que forem contratadas para as actividades do Projecto beneficiarão não só
de rendimentos através das remunerações, mas também do desenvolvimento da formação, incluindo
questões técnicas / profissionais e também temas gerais como Saúde e Segurança, Prevenção e
Conservação do Ambiente, etc. A formação técnica (mesmo que seja em trabalho) resultará numa
transferência de conhecimentos e aptidões para a mão-de-obra local e irá naturalmente melhorar as
oportunidades do pessoal que recebeu formação de obter emprego no futuro, com os respectivos
benefícios para as famílias e os dependentes a cargo, resultando num benefício indirecto a longo prazo. É,
portanto, um impacto positivo de magnitude e frequência elevadas, e moderadamente significativo.

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4.2.8 Estímulo à Economia Local

Espera-se que a empreitada necessite de adquirir serviços (hotelaria, transporte), bens e materiais
necessários para os trabalhos de construção. Muitos desses bens e serviços poderão ser adquiridos
localmente (cidade de Kuito), podendo por isso estimular a economia local, e principalmente os
comerciantes que tiverem a oportunidade de prestar serviços ou fornecer bens para as actividades do
projecto. Portanto, este é um impacto positivo com magnitude reduzida, frequência moderada.

Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto em estudo

4.2.9 Risco de Violência Baseada no Género

O risco de ocorrência de Violência Baseada no Género (VBG), como resultado da presença de


trabalhadores do Projecto, é muito reduzido e quase inexistente, assumindo que o número de
trabalhadores esperados é limitado, cerca de 172, entre nacionais e expatriados. Contudo, o histórico de
VBG na província do Bié (onde a cidade do Kuito está inserida), de acordo com o relatório Analítico de
Género de Angola (2017:54) do Ministério da Família e Promoção da Mulher, indica que cerca de 26.7%
de mulheres, em algum momento desde os 15 anos, sofreu violência física. Embora não seja uma das taxas
mais elevadas do País, indica que é necessário considerar medidas preventivas ao nível do Projecto, para
que casos de VGB não aconteçam, envolvendo trabalhadores do Projecto. Portanto, este é um impacte
negativo que ao acontecer, pode ter efeitos adversos bastante significativos.

Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto em estudo

4.2.10 Melhoria da Condição de Vida e Bem Estar das Famílias Beneficiárias

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No que toca as famílias que serão abrangidas pelas ligações domiciliárias, o projecto irá aumentar a
abrangência do serviço (abastecimento de água). As áreas de intervenção do projecto, onde outrora a
água da rede pública não chegava ou abrangia um número reduzido de famílias, passarão a beneficiar de
água canalizada, o que poderá contribuir para a melhoria das condições de saneamento, bem como a
disponibilidade de mais tempo para outras tarefas (especialmente para as mulheres que actualmente
dedicam parte do seu tempo na busca de água), o que terá uma influência positiva e significativa nas
condições de vida e bem estar das famílias.

Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto em estudo

A Tabela 12 abaixo apresenta o resumo dos impactes ambientais e sociais que possam resultar das
actividades de implementação do projecto.

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Tabela 12: Resumo dos principais aspectos ambientais que possam produzir impactes com a implementação do projecto.
Impactes Probabilidade Duração do Natureza do Classificação Medidas de Mitigação Responsabilidades
Ambientais e de Ocorrência Impacte Impacte do Impacte
Sociais do Impacte Positivo (+)
Negativo (-)
Recursos Remota para Pouco - Insignificante  Realizar sempre a manutenção de equipamentos e maquinaria Encarregado
Hídricos e Solo os Recursos Tempo em locais apropriados e impermeabilizados. Os resíduos Técnico de
Hídricos e resultantes desse processo devem ser devidamente Ambiente, Saúde e
Certa para o armazenados e encaminhados para um destino final Segurança
Solo ambientalmente adequado.
 Desenvolver um Plano de Resposta de Emergência incluindo as
técnicas de recuperação de solos contaminados.
 A zona afectada por derrame acidental (porção de solo) deverá
ser acondicionada em kits de contenção de derrames e ser
encaminhados para um destino final ambientalmente
adequado.
 Impermeabilizar conforme legislação os recintos de
armazenamento e abastecimento de combustíveis e zonas de
geradores e construir bacias de decantação para conter
possíveis derrames acidentais de combustíveis e lubrificantes.
Qualidade do Baixa Muito Pouco - Insignificante  Divulgar o programa de execução da obra à população residente Adjunto Director
Ar Tempo na área envolvente do projecto. A informação disponibilizada de Obra
deve incluir o objectivo, a natureza, a localização da obra, as Técnico de
principais acções a realizar, respectiva calendarização e Ambiente, Saúde e
eventuais afectações à população, designadamente a afectação Segurança
das acessibilidades;
 Realizar acções de formação e de sensibilização ambiental para
os trabalhadores e encarregados envolvidos na execução das
obras, relativamente às acções susceptíveis de causarem
impactes ambientais e às medidas de minimização a
implementar, designadamente normas e cuidados a ter no
decorrer dos trabalhos de construção;

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Impactes Probabilidade Duração do Natureza do Classificação Medidas de Mitigação Responsabilidades
Ambientais e de Ocorrência Impacte Impacte do Impacte
Sociais do Impacte Positivo (+)
Negativo (-)
 Implementar medidas apropriadas de supressão de poeira
durante os períodos secos como por exemplo usar aspersão
regular e controlada de água para molhar o solo de modo a
evitar/reduzir a criação de poeiras;
 Assegurar que as máquinas e camiões sejam mantidos em boa
condição de funcionamento;
 Assegurar que o transporte de terras seja efectuado usando
coberturas para reduzir a emissão de partículas;
 Limitar a velocidade de circulação das viaturas;
 Limpar regularmente os rodados dos veículos e dos acessos da
área afecta à obra, de forma a evitar a acumulação e
ressuspensão de poeiras, quer por acção do vento, quer por
acção da circulação de veículos e de equipamento de obra;
 Utilização de EPI’s pelos trabalhadores.
Ambiente Baixa Muito Pouco - Insignificante  Manter em bom estado de funcionamento a maquinaria afecta Encarregado
Sonoro Tempo a obra (incluindo a sua manutenção de acordo com as Técnico de
respectivas especificações técnicas e intensidade de uso). Ambiente, Saúde e
 Utilizar geradores isolados acusticamente ou fonte renováveis Segurança
de energia, como alternativa, como alternativa à electricidade
para equipamentos energeticamente mais eficientes.
 Actividades que possam produzir ruídos de maior intensidade
deverão ser efectuadas durante o período diurno.
Geração de Baixa Pouco - Insignificante  Certificar o Plano de Gestão de Resíduos na Agência Nacional de Técnico de
Resíduo Tempo Resíduos e cumprir com as orientações do mesmo. Ambiente, Saúde e
Segurança
 Seleccionar um local adequado para a deposição dos resíduos de
demolição e construção e também os resultantes da operação.
Estes deverão ser geridos adequadamente e de acordo a

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Impactes Probabilidade Duração do Natureza do Classificação Medidas de Mitigação Responsabilidades
Ambientais e de Ocorrência Impacte Impacte do Impacte
Sociais do Impacte Positivo (+)
Negativo (-)
legislação nacional nomeadamente Decreto Presidencial n.º
17/13 sobre os Resíduos de Construção e Demolição e Decreto
Presidencial n.º 190/12) sobre o Regulamento de Gestão de
Resíduos.
 Promover o encaminhamento dos RCD produzidos para um
operador de gestão licenciado pela Agência Nacional de
Resíduos;
 Fazer o registo de dados de RCD com indicação do responsável e
data;
 Adoptar procedimentos que minimizem a produção de RCD;
 Promover a valorização e utilização em obra, sempre que
possível, dos resíduos produzidos;
 Identificar juntamente com a administração local, locais
ambientalmente adequados para a deposição dos resíduos e
efluentes durante a fase de construção.
Saúde e Média Pouco - Reduzido  Agendar o transporte de trabalhadores e materiais de Encarregado
Segurança dos Tempo construção de e para o local da obra, de modo a não coincidir Técnico Saúde e
Trabalhadores com as horas de ponta, sempre que possível; Segurança
e Comunidade  Assegurar que todos os motoristas e veículos cumpram as
normas de segurança e ainda que os veículos estejam munidos
de equipamento de segurança apropriado;
 Todos os motoristas deverão ser treinados sobre condução
defensiva.
 Certificar que os motoristas observam o código da estrada.

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Impactes Probabilidade Duração do Natureza do Classificação Medidas de Mitigação Responsabilidades
Ambientais e de Ocorrência Impacte Impacte do Impacte
Sociais do Impacte Positivo (+)
Negativo (-)
 Sinalizar e vedar adequadamente as zonas de estaleiro e de
acesso às obras.
 Todos os motoristas deverão dispor de meios de comunicação
(rádio ou telefone. celular) para poder comunicar
imediatamente qualquer acidente ou anomalia da viatura.
 Desenvolver e implementar um plano de saúde e segurança no
trabalho.
 O estaleiro deverá ser suficientemente organizado para garantir
que os produtos inflamáveis sejam armazenados em local
separado de fontes de ignição e materiais oxidantes.
 No estaleiro, deverão ser claramente definidas e identificadas
áreas separadas para movimentação de peões e
máquinas/viaturas.
 Deverá ser estabelecido um seguro de saúde para todos os
trabalhadores para doenças gerais, incluindo aquelas
decorrentes de acidentes de trabalho.
 Todos os trabalhadores deverão receber uma indução antes do
início dos trabalhos, onde se deverá explicar os riscos inerentes
a cada actividade, os procedimentos de prevenção, o EPI
obrigatório e EPC disponível. Este procedimento deve ser
repetido para cada trabalhador novo.
 Realizar acções de sensibilização dos trabalhadores sobre os
riscos de picada de insectos e animais peçonhentos, incluindo
sobre as medidas de prevenção, e o que fazer e não fazer se for
picado por insecto ou animal peçonhento (ver PSS).
 Disponibilização de meios de prevenção da malária, repelentes
e redes mosquiteiras, por exemplo.
 Deverão ser realizadas campanhas de consciencialização dos
trabalhadores sobre as formas de transmissão das Doenças de

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Impactes Probabilidade Duração do Natureza do Classificação Medidas de Mitigação Responsabilidades
Ambientais e de Ocorrência Impacte Impacte do Impacte
Sociais do Impacte Positivo (+)
Negativo (-)
Transmissão Sexual (DTS) e do HIV/SIDA, incluindo
comportamentos de risco.
 Deverão ser providenciados preservativos gratuitos para os
trabalhadores, e colocados em locais acessíveis para todos
Criação de Certo Pouco + Reduzido  Sempre que possível, tendo em conta as necessidades da obra e Adjunto Director
Oportunidades Tempo a qualificação da mão-de-obra, dar preferência à população local de Obra
de Emprego e da envolvente em termos de emprego, com vista à redução
dos níveis de desemprego local.
 Elaborar e implementar um plano de comunicação para o
projecto.
 Deverá ser promovido o recrutamento de mão-de-obra
feminina, tanto para trabalhos especializados assim como os
não-especializados.
 Os requisitos de contratação devem ser claros, devidamente
publicitados antes do início do processo de recrutamento e
respeitados pelo empreiteiro.
 Deve ser dado o máximo possível de formação às pessoas locais
para desempenharem tarefas semi-especializadas, de forma a
reduzir o número de trabalhadores expatriados.
 Caso haja expectativas locais de emprego que não possam ser
satisfeitas pelo projecto, a disponibilidade limitada de lugares
deve ser dada a conhecer às partes interessadas através das
autoridades locais.
 No fim do contrato de trabalho, cada trabalhador deverá
receber certificado e/ou cartas de recomendação para todos os
trabalhadores e prestadores de serviços envolvidos no projecto,
para os apoiar em futura procura de emprego.

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Impactes Probabilidade Duração do Natureza do Classificação Medidas de Mitigação Responsabilidades
Ambientais e de Ocorrência Impacte Impacte do Impacte
Sociais do Impacte Positivo (+)
Negativo (-)
Transferência Certo Pouco + Reduzido  Ministrar a formação necessária ao pessoal de operação, Técnico de
de Tempo seguindo um programa específico de transferência de Ambiente, Saúde e
Conhecimento conhecimento. Segurança
para Mão-de-  Dever ser criado um mecanismo para que os trabalhadores mais
Obra Local experientes possam trabalhar junto com outros menos
experientes/qualificados, para permitir a transferência de
conhecimento.
Estímulo a Média Pouco + Reduzido  Maximizar o emprego de trabalhadores locais (angolanos) para
Economia Tempo preencher vagas caso haja candidatos com as competências
Director de Obra
Local apropriadas.
Especialista Social
 Sempre que possível privilegiar a aquisição de bens e serviços no
mercado local.
Risco de Baixa Pouco - Insignificante  Cada trabalhador deverá assinar um Código de Conduta (CoC)
Violência Tempo individual e específico que contêm obrigações para evitar
Baseada no violência baseada no género (VBG) e violência contra criança Especialista Social
Género (VCC). O CoC deve incluir penalidades a serem aplicadas em
caso de desvios ao previsto.
Melhoria das Certo Permanente + Reduzido  Assegurar que a rede e ligações domiciliárias de água abranjam
Condições de as famílias desfavorecidas.
Vida e Bem  Assegurar que a rede e ligações domiciliárias de água abranjam Especialista Social
Estar das as áreas onde as condições de saneamento actuais não são Director de Obra
Famílias adequadas, para contribuir para a redução das doenças
Beneficiárias derivadas das condições de saneamento.

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5. Programas de Gestão Ambiental e Social

Esta secção contém os programas e as acções consideradas adequadas para minimizar os impactes
negativos do projecto, e potencialização dos positivos.

5.1 Programa de Gestão da Qualidade do Ar

O programa de Gestão da Qualidade do Ar (ver Tabela 13) foi criado com a intenção de orientar as acções
de controlo a serem desenvolvidas para minimizar as emissões de poluentes, com maior foco no material
particulado, que é o principal poluente potencialmente emitido pelas actividades do projecto.

Tabela 13: Acções de gestão da qualidade do ar.


Cronograma de
Acção Descrição Responsável
Implementação
- As superfícies não pavimentadas com movimentos frequentes
de veículos (como estradas de acesso às frentes de obra e Diariamente
dentro do estaleiro, etc.) deverão ser humedecidas (e.g., (sempre que
Prevenir a através de um camião aspersor), em particular durante necessário)
emissão de pó a períodos secos e ventosos, de modo a minimizar a emissão de
poeiras resultantes da movimentação de veículos; Encarregado
partir de áreas
expostas - Definição de limites de velocidade de veículos nas vias de No início da obra
tráfego temporário de material granular deverão ser (e controlo
regularmente aspergidas com água, para minimizar a emissão regular)
de poeiras;
- A pavimentação de uma via de tráfego, por si só, consiste em
uma medida de controlo de emissão. Todavia, para que a
Pavimentação
pavimentação da via seja considerada como um controlo de
de vias de
emissão de material particulado, a superfície da mesma deverá Fase de
acesso de Encarregado
ser mantida livre de material particulado depositado. Assim, Construção
veículos leves
para a garantia de redução das emissões de partículas em vias
em Obra
pavimentadas é necessário que a superfície seja mantida livre
de partículas depositadas.
Definição de Técnico de
- O empreiteiro deve estabelecer um limite de velocidade para
limites de Saúde e No início da obra
cada trecho das vias não pavimentadas, realizado por meio de
velocidade de (e controlo
sinalização específica, auxiliando no controlo das emissões de Segurança
veículos nas vias regular)
material particulado das vias de tráfego não pavimentadas;
de tráfego
Manutenção - A manutenção dos motores propicia a redução dos níveis de Regularmente,
dos caminhões emissão de gases e partículas (fumaça preta) pelos motores Responsável de considerando
e equipamentos
de combustão interna dos veículos e máquinas móveis das Equipamentos quilometragem
dotados de
minas. específica
motores diesel

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Tabela 14: Parâmetros de monitorização de deposição de partículas.
Concentração
Categoria de Deposição Comentário
(mg/m2/dia)
Ligeiro < 250 Não facilmente visível a olho nu
Moderado 250 – 500 -
Elevado 500 – 1000 Observa-se uma fina camada de partículas nas superfícies expostas
Observação fácil de uma camada espessa de partículas nas superfícies
Muito elevado > 1200
expostas, se estas não forem limpas por vários dias.
Fonte: South African Department of Environmental Affairs and Tourism-DEAT (2005)

Deverá ser efectuada diariamente a classificação da categoria de deposição de poeiras, de acordo com os
parâmetros apresentados na Tabela 14. Esta classificação deverá ser registada numa folha de registo
(Anexo 11) própria que incluirá a seguinte informação: data, classificação da categoria de deposição de
poeiras, principais actividades efectuadas nesse dia que possam contribuir para a emissão de particulado.

5.2 Programa de Gestão de Resíduos

O Programa de Gestão de Resíduos irá garantir que a geração, colecta, transporte e disposição final dos
resíduos inerentes às actividades sejam realizados de forma controlada, por meio de procedimentos
operacionais definidos, tendo como prioridade reduzir o volume total de resíduos que requerem
disposição final, aumentar a eficiência da recuperação, reuso e reciclagem de resíduos, além de minimizar
os impactes ambientais, por meio de tratamento e disposição final adequados. O Plano de Gestão de
Resíduos deverá considerar as directrizes e procedimentos definidos no Capítulo 9 deste Plano.

Tabela 15: Acções de gestão de resíduos.

Cronograma de
Acção Descrição Responsável
Implementação
Fase de
Inventariar os - Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos Técnico de
Construção e
resíduos gerados. Ambiente
Operação
Promover a
segregação
dos resíduos
em função das
características - A segregação adequada dos resíduos gerados pela Fase de
Técnico de
e operação do Projecto, Colecta, Controlo, Transporte e Construção e
Ambiente
Disposição Temporária e Final de Resíduos. Operação
destinação a
ser adoptada
(colecta
selectiva)

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5.3 Programa de Gestão de Ruído e Vibração

O Programa de Gestão de Ruído e Vibração irá considerar as fontes de emissão (área operacional), as
fontes receptoras (áreas residenciais), bem como outras actividades realizadas na área de influência
directa do Projecto. Esse monitoramento do programa deve ser periódico, de modo a permitir o
acompanhamento das mudanças que ocorrem ao longo do tempo, tais como ampliações da área
operacional e modificações de rotinas de actividades, assim como, a própria evolução da ocupação da área
do entorno, que pode alterar as condições e as características das fontes receptoras.

Tabela 16: Acções de gestão de ruido e vibração

Cronograma de
Acção Descrição Responsável
Implementação
Reduzir as emissões
de ruídos e vibrações
produzidos pelas
actividades da obra e Regularmente,
Responsável
minimizar seu - Manutenção adequada de veículos, máquinas e considerando
de
impacto nas equipamentos. quilometragem
Equipamentos
comunidades específica
directamente
afectadas e aos
trabalhadores
- Deverá ser adoptado a obrigatoriedade do uso de
EPIs (Equipamentos de Protecção Individual).
Fiscalizar e monitorar - Durante as fases de construção e operação do Técnico de
Fase de
a emissão de ruídos e projecto os níveis de pressão sonora deverão ser Saúde e
Construção
vibrações monitorados como forma de aferir a eficácia das Segurança
acções de controlo adoptadas e possibilitar a
correcção, em caso de não conformidades.

5.4 Programa de Formação dos Trabalhadores e Sensibilização da


Comunidade

O Programa de Formação consiste na proposta de acções de formação em várias temáticas destinadas aos
trabalhadores abrangidos pelo projecto. Este programa irá assegurar as necessidades básicas de formação
e informação dos trabalhadores, tendo sempre em conta as funções que desempenham e os postos de
trabalho que os mesmos ocupam. Para tal, serão identificadas as necessidades de formação dos
colaboradores na área da conscientização ambiental, partindo-se para a elaboração do plano de formação,
o qual será posto em prática no início e ao longo da obra, através de acções de formação interna e externa.

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Será dado conhecimento a todos os colaboradores envolvidos, da Identificação e Avaliação dos Aspectos
e Impactes Ambientais da empreitada, bem como dos modos de gestão associados. Este programa através
de acções adequadas proporcionará condições viradas para a formação específica de trabalhadores,
promoverá acções de sensibilização para a generalidade dos trabalhadores, calendarizará reuniões
periódicas por grupos de trabalhadores, entre outras.

Estes treinamentos deverão ser iniciados com uma breve avaliação crítica dos aspectos ambientais e
sociais associados à execução das actividades, discutindo os métodos e processos realizados e a realizar,
de modo a envolver os participantes e a comunidade na definição das acções de correcção e/ou de
melhoramento que deverão ser realizadas.

Tabela 17: Temas e Conteúdos Programáticos para a Formação dos Trabalhadores.


COD. Tema Público-alvo Fase do
Responsável
Projecto
P1 Regras gerais e procedimentos de meio ambiente, Técnico de
segurança no trabalho e saúde, individual e Trabalhadores Construção Ambiente Saúde e
colectiva. Segurança
P2 Uso correcto de EPIs (Equipamentos de Protecção
Técnico de Saúde e
Individual) e de EPCs (Equipamentos de Protecção Trabalhadores Construção
Segurança
Colectiva).
P2 Responsabilidades individuais sobre a sua própria
integridade e sobre as colectividades internas Trabalhadores
Construção Especialista Social
(colegas) e externas (público vizinho) ao e Comunidade
empreendimento.
P4 Reacções em caso de emergência; Trabalhadores Construção
Técnico de Saúde e
Segurança
P5 Aspectos de saúde e higiene que deverão ser Técnico de Saúde e
Trabalhadores Construção
considerados dentro do estaleiro Segurança
P6 Procedimentos de escavação segura Trabalhadores Construção
Técnico de Saúde e
Segurança
P7 Prevenção em doenças Trabalhadores Construção
Técnico de Saúde e
Segurança
P8 Prevenção da Violência Baseada no Género Trabalhadores Construção Especialista Social
P9 Gestão de resíduos Técnico de
Trabalhadores Construção Ambiente, Saúde e
Segurança
P10 Identificação e prevenção de riscos ambientais Trabalhadores Construção
Técnico de
Ambiente

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5.5 Programa de Gestão da COVID-19

A pandemia da COVID-19 representa um desafio sem precedentes na implementação de várias


actividades, e a execução das acções previstas neste projecto deverá se adaptar às circunstâncias para
evitar e minimizar o potencial contágio e propagação da COVID-19, entre os trabalhadores e suas famílias.
Dada a relativa complexidade das actividades e o facto de envolverem um número significativo de
trabalhadores, o potencial de disseminação de doenças infecciosas é extremamente sério, bem como as
consequências dessa disseminação.

Este programa de gestão pretende reforçar as orientações já divulgadas pelos órgãos governamentais
sobre as medidas de prevenção da COVID-19. Portanto, apresentam-se aqui as medidas de mitigação que
devem ser implementadas para evitar ou minimizar a chance de infecção e planear o que fazer se os
trabalhadores do projecto forem infectados ou se as equipas de trabalho incluírem trabalhadores de
comunidades próximas que eventualmente possam estar afectadas pela COVID-19.

A tabela 18 a seguir, mostra as principais acções de gestão da COVID-19 que devem ser seguidas durante
a fase de projecto como na fase de obra.

Tabela 18: Programa de Gestão da COVID-19 (Adaptado com base nas “Orientações Provisórias sobre a
COVID-19, Versão 1: 7 de Abril de 2020, Banco Mundial”)
Cronograma
Actividades/Acções de Mitigação Se Responsável Alvo
Imediato Diário Contínua
Necessário
1.Avaliação das Características dos Trabalhadores
a) Preparar o perfil detalhado dos Adjunto
trabalhadores (duração dos contratos, Director de
escalas de trabalho, trabalhadores que   Obra Trabalhadores
moram no estaleiro e/ou em suas
Eurico
casas na comunidade local).
Ventura
b) Identificar os trabalhadores com maior Técnico
risco de contrair a COVID-19 (com Saúde e
problemas de saúde subjacentes ou   Segurança Trabalhadores
que possam estar em risco).
Augusta
Lialunga
c) Estabelecer medidas para assegurar Encarregado Trabalhadores
que os trabalhadores que moram no
  Daniel e
estaleiro minimizem o contacto com as
Martinho comunidades
pessoas próximas ao estaleiro, e

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Cronograma
Actividades/Acções de Mitigação Se Responsável Alvo
Imediato Diário Contínua
Necessário
quando necessário, proibir que estes
saiam do estaleiro durante a vigência
dos seus contratos (a não ser para ir as
frentes de obra), para evitar contacto
com as comunidades locais.
d) Os trabalhadores que moram em suas Técnico
casas (na comunidade local), devem Saúde e
passar por uma triagem de saúde na  Segurança Trabalhadores
entrada do local de trabalho (estaleiro
Augusta
ou frente de obra).
Lialunga
2.Entrada e Saída no Local de Trabalho (Estaleiro e frentes de obra)
a) Criar um sistema de controle de Adjunto
entrada e saída do local de trabalho Director de
(estaleiro e frentes de obra), proteger Obra Eurico Trabalhadores
o perímetro do estaleiro e frentes de   Ventura e
e visitantes
obra. A entrada e saída no local de Encarregado
trabalho deve ser documentada. Daniel
Martinho
b) Estabelecer e treinar uma equipe
Encarregado
específica para controlar a entrada e
Daniel
saída no local de trabalho, fornecendo
Martinho e
os recursos necessários para Trabalhadores
Técnico
documentar a entrada dos  
Saúde e e visitantes
trabalhadores, incluindo a aferição da
Segurança
temperatura corporal e registar
Augusta
detalhes de qualquer trabalhador cuja
Lialunga
entrada tenha sido negada.
c) Dar instruções diárias aos
trabalhadores antes do início do
trabalho, com foco em considerações
específicas sobre a COVID-19, Encarregado
incluindo como tossir e higienizar as Daniel
mãos e medidas de distanciamento, Martinho e
com demonstrações e métodos Técnico
  Trabalhadores
participativos. Lembrar os Saúde e
trabalhadores sobre principais Segurança
sintomas da COVID-19 (febre, tosse, Augusta
dores de cabeça) e da necessidade de Lialunga
comunicar o supervisor ou ponto focal
de COVID-19 caso desenvolvam
sintomas ou se sintam mal.
d) Impedir que trabalhadores de áreas Encarregado
afectadas ou que tenham entrado em Daniel
contacto com pessoas infectadas Martinho e Trabalhadores
 
retornem ao local de trabalho por 14 Técnico e famílias
dias, ou (se isso não for possível) isolá- Saúde e
los por 14 dias. Segurança

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Cronograma
Actividades/Acções de Mitigação Se Responsável Alvo
Imediato Diário Contínua
Necessário
Augusta
Lialunga

e) Impedir a entrada de trabalhadores Encarregado


doentes no local de trabalho, Daniel
encaminhando-os para os serviços de Martinho e
saúde locais, se necessário, ou Técnico Trabalhadores
 
determinando que se isolem em casa Saúde e e família
por 14 dias. Segurança
Augusta
Lialunga
3.Medidas de Higiene
a) Estabelecer medidas de higiene geral e Técnico
comunicá-las a todos os trabalhadores Saúde e
e monitorar a sua aplicação. Trabalhadores
   Segurança
e visitantes
Augusta
Lialunga
b) Capacitar os trabalhadores sobre os Encarregado
sinais e sintomas da COVID-19, como Daniel
ela se espalha, como se proteger Martinho e
(incluindo a lavagem frequente das Técnico
  Trabalhadores
mãos e o distanciamento social) e o Saúde e
que fazer se eles ou outras pessoas Segurança
apresentarem sintomas. Augusta
Lialunga
c) Garantir a existência de locais para
lavar as mãos com sabão, toalhas de
papel descartáveis e caixas de lixo
Encarregado
fechadas, em locais estratégicos do
Daniel
estaleiro e nas frentes de obra,
Martinho e
inclusive nas entradas e saídas; nos Trabalhadores
Técnico
banheiros, refeitório; nos dormitórios;  
Saúde e e visitantes
nos locais de acondicionamento de
Segurança
resíduos sólidos no estaleiro; e em
Augusta
todos os espaços comuns. Também
Lialunga
pode ser usado desinfectante à base
de álcool (se disponível, álcool 60-
95%).
4.Limpeza e Destino de Resíduos
a) Assegurar limpeza regular e completa
de todas as instalações do estaleiro,
incluindo salas comuns, escritórios, Técnico
dormitório, refeitório, banheiros, etc. Saúde e Trabalhadores
Rever os procedimentos de limpeza   Segurança e , Equipas de
relativos aos principais equipamentos Augusta limpeza
de construção, principalmente aqueles Lialunga
que são operados por vários
trabalhadores.

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Cronograma
Actividades/Acções de Mitigação Se Responsável Alvo
Imediato Diário Contínua
Necessário
b) Treinar a equipe de limpeza sobre Técnico
como usar os EPIs com segurança, Saúde e Trabalhadores
incluindo sobre os procedimentos de
  Segurança e , Equipas de
limpeza adequados e a frequência
Augusta limpeza
necessária em áreas de uso frequente
ou de alto risco. Lialunga
c) Fornecer desinfectantes, Encarregado
equipamentos e materiais de limpeza Daniel
adequados às equipes de limpeza. Martinho e Trabalhadores
Técnico
 e , Equipas de
Saúde e
limpeza
Segurança
Augusta
Lialunga
d) Quando as equipas de limpeza tiverem
que trabalhar em áreas com suspeita Técnico
de contaminação pela COVID-19, Saúde e Trabalhadores
fornecer EPIs adequados: avental,  Segurança e, Equipas de
luvas, máscaras faciais, óculos ou Augusta limpeza
escudos faciais, botas ou sapatos Lialunga
fechados.
e) Quaisquer resíduos médicos
produzidos no atendimento de Técnico
trabalhadores doentes devem ser Saúde e
colectados com segurança em bolsas
 Segurança Trabalhadores
ou recipientes identificados e devem
Augusta
ser tratados e descartados de acordo
com os procedimentos aplicáveis Lialunga
(nacionais ou da OMS).
5.Ajustamento das Práticas de Trabalho
a) O horário de trabalho deverá ser Adjunto
revisto para atender a necessidade de Director de
redução ou minimização do contacto  Obra Trabalhadores
entre trabalhadores.
Eurico
Ventura
b) Reduzir o tamanho das equipes de Adjunto
trabalho. Director de
 Obra Trabalhadores
Eurico
Ventura
c) Limitar o número de trabalhadores Encarregado
presentes simultaneamente no local
 Daniel Trabalhadores
de trabalho (estaleiro e frentes de
Martinho
obra).
d) Adaptar as actividades e tarefas Encarregado
específicas da obra, a fim de  Daniel Trabalhadores
possibilitar o distanciamento social, Martinho e

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Cronograma
Actividades/Acções de Mitigação Se Responsável Alvo
Imediato Diário Contínua
Necessário
além de capacitar os trabalhadores Técnico
para esse efeito. Saúde e
Segurança
Augusta
Lialunga
e) Considerar a possibilidade de alterar a Encarregado
configuração do refeitório e reduzir o Daniel
tempo das refeições para possibilitar o Martinho e
distanciamento social e limitar e/ou Técnico
 Trabalhadores
restringir temporariamente o acesso a Saúde e
possíveis áreas de lazer. Segurança
Augusta
Lialunga
6.Serviços Médicos e de Primeiros Socorros
a) Treinar a equipe de primeiros socorros
já estabelecida, para incluir Técnico
orientações específicas da OMS e Saúde e Equipa de 1º
Ministério da Saúde, sobre a COVID-  Segurança
socorro
19. As autoridades de saúde locais Augusta
podem providenciar apoio se Lialunga
necessário.
b) Reforçar constantemente o estoque Técnico
dos componentes do kit de primeiros Saúde e
socorros, incluindo EPIs. Equipa de 1º
 Segurança
socorro
Augusta
Lialunga
c) Se um trabalhador estiver muito Encarregado
doente e não conseguir respirar e
adequadamente por conta própria,  Técnico Trabalhadores
deve ser encaminhado imediatamente Saúde e
ao hospital local. Segurança
7.Lidar com um Trabalhador Infectado
a) Se um trabalhador apresentar Encarregado
sintomas de COVID-19 (por exemplo, Daniel
febre, tosse seca, fadiga), ele deve ser Martinho e
retirado imediatamente das Técnico
 Trabalhadores
actividades e transportado para as Saúde e
unidades locais de saúde para fazer o Segurança
teste. Augusta
Lialunga
b) Se o teste der positivo para COVID-19, Encarregado
o trabalhador deverá permanecer Daniel
isolado. O isolamento pode ser no local Martinho e
de trabalho (estaleiro, no caso em que Técnico Trabalhadores

ele mora lá) ou em casa própria. Se for Saúde e e famílias
em casa própria, o trabalhador deve Segurança
ser levado para casa em transporte Augusta
fornecido pelo projecto. Lialunga

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Cronograma
Actividades/Acções de Mitigação Se Responsável Alvo
Imediato Diário Contínua
Necessário
c) Uma limpeza rigorosa, com
desinfectantes com alto teor de álcool,
deve ser feita na área em que o Técnico
trabalhador infectado esteve presente Saúde e Equipas de
antes de qualquer outro trabalho ser  Segurança
limpeza
realizado nesse local. As ferramentas Augusta
utilizadas pelo trabalhador devem ser Lialunga
limpas com desinfectante e seus EPIs
devem ser descartados.
d) Os colegas do trabalhador infectado
(ou seja, trabalhadores que estiveram Adjunto
em contacto próximo com o Director de
trabalhador infectado) devem  Obra Trabalhadores
interromper o trabalho e se submeter Eurico
a 14 dias de quarentena, mesmo que Ventura
não apresentem sintomas.
e) A família e outros contactos próximos Adjunto
do trabalhador infectado também Director de
Trabalhadores
devem ficar em quarentena por 14  Obra
dias, mesmo que não apresentem e famílias
Eurico
sintomas.
Ventura
f) Se for confirmado algum caso de Adjunto
COVID-19 entre os trabalhadores no Director de
local (estaleiro), visitantes devem ser Obra
impedidos de entrar no local e os
Eurico
grupos de trabalhadores devem ser Trabalhadores
 Ventura e
isolados uns dos outros o máximo e visitantes
Técnico
possível.
Saúde e
Segurança
Augusta
Lialunga
g) Os trabalhadores devem continuar a Adjunto
ser remunerados durante os períodos Director de
de doença, isolamento ou quarentena,
 Obra Trabalhadores
ou se forem obrigados a interromper o
Eurico
trabalho, de acordo com a legislação
nacional. Ventura
h) Os serviços médicos (no estaleiro, em Adjunto
hospital ou clínica) prestados ao Director de
trabalhador devem ser pagos pelo  Obra Trabalhadores
empregador.
Eurico
Ventura

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6. Procedimentos Operacionais e Monitorização

Os métodos e processos devem evidenciar o cumprimento das boas práticas ambientais e deverão indicar
claramente:
 Localização das frentes de trabalho e Estaleiro;
 Materiais, equipamentos e necessidades de pessoal;
 Transportes dos materiais e/ou equipamentos para dentro do local, que incluem vias de acesso e
vias de circulação rodoviária;
 As disposições de armazenagem dos materiais e/ou equipamentos.

Procedimentos de emergência:
 O processo de construção cumpre especificações ambientais relevantes.
 Outras informações consideradas necessárias pela RE.
 Os procedimentos e métodos necessários para determinadas actividades podem ser simplificados
e seu conteúdo serão acordados entre o Empreiteiro e o RE.
 Os procedimentos e métodos construtivos são apresentados pelo menos dez (10) dias úteis antes
do início de trabalho proposto em um componente para dar tempo ao RE e permitir estudar e
aprovar.
 Qualquer outro método, prazo de apresentação de Declaração será decidido pelo RE.
 Não se iniciará o trabalho em qualquer das componentes do Projecto ou qualquer actividade até
que os processos e métodos sejam aprovados por escrito pelo RE e consultor.
 Todas as actividades são desenvolvidas de acordo com o método aprovado.

Sob certas circunstâncias, o RE pode exigir alterações de métodos aprovados. Em tais casos, as alterações
propostas devem ser acordadas por escrito entre o contratado e o RE e registos mantidos. As alterações
aprovadas devem estar prontamente disponíveis e devem ser comunicadas a todos os funcionários
envolvidos no Projecto.

6.1 Geral

 Será realizado o controlo das poeiras das suas operações e actividades.

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 As medidas de controlo incluirão regular pulverização das áreas trabalho expostas com água. A
quantidade de água aplicada será controlada de modo a não originar escoamento e ou erosão
 A frequência de pulverização será aprovada pelo RE.
 A remoção da vegetação será evitada sempre que possível. As superfícies expostas serão
replantadas ou estabilizadas assim que possível.
 A escavação, movimentação e transporte de materiais erodíveis serão evitadas sob condições de
vento forte.
 Os materiais que possam desagregar-se e todos os resíduos serão obrigatoriamente transportados
em veículos com a carga coberta;
 Haverá um sistema de controlo de emissões, no caso da existência de centrais de betão;
 Será optimizada a circulação de veículos (ex. escolha dos menores percursos), e de maquinaria de
apoio à obra;

Quaisquer reclamações recebidas em relação a poeira pelo TSE serão registadas e comunicadas ao RE.

6.1.1 Afectação de Serviços e Infra-Estruturas

Todos os serviços e infra-estruturas existentes (por exemplo, estradas, linhas de transporte de


electricidade, equipamentos de armazenamento de resíduos e serviços de telefone) não podem ser
afectados ou interrompidos, a menos que exigido pelo contrato e com a permissão do RE. A sua reposição
deve ser o mais breve possível. É da responsabilidade do Empreiteiro conhecer previamente os serviços e
infra-estruturas e sua localização que possam vir a ser afectados pelos trabalhos de construção.

O RE pode exigir um Método de Declaração para algumas obras que implica a interrupção de um serviço
ou infra-estrutura pública ou privada.

6.1.2 Áreas de Trabalho e áreas Interditadas

Os locais de trabalho serão divididos em áreas de trabalho e áreas interditadas e serão marcados para
cada local. Os locais de trabalho são aquelas áreas requeridas para as obras e aprovadas pelo RE. As áreas
interditas são geralmente áreas fora das áreas designadas de trabalho, e pode incluir, mas não se limitam
a:
 Serviços existentes e infra-estruturas essenciais (caminhos de ferro, estradas, pontes, redes de

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esgoto, postes de transporte de energia e de iluminação nocturna, etc.);
 Habitações ocupadas e não ocupadas (mesmo em construção);
 Os locais de sepultura (cemitérios);
 Árvores grandes dimensões (> 200 mm de diâmetro);
 Linhas de água ou massas de água;
 Perímetros envolvente a captações de água;
 Locais histórico-culturais da cidade do Kuito.

6.1.3 Controlo do Ruído

As actividades de construção, sempre que possível serão limitadas a horas normais de trabalho. A TSE
cumprirá todas os requisitos previstos na legislação angolana específica e padrões internacionais,
incluindo do Banco Mundial. Em Angola não existe nenhuma orientação para os níveis de ruído durante a
fase de construção ou operação de uma obra. No entanto, as linhas de orientação da IFC/Grupo do Banco
Mundial (Abril, 2007) sobre o Ambiente, Saúde e Segurança (ASS) fornecem critérios e orientações que
têm vindo a ser adoptadas e são descritas de seguida. As linhas de orientação IFC/Grupo do Banco Mundial
sobre ASS fornecem critérios para os níveis de ruído que foram adoptados para este projecto. Os critérios
estabelecem o seguinte:
“O impacto sonoro não deve exceder os níveis apresentados na Tabela 1.7.1 da IFC/Grupo
do Banco Mundial (2007:53), ou resultar num aumento máximo dos níveis de fundo de 3
dB nos receptores mais próximos fora do local.”

A Tabela 19 apresenta as linhas de orientação da IFC sobre os níveis de ruido.

Tabela 19: Níveis de Ruído segundo as Linhas de Orientação da IFC/Grupo do Banco Mundial sobre
ASS.

Níveis de Ruído Estabelecidos – 1 hora LAeq, dB(A)

Receptor Diurno Nocturno

07:00 – 22:00 22:00 – 07:00

Zonas residenciais,
55 45
industrial e educacional

Industrial 70 70

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Os procedimentos para o controlo do ruído são:
 Efectuar o estudo para a caracterização de referência e medições: medições de curta duração (15
minutos) com operador no período diurno, incluindo a caracterização das fontes emissoras
audíveis, como fontes industriais próximas, tráfego rodoviário e sons naturais;
 Prever a contribuição de ruído junto dos receptores sensíveis (residências, creches, escolas,
hospitais, centros de saúde ou parques, locais de culto, etc.) em resultado da preparação
exploratória e operação do projecto;
 Notificar os receptores sensíveis com 5 dias de antecedência;
 Determinar que as medidas de controlo de impactes do ruído para garantam que o projecto
satisfaça os critérios e normas internacionais de ruído.

6.1.4 Controlo de Tráfego Rodoviário

Nos termos da legislação em vigor devem adoptar-se as medidas para garantir as condições de acesso,
deslocação e circulação necessárias à segurança de todos os trabalhadores no Estaleiro, incluindo os
elementos da Fiscalização, eventuais visitantes e transeuntes nas imediações do Estaleiro, tendo em conta
a natureza, características, dimensão e localização deste.

Conjuntamente com o Projecto do Estaleiro, a TSE preparou o Plano de Acesso, Circulação e Sinalização
tendo em conta toda a legislação aplicável e as indicações a seguir referidas. O Plano de Acesso, Circulação
e Sinalização, que é parte do Plano de Estaleiro, identifica todas as áreas de trabalho, como os escritórios,
posto de guarda, oficina, parques de material e de equipamento, parque de estacionamento, e pré-
fabricado. O Plano considera o seguinte:

 Acessos ao Estaleiro (viaturas e pessoas);


 Medidas necessárias para que o acesso ao Estaleiro seja reservado a pessoas autorizadas, não
devendo ser permitido em caso algum o atravessamento do Estaleiro por pessoas estranhas à
obra;
 Dispositivos necessários para garantir a segurança na entrada e saída de viaturas no Estaleiro;
 Caminhos de circulação considerando a movimentação de todos os materiais e equipamentos
utilizados no Estaleiro;

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 Os caminhos de circulação de veículos pesados devem, antes de utilizados, ser regularizados e
compactados de forma a possuírem a capacidade portante necessária, sem que apresentem
deformações excessivas;
 Sinalização de todas as entradas do Estaleiro;
 Delimitação das áreas de circulação pedonal no Estaleiro através de redes de polietileno cor
laranja com o mínimo de 1 m de altura.

A sinalização do Estaleiro deve identificar:


 Zonas perigosas ou interditadas, com identificação dos perigos;
 A obrigação de uso de Equipamento de Protecção Individual (EPI), com os sinais apropriados;
 Caminhos pedonais para circulação de trabalhadores;
 Sinalização da localização dos meios de combate a incêndios;
 Localização das instalações do estaleiro de apoio.
 Localização do Ponto de Encontro.

A sinalização de zonas públicas terá de ser submetida à aprovação da Fiscalização e também à aprovação
das entidades competentes para o efeito. Deverá ser preparado um plano de sinalização específico para o
caso de intervenção na via rodoviária, definindo a sinalização necessária para garantir a segurança nos
trabalhos a realizar. Estes planos de sinalização respeitarão a regulamentação aplicável e serão sempre
sujeitos a aprovação prévia da Fiscalização, nos termos definidos no Caderno de Encargos.

Os sinais de segurança e de saúde a empregar no Estaleiro devem ser os regulamentares, devendo a TSE
privilegiar a utilização de sinais que possuam marcação do fabricante (na frente ou no verso) contendo o
nome do fabricante, o modelo e o ano de fabrico, bem como incluir no anexo abaixo referido a declaração
de conformidade desses sinais com a legislação vigente ou, caso se trate de sinais não previstos na
legislação, indicação das normas utilizadas. Essa declaração deverá ser passada pelo respectivo fabricante
e conter em anexo o catálogo desses sinais onde se identifiquem os modelos aplicados.

Nos casos gerais, os sinais devem ser colocados à altura da visão, não devendo ser colocados mais do que
(3) três sinais juntos. Na via rodoviária apresenta-se sem prejuízo a TSE, um conjunto mínimo de
sinalização de transito a adoptar:

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Figura 10: Controlo de Equipamentos de Apoio e Acessórios.

6.1.5 Acesso às Propriedades

A perturbação do acesso a propriedades será mantida um mínimo o tempo. O acesso será sempre
garantido em condições de segurança e com a autorização e presença do proprietário. Onde é inevitável
essas perturbações, as partes afectadas serão informadas com e pelo menos sete (7) dias úteis de
antecedência. Serão utilizados os seguintes procedimentos:

 Deverá ser estabelecido o contacto com os proprietários a informar que haverá a perturbação de
acesso as propriedades, através de um comunicado. Neste comunicado será colocada informação
sobre a duração prevista e o período temporal em que ocorrerá a obra.
 O proprietário deverá consentir ao acesso dos trabalhadores à sua propriedade para a execução
da obra. Este consentimento será registado num formulário de autorização.
 No caso do acesso à propriedade for impedido pela obra serão garantidos acessos alternativos,
enquanto durar a obra.
 Caso a obra em curso cause algum impacte negativo (fissura, derrube de parede/muro,
danificação de infra-estrutura, etc.) sobre o acesso à propriedade será da responsabilidade do
empreiteiro consertar.

6.1.6 Interrupção dos Serviços

A interrupção dos serviços (água, telefone, electricidade, etc.) será mantida num mínimo de tempo

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possível. As partes afectadas devem ser informadas com antecedência (anúncio de jornal, folheto) de tal
perturbação. Quaisquer reclamações serão tratadas pela direcção da obra. Serão utilizados os seguintes
procedimentos:
 Será elaborado um comunicado a informar que haverá a interrupção dos serviços (água, telefone,
electricidade, etc.).
 Nesse comunicado será colocado o tempo de duração previsto e o período temporal da
interrupção e será incluído um contacto telefónico que possa ser usado para esclarecimentos e
reclamações.
 Qualquer serviço que venha a ser interrompido acidentalmente devido à obra deverá ser
restabelecido pelo empreiteiro num prazo máximo de 48 horas.

6.1.7 Protecção do Ambiente e Recursos Naturais

Ambientes sensíveis com características naturais com valor ecológico elevado na envolvente da obra e
estaleiro serão designadas como áreas interditas e estarão sujeitas às condições descritas na Especificação
Ambiental. Deve-se ter em conta que áreas sensíveis com características naturais serão demarcadas antes
do início dos trabalhos, como por exemplo:

A. Os rios e linhas de água


 Não serão realizadas actividades nas linhas de água e/ ou quaisquer tipos de descargas não
autorizadas;
 Não será permitida a passagem a vau das linhas de águas com equipamentos ou máquinas, a
menos que não exista outra opção viável. Esta actividade carece de autorização prévia.
 Não serão desmatadas as margens das linhas de água a menos que enquadradas no projecto
de execução aprovado.

No caso de a obra causar algum impacte ao ambiente, será da responsabilidade da TSE, junto das
autoridades competentes criar mecanismos que possam atenuar/mitigar tais impactes.

6.1.8 Relações com as Comunidades

 O Empreiteiro e o RE devem estabelecer contacto com as comunidades locais em uma base


regular para mantê-los informados sobre as actividades que possam afectá-las.

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 Ligação deverá ser através de reconhecidos líderes locais.
 Caso seja necessário, a TSE instalará e manterá painéis de informação nos locais que venham
a ser definidos pelo RE.
 Placas devem incluir detalhes para contacto e recepção de reclamações do público em geral.
A informação deverá ser disponibilizada em português e umbundo.

A. Perturbação da Comunidade
 Mobilizar uma equipa de trabalho;
 Elaborar um diagnóstico básico sobre a comunidade;
 Elaborar uma proposta de zoneamento e hierarquização do sistema viário.

B. Terras Privadas e Propriedades da Comunidade


Quando as actividades de construção requerem a remoção de cercas em torno da propriedade privada ou
acesso a lares, jardins e terrenos particulares, a TSE obterá a aprovação da empresa de fiscalização. Uma
vez recebida a aprovação, avisará com 10 dias de antecedências os proprietários / ocupantes.

C. Mecanismo de Resolução de Reclamações (MRR)


O RE será responsável por informar mensalmente a UCP-WB/AFD sobre as reclamações recebidas e
solucionadas através do relatório mensal de acordo com o estabelecido no MRR (Anexo 4). Todas as
reclamações recebidas são encaminhadas ao Engenheiro Residente (o Coordenador de resolução de
queixas ao nível local) para verificação e atribuição de responsabilidades na resolução. O RE iniciará a
resolução da queixa analisando todas as informações do processo de resolução anterior, interagindo com
o ponto focal que recebeu a reclamação, e com o reclamante sempre que necessário.

O ER tem dez (10) dias úteis para responder ao reclamante, imediatamente após notificar a recepção da
queixa recebida.

6.2 Actividades de Construção


6.2.1 Conclusão da Obra

Em fase de conclusão da obra, será exigida a reabilitação ambiental de todas as áreas perturbadas pela
empreitada:

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• O Adjudicatário deve reintegrar e reabilitar todas as áreas alteradas. Estas deverão ficar com o
aspecto idêntico ou melhor que na fase anterior à execução de obra.
• O Adjudicatário deve implementar um programa de reabilitação progressiva, ou seja, uma vez que
as obras estejam concluídas em áreas particulares, a reabilitação e/ou reposição da vegetação
deve iniciar-se.
• As reabilitações dos locais da empreitada deverão conter, no mínimo as seguintes actividades:
 Remoção de materiais excedentes, de produtos de escavação e de resíduos gerados e
verificação do local.
 Remoção de todo o solo contaminado através de escavação até à profundidade de penetração
dos contaminantes e encaminhamento para local apropriado.
 Enchimento/Reposição de terra e nos locais onde teria sido removida. Sempre que possível, o
acabamento final deve ser concordante e coerente com a topografia natural da área.
 Reabilitação de todas as linhas de drenagem afectados pela construção.
 Revegetação com espécies nativas/locais.
 Erradicação de espécies invasoras que possam ter crescido durante o período de construção
 Remoção/substituição de todo o solo contaminado por hidrocarbonetos pela escavação até a
profundidade de penetração dos contaminantes e remoção para um aterro sanitário
apropriado ou local previamente autorizado pelo AA.
 O acabamento e classificação de níveis de final de todas as áreas alteradas devem ser
coerentes com a topografia natural da área, sempre que possível.
 A Reabilitação de todas as linhas de drenagem afectados pela construção com base no seu
perfil hidráulico original. Quando tal não é viável devido a limitações técnicas, o perfil deve ser
previamente acordado.
 Substituição do solo como a profundidade necessária e escarificação de acordo com o
contorno natural.
 Quando a revegetação do solo disponível é insuficiente, o método de remoção de vegetação
e estabelecimento deve ser previamente acordado com AA.
 A remoção das pilhas, baterias ou outros elementos poluidores.

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6.2.2 Encerramento do Projecto

Após a conclusão do contrato, dever-se-á encerrar o estaleiro de apoio às obras. Isso deve incluir o
seguinte:
 Eliminação de todas as estruturas remanescentes, serviços, instalações, a menos vendido ou dado
ao proprietário.
 A remoção de todos os escombros restante da construção e resíduos, para ser descartado em local
apropriado para descarte.
 Reintegração e reabilitação de toda a área restante perturbado, incluindo vias de acesso
temporárias, círculos girando, áreas de estacionamento, etc.

6.3 Procedimentos de Protecção do Património Histórico-Cultural

O Decreto n.º 80/76 – Conservação e Protecção do Património Histórico e Cultural, a Lei n.º 14/05 –
Património e o Decreto n.º 53/13 – Regulamento sobre a Propriedade do Património Cultural, é a
legislação vigente que regula o Património Histórico e Cultural.

Constitui-se como um protocolo para a protecção, documentação, e avaliação de potenciais recursos


culturais / arqueológicos descobertos durante a execução do Projecto, através do alinhamento das
actividades do Projecto com os requisitos legais de Angola para a protecção de património cultural /
arqueológico e notificação do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA).

Em caso de se encontrar inesperadamente recursos culturais físicos durante as obras deve-se ter em conta
os procedimentos da Figura 11 abaixo.

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Figura 11: Procedimento de Achados Arqueológicos.

Deve-se também:
 Elaborar um formulário específico que deve ser usado se algum trabalhador encontrar algum tipo
de material que potencialmente possa ser de interesse cultural / arqueológico.
 Desenvolver um documento formal que regularize o término da ordem de parar trabalhos uma
vez que estejam reunidas as condições necessárias de acordo com a legislação.
 Desenvolver uma base de dados que inclua os contactos das Autoridades repostáveis pela gestão
de achados ao longo da área de Projecto.

6.4 Procedimentos de Escavação Segura

Na elaboração do projecto e das escavações é importante o envolvimento de especialista/s em segurança


do trabalho para auxiliar na especificação dos requisitos de segurança do trabalho, como:
 A implantação das rampas, passarelas e/ou escadas de acesso;
 As instalações dos equipamentos de protecção colectiva;
 O estabelecimento da sequência de execução do serviço de escavação;
 A verificação de muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afectadas pela
escavação, para dimensionamento dos escoramentos;
 Ao final a obra, realizar-se-á uma nova vistoria, para a cautelar as propriedades circunvizinhas para
avaliar e registar se as condições iniciais não foram alteradas.

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Antes do início das actividades que envolvem escavação, o Empreiteiro deverá treinar os trabalhadores
sobre escavação segura. Os técnicos do Instituto Nacional de Desminagem (INAD) ou representação local,
deverão ser convidados para uma das sessões de treinamento, por forma a apresentarem as técnicas de
detecção de minas e engenhos explosivos, bem como os procedimentos em caso descoberta ou ocorrência
de acidente.

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7. Procedimentos de Emergência
Tendo em consideração a Identificação e Avaliação dos Aspectos e Impactes Ambientais da empreitada,
são definidos os modos de gestão associados aos aspectos ambientais das situações de emergência (ex.
derrames acidentais de hidrocarbonetos, focos de incêndio, etc.), e sua consideração, quando aplicável,
no Plano de Emergência Interno. Os procedimentos de emergência ambientais são semelhantes aos
definidos no PSS, uma vez que os acidentes que conduzem a danos ambientais significativos são na maioria
dos casos coincidentes, pelo que devem ser aplicados os procedimentos do PSS. As situações identificadas
sem detrimentos de outras que se venham a identificar, durante a execução do Projecto, são:
 Incêndios;
 Vazamentos acidentais e derrames de substâncias tóxicas;
 Acidentes com veículos e equipamentos;
 Roturas em tubagens;
 Desabamentos / deslizamentos de terras.

Manter disponível a lista dos números de contacto de emergência e relevantes telefone para funcionários
e pessoal chave sobre os procedimentos necessários. Estes contactos devem ser inscritos em Português e
Umbundo (ver o PSS). Após a ocorrência de qualquer acidente deverá ser elaborado um relatório
específico, no qual se procederá à descrição, análise e avaliação da ocorrência, incluindo causas possíveis,
consequências, correcção e eventuais alterações nos procedimentos de segurança já estabelecidos para
evitar a ocorrência de situações semelhantes. O tratamento e remediação de áreas afectadas por situações
de emergência deverão ser realizadas e suportadas pela TSE. A extensão da remediação terá de ser
acordada com o RE, fiscalizador da obra e o dono da obra.

7.1 Meios de Prevenção e Intervenção em Caso de Emergência

Incêndio
Todas as viaturas serão munidas de extintores. Os extintores de pó químico ABC e CO 2, que se
encontram devidamente identificados e distribuídos, conforme o definido no Plano de Estaleiro.

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Primeiros Socorros
Em todas as viaturas existem caixas de Primeiros Socorros, contendo utensílios devidamente
identificados nos escritórios da obra. Todos os produtos da mala de primeiros socorros estão dentro
do seu prazo de validade ficando esta verificação periódica sob a responsabilidade Director de Obra.

Meios Humanos
Dada a natureza dos trabalhos e o próprio âmbito da empreitada, em cada equipa de trabalho fará
parte integrante um técnico com habilitações/formação capazes de actuar sobre eventuais
ocorrências de emergência, até se verificar a chegada dos meios externos de intervenção, e de
coordenar, caso necessário, a evacuação das pessoas.

7.2 Processo de Comunicação de Emergência

Os meios de comunicação existentes são telemóveis (Director de Obra, Encarregado, Técnico de


Prevenção e Segurança), telefone da rede fixa (escritório da obra) e rádios móveis (Encarregado,
Chefes de Equipa). Quando o sinistro for detectado por um trabalhador, este deve dar o alerta
verbal ao Encarregado.

NOTA: No caso de não ser possível seguir o normal desencadeamento das acções de emergência, dever-se-á comunicar
directamente aos meios exteriores.

Telefones de Emergência
Os telefones de emergência deverão ser afixados na placa informativa do estaleiro, assim como em
cada veículo que estiver na frente de obra deverá ter uma cópia. Salienta-se ainda que cada veículo
mencionado deverá possuir uma caixa de primeiros socorros e um extintor ABC.

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7.3 Estrutura Organizacional para Resposta a Emergência

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Tabela 20: Procedimentos de emergência
Situação de
Acções Preventivas Medidas a Implementar
Emergência/Acidente

Derrame de Combustíveis Formação dos trabalhadores relativamente aos procedimentos para lidar Estancar ou eliminar o derrame utilizando barreiras de
com derrames acidentais de hidrocarbonetos e a limpeza dos espaços. areia, sacos de areia, material de serradura, absorvente e /
ou outros materiais aprovados pelo RE, tomando sempre
Armazenar com segurança os combustíveis.
as devidas precauções de segurança, incluindo EPI.
Adoptar a solução de contenção mais adequada tendo em atenção os
Absorver e recolher o derrame para um recipiente próprio
seguintes factores: de coesão do terreno, o nível do lençol freático e as
de modo a proceder à sua eliminação.
solicitações acidentais previsíveis
Notificar as autoridades competentes, informando acerca
Assegurar que os materiais e equipamentos necessários para lidar com os
do local exacto da ocorrência e qual produto derramado.
derrames e vazamentos estão disponíveis nos locais e em todos os
momentos. Esperar pela actuação das autoridades, não abandonando
o local e adoptando uma atitude preventiva no que diz
Manter disponível a lista dos números de contacto de emergência e
respeito aos efeitos que o derrame poderá provocar.
relevantes telefone para funcionários e pessoal chave sobre os
procedimentos necessários. Preencher o registo da ocorrência.
Prestar informações aos trabalhadores sobre a organização do estaleiro, Elaborar um relatório específico no qual se procederá à
afixando as suas regras na vitrina de segurança. descrição, análise e avaliação da ocorrência, incluindo
causas possíveis, consequências, correcção e eventuais
Zelar pelo cumprimento das regras de estaleiro impostas a todos os
alterações nos processos necessários para evitar a
frequentadores do mesmo.
ocorrência de situações semelhantes.
Incêndio/explosões Formação dos trabalhadores relativamente aos procedimentos para lidar Combater o incêndio com o extintor mais próximo.
com incêndios.
Accionar socorros externos – bombeiros.
Assegurar que os equipamentos necessários para combater os incêndios
Criar mecanismos e treinos de evacuação dos
estão disponíveis nos locais e em todos os momentos.
trabalhadores.
Manter disponível a lista dos números de contacto de emergência e
Afixar a sinalização de Ponto de Encontro no estaleiro,
relevantes telefone para funcionários e pessoal chave sobre os
para casos de emergência.
procedimentos necessários.
Manter o estaleiro devidamente organizado.
Recolher os resíduos e escombros e evacuá-los para os devidos locais de
recolha.

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Situação de
Acções Preventivas Medidas a Implementar
Emergência/Acidente

É expressamente proibido queimar qualquer tipo de resíduos na zona de


estaleiro.
As vias de circulação destinadas a veículos devem ser implantadas com
uma distância suficiente em relação às portas, portões, passagem para
peões, corredores e escadas, ou locais de trabalho, ou dispor de meios de
protecção adequados.
Instalar sinalização de segurança provisória ou definitiva que identifique
claramente os riscos, as obrigações e as proibições nos diversos locais do
estaleiro.
Acidentes com veículos e Guardar distâncias de segurança entre as vias ou zonas de circulação de No caso de Acidentes de Veículos:
equipamentos veículos e os postos de trabalho ou zonas de deslocação de peões.
Isolar a área e sinalizar adequadamente o local do
Guardar distâncias de segurança na movimentação de veículos e acidente.
equipamentos, e destes em relação às movimentações de materiais.
Verificar o tipo do acidente (carro, motocicleta, colisão,
Instalar sinalização de segurança provisória ou definitiva que identifique atropelamento etc.), a gravidade aparente do acidente, o
claramente os riscos, as obrigações e as proibições nos diversos locais do número aproximado de vítimas envolvidas;
estaleiro.
Verificar se há vazamento de combustível ou produtos
Prestar informações aos trabalhadores sobre a organização do estaleiro, químicos;
afixando as suas regras.
Proceder a limpeza do local.
Zelar pelo cumprimento das regras de estaleiro impostas a todos os
Preencher o registo da ocorrência.
frequentadores do mesmo.
Elaborar um relatório específico no qual se procederá à
As vias de circulação destinadas a veículos devem ser implantadas com
descrição, análise e avaliação da ocorrência, incluindo
uma distância suficiente em relação às portas, portões, passagem para
causas possíveis, consequências, correcção e eventuais
peões, corredores e escadas, ou locais de trabalho, ou dispor de meios de
alterações nos processos necessários para evitar a
protecção adequados.
ocorrência de situações semelhantes.
Todo o equipamento deverá ser revisto periodicamente, em especial os
órgãos de accionamento pneumático;
Em caso de incêndio:
Todos os veículos deverão ter afixado, em local visível, a especificação da
“tara” e “carga máxima”. Isolar a área.

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Situação de
Acções Preventivas Medidas a Implementar
Emergência/Acidente

É proibido o transporte de pessoas fora das cabines. Os trabalhadores Se for fácil e seguro, desligar o motor do veículo
deverão ser transportados apenas em viaturas homologadas para o acidentado/ equipamento e utilize um extintor, a uma
efeito. distância segura do local de risco.
Todos os veículos terão de estar dotados de sinalizador sonoro Se houver um risco elevado de incêndio notificar as
automático de marcha atrás. autoridades competentes, informando acerca do local
exacto da ocorrência.
Dotar os equipamentos com extintores adequados.
Esperar pela actuação das autoridades, não abandonando
o local e adoptando uma atitude preventiva no que diz
respeito aos efeitos que o incêndio poderá provocar.
Preencher o registo da ocorrência.
Elaborar um relatório específico no qual se procederá à
descrição, análise e avaliação da ocorrência, incluindo
causas possíveis, consequências, correcção e eventuais
alterações nos processos necessários para evitar a
ocorrência de situações semelhantes.
Roturas em tubagens Antes de executar uma escavação, certificar-se que a mesma não vai Comunicar imediatamente a entidade correspondente a
colidir com elementos enterrados tais como: linhas eléctricas, de tubagem ou serviço danificado.
abastecimento de água, de gás, de saneamento ou outras. Isto implica o
Proibir a realização de trabalhos no local.
conhecimento rigoroso das redes técnicas existentes e contacto
permanente com as entidades envolvidas. Preencher o registo da ocorrência.
Elaborar um relatório específico no qual se procederá à
descrição, análise e avaliação da ocorrência, incluindo
causas possíveis, consequências, correcção e eventuais
alterações nos processos necessários para evitar a
ocorrência de situações semelhantes.
Desabamentos/deslizamento de Antes do início dos trabalhos, verificar o terreno, a fim de detectar Comunicar imediatamente a entidade.
terras possíveis fendas ou instabilidade no solo.
Proibir a realização de trabalhos no local.
Evitar sobrecargas no bordo da escavação (terras ou materiais).
Delimitação do local.
Organizar o trânsito dos veículos de carga, de forma a diminuir os efeitos
Remoção do material solto.

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Situação de
Acções Preventivas Medidas a Implementar
Emergência/Acidente
das sobrecargas e vibrações por eles originados.
Preencher o registo da ocorrência.
As escavações a realizar devem ser defendidas de infiltrações de água.
Elaborar um relatório específico no qual se procederá à
Caso exista acumulação de água dentro da vala, esta deverá ser removida descrição, análise e avaliação da ocorrência, incluindo
constantemente. causas possíveis, consequências, correcção e eventuais
alterações nos processos necessários para evitar a
ocorrência de situações semelhantes

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8. Plano de Gestão de Resíduos
Esta secção apresenta de forma sumária uma memória descritiva das prácticas associadas à gestão dos
resíduos tendo em conta o Regulamento sobre a Gestão de Resíduos (Decreto Presidencial n.º 190/12 de
24 de Agosto), Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (Decreto Executivo n.º 17/13 de 22 de
Fevereiro) e também as boas prácticas.

O Plano de Gestão de Resíduos (PGR) tem como finalidade principal o planeamento das acções a serem
tomadas na gestão dos resíduos de um Projecto, e deve ser elaborado de acordo à legislação ambiental
vigente na República de Angola em matéria de gestão de resíduos.

De acordo com o Regulamento sobre Gestão de Resíduos (Decreto Presidencial n.º 190/12 de 24 de
Agosto, artigo 4º), os resíduos produzidos no Empreendimento são agrupados em duas (2) categorias para
facilitar a identificação e segregação dos mesmos, nomeadamente: resíduos não perigosos e resíduos
perigosos. Relativamente à categorização, os resíduos produzidos estão inseridos na Lista Angolana de
Resíduos (LAR).

Será definido um programa de controlo e gestão de todos os resíduos expectáveis no Projecto. No mínimo,
será incluído o seguinte:

 O fornecimento de contentores suficientes (preferencialmente contra vermes e resistente às


intempéries) nos locais do estaleiro e de trabalhos para armazenar os resíduos sólidos produzidos
numa base diária.
 A recolha de resíduos gerados pelas equipas numa base diária.
 A identificação de depósitos temporários apropriados e/ou aprovado para resíduos gerados
durante o contrato de construção.
 A eliminação final dos resíduos em um aterro sanitário aprovado, ou em um local aprovado pelo
Governo da Província do Bié e pelo RE.
 Um plano de controlo para o estaleiro e em todas as áreas de trabalho.
 Sempre que possível, materiais utilizados ou gerados pela construção serão reciclados.
 A gestão responsável de resíduos perigosos gerados durante a construção de obras.

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 O estaleiro irá dispor de zonas delimitadas e devidamente tratadas para o armazenamento dos
vários tipos de resíduos e que estão definidas no plano de Estaleiro.

9.1 Gestão de Resíduos em Obra

O Decreto Executivo n° 17/13, de 22 de Janeiro, veio estabelecer o regime jurídico específico a que fica
sujeita a gestão de resíduos resultantes de obras ou demolições de edifícios ou de derrocadas, designados
resíduos de construção e demolição (RCD), bem como a sua prevenção. Neste âmbito é previsto que nas
empreitadas e concessões de obras públicas, o projecto de execução seja acompanhado de um Plano de
Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (PPG), o qual assegura o cumprimento dos
princípios gerais de gestão de RCD e das demais normas respectivamente aplicáveis constantes do
presente decreto.

A implementação deste plano aplica-se em toda e qualquer operação de recolha, transporte,


armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação de resíduos, com o objectivo de minimizar
a produção, reduzir e eliminar eventuais prejuízos ambientais.

O PPG deve estar disponível no local da obra, para efeitos de fiscalização pelas entidades competentes, e
ser do conhecimento de todos os intervenientes na execução da obra. O objectivo desta norma de
procedimento é estabelecer uma metodologia para gerir os resíduos de forma a assegurar que:

 Minimiza a produção e perigosidade do RCD, controlando quaisquer impactes ambientais;


 Valorizar os resíduos, através do sistema de materiais reciclados e recicláveis;
 Favorecer os métodos construtivos que facilitem a demolição orientada para a aplicação dos
princípios de prevenção e gestão de resíduos.

Este plano está descrito detalhadamente no Anexo 7 – Plano de Gestão de Resíduos.

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9. Relatórios e Registos

9.1 Exigências Detalhadas dos Relatórios


Os relatórios serão documentos essenciais para a gestão e acompanhamento do Projecto ao longo de
toda a fase de construção. Por isso, propõe-se em seguida a programação dos mesmos.

No mínimo, o relatório deverá incluir os seguintes elementos e os do relatório tipo a ser fornecido pela
Fiscalização, bem como o previsto no appendix B do contrato (Environmental, Social, Health and Safety
Matrics for Progress Report):

a) Incidentes ou incumprimentos ambientais com requisitos contratuais, incluindo contaminação,


poluição ou danos no solo ou no abastecimento de água;
b) Incidentes, acidentes, lesões e todas as mortes que requeiram tratamento;
c) Interacções com os reguladores: identificar a agência, datas, assuntos, resultados (comunicar os
negativos se nenhum);
d) Situação de todas as autorizações e acordos;
e) Supervisão da saúde e segurança;
f) Alojamento dos trabalhadores;
g) VIH/SIDA: prestador de serviços de saúde, informação e/ou formação, localização da clínica,
número de tratamentos e diagnósticos de doenças ou doenças não seguras (não é necessário
fornecer nomes);
h) Género (para expatriados e locais separadamente): número de mulheres trabalhadoras,
percentagem de trabalhadores, questões de género levantadas e tratadas (referências cruzadas
de queixas ou outras secções, conforme necessário);
i) Supervisão ambiental e social;
j) Reclamações: enumerar as reclamações deste mês e as reclamações anteriores não resolvidas
por data recebida, queixoso, como foi recebida, a quem se referiu para acção, resolução e data
(se concluída), resolução de dados comunicados ao queixoso, qualquer seguimento necessário
(fazer referência cruzada a outras secções, se necessário)
k) Tráfego e veículos/equipamento;
l) Atenuações e questões ambientais (o que tem sido feito);
m) Não-conformidades, acções correctivas e acções preventivas.

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10.2 Licenças e Autorizações

Se assegurará que todas as autorizações pertinentes, certificados e permissões foram obtidos antes de
quaisquer actividades com início no local e são rigorosamente aplicadas / respeitadas. O Empreiteiro pode
solicitar a assistência do RE. Deverá manter-se um banco de dados de todas as licenças pertinentes e
permissões necessárias para o contrato como um todo e para as actividades pertinentes para a duração
do contrato, conforme ao modelo 6 e integrado no anexo 3. Para o Projecto de Design e Construção
de Infra-estruturas de Distribuição de Água Potável somente serão solicitadas duas autorizações conforme
a tabela 21 abaixo.

Tabela 21: Tipos de Autorizações


Tipos de Autorizações Entidade a solicitar Responsável
Autorização de Corte de Trânsito Direcção Provincial de Energia e Águas RE
Certificado de Libertação de Engenhos Administração Municipal Gabinete RE
Explosivos Provincial de Infra-estruturas e Serviços
Técnicos

10.3 Identificação dos Arquivos

As lombadas das pastas de arquivo que sejam criadas no âmbito do Plano de Gestão Ambiental e Social
devem identificar objectivamente o seu conteúdo conforme seguidamente se exemplifica, apresentando-
se também algumas regras para a identificação de documentos e arquivos.

 Todos os documentos que devam ser assinados e/ou datados


não poderão ser integrados neste Plano de Gestão Ambiental
sem as correspondentes assinaturas e/ou datas respectivas.
 Todos os projectos, planos, procedimentos e registos
deverão referenciar o Empreiteiro e a designação da
empreitada.
 Cada projecto, plano ou registo pode ser composto por várias
páginas, indicando-se o Número de página / Total de páginas
do documento. Eventuais anexos dos documentos serão
objecto do mesmo tipo de paginação.
MINISTRY OF ENERGY AND WATER
NATIONAL WATER DIRECTORATE  Em cada pasta de arquivo os documentos serão organizados
FINANCIAL AND CONTRACT de acordo com os sistemas de codificação dos elementos
MANAGEMENT UNIT
SECOND WATER SECTOR estabelecidos pelo Empreiteiro e por numeração sequencial
INSTITUTIONAL DEVELOPMENT no caso dos registos, atendendo às datas da sua realização.
PROJECT (WSIDP 2)

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DESIGN AND CONSTRUCTION OF
NETWORK AND HOME
 Em todas as pastas de arquivo ou secção das mesmas os
CONNECTIONS FOR PERI-URBAN documentos mais recentes são arquivados sobrepondo-se
AREAS IN KUITO aos mais antigos (números maiores sobre os menores).
NCB No: 7W3/KUITO/DNA/16  Todos os documentos substituídos serão mantidos em
arquivo devendo ser mencionado sobre os mesmos a data
da substituição e a referência do documento que os
substituiu.
 No início de cada pasta haverá um índice com o conteúdo
da pasta. Quando estas forem organizadas por secções
estará patente no início da pasta o índice das secções e
dentro de cada secção, uma folha para averbamento do seu
conteúdo.
Plano de Gestão  Nas pastas de registos existirá cópia actualizada do Controlo
Ambiental e Social de Assinaturas e Rubricas, onde estarão identificadas todas
as pessoas autorizadas a assinar documentos do âmbito do
PGAS (elementos do Empreiteiro e da Fiscalização).

N.º do Arquivo
__/__

10.4 Entrega do Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS)

O Empreiteiro apresentará a declaração "Declaração de cumprimento do PGAS”, e será integrada no


anexo 1. O PGAS deverá ser distribuído a todos os intervenientes, o registo de distribuição do PGAS
segundo o modelo 1 "Registo De Distribuição De Documentos", e será integrada no anexo 1. Concluídos
todos os trabalhos da empreitada, incluindo o comissionamento, o Empreiteiro entregará, no acto da
Recepção Provisória (ou da última recepção provisória, se aplicável) à Fiscalização, e esta ao Dono da Obra,
o PGAS organizado nos termos previstos, fica com uma cópia para ser utilizada caso haja lugar a trabalhos
durante o prazo de garantia. Este facto será registado no Auto da Recepção Provisória, anexando-se
declaração, conforme o modelo 5 incluído no anexo 1, se aplicável à Fiscalização, e esta ao Dono da Obra,
o PGAS.

10.5 Alterações ao PGAS

O Empreiteiro coloca à consideração do consultor e/ ou Dono de Obra, todas as alterações que pretende
efectuar ao PGAS aprovado conforme o modelo 2 incluído no anexo 2. Essas alterações deverão ser

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devidamente registadas e mantidas. Os registos de alterações poderão ser efectuados com recurso aos
modelos constantes no Anexo I do PGAS, conforme o modelo 3 incluído no anexo 2.

10.6 Anexos Listas dos Relatórios e Registos


Anexo 1 – Recepção e Distribuição PGA
 Modelo 01 - Entrega “Declaração de cumprimento do PGA”
 Modelo 02 - Registo de Distribuição do PGA
 Modelo 03 - Entrega do PGA pelo empreiteiro ao representante do dono da obra.

Anexo 2 – Alteração do PGA


 Modelo 04 - Proposta Alterações Documentos
 Modelo 05 - Registo Alterações Documentos

Anexo 3 – Licenças e Permissões


 Modelo 06 - Registo Licenças e Permissões

Anexo 4 – Mecanismo de Resolução de Reclamações

Anexo 5 – Registo não Conformidades


 Modelo 08- Registo Não Conformidades

Anexo 6 – Registos Monitorização e Prevenção


 RMP_1 Organização Estaleiro
 RMP_2 Movimentação de terras e Escavações
 RMP_3 Movimentação de Máquinas
 RMP_4 Abertura de Valas e saneamento
 RMP_5 Pré-fabricados/Alvenarias
 RMP_6 Aplicação de pintura e verniz
 RMP_7 Colocação de Tubos

Anexo 7 – Plano de Gestão de Resíduos

Anexo 8 – Registo de Formação Ambiental

Anexo 9 – Registo dos Relatórios Mensais

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Anexo 10 – Malha das Ligações Propostas

Anexo 11 – Registo dos Parâmetros de Monitorização de Deposição de Partículas

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