Trasmissão de Dados

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UNIVERSIDADE DE CABO VERDE

DCT

UNICV-FCT
3º ANO EE & EIC 2018-2019
Redes de Computadores
Jailson Moreira

TRANSMISSÃO DE DADOS

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Termologia e Conceitos
♦ Meios de transmissão
A transmissão de sinais, sob a forma de ondas eletromagnéticas, é suportada em meios de
transmissão guiados ou não guiados
» Guiados: par de cobre entrançado, cabo coaxial, fibra ótica
» Não guiados: espaço livre
♦ Conectividade
» Ponto-a-ponto – ligação entre dois dispositivos
» Multiponto – meio partilhado por mais de dois dispositivos
– Um emissor e múltiplos recetores, múltiplos emissores e um
recetor ou múltiplos emissores e recetores
♦ Modo de comunicação (direccionalidade)
» Simplex – comunicação unidirecional (televisão)
» Half-duplex – comunicação bidirecional alternada (rádio polícia)
» Full-Duplex – comunicação bidirecional simultânea (telefone)

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Sinais no Domínio dos Tempos


» Analógicos: variação contínua em amplitude e no tempo
» Digitais: sequência temporal discreta de valores quantificados (níveis discretos)
– A designação sinal digital é normalmente usada para referir a
sequência de impulsos que representa uma sequência discreta de
valores quantificados
» Periódicos e não periódicos

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Sinal Sinusoidal no Tempo

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Comprimento de Onda
» Distância correspondente a um ciclo de um sinal que se propaga num meio
» Sendo T o período, f a frequência e v a velocidade de propagação λ = vT λf = v
» Velocidade de propagação da luz no espaço livre: c = 3 * 10^8 ms-1
» Atrasos de propagação típicos ( μs / km )
– Espaço livre (1/c): 3.3μs / km
– Par de cobre: 5μs / km
– Cabo coaxial: 4μs / km
– Fibra ótica: 5μs / km

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Sinais nas Frequências


» Sinal periódico → expansível em Série de Fourier
– Frequência fundamental + harmónicos

» Sinal não periódico → transformada de Fourier

» Espectro de um sinal – gama de frequências do sinal


» Largura de banda (W) – largura do espectro (W = fmax – fmin)
» Largura de banda efetiva
– Contém a maior parte da energia do sinal (W de meia potência ou 3 dB)
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Transmissão Digital
» Características
– Transmissão de sinais que transportam informação digital
– O sinal é atenuado e a sua integridade é afetada por ruído, distorção, etc.
– Uso de repetidores
» Vantagens (sobre transmissão analógica)
– Benefícios da tecnologia digital (integração em larga escala, baixo custo,
consumo reduzido)
– Maior imunidade ao ruído e à distorção; uso de repetidores garante
integridade dos dados em transmissão a grandes distâncias, mesmo com linhas
de qualidade reduzida
– Exploração de técnicas de multiplexagem no tempo (TDM – Time Division
Multiplexing)
– Utilização de técnicas de Processamento Digital de Sinais
– Possibilidade de Integração de Serviços na mesma rede
– Segurança e privacidade (criptografia)

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Débito de Transmissão e Largura de Banda


» Dados binários podem ser representados por um sinal digital (sequência de impulsos)
para transmissão através de um meio (canal)
» Um sinal digital exigiria uma largura de banda infinita, se o objetivo fosse preservar a
forma dos impulsos
» Um canal físico tem largura de banda finita e limitada (por razões económicas); filtra
algumas frequências do sinal digital, distorcendo-o, o que dificulta a interpretação do sinal
no recetor
» Uma reduzida largura de banda do canal provoca elevada distorção do sinal digital e
portanto uma elevada probabilidade de interpretação errada de bits; é necessário reduzir a
largura de banda efetiva do sinal, preservando a informação nele contida
» Relação entre débito binário e largura de banda
– Quanto maior for o débito binário, maior é a largura de banda efetiva do sinal
– Quanto maior for a largura de banda do canal, maior é o débito binário possível
no canal

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Distorção
» Distorção de Amplitude
– A potência do sinal diminui com a distância (atenuação)
* Em meios guiados, a atenuação varia exponencialmente com a
distância (medida em escala logarítmica; unidade: dB / km)
* A transmissão analógica requer amplificadores
* A atenuação depende das características do meio
– A atenuação aumenta com a frequência (distorção de amplitude)
– A potência do sinal recebido
* Deve ser suficiente para ser detetado
* Deve ser superior ao ruído para ser detetado sem erros
– O sinal digital é regenerado com recurso a repetidores
» Distorção de fase (atraso de fase)
– Causa: variação da velocidade de propagação com a frequência
* Se o desvio de fase introduzido pelo canal variar linearmente com
a frequência, o sinal não é distorcido mas simplesmente atrasado
– Característica de meios guiados (cabos, fibras) 9
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Ruído
» Térmico (branco)
» Intermodulação
– A mistura de sinais de frequências f1, f2 pode gerar componentes
– Alguns desses componentes podem interferir com sinais nessas frequências
– Causa: não linearidade do sistema de transmissão (e.g., amplificação)
» Diafonia (Crosstalk)
– Acoplamento indesejado entre canais
» Impulsivo
– Impulsos irregulares (bursts), com grande amplitude e pequena duração; causas:
interferência eletromagnética, descargas atmosféricas, órgãos de comutação, etc.

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Meios de Transmissão
» Asseguram a ligação física entre emissor(es) e recetor(es)
» Meios guiados
– Suporte físico: par de cobre entrançado, cabo coaxial, fibra ótica
– As características do meio têm um impacto significativo sobre a qualidade de
transmissão
» Não guiados
– Suporte físico: espaço livre (atmosfera, espaço exterior)
– Transmissão sobre portadora de rádio frequências
– Afetados por problemas de propagação
– Espectro eletromagnético limitado
– Necessário planear frequências para reduzir interferências

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Twisted Pair –Par de Cobre entrançado


» Aplicações
– Pequenas distâncias (<10 km)
– Lacete de assinante (local loop)
* Canal voz / dados (modem), RDIS, DSL
– Rede telefónica em edifícios
– LANs
» Características
– Usado para sinais analógicos ou digitais
– Atenuação elevada, sobretudo a altas frequências
– Suscetível a interferências e ruído
– Débito máximo decresce com a distância
– Possíveis débitos elevados em distâncias curtas
» Categorias
– Shielded Twisted Pair (STP)
– Unshielded Twisted Pair (UTP)
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Par Entrançado Blindado - STP


» Uma malha de proteção externa reduz a interferência eletromagnética
» Mais caro e mais difícil de instalar (mais grosso, mais pesado)
» Velocidade e Throughput 10 a 100 Mbit/s
» Comprimento máximo do cabo 100m

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Par Entrançado não Blindado - UTP


• Aplicações desde par telefónico normal até par de dados
• Barato e fácil de instalar

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Categorias UTP
» Categoria 3 (CAT3) )- (CAT3 é recomendado pela TIA/EIA-568 B)
– Até 16 MHz de largura de banda
– Comprimento do entrançamento 􀃆 7.5 a 10 cm
– LANs Ethernet a 10 Mbit/s (10BASE-T) / sistemas telefónicos
– Ainda muito comum mas desatualizado
» Categoria 4 (CAT4) )- (CAT4 não é mais recomendado pela TIA/EIA)
– Frequência de até 20 MHz e dados a 20 Mbps.
– Foi usado em redes que podem atuar com taxa de transmissão de até 20Mbps
como token ring, 10BASET e 100BASET4.
– Não é mais utilizado pois foi substituído pelos cabos CAT5 e CAT5e.
» Categoria 5 (UTP5)- (CAT5 não é mais recomendado pela TIA/EIA)
– Até 100 MHz de largura de banda
– Comprimento do entrançamento 􀃆 0.6 a 0.85 cm
– LANs Ethernet a 100 Mbit/s (100BASE-T)
– Instalado nos edifícios mais recentes (inclusive para sistemas telefónicos)
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Categorias UTP
» Categoria 5e (UTP5e) (CAT5e é RECOMENDADO PELA NORMA ! EIA/TIA-568-B)

– Características superiores a UTP5 – tende a substituir este tipo


– Recomendado para LANs Ethernet a 1Gbit/s (1000BASE-T)
» Categoria 6 (UTP6) (CAT6 é recomendado pela TIA/EIA-568 B)
– Até 250 MHz de largura de banda
– pode ser usado em redes gigabit ethernet a velocidade de 1Gbps.
»Categoria 6ª(CAT6a)
– O a de CAT6a significa augmented (ampliado).
– Largura de banda até 500 MHz e podem ter até 55 metros no caso da rede ser
de 10Gbps, caso contrario podem ter até 100 metros.
– aumentou o seu tamanho e os tornou menos flexíveis.
– Essa categoria de cabos tem os seus conectores específicos que ajudam à
evitar interferências.
» Categoria 7 (CAT7) e (CAT7a) - Esta norma baseia-se na Classe F que ainda não é reconhecida pela TIA/EIA.
– Estão sendo criadas para permitir a criação de redes de 40Gbps e 100Gbps em
cabos de 50m e 15m respetivamente usando fio de cobre 16
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Código de cores – Padrão T568 A e B

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Cabos diretos, crossover


Um cabo cujas duas pontas usam a mesma montagem é denominado Cabo Direto e
serve para ligar estações de trabalho e routers a switches ou hubs.

Um cabo em que cada ponta é usado uma das montagens é denominado Cabo
Crossover e serve para ligar equipamentos do mesmo tipo entre si.

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Cabo Coaxial
» Aplicações
– LANs das primeiras gerações
– Sistemas de transmissão de longa distância (ultrapassados)
– Sistemas de TV
» Tipos
RG-6: drop cable for CATV, 75 Ω
RG-8: thick Ethernet LAN (10Base5), 50 Ω
RG-11: main CATV trunk, 75 Ω
RG-58: thin Ethernet LAN (10Base2), 50 Ω
RG-59: ARCnet, 75 Ω

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Cabo Coaxial
» Características
– Boa imunidade a interferências
– Largura de banda elevada (centenas de MHz / Mbit/s)
– Velocidade e Throughput de 10 a 100 Mbit/s
–Comprimento máximo 500m
– Barato

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Fibras Óticas
» Vantagens
– Débitos de transmissão até centenas de Gbit/s
– Leves, flexíveis e pouco volumosas
– Baixa atenuação
– Imunidade a interferência eletromagnética
» Desvantagens
– Interfaces ótico-elétricas (custo)
– Terminação difícil (perdas)
– Multiponto difícil (perdas)
» Aplicações
– Transmissão a grande distância
– Lacete de assinante
– LANs

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Fibras Óticas

o Monomodo, comprimento máximo do cabo até 3000 m


o Multimodo, comprimento máximo do cabo até 2000 m
* Vários feixes de luz gerada por LED

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Fibras Óticas

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Dúvidas

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