Apostila Pediatria
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SUMÁRIO
NEONATOLOGIA ..................................................................................................................................... 4
REANIMACAO NEONATAL ....................................................................................................................... 7
TRIAGEM NEONATAL ........................................................................................................................... 17
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RN .................................................................................................... 20
ICTERICIA NEONATAL............................................................................................................................ 23
INFECCOES CONGENITAS ...................................................................................................................... 26
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO....................................................................................30
PUBERDADE....................................................................................................................34
NEONATOLOGIA
Neonatologia: é uma área de atuação dentro da Pediatria que visa a assistência ao Recém-Nascido em seu Período
Neonatal que transcorre desde o primeiro atendimento em sala de parto até o 28° dia de vida.
A importância desta área para o médico generalista e principalmente para nós em processo de revalidação vem do
seguinte motivo.
A alta mortalidade, cerca de 70% dos óbitos do primeiro ano de vida ocorrem no período neonatal, e grande
maioria de suas causas são evitáveis por meio de uma boa assistência ao parto, e o Recém-nascido neste período.
Sendo assim o médico generalista deve ter a competência básica para realizar desde o primeiro atendimento do RN
em sala de parto, até o acompanhamento dele no transcorrer deste período.
Dito isso vamos resgatar 2 conceitos primordiais da neonatologia em questões médico-legais. Que são as definições
que devemos dominar para o preenchimento das Declarações de Nascido vivo, e Óbito fetal.
Nascido vivo: Caracterizado quando existe a expulsão completa do produto do corpo materno, independente da
duração da gravidez, ou peso, consideramos a presença de quaisquer sinal de vida: Respira, Chora, Pulsação do
cordão umbilical, Movimentos efetivos ou contrações musculares, batimento cardíaco constatado pelo médico
mesmo que seja por 1 segundo.
Neste caso devemos preencher a Declaração de Nascido Vivo.
Óbito fetal: É o óbito de um produto da concepção antes da expulsão ou extração completa do corpo materno, após
as 20 semanas de gestação, e com peso maior a 500gramas, sem a constatação de nenhum sinal de vida.
Neste caso deve ser preenchida é a Declaração de Óbito fetal.
P.S se menor a 20 semanas de idade gestacional e com peso inferior a 500gr. Devemos considerar ABORTO e não
óbito fetal.
Classificamos nosso RN de acordo ao seu peso e idade gestacional, e tais classificações nos trazem um prognóstico
quanto ao risco de vida do RN, e as principais patologias que devemos buscar e suspeitar para cada caso.
PESO AO NASCER
IDADE GESTACIONAL
Nas classificações citadas acima, as variantes encontradas de maior risco para o RN, são: prematuridade, e o baixo
peso ao nascer sendo elas inversamente proporcional a sua sobrevida, quanto mais prematuro, e com menor peso
ao nascer, maior o risco de óbito e complicações.
Escores na sala de parto
Com toda certeza os mais badalados e que vocês devem conhecer são:
APGAR
SILVERMAN-ANDERSEN
CAPURRO/ NEW BALLARD
Deixarei na sequencia ambos os Escores e seu uso para cada situação... porém atualmente tanto na prática médica
diária quanto nas provas seja de residência médica ou revalidação, seu uso vem decaindo e sendo menos cobrados.
O fato é que diferente do que ocorria a alguns anos atrás, atualmente eles não são mais usados para a decisão de
condutas em sala de parto e diagnósticos, na realidade o grande valor deles é refletido em diagnósticos
retrospectivos, e na avaliação da atenção perinatal, e até mesmo pré-natal, já que como citei anteriormente um bom
seguimento pré-natal e uma boa assistência ao RN em sala de parto, diminuem significativamente complicações e
risco de óbito.
- Escore de apgar –
É uma avaliação clínica do recém-nascido (RN), proposta pela anestesista Virginia Apgar, na década de 1950, mas
muito utilizada até os dias atuais, devido à facilidade de aplicá-la.
É utilizado para demonstrar as condições do nascimento, e consiste na avaliação da respiração, frequência cardíaca,
cor, resposta a estímulos e tônus ao nascimento.
Esse escore não definirá a necessidade ou não de manobras de reanimação neonatal, mas também será importante
para avaliação da resposta e da eficácia dessas manobras, caso tenham sido utilizadas.
Intraparto, isso poderá acarretar complicações deletérias a se a pontuação do 1º minuto for baixa, e permanecer
baixa após o 5º minuto, longo prazo.
Há um consenso de que um escore de Apgar de 7 a 10 significa uma criança sadia e, quando menor que 7, é um sinal
de alerta para atenção especial.
Se o escore for menor ou igual a 6, deverá continuar a ser calculado com intervalos de 5 minutos, até o 20º minuto
de vida.
Um Apgar baixo no 20º minuto é compatível com mau prognóstico, como mortalidade ou alguma disfunção
neurológica.
SINAL 0 1 2
Esforço respiratório Respiração ausente Respiração irregular Respiração regular; choro
Frequência cardíaca Ausente Menor que 100 bpm Maior que 100 bpm
Tônus muscular Totalmente flácido Alguma flexão de extremidades Movimentos ativos
REANIMAÇÃO NEONATAL
Não significa o atendimento feito dentro da UTIN, mas o atendimento ao RN na sala de parto!
1 a cada 10 RN necessita de ajuda para respirar após o parto.
A mortalidade de crianças menores de 5 anos caiu drasticamente no mundo, com 3,6 milhões a menos de mortes
em 2013, comparada ao ano 2000.
Complicações da prematuridade
Eventos relacionados ao parto
Infecções
O Brasil, com uma população ao redor de 200 milhões e 3 milhões de nascimentos por ano, reduziu as mortes de
crianças abaixo de 5 anos em 78% entre 1990 e 2013, atingindo a Meta de Desenvolvimento do Milênio preconizada
pela OMS.
Em 2013 a mortalidade neonatal no Brasil correspondeu a 69% dos óbitos infantis e, 76% ocorreram entre 0-6 dias
após o nascimento (1° semana). A maior parte dessas mortes aconteceu no primeiro dia de vida.
As intervenções para reduzir a morbidade e a mortalidade neonatal associadas à asfixia perinatal e à síndrome de
aspiração de mecônio incluem:
Medidas de prevenção primária, com melhora da saúde materna, reconhecimento de situações de risco no pré-
natal, disponibilização de recursos humanos capacitados para
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1) Medidas de prevenção primaria, com melhora da saúde materna, reconhecimento de situações de risco no
pré-natal, disponibilização de recursos humanos capacitados para atender ao parto e reconhecer
complicações obstétricas.
2) Tratamento do evento, que consiste na reanimação neonatal imediata.
3) Tratamento das complicações do processo asfíxico, compreendendo o reconhecimento da asfixia e suas
complicações.
A reanimação, definida de forma ampla como o apoio especializado para uma transição bem sucedida ao nascer,
tem sido um foco maior dentre os esforços para diminuir a mortalidade neonatal precoce.
A maioria delas nasce com boa vitalidade, entretanto manobras de reanimação podem ser necessárias de maneira
inesperada.
Sendo essencial o conhecimento e a habilidade em reanimação neonatal para todos os profissionais que atendem ao
RN em sala de parto.
Estima-se que, a cada ano, 300.000 RN necessitem ajuda para iniciar e manter a respiração ao nascer.
Anamnese Materna.
Todo material necessário para a reanimação deve ser preparado, testado e estar disponível em local de fácil acesso,
antes do nascimento. Esse material é destinado à avaliação do paciente, manutenção da temperatura, aspiração de
vias aéreas, ventilação e administração de medicações.
Fonte de calor
Material para cateterismo umbilical
Fonte de oxigênio umidificado
Material de proteção pessoal
Aspirador com manômetro
Estetoscópio
Sondas para aspiração traqueal e gástrica
Saco plástico para RNs pré-termo
Balão auto inflável
Relógio com contador de segundos
Máscaras faciais para RN pré-termo e a termo.
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Logo após o nascimento, a equipe deve estar voltada exclusivamente aos cuidados com o RN, sem perder tempo ou
dispersar a atenção com a busca e/ou o ajuste do material. Verificar de modo sistemático e padronizado todo
material que pode ser necessário antes de cada nascimento.
Considerando-se a frequência de RN que precisam de algum procedimento de reanimação e a rapidez com que tais
manobras devem ser iniciadas, é fundamental que pelo menos um profissional de saúde capaz de realizar os passos
iniciais e a ventilação com pressão positiva por meio de máscara facial esteja presente em todo parto. A única
responsabilidade desse profissional deve ser o atendimento ao RN.
1. PASSOS INICIAIS.
2. CLAMPEAMENTO DO CORDÃO.
PASSOS INICIAIS
O RN não tem o centro termorregulador maduro por este motivo tem uma grande tendência a perder calor para o
ambiente.
Além do mais ele nasce banhado em líquido amniótico que se assemelha ao álcool em relação a temperatura e
volatilidade.
Se deixamos o RN entrar em hipotermia, é bem provável que ele saia da sala de reanimação para uma UTI neonatal,
já que ele gera uma resposta compensatória a perca de calor, promovendo um esgotamento adrenérgico, e
chegando a um estado de coma ou alteração dos níveis de consciência.
O médico, pediatra idealmente deve estar posicionado com a cabeça do RN voltada para si.
Já que dentro de poucos segundos ele pode necessitar de manobras, e esta posição irá auxilia-lo nesses processos.
E também para auxiliar que as vias aéreas continuem pérvias para a entrada de ar.
No RN pré termo <34 semanas, pode ser necessário o uso de coxins adequados para a estabilização cervical, devido
a imadurez neuromuscular.
ASPIRAR vias aéreas do RN se houver necessidade. (EX: indicação de VPP, liquido meconial, excesso de secreções.)
Não se deve aspirar sem necessidade, já que a aspiração pode promover uma manobra vagal, e bradicardizar o RN.
SECAR vigorosamente realizando estimulo tátil, RETIRAR campos úmidos. Evitar a perca de calor.
Frequência Cardíaca
Ritmo respiratório
Já que estes são os parâmetros que iremos utilizar para decidir as próximas condutas.
Logo após a extração completa do produto da cavidade uterina, se avaliam as 3 perguntas de ouro citadas a cima.
E em caso de SIM para as 3... podemos realizar o clampeamento tardio do cordão umbilical.
Estudos afirmam que esta prática melhora os índices hematimétricos do RN em torno dos 3- 6 meses de vida, o que
contribui para que não haja uma acentuação do período fisiológico de anemia que o RN passa nessa fase.
Alguns outros estudos dizem que esta pratica pode aumentar o requerimento de fototerapia, já que o grande
volume sanguíneo recebido, pode gerar uma hemólise acentuada, levando a uma Icterícia patológica.
Já no RN <34 semanas o tempo estipulado, é de 30- 60 segundos, o que é considerado um clampeamento precoce.
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Por conta disso, devemos realizar o clampeamento imediato do cordão levando o RN para a mesa de Reanimação.
Outro caso onde o cordão deve ser clampeado imediatamente é se a circulação placentária não estiver intacta (EX:
descolamento de placenta, placenta prévia, rotura, prolapso ou nó de cordão).
CLAMPEAMENTO
PASSOS INICIAIS
AFERIÇÃO SIMULTANEA DE FREQUÊNCIA CARDIACA E RITMO RESPIRATÓRIO.
Se neste momento constatamos
FC >100 BPM
Este RN não necessita dos proximos passos e pode estar junto a mãe.
Embora se constatamos que exista uma
FC <100 BPM
A frequência cardíaca deve se aferida de maneira sistemática, com estetoscópio no précordio, no tempo de 6
segundos e multiplicada por 10 para obtenção de resultado.
Este paramêtro constatamos apenas pela simples visualização dos movimentos respiratórios.
(Desconforto respiratório- Gemencia expiratória, retrações costais, batimento de asa nasal, gasping, head bobbing)
Simultaneamente ao Inicio da VPP, a equipe deve acoplar um Oxímetro de pulso no membro superior direito para
avaliação da SAT O2 pré ductal.
Também deve ser acoplado um Monitor Cardíaco (com 3 eletrodos) para avaliação continua da Frequência Cardíaca
durante as manobras.
O dispositivo mais usado e conhecido para a realização da VPP é o reservório auto inflável e máscara.
- Frequência cardíaca -
Esperamos com a VPP o aumento de FC, o que nos indica manobras adequadas..
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Em ambos os casos a oferta de O2 so pode se aumentada após a checagem da técnica e da saturação de O2 pré-
ductal.
Hérnia Diafragmática.
• Abdome excavado, ictus cardíaco a direita, ausência de murmúrio vesicular, ruídos hidroaéreos no tórax.
O sangue pré-ductal tem maior conteúdo de oxigênio irriga o cérebro, o coração e as adrenais, os orgão diana do
RN.
O sangue pós-ductal, que apresenta menor quantidade de oxigênio porque se mistura com o sangue proveniente do
ventrículo direito através do canal arterial, é responsável por irrigar os demais órgãos.
A avaliação deste paramêtro é fundamental durante a VPP ou qualquer outro tipo de ventilação e admistração de
O2.
Para avaliar isso devemos instalar um Oximetro de pulso em Membro Superior direito no inicio das manobras de
VPP.
De acordo com os minutos de vida temos uma SAT 02 pré ductal esperada, se esses valores estiverem a baixo do
normal, deveremos aumentar a nossa oferta de oxigênio.
Este aumento deverá ser realizado de 20% em 20% até chegar a oferta máxima de 100%.
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Se chegarmos a este valor e o nosso RN seguir em desconforto respiratório, temos uma VPP ineficaz e/ou
prolongada, e isso nos indica INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL COM VENTILAÇAO MECÂNICA.
Iremos inicia-la se após o primeiro ciclo de 30 segundos de VPP ,se a Frequência Cardíaca diminuir ou
continuar abaixo de 60 bpm, e após a checagem da técnica.
A MCE reduz a eficácia da ventilação, portanto só pode ser iniciada uma vez que expansão e ventilação
pulmonares estiverem bem estabelecidas.
Ainda que na 1° avaliação da FC ela esteja Bradicardica <60 bpm, iremos iniciar a VPP primeiro, e após 1 ciclo
a MCE.
TÉCNICA ADEQUADA
Nesta técnica o médico responsável pela realização destas manobras devem abracar o torax do RN com suas mãos e
colocar os dedos na região précordial, JUSTAPOSTOS, e nunca sobrepostos.
Já que a utlização da técnica de dedos sobrepostos causa lesóes como Pneumotoráx e lesões hepaticas.
O mesmos deve atentar-se a força aplicada, e pressionar o tórax do RN no maximo 1/3 na compressão.
RELAÇÃO VENTILAÇÃO-COMPRESSÃO:
FC: 90 BPM
FR: 30
Para a realização da MCE devemos ter no minímo 3 profissionais treinados em RCP neonatal.
Onde 1 irá ficar responsável pelas compressões, outro pela ventilação e outro para neste momento estar
monitorizando FC e ritmo respiratório, preparando drogas que podem ser utilizadas nos próximos passos, assim
como tambem garantindo um VIA para administração, a ideal neste caso seria a cateterização da via umbilical.
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São de 60 segundos completos, ao final de cada ciclo devemos checar ao paramêtros de eficácia e a técnica
adequada.
Se após 1 ciclo de VPP e MCE de 60 segundos com técnica adequada não houver melhoria.
Passamos ao 3° passo.
USO DE MEDICAÇÕES
A melhor via para ser administrada em mais rápida de drogas durante a reanimação é a veia umbilical. O cateter
deve ser inserido 2-3 cm apenas até o ponto de refluxo de sangue.
Apenas a primeira dose pode ser realizada por via ENDOTRAQUEAL (pelo próprio tubo de IOT)
A dose nestes casos é maior, já que a absorção por via endotraqueal é menor e mais incerta.
DOSES.
EXPANSOR DE VOLUME
Se não houver resposta após a 1ª dose de adrenalina e houver suspeita de hipovolemia deve ser
administrado EXPANSOR DE VOLUME.
(descolamento de placenta, placenta prévia, hematoma retroplacentario, hemorragia vaginal, transfusão feto- fetal,
ou alterações de perfusão significativas como palidez, pele marmórea.)
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LIQUIDO MECONIAL
Já que inicialmente o fato do RN nascer banhado em mecônio não muda as condutas iniciais independente da sua
vitalidade.
PASSOS INICIAIS
+ JUNTO A MÃE.
- Realizar IOT. Aspirar Hipofaringe e traqueia sob visualização direta com o próprio tubo e extubar.
TRIAGEM NEONATAL
Trata-se de uma triagem neonatal para a identificação de distúrbios congênitos e hereditários em geral transtornos
raros, porém graves, e com grande repercussão na vida do RN caso diagnosticados de forma tardia.
A pergunta queridinha das provas neste tema são com certeza, as doenças que são rastreadas:
- Hipotiroidismo congênito
- Deficiência de biotinidase
- Hiperplasia de adrenal congênita
- Fenilcetonúria
- Fibrose cística
- Anemia falciforme.
PLUS: - Deficiência de G6PD
- Galactosemia
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Triagem metabólica
Teste de Oximetria
o Teste do coraçãozinho:
Identificar cardiopatias congênitas críticas (levará a criança a óbito quando o canal arterial
fechar)
Cardiopatias congênitas críticas: São consideradas cardiopatias congênitas críticas aquelas onde a apresentação
clínica decorre do fechamento do canal ou seja cardiopatias canal-dependentes, tais como :
Atresia pulmonar e similares Cardiopatias com fluxo sistêmico dependente do canal arterial
Avaliar entre 24-48 hrs de vida a SaPO2 no MSD e qualquer Membro inferior
Alterado: repetir teste após 1 hora, se manter alteração fazer ECO em até 24 hrs.
Reflexo vermelho
o Feita com oftalmoscópio
o Normal: reflexo é bilateral e simétrico
o Rastreia retinoblastoma, catarata congênita
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Triagem auditiva
o Emissão otoacústica (pré-neural)
o Fone no conduto auditivo externo e emite um clic sonoro que vibra membrana timpânica, ossos do
ouvido, cóclea, depois se emite a vibração de volta para o aparelho. NÃO avalia surdez neuro
sensorial
Teste da linguinha: avaliar a presença de anquiloglossia (encurtamento do frênulo lingual) que pode impedir a
amamentação normal.
O teste da linguinha é realizado em recém-nascidos para detectar alterações do freio da língua, como a
língua presa, cientificamente chamada de anquiloglossia.
Esta alteração é muito comum e ocorre quando a membrana que prende a língua na parte de baixo da boca
é muito curta, dificultando os movimentos da língua.
Além disso, o teste da linguinha é feito para avaliar a espessura e de que forma o freio da língua está fixado,
além de analisar como o bebê movimenta a língua e se apresenta dificuldades para sugar o leite materno.
Assim, é importante que o teste da linguinha seja feito o mais cedo possível, de preferência nos primeiros
meses de vida do bebê, pois dessa forma é possível identificar alterações do freio da língua o quanto antes
para evitar consequências como dificuldades na amamentação ou para comer alimentos sólidos, alteração
na estrutura dos dentes e na fala.
Vale lembrar que apesar de simples, rápido e barato, ele é preconizado pelos manuais do ministério da
saúde, porém não defendido pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).
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DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO RN
Doença da Membrana Hialina (Síndrome do desconforto respiratório)
o Hemograma
Neutropenia (infec. Bacteriana)
Relação I/T ≥ 0,2 (soma de todos os neutrófilos imaturos e divido pelos neutrófilos totais)
o Culturas:
Hemocultura
Cultura de liquor (controversa)
Urinocultura (infecção tardia)
Tratamento:
o Precoce: ampicilina + Aminoglicosídeo
Cobertura para GBS + gram-negativos!
o Na sepse tardia, o ATB depende do perfil de resistência bacteriana da UTI.
Geralmente um agente com cobertura para staphylococcus e outros agentes.
ICTERÍCIA NEONATAL
Icterícia fisiológica
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A icterícia é uma coloração amarelada da pele das mucosas como consequência do aumento sérico das
bilirrubinas.
Na maior parte das vezes relaciona-se a um processo patológico, porém 60% dos RN a termo ficam ictéricos
na primeira semana de vida, e este geralmente é um processo fisiológico.
A hemoglobina é degradada e forma bilirrubina indireta (BI), a qual é hidrossolúvel e deve ser eliminada, e
para isso precisa ser transformada em lipossolúvel. A BI liga-se a albumina, é captada pelo hepatócito e nele sofre
conjugação com 1 ou 2 moléculas de ácido glicurônico, formando um mono ou diglicurinídeo (BD), através da
glicuroniltransferase. A BD lipossolúvel pode ser excretada na bile e ser retirada do organismo pelo intestino.
Na vida fetal a bilirrubina é excretada pela placenta - apenas na sua forma indireta (BI) - logo, a captação e
conjugação do RN é diminuída ao nascimento.
Nível elevado de bilirrubina >12 mg/dl em RN á termo ou alcança a ZONA 3 (passou do umbigo é sinal de
perigo)
Outras alterações clínicas
Icterícia Persistente (7-10 dias no RNT E RNpT 10-14 dias)
Colestase
Aumento de bilirrubina direta.
ICTERÍCIA PRECOCE
Incompatibilidade materno-fetal
o Incompatibilidade Rh: mãe Rh negativo e RN Rh positivo, mãe previamente sensibilizada na
gestação anterior, se houver coombs indireto positivo indica sensibilização. No RN se faz o Coombs
direto e se for positivo indica anticorpos nas hemácias.
o Incompatibilidade ABO: Mãe é O e o RN é A ou B, pode ocorrer na primeira gestação, o Coombs
direto pode ser positivo ou negativo e não afasta a incompatibilidade
Esferocitose: Coombs direto sempre negativo
Deficiência de G6PD: Coombs direto sempre negativo
Avaliação complementar:
o BT e frações + HTo + Reticulócitos
o TS, fator RH e CD no RN
o Hematoscopia (destruição dos esferócitos – esferocitose e incompatibilidade ABO)
Aumento de BD:
o Atresia de vias biliares: após o nascimento a criança evolui com um processo de fibrose da árvore
extra-hepática, tipicamente ficam ictéricas após a 2-3 semana de vida. ICTERÍCIA + SINAIS DE
COLESTASE (colúria, acolia), Tratamento é a cirurgia de KASAI (portoenterostomia) nas primeiras 8
semanas de vida
INFECCOES CONGENITAS
São aquelas que se estabelecem por
VIA HEMATOGÊNICA TRANSPLACENTÁRIA
Quando suspeitar?
Maioria das crianças: assintomáticas
Suspeita com doença ou sorologia materna
ATENÇÃO:
IgM no RN = INFECÇÃO
IgG no RN = PODE SER MATERNA
SINTOMÁTICAS
Quadro antenatal (abortamento, CIUR, prematuridade)
Quando inespecífico ou específico
Avaliação do RN
Para todo RN o qual a mãe teve diagnóstico de sífilis durante a gestação
- Avaliação clínica cuidadosa
- VDRL de sangue periférico – avalia a atividade da doença e grau de lesão tecidual.
Os anticorpos avaliados pelo VDRL são IgM e IgG. Pode representar apenas a passagem de AC maternos.
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Anemia
Hemograma plaquetas
ou WBC
VDRL
Punção lombar Celularidade aumentada (>25/mm³)
Proteínas (> 150mg/dL)
Raio-x de ossos
Osteocondrite / periostite
longos
Tratamento
Como foi o tratamento da gestante? Saber caracterizar o tratamento inadequado!
TRATAMENTO INADEQUADO
Tratamento não penicilínico
Inadequado para a fase
Incompleto
< 30 dias antes do parto
Parceiro não tratado
ACOMPANHAMENTO
Acompanhamento clínico
VDRL seriado
Punção lombar a cada 6 meses (se alterado)
Avaliação auditiva e visual (semestralmente nos primeiros dois anos de vida)
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A doença aguda pode se resolver sozinha, mas o paciente não fica curado, estabelecendo uma infecção latente, a
qual não transmite para o feto, exceto se reativação em imunodeprimida.
A transmissão para o feto ocorre durante a infecção aguda!
Diagnóstico da gestante
IgM IgG
Índice de avidez de IgG*
Alguns dias após a infecção = IgM (+) → pode permanecer detectável por até 1 ano
Cerca de 2 semanas após a infecção = IgG (+) → permanece positiva pelo resto da vida
(*) IgG com alto índice de avidez → indica que a infecção ocorreu há mais de 3 - 4 meses (12 - 16 semanas)
Investigação do feto
USG
Amniocentese (PCR do LA – identificação do DNA do toxoplasma no líquido amniótico)
TRATAMENTO NA GESTANTE
No momento ESPIRAMICINA
do diagnóstico Principal objetivo: evitar a infecção fetal
Tratamento
Sulfadiazina + Pirimetamina + ácido folínico → durante o 1º ano de vida, para reduzir a circulação do T.
gondii.
Corticoide – se reação inflamatória acentuada (coriorretinite grave, proteína LCR > 1g/dL)
MANIFESTAÇÕES ESPECÍFICAS
CALCIFICAÇÕES PERIVENTRICULARES
TRATAMENTO
Ganciclovir IV por 6 semanas
Rubéola Congênita
Só irá transmitir o vírus da rubéola a mulher que é primoinfectada durante a gestação.
A mulher que é infectada no primeiro trimestre neste caso tem grandes chances de infectar o concepto, e, o
problema é que infecções nesse período tem grandes chances também de repercussões clínicas, com
consequências graves.
Clinica
Catarata → pesquisa do reflexo vermelho (alteração: reflexo assimétrico / reflexo branco / leucocoria)
Surdez (é uma das manifestações mais frequentes nas crianças sintomáticas)
Cardiopatia congênita (só estará presente quando a infecção tiver ocorrido nas primeiras semanas de
gestação – particularmente nas primeiras 8 semanas) → principais: PCA e estenose de artéria
pulmonar
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
Crescimento/Desenvolvimento/Puberdade
O crescimento é uma avaliação quantitativa, mensurada pelo ganho de peso e estatura. Já o desenvolvimento é
uma aferição qualitativa, em que se procura pelo ganho de capacidades cada vez mais complexas.
Determinantes: Fatores intrínsecos (genética), fatores extrínsecos (nutrição)
Fases do Crescimento
Intrauterino: de maior crescimento, depende do fator ambiental (placenta)
Lactente: nos primeiros 2 anos de vida, depende de fatores extrínsecos (nutrição) (intenso e desacelerado)
o Peso: Estatura: PC:
Nascer: 3,400-3,500 kg Nascer: 50 cm Nascer:35cm
1° Tri: 700g/mês 1° sem: 15cm 1° Tri: 2cm/mês
2° Tri: 600g/mês 2° sem: 10cm 2° Tri: 1cm/mês
3° Tri: 500g/mês 2° Sem:0,5cm/mês
4° Tri: 400g/mês* 1° ano:12cm
Infantil: Do final do segundo ano de vida até a puberdade, o potencial genético é o grande determinante – GH
dependente, única fase que pode haver uma desaceleração do crescimento sem significado patológico. É uma de
crescimento mais estável.
Puberal: maracada pela liberação dos esteróides sexuais, observada uma aceleração do crescimento (pico de
estirão) e logo depois uma desaceleração do crescimento com posterior calcificação das cartilagens e término do
crecimento.
Tipos de Crescimento
Geral: respeita as fases descritas acima (musculoesquelético, órgãos).
Neurológico: crescimento quase pleno até os 2 anos.
Linfóide: picos aos 7 anos, caindo no início da puberdade (por isso, tonsilas relativamente grandes, maior que a
de adultos)
Genital: pouco até a puberdade
Avaliação do Crescimento
1º Passo – paramâtros antropomêtricos – obter valores
o Peso e altura (até 2 anos é comprimento/deitado, >2 anos é altura/em pé).
o Perímetro cefálico (glabela e occipito) até 2 anos de idade
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Decoreba:
o PESO – 1º trimestre, 700 g/m; 2º trimestre, 600 g/m; 3º trimestre, 500 g/m; 4º trimestre, 400 g/m. Ou
seja, duplica com 4-5 meses e triplica no primeiro ano.
o ESTATURA – 1º semestre, 15 cm; 2º semestre, 10 cm; 2 e 3º anos, 10 cm/ano; pré-escolar, 7 a 8 cm/ano;
escolar, 6 a 7 cm/ano
o P. CEFÁLICO (a termo, 35 cm; 47 cm ao fim do 1º ano) – 1º trimestre, 2cm/m; 2º trimestre, 1cm/m; 2º
semestre, 0,5cm/m.
Desenvolvimento:
Avaliação:
o Motora (a): andar ou levantar-se
o Motricidade adaptativa/fina (b): movimentos finos com mão; movimento de pinça.
o Social (c): interação com os outros
o Linguagem (d): comunicação com os outros
Regras Básicas (desenvolvimento sequencial e previsível)
o Motricidade: crânio-caudal
o Motricidade fina: cúbito-radial; primeiro pega, depois solta
o Marcos expressam períodos de desenvolvimento: diferenciar idade média e idade esperada (limite) para
determinada capacidade.
1) RN:
a. Motor: Membros Fletidos; postura tônica-cervical (PTC); cabeça pendente.
b. Adaptativo: fixa a visão
c. Social: prefere a face humana
d. Linguagem: nada
2) 1 mês de vida:
a. M: Pernas mais estendidas, PTC, levanta o queixo quando em decúbito ventral
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Puberdade
Adolescência: ocorre alterações biológica, social, psicológica.
o OMS: 10-20 anos
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TANNER
Meninas
o M – mama – do 1 ao 5, sendo 1 ausência e 5 padrão do adulto.
M1: Pré-puberal
M2: Broto mamário (telarca), tecido glandular mamário apenas abaixo da auréola (pode
começar o pico do estirão)
M3: Aumento da mama e aréola (pico do crescimento 8-9 cm/ano)
M4: Duplo contorno (Menarca 2-2,5 anos após a telarca), (crescimento desacelerado).
M5: Mama madura
o P – pêlos – do 1 ao 5, sendo 1 ausência e 5 padrão do adulto.
P1: pré-puberal
P2: Pubarca (adrenarca), pelos apenas nos grandes lábios
P3: Sínfise púbica, pelo mais escuro, mais enrolado
P4: Grande quantidade
P5: Chega a raiz das coxas
Meninos
o G – testículos-pênis – do 1 ao 5. G2 é início da puberdade, precedendo o crescimento do pênis; G3,
aumento do comprimento; G4, aumento do diâmetro; G5 é padrão adulto.
G1: Pré-puberal
G2: Pênis infantil, aumento volume testicular ≥ 4mm (orquidômetro de Prader)
G3: aumento pênis comprimento
G4: aumento pênis diâmetro (pico de crescimento 9-10 cm/ano, *lembrar da idade de início da
puberdade)
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Puberdade Precoce: caracter sexual secundário e aceleração do crescimento antes da hora, o problema é que para
de crescer antes da hora, levando a adultos de baixa estatura. Pode ser devida a alteração:
Central: GnRH dependente (verdadeira), ativação precoce do eixo, causas podem ser idiopática (principal no
feminino) ou por lesão SNC (principal no masculino), sendo mais comum no sexo feminino que no masculino.
Aumento de gonadotrofinas.
Periférica: GnRH independente (pseudopuberdade), doença gonadal (tumor testicular, ovariano) doença
gonadal (hiperplasia adrenal congênita, tumor de adrenal). Avaliar volume testicular (diminuído ou
assimétrico).
Meninas: <8 anos
Meninos: <9 anos
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Vitamina D
Fontes:
o Animais, fontes vegetais, ambos são responsáveis por 20% de nossa vit D
o Endógena (vitamina D3 (subcutânea)→Clacidiol (fígado)→calcitriol (rins)). O sol que ativa a vitamina
D é o das 10:00-16:00 hrs, responsável por 80% da vit D absorvida;
Hormônio: Função hormonal nos ossos (ativação de osteoclastos via PTH); Intestino (reabsorção de cálcio e
fósforo); Rins (reabsorção de cálcio e controle do fósforo); Paratireoides (supressão de PTH);
Causas de deficiência: Nutricional, congênita, genética, baixa absorção, doença renal crônica
Mulheres que pretendem engravidar tem que fazer reposição de vitamina D
Deficiência Clínica
o Raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos
Bossas frontais (frente proeminente), craniotabes, rosário raquítico (sulco de Harrison),
alargamento das extremidades ósseas, alterações axiais e periféricas, fraqueza muscular,
déficit de crescimento e desenvolvimento
Diagnóstico deficiência: cálcio (normal ou baixo), fósforo (baixo), PTH (alto), fosfatasa alcalina (alta), para
dosar vit D (25-OH-vitamina D, Normal >30 e <100)
Radiológico (fases tardias): punho, joelho e crânio (rarefação óssea, fraturas em galho verde, duplo
contorno periosteal, alargamento epifisário/epífises “em taça”
Tratamento:
o Prevenção Universal para todas as crianças de 1 ano de idade 400 UI/ dia e até 2 anos 600 UI/dia
o Gestantes que fazem suplementação com vitamina D tem seus filhos com menor chances de terem
no futuro doenças respiratórias, IVAS e Infecções vias aéreas inferiores.
Vitamina E
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Vitamina antioxidante
Rara situação de carência nutricional
Atenção para prematuro (pois a maior parte da vitamina passada da mãe para o concepto ocorre nas últimas
semanas de gestação)
o Hemólise (anemia hemolítica-estresse oxidativo) e alterações neurológicas (ataxia por ataque de
radicais livres).
Vitamina K
Vitaminas Hidrossolúveis
Complexo B
B1-Tiamina
B3-Niacina
B6- Piridoxina
B12- Cianocobalamina
Deficiência: ingestão inadequada, baixa absorção com ausência de Fator Intrínseco (anemia perniciosa) ou
doenças ileais, drogas (antiácidos)
Manifestações clínicas
o Anemia (macrocítica), glossite, anorexia
o Deficiência na absorção de folato (aumento de ácido metilmalônico)
o Alterações neurológicas “ataxia proprioceptiva”
Vitamina C
Funções: formação de colágeno, Absorção intestinal de ferro vegetal, síntese de neurotransmissores
Deficiência:
o Escorbuto: anorexia, irritabilidade, hiperalgia de MMII (posição “de rã”), alterações
cutaneomucosas, sangramento gengival
Micronutrientes
Iodo: Atenção para gestantes, feto precisa muito de iodo
Zinco:
o Fontes animais
o Cuidado com excesso de fibras (leva deficiência)
o Participação no sistema imune, reprodutor e regeneração epitelial
o Acrodermatite enteropática (defeito de absorção genético)
o Reposição na diarreia aguda
Cobre:
o Catalizador de reações cutâneas e de síntese de neurotransmissores
Desnutrição
Primária se falta nutriente em pcte previamente hígido; secundária se decorrente de alguma doença
*cça magra com estatura normal desnutrição aguda; magro e baixo desnutrição crônica; baixo com peso
normal desnutrido pregresso.
Formas Clínicas
1. Kwashiorkor – deficiência protéica com ingesta energética normal
a. Instalação ráida após o desmame
b. Apatia e anorexia
c. EDEMA E ANASARCA
i. Hipoalbunemia + aumento da permeabilidade vascular
d. Hepatomegalia por esteatose
e. Alteração dos cabelos e pele
i. Sinal da Bandeira – cabelo hiper e hipopigmentado
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Laboratório
Hipoalbuminemia
Hipoglicemia
Hiponatremia (com Na+ corporal normal) falta ATP para bomba de sódio e potássio. Não corrigir a natramia;
apenas a desnutrição
HipoK e HipoMg reais
Anemia e linfopenia por atrofia tímica (menos linfócitos T)
Tratamento
Fase de estabilização (1 a 7 dias)
o Evitar morte: infecções, hipotermia, hipoglicemia e distúrbios hidroeletrolíticos. Ou seja: Ampicilina +
aminoglicosídeos EV se grave, agasalhar, hidratação VO (menos sódio e mais potássio) ou EV se paciente
chocado.
o Dieta habitual – não hiperalimentar
Para interromper catabolismo
SNG se necessário
Suplementar potássio, magnésio e zinco (Ferro não)
Polivitamínicos (Vit A e Compl. B)
Fase de Reabilitação (2-6 semanas)
o Marca inicial – retorno do apetite
o Maior ingesta protéica (para fazer o catch up)
o Ferro
o Alta para tto ambulatorial
Fase de follow-up (7 – 26 semanas)
o Pesagem semanal
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Baixa Estatura
A baixo de score z -2 ou < percentil 3
Variantes normais do crescimento
o Baixa estatura genétia (familiar)
o Retardo constitucional/baixa estatura constitucional
Condições Mórbidas
o Doenças de grandes sistemas orgânicos, causando desnutrição secundária
o Doenças endócrinas: deficiência de GH, hipotireoidismo e cushing – aumento de peso com diminuição
da estatua.
o Doenças genéticas: acondroplasias, sd. cromossômicas
Avaliação
o Ver se estatura está de fato baixa
o Velocidade de crescimento em um período de meio ou 1 ano
Normal em pré-pubere é de 5 a 7 anos
Se anormal, patológico; se normal, variante: retardo constitucional ou baixa estatura familiar
Relação peso/altura
o Nutrido ou obeso – dça endócrina
o Magro – desnutrição secundária
o Estatura dos pais
Somar 6,5 à média para os meninos; diminuir 6,5 para as meninas
o Complementares
Rx de mãos e punhos esquerdo para ver idade óssea
Cariótipo
OBESIDADE
Obesidade
IMC E>1 E>2 E>3
0-5 anos Risco de Sobre Peso Sobre Peso Obesidade
5-19 anos Sobre Peso Obesidade Obesidade Grave
CDC
2 anos p85-94 --> Sobre Peso >=p95 --> Obesidade
ETIOLOGIA
Primária
Secundária
COMO DEFINIR?
IMC = PESO (kg)
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ALTURA (m)²
COMORBIDADES
HAS
Dislipidemia
Esteatose hepática
Resistencia insulínica (acantose)/ diabetes mellitus
Síndrome metabólica
TRATAMENTO
Sem comorbidades:
o 2-7 anos: manutenção do peso
o > 7 anos: redução gradual do peso
Com comorbidades: redução gradual do peso
Planejamento dietético
Esclarecimento: o que é obesidade, quais os riscos e que não será necessária dieta restrita
Comportamento: hábitos (fazer refeições sentadas à mesa), refeições/dia (5 a 6 refeições por dia)
Quantidade: diminuir a quantidade das porções
Qualidade: substituir alguns alimentos
Manutenção
Atividades físicas
Atividade diária: 1 hora/dia
Diminuição das atividades sedentárias
ALEITAMENTO MATERNO
Recomendações Atuais:
AM Exclusivo: Leite Materno ou Leite humano e nada mais (pode medicações, vitaminas, minerais).
*AM Predominante: LM + Líquidos (chá/sucos...) outros leites não entram nessa definição, não há recomendação
para esse tipo de prática, isso diminui a ingestão de leite materno e corre o risco de infecção pelo alimento. Suco < 1
ano é PROIBIDO.
Composição do leite:
Modificações no Leite:
Durante a lactação:
o Colostro: secretado entre 3º e 5º dia da criança, + proteínas, + eletrólitos, > quantidade de vitamina
A - lipossolúvel (coloração amarelada).
o Leite intermediário: intervalo entre o colostro e maduro
o Leite maduro: secretado por volta do 10º ao 14º dia de vida da criança, + lactose, + gordura.
Durante a MAMADA:
o Leite anterior:
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E na ausência materna?
LHO: leite humano ordenhado pode ficar armazenado 12 horas na geladeira e 15 dias no freezer.
E na impossibilidade do LM?
Fórmula infantil, a criança não deve receber leite de vaca no primeiro ano de vida.
Quando inevitável: LV
o < 4 meses: diluído, acrescentar óleo (cozinha)
o > 4 meses: não diluído, NÃO COLOCAR açúcar (depois dos 2 anos), achocolatado.
Após nascimento: estágio 2 da Lactogênese, quando a placenta sai ocorre a apojadura (fim da inibição da
Lactogênese), produção de leite independente de estímulos.
Durante a lactação: Estágio 3, nesta fase necessita de 2 estímulos, sucção da mama e esvaziamento mamário. A
sucção do complexo mamilo-alveolar leva estímulos a hipófise anterior que produz mais prolactina e leva a formação
de mais leite, também através desse mesmo estímulo faz com que a hipófise posterior produza ocitocina que leva a
ejeção do leite através das células mioepiteliais. O esvaziamento é necessário para aumentar a sensibilidade do
alvéolo a prolactina.
Técnica de amamentação:
Posicionamento:
o Criança bem apoiada
o Cabeça e tronco no mesmo eixo
o Corpo próximo ao da mãe (barriga com barriga)
o Rosto de frente para a mama.
Pega:
o Boca bem aberta
o Labio inferior evertido
o Aréola mais visível acima da boca
o Queixo toca a mama.
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Peso (o ganho ponderal é um marcador de nutrição) – lembrar que nos primeiros dias de vida a
criança pode perder até 10% do peso de nascimento
Diurese (bem alimentada = bem hidratada e com diurese satisfatória; 6 - 8 vezes ao dia)
Fissuras: boca no mamilo em vez da aréola, corrigir através da pega correta, mudança de posição, ordenhar
antes da mamada (estimular o reflexo de ejeção para que a criança faça uma mamada mais suave), aplicação
do leite sob a fissura (Ministério da saúde não reconhece).
Ingurgitamento: Grande acúmulo de leite na mama, pode ser patológico causando edema na mama
(aumentada difusamente, hiperemiada, pele brilhosa), conduta é esvaziar a mama com aleitamento em livre
demanda, ordenhar antes da mamada para facilitar a pega, esvaziar as mamas em caso da mama se manter
com o volume muito aumentado, e intervalos de mamadas compressas frias (crioterapia-discreta
vasoconstrição).
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Mastite: reação inflamatória mais localizada em um quadrante da mama, pode ser inflamatório ou
infeccioso, conduta é esvaziar a mama mantendo o aleitamento com a técnica correta, se houver infecção
ATB (aureus- cefalexina, amoxi-clavulanato), antibiótico fazer se não haver melhora pós-esvaziamento, ou se
houver indícios de manifestação sistêmica (febre alta, calafrios), o quadro pode evoluir em abscesso sendo
necessário a drenagem.
“Leite fraco”: avaliação objetiva (se há boa alimentação ou não), avaliar ganho ponderal de peso (lembrando
que RN perde até 10% de seu peso nos primeiros dias de vida), se estiver com peso satisfatório mantenha a
amamentação e avalia técnica correta. Se há peso diminuído avaliar se está havendo aleitamento em livre
demanda, se a mulher está esvaziando a mama garantindo que a criança está recebendo o leite posterior
NÃO CONTRAINDICAM:
TUBERCULOSE: o problema não é a secreção da micobactéria pelo leite, mas sim o contato da
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criança com as secreções respiratórias – mesmo a mulher bacilífera pode amamentar: basta que
a amamentação seja em local arejado e com máscara – além disso, o RN deve receber isoniazida
e a BCG adiada
HEPATITE B: além de dar vacina, a criança também receberá a imunoglobulina – assim a criança
pode ser amamentada
HEPATITE A / C Profilaxia
DOENÇAS DO LACTENTE contra
GALACTOSEMIA – erro inato no metabolismo da galactose (não consegue metabolizar), de
maneira que esta acaba se acumulando em vários tecidos. Não pode: leite humano e nenhum
anemia
outro tipo de leite que contenha galactose em sua composição. É uma das raras exceções em Ferropriva
que crianças < 6 meses são alimentadas com leite de soja (SBP)
FENILCETONÚRIA - erro inato no metabolismo de um aminoácido (fenilalanina), não
Utiliz
convertendo em tirosina, com acúmulo de FEN em vários tecidos corporais e desenvolvimento
a-se o Ferro
de sequelas irreversíveis (por isso a fenilcetonúria faz parte da triagem neonatal). Mesmo quem
elementar
tem fenilcetonúria precisa receber uma pequena quantidade de FEN em sua dieta (pois é um aa
essencial), assim ele receberá pequena quantidade de LM + fórmula isenta de FEN + (lembrando
monitorização de níveis séricos do aminoácido de calcular a
USO DE MEDICAMENTOS dose quando
for sulfato
SAIS DE OURO
ferroso ou
AMIODARONA
IMUNOSSUPRESSORES e CITOTÓXICOS outras bases
RADIOFÁRMACOS de ferro)
GANCICLOVIR E LINEZOLIDA IG >
37 semanas
e PN > 2,5 kg:
o < 3m: manter em AME ou Fórmula Infantil (não recebe Fe)
o > 3m: 1 mg/kg/dia de Fe até 2 anos (exceto se recebe > 500 ml/dia FI)
< 2,5 kg ou PMT:
o Recebe Fe a partir dos 30 dias até 2 anos
o 1º ano:
< 1000g: 4 mg/kg/dia Fe
< 1500g: 3
<2500g: 2
o 2º ano: 1 mg/kg/dia Fe
RESFRIADO COMUM
Definição: é uma infecção vírica aguda do trato respiratório superior que cursa com rinorreia e obstrução nasal
como principais sintomas. Também pode ser chamado de rinosinusíte.
Etiologia:
Rinovirus: mais de 200 sorotipos de rinovírus humanos, responsáveis por 50% dos casos de RC em adultos e
crianças.
Coronavírus
Influenza: normalmente gripe (mas baixa)
Virus sincitial respiratório: faz bronquiolite
Parainfluenza: faz faringite
Metaneumovirus humano
Virus paragripais e adenovírus
Epidemiologia: Crianças pequenas apresentam em promedio 6-8 resfriados cada ano, e de 10-15% apresentam ao
menos 12 infecções ao ano. Essa incidência diminui com a idade, sendo que adultos apresentam apenas 2-3
resfriados ao ano. As crianças que não vão a creches apresentam 50% menos resfriados durante ao ano. E quando
começa a escola as crianças de creches apresentam menos taxas de infecção do que as que não frequentavam a
mesma. A deficiência de lectina de união a manosa com deterioro da imunidade inata pode estar associada ao maior
número de incidência de resfriados.
Contato direto com as mãos (autoinoculação da própria mucosa nasal, ou das conjuntivas depois de tocar a
uma pessoa ou objeto contaminado).
Inalação de aerosoles: de partículas pequenas transportadas no ar pela tosse.
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Depósitos de aerosoles: de partículas grandes que se expulsam durante espirros e aterrissam sobre a
mucosa nasal ou conjuntival.
Lactantes: predominam a febre e a secreção nasal (Hialina e posterior purulenta esverdeada), o primeiro
sintoma se percebe como uma dor ou incomodo na garganta e depois se agrega a rinorreia e a secreção
nasal. A dor de garganta se resolve com rapidez, de forma que o segundo e terceiro dia de doença prevaleça
a rinorreia e a obstrução nasal.
Tosse: predominantemente noturna (pelo gotejamento pós-nasal), se produz em 2/3 das crianças e pode
persistir de 1-2 semanas.
Odinofagia com hiperemia de mucosas
Febre baixa. Mas pode ser alta (especialmente se influeza ou adenovirus)
OBS: Vírus gripais, VSR, Metaneumovirus humano e adenovírus tem maior probabilidade que o coronavirus
e rinovírus de produzir febre e sintomas constitucionais.
Outros sintomas: cefaleia, ronqueira, irritabilidade, dificuldade para dormir e diminuição do apetite. NÃO
costuma haver vômitos e diarreia.
Duração: O resfriado comum costuma durar 1 semana, mas as vezes pode se estender até 2 semanas (10%)
Pode ser identificado linfadenopatia cervical anterior e injeção conjuntival
Diagnóstico: a principal meta do diagnóstico é fazer o diagnóstico diferencial de doenças que se assemelham com o
resfriado comum. Os patógenos viricos podem ser detectados mediante reação em cadeia de polimerasa, cultivo,
detecção de antígenos ou métodos serológicos.
de botulismo. A codeína e o dextrometorfano não tem efeito sobre a tosse em resfriados. Expectorantes
como a guaifenesina não são eficazes. A combinação de alcanfor, mentol e eucalipto pode aliviar a tosse
noturna.
Complicações:
A mais importante e comum é a otite media aguda OMA (30%), pode vir indicada por nova aparição de febre e dor
de ouvido depois dos primeiros dias de sintoma de resfriado.
o Infecção bacteriana com inflamação da orelha média
o Fisiopatologia: Disfunção tubária com acúmulo de secreção no ouvido médio e proliferação bacteriana
o Mais comum abaixo dos 2 anos (tuba auditiva mais curta e horizontalizada) – 80% das crianças até 3
anos terão ao menos 1 episódio de OMA
o Etiologia
1º Pneumococo; 2º H. influenzae Não tipável; 3º Moraxella Catarrhalis
o Clínica
História de resfriado recente
Irritabilidade e choro
Febre pode ter
Otalgia (criança chorosa e irritadiça)
Otorréia se houver perfuração da membrana timpânica. Alivia a dor (também presente na otite
externa (banho de piscina))
o Diagnóstico
Otoscopia
Normal é uma membrana timpânica transparente, brilhante, com triângulo luminoso
presente, côncava ou plana e móvel
Na OMA: opaca ou hiperemiada (no resfriado, se apresentam assim mesmo) e abaulada
(sugestivo de OMA)
o Tratamento
Analgesia e avaliar antibioticoterapia:
Indicação ATB American Association of Pediatrics 2013
o < 6 meses ATB em todos (nessa faixa etária, tem mais chance de complicação
e o sistema imune é pior)
o Entre 6 e 24 meses ATB se quadro grave (dor > 48 horas moderada ou intensa
ou febre ≥ 39ºC) ou otorreia ou bilateral
o ≥ 2 anos: Graves e otorreia
ATB = Amoxicilina (há pneumococo resistente por menor afinidade PBP (proteína ligadora
penicilina) e haemophilus e moraxella resistente por beta lactamase). Dose padrão 40 a
50mg/kg/dia por 10 dias***; dose dobrada na suspeita de pneumococo resistente (< 2 anos,
creche, atb nos últimos 30 dias). Amoxicilina + clavulanato se falha terapêutica ou se OMA +
conjuntivite (sugestivo de “EYEmófilo”) e Uso de ATB recente (< 30 dias).
o Complicação da OMA
1) Perfuração Timpânica normalmente cicatrizam em 3 meses; se não, encaminhar para o
otorrino.
2) Otite Média Serosa (O.M com efusão) Efusão sem inflamação exuberante. Observação por
três meses e se não melhorar (líquido ainda na região timpânica), mandar para o otorrino.
Havendo déficit de audição, cirurgia (tubo de ventilação – tubo de timpanostomia)
3) Mastoidite Aguda (inflamação do periósteo)
Hiperemia e/ou dor retroauricular
Deslocamento do pavilhão auricular
Internar e ATB EV
Clínica
o Resfriado “arrastado” (≥ 10 dias)
Coriza mucopurulenta abundante
Tosse intensa, diurna (se pacte não tossir durante a consulta, pense em outro Dx) e noturna
mais intensa
o Resfriado grave ≥ 3 dias consecutivos
Febre alta e coriza mucopurulenta + tosse
o Quadro que piora após melhorar (bifásico)
Diagnóstico é clínico (NÃO PEDIR Rx)
Agentes Etiológicos = OMA
Diagnóstico diferencial
o Corpo estranho – rinorréia unilateral, fétida e sanguinolenta
o Rinite alérgica – prurido/espirros; palidez de mucosas; eosinofilia.
o Sífilis – primeiros três meses de vida; obstrução intensa; secreção sanguinolenta.
Tratamento (mesmos agentes etiológicos da OMA)
S.F. 0,9% intranasal
ATB (amoxicilina) até 7 dias após melhora clínica.
o Complicações
1) Celulite Orbitária
Proptose
Dor à movimentação
Edema na conjuntiva – queilose
Cd: Internar, TC e ATB EV
2) Celulite Periorbitária
Só tem edema e hiperemia. Como o acometimento é pré-septal apenas, não há
proptose, dor à movimentação ocular.
Diagnóstico Diferencial:
FARINGITE AGUDA
Definição: é a inflamação da faringe, pode produzir eritema, edema, exsudados ou um enantema (úlceras e
vesículas). A causa mais comum é viral mas o mais preocupante é a bacteriana.
Etiologia
Diagnóstico:
O diagnóstico pode ser feito através do cultivo faríngeo e prova de detecção rápida de antígenos (PDRA), são
as provas diagnósticas do EGA. Teste antigênico rápido (grande especificidade e pequena sensibilidade), se
(+) inicia tratamento, se (-) realizar cultura. (Pode demorar até 9 dias o tratamento esperando a cultura)
Estudos de bactérias distintas do EGA se realiza com pouca frequência, e se deve reservar a pacientes com
sintomas persistentes e sintomas indicativos de faringite bacteriana distinta EGA, por exemplo no caso de
suspeita de infecção gonocócica ou abuso sexual.
Não se dispõe de cultivos viricos e geralmente são muito caros e lentos para ter utilidade clínica. A reação
em cadeia de polimerasa é bastante rápido e o estudo mediante reação em cadeia de polimerasa multiplex
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para patógenos respiratórios pode identificar diversos vírus e bactérias, mas não há tratamento específico
para a maioria dos vírus, tornando este estudo habitualmente não necessário.
Tratamento:
Deve sempre ser tratada para evitar a complicação de FR
Analgesia e antipirético
Penicilina benzatina: Benzetacil dose única
o Ou Amoxicilina ou Clavulin por 10 dias 50mg/kg/dia até 1g/kg/dia em dose única diária
o Ou Eritromicina (10d) ou Azitromicina (5d) – macrolídeos caso alergia a Penicilinas
Complicações:
Abscesso periamigdaliano (mais comum em adolescente e adulto jovem)
o Amigdalite, disfagia, sialorreia, trismo (não consegue abrir a boca), desvio de úvula
o Tratamento: drenar e mais ATB oral ou parenteral com cobertura para anaeróbios da cavidade oral
(clindamicina)
o Aspiração por agulha ou incisão e drenagem
Abscesso retrofaríngeo
o Infecção dos LFN retrofaríngeos
o Só ocorre em pacientes < 5 anos (gânglios no espaço retrofaríngeo, depois esses gânglios involuem)
o Potencial complicação para qualquer infecção de VAS
o Pensar quando: IVAS recente, febre alta e odinofagia importante, disfagia e sialorréia, dor a
mobilização do pescoço (Dxd de torcicolo na infância).
o Diagnóstico: Rx perfil do pescoço/ TC Cervical
o Tratamento: internar e ATB EV
Etiologia:
Virus paragripais (1, 2 e 3) – 75% dos casos (“Lembrar que vírus Paragripal não Para de descer)
Vírus gripais A e B: vírus gripal A se relaciona com casos graves de laringotraqueobronquite
Adenovirus
VSR
Mycoplasma pneumoniae
Epidemiologia: Mais frequente em crianças entre 3 meses e 5 anos, com incidência máxima aos 2 anos de vida, mais
comum em meninos e no final do outono e no inverno, ocorre frequentes recaídas entre os 3 e 6 anos de idade.
Manifestação Clínica:
Rinorreia, Faringite, Tosse leve, Febrícula: 1-3 dias antes de aparição dos sinais e sintomas de obstrução da
via aérea superior
Tosse de cachorro (ladrante ou metálica), ronqueira e estridor inspiratório.
Febrícula pode persistir ou aumentar até 39-40 graus ou estar afebril.
Os sintomas pioram pela noite e vão diminuindo de intensidade com o passar dos dias e desaparecem por
completo depois de 1 semana.
A criança prefere estar sentado na cama ou de pé
Outros membros da família podem estar com uma doença respiratória leve como laringite.
EF: voz rouca, coriza, faringe normal ou ligeiramente inflamada com um ligeiro incremento da frequência
respiratória.
Complicação: obstrução da via aérea superior com incremento da frequência respiratória, aleteo nasal,
retração supraesternais, infraesternal e intercostais e estridor contínuo.
Diagnóstico:
Diagnóstico é clínico
Radiografia PA de pescoço: típica estenose infraglotica ou sinal da agulha (torre ou ponta de lápis.
Tratamento:
Diagnóstico Diferencial:
Laringite estrudulosa (crupe espasmódico)
o Despertar súbito com estridor, rouquidão e tosse metálica sem pródomos significativos
Fisiopatologia: Doenças periglóticas cursam com estridor, que é predominantemente inspiratório devido ao edema
da laringe que faz com que o ar tenha uma certa resistência ao passar ocasionando este ruído.
Etiologia:
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Streptococcus pyogenes
S. pneumoniae
H. influenzae não tipificado
Staphylococcus aureus
H. influenzae tipo B em crianças não vacinadas
Epidemiologia: Hoje se vê mais casos em adultos que consulta por faringite, pode ser observado em crianças
insuficientemente vacinados.
Manifestação clínica:
Diagnóstico:
Tratamento:
Esses pacientes devem ser acompanhados de perto para uma possível intubação nasotraqueal, endotraqueal
ou com menos frequência traqueostomia.
Essas crianças que necessitam de intubação permanecem de 2-3 dias intubados já que a resposta a
antibióticos é rápida.
Manifestação clínica:
Dor de garganta
Tosse e ronqueira.
Dificuldade respiratória é rara, salvo em lactantes pequenos.
Edema inflamatório de cordas vocais e tecido infraglótico
CRUP ESPASMÓDICO
Definição: afetação que recorda clinicamente a laringotraqueobronquite aguda
Etiologia:
Epidemiologia: afetação mais frequente em crianças de 1-3 anos, mais frequente a tarde ou pela noite
Manifestação clínica:
Manifestações clínicas:
DIAGNÓSTICO
Radiografia
Laboratório:
Leucócitos:
o Pneumonia vírica: normal ou alto, não superando 20.000 cel/mm3, com predomínio de linfócitos.
o Pneumonía bacteriana: entre 15.000 e 40.000 com predomínio de granulocitos.
o Pneumonía neumocócica: maior reconto de leucócitos, e elevação da eritrosedimentação, da
procalcitonina e da concentração de proteína C reativa.
O diagnóstico definitivo de infecção bacteriana preciso se da através:
o Cultivo do microorganismo no (sangue, líquido pleural ou pulmão)
Complicações:
Tratamento:
AMBULATORIAL
Reavaliação em 48 horas
HOSPITALAR
FALHA TERAPÊUTICA
Principal complicação: DERRAME PLEURAL. O que é causa de falha terapêutica é o derrame
pleural infectado, ou seja, um empiema, o qual não melhora apenas com ATB, necessitando
drenagem torácica.
PNEUMONIA ATÍPICA
Atípicos: causam pneumonia de forma um pouco diferente daquela causada pelo pneumococo
Quadro arrastado e cheio de manifestações extrapulmonares
Não melhoram com penicilina
Microrganismos não crescem em meios de cultura convencionais
QUADRO CLÍNICO
Conjuntivite no RN: deve ser tratada com ATB sistêmico, pois além do
tratamento da conjuntivite também queremos eliminar o microrganismo
da nasofaringe, caso contrário a criança poderá evoluir com PNM
Pneumonia: 1º trimestre
Início insidioso (AFEBRIL)
Tosse intensa + taquipneia
EXAMES COMPLEMENTARES
Hemograma
Eosinofilia
Radiografia
Infiltrado intersticial (não há o padrão de condensação como o
encontrado nas pneumonias bacterianas; o que iremos ver é um
infiltrado intersticial ou uma hiperinsuflação).
TRATAMENTO
MACROLÍDEOS (azitromicina ou eritromicina)
Obs.: eritromicina: está tipicamente associada a um maior risco para o
desenvolvimento de estenose hipertrófica de piloro.
A descrição de tosse emetizante sempre deve nos fazer lembrar de um diagnóstico diferencial da PNM afebril do
lactente → COQUELUCHE!
BRONQUIOLITE
Definição: doença de etiologia predominantemente viral, que cursa com obstrução bronquiolar por edema, muco e
restos celulares.
Etiologia: VSR é responsável por mais de 50% dos casos, outros M.O. são vírus paragripal, adenovírus, rinovírus e
mycoplasma, além de casos cada vez mais frequentes de metaneumovírus humano e bocavírus humano.
Epidemiologia: mais frequente em meninos, principalmente os que não receberam leite materna. Frequente em
filhos de mães jovens ou mães que fumaram durante a gestação. Familiares de maior idade são uma fonte frequente
de infecção.
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Manifestação clínica:
Paciente que acode ao serviço de saúde relatando infecção superior leve com espirros, e rinorreia
transparente que pode estar acompanhada de hiporexia e febre de 38,5-39 graus. Pode ter como fator de
risco um contato com uma pessoa de maior idade com um síndrome respiratório leve na semana previa.
Gradualmente o quadro evolui para uma dificuldade respiratória com tosse sibilante paroxística, disnea e
irritabilidade, podendo apresentar taquipneia e anorexia. A apneia pode ser mais explícita que as sibilâncias
nas primeiras fases da doença, principalmente em crianças menor que 2 meses.
Diagnóstico
Radiografia de tórax PA E Lateral: não indicada de forma sistemática em crianças com bronquiolite não
complicada. Se observam infiltrados reticulonodulares e áreas de atelectasias que são bastante comuns. Se
observam sinais de hiperinsuflação, aumento do diâmetro anteroposterior do tórax, retificação de arcos
costais e do diafragma, aumento da transparência pulmonar.
Tratamento:
TRATAMENTO HOSPITALAR
NÃO INDICAR:
Beta-2 agonistas; Corticoides
Fisioterapia respiratória
PREVENÇÃO:
COQUELUCHE
AGENTE: Bordetella pertussis
3 FASES:
1) FASE CATARRAL
2) FASE PAROXÍSTICA → ocorrência de paroxismos de tosse intensa (ACESSOS DE TOSSE, tipicamente seguidos
pela emissão de um GUINCHO)
< 3 meses: TOSSE + APNEIA + CIANOSE
Eventualmente pode convulsionar
3) FASE DE CONVALESCENÇA
HEMOGRAMA
“Reação leucemoide” (leucocitose muito intensa) + linfocitose
Enquanto a criança não recebeu a vacina, ela estará suscetível à infecção. A imunidade após a infecção/vacina não é
duradoura – os títulos de anticorpos vão progressivamente diminuindo (se a mãe foi vacinada muito tempo antes,
não terá ACs suficientes para proteger o RN)
Todas as gestantes a partir da 27ª semana recebem uma dose de tríplice bacteriana acelular → produção de ACs que
passam pela placenta → o bebê estará protegido antes mesmo dele ter sido imunizado!
TRATAMENTO
Azitromicina (1ª escolha) – 10mg/kg/dia VO 1x/dia por 5 dias
Claritromicina
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GASTROENTERITE
Diarreia Aguda
Definição: aumento de volume e frequência das evacuações (≥ 3x/dia), com diminuição da consistência das fezes. >
10ml/kg/dia ou mudança no padrão de evacuações habitual normal.
Classificação
Aguda é aquela com até 14 dias – normalmente infecciosa e autolimitada (o risco é desidratação e
desnutrição);
Persistente é aquela entre 14 e 30 – normalmente pós infecciosa;
Crônica é aquela com mais de 30 dias – de variadas etiologias
Complicações:
Desidratação
Desnutrição ou agravamento do mesmo
Mecanismos:
Osmótica: Acúmulo intraluminal de solutos (quadros infecciosos, geralmente virais, podem impedir a
absorção de certos nutrientes que aumentam a Osmolaridade intraluminal). Melhora com o jejum.
Secretória: Secreção ativa de eletrólitos pelo enterócito (alguma substância liberada por vírus ou bactéria
ativa o enterócito e faz uma secreção ativa pelo enterócito). Jejum não melhora.
Invasiva: Inflamação, menor absorção. Devido a uma invasão da mucosa por microorganismos, com mais
frequência na região colonica, tipicamente resultado de uma colite. Presença de sangue, secreção purulenta,
diminuindo absorção e a quantidade de água no bolo fecal.
Formas Clínicas
Outros vírus:
Norovírus: devido a vacinação contra rotavirus, hoje os norovírus são uma grande causa de diarreia, está
associado a SURTOS de doença diarreica (creches).
E. coli – mecanismo secretório
Enterotoxigênica causa mais comum bacteriana de diarreia secretória em países não desenvolvidos (não faz
lise celular; apenas ativa mecanismos intra-celulares que secretam NaCl e H²O)
o É a causa mais comum de diarreia dos turistas (exterior) e causa mais comum de diarreia aguda
bacteriana no nosso meio.
Enteropatogênica: Pode ser uma causa de diarreia persistente (faz contato direto com a superfície do
enterócito) tbm causa diarreia secretória (e osmótica). Menos comum, mas causa diarreia em < 2 anos
em crianças sem hx de aleitamento materno.
Vibrio cholerae – mecanismo secretório
Causa comum de diarreia quando ocorre tragédias ambientais (terremotos, contaminação de água)
Pode causar perda de até 1 litro de água por hora
Fezes em água de arroz
Enterotoxina – age no canal do cloro, perde muito sódio e junto a água. É a toxina mais potente quando se
trata de diarreias.
Disenteria
Os agentes que causam disenteria podem também causar apenas diarreia aquosa; a recíproca NÃO é verdadeira
Etiologias:
Shigella
Principal causa de disenteria (Brasil)
Faz invasão da mucosa colonica – sangue e pus nas fezes, dor abdominal, febre, tenesmo.
Acomete cólon – diarreia menos volumosa e com mais evacuações
Sintomas neurológicos: cefaléia, alucinação, crise convulsivas (manifestações de mecanismo desconhecido).
Esses sintomas podem anteceder a GECA
Síndrome Hemolítico-Urêmica – anemia hemolítica micro-angiopática, plaquetopenia e IRA. A toxina causa
lesão no glomérulo renal levando a microtrombos no glomérulo que consome plaquetas e causa lesão das
hemácias (esquizócitos).
Campylobacter jejuni: faz artrite reativa e Guillain-Barré (poliradiculopatia desmielinizante aguda ascendente–
paralisia flácida)
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E. Coli
Enteroinvasiva (clínica igual à Shigella)
Entero-hemorrágica (STEC): disenteria sem febre (principal causadora de SHU)
o Até 10% faz SHU (O157:H7)
o Outro nome: E. coli Shiga-like
o Encontrada em leite não pausterizado, carne mal cozida – não há transmissão inter-humana
o CUIDADO: Se prescrever antibiótico na E.coli com toxina Shiga, aumentam as chances de
desenvolver SHU. Só prescrever quando tem estado geral comprometido.
Salmonella
Pode fazer bacteremia de baixa virulência. Porém, se em falciforme (pelo risco de osteomielite),
imunodeprimidos e < 3meses, fazer coprocultura se suspeita e depois ATBterapia
Parasitas
Entaboeba histolytica colite amebiana
AVALIAÇÃO DA DESIDRATAÇÃO
DESIDRATAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO MÍNIMA OU SEM DESIDRATAÇÃO
LEVE OU
DESIDRATAÇÃO GRAVE
MODERADA
Perda Penderal < 3% entre 3 e 9% > 9%
Soro Caseiro: 1 copo de 200 ml de água + 1 medida rasa de sal (uma pitada) + 2 medidas rasas de açúcar (um
punhado ou 8 pitadas)
o Equivale a 40-50 mEq/l de sódio
o Capaz de manter a hidratação; contudo, não trata a desidratação. Ou seja, oferecer apenas para o
paciente ainda hidratado.
Solução Reidratante Oral
o SRO Padrão – 311mEq/l. Tem muito Na+ (90mEq/l) pode fazer Hipernatremia e aumentar a
diarreia viral.
o SRO Reduzida – 245 mEq/l menor taxa de perda fecal, menos vômitos, diminui tempo de doença
e diminui necessidade de hidratação EV. Tem algo em torno de 75 mEq/l de sódio
Soluções Cristalóides EV
o SF 0,9%
Planos de tratamento
Aumentar ingestão
Solução hídrica (soluções TRO: SRO RL ou S.F. 0,9%
caseiras)
Local Domiciliar Na UPA/UBS Na UPA/UBS
A cada evacuação: 50 a
100ml/kg; >1a em 3h; <1a
100 ml < 1 ano ou 10 kg; 75ml/kg em 4 horas; dar em
Como em 6h
100 a 200 ml > 1 ano ou colheradas ou goles
TRO tão logo seja possível
10 Kg
Habitual, depois que
melhorar acrescentar Suspender; manter só
Alimentação Suspender Obviamente
um lance a mais por 2 Aleitamento Materno
semanas
Voltar se muco ou Peso, diurese, hidratação
Reavaliação Após 3 a 6 horas
sangue nas fezes frequentemente
1) Sinais de desidratação
Dps de hidratada, alta com Dps de hidratada, alta com
Orientações (escrevê-los no
plano A com SRO plano A com SRO
prontuário e receituário)
**Suplementar com zinco por 10 dias: < 6 meses, 10mg/d; maior, o dobro. Reduz a duração e
gravidade da doença e diminui risco de recorrência
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Diarreia persistente
Avaliar redução de lactose
Intolerância à Lactose
Falta da dissacaridase lactase
Produzida pelos enterócitos da borda da vilosidade
Pode ser 1ª ou 2ª
o 1ª congênita (raríssima) ou hipolactasia do tipo adulto (aquela que meio universo tem)
o 2ª uma GECA – ou Dça Celíaca – causa achatamento das vilosidades e, consequentemente, uma
intolerância à lactose passageira
Mecanismo: Diarreia + lactose chega intacta ao cólon, onde é fermentada, levando à formação de ácidos
orgânicos e gases flatulência, fezes explosivas, distensão abdominal e irritação da mucosa perianal
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DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
Doenças cuja manifestação clínica principal é a presença de uma erupção cutânea
SARAMPO
“Parampo 36”
Vírus da família Paramixovírus
Doença de notificação compulsória imediata!
PRÓDROMOS EXANTEMA
Febre, tosse, coriza, conjuntivite (fotofobia) TIPO: MORBILIFORME (lesões máculo-papulares
com tendência à confluência e permeio de pele sã)
Enantema (manchas de KOPLIK): lesão INÍCIO: fronte, nuca, retroauricular (linha de
brancacenta envolta por um halo de implantação dos cabelos)
hiperemia, caracteristicamente na face PROGRESSÃO: craniocaudal lenta
interna das bochechas (patognomônico) DESCAMAÇÃO: furfurácea
Complicações
Otite média aguda (mais comum)
Pneumonia (mais mata)
o A PNM pode ser pelo próprio vírus do sarampo (PNM de células gigantes) ou uma PNM bacteriana
secundária.
Encefalite (alta letalidade; não é comum)
Tratamento: Vitamina A
Profilaxia
Pós-contato
o Vacina: até 3º dia (vacina de bloqueio) – para fins de bloqueio a primeira dose pode ser feita a partir
dos 6 meses (mas essa dose não deve ser considerada para a rotina)
o Imunoglobulina padrão: até 6º dia → grávidas, < 6 meses e imunocomprometidos (que sejam
suscetíveis)
RUBÉOLA
Togavírus
PRÓDROMOS EXANTEMA
LINFADENOPATIA RETROAURICULAR, TIPO: RUBEOLIFORME (as lesões máculo-
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ERITEMA INFECCIOSO
Parvovírus B19
Ao surgir a erupção cutânea não há mais eliminação viral
PRÓDROMOS EXANTEMA
Inexistentes ou inespecíficos TRIFÁSICO
FASE 1 Face esbofeteada (hiperemia /
eritema em região malar)
FASE 2 Exantema reticulado /
rendilhado (exantema máculo-
papular com centro claro)
+ exantema → superfícies
extensoras
Progressão: craniocaudal
Descamação: ausente / discreta
FASE 3 Recidiva (sol, calor, atividade
física) – 1 a 3 semanas
EXANTEMA SÚBITO
O HHV-6 é um membro da família dos herpes vírus, os quais podem estabelecer uma infecção latente ou
persistente. O HHV-6 pode estabelecer uma infecção latente nas glândulas salivares.
É uma doença de lactentes
Complicação mais comum: crise febril
Diagnóstico diferencial não infeccioso → farmacodermia (prurido, eosinofilia)
PRÓDROMOS EXANTEMA
FEBRE ALTA (39-40°C)
TIPO: MACULOPAPULAR
PROGRESSÃO: início no TRONCO
CENTRÍFUGA (vai para as
extremidades)
Some em crise. Logo
Tende a desaparecer rapidamente,
após, surge o
sem descamação
exantema!
VARICELA
“Varicela 54”
Infecção primária pelo vírus Varicela-Zoster (VVZ)
Febre na fase prodrômica que persiste até 3-4 dias do início do exantema
Lesões em crostas → não é mais infectante (paciente pode voltar às atividades habituais)
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PRÓDROMOS EXANTEMA
TIPO: VESICULAR PLEOMÓRFICO
Mácula → pápula → vesícula → pústula → crosta
Pode ocorrer infecção secundária
INESPECÍFICOS Pruriginoso / acomete mucosas
PROGRESSÃO: centrífuga; mas com distribuição
centrípeta
Descamação ausente
Profilaxia pós-contato
Vacina: até 5 dias após exposição
IGHAVZ: até 4 dias (96h)
o Imunodeprimidos
o Grávidas
o RNPT (< 28 sem: sempre / ≥ 28 sem: se mãe não teve varicela)
o RN de mãe com varicela de 5 dias antes até 2 dias após o parto
o Controle de surto hospitalar em < 9 meses
Tratamento
ACICLOVIR VO – encurta a fase da viremia
o Maiores de 12 anos
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA
Coxsackie A16
Vesículas em mãos e pés, pápulas em região glútea
Vesículas em cavidade oral
ESCARLATINA
PRÓDROMOS EXANTEMA
TIPO: MICROPAPULAR (pele com aspecto de
DOENÇA ESTREPTOCÓCICA: FARINGITE lixa)
SINAL DE PASTIA = acentuação do exantema
ENANTEMA: LÍNGUA EM MORANGO (papilas nas áreas de dobras (principalmente: fossa
linguais hiperemiadas e hipertrofiadas) → 1º antecubital)
Língua em morango branco / 2º Língua em SINAL DE FILATOV (palidez perioral)
morango vermelho PROGRESSÃO: CENTRÍFUGA
DESCAMAÇÃO: LAMELAR ou LAMINAR
DOENÇA DE KAWASAKI
A causa da doença ainda não é bem estabelecida, mas diversos fatores parecem apontar para uma causa de
provável origem infecciosa. Parece haver ainda alguma predisposição genética, o que explicaria a maior
incidência da doença em crianças de origem asiática, independentemente do local de moradia.
FEBRE (5 DIAS)
+
Conjuntivite
Alterações em lábios / cavidade oral
Adenomegalia
Exantema
Alterações em extremidades
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DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA
Causada pelo Coxsackie A16
Clínica: vesículas em mãos e pés, pápulas em região glútea; vesículas em cavidade oral
INFECÇÕES VIRAIS
Vírus Coxsackie A (enterovírus)
Úlceras na cavidade oral (lesões ulceradas envoltas por halo de hiperemia,
HERPANGINA tipicamente localizadas predominantemente na cavidade posterior da orofaringe –
palato mole, úvula, pilares; diferentemente da gengivoestomatite-herpética)
Lactentes e pré-escolares
Conjuntivite
ADENOVIROSE Febre faringo-conjuntival – faringite exsudativa com conjuntivite
Sintomas de IVAS
EBV (Epstein-Barr Vírus)
Linfadenopatia generalizada
MONONUCLEOSE Esplenomegalia
Linfocitose com atipia
Exantema máculopapular após amoxicilina (rash)
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IMUNIZAÇÕES
“Imunizar” é definido no dicionário como “Tornar ou ficar imune a determinado agente patogênico, a uma doença
infecciosa”. Ou seja, é o ato de proteger-se de determinada patologia. E como isso funciona? Há dois tipos de
imunização, vamos conhecê-los.
IMUNIZAÇÃO PASSIVA
É a introdução no organismo de anticorpos já prontos, como soro e imunoglobulinas. Ela também é a
forma que o feto recebe anticorpos maternos. Como vantagem, a proteção é imediata e não depende do
sistema imune de quem está recebendo. Ou seja, deve ser utilizada em situações que o indivíduo não pode
esperar a formação de anticorpos. Como desvantagem, não gera memória imunológica.
IMUNIZAÇÃO ATIVA
É a introdução no organismo de antígenos, que irão gerar resposta imune. Pode ser natural, por
meio da própria doença, ou artificial, por meio das vacinas. A vantagem é gerar memória imunológica e a
desvantagem, demorar de 10 a 14 dias para produzir anticorpos. Falaremos mais sobre isso à frente.
VIVAS ATENUADAS
São vacinas que contém o patógeno, entretanto de uma forma enfraquecida, na qual ele perdeu a
capacidade de produzir a doença em imunocompetentes. Elas imitam o ciclo da doença, estimulando a
resposta humoral e celular, produzindo uma espécie de infecção branda. É como se você ficasse doente, mas
de uma forma leve. A partir daí, você cria anticorpos próprios contra a doença e fica protegido em futuros
contatos com o patógeno. Essa imitação do ciclo faz com que elas tenham como vantagem proporcionar
uma imunidade mais duradoura que as inativadas, além de necessitarem de um número menor de doses
para criar proteção efetiva. Como desvantagem, são perigosas para imunodeprimidos, imunodeficientes e
gestantes, pois mesmo um agente enfraquecido pode causar doença nesses grupos. A maioria delas é de
aplicação subcutânea.
INATIVADAS
As vacinas inativadas não contêm o patógeno vivo, portanto não têm capacidade de produzir a
doença e não imitam o ciclo de infecção. Elas ativam apenas a resposta humoral, a não ser que você a
conjugue com uma proteína, nesse caso elas ativam também a resposta celular e aumentam a resposta
imune. Exatamente por não conterem o patógeno, elas têm como vantagem serem seguras para
imunodeprimidos, imunodeficientes e gestantes. Como desvantagens, a imunidade gerada pode ser mais
curta, necessitando de doses de reforço e precisando de um número maior de doses para produzir a
imunidade ideal. A maioria delas é aplicada via intramuscular.
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O quadro abaixo coloca cada vacina em sua devida classificação e você precisa conhecê-lo!
Para lembrar sem decorar, a maioria das vivas atenuadas é viral, a exceção é a BCG. Já a maioria das
inativadas é bacteriana, e as exceções são as hepatites, HPV, pólio inativada, raiva e influenza.
Uma dúvida comum do dia a dia de consultório e nas provas de Residência é se podemos aplicar
várias vacinas no mesmo dia. A resposta é sim! É seguro e eficaz coadministrar vacinas no mesmo dia.
Vacinas inativadas com inativadas ou com vivas podem ser administradas no mesmo dia ou com qualquer
intervalo de tempo. Vacinas vivas, se não administradas no mesmo dia, precisam de 4 semanas de intervalo
entre elas.
Há uma exceção, e fique atento, pois é pegadinha de prova! As vacinas que contêm sarampo —
tríplice ou tetra viral com a febre amarela em crianças menores de 2 anos — não podem ser administradas
no mesmo dia. Deve ser respeitado um intervalo mínimo de 15 dias entre elas, 30 dias idealmente. Estudos
mostraram que há perda de imunogenicidade quando aplicadas juntas.
ESQUEMA VACINAL
O esquema vacinal depende de cada vacina e é definido como o número de doses que deve ser feito para
atingir a imunidade ideal. Pacientes vacinados com um menor número de doses que o ideal podem
apresentar a doença ou uma forma branda dela. Quando o esquema vacinal estiver incompleto, devemos
sempre completá-lo com as doses que faltam, não há necessidade de reiniciar a vacinação para nenhuma
vacina. Segue a frase utilizada pela Sociedade Brasileira de Imunizações que define muito bem o caso:
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Agora, uma questão recorrente de provas é a ausência ou perda de carteirinha! Nesse caso, siga a rima:
“Sem comprovação, devemos fazer a revacinação”. Sempre que o paciente não apresentar comprovação
vacinal, devemos revacinar. Fique atento com a BCG, pois, se o paciente apresentar cicatriz vacinal, isso
serve como comprovação!
IMUNIDADE DE REBANHO
Ocorre quando um conjunto de pessoas se torna imune a uma doença, seja natural ou por vacina. Com
isso, elas não se infectam com a doença e impedem a propagação dela. Os beneficiados são os que não têm
proteção, por não terem se infectado previamente com a doença ou por não terem feito a vacina.
Fique ligado, pois este tópico é o queridinho de todas as provas quando o assunto é imunização! As
vacinas têm poucas contraindicações absolutas. Anafilaxia em dose anterior e alergia grave a algum dos
componentes contraindicam a vacina a qual o paciente apresenta alergia. Imunodeprimidos,
imunodeficientes e gestantes não devem aplicar vacina viva atenuada sob o risco de infectarem-se. As
vacinas inativadas são seguras para esses pacientes. Doença febril aguda contraindica a vacina no momento
da doença, devendo ser aplicada após a resolução do quadro. Agora, o que é doença febril aguda? O
Ministério da Saúde não explica!
Então, vamos de acordo com nossa prática clínica: seria aquela criança com febre e queda do estado
geral.
Agora, fique ligado nas falsas contraindicações de vacinas, que a banca adora colocar para o
confundir: Uso de corticosteroides: apenas é contraindicado se feito em doses imunossupressoras
(>2mg/kg/dia de prednisona ou equivalente por 14 dias ou mais). Corticoides inalatórios ou tópicos não
impedem a vacinação.
CALENDÁRIOS VACINAIS
Caro aluno, a maioria das questões vai cobrar conhecimento do Calendário do Programa Nacional de
Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Ele pode ser dividido em calendário da criança, do adolescente,
do adulto e do idoso. Os indígenas também apresentam calendário próprio para cada faixa de idade, mas
não vimos eles serem cobrados em provas. É fundamental decorar os calendários para responder às
questões, e você deve encontrar a melhor maneira de fazer isso.
Uma dica pessoal: desenhe o calendário em cada questão que você for responder. Vai facilitar a visualização
e estimular sua memória.
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Tríplice viral
12 meses Pneumocócica – 10
Meningococo sorogrupo C – MnC
Tetraviral
Hepatite A
15 meses DTP (difteria, tétano e coqueluche)
Poliomielite – VOP
DTP
4 anos Poliomielite – VOP
Varicela
ADOL HPV + Meningo-C
CALENDÁRIOS ESPECIAIS
Além desses, temos duas situações que você precisa conhecer, pois são muito cobradas em provas:
calendário das gestantes e dos prematuros.
Contraindicações
Falsas Verdadeiras
Doenças comuns benignas (resfriado, diarreia,
Doenças moderadas ou graves (febre)
impetigo...)
Alergia não-grave à dose prévia Anafilaxia
Desnutrição Imunossupressão*
História familiar de eventos adversos Prednisona ≥ 2 mg/kg/dia (> 14 dias)
Hospitalização (exceto VOP) Grávidas*
Dose baixa de corticoide *Não podem receber vacinas de agentes vivos
BCG
BCG é uma vacina viva atenuada composta pela bactéria de origem bovina Mycobacterium bovis (atenção, a
BCG não é produzida com Mycobacterium tuberculosis!). Ela protege contra formas graves da doença tuberculosa:
meningoencefalite e miliar (há pouca proteção contra a forma pulmonar!).
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A administração é intradérmica em deltoide direito. A lesão provocada pela vacinação evolui em 6 a 12 semanas
após a aplicação, tornando-se uma crosta e depois um cicatriz.
A BCG deve ser aplicada ao nascer, em todos os bebês maiores de 2.000 gramas. Caso o recém-nascido não tenha
esse peso, é necessário adiar a vacinação até ele o atingir.
REVACINAÇÃO
ATENÇÃO, Medworker! Aqui está grande parte das questões das provas de Residência Médica sobre BCG!
Não há necessidade de revacinar crianças sem cicatriz vacinal, nem realizar exames,
simplesmente considere a criança como imune.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
• Bebês de mães HIV positivo, independentemente do tratamento materno, devem receber a vacina ao
nascer, pois ainda não temos comprovação clínica nem laboratorial de imunossupressão. Crianças mais
velhas só devem ser vacinadas se não forem imunodeficientes.
• Filhos de mãe com tuberculose bacilífera ativa no momento do parto não devem ser vacinados ao
nascer. Devem iniciar isoniazida na dose de 10mg/kg/dia e manter a medicação por 3 meses. Após, realizar
PPD; se não reativo, vacinar. Se reativo, não vacinar e manter a isoniazida por mais 3 meses.
HEPATITE B
A vacina para hepatite B é inativada e sua administração é intramuscular. Está disponível para todas as faixas
etárias no esquema de três doses, sendo o intervalo entre as doses de um mês da primeira para a segunda e de 6
meses entre a primeira e a terceira (0-1-6 meses). No calendário da criança do PNI, estão indicadas quatro doses das
vacinas. A primeira para todas as crianças ao nascer, independentemente de idade gestacional e peso, e as outras
três aos 2, 4 e 6 meses dentro da vacina combinada pentavalente, que iremos conhecer a seguir. Por ser inativada, é
segura para imunodeprimidos e gestantes.
IMUNOGLOBULINA ANTI-HEPATITE B
É indicada para indivíduos suscetíveis, ou seja, com esquema vacinal incompleto ou desconhecido, pós-
exposição à doença em casos de:
SITUAÇÕES ESPECIAIS
ATENÇÃO, MEDWORKER! TÓPICO MUITO RECORRENTE EM TODAS AS PROVAS!
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• RNs filhos de mães HBsAg positivas Nesse caso, está indicada ao nascer, além da vacina contra
hepatite B, uma dose de imunoglobulina antihepatite B em até 12 horas após o parto, em dose única. Elas
devem ser aplicadas em grupos musculares diferentes, ou seja, se uma for aplicada na coxa direita, a outra
será aplicada na coxa esquerda.
• Profissionais de saúde Devem aplicar as três doses da vacina e realizar sorologia posteriormente
para confirmar a imunidade. São considerados imunizados aqueles com anticorpos anti-HBs >10 UI/ml.
FAMÍLIA DTP
As vacinas contra difteria, tétano e coqueluche (pertussis) andam juntas, em vacinas combinadas inativadas,
administradas por via intramuscular, que chamamos de “Família DTP”. Elas contêm toxoide diftérico, toxoide
tetânico, bactérias Bordetella pertussis mortas ou antígenos da coqueluche. As vacinas que contêm esses
componentes serão estudadas a seguir. São elas: DTPw, DTPa, DT, dT e dTpa.
O grande “vilão” da família DTP é o componente da coqueluche! Ele não é o único, mas é o principal
responsável pela maioria dos eventos adversos da vacina! Apesar de a maioria das reações ser branda, como
dor, edema e vermelhidão locais, febre e mal-estar, temos quatro situações que você precisa conhecer
relacionadas à vacina DTP de células inteiras e, consequentemente, à vacina pentavalente do PNI.
1. Febre e choro persistentes: irritabilidade e febre podem ocorrer após algumas horas da aplicação da
vacina. Apesar de ser um evento dramático e preocupante para a maioria dos pais, é benigno e autolimitado
a algumas horas. Não contraindica doses subsequentes da vacina.
2. Episódio hipotônico-hiporresponsivo: ocorre em até 48 horas após a vacina e caracteriza-se por hipotonia
muscular, pouca responsividade a estímulos externos, cianose e palidez. Também é benigno e autolimitado,
porém contraindica a vacinação com DTPw e indica a DTPa em doses subsequentes.
3. Convulsões tônico-clônicas generalizadas: ocorrem em até 72 horas após vacina e podem, ou não, estar
acompanhadas de febre. Contraindicam a vacinação com DTPw e indicam a DTPa em doses subsequentes.
4. Encefalopatia pós-vacinal: ocorre em até 7 dias e caracteriza-se por paralisias motoras, deficiências
sensitivas e crises convulsivas focais ou generalizadas. Contraindica a aplicação do componente pertussis,
então indica-se o uso de DT.
SITUAÇÃO INDICAÇÃO
Febre ou choro persistentes Não contraindica a vacinação
Episódio hipotônico-hiporresponsivo até 48h Utilizar a DTPa
depois
Crise convulsiva até 72h após Utilizar a vacina DTPa
Encefalopatia até 7 dias após Utilizar a vacina DT
1. Quando o paciente apresentar um esquema vacinal completo e a última dose tiver sido aplicada há menos de 5
anos, não há necessidade de vacina ou imunoglobulina.
2. Ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados são chamados de “ferimentos
com risco mínimo de tétano” e devem ser lavados, desinfectados e desbridados. Não utilizamos imunoglobulina
nesses casos. Aplicamos vacina se:
3. Ferimento profundo, superficial sujo, com corpos estranhos, tecidos desvitalizados, queimaduras, ferimentos
puntiformes, ferimentos por armas brancas ou de fogo, mordeduras, politraumas ou fraturas expostas são
chamados de “ferimentos com alto risco de tétano” e irão utilizar vacina (exceto se última dose há menos de 5 anos,
conforme falamos em cima) e imunoglobulina se:
rebanho, ao competir com o vírus selvagem no intestino, ideal para proteção de uma possível reintrodução desse
mesmo vírus trazido por viajantes de outros países. Portanto, hoje, temos duas vacinas disponíveis no Brasil.
• Vacina inativada contra poliomielite (VIP ou Salk): composta por poliovírus 1, 2 e 3 mortos. Administração
intramuscular. Tem como vantagem ser inativada e não causar reações adversas graves.
• Vacina oral viva atenuada contra poliomielite (VOP ou Sabin): composta por poliovírus 1 e 3. Administração oral.
Tem como vantagem ser de menor custo e fácil aplicação. É excretada pelas fezes, então tem a capacidade de causar
imunidade de rebanho aos não vacinados, ao competir com o vírus selvagem no intestino. Como desvantagem, pode
causar poliomielite associada à vacina.
Além disso, o governo tem feito campanhas de vacinação com doses extras da vacina oral para crianças maiores de 1
ano a menores de 5 anos.
A segunda é que o evento adverso mais severo que poderá ocorrer após a administração da VOP é a
poliomielite associada à vacina, que pode acontecer no próprio imunizado ou em seus contactantes.
ATENÇÃO, ATUALIZAÇÃO!
A administração é por via oral e a absorção inicia já na mucosa oral, portanto não revacinamos se a criança
não engolir a vacina. No calendário da criança do PNI, estão indicadas duas doses das vacinas. Aos 2 e 4 meses.
A vacina do rotavírus tem idades limites para ser aplicada e isso é muito cobrado em provas!
VACINAS PNEUMOCÓCICAS
Vacinas inativadas compostas por sorotipos do pneumococo administradas por via intramuscular.
PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE
Vacina presente no PNI. Indicada aos 2 e 4 meses, com reforço aos 12 meses.
PNEUMOCÓCICA 13-VALENTE
Presente no sistema privado de imunizações e nos CRIEs. As Sociedades Brasileiras de Imunizações e de
Pediatria recomendam utilizá-la em substituição à pneumocócica 10-valente. Indicada aos 2, 4 e 6 meses de
idade, com reforço aos 12 meses.
PNEUMOCÓCICA 23-VALENTE
Vacina polissacarídea composta de 23 sorotipos de pneumococo. Disponível no sistema privado de
imunizações e nos CRIEs. Indicada no PNI para maiores de 60 anos que sejam acamados ou moradores de
instituições fechadas em dose única. Nos CRIEs, está disponível a partir dos 2 anos de idade para pacientes
com maior risco de doenças pneumocócicas, como pacientes com HIV, oncológicos, transplantados,
asplênicos, nefropatas, pneumopatas, entre outros.
VACINAS MENINGOCÓCICAS
Vacinas inativadas compostas por sorotipos do meningococo administradas por via intramuscular. Atualmente,
temos três vacinas disponíveis: meningocócica C, meningocócica ACWY e meningocócica B. No Brasil, o sorotipo C é
o mais prevalente, se considerarmos todas as faixas etárias. Com a introdução da vacina, a incidência diminuiu entre
as crianças menores de 10 anos. Proporcionalmente, houve aumento na incidência do sorogrupo B nessa faixa
etária. O sorotipo W é o terceiro mais frequente no Brasil e o número um em Santa Catarina. Não há relatos da
presença do A no país.
MENINGOCÓCICA C
Vacina conjugada presente no PNI, a qual contém o sorotipo C.
MENINGOCÓCICA ACWY
Vacina conjugada composta pelos sorotipos A, C, W e Y.
ATENÇÃO, ATUALIZAÇÃO!
MENINGOCÓCICA B
Vacina disponível apenas no sistema privado de imunizações e indicada pelas Sociedades aos 3, 5 e
12 meses.
A vacina é indicada a partir dos 9 meses de idade. Em situações de surto, pode ser aplicada a partir dos 6 meses.
Desde 2020, as crianças que receberam a primeira dose antes dos 4 anos de idade devem fazer um reforço ao
completarem essa idade.
Quem inicia a vacinação com mais de 4 anos deve receber apenas uma dose para vida toda.
Como vacina viva, mais uma vez, é contraindicada para imunodeprimidos e gestantes. Fique atento, ela
também é contraindicada para mulheres que amamentam até o bebê completar seis meses de vida. Se a
vacinação for indispensável, suspender o aleitamento materno por 10 a 14 dias e utilizar fórmula infantil ou
leite do banco de leite materno.
A vacina também contém traços de proteínas do ovo, portanto ela não deve ser feita apenas em
pacientes com histórico de anafilaxia a esse alimento; histórico de reações leves não contraindicam a
vacinação.
Para crianças, adolescentes e adultos até 29 anos não vacinados, a indicação é: realizar duas doses.
Adultos de 30 a 59 anos, aplicar dose única.
ATENÇÃO, ATUALIZAÇÃO!
Síndrome de Reye - Essa síndrome tem causa desconhecida, mas está associada a infecções por
influenza e varicela em crianças que utilizam ácido acetilsalicílico (AAS) de modo contínuo. Nesses casos,
devemos suspender o uso do AAS por 6 semanas para receber as vacinas que contenham varicela.
CONTACTANTES DE SARAMPO
CONTACTANTES DE VARICELA
É importante salientar que o bloqueio dos contactantes não inclui o uso de antivirais, eles são apenas
tratamento.
Os contactantes de rubéola imunocompetentes devem receber apenas vacinação com a tríplice viral de
bloqueio em até 72 horas após a exposição. Não há imunoglobulina disponível. No caso de paciente com caxumba,
ele deve ser isolado e os contactantes que não tiverem duas doses da vacina tríplice viral devem ser imunizados em
até 72 horas após contato. Também não há imunoglobulina disponível.
Indicada no PNI aos 15 meses de idade em dose única, com idade limite de 4 anos, 11 meses e 29 dias.
A vacina presente no PNI é a HPV tetravalente e protege contra os tipos 6,11,16 e 18. Ela está indicada para:
VACINA INFLUENZA
Vacina inativada composta por proteínas do patógeno, administrada via intramuscular ou subcutânea.
Preste bem atenção neste conceito, pois quem nunca ouviu “Tomei a vacina da gripe e fiquei gripado”? Não tem
como, pois ela não contém o vírus! O examinador vai tentar confundi-lo na prova, não caia nessa!
No PNI, a vacina disponível é a trivalente. Primeiro ela é disponibilizada para os grupos de risco. Em 2020, foram
eles:
• Maiores de 55 anos
• Crianças de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias
• Grávidas e puérperas até 45 dias pós-parto
• Profissionais da saúde
• Profissionais das forças de segurança e salvamento
• Doentes crônicos
• Caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários
• Professores
• Indígenas
• Privados de liberdade
Crianças até 9 anos que se vacinam pela primeira vez devem aplicar duas doses, com 30 dias de intervalo entre elas.
Deve ser aplicada anualmente.
Está disponível apenas nos CRIEs para pacientes especiais. São eles:
OU
Indicada por pré-exposição em indivíduos de risco que se expõem a animais, como, por exemplo, os
veterinários, aplicada em três doses. Ou pós-exposição, que segue o protocolo do Ministério da Saúde.
Fatores de risco
Ausência de circuncisão
Sexo feminino: uretra feminina é mais curta e o epitélio urológico feminino favorece mais a adesão
bacteriana.
Obstrução urinária:
o Válvula de uretra posterior: malformação congênita na qual existe um folheto membranoso na
porção da uretra prostática, neste caso os achados podem ser hidronefrose bilateral fetal, distensão
vesical (globo vesical palpável), jato urinário fraco
Disfunção miccional e/ou constipação (distúrbios que muitas vezes andam de mãos dadas)
Refluxo Vesicoureteral: grande fator de risco para pielonefrite (mais comum)
Etiologia:
E. coli: fímbrias P
Proteus: cálculos coraliformes (de estruvita), alcaliniza a urina
Outros gram-negativos: Klebsiella, pseudomonas (paciente pós manipulação cirúrgica de via urinária)
Gram + (enterococos – colonizam sulco balanoprepucial; S. saprophyticus – adolescentes sexualmente
ativos)
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Tratamento
Sempre colher urinocultura antes de iniciar o tratamento
Cistite (3-5 dias): Tratamento ambulatorial
o Bactrim (Sulfametoxazol-trimetoprim), cuidado com E. coli com resistência.
o Nitrofurantoína
o Cefalexina
Pielonefrite (7 a 14 dias):
o Hospitalar: Graves (sinais sepse), < 3 meses, comprometimento do estado geral
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Hospitalar ampicilina-gentamicina ou Ceftriaxona (não pega muito bem gram +), amoxicilina-
clavulanato IV
Ambulatorial ceftriaxona IM, cefexima, ciprofloxacino (cobre bem pseudomonas)
Não pode a nitrofurantoína para tto da pielonefrite, não alcança o nível adequado no
parênquima renal.
Refluxo Vesicoureteral
Primário: alteração na inserção do ureter na bexiga
o Primário idiopático (mais comum): alteração no ângulo de implantação do ureter na bexiga.
Resolução espontânea (de acordo com o Grau)
o Divertículos
o Duplicação
o Ectopia ureteral
o Ureterocele com duplicação
Secundário: Alteração com aumento na pressão vesical que faz com que vença a resistência do ureter
colabado pelo músculo detrusor da bexiga
o Alteração neurológica
o Válvula de uretra posterior
Graus de refluxo:
Os graus 1 e 2 não são preocupantes, havendo resolução espontânea na maioria das vezes. Os demais
demandam profilaxia para ITU e correção cirúrgica no insucesso; à exceção do grau 5 com presenças de
cicatrizes à cintilografia renal com DMSA, que já indica cx.
Profilaxia: usamos as mesmas medicações para o tratamento da ITU
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SBP
o ITU confirmada
< 2 anos: USG e UCM
> 2 anos: USG e se alteração UCM
Atenção: toda criança, independente de idade e sexo, que tenha diagnóstico de ITU merece uma investigação por
imagem;
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(*) a técnica dos 2 polegares é melhor, mas deve ser realizada apenas com 2 socorristas e por prof. de saúde
treinados
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IOT
< 1 ano 3,5
1-2 anos 4
Sem cuff (> 2 anos) (idade)/4 + 4
Com cuff (> 2 anos) (idade)/4 + 3,5
MAUS TRATOS
A síndrome do bebê sacudido (SBS) é uma lesão cerebral grave, gerada por uma ou mais sacudidas violentas do
corpo da criança. Ocorre, de forma mais frequente, em crianças de até dois anos de idade. É uma forma de abuso
infantil que pode resultar em dano cerebral permanente ou morte.
Os bebês apresentam musculatura cervical fraca e, geralmente, lutam para sustentar a cabeça, que é pesada. A
cabeça de uma criança representa 10 a 15% do seu peso corporal, em comparação com a cabeça de um adulto
Se um bebê é sacudido com força, seu cérebro frágil se move para frente e para trás dentro do crânio. As forças de
aceleração, desaceleração e rotação (que surgem ao se sacudir o corpo de uma criança) movimentam, de forma
As velocidades são diferentes, entre a parte superior (mais livre) e o tronco encefálico, que se chocam com a calota
craniana, promovendo diversos tipos de lesões teciduais e vasculares, ou por contusão, ou por rompimento, ou por
A SBS geralmente ocorre quando um dos pais ou o cuidador sacode um bebê ou criança pequena devido à frustração
ou raiva – geralmente porque a criança não para de chorar. A SBS raramente é causada por quedas menores ou
brincadeiras.
Fatores de risco
Homens costumam causar mais a SBS do que mulheres. Etnia, status socioeconômico ou etnia não desempenham
Manifestações clínicas
É comum a criança não apresentar nenhum sinal de lesão física externa. Às vezes, apenas o rosto está machucado.
Outras manifestações da SBS incluem hemorragias subdurais, subaracnóideas e retinianas. A combinação de fraturas
Hemorragias retinianas na SBS geralmente se manifestam como numerosas hemorragias multicamadas de toda a
retina em ambos os olhos, muitas delas com uma mancha branca no centro (manchas de Roth). No entanto, as
hemorragias retinianas não são patognomônicas para a SBS, mas também pode ocorrer associadas a várias outras
condições, incluindo trauma durante o parto vaginal, infecções, coagulopatias, leucemia e síndrome de Terson.
Embora a data precisa das hemorragias retinianas na SBS seja impossível de ser estipulada, as hemorragias
Complicações
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Mesmo os quadros mais leves de SBS podem causar danos irreversíveis ao cérebro. Muitas crianças evoluem para
Muitas crianças com SBS mostram sinais e sintomas de abuso infantil anterior. Em formas leves, uma criança pode
parecer normal após as sacudidas, porém, com o passar do tempo, pode desenvolver problemas físicos ou
comportamentais.
Radiografias de ossos (incluindo braços, mãos, pernas, pés, coluna, costelas e crânio) podem ser usadas para
determinar se as fraturas são acidentais ou intencionais. Esses exames também podem ajudar a encontrar fraturas
antigas.
A ressonância magnética (RM) de crânio é capaz de mostrar se ocorreu alguma hemorragia e até que ponto.
A RM é favorável quando o diagnóstico de SBS não é claro, pois pode revelar contusões, hematomas e hemorragias,
e tem demonstrado ser mais sensível no diagnóstico de SBS do que a tomografia computadorizada (TC). A RM por
difusão fornece resultados ainda mais precisos, pois pode mostrar lesões parenquimatosas cerebrais que sugerem
isquemia cerebral, um componente da SBS. Como a RM é difícil de realizar em uma criança instável, geralmente é
Tomografia computadorizada
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Uma TC de crânio pode ajudar a detectar lesões que precisam de intervenção urgente. Também pode ser realizada
Fundo de olho
Os exames oftalmológicos avaliam a hemorragia retiniana, que é um bom indicador da gravidade do trauma. A
frequência de hemorragia retiniana em bebês com SBS é de 53 a 80%. Na ausência de sinais externos de abuso, as
hemorragias retinianas aumentam a suspeita de SBS. As pregas retinianas e a retinosquise traumática são
Pode ser usada para revelar o fluxo sanguíneo cerebral e avaliar atrasos no crescimento físico e mental.
Importante na avaliação das lesões do SBS em nível clínico e forense. O processo detecta lesões axonais no crânio e
identifica axônios imunorreativos que auxiliam no diagnóstico de SBS. Embora a coloração de H&E (Hematoxilina-
Eosina) seja mais comumente usada, o β-APP é uma ótima ferramenta usada em conjunto com outros testes.
Diagnóstico diferencial
Rotura de aneurisma;
Traumatismo craniano acidental.
Tratamento
O tratamento para SBS pode incluir suporte ventilatório e neurocirurgia. O tratamento neurocirúrgico é semelhante
ao das hemorragias cranianas em geral. A cirurgia de evacuação e as trepanações (Burr Hole Craniotomy) são dois
procedimentos conhecidos de drenagem cirúrgica para SBS. As hemorragias subdurais causadas pelo SBS podem ser
tratadas por drenagem e lavagem com estreptoquinase para lise. O monitoramento da relação entre pressão
intracraniana e hemorragia retiniana pode revelar a extensão do trauma, mas não necessariamente diagnostica o
SBS.
Prevenção
A orientação de profissionais de saúde para os pais de bebês com suspeita de SBS pode impedir a sua recorrência. É
importante educar as populações de alto risco sobre as consequências da SBS. Os pediatras estão em posição de
reconhecer e prevenir a SBS. Da mesma forma, os profissionais de enfermagem entram em contato com bebês e
Para evitar mais danos à saúde mental e física da criança, é vital que o cuidador entre em contato com um centro de
assistência médica e divulgue o incidente o mais rápido possível para garantir que o médico faça o diagnóstico
Notificação
No Brasil, para todas as apresentações de violência ou na sua suspeita, dois órgãos devem ser notificados: o
Como na maioria das condições especiais de saúde, o tratamento precoce é sempre a alternativa mais
desejada. Quanto mais cedo a regulação dos sintomas e a estimulação de aprendizados se inicia, mais conquistas
são possíveis a curto, médio e longo prazo.
Segundo o jornal o Globo, uma das pesquisas mais recentes sobre diagnóstico do transtorno do espectro autista
demonstra que quando os tratamentos para o autismo se iniciam em crianças de 3 anos, a melhora chega a ser de
80%. O mesmo estudo compara os resultados de pacientes que iniciam o tratamento ainda antes, ou seja, com
menos de 3 anos, nesses casos, o percentual de melhora chega a alcançar 90% .
O cenário é bastante otimista! Se for possível fazer o diagnóstico (ou pelo menos identificar os traços de TEA) com 1
ano e 6 meses e iniciar as intervenções na linguagem e comportamento, com o engajamento e apoio da família, a
probabilidade é de que a criança saia de um grupo de autismo severo para um médio, e do médio para o leve.
Os tratamentos para autismo sempre devem em conta as necessidades individuais da pessoa com o
transtorno. Alguns podem se concentrar mais em um tipo de especialidade, enquanto outros podem se beneficiar
de todas as terapias no mesmo nível de intensidade.
Funciona mais ou menos assim: um autista entre severo e moderado poderá ganhar no tratamento com um
fonoaudiólogo o aprendizado de engolir a saliva. Também pode trabalhar para desenvolver a mastigação correta,
por exemplo. Isso significaria menos chances de sofrer um engasgue.
Enquanto isso, um autista leve, pode trabalhar dentro da mesma especialidade, a modulação do seu tom de voz. Ele
também pode melhorar sua capacidade de verbalizar as palavras de maneira mais fluída e natural, por exemplo.
Por isso, não existe certo ou errado. Dentro da mesma especialidade, profissional, paciente e cuidadores (no caso
dos autistas mais comprometidos) irão planejar o tratamento de acordo com as necessidades percebidas. O objetivo
sempre será desenvolver as áreas em que pacientes e especialistas identifiquem serem mais importantes.
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TDAH
Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta.
São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais
como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o
resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras
espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos
inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas
chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células
nervosas (neurônios).
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Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas
conexões.
Cerca de 70% dos pacientes com TDAH, respondem adequadamente aos estimulantes, com redução de pelo menos
50% dos sintomas básicos do transtorno e os toleram bem.
Os eventos adversos mais frequentemente associados ao uso de estimulantes são: perda de apetite, insônia,
irritabilidade, cefaléia e sintomas gastrointestinais.
Como outros medicamentos utilizados, considerados como 2ª linha, existem os Antidepressivos Tricíclicos (ADT),
indicados quando não há resposta aos estimulantes.
Alguns estudos também demonstram a eficácia da Bupropiona (Antidepressivo) e da clonidina no TDAH. São usadas
quando houver presença de comorbidades que contra-indiquem o uso dos estimulantes ou quando estes não forem
tolerados.
Existe uma nova opção farmacológica para o tratamento do TDAH, recentemente aprovada pelo Food and Drug
Administration (FDA) nos Estados Unidos, a Atomoxetina, mas não está disponível no Brasil. A Atomoxetina é um
fármaco não estimulante, sendo um potente inibidor seletivo da recaptura de noradrenalina e, possuindo baixa
afinidade por outros receptores e neurotransmissores.