Apostila 1
Apostila 1
Apostila 1
“Todo corpo e toda matéria que não fazem mais parte de um ser vivo; toda massa que não é organizada e
dotada de vida; todo corpo que não e mais vivo, ainda que possa apresentar os restos da organização de que
gozava” (Teoria dos corpos brutos por Lamarck)
A árvore da vida
Diversas são as formas de pensamentos sobre a origem da vida e muitos pensadores de diversas áreas
contribuíram de forma a desenvolver idéias de como teria surgido o primeiro ser vivo. Para alguns, as primeiras
moléculas orgânicas teriam sido sintetizadas próximas às fontes hidrotermais, pequenas chaminés que
expelem água aquecida pela lava do subsolo a cerca de 2500 m de profundidade em certas regiões do oceano
Pacífico. Essa água contém gás sulfídrico, que é oxidado por bactérias quimiossintetizantes, que funcionam
como os produtores de uma comunidade de organismos. Nessas regiões, as primeiras moléculas orgânicas
estariam protegidas contra choques de grandes meteoritos, que promoveriam a evaporação de água,
esterilizando a superfície dos mares. Para outros cientistas, muitas moléculas orgânicas poderiam ter caído na
terra juntamente com meteoritos e cometas.
Existem ainda aqueles que acreditam que as moléculas orgânicas se aderiram à argila, em vez de
espalhar-se pelo oceano (como acreditam outros), formando aglomerados concentrados de moléculas.
Segundo essa hipótese, é possível que as moléculas tenham interagido entre si produzindo novas moléculas
orgânicas, até que surgisse uma molécula capaz de se duplicar, provavelmente um RNA primitivo. Hoje
sabemos que além das proteínas, moléculas de RNA também podem funcionar como enzimas (Ribozimas),
embora não consiga se replicar sem o auxílio de enzimas, o químico americano David Bartel e seus
colaboradores conseguiram produzir em laboratório um RNA capaz de catalisar a união de nucleotídeos e
formar um trecho de outro RNA. Isso não prova que algo semelhante houve nos primórdios da vida, mas
incentiva as pesquisas nesse sentido.
Geração Espontânea-Abiogênese
Até meados do século XIX os cientistas acreditavam que os seres vivos eram gerados espontaneamente
do corpo de cadáveres em decomposição; que rãs, cobras e crocodilos eram gerados a partir do lodo dos
rios.Essa interpretação sobre a origem dos seres vivos ficou conhecida como hipótese da geração
espontânea ou da abiogênese (a= prefixo de negação, bio = vida, genesis = origem; origem da vida a partir
da matéria Bruta). Mesmo Aristóteles, um filósofo grego que viveu de 384 a 322 a.C. e cujas idéias
influenciaram diversas áreas do conhecimento, acreditava que um “princípio ativo” ou “vital” teria a capacidade
de transformar a matéria em um ser vivo. Jan Baptist van Helmont (1577 – 1644), um cientista belga, chegou a
dar uma receita para produzir seres vivos. Ele ensinava a produzir ratos a partir de uma camisa suada suja
colocada com grãos de trigo em um local protegido.
Os experimentos de Redi
Em 1668, Francesco Redi (1626 -1697) investigou a suposta origem de vermes em corpos em
decomposição. Ele observou que moscas são atraídas pelos corpos em decomposição e neles colocam seus
ovos. Desse ovos surgem as larvas, que se transformam em moscas adultas. Como as larvas são vermiformes,
os “vermes” que ocorrem nos cadáveres em decomposição nada mais seriam que larvas de moscas. Redi
concluiu, então, que essas larvas não surgem espontaneamente a partir da decomposição de cadáveres, mas
são resultantes da eclosão dos ovos postos por moscas atraídas pelo corpo em decomposição.
F. Redi
“...Spallanzani selou hermeticamente dezenove frascos que continham diversas substâncias e ferveu-
os por uma hora. Mas, pelo método de tratamento pelo qual ele torturou suas dezenove infusões
vegetais, fica claro que enfraqueceu muito ou até destruiu a força vegetativa das substâncias em
infusão...”.
Biogênese
Após os experimentos de Redi, a hipótese da geração espontânea voltou a ser cogitada no século XVIII,
para explicar a origem de seres microscópicos, na época denominados micróbios e hoje chamados de
microorganimos. Os cientistas dividiram-se em duas correntes de opinião: a geração espontânea e a partir dos
germes presentes no ar, que ao cair em ambientes propícios e ricos em alimento, proliferavam-se
espetacularmente. Essa discussão proliferou-se até meados do século XIX quando Louis Pasteur demonstrou
experimentalmente que os seres microscópicos presentes em caldos nutritivos sempre resultam da
contaminação por microorganismos ou por seus esporos presentes no ar. De acordo com a biogênese todo o
ser vivo provém de outro pré-existente. Observe o experimento de L. Pasteur:
Evolução química
A vida deve ter surgido de matéria inanimada, com associações entre as moléculas, formando
substâncias cada vez mais complexas, que acabaram organizando um primeiro ser vivo. Essa teoria for
formulada inicialmente na década de 1920 por Oparin e Haldane.
A atmosfera terrestre primitiva certamente tinha uma composição totalmente diversa da atual. Talvez
fosse rica em gases como: metano (CH4), amônia (NH3), hidrogênio (H2) e vapor de água (H2O).
Essa atmosfera era inóspita para a vida, rica em gases tóxicos e sem oxigênio, exposta a altas
temperaturas, cortada por constantes centelhas elétricas e varrida pelos raios ultravioleta da luz do Sol, pois
ainda não existia a camada de ozônio (O3) que hoje nos protege. Esses gases devem ter-se combinado
originando moléculas orgânicas, os aminoácidos. Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos
combinavam-se uns com os outros, formando proteínas.
• As chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Surgia uma "sopa de proteínas"
nas águas mornas dos mares primitivos.
• As proteínas dissolvidas em água formavam colóides. Os colóides se interpenetravam e originavam os
coacervados.
• Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas
delimitadas por membrana lipoprotéica. Surgiam as primeiras células.
• Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de
realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais
evoluídas. Entravam no palco da Natureza os seres autótrofos fotossintetizantes. E, como esses seres
passaram a eliminar oxigênio para a atmosfera, isso abriu caminho para que surgisse um novo tipo de
organismo - o dos seres de respiração aeróbia (que respiram o oxigênio do ar). Até então, todos os
organismos existentes eram anaeróbios (seres que não utilizam o oxigênio para a sua respiração). Hoje, a
grande maioria dos seres vivos se enquadra entre os organismos aeróbios.
OBS: Um pensamento científico forte acredita que a Terra surgiu pela agregação progressiva de matéria e de
pequenos corpos presentes no disco que circundava o Sol recém formado, entre 4,5 e 5 bilhões de anos atrás. Ao
atingir determinado tamanho, o jovem planeta Terra já desenvolvera uma gravidade suficientemente forte para
atrair gases como Hélio (He) e o Hidrogênio (H2) que passaram a constituir um envoltório gasoso em seu redor.
Surgia, assim, a atmosfera primária da Terra. Essa atmosfera logo desapareceu, provavelmente arrastada pela
turbulência causada pelas fortes emissões de energia solar. Como resultado, a Terra e os demais planetas
próximos ao Sol ficaram praticamente sem nenhuma atmosfera ao seu redor. Mais tarde surgia então a atmosfera
secundária que deu início à formação dos primeiros seres vivos.
1- Metabolismo Heterotrófico
Segundo essa hipótese os primeiro seres foram heterótrofos, ou seja, não tinham capacidade de produzir
energia/alimento. Esse modo de nutrição é atualmente encontrado em muitas bactérias, fungos, protozoários e
animais. Mais recentemente alguns cientistas propuseram a hipótese autotrófica.
2- Metabolismo autotrófico
Ganhou adeptos nos últimos anos. A principal evidência foi a descoberta de bactérias primitivas, que obtém
energia a partir de reações inorgânicas simples em ambientes inóspitos, tais como fontes termais e fendas
submarinas, em cavidades de rochas. Essas bactérias foram chamadas de Quimiolitoautotróficas (“comedoras
de rochas”) porque usam a energia liberada por reações entre componentes inorgânicos da crosta terrestre para
fabricar as moléculas orgânicas que lhes servem alimentos. A teoria baseia-se no fato de que seus mecanismos
de obtenção de energia são bem mais simples que os utilizados por todos os outros seres. A partir desses seres
quimiolitoautotróficos teriam se originado os demais tipos de organismos, primeiramente os fermentadores, depois
os fotossintetizantes e, por último, os respiradores aeróbios.
Há cerca de dois bilhões de anos ocorreu uma grande inovação na estrutura dos seres vivos: o surgimento
da célula eucariótica. As mitocôndrias estão presentes em praticamente todas as células eucariotas e nelas
ocorre a respiração celular. Os plastos estão presentes em algas e vegetais, e neles ocorre a fotossíntese. Os
cientistas acreditam que tanto as mitocôncrias como os cloroplastos descendem de bactérias primitivas que, em
um passado distante, associaram-se às primeiras células eucariotas. Essa é a idéia central da Hipótese
Endossimbiótica.
Diversos são os indícios de que isso realmente pode ter ocorrido, um deles é o fato de que essas duas
organelas apresentam DNA próprio, sintetizam proteínas em pequenos ribossomos, muito semelhante aos das
bactérias e são capazes de se autoduplicar. Métodos recentes de análise bioquímica dos genes permitiram
determinar até mesmo qual grupo de bactérias pertenciam os ancestrais das mitocôndrias e dos plastos, bem
como a época aproximada em que ocorreu a associação entre os dois tipos de células.
Ao lado, podemos
identificar que a célula
ancestral dos fungos,
protozoários e animais é a
mesma, o que explica o
fato de ambos serem
heterótrofos (não
fabricam o próprio
alimento).
Área da biologia que se destina ao estudo das células e estruturas celulares desde o nível atômico
molecular até o nível celular.
Em 1838, dois pesquisadores alemães, Matthias Schleiden e Theodor Schwann, formularam a teoria
celular segundo a qual “todos os seres vivos são formados por células”. As células são, portanto, as unidades
morfológicas e funcionais dos seres vivos (morfofisiológicas). Schleiden concentrou suas observações em
plantas e Schwann em animais. Atualmente os vírus são as únicas exceções a essa teoria, pois não são
formados por células, porém dependem delas para sua reprodução.
Estudaremos essas células em nível de membrana, citoplasma e núcleo, suas funções e fisiologia
interna, bem como os tipos celulares e os processos de divisão das células.
Mesossomo: Dobra de membrana formada em resposta à manipulação bacteriana. Imaginava-se que estava envolvida na
respiração celular e outras funções.
Fímbrias: Estruturas de adesão. Em algumas espécies, certas fímbrias podem ser usadas para aumento de variabilidade
genética (fímbria sexual ou pili sexual).
Nucleoide: Emaranhado de DNA, geralmente central e circular (podemos chamar esse material genético do procarioto de
cromossomo bacteriano).
Cápsula: Material externo protetor. Pode ser formado por açúcares e outras moléculas.
Plasmídeos: DNAs extras envolvidos com divisão bacteriana e defesa.
Inclusões: Material orgânico de reserva (amido e glicogênio nas cianobactérias e glicogênio nas bactérias).
Célula eucariótica vegetal Célula eucariótica animal
Tem na célula animal, mas não na vegetal: Lisossomos, centro celular com centríolos (ausente na
maioria dos vegetais) e glicocálix. Os vacúolos nas células animais são pequenos e numerosos.
Tem na célula vegetal, mas não na animal: Parede celular, cloroplasto, vacúolo central e plasmodesmos.
Constituição geral de uma célula IMPORTANTE: Esse microscópio nunca é usado para
visualizar moléculas e vírus, pois somente é possível
essa visão com microscopia eletrônica.
Micrômetro – Metro/milhão
Nanômetro – Metro/bilhão
Parede celular
A parede celular é composta por 3 camadas mais ou menos distintas: a lamela média (camada mais
externa compartilhada com células vizinhas), a parede primária e a parede secundária. Estas camadas são
formadas essencialmente por celulose, lignina (responsável pela rigidez das células), gorduras (protegem as
células dos tecidos em contato com o exterior) e outras como a pectina. A parede celular é encontrada em
bactérias, em algas do reino protista, nos fungos e nos vegetais.
Membrana plasmática
Todas as células apresentam a membrana plasmática como revestimento celular. Ela delimita a célula e
regula as substâncias que entram ou saem, regulando inclusive o sentido do movimento. Isso é essencial para
o metabolismo celular, pois este só se processa se as substâncias estiverem presentes nas quantidades
adequadas. Esta capacidade de selecionar as substâncias que entram ou saem da célula é designada por
permeabilidade seletiva ou semi-permeabilidade (substâncias lipossolúveis). Outra importante
característica da membrana é quanto a sua composição formada por fosfolipídios e proteínas (lipoprotéica). A
membrana plasmática apresenta-se como um mosaico-fluido, modelo estabelecido por Singer e Nicholson.
Os fosfolipídios:
OBS: O glicocálix contribui para a união entre as células epiteliais. É uma camada glicoprotéica ou
glicolipídica que também apresenta função de reconhecimento celular.
O citoesqueleto
Apesar de parecer vazio, quando observado ao microscópio óptico, o hialoplasma é formado por uma
matriz de fibras denominada citoesqueleto. O citoesqueleto tem como função dar suporte à célula e aos
diferentes organóides, bem como auxiliar o seu deslocamento. Fazem parte do citoesqueleto os
microfilamentos, os microtúbulos e os filamentos intermediários. Chama-se ciclose o movimento interno
sofrido pelas células, com participação especial do citoesqueleto. É uma corrente citoplasmática capaz de
deslocar organelas como mitocôndrias, vacúolos digestivos e cloroplastos.
Ciclose
Transporte passivo- Não há gasto energético. Pode ocorrer do meio onde há maior concentração de
substâncias para o meio em que há menor concentração delas. Exemplos: Difusão simples e facilitada.
Difusão simples- Esse tipo de transporte se processa a favor do gradiente de concentração (do meio mais
concentrado para o menos concentrado). Ocorre comumente com substâncias solúveis nos fosfolipídeos da
bicamada. É o caso dos gases oxigênio e gás carbônico.
Difusão facilitada- Assim como a difusão simples o movimento das substâncias se processa a favor do
gradiente de concentração, porém, o tamanho ou constituição da molécula não é favorável a uma difusão
simples. Isso requer a intervenção de proteínas especializadas da membrana (permeases, que são
específicas para cada tipo de substância). Como exemplo temos o processo de entrada da glicose nas
células.
Osmose- É um caso especial de transporte passivo, pois se processa do meio menos concentrado (hipotônico)
para o mais concentrado (hipertônico). Nesse caso não se trata de um soluto e sim de um solvente (a água). O
objetivo do transporte é tornar o meio em questão isotônico. As porinas (aquaporinas) são proteínas que formam
poros (ou canais), verdadeiros túneis para passagem de água e íons.
Transporte ativo: Há gasto energético. O processo ocorre com as substâncias sendo transportadas do meio
menos concentrado para o meio mais concentrado. O transporte ativo é direcional e três tipos de proteínas
estão envolvidas: Uniport-transportadores que carregam um único soluto em uma direção. Ex. a proteína
ligante de Ca2+ encontrada na membrana plasmática e na membrana do retículo sarcoplasmático de muitas
células transporta ativamente para regiões tanto fora da célula quanto dentro do retículo sarcoplasmático
onde a concentração desse íon já é superior; Simport- transportadores que carregam dois solutos na mesma
direção. Ex. a incorporação de aminoácidos desde o intestino até as células que o recobrem requer a ligação
simultânea de sódio e aminoácidos na mesma proteína carreadora; Antiport- transportadores que carregam
dois solutos em direções opostas (um entra e outro sai). Ex. muitas células possuem a bomba de sódio e
potássio, que move o sódio para fora e o potássio para dentro. Abaixo os principais transportes que envolvem
gasto energético.
Clasmocitose- O metabolismo celular exige produção e degradação de moléculas distintas. Esse processo
pode gerar resíduos que devem ser eliminados para fora das células. Formam-se vesículas que são eliminadas
para o meio externo. Ao aproximar-se da membrana plasmática, a membrana da vesícula funde-se com a
membrana plasmática libertando, assim, o seu conteúdo para o exterior da célula.
Resumo dos processos
As organelas citoplasmáticas
Ribossomos- São organelas com função de produção de proteínas que atuam no citosol e no núcleo celular e
das proteínas que formam o citoesqueleto. Inicialmente são produzidas no interior do núcleo (nucléolo) e são
formados por duas subunidades (uma maior e outra menor) que unem-se durante o processo de síntese
protéica. Vão atuar livremente no citoplasma ou fazer parte do Retículo Endoplasmático Rugoso. Os
ribossomos serão melhor estudados no processo de “Tradução” que ocorre no citoplasma, no conteúdo de
“núcleo celular”.
Retículo endoplasmático (liso e rugoso)- São tubos e bolsas membranosas que podem apresentar
ribossomos aderidos (granular ou rugoso) ou não (agranular ou liso).
Lisossomos- São bolsas membranosas que contém dezenas de tipos de enzimas digestivas, capazes de
digerir diversas substâncias. Algumas enzimas são as nucleases (digerem DNA e RNA), proteases, fosfatases,
além de enzimas que digerem polissacarídios e lipídios. As células animais podem conter centenas de
lisossomos. Podem digerir material capturado do exterior por fagocitose ou por pinocitose (heterofagia) ou
digerir partes desgastadas da própria célula (autofagia). Os lisossomos são também responsáveis pela
autólise celular, onde há rompimento dos lisossomos e posterior morte da célula e do tecido. O processo
também pode ser chamado de apoptose. Um exemplo é a redução da cauda dos girinos.
Peroxissomos- São organelas presentes nas células animais e em muitas células vegetais. Elas contém
diversos tipos de oxidases, enzimas que utilizam gás oxigênio para oxidar substâncias orgânicas. Por exemplo,
a água oxigenada (H2O2- peróxido de hidrogênio) é uma substância tóxica para as células, mas os
peroxissomos apropriadamente contêm a enzima catalase, que transforma o peróxido de hidrogênio (em água
e gás oxigênio. São organelas abundantes no fígado e nos rins.
Funções dos peroxissomos: Oxidação de ácidos graxos para serem utilizados na respiração celular e na
síntese de compostos importantes, como o colesterol. Também participam na produção dos ácidos biliares. As
enzimas peroxissômicas são produzidas por ribossomos livres no citosol. Certas sementes dos vegetais,
principalmente as oleaginosas, possuem um tipo especial de peroxissomo, o glioxissomo, cuja função é fazer
com que os lipídios armazenados na semente se transformem em açúcares, consumidos durante o processo
de germinação.
Plastos- São organelas presentes apenas em células de plantas e algas. Variam conforme o organismo. Há
três tipos de plastos: cloroplastos, cromoplastos e leucoplastos.
Os cloroplastos são os principais e caracterizam-se pela cor verde pelo pigmento clorofila. Em um
cloroplasto há enzimas, DNA, RNA, além de ribossomos semelhantes aos das células bacterianas. É nos
cloroplastos que ocorre a fotossíntese, processo no qual moléculas de gás carbônico (CO2) e de água (H2O)
reagem formando glicídios e gás oxigênio (O2). A energia necessária para tal processo é a energia luminosa e,
por meio da fotossíntese, algas e plantas produzem açúcares utilizados em suas próprias mitocôndrias para a
produção de ATP. Como produzem sua própria energia química dizemos que são organismos autotróficos. O
processo químico da fotossíntese será visto futuramente no conteúdo envolvendo a “química celular”.
Alguns plastos não têm clorofila, e sim pigmentos vermelhos ou amarelos, sendo por isso chamados de
cromoplastos. Essas organelas são responsáveis pelas cores de certos frutos e flores, de algumas raízes,
como a cenoura, e de folhas que se tornam amareladas ou avermelhadas no outono. A função dos
cromoplastos nas plantas ainda não é pouco conhecida. Outros plastos não possuem pigmentos e são
chamados de leucoplastos. Estão presentes em certas raízes e caules, e sua função é o armazenamento de
amido. Esse polissacarídio é fabricado a partir de glicídios produzidos na fotossíntese e acumula-se no
leucoplasto, podendo ocupar totalmente o interior da organela, que cresce e se transforma em um amiloplasto
(ou grão de amido). Esse amido pode ser convertido em glicose e ser usado na respiração celular.
Vacúolos- São pequenos em células vegetais jovens e vão aumentando gradativamente de tamanho e
fundindo-se uns aos outros até constituir o grande vacúolo vegetal. É delimitado por uma membrana, o
tonoplasto. O vacúolo de célula vegetal contém uma solução aquosa ácida composta de íons orgânicos,
açúcares, aminoácidos, ácidos orgânicos e, em alguns casos, proteínas, como ocorre nas células das
sementes. Esses sais podem cristalizar assumindo formas geométricas espaciais em forma de estrelas
(drusas) ou em forma de agulhas (ráfides). Pode desempenhar função dos lisossomos nas células, já que
também apresenta algumas enzimas digestivas. Há nos protistas um vacúolo de regulação osmótica chamado
vacúolo contráctil ou pulsátil.
Centríolos- São constituídos por 9 conjuntos de 3 microtúbulos, unidos por proteínas adesivas. Com exceção
dos fungos e das plantas superiores as células eucariotas apresentam um par de centríolos orientados
perpendicularmente na região do centrossomo. Pouco antes de uma célula dividir-se eles se autoduplicam. Ao
lado de cada centríolo do par original forma-se um novo, pela agregação de moléculas de tubulina presentes
no citosol. Quando a célula inicia a divisão propriamente dita o centrossomo divide-se em dois, cada um com
um par de centríolos.
Função dos centríolos: Participam da divisão celular e são responsáveis pela cinética celular; originam os
cílios e os flagelos.
Mitocôndrias- Seu número varia de dezenas a centenas, dependendo do tipo celular. As mitocôndrias são
delimitadas por duas membranas lipoprotéicas. A mais externa é lisa e semelhante às demais membranas
celulares, enquanto a membrana interna é diferente e apresenta dobras chamadas cristas mitocondriais, que
se projetam para o interior da organela. O interior é preenchido por um líquido viscoso- a matriz mitocondrial
– que contém diversas enzimas, DNA, RNA e ribossomos menores que os citoplasmáticos (mitorribossomos) e
muito semelhantes aos ribossomos bacterianos. Nelas ocorre a respiração aeróbia, processo em que
moléculas orgânicas reagem com o gás oxigênio, formando gás carbônico e água e liberando energia, que é
armazenada em moléculas de ATP (trifosfato de adenosina). O ATP produzido nas mitocôndrias difunde-se
para outras regiões da célula e fornece energia para as mais diversas atividades celulares.O conjunto de
mitocôndrias em uma célula é conhecido pelo nome de condrioma.
O processo detalhado da respiração será visto durante o conteúdo da “química celular”.
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Leitura obrigatória
Mitossomos e Hidrogenossomos- Certos protozoários e fungos anaeróbios não tem mitocôndrias, eles
possuem outros tipos de organelas relacionadas com a energia que possivelmente evoluíram de mitocôndrias,
como uma adaptação a ambientes anaeróbios.
Uma dessas organelas é o hidrogenossomo, presente em certos fungos, em protozoários flagelados
como o causador da Tricomoníase e em protozoários ciliados que vivem no trato digestório de mamíferos
ruminantes. São bolsas quase esféricas, delimitadas por duas membranas lipoprotéicas, em cujo interior ocorre
degradação de ácido pirúvido ou de ácido málico, com produção de gás hidrogênio, gás carbônico e ácido
acético. Nessas reações é liberada energia armazenada em moléculas de ATP. O hidrogenossomo do ciliado
Nyctotherus ovalis apresenta DNA.
Um outro tipo de organela é o mitossomo, presente em certos protozoários anaeróbios como algumas
amebas e a giárdia que não possuem os hidrogenossomos. São semelhantes aos hidrogenossomos e não
possuem DNA. Apesar de não gerarem ATP diretamente, são o local de produção de complexos de ferro e
enxofre, de que as células necessitam para gerar ATP.
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Núcleo Celular
O núcleo é de fundamental importância para grande parte dos processos que ocorrem nas células,
dentre eles, a produção dos ribossomos, divisão celular, produção de RNAm e outros. Algumas células podem
apresentar um ou mais núcleos e outras podem ser até anucleadas, como ocorre com os eritrócitos
(hemáceas). Assim, o núcleo é o responsável por manter grande parte do metabolismo celular, já que
apresenta o material hereditário dos organismos eucariotos, o DNA. Recentemente descobriu-se uma organela
chamada retículo nucleoplasmático (internamente ao núcleo) com função de armazenamento de cálcio para
sua posterior utilização.
-Carioteca- É a membrana nuclear, formada por duas membranas lipoprotéicas, cada uma delas com
organização estrutural semelhante à das demais membranas celulares. Entre as membranas existe um espaço
denominado perinuclear. A membrana externa comunica-se com o retículo endoplasmático granuloso, e,
como ele, apresenta ribossomos aderidos em sua superfície.
*Complexo do poro- A carioteca apresenta poros ou annuli, delimitando espaços através dos quais ocorrem
trocas de substâncias entre o núcleo e o citoplasma. Em cada poro há um complexo de proteínas que regula a
entrada e saída de substâncias, de modo que há controle sobre o que entra e sai do núcleo.
-Cariolinfa (nucleoplasma)- é constituído de substâncias (íons, vários tipos de enzimas, moléculas de ATP)
dissolvidas em água.
-Nucléolo- É uma região mais densa no interior do núcleo não delimitada por membrana. É o local de intensa
síntese do ácido ribonucleico ribossômico (RNAr). Essa síntese ocorre em regiões de determinados
cromossomos, denominadas regiões organizadoras do nucléolo – RON, onde estão os genes responsáveis
por esse processo.
-Cromatina- consiste em DNA associado a proteinas chamadas histonas. A cromatina é o material que
forma cada um dos cromossomos.
Quanto à ploidia:
-Haplóide- é o tipo celular ou ser vivo que possui apenas um conjunto cromossômico. É representado por “n”.
-Diplóide- é o tipo celular ou ser vivo que possui dois conjuntos cromossomicos. É representado por “2n”.
Ainda é possível encontrarmos células triplóides e tetraplóides em alguns casos.
Os tipos de cromossomos:
Fazem parte de um grupo de moléculas orgânicas de enorme importância para os seres vivos. Tanto o
DNA (ácido desoxirribonucléico) como o RNA (ácido ribonucléico) são compostos por sua unidade estrutural, o
nucleotídeo. Tanto o DNA como o RNA são formados por quatro nucleotídeos diferentes. Cada nucleotídeo
apresenta um grupo fosfato, uma pentose (açúcar) e uma base nitrogenada.
Existem cinco bases nitrogenadas: ADENINA, CITOSINA, GUANINA, TIMINA E URACILA. Essas bases
podem ser purinas (guanina e adenina) ou pirimidinas (citosina, timina e uracila) Observe abaixo o esquema
que representa um nucleotídeo com seus constituintes:
O DNA
É formado por duas cadeias polinucleotídicas enroladas entre si, formando uma estrutura de dupla
hélice. As duas cadeias encontram-se ligadas entre si pelas bases nitrogenadas dos nucleotídeos através de
ligações de hidrogênio, sendo que a base guanina (G) liga-se à citosina (C) e a base adenina (A) liga-se à
timina (T). O DNA tem a função bioquímica de assegurar a transmissão da informação genética de uma
geração para a próxima bem como de, ao ser portador dessa informação, controlar a síntese protéica.
O DNA foi decifrado em 1953 por James Watson e Francis Crick como uma molécula helicoidal com
duas cadeias de nucleotídeos que são complementares e antiparalelas.
O DOGMA CENTRAL DA
O processo de replicação
Durante a divisão celular o material genético presente na célula é transmitido às células-filhas. A
replicação do material genético tem de ser o mais fiel possível ao original para que todas as características
sejam transmitidas. Cada uma das duas novas moléculas de DNA possui uma cadeia da molécula inicial,
obtendo-se assim uma replicação semi-conservativa. A outra cadeia, de cada uma das moléculas é obtida
através de um processo em que se forma uma cadeia complementar à que já existe. Esse processo é
catalisado por diversas enzimas (a enzima DNA polimerase e enzima Helicase, por exemplo). Observe o
esquema com atenção:
O sentido da replicação é dado pela helicase (sentido da deselicoidização). As duas novas fitas são produzidas em sentidos
opostos. O sentido apresentado (5’-3’) é o sentido da síntese e da DNA polimerase.
IMPORTANTE: São muitas enzimas no processo de replicação, o material apresenta os mecanismos básicos do processo.
O RNA
É formado através da transcrição de segmentos de uma das duas cadeias de moléculas do DNA. A
transcrição é catalisada por uma enzima, a RNA polimerase. Ela tem a capacidade de reconhecer o local exato
onde deve iniciar a transcrição, iniciando a síntese de RNA e iniciando o percurso ao longo da cadeia de DNA
até o local onde reconhece o sinal de “stop”, libertando a cadeia de RNA sintetizada. No RNA existem riboses,
e a base timina (T) é substituída pela base uracila (U).
Splicing do RNA
“Hereditariedade”
Universal: Os códons e os aminoácidos correspondentes são os mesmos na maioria dos organismos. Ex. o
código ACU corresponde à treonina em um elefante e em uma figueira.
Degenerado: Há mais códons do que aminoácidos, assim, diferentes códons podem corresponder ao
mesmo. Ex. GCU, GCC GCA e GCG correspondem à alanina.
Não-ambíguo: Um códon só corresponde a um aminoácido. Ex. GCU é apenas correspondente à alanina e
não a outro.
A Síntese de Proteínas
A sede da síntese de proteínas é o Ribossomo que recebe o RNAm livre no citoplasma ou no RER.
Abaixo todas as etapas da formação dos ribossomos e da Tradução, a produção das proteínas.
EVO-DEVO E GENES HOX
A união de duas áreas da biologia – Evolução e Desenvolvimento embrionário – é hoje um dos novos
campos de trabalho, que tem sido chamado de EVO-DEVO. Essas áreas se uniram para tentar entender o
processo de evolução animal. Muitos pesquisadores estão ligados a essa nova área que tem contribuído muito
para os avanços nas pesquisas científicas.
Sabe-se que a regulação do desenvolvimento embrionário se faz por meio da ativação ou inibição
sequencial de um conjunto de genes reguladores (ou homeóticos) que, por sua vez, ativam ou inibem outros
genes. Em geral, os genes reguladores produzem proteínas que vão se ligar e influenciar a atividade de outros
genes, que vão codificar proteínas que vão ativar outros genes, e o efeito cascata continua. Mutações nos
genes homeóticos podem provocar graves modificações no corpo dos animais.
Os genes homeóticos que são ativados logo no início do desenvolvimento embrionário contribuem para
determinar o eixo do corpo. Por exemplo: qual parte do embrião será a região anterior e qual parte será a
posterior; qual será a dorsal e qual será a ventral. Esses genes que se expressam cedo no efeito cascata
também determinam os tipos básicos de tecidos do corpo. Genes que são ativados mais tarde atuam em
regiões morfológicas distintas no corpo, diferenciando, por exemplo, a cabeça do abdômen. Mais tarde ainda
na cascata, os genes determinam o crescimento de apêndices, como as pernas. Esse processo continua até
que os mais refinados detalhes morfológicos sejam definidos.
Muitas classes diferentes de genes homeóticos compartilham uma mesma sequência de DNA. Essa
sequência, conhecida como HOMEOBOX, é formada por 180 nucleotídeos e codifica 60 aminoácidos que vão
fazer parte das proteínas codificadas por esses genes. Esse trecho da molécula protéica tem a capacidade de
se ligar ao DNA inibindo ou ativando a trancrição gênica. A classe mais bem estudada de genes homeóticos
que contém essa sequência de DNA é chamada hox e é a que ocorre em todos os animais.
O conjunto de genes hox determinam o destino de regiões específicas do corpo. Geralmente esses
genes são ativados e expressos no corpo na mesma sequência em que se encontram posicionados nos
cromossomos. Em artrópodes (na mosca-da-fruta, por exemplo) os primeiros genes hox da sequência no
cromossomo determinam o desenvolvimento da cabeça e estruturas associadas; os que ficam na região
intermediária no cromossomo determinam o desenvolvimento da região mediana do corpo onde surgem as
pernas e as asas, e os que ficam na região posterior do cromossomo determinam o desenvolvimento da região
posterior do corpo. Ao longo da evolução, é possível observar um aumento no número de genes hox nos
grupos animais. Abaixo, os genes homeóticos que comandam a formação do corpo da drosófila.
Divisão celular
O ciclo celular corresponde ao período no qual a célula não está se dividindo (Intérfase) mais o período
da divisão celular. Nos organismos, a taxa de divisão celular é variável dependendo do grupo celular analisado.
Por exemplo, células da pele e células formadoras dos elementos figurados do sangue estão se dividindo
continuamente. Já as células do tecido ósseo entram em divisão nos adultos após alguma lesão ou fratura.
Durante a interfase, a célula encontra-se em intensa atividade metabólica e síntese protéica. A
replicação do DNA nesse período é fundamental para que o número de cromossomos se mantenha constante
nas duas células formadas (caso da mitose). Há células que permanecem em um estado modificado chamado
G0 e não se dividem mais, como é o caso das fibras musculares. Algumas, ao serem estimuladas, podem
reiniciar um novo ciclo celular. Neste grupo estão as células do fígado, por exemplo.
O ciclo celular
Mitose
É a divisão conhecida como equacional, na qual uma célula divide-se originando duas células com igual
ploidia. A mitose é importante para que ocorra crescimento, desenvolvimento embrionário, regeneração de
tecidos e para a reposição celular. Durante a mitose há quatro fases (PRÓFASE, METÁFASE, ANÁFASE E
TELÓFASE)
Prófase
Os centríolos sofrem duplicação (fato que também pode ocorrer na interfase); desaparecem a carioteca
e o nucléolo; formam-se as fibras do fuso (a partir dos centríolos); os cromossomos continuam o processo de
condensação.
Metáfase
As fibras do fuso prendem-se aos cinetócoro do centrômero do cromossomo; os cromossomos passam a
ficar dispostos na região mediana da célula (placa equatorial); os cromossomos atingem o máximo grau de
condensação (fase ideal para fazer o cariótipo)
Anáfase
Ocorre duplicação dos centrômeros; as fibras do fuso encolhem; cromátides migram para os pólos
opostos da célula.
Telófase
Reaparecimento da carioteca e do nucléolo; desaparecem as fibras do fuso; cromossomos se
descondensam; ocorre na citocinese.
Tipos de citocinese
Meiose
É a divisão que reduz à metade o número de cromossomos da célula que entra em divisão. Nesse
processo, por duas divisões sucessivas, uma célula diplóide origina quatro células haplóides. Nos animais, de
uma forma geral, a meiose é realizada por células especiais nos testículos (nos túbulos seminíferos) do macho
ou nos ovários da fêmea. Também é precedida pela interfase.
Prófase I
É uma fase de fundamental importância pois é nela que ocorre o Crossing-over (recombinação ou
permutação), fenômeno de aumento da variabilidade genética dos cromossomos. Observe as cinco etapas da
prófase I para a ocorrência desse processo.
Metáfase I
Cromossomos homólogos dispostos lado a lado na região mediana da célula; cromossomos atingem o
seu maior grau de condensação.
Anáfase I
Não ocorre a duplicação dos centrômeros; cromossomos homólogos migram para os pólos opostos da
céula.
Telófase I
Reaparecem a carioteca e o nucléolo temporariamente; cromossomos se descondensam, sendo cada
uma das células formadas já haplóides, porém com cromossomos duplicados. Ao final desta fase ocorre a
intercinese, período entre as duas meioses.
Prófase II
Cromossomos se condensam; desaparecem a carioteca e o nucléolo; formam-se as fibras do fuso.
Metáfase II
Cromossomos dispostos na região mediana da célula (placa equatorial).
Anáfase II
Duplicação dos centrômeros; cromátides irmãs migram para os pólos opostos celulares.
Telófase II
Cromossomos se descondensam; reaparecem a carioteca e o nucléolo; desaparecem as fibras do fuso,
sendo as células formadas haplóides com cromossomos simples.
Os tipos de Meiose
Gamética (Final)- um ser vivo adulto diploide sofre meiose. Ocorre na formação dos gametas, típica dos
animais.
Zigótica (Inicial)- o zigoto diploide sofre meiose e origina seres haploides, típica de algumas algas ou fungos.
Espórica (Intermediária)- o indivíduo diploide sofre meiose originando esporos haploides, típica dos vegetais.
Espermiogênese
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Leitura Obrigatória
-Classificação de Bizzozero
-Volume celular
“Células que pertencem à mesma linhagem, em indivíduos da mesma espécie e no mesmo grau de
desenvolvimento, possuem volume constante” (Lei de Driesch – Filósofo e professor alemão, 1867-1941).
Exemplificando: As células do fígado de um anão e as células do fígado de um homem normal, de mesma idade,
têm o mesmo volume. Apenas o homem normal terá um maior número delas. Esta lei não se aplica às células
permanentes na classificação de Bizzozzero. Algumas publicações admitem que essa lei é extensível também a
indivíduos de diferentes grupos sistemáticos (diferentes grupos do Reino Animal, por exemplo). Assim, as células
renais de um homem, de um boi e de um cavalo ou de um camundongo apresentam um volume aproximadamente
igual.
Um fator importante no crescimento celular é a relação entre a célula e o seu meio ambiente. Quanto maior
é o tamanho da célula, menor é a relação superfície/volume e, portanto, mais difícil a relação entra a célula e o
meio externo. Em outras palavras: quanto maior o tamanho, maior o volume, ou seja, mais matéria orgânica.
Portanto, maiores serão as necessidades alimentares e, consequentemente, maior a quantitade de produtos a
serem eliminados. Haverá então uma desproporção entre o volume e a superfície, a qual cresce menos e se torna
insuficiente para atender ao trânsito de materiais através dela. Se este desequilíbrio continuar, a tendência natural
é que a célula se divida. Algumas células podem aumentar a superfície através da emissão de prolongamentos
longos e delgados, ou mesmo diminuí-la através da formação de invaginações. A desproporção entre superfície e
volume durante o crescimento pode ser expressa em linguagem matemática (Lei de Spencer- Norte-americano,
fabricante de instrumentos ópticos – 1813-1881): “A superfície celular varia com o quadrado da dimensão linear, e
o volume, com o cubo da mesma”. Logo, se um volume celular hipotético de uma célula cúbica aumentar 8 vezes
a a superfície aumentar apenas 4 vezes, isso equivale dizer que a “necessidade de alimentos” aumentou mais que
a “porta de entrada” para esses alimentos. A Lei de Spencer é um fator mitógeno (leva a célula à divisão).
A relação entre o volume do núcleo e o volume do citoplasma é também importante, pois o núcleo dirige e
controla numerosas atividades do citoplasma. A quantidade de citoplasma que o núcleo pode controlar tem um
limite, que, quando atingido, leva a célula a se dividir. Entende-se por Relação Nucleoplasmática (RNP, criada
por Hertwig- 1903) a relação do volume de citoplasma (que deveria existir na célula) para determinado volume de
núcleo, de forma que sejam mantidos os fenômenos celulares vitais. A RNP é constante para células de mesma
linhagem, mesma espécie e mesma fase de desenvolvimento. Porém, à medida que a célula cresce, a RNP
diminui porque o volume do citoplasma aumenta mais que o volume do núcleo. (Fonte: A célula, da origem aos
tecidos- Pavone, Angelo Antônio. 1.ed.- Editora núcleo, São Paulo- 1989)
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HISTOLOGIA ANIMAL
Os tecidos constituem um nível de organização acima das células e, em conjunto, formam os órgãos.
Grupos de órgãos interligados e relacionados formarão os sistemas do corpo dos seres vivos. Os tecidos
animais são classificados em epitelial, muscular, nervoso e conjuntivo. O tecido epitelial possui células
justapostas, com pouca substância entre elas e apresenta função de revestimento e secreção (glandular). O
tecido conjuntivo é bem mais complexo com vários tipos celulares e fibras protéicas mergulhadas em uma
substância intercelular amorfa, a matriz ou substância fundamental. O tecido muscular apresenta apenas
células alongadas, as fibras musculares, com a capacidade de contração e, portanto, responsável pelos
movimentos corporais e dos órgãos (bexiga, intestino, etc.). O tecido nervoso tem apenas dois tipos de
células, os neurônios, condutores do impulso nervoso, e as células glia.
- Tecido Epitelial
Apresenta funções de revestimento, absorção de substâncias e proteção de diversas estruturas do
organismo (a pele por exemplo é formada por tecido epitelial de revestimento- a epiderme) e função de
secreção de substâncias (glandular), podendo ser endócrinas (tiróide, por exemplo) ou exócrinas (glândula
sebácea, por exemplo). Há ainda epitélios muito especializados, como os que fazem a percepção de estímulos
ambientais (epitélio sensorial), permitindo reações adaptativas do animal.
As células do tecido epitelial apresentam-se unidas e com pouco ou nenhum espaço entre elas e são
conectadas pelo glicocálix, mas existem também especializações de suas membranas que exercem essa
função. Os epitélios não são atravessados por vasos sanguíneos, sendo alimentados por difusão a partir dos
capilares do tecido conjuntivo próximo aos epitélios. Os epitélios apresentam uma nítida polaridade, pois
mostram dois pólos: um livre e outro preso a uma membrana basal, uma fina rede de fibrilas associada a
glicoproteínas. Observe abaixo os diferentes tipos de tecido epitelial:
*Epitélio de revestimento
A epiderme, camada mais externa da nossa pele, é um exemplo de tecido epitelial. O endotélio que
reveste internamente os nossos vasos sanguíneos também é um tecido epitelial. A função de revestimento é
garantida pela união entre as células epiteliais, formando uma espécie de “parede”. Abaixo o esquema
apresenta a pele e suas principais estruturas.
A pele humana
Na epiderme da nossa pele encontramos um estrato formado por queratina (camada córnea), uma
proteína abundante na pele de muitos animais (como os répteis). Os melanócitos estão na camada
germinativa, com atividade mitótica intensa. Já na derme temos tecido conjuntivo com gordura (hipoderme, na
base), glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e terminações nervosas.
Tipos de epitélios
Os epitélios são classificados de acordo com a forma das células, número das células e função.
Exemplos:
Os epitélios podem ser formados por uma única camada de células (uniestratificado) ou por várias
camadas (poliestratificado), há uma grande variedade de formas e função desses epitélios. Observe abaixo a
tabela:
Classificação Característica Função Ocorrência
FORMA: Células achatadas Facilitar trocas Alvéolos pulmonares
*Pavimentoso
*Endotélio Células achatadas Facilitar trocas Capilares sanguíneos
(Espessura variável)
*Cúbico Células cúbicas Revestimento Canais de glândulas
Cristalino
*Prismático Células prismáticas Revestimento Intestino
(cilíndrico) (altas)
NÚMERO: Uma camada celular Troca de substâncias Alvéolos pulmonares
*Simples Absorção
*Estratificado Várias camadas Proteção Epiderme
Esôfago
*Pseudo-estratificado Aparenta várias Revestimento Traquéia
Camadas
*Transição (misto) Poucas camadas com Mudança de forma Bexiga urinária
Células diferentes do órgão
FUNÇÃO: Estratificado com Proteção contra
*Protetor camada córnea e fatores ambientais Epiderme
queratina
*Sensorial Percepção de
Com célula sensorial substâncias e fatores Epitélio olfativo
externos
*Ciliado Com célula ciliada Movimento de Traquéia
substâncias em canais
*Secretor (glandular) Células secretoras Produz substâncias Glândulas sudoríparas
Pâncreas
Glândulas exócrinas
Eliminam suas secreções para fora do corpo ou cavidades internas dos órgãos, através de um canal ou
ducto. As glândulas sudoríparas eliminam suor por um ducto que se abre na superfície externa da pele,
enquanto as glândulas salivares eliminam a saliva por ductos que se abrem na cavidade bucal. Podem ser
classificadas com base em diferentes critérios. Um deles é a forma da porção secretora: se ela é tubular a
glândula é chamada de tubulosa; se é arredondada, a glândula é considerada alveolar ou acinosa; se a
glândula contém longos ductos tubulares com porções secretoras arredondadas nas extremidades, ela é
denominada túbulo-alveolar ou túbulo-acinosa.
Quanto ao tipo de ducto, uma glândula pode ter o ducto sem ramificações (simples) ou ser ramificado
(composta).
Quanto à maneira de secretar, podem liberar apenas a secreção, mantendo o citoplasma intacto
(glândula merócrina- ex.salivar); liberar a secreção junto a uma quantidade de citoplasma da célula
(glândula apócrina- ex.mamária) ou liberar a célula como um todo após a sua morte (glândula holócrina-
ex.sebácea).
Glândulas endócrinas
São aquelas que não possuem ductos e liberam suas secreções, genericamente chamadas de
hormônios, diretamente no sangue. A glândula tiróide, por exemplo, localizada na região do pescoço, é uma
glândula que libera seu produto de secreção (o hormônio tiroxina – iodo + aminoácido tirosina) na corrente
sanguínea.
Glândulas mistas
Quando a glândula desempenha simultaneamente funções endócrinas e exócrinas, chamamos de
glândula mista ou anfícrina (secreção dupla). O pâncreas apresenta uma porção secretora exócrina localizada
nos ácinos pancreáticos (com lipases, amilases e outras substâncias) e uma porção endócrina localizada nas
ilhotas pancreáticas (com os hormônios insulina e glucagon).
- Tecidos Conjuntivos
São constituídos predominantemente por material intercelular (matriz extracelular) que mantém as
células conjuntivas separadas umas das outras e cuja composição caracteriza os diversos tipos de tecidos
conjuntivos. Essa matriz consiste, em geral, de uma rede de fibras de proteínas mergulhadas em um material
cuja consistência pode variar desde líquida até relativamente sólida, a substância fundamental amorfa.
- Fibras colágenas: as fibras colágenas são esbranquiçadas. Muitas vezes suas moléculas estão dispostas
paralelas umas às outras. O colágeno representa boa porção do total de proteínas do corpo humano.
- Fibras elásticas: fibras protéicas mais delgadas que o colágeno, muito ramificadas e formam malhas
irregulares. Seu principal componente é a proteína elastina.
- Fibras reticulares: são fibras delicadas, dispostas em rede. São encontradas abundantemente nas tramas
internas de numerosos órgãos, como o baço e os gânglios linfáticos. Também são encontradas nas cápsulas
externas dos órgãos
As funções dos tecidos conjuntivos variam conforme o tipo celular podendo ser energética, de
sustentação, de nutrição, de preeenchimento, de transporte de substâncias, participa de processos de
regeneração em diferentes órgãos, faz conexão entre os tecidos e órgãos e proteja contra infecções. Observe
abaixo os tecidos conjuntivos.
* Tecido hemocitopoiético
Dá origem as células sanguíneas. Contém duas linhagens de células: a linfóide, que origina os linfócitos
e a mielóide, que origina os demais leucócitos e também as hemáceas (eritrócitos ou glóbulos vermelhos).
Esse tecido se encontra na medula óssea vermelha, na extremidade (cabeça) dos ossos longos e no osso
esterno. Observe abaixo a figura que apresenta a hematopoiese ou hemocitopoiese (formação das células
sanguineas).
Os leucócitos (glóbulos brancos)
Tem a propriedade de atravessar as paredes dos capilares sanguíneos (diapedese) e deslocam-se em
diferentes tecidos, emitindo pseudópodes, com os quais podem fazer fagocitose de corpos estranhos de várias
naturezas, incluindo microorganismos. Grandes variações no número dessas células podem ocorrer em curtos
períodos de tempo, muitas vezes revelando processos infecciosos e alérgicos no organismo. Um pequeno
aumento no número de leucócitos é chamado de leucocitose; na leucemia, o número é exageradamente alto,
de dezenas de milhares por milímetro cúbico, enquanto o normal é de 7 a 9 mil. Uma diminuição desse número
é chamado de leucopenia.
O sangue:
Também é um tecido conjuntivo especial, que, pelo fato de ser líquido, revela uma de suas importantes
funções, a de transportar substâncias no interior do organismo. Isso é feito pelas hemáceas e pelo plasma
(substância fundamental). O plasma é um líquido incolor, de composição complexa no qual estão dissolvidos
sais e um grande número de substâncias orgânicas. O sangue também participa ativamente da regulação
hídrica ácido-básica (constância do pH) e osmótica, mantendo-se em isotonia com os demais tecidos. Também
distribui o calor atuando como um mecanismo interno regulador. Assim mantém a homeostase.
A hemoglobina
É um pigmento formado por um radical “Heme” contendo ferro, responsável pela cor vermelha e pela
globina, uma proteína. As moléculas de hemoglobina ficam distribuídas homogeneamente por todo o
citoplasma de uma hemácea, que pode, assim, captar os gases respiratórios que atravessam sua delicada
membrana plasmática. Observe os compostos formados abaixo formados pela hemoglobina e os gases
respiratórios.
As plaquetas (trombócitos) e a coagulação
-Tecido ósseo
O tecido ósseo tem a função de sustentação e ocorre nos ossos do esqueleto dos vertebrados. É um
tecido rígido graças à presença de matriz rica em sais de cálcio (carbonato de cálcio), fósforo (fosfato).
Além desses elementos, a matriz é rica em fibras colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao osso além
de mucopolissacarídeos. Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do tecido ósseo,
apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso. Por ser um estrutura inervada e
irrigada, os ossos apresentam sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração. Os ossos
também fazem a hemocitopoese (na medula óssea vermelha) e constituem reserva de gordura na medula
óssea amarela, promovem a troca contínua de cálcio e fósforo com o plasma sanguíneo, protegem o encéfalo,
a medula espinhal, o coração e os pulmões. Um osso é dividido em duas regiões: osso compacto e osso
esponjoso.
As células ósseas ficam localizadas em pequenas cavidades existentes nas camadas concêntricas de
matriz mineralizada. Quando jovens, elas são chamadas osteoblastos (do grego osteon, osso, e blastos,
“célula jovem”) e apresentam longas projeções citoplasmáticas, que tocam os osteoblastos vizinhos. Ao
secretarem a matriz intercelular ao seu redor, os osteoblastos ficam presos dentro de pequenas câmaras, das
quais partem canais que contêm as projeções citoplasmáticas. Quando a célula óssea se torna madura,
transforma-se em osteócito (do grego osteon, osso, e kyton, célula), e seus prolongamentos citoplasmáticos
se retraem, de forma que ela passa a ocupar apenas a lacuna central. Os canalículos onde ficavam os
prolongamentos servem de comunicação entre uma lacuna e outra para trocas. Além dos osteoblastos e dos
osteócitos, existem outras células importantes no tecido ósseo: os osteoclastos, ativas na destruição de áreas
lesadas ou envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do tecido pelos osteoblastos.
-Tecido cartilaginoso
Apresenta função de sustentação mecânica e proteção de algumas partes do organismo. Apresenta boa
resistência a trações e pressões e uma boa flexibilidade. Na fase embrionária e durante o crescimento, o
processo de ossificação dos ossos longos ocorre a partir de um molde prévio de tecido cartilaginoso, que vai
sendo substituído por tecido ósseo. Chamamos essa ossificação de endocondral (endo = interno, condro =
cartilagem)
A cartilagem é encontrada no nariz, nos anéis da traquéia e dos brônquios, na orelha externa
(pavilhão auditivo), na epiglote e em algumas partes da laringe. Além disso, existem discos cartilaginosos
entre as vértebras, que amortecem o impacto dos movimentos sobre a coluna vertebral. No feto, o tecido
cartilaginoso é muito abundante, pois o esqueleto é inicialmente formado por esse tecido, que depois é em
grande parte substituído pelo tecido ósseo. Há dois tipos principais de células nas cartilagens: os
condroblastos, que produzem as fibras colágenas e a matriz. Após a formação da cartilagem, a atividade dos
condroblastos diminui e eles sofrem uma pequena retração de volume, quando passam a ser chamados de
condrócitos. No tecido cartilaginoso não há vasos sanguíneos nem nervos, e a nutrição é feita pela difusão
lenta de substâncias a partir de vasos sanguíneos periféricos. Isso explica seu baixo nível metabólico e sua
dificuldade de regeneração. Temos a cartilagem hialina (cabeça dos ossos e anéis da traquéia); a elástica
(epiglote e orelha) e a cartilagem fibrosa (discos intervertebrais).
- Tecido Muscular
É composto pelas fibras musculares (miócitos). A fibra é uma célula completa, diferente das fibras do
tecido conjuntivo, que são apenas filamentos protéicos, produzidos pelos fibroblastos. São especializadas com
a propriedade de contração. Por estímulo nervoso elas se encurtam, proporcionando o movimento dos órgãos
e do corpo como um todo. Em seu citoplasma, são ricas em dois tipos de filamentos protéicos: os de actina e
os de miosina, responsáveis pela grande capacidade de contração e distensão dessas células. Quando um
músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina deslizam entre os filamentos de miosina. A célula
diminui em tamanho, caracterizando a contração.
Três diferentes tipos de fibras musculares formam os tecidos musculares dos animais (músculo liso,
estriado esquelético e estriado cardíaco).
Liso Estriado esquelético Estriado cardíaco
Forma Fusiforme Filamentar Filamentar ramificada
(anastomosada)
Estrias transversais Não há Sim Sim
Núcleo 1 central Muitos periféricos 1 ou 2 central
(sincício)
Discos intercalares Não há Não há Sim
Contração Lenta, involuntária Rápida voluntária Rápida, involuntária
Apresentação Forma camadas que Forma pacotes bem Forma os miocárdio
envolvem os órgãos definidos, os músculos
(tubo digestivo, bexiga Esqueléticos.
útero, vasos sang.)
- Tecido Nervoso
Nesse tecido a substância intercelular praticamente não existe e apresenta dois componentes
celulares:os neurônios e as células da glia. As células da glia (ou neuroglia) são vários tipos celulares
relacionados com a sustentação e a nutrição dos neurônios, com a produção de mielina e com a
fagocitose. Os neurônios, ou células nervosas, têm a propriedade de receber e transmitir estímulos nervosos,
permitindo ao organismo responder a alteração do meio. Os neurônios são alongados, podendo atingir, em
alguns casos, cerca de 1 metro de comprimento, como nos neurônios que se estendem desde nossas costas
até o pé. São células formadas por um corpo celular, de onde partem dois tipos de prolongamentos:
dendritos e axônio. Muitos neurônios são envolvidos por células especiais, as células de Schwann
(enquadrada como célula glia por alguns autores). Essas células se enrolam dezenas de vezes em torno do
axônio e formam uma capa membranosa de natureza lipídica, chamada bainha de mielina. A bainha de
mielina atua como um isolamento elétrico e aumenta a velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo
do axônio. Na doença degenerativa conhecida como esclerose múltipla, por exemplo, ocorre um deterioração
gradual da bainha de mielina, resultando na perda progressiva da coordenação nervosa. As fibras mielínicas
(com bainha de mielina) conduzem o impulso nervoso a uma velocidade de mais de 100 m/s. Já as fibras
amielínicas (sem bainha de mielina) conduzem o impulso muito lentamente.
As principais células glia:
- Astrócitos- fazem a sustentação e suas ramificações ligam capilares a neurônios, transportando nutrientes.
Os estímulos se propagam sempre no mesmo sentido: são recebidos pelos dendritos, seguem pelo
corpo celular, percorrem o axônio e, da extremidade deste, são passados à célula seguinte (dendrito – corpo
celular – axônio). O impulso nervoso que se propaga através do neurônio é de origem elétrica e resulta de
alterações nas cargas elétricas das superfícies externa e interna da membrana celular. Quando essa
membrana se encontra em tal situação, diz-se que está polarizada. Essa diferença de cargas elétricas é
mantida pela bomba de sódio e potássio. Assim separadas, as cargas elétricas estabelecem uma energia
elétrica potencial através da membrana: o potencial de membrana ou potencial de repouso (diferença entre as
cargas elétricas através da membrana). Quando um estímulo químico, mecânico ou elétrico chega ao neurônio,
ocorre alteração da permeabilidade da membrana, permitindo grande entrada de sódio na célula e pequena
saída de potássio dela. Com isso, ocorre uma inversão das cargas ao redor dessa membrana, que fica
despolarizada gerando um potencial de ação. Essa despolarização propaga-se pelo neurônio caracterizando
o impulso nervoso. Imediatamente após a passagem do impulso, a membrana sofre repolarização,
recuperando seu estado de repouso, e a transmissão do impulso cessa.
OBS: a condução do impulso nervoso é um pouco diferente nas fibras mielínicas que inervam os
músculos esqueléticos. Nelas, apenas há inversão de polaridade nas regiões dos nódulos de Ranvier. A onda,
então, “salta” diretamente de um nódulo para outro, não acontecendo em toda a extensão da região mielinizada
(a mielina é isolante). Fala-se então em condução saltatória e com isso há um bom aumento da velocidade
do impulso nervoso quando comparado às fibras amielínicas.
Sinapse
Tipos de reprodução
A reprodução é fundamental para a manutenção da espécie, uma vez que, nas atuais condições da
Terra, os seres vivos só surgem a partir de outros seres vivos iguais a eles por meio da reprodução. No nível
molecular, a reprodução está relacionada com a capacidade ímpar do DNA de se replicar. Quem comanda e
coordena todo o processo de divisão celular é o DNA dos cromossomos.
Assexuada ou Agâmica – não há participação de gametas. Os indivíduos são geneticamente iguais entre si e
iguais ao que lhes deu origem. Portanto não há um aumento na variabilidade genética naqueles descendentes
que nascem por reprodução assexuada. SOMENTE SOFRERÃO MUDANÇA NO SEU MATERIAL GENÉTICO
CASO OCORRAM MUTAÇÕES GÊNICAS NATURAIS OU INDUZIDAS POR AGENTES MUTAGÊNICOS.
Podemos relacionar a reprodução agâmica com os processos de divisão celular por mitose, mas é
somente uma relação generalizada, pois na divisão celular ocorre condensação cromossômica, formação de
fuso mitótico, envolvendo os centríolos e isso não ocorre em todos os casos.
Poliquetos e esquizogênese
II- Brotamento- Novos indivíduos se formam de brotos no organismo genitor, podendo destacar-se ou
permanecer unidos, formando colônias. Ex. Esponjas e muitos celenterados
III- Divisão múltipla- Tipo de reprodução comum nos protozoários do gênero Plasmodium (causadores da
malária). O núcleo da célula se multiplica várias vezes sendo a próxima etapa a fragmentação mútipla da célula
originando várias células filhas. Veremos melhor o ciclo de reprodução do Plasmodium no reino protista.
V- Estrobilização- Ocorre em algumas espécies de cnidários, onde há uma divisão transversal do pólipo,
originando novos seres vivos (éfiras) que formam novas formas de vida (as medusas) que surgem a partir dos
estróbilos.
VI- Plasmotomia- É uma divisão binária em seres polinucleados. Ocorre em protozoários, como algumas
amebas.
VII- Esporulação- Alguns seres vivos são capazes de formar esporos como forma de resistência (bactérias)
ou como forma assexuada de reprodução (fungos e vegetais). É uma forma de propagação ou de persistência
quando o ambiente não é favorável.
Sexuada ou Gâmica – Aumenta a variabilidade genética dos seus descendentes, pois ocorre mistura de
material genético. Esse modo de reprodução, apesar de mais complexo e energicamente mais custoso do que
a reprodução assexuada, traz grandes vantagens aos seres vivos e é o mais amplamente empregado pelos
diferentes grupos. Mesmo organismos que apresentam reprodução assexuada podem também se reproduzir
sexuadamente, mas existem algumas espécies em que a reprodução sexuada não ocorre
I- Neotenia- Ocorre quando indivíduos jovens sofrem maturação sexual e podem reproduzir-se. É o que
ocorre com as larvas da Samamandra mexicana (Axolote).
II- Pedogênese- É uma partenogênese na fase larval. Ocorre em alguns vermes platelmintos, como a
Fasciola hepática e também em algumas moscas que, mesmo jovens, originam óvulos que formam novos
seres vivos.
“Casos especiais”
Tipos de partenogênese:
É fundamental sabermos a
ordem de estruturas por onde
os espermatozoides passam,
conforme a seguir:
*Testículos (produção);
*Epidídimo;
*Canal deferente;
*Ducto ejaculatório;
*Uretra.
Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os
ductos seminíferos. Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio
germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células
intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a
testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais
secundários:
Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo pubiano.
Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo aumento do tamanho
das fibras musculares.
Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra a osteoporose.
Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são
armazenados. É onde os espermatozóides sofrem a maturação.
Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao
ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório
que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das
vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por
frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado
como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do
corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica
menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez
justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados
e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatórios).
Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a
acidez da urina e ativa os espermatozóides.
Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para
limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o
ato sexual.
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos
cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do
pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a
manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos
corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho
(ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção
sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais
descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao
estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose.
A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se
contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos
os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.
Saco Escrotal, Bolsa Escrotal ou Escroto: Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser
produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim,
os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de
termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente
em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal.
*Tuba uterina;
*Útero;
O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio),
um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um
marco ósseo forte que realiza uma função protetora.
A vagina é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos
genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas
glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante. A entrada da vagina é protegida por uma
membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no
centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais.
A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente
irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são
recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina -
os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado
por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem.
Ovários: são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos
que serão vistos mais adiante.
No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão
transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro
de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação
hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento
secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a
maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como
ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que
passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se
em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário.
O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas
uterinas - as fímbrias.
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu
epitélio de revestimento é formado por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os
movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.
Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de
parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente por um tecido
vascularizado rico em glândulas - o endométrio.
CICLO MESTRUAL
Na maioria das espécies de mamíferos, as fêmeas têm períodos de maior desejo sexual, que se repetem
ciclicamente. Trata-se do período do estro ou cio. Na maioria, há um período de estro por ano. Em cães e
gatos, de 3 a 4 por ano. Nos camundongos e nos ratos, ocorrem a cada 4 ou 5 dias. No período de estro, além
da elevação do interesse sexual, outras alterações tornam as condições adequadas à fecundação: ovulação,
modificações na viscosidade e na composição química das secreções vaginais, alterações no epitélio da
vagina e no endométrio (mucosa interna do útero). Modificações no odor fazem com que as fêmeas no cio
sejam facilmente identificadas pelos machos.
Nos primatas, as alterações no aparelho reprodutor da fêmea também são cíclicas, mas com destaque
ao período de sangramento e descamação do endométrio, chamado menstruação, daí o nome ciclo
menstrual. Ao contrário das demais fêmeas de mamíferos, as dos primatas permitem a cópula em qualquer
fase do ciclo menstrual.
O corpo da mulher sofre alterações cíclicas, que se repetem com um intervalo de cerca de 28 dias. O
ciclo menstrual se inicia no primeiro dia da menstruação, quando a camada superficial do endométrio se
desprende, e a isto se associa uma hemorragia que perdura por 3 a 5 dias. Nesse período, estão baixas as
concentrações plasmáticas dos hormônios gonadotróficos hipofisários (LH e FSH) e dos hormônios ovarianos
(estrógeno e progesterona).
Por influência do FSH, um folículo ovariano inicia sua maturação, quando o ovócito I continua a primeira
divisão meiótica. O folículo produz, então, quantidades crescentes de estrógeno, que estimula a proliferação do
endométrio uterino. A elevação na concentração de estrógeno estimula um acréscimo na produção de LH pela
hipófise (retroalimentação positiva). O aumento abrupto na concentração desse hormônio, aproximadamente
na metade do ciclo, faz com que o folículo maduro se rompa, liberando o ovócito II (ovulação). Trata-se do
verdadeiro gameta da mulher, cuja segunda divisão meiótica só ocorre caso seja fecundado por um
espermatozóide.
O folículo rompido origina o corpo lúteo (amarelo), que produz progesterona em grande quantidade e
pouco estrógeno. A progesterona estimula ainda mais o desenvolvimento do endométrio, onde surgem
glândulas produtoras de glicogênio e cujos vasos sangüíneos se dilatam e se entortilham.
Após alguns dias de intensa atividade, o corpo lúteo se transforma em corpo branco (albicans), inativo. O
déficit de progesterona causa o descolamento da camada superficial do endométrio, bem como cessa a
inibição sobre a hipófise, que volta a produzir o FSH. Por ação deste hormônio, outro folículo inicia a sua
maturação e outro ciclo menstrual tem lugar.
O período fértil da mulher, aquele em que ela pode engravidar, corresponde à ovulação, quando o
gameta é liberado do ovário e permanece viável por cerca de 24 horas. Caso ocorra relação sexual neste
período, a fecundação (encontro do óvulo e do espermatozóide) irá se dar na trompa ou tuba uterina. Depois
de 5 a 7 dias, o embrião se implanta no útero e a placenta começa a se formar. Começa, então, a produção do
hormônio gonadotrófico coriônico (HCG), que mantém o corpo lúteo ativo, produzindo progesterona, o que
impede a menstruação. À medida que amadurece, a placenta produz estrógeno e progesterona, cujas
concentrações permanecem altas durante toda a gestação, inibindo os hormônios hipofisários (FSH e LH) e,
conseqüentemente, inibindo nova ovulação neste período.
Os testes laboratoriais para diagnósticos de gestação se baseiam na pesquisa de HCG na urina ou no
sangue. A presença desse hormônio confirma a hipótese de gravidez.
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Leitura obrigatória: ENDOMETRIOSE
É uma doença benigna que consiste na existência de células endometriais, responsáveis pela
menstruação, fora do seu local usual. Tais células deveriam estar presentes somente revestindo internamente
o útero, no entanto, nas portadoras de endometriose, são freqüentemente encontradas nos ovários, nas
trompas, na bexiga e nos intestinos. Trata-se de uma alteração complexa, com múltiplas formas de
manifestação e, ainda hoje, sem uma única e clara explicação para sua origem.
A forma de manifestação mais comum são as dores na região da pelve (baixo ventre). Entretanto, muitas
mulheres acabam descobrindo serem portadoras da endometriose somente no momento em que
tentam engravidar e não conseguem, pois umas das conseqüências mais comuns dessa doença é a
infertilidade. Segundo a Sociedade Brasileira de Endoscopia Ginecológica e Endometriose, o distúrbio é
encontradao em 50% das mulheres inférteis. A doença pode ser responsável por 20% das causas femininas na
idade reprodutiva, ou seja, nem todas as mulheres portadoras de endometriose têm dificuldades de engravidar,
sobretudo as de grau mais brando
Para diagnosticar a doença é preciso fazer laparoscopia, que é um procedimento cirúrgico ambulatorial
onde uma câmara é inserida na cavidade abdominal através da cicatriz umbilical, permitindo identificar as
lesões e determinar a extensão da doença na pelve.
Dependendo do grau da enfermidade, o tratamento inclui medicamentos que suprimem a atividade dos
ovários e tornam mais lento o crescimento do tecido endometrial. A cirurgia mediante eletrocauterização dos
focos do tecido endometrial auxiliam na redução da doença, facilitando a gravidez. O tratamento cirúrgico da
endometriose deve ser extremamente cuidadoso para não destruir o tecido ovariano, bem como, preservar a
função das trompas. Terapias mais agressivas são reservadas para pacientes que já tiveram seus filhos e não
desejam mais engravidar.
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- Heterolécito: O ovo tem uma quantidade intermediária de vitelo entre a dos mamíferos e a das aves. O vitelo
concentra-se mais numa parte do citoplasma, caracterizando a área denominada pólo vegetativo; a
extremidade em que se localiza o núcleo recebe o nome de pólo animal. Como exemplo citamos os sapos e
rãs que apresentam fecundação externa. O zigoto forma um embrião que se converte numa larva (girino). A
larva retira o complemento alimentar da natureza. Ocorre nos anfíbios, em peixes e muitos invertebrados.
- Telolécito: Esse tipo de ovo é riquíssimo em vitelo. A parte em que se localiza o núcleo é o pólo animal; o
restante, rico em vitelo, é o pólo vegetativo. Na maioria dos casos, o embrião desenvolve-se principalmente
fora da mãe. O ovo é dotado de uma casca calcárea que assegura proteção, mas que permite a ocorrência de
trocas gasosas; apresenta clara (rica em proteínas) e a gema (rica em lipídios) e que corresponde ao vitelo. Na
parte superior da gema, encontram-se o núcleo e, ao seu redor, outros componentes citoplasmáticos. Ocorre
em alguns peixes, aves, répteis, moluscos cefalópodes e mamíferos monotremos.
- Centrolécito: O ovo tem uma quantidade intermediária de vitelo, como ocorre nos anfíbios; sua distribuição,
no entanto, é diferente, concentrando-se ao redor do núcleo. Ocorre em artrópodes em geral, principalmente
nos insetos.
Clivagem ou segmentação
São as divisões do ovo após a fecundação. Pode ser total ou holoblástica (todo o ovo se divide) ou
parcial ou meroblástica (parte do ovo se divide). Ainda podemos classificar a holoblástica em igual ou desigual
e a meroblástica em discoidal e superficial, conforme abaixo:
Holoblástica igual: Blastômeros em igual tamanho, como o que ocorre em muitos ovos oligolécitos.
Em mamíferos:
Holoblástica desigual: Blastômeros de tamanhos diferentes (macrômeros e micrômeros), como o que ocorre
em muitos ovos heterolécitos.
Meroblástica discoidal: Clivagens apenas na região do disco germinativo, como o que ocorre em ovos
telolécitos.
Meroblástica superficial: Clivagens na região superficial do ovo, como o que ocorre em ovos de insetos.
Após a fecundação forma-se então a célula ovo ou zigoto que entra em divisão celular (mitoses). Assim,
começam as primeiras clivagens (segmentações) da célula inicial. Após surgem as fases de mórula, blástula,
gástrula e nêurula, conforme abaixo.
- Mórula: Maciço celular com poucas células. O termo foi adotado do latim e significa amora. O embrião de um
anfíbio, neste estágio, com 16 células, apresenta 2 mm.
- Blástula: Aumenta o número de células e forma-se uma cavidade interna cheia de líquido. O termo blástula
deriva do grego e significa broto ou algo que vai se desenvolver. Essa cavidade chama-se blastocele e é cheia
de líquido sintetizado pelas células que formam seus limites. Nos ovos heterolécitos e isolécitos a blastocele é
bem desenvolvida, mas nos telolécitos não se observa a verdadeira blastocele, pois a cavidade formada é
delimitada em parte pelos blastômeros e em parte pelo vitelo. Nesse caso, essa cavidade recebe o nome de
subgerminal, e a blástula recebe o nome de discoblástula.
- Gastrulação: Pode ocorrer de várias maneiras, porém a mais simples é a que ocorrem por embolia ou
invaginação. Nesse tipo de gastrulação, em determinado local do pólo vegetativo da blástula as células
invaginam-se gradualmente para o interior da blastocele. Forma-se então outra cavidade chamada arquêntero
ou intestino primitivo, que se comunica com o exterior por meio do orifício chamado blastóporo, que
corresponde ao local onde ocorreu a invaginação. Nesta fase formam-se os folhetos germinativos.
- Neurulação: Após o final da gástrula, tem início a neurulação. É uma das fases da organogênese onde a
placa neural e as pregas neurais são formadas, e o fechamento que forma o tubo neural. Neste processo, o
embrião pode ser chamado de nêurula. A placa neural desenvolve-se a partir do ectoderma embrionário. O
sistema nervoso então é derivado de ectoderma da placa neural. A placa neural origina-se próxima ao nó
primitivo, e se alonga até a membrana orofaríngea e se invagina, formando o sulco neural com as pregas
neurais. Estas pregas fundem-se, originando o tubo neural, que se separa da ectoderme. A ectoderme
superficial irá se diferenciar na epiderme. A crista neural é formada a partir das células neuroectodérmicas e
se divide em duas partes que originam os gânglios espinhais e cranianos. As células da crista neural originam
os gânglios espinhais e os gânglios do sistema nervoso autônomo, além de formar a bainha de nervos e
meninges do cérebro.
Nêurula
Histogênese e Organogênese
ECTODERME:
- Neuroectoderme
- Tubo neural- Cérebro e medula, retina e neuro-hipófise
- Crista Neural- Gânglios e nervos cranianos e sensitivos, medula da supra-renal, células pigmentares,
cartilagem dos arcos branquiais, mesênquima da cabeça.
-Ectoderme Superficial- Epiderme, pêlos, unhas, esmalte dos dentes, glândulas cutâneas e mamárias,
adenohipófise, orelha interna, cristalino.
MESODERME:
-Paraxial/somitos- Cartilagem e ossos (esqueleto menos o crânio), músculos (do tronco), tecido conjuntivo
denso (derme da pele)
-Intermediário- Sistema urogenital
-Lateral- Tecido conjuntivo e músculo de vísceras, membranas serosas (pleura, pericárdio e peritônio), tecido
hemocitopoiético (mielóide e linfóide), sistema cardiovascular e linfático, baço e córtex da adrenal.
- Cefálico- Crânio, músculos e tecido conjuntivo da cabeça, dentina.
- Notocorda- Núcleo pulposo das vértebras.
ENDODERME- Trato digestivo (revestimento epitelial), fígado e pâncreas, sistema respiratório (revestimento
epitelial), derivados epiteliais da faringe, bolsas branquiais (cavidade timpânica, tuba faringotimpânica,
amígdalas, timo, paratireóides, derivados epiteliais da tireóide.
Quanto ao blastóporo:
-Diblásticos ou diploblásticos: possuem duas camadas (ecto e endoderma). É o caso dos celenterados.
-Triblásticos ou triploblásticos: têm ecto, endo e mesoderma. É o caso da maioria dos animais.
Um animal com um celoma tem melhor controle sobre os movimentos dos fluidos que contém, mas o
controle é limitado se o animal possui uma única e grande cavidade corporal. O controle é melhorado se o
celoma for separado em compartimentos ou segmentos de modo que os músculos circulares e longitudinais de
cada segmento individual possam mudar de forma independente dos outros segmentos.
OBS: ENTEROCELOMADOS E ESQUIZOCELOMADOS
De acordo com a formação do celoma podemos observar durante o desenvolvimento embrionário dos
animais duas possíveis formações:
- Na primeira o celoma forma-se a partir de fendas da camada mediana mesoderme, sendo os animais
assim formados chamados de esquizocelomados (anelídeos, artrópodos e moluscos).
- Na segunda o celoma forma-se a partir de estruturas que surgem da parte superior do arquêntero,
sendo chamados de enterocelomados (todos os deuterostômios).
OBS: Em alguns casos, a liberação do blastocisto de dentro da zona pelúcida ocorre na tuba uterina e ele se
adere à parede dessa estrutura, provocando o que se chama gravidez tubária, um dos casos de gravidez
ectópica (fora do lugar). Com o desenvolvimento embrionário pode causar hemorragias e deve ter intervenção
médica o mais rápido possível.
Também podem ocorrer casos de poliembrionia, formação de mais de um embrião a partir de um único
zigoto ou semente ou poliovulação, onde corre a formação de vários óvulos. Esta é comum em vários animais
como cães, gatos e até nos humanos.
Os anexos do embrião
a) saco vitelínico: envolve a gema, absorvendo os nutrientes da própria gema e da clara; os nutrientes são
transportados até o embrião por meio de vasos sangüíneos. Ocorre nos peixes, répteis, aves e mamíferos.
b) Alantóide: forma-se a partir do arquêntero e assume um aspecto de saco; recebe e acumula os excretas
nitrogenados (ácido úrico), gerados pelo embrião. Ocorre nos amniotas.
c) Âmnio: envolve o embrião, acumulando grande quantidade de líquido (a cavidade amniótica). Protege o
embrião contra desidratação e abalos mecânicos. Ocorre somente nos répteis, aves e mamíferos.
d) Cório ou serosa: envolve o embrião e todos os demais anexos; acaba por encostar na membrana da casca.
O cório é um elemento de proteção. Ocorre nos amniotas.
Com o desenvolvimento, o alantoide cresce e fica junto ao cório, constituindo-se o alantocório. Essa
estrutura recebe oxigênio do meio e o envia ao embrião; este produz gás carbônico, que faz o caminho oposto,
sendo eliminado pela casca. O alantocório também absorve cálcio da casca, que é utilizado no metabolismo do
embrião. A casca torna-se mais frágil, facilitando a eclosão do ovo, quando as reservas se esgotam e o novo
indivíduo já se definiu.
A partir dos répteis também originaram-se os mamíferos. Mamíferos placentários são vivíparos, com o
embrião desenvolvendo-se no interior do útero materno.
Os mamíferos apresentam os mesmos anexos presentes em aves e répteis, porém o saco vitelínico é
uma bolsa sem vitelo em seu interior; os nutrientes são fornecidos pela mãe. Uma nova estrutura – a placenta
– permite a nutrição e a realização de trocas gasosas entre o sangue da mãe e o sangue do filho; através da
placenta ocorre a eliminação de excretas embrionários para o sangue materno.
A placenta resulta do desenvolvimento do cório em contato com o endométrio (camada interna do útero).
Formam-se as vilosidades coriônicas, que aumentam a superfície de contato, facilitando as trocas de materiais
entre sangue materno e sangue do embrião. Portanto a placenta não é um anexo apenas do embrião e sim
materno-fetal.
2. (CESGRANRIO-RJ) Uma das hipóteses sobre a origem da vida na Terra presume que a forma mais primitiva
de vida se desenvolveu lentamente, a partir de substância inanimada, em um ambiente complexo, originando
um ser extremamente simples, incapaz de fabricar seu alimento. Esta hipótese é modernamente conhecida
como:
3. Aglomerados de moléculas de proteínas que se apresentam juntas, formando pequenos grupos envoltos por
uma camada de moléculas de água, representam o que chamamos especificamente:
(A) colóide (B) coacervado (C) protogene (D) proteinóide (E) vírus
4. Segundo a mais aceita hipótese sobre a origem da vida, a seguinte seqüência de acontecimentos pode ter
levado à formação de coacervados e material protenóide:
(A) Formação de compostos orgânicos, formação de coacervado, simples fermentações, atmosfera primitiva,
fotossíntese e respiração, controle pelo ácido nucleico.
(B) Atmosfera primitiva, formação de compostos orgânicos, formação de coacervado, controle pelo
ácido nucleico, simples fermentação, fotossíntese e respiração.
(C) Controle pelo ácido nucleico; fotossíntese e respiração, atmosfera primitiva, simples fermentação,
formação de coacervado, formação de compostos orgânicos.
(D) Fotossíntese e respiração, controle pelo ácido nucleico, simples fermentações, formação de coacervado,
formação de compostos orgânicos, atmosfera primitiva.
(E) Atmosfera primitiva, formação de compostos orgânicos, controle pelo ácido nucleico, formação de
coacervado, simples fermentação, respiração e fotossíntese.
5- PUC-RS INSTRUÇÃO: Responder à questão com base nos eventos relativos à origem da vida em nosso
planeta.
A ordem em que esses eventos ocorreram mais aceita na atualidade está contida na alternativa
Marque a alternativa que associa corretamente o texto à teoria sobre a origem da vida.
(A) Abiogênese
(B) Panspermia dingida
(C) Hipótese autotrófica
(D) Biogênese
(E) Associação endossimbiótica
Testes de Citologia
9. (UPF) Analise o esquema abaixo, que representa células vegetais imersas em soluções de diferentes
concentrações. Em I a célula está túrgida; em II, plasmolisada e, em III, a célula desplasmolisou voltando ao
seu estado túrgido.
10.(UPF) O nucléolo é uma estrutura proeminente do núcleo interfásico, não circundado por membranas, que
se relaciona
12. (UPF) Nas células a informação genética passa do DNA para o RNA e deste para a proteína. Cada
fragmento de DNA consiste de uma seqüência de nucleotídeos que determina a seqüência de aminoácidos em
um polipeptídeo. Considere o esquema abaixo sobre a síntese protéica.
13.(UPF) No citoplasma das células são encontradas diversas organelas, cada uma com funções específicas.
Os plastos são organelas encontradas em células vegetais e em alguns protistas. Essas organelas são
responsáveis pelos processos:
14.(UPF) Recentemente a imprensa do mundo todo noticiou que tres cientistas norte-americanos foram os
ganhadores do premio Nobel da Medicina 2009. Este premio foi concedido por seus trabalhos com as
extremidades dos cromossomos, os telômeros, estruturas ligadas ao envelhecimento celular e ao cancer.
15.(UPF) Entre as transformações na metamorfose que os anfíbios sofrem durante a vida, passando da fase
larval (aquática) para a adulta (terrestre), apresentam: regressão gradual da cauda e das brânquias;
aparecimento dos pulmões e transformação do coração. Nessas transformações, a regressão gradual da
cauda se dá pela ação:
(A) das enzimas lisossomais, que promovem a autólise das células da cauda
(B) dos ribossomos citoplasmáticos, que promovem a autodestruição das células da cauda
(C) dos hormônios tireoideanos, que ativam a destruição das células da cauda
(D) da migração das células da cauda para a formação das patas
(E) dos fatores ambientais, que destroem progressivamente a cauda dos girinos
16.(UPF) Nos animais, incluindo o homem, as células diploides apresentam dois conjuntos de cromossomos
(2n). Nos anfíbios estas células apresentam, geralmente, 2n entre 16 e 28 cromossomos. Um anfíbio com
2n=20 cromossomos deverá apresentar células em metáfase II com:
17.(UPF) A presença de envoltório nuclear na célula eucariota cria um compartimento próprio para o material
genético e confere a este tipo de célula certas vantagens sobre as células procariotas. Analise as afirmativas
abaixo.
(A) I, II e IV apenas
(B) I e II apenas
(C) I, III e IV apenas
(D) II, III e IV apenas
(E) I, II, III e IV
18.(PUCRS) Sabe-se que os mitocôndrios representam na célula importantes locais de utilização do oxigênio.
Porém, além deles, temos outras organelas que também utilizam o oxigênio de maneira igualmente importante
à vida celular, não formando, no entanto, ATP.
19.(PUCRS) Nas bactérias, a tradução do RNA mensageiro começa imediatamente após sua síntese ou até
mesmo antes de ela ser completada. Este fato decorre basicamente da ausência, neste grupo de seres vivos,
de
20.(PUCRS) Não considerando os chamados “códons de terminação”, é correto afirmar que existem ______
códons para especificar os aminoácidos das moléculas protéicas nas células eucarióticas.
(A) 64
(B) 63
(C) 62
(D) 61
(E) 60
(A) clasmocitose.
(B) pinocitose.
(C) fagocitose.
(D) exocitose.
(E) citocinese.
22.(PUCRS) Uma célula somática com 8 cromossomos durante a fase G1 da interfase, ao entrar na divisão
mitótica, apresentará na metáfase ________ cromossomos metafásicos, cada um com ________.
(A) 4 – 1 cromátide
(B) 4 – 2 cromátides
(C) 8 – 1 cromátide
(D) 8 – 2 cromátides
(E) 16 – 2 cromátides
Num experimento de laboratório hipotético, realizou-se uma síntese protéica utilizando-se: DNA de um gene
humano, RNAs transportadores de ovelha e aminoácidos de coelho.
(A) humana.
(B) de ovelha.
(C) de coelho.
(D) quimérica de homem e ovelha.
(E) híbrida de homem e coelho.
24.(PUCRS) As ilustrações representam duas células durante a divisão celular de um organismo com número
diplóide de cromossomos igual a oito (2n = 8). Ao analisar ambas as células, conclui-se que as células A e B se
encontram, respectivamente, na anáfase da
(A) I, II e III
(B) I, III e IV
(C) I e IV
(D) II e III
(E) II, III e IV
(A) 1 - 1 - 3 - 3 - 3 - 1 - 3.
(B) 1 - 2 - 3 - 1 - 1 - 2 - 1.
(C) 2 - 1 - 1 - 2 - 3 - 1 - 2.
(D) 2 - 2 - 3 - 3 - 3 - 2 - 3.
(E) 3 - 1 - 2 - 3 - 1 - 2 - 1.
(A) Os procariontes sao unicelulares e tem a estrutura celular mais simples, sem núcleo individualizado, sendo
que o material genético não esta envolvido nem separado do citoplasma por membrana nuclear.
(B) Na osmose, sempre que houver diferenca de concentração do solvente entre duas soluções, o
soluto se movera da solução menos concentrada para a mais concentrada.
(C) No citosol, realizam-se diversas reacoes quimicas do metabolismo, como a fase inicial da respiração celular
e a sintese de varias substâncias.
(D) A sintese de proteinas por meio da uniao de aminoacidos ocorre nos ribossomos, presentes em todos os
seres vivos.
(E)Na respiracao celular, a glicolise ocorre no citosol, enquanto o ciclo de Krebs e a cadeia respiratoria ocorrem
na mitocondria.
28.(ENEM) Quando adquirimos frutas no comércio, observamos com mais frequência frutas sem ou com
poucas sementes. Essas frutas têm grande apelo comercial e são preferidas por uma parcela cada vez maior
da população. Em plantas que normalmente são diplóides, uma das maneiras de produzir frutas sem sementes
é gerar plantas com uma ploidia diferente de dois, geralmente diplóide. Uma das técnicas de produção dessas
plantas triplóides é a geração de uma planta tetraplóide (com 4 conjuntos de cromossomos), que produz
gametas diplóides e promove a reprodução dessa planta com uma planta diplóide normal. A planta triplóide
oriunda desse cruzamento apresentará grande dificuldade de gerar gametas viáveis, pois como a segregação
dos cromossomos homólogos na meiose I é aleatória e independente, espera-se que
Testes de Histologia
29.(UFSC) Os tecidos epiteliais de revestimento têm em comum o fato de estarem apoiados em tecido
conjuntivo e apresentarem reduzida espessura, mesmo nas modalidades constituídas por várias camadas de
células. Tais características estão justificadas num dos itens abaixo. Assinale-o.
(A) Presença de queratina que impermeabiliza as células, ficando o tecido conjuntivo responsável pela
sustentação do epitélio.
(B) Ausência de vasos sangüíneos, que resulta em nutrição obrigatória por difusão a partir do tecido
conjuntivo subjacente.
(C) Como a função desses epitélios é meramente revestidora, não há razão para que sejam muito espessos.
(D) Como servem a funções do tipo impermeabilização e absorção, grandes espessuras seriam desvantajosas.
(E) A rede de vasos capilares que irriga abundantemente esses epitélios torna desnecessárias grandes
espessuras, abastecendo ainda, por difusão, o tecido conjuntivo subjacente.
30. (PUC-RJ) Marque a afirmativa incorreta:
(A)O tecido epitelial de revestimento caracteriza-se por apresentar células justapostas com muito pouco
material intercelular.
(B)As principais funções do tipo epitelial são: revestimento, absorção e secreção.
(C)Na pele e nas mucosas encontramos epitélios de revestimento.
(D)A camada de revestimento interno dos vasos sangüíneos é chamada endotélio.
(E)Os epitélios são ricamente vascularizados no meio da substância intercelular.
Assinale a letra:
33. (CESGRANRIO-RJ) Encontram-se listados abaixo algumas propriedades, características ou funções dos
elementos figurados do sangue humano. Associe um número a cada uma, utilizando o seguinte código:
I. Referente a hemácias
II. Referente a leucócitos
III. Referente a plaquetas
- Transporte de oxigênio
- Defesa fagocitária e imunitária
- Coagulação do sangue
- Riqueza em hemoglobina
- Capacidade de atravessar a parede dos capilares intactos para atingir uma região infectada do organismo.
34. (UFMG) Dois leõezinhos recém-nascidos abandonados pela mãe, correm risco de vida. O diretor do
zoológico explica que "o problema não é só falta de carinho mas sim a falta de colostro, o que significa para os
leõezinhos uma condenação sumária". (Folha da Tarde, SP)
36. (MACK-SP) Um atleta, ao tentar superar seus próprios recordes anteriores, pode exagerar e, entre outros
sintomas, surgem cãibras como conseqüência da liberação de energia pelas células em condições quase que
de anaerobiose. Neste caso, a cãibra é provocada pelo acúmulo de:
(A) glicose (D) ácido pirúvico
(B) etanol (E) ácido acético
(C) ácido lático
37. (UFRGS) A natureza do impulso nervoso é eletroquímica, e não somente elétrica. Ele se propaga:
(A) com uma intensidade proporcional à do estímulo
(B) na fibra nervosa a uma velocidade ora maior, ora menor do que a da corrente elétrica num fio condutor
(C) com a mesma intensidade, qualquer que seja a intensidade do estímulo acima de um limiar mínimo
(D) com velocidade maior do que a da corrente elétrica
(E) mais rapidamente na sinapse do que na fibra
39. (UFJF-98) O "Crack" é uma droga que atua no cérebro, alterando a fisiologia das sinapses nervosas, o que
pode levar a paradas cardíacas e convulsões. Sobre as sinapses entre neurônios é INCORRETO afirmar:
(A) Possuem mediadores químicos responsáveis pela transmissão do impulso nervoso entre dois neurônios;
(B) Possuem receptores moleculares específicos na membrana pós-sináptica, onde se ligam os mediadores
químicos;
(C) Correspondem a locais onde há continuidade do citoplasma de um neurônio com o citoplasma de
outro;
(D) Possuem mediadores químicos denominados neurotransmissores que ficam armazenados em vesículas;
(E) Podem diferir quanto ao tipo de neurotransmissor presente.
40. (EFOA-MG) Nos vertebrados terrestres, aparece, na superfície da epiderme, uma camada córnea formada
por uma proteína impermeabilizante chamada:
(I) O epitélio de revestimento do tipo prismático com microvilosidades é comum aos órgãos relacionados com a
absorção, como o intestino delgado.
(II) As glândulas merócrinas, formadas pelo epitélio glandular, são aquelas que apresentam um ciclo secretor
completo, ou seja: elaboram, armazenam e eliminam apenas a secreção.
(III) O epitélio pavimentoso estratificado ceratinizado apresenta uma única camada de células e recobre a
superfície corporal dos mamíferos.
(IV) As células epiteliais recebem a sua nutrição a partir do tecido conjuntivo subjacente, uma vez que o tecido
epitelial é avascular.
(V) Denominamos glândulas endócrinas, aquelas que lançam parte de seus produtos de secreção na corrente
sangüínea e parte em cavidades ou na superfície do corpo.
Assinale:
44. (U.E. Norte Fluminense-RJ) O esquema abaixo representa a mucosa — constituída de epitélio
estratificado pavimentoso e tecido conjuntivo — encontrada, por exemplo, na boca.
Resposta:
45. U. Uberada-MG-Pias Um biologista celular recebe para analisar 3 lâminas contendo cortes histológicos de
tecidos diferentes. Ele sabe que um dos cortes é de medula óssea, outro de medula espinhal e o outro de
testículo. As observações que ele fez estão descritas abaixo:
Lâmina 1: Muitas células em divisão, onde se observam todas as etapas do processo, não se observando
nenhuma célula com alteração do número de cromossomos.
Lâmina 2: Nenhuma célula em divisão foi observada nesta lâmina.
Lâmina 3: Muitas células em divisão, algumas delas em etapa onde se observa a ocorrência de “crossing over”
ou permuta.
46. (UFR-RJ) O jogador Ronaldo, do Inter de Milão e da Seleção Brasileira, sofreu uma lesão no tendão que
liga a rótula (patela) ao osso denominado tíbia, conforme a vista frontal da figuraabaixo.
48. (UERJ)
Testes de Embriologia
(A) mórula.
(B) gástrula.
(C) nêurula.
(D) formação do celoma.
(E) formação da notocorda.
52. (UFF-RJ) “Benditas as mulheres que são irregulares, pois suas filhas herdarão a Terra”. Esta foi a resposta
de um médico americano quando lhe perguntaram sobre o uso da tabelinha para o controle da natalidade.
Sobre este método podemos afirmar que:
54. (UCDB-MT) Na espécie humana, o óvulo sai do ovário e cai na tuba uterina, de onde passa para o útero. A
fecundação e o desenvolvimento ocorrem, respectivamente:
55. (Cefet-PR) Na espécie humana, durante a espermatogênese, processo de formação dos espermatozóides,
ocorrem sucessivas divisões celulares, nas quais observa-se basicamente quatro períodos: germinativo,
crescimento, maturação e diferenciação, respectivamente. Quantos são os números de cromossomos
resultantes destes períodos?
56. (UA-AM) No estudo da reprodução nos animais citam-se nomes de diferentes tipos de ovos (zigoto),
classificados conforme o teor e distribuição do vitelo. Quando o vitelo é pouco e distribuído de forma
homogênea, classificamos o óvulo como:
01.O gameta feminino é uma célula grande e imóvel cujo citoplasma aumenta muito durante o processo de
formação.
02.Na formação dos espermatozóides, ocorre uma etapa de diferenciação celular após a divisão meiótica.
04.Após a divisão meiótica, de cada ovogônia originam-se quatro ovócitos idênticos.
08.O processo de ovulogênese ocorre em etapas, permanecendo os ovócitos I em estágio inicial da meiose
durante boa parte da vida da mulher.
16.De cada espermatogônia que inicia o processo de espermatogênese, formam-se oito espermatozóides.
32. Espermatogônias e espermátides são células haplóides resultantes de etapas do processo de
espermatogênese.
64.O número diplóide característico da espécie só é reconstituído no momento da fecundação, quando se
forma o zigoto.
58. (PUC-MG) O vitelo é uma substância muito importante para o desenvolvimento embrionário, pois é ela que
supre o embrião quando este ainda não pode ingerir alimentos. No entanto, existem óvulos sem, praticamente,
nenhum vitelo, como os da espécie humana. Esses óvulos são denominados:
(A) oligolécitos.
(B) telolécitos.
(C) megalécitos.
(d) centrolécitos.
(E) heterolécitos.
(A) diplóides.
(B) gaméticas.
(C) somáticas.
(D) do tipo ovócitos II
(E) haplóides.
61. (UFPB) Durante o desenvolvimento embrionário de répteis e aves, os excretas são armazenados dentro do
ovo em uma estrutura denominada:
62. (PUC-MG) Um feto de cão teve má-formação da medula espinhal. É correto afirmar que houve problemas
no desenvolvimento embrionário:
(A) do arquênteron.
(B) da mesoderme.
(C) da endoderme.
(D) da ectoderme.
(E) do celoma
(A) a partir de um único óvulo fecundado por um único espermatozóide, podendo originar um indivíduo do
sexo masculino e outro do sexo feminino.
(B) a partir de dois óvulos fecundados por dois espermatozóides, originando dois gêmeos do mesmo sexo.
(C) a partir de um único óvulo fecundado por um único espermatozóide, originando dois indivíduos
do mesmo sexo.
(D) a partir de dois óvulos fecundados por dois espermatozóides, originando dois gêmeos de sexos
diferentes.
(E) a partir de um único óvulo fecundado por dois espermatozóides, originando dois indivíduos de sexos
diferentes.
64. (UnB-DF) Um feto de dois meses e meio (dez semanas) é bastante sensível a uma série de fatores que
podem interferir em seu desenvolvimento. Com relação a esse momento da gestação, julgue os itens
seguintes.
1) Nesse período, é recomendável que a gestante se abstenha do consumo de fumo e de álcool.
2) Se a mãe contrair rubéola, a criança poderá nascer surda.
3) Nessa fase, estão sendo formados órgãos vitais do feto.
4) Nesse período, se a mãe ingerir certos medicamentos, poderão ocorrer malformações nos membros da
criança.
5) A presença de cálcio na alimentação da mãe contribuirá para o bom desenvolvimento dos ossos do feto.
Resp. VVVVV
(A) Apenas I.
(B) Apenas I e II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
(A) 3-1-4
(B) 1-3-4
(C) 1-3-2
(D) 3-1-2
(E) 1-3-5
69- Em um laboratório, um professor fez um corte histológico de um tecido de origem mesodérmica. Esse corte
histológico pode corresponder a
70- ENEM. A água é um dos componentes mais importantes das células. A tabela abaixo mostra como a
quantidade de água varia em seres humanos, dependendo do tipo de célula. Em média, a água corresponde a
70% da composição química de um indivíduo normal.
Durante uma biópsia, foi isolada uma amostra de tecido para análise em um laboratório. Enquanto intacta, essa
amostra pesava 200 mg. Após secagem em estufa, quando se retirou toda a água do tecido, a amostra passou a
pesar 80 mg. Baseado na tabela, pode-se afirmar que essa é uma amostra de