A Ordem Eterna: Prudência e Caridade: A Profissão Como Elemento Do Ordenamento Da Personalidade
A Ordem Eterna: Prudência e Caridade: A Profissão Como Elemento Do Ordenamento Da Personalidade
A Ordem Eterna: Prudência e Caridade: A Profissão Como Elemento Do Ordenamento Da Personalidade
A psicoterapia tem por sua natureza uma dinâmica interpessoal de oferecer ajuda,
mas se não podemos falar que realmente toda psicoterapia ajuda, estamos tratando
de uma crise de natureza da psicoterapia. Se a psicologia abandona as verdades
eternas em prol de verdades relativas, ela na verdade, abandona o próprio homem
e perde sua natureza de “algo que ajuda” e se torna perigosa, assassina.
Para compreender essa crise de natureza pela qual passa a psicologia e a psicoterapia
é preciso compreender toda a crise da civilização ocidental, é preciso falar dos
pilares dessa civilização: a filosofia grega, o direito romano e moral cristã e de
como eles vêm sendo negados pela cultura moderna.
Alívio do sofrimento
Psicoterapia tomista Combate aos vícios
Alcance da felicidade
Busca pelas virtudes
Caridade
Para Santo Tomás, a caridade é considerada uma esmola3 , no sentido de ser
uma ajuda espiritual. Na psicoterapia, o ato da caridade é ajudar o paciente a se
aperfeiçoar.
Aqui, vale o considerar o que diz Adolphe Tanquerey em seu “Compêndio de
teologia ascética e mística”:
“É a caridade uma virtude teologal que nos faz amar a Deus como
Ele se ama, sobre todas as coisas, por Si mesmo e ao próximo por
amor de Deus. Tem, pois esta virtude um duplo objeto: Deus e o
próximo. Mas estes dois objetos não fazem mais que um só, porque
não amamos as criaturas, senão enquanto são uma expressão, um
reflexo das perfeições divinas; é, pois, Deus que nelas amamos; e
assim, acrescenta Santo Tomás, amamos o próximo, porque Deus
está nele ao menos para que nele esteja. Eis porque não há mais
que uma só e mesma virtude a caridade.”
Prudência
A prudência é a reta razão aplicada ao agir, é a virtude da decisão correta.
Echavarría nos lembra que:
“... não se pode ser prudente sem que se seja eticamente virtuoso... O não virtuoso
não é prudente, ainda que pareça sê-lo. Ele possui um hábito, a deinótica, que é
antes uma habilidade para encontrar os meios para determinados fins particulares,
ou até mesmo uma falsa prudência, a astúcia ou ‘prudência da carne’ que se
dirige a falsos fins. A prudência pressupõe a existência de outras virtudes. Para
ser prudente, há que ser virtuoso, porque ao passo que a prudência determina
os meios mais adequados ao fim, as virtudes morais dispõem as potências em
relação aos fins da operação. Portanto, o ato prudente é um conhecimento, e não
um conhecimento teórico, mas prático, não, todavia, um conhecimento técnico ou
artístico, pois implica à diferença destes, a ordem humana da afetividade... Adler
mostrou com acerto como é próprio do caráter neurótico a elaboração de uma
arte de vida caracterizada pelo esquematismo, que o protege do choque do seu
fim fictício contra a realidade, bem como da insegurança e da angústia... Portanto,
o desenvolvimento normal e pleno exige certamente o guiamento iluminador do
intelecto, mas não de qualquer tipo de conhecimento. Não se trata de formar uma
máquina, nem um organismo vivente qualquer, mas uma pessoa. ... A personalidade
humana pressupõe uma plasticidade única que lhe garante o realismo. Tal
plasticidade só é efetiva e frutífera quando procede da virtude e, portanto da
prudência. ” p. 309
Cada paciente é um universo, por isso não há que se pensar em um modelo que
não se adeque a cada um.
Tanquerey afirma que “no púlpito, sugere a prudência ao sacerdote, o que deve dizer
e o que deve calar, a maneira de dizer para não melindrar o ouvinte, para adaptar a sua
inteligência à palavra divina, para persuadir, comover e converter. No confessionário, é
a prudência que permite ao confessor ser juiz perspicaz e íntegro, que saiba discernir a
culpabilidade, interrogar o penitente com precisão e clareza, cada um segundo a sua idade
e condição.”.
Manso
Solidário Humilde
Religioso Corajoso
Magnânimo Justo