Kuito
Kuito
Kuito
Registo Revisão
N° Data Descrição Elaboração Estado
0 28/11/19 Primeira emissão TSE
1 06/07/20 Segunda emissão TSE
2 16/07/20 Terceira emissão TSE
3 28/07/20 Quarta emissão TSE
4 06/08/20 Quinta emissão TSE
Figura 1: Localização geográfica do município do Kuito, realce para a zona do Projecto. ....................... 8
Figura 2: Localização geral dos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água existentes..... 9
Figura 3: Localização exacta dos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água do Kuito. .. 10
Figura 4: Zonas e redes de distribuição de água da cidade do Kuito. .................................................... 12
Figura 5: Localização do estaleiro de apoio à obra. ............................................................................... 13
Figura 6: Zonas de intervenção do projecto na cidade do Kuito. ........................................................... 16
Figura 7: Legenda das zonas de intervenção. ........................................................................................ 17
Figura 8: Quantidade das ligações domiciliares e clusters..................................................................... 17
Figura 9: Quantidades e diâmetros de tubos......................................................................................... 18
Figura 10: Controlo de Equipamentos de Apoio e Acessórios. .............................................................. 63
Figura 11: Procedimento de Achados Arqueológicos. ........................................................................... 68
Lista de Tabelas
Tabela 1: Identificação da empreitada. ................................................................................................... 7
Tabela 2: Coordenadas geográficas das ETA’s existentes na cidade do Kuito........................................ 10
Tabela 3: Principais fontes de distribuição de água na cidade do Kuito. ............................................... 11
Tabela 4: Resumo da legislação angolana aplicável ao Projecto. .......................................................... 27
Tabela 5: Resumo das Convenções, Acordos Multilaterais, Padrões e Normas Ambientais Relevantes ao
Projecto................................................................................................................................................. 29
Tabela 6: Magnitude da fonte do impacte. ........................................................................................... 32
Tabela 7: Gravidade do impacte............................................................................................................ 33
Tabela 8: Classificação da terminologia do Impacte.............................................................................. 33
Tabela 9: Natureza do impacte. ............................................................................................................ 34
Tabela 10: Duração do impacte............................................................................................................. 34
Tabela 11: Categorias de probabilidade. ............................................................................................... 35
Tabela 12: Resumo dos principais aspectos ambientais que possam produzir impactes com a
implementação do projecto. ................................................................................................................. 42
Tabela 13: Acções de gestão da qualidade do ar. .................................................................................. 48
Tabela 14: Parâmetros de monitorização de deposição de partículas................................................... 49
Tabela 15: Acções de gestão de resíduos. ............................................................................................. 49
Tabela 16: Acções de gestão de ruido e vibração .................................................................................. 50
Tabela 17: Temas e Conteúdos Programáticos para a Formação dos Trabalhadores. ........................... 51
Tabela 18: Programa de Gestão da COVID-19 (Adaptado com base nas “Orientações Provisórias sobre a
COVID-19, Versão 1: 7 de Abril de 2020, Banco Mundial”) ..................................................................... 52
Tabela 19: Níveis de Ruído segundo as Linhas de Orientação da IFC/Grupo do Banco Mundial sobre
ASS. ....................................................................................................................................................... 60
Tabela 20: Procedimentos de emergência............................................................................................. 73
Tabela 21: Tipos de Autorizações .......................................................................................................... 80
Designação DESIGN AND CONSTRUCTION OF NETWORK AND HOME CONNECTIONS FOR PERI-URBAN AREAS
IN KUITO NCB No: 7W3/KUITO/DNA/16
O Bié é uma das 18 províncias de Angola, que se encontra localizada no centro do país. Possui uma área
geográfica de aproximadamente 70 314 km² e dista a cerca de 709 Km da cidade de Luanda (a capital de
Angola). Administrativamente a província está constituída por nove (9) municípios, nomeadamente:
Andulo, Camacupa, Catabola, Chinguar, Chitembo, Cuemba, Cunhinga, Kuito e Nharêa. O município do
Kuito é a capital da província (cidade com o mesmo nome).
O Kuito (área de desenvolvimento do Projecto) está administrativamente dividida em cinco (5) comunas,
nomeadamente: comuna sede, Kunje (dista a 7 km da Comuna sede), Trumba (dista a 18 km da Comuna
sede), Chicala (dista a 54 km da Comuna sede) e Cambandua (dista a 52 km da Comuna sede). Estas
comunas estão divididas em 21 regedorias, 30 embalas grandes, 54 embalas pequenas, 56 bairros e 252
aldeias. De acordo os dados oficiais do Censo 2014, Kuito possui uma população estimada em 450 881
habitantes, o que representa 31% da população total da província. Na cidade do Kuito estão localizados
os rios Cussola e Cuquema, afluentes dos rios Kuito e Cuanza (ver Figura 1).
Como já mencionado acima, o Projecto será desenvolvido exclusivamente na cidade do Kuito (zona
periurbana) onde várias moradias até ao momento não dispõem de água para o consumo com qualidade
para responder às suas necessidades diárias. Em termos de tecido urbano ao nível da cidade do Kuito
pode-se diferenciar duas (2) tipologias, nomeadamente:
Actualmente, na cidade do Kuito existem dois (2) sistemas de captação e tratamento de água: um na zona
do rio Cussola e outro no rio Cuquema, que abastecem o Centro de Distribuição da cidade (CD1), como
ilustrado nas Figuras 2 e 3. Está igualmente em curso a construção de uma Estação de Tratamento de Água
na zona do Kaluco. A Tabela 2 apresenta as coordenadas geográficas das infra-estruturas de captação,
tratamento e distribuição de água mencionadas acima.
Figura 2: Localização geral dos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água existentes.
A rede, existente, de distribuição de água potável, que abrange a cidade do Kuito em zonas urbanas e
periurbanas, tem como origem o Centro de Distribuição da cidade (CD1), localizado na parte alta da cidade,
a partir do qual a rede funciona por gravidade. Existem, no entanto, algumas zonas onde a pressão é
negativa (ver Figura 4). Devido a isso, foi instalado um reservatório elevado no local do CD1 com 32 metros
(m) de altura, para reforçar a pressão e assim assegurar o bom funcionamento da rede.
É de salientar que a rede existente não está em pleno funcionamento e ainda está em fase de construção,
ou de correcção de possíveis fugas detectadas e correcção dos equipamentos montados, nomeadamente,
válvulas redutoras de pressão, que apresenta algumas anomalias de funcionamento.
De acordo os dados do Censo de 2014 produzidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no município
do Kuito aproximadamente 50 424 pessoas usam fontes de água apropriadas para beber, sendo que que
258 389 pessoas recorrem as fontes inapropriadas de água para o consumo (ver Tabela 3). De acordo com
o INE (2014a), as fontes de água apropriadas são: casas com água da rede pública, fonte de água comum
(edifício germinados) do ramal da rede pública, fonte pública, furo de água com bomba, cacimba
protegida, água de nascente protegida, etc.
O Estaleiro de obra localiza-se na estrada que liga a província do Bié (cidade do Kuito) á província do
Huambo, a aproximadamente 7 km a Sudeste estando afastado do centro urbano e periurbano da cidade
do Kuito onde se regista o grande núcleo de habitações e serviços públicos (ver Figura 5).
O estaleiro de apoio à obra já é existente assim como toda a sua infra-estrutura e já fora utilizado em obras
anteriores no Kuito, com realce para projectos similares (redes captação, tratamento e distribuição, com
recursos as ligações domiciliárias nas Zonas 10 e 14). Assim, não está previsto nem haverá qualquer
trabalho associado a montagem e posteriormente desmontagem de estaleiro para o Projecto em apreço.
O estaleiro de apoio à obra está inserido num terreno plano, numa região sem declives acentuados e tem
a sua drenagem natural para norte do terreno e com a presença de moradias e várias perturbações
Entretanto, na envolvente do estaleiro de apoio à obra num raio de 5 Km observa-se uma vegetação
natural (savana florestal) com maior disseminação de espécimes do estrato de pastagem e pequenos
espécimes de eucaliptos amplamente dispersos.
De acordo com Diniz (2006), a região do Kuito enquadra-se dentro da zona agrícola do planalto central,
cuja vegetação natural é o Miombo (Brachystegia, Julbernardia e Isoberlinia), alternando-se com savanas,
em função do relevo e tipo de solo. Huntley et al., (2019) considera-a como sendo também área de
domínio do Miombo de um modo geral, mas evidenciam-se manchas de prados, savanas arbustivas, matas
tropicais e subtropicais, na qual predominam espécies do género Brachystegia, Julbernardia, Guibourtia,
Burkea, Pterocarpus. Das observações realizadas em áreas afastadas do estaleiro, a vegetação consiste em
pequenas parcelas de Miombo com diversos graus de degradação que se alterna com parcelas que pela
acção antrópica se tornaram savanas. Merece destaque a disseminação de Pteridium aquilinum em áreas
de savanas, indicando a pobreza do solo. Também é visível a disseminação de eucaliptos em vários locais.
Ao longo da área podem observar-se igualmente algumas árvores de frutos plantadas nas lavras da
população, dentre as quais se destacam as mangueiras (Mangifera indica), os abacateiros (Persea
americana), as goiabeiras (Psidium guayava), os limoeiros (Citrus limon) e as bananeiras (Musa sp.).
O Projecto envolve a concepção e a construção de redes ampliadas a partir das redes existentes,
canalizações secundárias e terciárias para alimentar as conexões domiciliares nas áreas periurbanas do
Kuito com uma previsão de cerca de 5438 ligações domiciliares. Os trabalhos em causa incidirão nos
bairros: Cantifas, Cangote, Catemo, Cangalo, Piloto, Sousa e Chissindo, conforme as Figuras 6 e 7.
Serão usados as seguintes máquinas e equipamentos, no decurso da obra:
Retroescavadora;
Mini-escavadora;
Caminhão Basculante (15 m3);
Placa Compactadora Vibratória;
Trata-se de uma empreitada que não envolve uma grande complexidade de trabalhos de construção civil,
as escavações serão por meios manuais, utilizando meios mecânicos em casos excepcionais em que
requerem grande esforço e que não seja possível a escavação manual.
O equipamento mecânico será utilizado para as soldaduras dos tubos em PEAD na rede de distribuição e
seus acessórios, também serão utilizados meios mecânicos para a compactação do aterro das valas.
Este Plano de Gestão Ambiental e Social aplicar-se-á a todas as actividades desenvolvidas pela TSE no
âmbito da execução das obras do Projecto em apreço, de igual modo será de cumprimento obrigatório
para os projectistas, subempreiteiros, fiscalização e demais intervenientes envolvidos directamente ou
indirectamente no Projecto, por exemplo trabalhadores contratados, fornecedores de material e
equipamentos, prestadores de serviços diversos, etc.
O Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) incluirá este e outros documentos específicos da empreitada
em consideração, com realce para as medidas decorrentes de Avaliação Ambiental do Projecto. Sempre
que se julgar necessário e aplicável, alguns dos elementos solicitados ao longo deste documento poderão
ser apresentados utilizando os recursos já previstos no Plano de Segurança e Saúde da obra (PSS), devendo
ser feita referência a esse facto.
Por outro lado, sempre que se faça referência a Subcontratados, pretende-se fazer referência a todos os
subempreiteiros, subcontratados de cedência de mão-de-obra ou de equipamento, trabalhadores
independentes, prestadores de serviços e, nos casos aplicáveis, as respectivas sucessivas cadeias de
subcontratação.
Contractor
Empreiteiro
TSE
Procedimento Geral
O RE fará igualmente a ligação com outras instituições ao nível da província do Bié com a responsabilidade
na protecção do ambiente e gestão das obras públicas, e deverá também estar disponível para receber
recomendações adicionais sobre questões ambientais do Especialista Ambiental do Dono da Obra
(Ministério da Energia e Águas).
O FCMU-ES deverá assumir a responsabilidade global para os aspectos ambientais do Projecto. Entre
2.3 O Empreiteiro
O acompanhamento ambiental será suportado pelos documentos e registos que o evidenciem. Será
efectuado um ponto de situação relativamente a cada descritor ambiental existente, face aos trabalhos
realizados no período, e medidas previstas a implementar, devendo ser indicada toda a informação
relevante, incluindo acções de melhoria, evidências do cumprimento de requisitos legais e outros
requisitos aplicáveis ao Projecto, nomeadamente licenças e/ou autorizações, registos, guias de
acompanhamento de resíduos, etc. Esta informação constará nos relatórios a apresentar. O RE será o
interlocutor com o dono de Obra nesta matéria.
A auditoria verificará:
Se os procedimentos e fichas de trabalho estão disponíveis;
Se os documentos estão disponíveis nas versões actualizadas;
Se todos os colaboradores envolvidos no Projecto desenvolvem as suas actividades e cumprem os
requisitos do PGAS que lhe são aplicáveis;
Se a formação ambiental ministrada é adequada;
Se as Não-conformidades são registadas e documentadas e se as acções correctivas são
O Empreiteiro:
Verificará diariamente se os procedimentos e práticas ambientais nas frentes de obra, envolvente
e estaleiros são respeitadas;
Numa base semanal o RE será informado via relatório escrito, do cumprimento do PGAS, e qual o
desempenho ambiental da obra. Caso ocorram desvios ao PGAS, o RE será informado de imediato,
para que se possa actuar em conformidade;
Realizará o registo de grandes acidentes (derrames, impactos, reclamações, transgressões legais
etc.), bem como as acções correctivas e preventivas tomadas (ver o Capítulo 9 – Registos).
A Tabela 4 apresenta o enquadramento legal vigente na República de Angola e aplicável ao Projecto. Para
além da legislação vigente do sector ambiental teve-se também em consideração os diplomas de saúde e
segurança do trabalho.
De acordo com o Artigo 13º Constituição da República de Angola de 5 de Fevereiro de 2010, os tratados e
acordos internacionais regularmente aprovados ou ratificados, vigoram na ordem jurídica Angolana após
a sua publicação oficial e entrada em vigor na ordem jurídica internacional e enquanto vincularem
internacionalmente o Estado. Angola é parte signatária dos seguintes acordos multilaterais do ambiente
e relevantes para os aspectos ambientais do Projecto. Estes acordos estão em vigor e encontram-se
descritos abaixo na Tabela 5.
Tabela 5: Resumo das Convenções, Acordos Multilaterais, Padrões e Normas Ambientais Relevantes ao
Projecto
Convenções, Acordos Multilaterais,
Resumo
Padrões e Normas Ambientais
Em 1987, foi estabelecido o Protocolo de Montreal sobre substâncias que
prejudicam a camada de Ozono; esse protocolo exige que os países
industrializados reduzam o consumo de produtos químicos prejudiciais à
camada de Ozono e que os países em vias de desenvolvimento congelem
a maior parte do consumo de clorofluorcarbonetos (CFC) a partir de 1 de
Julho de 1999, com base nas médias de 1995-97, reduzam esse consumo
em 50% até Janeiro de 2005 e eliminem totalmente os CFCs até 1 de
Convenção de Viena sobre a Protecção
Janeiro de 2010. O texto também estabeleceu o princípio das obrigações
da Camada de Ozono estabelece um
comuns, porém diferenciadas. Isto é, países desenvolvidos que
quadro legal internacional para a
historicamente tiveram maior consumo de substâncias depletoras do
redução das emissões de substâncias
ozono (SDOs) devem contribuir financeiramente para apoiar a
prejudiciais à camada de Ozono
implementação de medidas para eliminar essas substâncias em países em
desenvolvimento. Esta Convenção entrou em vigor em Angola em 28 de
Agosto de 1998 (através da Resolução n.º 12/98 de 28 de Agosto de 1998).
Mais recentemente, a 23 de Junho de 2011, Angola tornou-se parte das
quatro Emendas do Protocolo de Montreal, nomeadamente a Emenda de
Londres (1990), a Emenda de Copenhaga (1992), a Emenda de Montreal
(1997) e a Emenda de Pequim (1999).
Convenção-Quadro das Nações Unidas Este tratado internacional tem como objectivo a estabilização da
sobre as Alterações Climáticas - concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera em níveis tais
CQNUMC (United Nations Framework que evitem a interferência perigosa com o sistema climático. O tratado
Convention on Climate Change)
não fixou, inicialmente, limites obrigatórios para as emissões de GEE,
incluía disposições para actualizações (chamados "protocolos"), que
deveriam criar limites obrigatórios de emissões.
A Convenção inclui um requisito para as medidas preventivas a tomar a
fim de prever, evitar ou minimizar as causas das alterações climáticas e
combater os seus efeitos adversos. Este requisito não contém quaisquer
exigências específicas aplicáveis a emissões para a atmosfera
provenientes de operações deste género, mas sugeriu aperfeiçoamentos
legislativos em determinadas jurisdições que afectam essas mesmas
actividades. Esta Convenção entrou em vigor em Angola em 28 de Agosto
de 1998 (através da Resolução n.º 13/98).
Esta secção apresenta a identificação e avaliação dos principais potenciais impactes resultantes da
implementação do Projecto. A identificação e avaliação dos potenciais impactes baseiam-se nos seguintes
critérios:
A Magnitude da Fonte do Impacte é inicialmente definida com base na combinação dos seguintes
critérios:
Natureza da emissão (se existente): não poluente ou tratada; biodegradável e não tóxica ou
parcialmente tratada; tóxica ou persistente;
Quantidade relativa da emissão (se existente): baixa; moderada; ou elevada;
Frequência da ocorrência: pontual, ocasional ou contínua;
Requisitos legais/regulamentares existentes: normas/padrões ou autorização.
A segunda fase deste processo é a definição da Sensibilidade dos Componentes Ambientais, com base
nas constatações de base ambientais. Os componentes ambientais a serem considerados são os
componentes físicos e biológicos do ambiente natural, bem como os aspectos socioeconómicos relativos
ao ambiente humano com possibilidade de serem modificados durante as diferentes fases de execução
Para além desta classificação, é importante notar que os impactes também podem ser positivos ou
negativos conforme a sua natureza tal como indicado na Tabela 9 (por exemplo, um desenvolvimento
pode resultar em resultados positivos para a biodiversidade e/ou economia da região de inserção do
Projecto). A interpretação de cada nível de gravidade acima apresentado encontra-se descrita na Tabela
8.
Os impactes são também classificados conforme a sua duração tal como ilustrado na Tabela 10.
A avaliação dos potenciais impactes também teve em consideração a Probabilidade de Ocorrência dos
Impactes. A probabilidade aqui abordada refere-se a certeza ou não de ocorrer um determinado impacte
durante as condições normais de operação do Projecto (eventos planeados), ou seja, está fora do âmbito
desta definição os impactes que poderão resultar de acidentes e incidentes (eventos não planeados). A
probabilidade é definida com base nas cinco (5) categorias apresentadas na Tabela 11.
Nesta secção abordaremos os principais impactes que serão gerados pelo Projecto em estudo, durante a
fase de construção, onde se verificam as principais interferências a nível de ocupação do solo, paisagísticos
e socioeconómicos existentes. Durante a fase de exploração, verificar-se-á a manutenção dos impactes
ocorridos na fase anterior, no que se refere à ocupação do solo permanente, à paisagem, interferência
com o ordenamento do território e componente socioeconómica.
O Projecto proposto será executado dentro de uma área existente sem qualquer curso de água, por isso
não são esperados para os Recursos Hídricos impactes significativos em ambas as fases do projecto.
Relativamente ao descritor, solo, estão previstos impactes na fase de construção nas áreas alocadas à
obra, nomeadamente nas actividades de compactação e impermeabilização. Os impactes serão
resultantes das actividades de limpeza, nivelação do terreno e circulação de veículos. Outro potencial
impacte sobre o solo é a sua contaminação devido a eventuais derrames de contaminantes
(hidrocarbonetos e outros). Os derrames poderão ocorrer durante o enchimento de reservatórios de
combustível de máquinas e equipamentos ou durante manutenções de veículos e maquinaria em geral.
Estes impactes são considerados negativos, prováveis, reversíveis e de importância reduzida. Foram
consideradas medidas minimizadoras de impactes com o objectivo de acautelar eventual degradação
ambiental sobre estas componentes do ambiente.
Impactes Cumulativos
No que concerne aos recursos hídricos não são expectáveis impactes cumulativos uma vez que não
existem quaisquer recursos hídricos na área do projecto. Não são esperados impactes cumulativos no solo
desde que as actividades do Projecto sejam realizadas tendo em conta as boas práticas definidas e não se
conhecem actividades semelhantes na área do projecto.
Emissão de Poeiras
A suspensão de poeiras é um impacte típico de empreitadas de construção civil. No caso desta empreitada,
a emissão de poeiras estará associada aos trabalhos de escavação das valas, preparação das bases de
assentamento das canalizações, trabalhos de reposição de pavimentos, bem como a movimentação de
viaturas e máquinas alocadas à obra. No entanto, considerando a dimensão dos trabalhos previstos, este
é um impacte negativo pouco significativo, que vai variar conforme a intensidade dos trabalhos e a
proximidade de receptores sensíveis em cada frente de obra.
Os meses mais sensíveis em termos de emissão de partículas (por serem os mais secos) são, tipicamente,
os de Agosto a Abril. Os restantes meses são normalmente mais chuvosos, pelo que os impactes se
encontram naturalmente minimizados, em termos da existência de poeiras em suspensão. Face ao
exposto, os impactes na qualidade do ar resultantes da construção do projecto podem assumir,
pontualmente algum significado, principalmente junto de zonas habitadas, sendo assim considerados
negativos e reduzidos, tendo em conta o carácter localizado e temporário. São, contudo, impactes
Impactes Cumulativos
Embora não haja disponibilidade de dados sobre a situação actual da qualidade do ar na área de
intervenção, os impactes cumulativos, serão pontuais e esporádicos dado que as acções do projecto
(escavação e transporte de terras) poderão acrescer ao impacte já existente, decorrente das actividades
normais do dia-a-dia nos Bairros e acrescendo o facto de as estradas nos bairros serem em terra.
A obra vai decorrer em área habitada, razão pela qual são esperadas alterações significativas sobre o
quadro sonoro da área atendendo ao tipo de actividades previstas. Contudo, o âmbito será local afectando
apenas os receptores sensíveis mais próximos, que são principalmente os trabalhadores da obra,
moradores das habitações, escolas, hospitais e locais de culto que poderão estar próximas das frentes de
trabalho. Assim, considerando que a maior parte dos trabalhos serão realizados manualmente,
recorrendo-se a maquinaria apenas em casos excepcionais e pontuais, é esperado que os impactes sejam
pouco significativos, temporários, reversíveis e de magnitude reduzida.
Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto.
A fase de construção do Projecto irá envolver a produção de resíduos habitual de uma obra gerando
algumas quantidades de Resíduos de Construção e Demolição (RCD). Os resíduos resultantes das
actividades de demolição e construção serão removidos e conduzidos a um local adequado, razão pela
qual não são esperadas alterações significativas sobre os resíduos.
O Plano de Gestão de Resíduos (ver Anexo 7) estará em uso, juntamente com o Decreto Executivo n.º
17/13 (Gestão de Resíduos de Construção e Demolição) na adopção de medidas adequadas de gestão de
resíduos. Assim, considera-se que os impactes resultantes da geração e gestão dos resíduos produzidos
pelas acções de construção, apesar de negativos, porque implicam a afectação da capacidade dos
sistemas/operadores de gestão, são de magnitude reduzida.
Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto.
As principais actividades do Projecto com o potencial de gerar acidentes, são os trabalhos de escavação e
movimentação de terras. Assim, existe o potencial de ocorrência de acidentes por desprendimento de
terra ou rochas devido a vibrações e sobrecarga nos bordos das valas, ou inclinação excessiva do talude.
Outros potenciais acidentes poderão resultar de colisão com objectos móveis, entalamento ou
esmagamento, bem como a má utilização de equipamento de escavação. Há ainda o risco de propagação
de doenças entre os trabalhadores. As principais doenças a que os trabalhadores possam estar expostos
são a malária, DTSs (especialmente o HIV/SIDA), e outras resultantes de picadas de animais peçonhentos
(venenosos). O VIH/SIDA e outras doenças de transmissão sexual são comuns em ambientes de
acampamento onde pode haver relacionamentos desprotegidos entre trabalhadores e membros da
comunidade à volta. Este impacte pode ser ainda mais importante se o projecto atrair trabalhadores de
outras regiões, facto que não é esperado neste Projecto.
Impactes Cumulativos
Não são conhecidos projectos semelhantes a serem desenvolvidos pelo que não são esperados impactes
cumulativos neste descritor.
Segundo indicado na secção 1.3.4 é esperado que cerca de 172 pessoas (entre nacionais e estrangeiros)
sejam contratadas. Estas oportunidades de emprego irão traduzir-se numa melhoria da renda mensal das
famílias dos trabalhadores contratados, principalmente os nacionais contratados localmente, pese
embora sejam empregos temporários e de duração relativamente curta (fase de construção),
correspondem a um impacte positivo relevante, porque ajudará a melhorar as finanças e condição de vida
dos trabalhadores e das suas famílias.
Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto.
As pessoas não especializadas que forem contratadas para as actividades do Projecto beneficiarão não só
de rendimentos através das remunerações, mas também do desenvolvimento da formação, incluindo
questões técnicas / profissionais e também temas gerais como Saúde e Segurança, Prevenção e
Conservação do Ambiente, etc. A formação técnica (mesmo que seja em trabalho) resultará numa
transferência de conhecimentos e aptidões para a mão-de-obra local e irá naturalmente melhorar as
oportunidades do pessoal que recebeu formação de obter emprego no futuro, com os respectivos
benefícios para as famílias e os dependentes a cargo, resultando num benefício indirecto a longo prazo. É,
portanto, um impacto positivo de magnitude e frequência elevadas, e moderadamente significativo.
Espera-se que a empreitada necessite de adquirir serviços (hotelaria, transporte), bens e materiais
necessários para os trabalhos de construção. Muitos desses bens e serviços poderão ser adquiridos
localmente (cidade de Kuito), podendo por isso estimular a economia local, e principalmente os
comerciantes que tiverem a oportunidade de prestar serviços ou fornecer bens para as actividades do
projecto. Portanto, este é um impacto positivo com magnitude reduzida, frequência moderada.
Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto em estudo
Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto em estudo
Impactes Cumulativos
Não existem na envolvente da Obra projetos, passados, presentes ou futuros, incluindo projetos
complementares ou subsidiários, com impactes ambientais que se possam adicionar aos resultantes do
projeto em estudo
A Tabela 12 abaixo apresenta o resumo dos impactes ambientais e sociais que possam resultar das
actividades de implementação do projecto.
Esta secção contém os programas e as acções consideradas adequadas para minimizar os impactes
negativos do projecto, e potencialização dos positivos.
O programa de Gestão da Qualidade do Ar (ver Tabela 13) foi criado com a intenção de orientar as acções
de controlo a serem desenvolvidas para minimizar as emissões de poluentes, com maior foco no material
particulado, que é o principal poluente potencialmente emitido pelas actividades do projecto.
Deverá ser efectuada diariamente a classificação da categoria de deposição de poeiras, de acordo com os
parâmetros apresentados na Tabela 14. Esta classificação deverá ser registada numa folha de registo
(Anexo 11) própria que incluirá a seguinte informação: data, classificação da categoria de deposição de
poeiras, principais actividades efectuadas nesse dia que possam contribuir para a emissão de particulado.
O Programa de Gestão de Resíduos irá garantir que a geração, colecta, transporte e disposição final dos
resíduos inerentes às actividades sejam realizados de forma controlada, por meio de procedimentos
operacionais definidos, tendo como prioridade reduzir o volume total de resíduos que requerem
disposição final, aumentar a eficiência da recuperação, reuso e reciclagem de resíduos, além de minimizar
os impactes ambientais, por meio de tratamento e disposição final adequados. O Plano de Gestão de
Resíduos deverá considerar as directrizes e procedimentos definidos no Capítulo 9 deste Plano.
Cronograma de
Acção Descrição Responsável
Implementação
Fase de
Inventariar os - Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos Técnico de
Construção e
resíduos gerados. Ambiente
Operação
Promover a
segregação
dos resíduos
em função das
características - A segregação adequada dos resíduos gerados pela Fase de
Técnico de
e operação do Projecto, Colecta, Controlo, Transporte e Construção e
Ambiente
Disposição Temporária e Final de Resíduos. Operação
destinação a
ser adoptada
(colecta
selectiva)
O Programa de Gestão de Ruído e Vibração irá considerar as fontes de emissão (área operacional), as
fontes receptoras (áreas residenciais), bem como outras actividades realizadas na área de influência
directa do Projecto. Esse monitoramento do programa deve ser periódico, de modo a permitir o
acompanhamento das mudanças que ocorrem ao longo do tempo, tais como ampliações da área
operacional e modificações de rotinas de actividades, assim como, a própria evolução da ocupação da área
do entorno, que pode alterar as condições e as características das fontes receptoras.
Cronograma de
Acção Descrição Responsável
Implementação
Reduzir as emissões
de ruídos e vibrações
produzidos pelas
actividades da obra e Regularmente,
Responsável
minimizar seu - Manutenção adequada de veículos, máquinas e considerando
de
impacto nas equipamentos. quilometragem
Equipamentos
comunidades específica
directamente
afectadas e aos
trabalhadores
- Deverá ser adoptado a obrigatoriedade do uso de
EPIs (Equipamentos de Protecção Individual).
Fiscalizar e monitorar - Durante as fases de construção e operação do Técnico de
Fase de
a emissão de ruídos e projecto os níveis de pressão sonora deverão ser Saúde e
Construção
vibrações monitorados como forma de aferir a eficácia das Segurança
acções de controlo adoptadas e possibilitar a
correcção, em caso de não conformidades.
O Programa de Formação consiste na proposta de acções de formação em várias temáticas destinadas aos
trabalhadores abrangidos pelo projecto. Este programa irá assegurar as necessidades básicas de formação
e informação dos trabalhadores, tendo sempre em conta as funções que desempenham e os postos de
trabalho que os mesmos ocupam. Para tal, serão identificadas as necessidades de formação dos
colaboradores na área da conscientização ambiental, partindo-se para a elaboração do plano de formação,
o qual será posto em prática no início e ao longo da obra, através de acções de formação interna e externa.
Estes treinamentos deverão ser iniciados com uma breve avaliação crítica dos aspectos ambientais e
sociais associados à execução das actividades, discutindo os métodos e processos realizados e a realizar,
de modo a envolver os participantes e a comunidade na definição das acções de correcção e/ou de
melhoramento que deverão ser realizadas.
Este programa de gestão pretende reforçar as orientações já divulgadas pelos órgãos governamentais
sobre as medidas de prevenção da COVID-19. Portanto, apresentam-se aqui as medidas de mitigação que
devem ser implementadas para evitar ou minimizar a chance de infecção e planear o que fazer se os
trabalhadores do projecto forem infectados ou se as equipas de trabalho incluírem trabalhadores de
comunidades próximas que eventualmente possam estar afectadas pela COVID-19.
A tabela 18 a seguir, mostra as principais acções de gestão da COVID-19 que devem ser seguidas durante
a fase de projecto como na fase de obra.
Tabela 18: Programa de Gestão da COVID-19 (Adaptado com base nas “Orientações Provisórias sobre a
COVID-19, Versão 1: 7 de Abril de 2020, Banco Mundial”)
Cronograma
Actividades/Acções de Mitigação Se Responsável Alvo
Imediato Diário Contínua
Necessário
1.Avaliação das Características dos Trabalhadores
a) Preparar o perfil detalhado dos Adjunto
trabalhadores (duração dos contratos, Director de
escalas de trabalho, trabalhadores que Obra Trabalhadores
moram no estaleiro e/ou em suas
Eurico
casas na comunidade local).
Ventura
b) Identificar os trabalhadores com maior Técnico
risco de contrair a COVID-19 (com Saúde e
problemas de saúde subjacentes ou Segurança Trabalhadores
que possam estar em risco).
Augusta
Lialunga
c) Estabelecer medidas para assegurar Encarregado Trabalhadores
que os trabalhadores que moram no
Daniel e
estaleiro minimizem o contacto com as
Martinho comunidades
pessoas próximas ao estaleiro, e
Os métodos e processos devem evidenciar o cumprimento das boas práticas ambientais e deverão indicar
claramente:
Localização das frentes de trabalho e Estaleiro;
Materiais, equipamentos e necessidades de pessoal;
Transportes dos materiais e/ou equipamentos para dentro do local, que incluem vias de acesso e
vias de circulação rodoviária;
As disposições de armazenagem dos materiais e/ou equipamentos.
Procedimentos de emergência:
O processo de construção cumpre especificações ambientais relevantes.
Outras informações consideradas necessárias pela RE.
Os procedimentos e métodos necessários para determinadas actividades podem ser simplificados
e seu conteúdo serão acordados entre o Empreiteiro e o RE.
Os procedimentos e métodos construtivos são apresentados pelo menos dez (10) dias úteis antes
do início de trabalho proposto em um componente para dar tempo ao RE e permitir estudar e
aprovar.
Qualquer outro método, prazo de apresentação de Declaração será decidido pelo RE.
Não se iniciará o trabalho em qualquer das componentes do Projecto ou qualquer actividade até
que os processos e métodos sejam aprovados por escrito pelo RE e consultor.
Todas as actividades são desenvolvidas de acordo com o método aprovado.
Sob certas circunstâncias, o RE pode exigir alterações de métodos aprovados. Em tais casos, as alterações
propostas devem ser acordadas por escrito entre o contratado e o RE e registos mantidos. As alterações
aprovadas devem estar prontamente disponíveis e devem ser comunicadas a todos os funcionários
envolvidos no Projecto.
6.1 Geral
Quaisquer reclamações recebidas em relação a poeira pelo TSE serão registadas e comunicadas ao RE.
O RE pode exigir um Método de Declaração para algumas obras que implica a interrupção de um serviço
ou infra-estrutura pública ou privada.
Os locais de trabalho serão divididos em áreas de trabalho e áreas interditadas e serão marcados para
cada local. Os locais de trabalho são aquelas áreas requeridas para as obras e aprovadas pelo RE. As áreas
interditas são geralmente áreas fora das áreas designadas de trabalho, e pode incluir, mas não se limitam
a:
Serviços existentes e infra-estruturas essenciais (caminhos de ferro, estradas, pontes, redes de
As actividades de construção, sempre que possível serão limitadas a horas normais de trabalho. A TSE
cumprirá todas os requisitos previstos na legislação angolana específica e padrões internacionais,
incluindo do Banco Mundial. Em Angola não existe nenhuma orientação para os níveis de ruído durante a
fase de construção ou operação de uma obra. No entanto, as linhas de orientação da IFC/Grupo do Banco
Mundial (Abril, 2007) sobre o Ambiente, Saúde e Segurança (ASS) fornecem critérios e orientações que
têm vindo a ser adoptadas e são descritas de seguida. As linhas de orientação IFC/Grupo do Banco Mundial
sobre ASS fornecem critérios para os níveis de ruído que foram adoptados para este projecto. Os critérios
estabelecem o seguinte:
“O impacto sonoro não deve exceder os níveis apresentados na Tabela 1.7.1 da IFC/Grupo
do Banco Mundial (2007:53), ou resultar num aumento máximo dos níveis de fundo de 3
dB nos receptores mais próximos fora do local.”
Tabela 19: Níveis de Ruído segundo as Linhas de Orientação da IFC/Grupo do Banco Mundial sobre
ASS.
Zonas residenciais,
55 45
industrial e educacional
Industrial 70 70
Nos termos da legislação em vigor devem adoptar-se as medidas para garantir as condições de acesso,
deslocação e circulação necessárias à segurança de todos os trabalhadores no Estaleiro, incluindo os
elementos da Fiscalização, eventuais visitantes e transeuntes nas imediações do Estaleiro, tendo em conta
a natureza, características, dimensão e localização deste.
Conjuntamente com o Projecto do Estaleiro, a TSE preparou o Plano de Acesso, Circulação e Sinalização
tendo em conta toda a legislação aplicável e as indicações a seguir referidas. O Plano de Acesso, Circulação
e Sinalização, que é parte do Plano de Estaleiro, identifica todas as áreas de trabalho, como os escritórios,
posto de guarda, oficina, parques de material e de equipamento, parque de estacionamento, e pré-
fabricado. O Plano considera o seguinte:
A sinalização de zonas públicas terá de ser submetida à aprovação da Fiscalização e também à aprovação
das entidades competentes para o efeito. Deverá ser preparado um plano de sinalização específico para o
caso de intervenção na via rodoviária, definindo a sinalização necessária para garantir a segurança nos
trabalhos a realizar. Estes planos de sinalização respeitarão a regulamentação aplicável e serão sempre
sujeitos a aprovação prévia da Fiscalização, nos termos definidos no Caderno de Encargos.
Os sinais de segurança e de saúde a empregar no Estaleiro devem ser os regulamentares, devendo a TSE
privilegiar a utilização de sinais que possuam marcação do fabricante (na frente ou no verso) contendo o
nome do fabricante, o modelo e o ano de fabrico, bem como incluir no anexo abaixo referido a declaração
de conformidade desses sinais com a legislação vigente ou, caso se trate de sinais não previstos na
legislação, indicação das normas utilizadas. Essa declaração deverá ser passada pelo respectivo fabricante
e conter em anexo o catálogo desses sinais onde se identifiquem os modelos aplicados.
Nos casos gerais, os sinais devem ser colocados à altura da visão, não devendo ser colocados mais do que
(3) três sinais juntos. Na via rodoviária apresenta-se sem prejuízo a TSE, um conjunto mínimo de
sinalização de transito a adoptar:
A perturbação do acesso a propriedades será mantida um mínimo o tempo. O acesso será sempre
garantido em condições de segurança e com a autorização e presença do proprietário. Onde é inevitável
essas perturbações, as partes afectadas serão informadas com e pelo menos sete (7) dias úteis de
antecedência. Serão utilizados os seguintes procedimentos:
Deverá ser estabelecido o contacto com os proprietários a informar que haverá a perturbação de
acesso as propriedades, através de um comunicado. Neste comunicado será colocada informação
sobre a duração prevista e o período temporal em que ocorrerá a obra.
O proprietário deverá consentir ao acesso dos trabalhadores à sua propriedade para a execução
da obra. Este consentimento será registado num formulário de autorização.
No caso do acesso à propriedade for impedido pela obra serão garantidos acessos alternativos,
enquanto durar a obra.
Caso a obra em curso cause algum impacte negativo (fissura, derrube de parede/muro,
danificação de infra-estrutura, etc.) sobre o acesso à propriedade será da responsabilidade do
empreiteiro consertar.
A interrupção dos serviços (água, telefone, electricidade, etc.) será mantida num mínimo de tempo
Ambientes sensíveis com características naturais com valor ecológico elevado na envolvente da obra e
estaleiro serão designadas como áreas interditas e estarão sujeitas às condições descritas na Especificação
Ambiental. Deve-se ter em conta que áreas sensíveis com características naturais serão demarcadas antes
do início dos trabalhos, como por exemplo:
No caso de a obra causar algum impacte ao ambiente, será da responsabilidade da TSE, junto das
autoridades competentes criar mecanismos que possam atenuar/mitigar tais impactes.
A. Perturbação da Comunidade
Mobilizar uma equipa de trabalho;
Elaborar um diagnóstico básico sobre a comunidade;
Elaborar uma proposta de zoneamento e hierarquização do sistema viário.
O ER tem dez (10) dias úteis para responder ao reclamante, imediatamente após notificar a recepção da
queixa recebida.
Em fase de conclusão da obra, será exigida a reabilitação ambiental de todas as áreas perturbadas pela
empreitada:
Após a conclusão do contrato, dever-se-á encerrar o estaleiro de apoio às obras. Isso deve incluir o
seguinte:
Eliminação de todas as estruturas remanescentes, serviços, instalações, a menos vendido ou dado
ao proprietário.
A remoção de todos os escombros restante da construção e resíduos, para ser descartado em local
apropriado para descarte.
Reintegração e reabilitação de toda a área restante perturbado, incluindo vias de acesso
temporárias, círculos girando, áreas de estacionamento, etc.
O Decreto n.º 80/76 – Conservação e Protecção do Património Histórico e Cultural, a Lei n.º 14/05 –
Património e o Decreto n.º 53/13 – Regulamento sobre a Propriedade do Património Cultural, é a
legislação vigente que regula o Património Histórico e Cultural.
Em caso de se encontrar inesperadamente recursos culturais físicos durante as obras deve-se ter em conta
os procedimentos da Figura 11 abaixo.
Deve-se também:
Elaborar um formulário específico que deve ser usado se algum trabalhador encontrar algum tipo
de material que potencialmente possa ser de interesse cultural / arqueológico.
Desenvolver um documento formal que regularize o término da ordem de parar trabalhos uma
vez que estejam reunidas as condições necessárias de acordo com a legislação.
Desenvolver uma base de dados que inclua os contactos das Autoridades repostáveis pela gestão
de achados ao longo da área de Projecto.
Manter disponível a lista dos números de contacto de emergência e relevantes telefone para funcionários
e pessoal chave sobre os procedimentos necessários. Estes contactos devem ser inscritos em Português e
Umbundo (ver o PSS). Após a ocorrência de qualquer acidente deverá ser elaborado um relatório
específico, no qual se procederá à descrição, análise e avaliação da ocorrência, incluindo causas possíveis,
consequências, correcção e eventuais alterações nos procedimentos de segurança já estabelecidos para
evitar a ocorrência de situações semelhantes. O tratamento e remediação de áreas afectadas por situações
de emergência deverão ser realizadas e suportadas pela TSE. A extensão da remediação terá de ser
acordada com o RE, fiscalizador da obra e o dono da obra.
Incêndio
Todas as viaturas serão munidas de extintores. Os extintores de pó químico ABC e CO 2, que se
encontram devidamente identificados e distribuídos, conforme o definido no Plano de Estaleiro.
Meios Humanos
Dada a natureza dos trabalhos e o próprio âmbito da empreitada, em cada equipa de trabalho fará
parte integrante um técnico com habilitações/formação capazes de actuar sobre eventuais
ocorrências de emergência, até se verificar a chegada dos meios externos de intervenção, e de
coordenar, caso necessário, a evacuação das pessoas.
NOTA: No caso de não ser possível seguir o normal desencadeamento das acções de emergência, dever-se-á comunicar
directamente aos meios exteriores.
Telefones de Emergência
Os telefones de emergência deverão ser afixados na placa informativa do estaleiro, assim como em
cada veículo que estiver na frente de obra deverá ter uma cópia. Salienta-se ainda que cada veículo
mencionado deverá possuir uma caixa de primeiros socorros e um extintor ABC.
Derrame de Combustíveis Formação dos trabalhadores relativamente aos procedimentos para lidar Estancar ou eliminar o derrame utilizando barreiras de
com derrames acidentais de hidrocarbonetos e a limpeza dos espaços. areia, sacos de areia, material de serradura, absorvente e /
ou outros materiais aprovados pelo RE, tomando sempre
Armazenar com segurança os combustíveis.
as devidas precauções de segurança, incluindo EPI.
Adoptar a solução de contenção mais adequada tendo em atenção os
Absorver e recolher o derrame para um recipiente próprio
seguintes factores: de coesão do terreno, o nível do lençol freático e as
de modo a proceder à sua eliminação.
solicitações acidentais previsíveis
Notificar as autoridades competentes, informando acerca
Assegurar que os materiais e equipamentos necessários para lidar com os
do local exacto da ocorrência e qual produto derramado.
derrames e vazamentos estão disponíveis nos locais e em todos os
momentos. Esperar pela actuação das autoridades, não abandonando
o local e adoptando uma atitude preventiva no que diz
Manter disponível a lista dos números de contacto de emergência e
respeito aos efeitos que o derrame poderá provocar.
relevantes telefone para funcionários e pessoal chave sobre os
procedimentos necessários. Preencher o registo da ocorrência.
Prestar informações aos trabalhadores sobre a organização do estaleiro, Elaborar um relatório específico no qual se procederá à
afixando as suas regras na vitrina de segurança. descrição, análise e avaliação da ocorrência, incluindo
causas possíveis, consequências, correcção e eventuais
Zelar pelo cumprimento das regras de estaleiro impostas a todos os
alterações nos processos necessários para evitar a
frequentadores do mesmo.
ocorrência de situações semelhantes.
Incêndio/explosões Formação dos trabalhadores relativamente aos procedimentos para lidar Combater o incêndio com o extintor mais próximo.
com incêndios.
Accionar socorros externos – bombeiros.
Assegurar que os equipamentos necessários para combater os incêndios
Criar mecanismos e treinos de evacuação dos
estão disponíveis nos locais e em todos os momentos.
trabalhadores.
Manter disponível a lista dos números de contacto de emergência e
Afixar a sinalização de Ponto de Encontro no estaleiro,
relevantes telefone para funcionários e pessoal chave sobre os
para casos de emergência.
procedimentos necessários.
Manter o estaleiro devidamente organizado.
Recolher os resíduos e escombros e evacuá-los para os devidos locais de
recolha.
É proibido o transporte de pessoas fora das cabines. Os trabalhadores Se for fácil e seguro, desligar o motor do veículo
deverão ser transportados apenas em viaturas homologadas para o acidentado/ equipamento e utilize um extintor, a uma
efeito. distância segura do local de risco.
Todos os veículos terão de estar dotados de sinalizador sonoro Se houver um risco elevado de incêndio notificar as
automático de marcha atrás. autoridades competentes, informando acerca do local
exacto da ocorrência.
Dotar os equipamentos com extintores adequados.
Esperar pela actuação das autoridades, não abandonando
o local e adoptando uma atitude preventiva no que diz
respeito aos efeitos que o incêndio poderá provocar.
Preencher o registo da ocorrência.
Elaborar um relatório específico no qual se procederá à
descrição, análise e avaliação da ocorrência, incluindo
causas possíveis, consequências, correcção e eventuais
alterações nos processos necessários para evitar a
ocorrência de situações semelhantes.
Roturas em tubagens Antes de executar uma escavação, certificar-se que a mesma não vai Comunicar imediatamente a entidade correspondente a
colidir com elementos enterrados tais como: linhas eléctricas, de tubagem ou serviço danificado.
abastecimento de água, de gás, de saneamento ou outras. Isto implica o
Proibir a realização de trabalhos no local.
conhecimento rigoroso das redes técnicas existentes e contacto
permanente com as entidades envolvidas. Preencher o registo da ocorrência.
Elaborar um relatório específico no qual se procederá à
descrição, análise e avaliação da ocorrência, incluindo
causas possíveis, consequências, correcção e eventuais
alterações nos processos necessários para evitar a
ocorrência de situações semelhantes.
Desabamentos/deslizamento de Antes do início dos trabalhos, verificar o terreno, a fim de detectar Comunicar imediatamente a entidade.
terras possíveis fendas ou instabilidade no solo.
Proibir a realização de trabalhos no local.
Evitar sobrecargas no bordo da escavação (terras ou materiais).
Delimitação do local.
Organizar o trânsito dos veículos de carga, de forma a diminuir os efeitos
Remoção do material solto.
O Plano de Gestão de Resíduos (PGR) tem como finalidade principal o planeamento das acções a serem
tomadas na gestão dos resíduos de um Projecto, e deve ser elaborado de acordo à legislação ambiental
vigente na República de Angola em matéria de gestão de resíduos.
De acordo com o Regulamento sobre Gestão de Resíduos (Decreto Presidencial n.º 190/12 de 24 de
Agosto, artigo 4º), os resíduos produzidos no Empreendimento são agrupados em duas (2) categorias para
facilitar a identificação e segregação dos mesmos, nomeadamente: resíduos não perigosos e resíduos
perigosos. Relativamente à categorização, os resíduos produzidos estão inseridos na Lista Angolana de
Resíduos (LAR).
Será definido um programa de controlo e gestão de todos os resíduos expectáveis no Projecto. No mínimo,
será incluído o seguinte:
O Decreto Executivo n° 17/13, de 22 de Janeiro, veio estabelecer o regime jurídico específico a que fica
sujeita a gestão de resíduos resultantes de obras ou demolições de edifícios ou de derrocadas, designados
resíduos de construção e demolição (RCD), bem como a sua prevenção. Neste âmbito é previsto que nas
empreitadas e concessões de obras públicas, o projecto de execução seja acompanhado de um Plano de
Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (PPG), o qual assegura o cumprimento dos
princípios gerais de gestão de RCD e das demais normas respectivamente aplicáveis constantes do
presente decreto.
O PPG deve estar disponível no local da obra, para efeitos de fiscalização pelas entidades competentes, e
ser do conhecimento de todos os intervenientes na execução da obra. O objectivo desta norma de
procedimento é estabelecer uma metodologia para gerir os resíduos de forma a assegurar que:
No mínimo, o relatório deverá incluir os seguintes elementos e os do relatório tipo a ser fornecido pela
Fiscalização, bem como o previsto no appendix B do contrato (Environmental, Social, Health and Safety
Matrics for Progress Report):
Se assegurará que todas as autorizações pertinentes, certificados e permissões foram obtidos antes de
quaisquer actividades com início no local e são rigorosamente aplicadas / respeitadas. O Empreiteiro pode
solicitar a assistência do RE. Deverá manter-se um banco de dados de todas as licenças pertinentes e
permissões necessárias para o contrato como um todo e para as actividades pertinentes para a duração
do contrato, conforme ao modelo 6 e integrado no anexo 3. Para o Projecto de Design e Construção
de Infra-estruturas de Distribuição de Água Potável somente serão solicitadas duas autorizações conforme
a tabela 21 abaixo.
As lombadas das pastas de arquivo que sejam criadas no âmbito do Plano de Gestão Ambiental e Social
devem identificar objectivamente o seu conteúdo conforme seguidamente se exemplifica, apresentando-
se também algumas regras para a identificação de documentos e arquivos.
N.º do Arquivo
__/__
O Empreiteiro coloca à consideração do consultor e/ ou Dono de Obra, todas as alterações que pretende
efectuar ao PGAS aprovado conforme o modelo 2 incluído no anexo 2. Essas alterações deverão ser