Índice
Índice
Índice
Introdução...............................................................................................................................2
Objectivos...............................................................................................................................3
Revisão bibliográfica..............................................................................................................4
Desenvolvimento....................................................................................................................5
Estrutura de um ensaio...........................................................................................................6
Etapas de escrita do ensaio.....................................................................................................7
Elaboração do esquema..........................................................................................................8
Redacção e revisão.................................................................................................................8
Características de um ensaio..................................................................................................8
Passos para a elaboração de um ensaio..................................................................................8
Exemplo de um ensaio academico.......................................................................................10
Introduçã o
O presente trabalho tem como enfoque, falar de ensaio, sua estrutura e diferenciar os tipos de
ensaio.
Ensaios são um estudo formal, discursivo e concludente que consiste em uma exposição
lógica e reflexiva; sua argumentação é rigorosa com alto nível de interpretação e julgamento
pessoal. O ensaio permite que o autor defenda determinada posição sem que tenha de se
apoiar no rigoroso e objectivo aparato de documentação empírica e bibliográfica, como na
dissertação ou na tese. Contudo, o ensaio não dispensa o rigor lógico e a coerência de
argumentação. Por isso mesmo, exige grande informação cultural e muita maturidade
intelectual.
Um ensaio é uma breve explicação escrita de um assunto bem delimitado, clara e decisiva,
sistemática e compreensiva. BARRASS (1986,P.51).
Ensaio é uma obra de reflexão que versa sobre determinado tema, sem que o autor pretenda
esgotá-lo, exposta de maneira pessoal ou mesmo subjectiva. Ao contrário do estudo, o ensaio
não é investigativo, podendo ser impressionista ou opinativo. É um texto breve, situado entre
o poético e o didáctico, contendo ideias, críticas e reflexões sobre diferentes temas. Menos
formal que o tratado, presta-se á defesa de um ponto de vista pessoal acerca de um dado tema
(filosófico, científico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso),
sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de
carácter científico. (Ricardo Sérgio 2006, “O ensaio literário”)
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, o
filósofo espanhol José Ortega y Gasset o definiu como “a ciência sem prova explicita’’.
(Lindinei Rocha Silva e Andreia Targino da Silva, 2016 ‘‘A inscrição do ensaio nos géneros
literários’’.)
De início, o ensaio era uma breve divagação acerca de pessoas, fatos, paisagens e estados de
alma; pode-se dizer que desde a Antiguidade era praticado, ainda que sem a denominação por
que veio a ser conhecido. Assim, a Poética de Aristóteles, os Diálogos de Platão, os escritos
de Sêneca, Plutarco e outros, têm sido alinhados como ensaios. Entretanto, é dos Ensaios
(Essais 1580) de Michel de Montaigne, escritor francês do final do século XVI, que deriva a
conceituação moderna de matéria e o modelo seguido desde então, com algumas mudanças
impostas pela natural evolução da actividade literária. (Ricardo Sérgio 2006, “O ensaio
literário”)
Desenvolvimento
O trabalho científico pode assumir a forma de ensaio. Esse tipo de trabalho é concebido como
um estudo bem desenvolvido, formal, discursivo e concludente, consistindo em exposição
lógica e reflexiva e em argumentação e julgamento pessoal. No ensaio há maior liberdade por
parte do autor, no sentido de defender determinada posição sem que tenha de se defender
determinada posição sem que tenha de se apoiar no rigoroso e objectivo aparato de
documentação empírica e bibliográfica. As vezes, são mesmo de doutorado, com
características de ensaio que são bem aceitas devido seu rigor e a maturidade do autor. De
facto, o ensaio não dispensa o rigor lógico e a coerência de argumentação e por isso mesmo
exige grande informação cultural e muita maturidade intelectual. Dai muitos dos grandes
pensadores preferirem esta forma de trabalho para expor suas ideias científicas ou filosóficas.
SEVERINO, A.J. (1976, p.153)
O mesmo é uma escrita que visa à análise de determinado problema, objectivando identificar
uma questão, discorrer sobre ela e chegar a conclusões, deixando evidente o espírito crítico
do autor e originalidade. O autor coloca no rol dos textos que demandam de pesquisas
amplas, profundas e autónomas como as dissertações e teses.
O ensaio é um tipo de texto que permite a livre criação, no qual o autor apenas tem
compromisso com suas próprias reflexões e com a realidade que ele vê e acredita, não é preso
a outros subsídios teóricos, mas objectiva o convencimento e por isso é de natureza
argumentativa.
Formal – é caracterizada pela relevância dada aos objectivos, à lógica do texto e apresenta
uma problemática bem definida. Independentemente do método de argumentação ou de
apresentação, para alcançar o sucesso do texto, é imprescindível muita leitura, pois o ensaio
“exige grande informação cultural e muita maturidade intelectual” (SEVERINO, p.153,
2000).
Além disso, nessa produção textual não é aconselhável um escritor ater-se apenas às ideias de
poucos autores e teóricos para argumentar sua problematização. Convém fazer relações entre
varias ideias, informações, experiencias, conhecimentos adquiridos ao longo da vida, sejam
eles escolares, académicos ou construídos no quotidiano familiar ou de trabalho. Assim, o
escritor terá formado conceitos, construídas informações e ideias expressivas que produzem
significado a quem ler o ensaio.
Estrutura de um ensaio
Geralmente os ensaios não seguem uma estrutura fixa (formal), os quais propõem a liberdade
individual na busca de um pensamento original. São textos breves não sistematizados de
carácter intimista, livre e dialogante os quais não possuem um estilo definido.
Quanto a utilização de formalidades, isso depende dos interlocutores, ou seja, dos leitores e
do público ao qual está destinado, seja o professor de uma disciplina, uma revista académica,
jornal, dentre outros.
No entanto, o texto deve conter clareza de ideias e ainda seguir normas padrões da língua.
Segue abaixo a estrutura de ensaio académico:
a) Tema
b) Introdução
É a parte do ensaio, que convida o leitor a continuar a ler o texto. Se a produção textual for
bastante longa, pode-se escrever mais de um parágrafo para a introdução. Deve constar na
introdução a definição do tema, o motivo da escolha do tema, o que vai argumentar e a
descrição da estrutura do ensaio.
c) Desenvolvimento
É o corpo textual do ensaio cujas ideias, anteriormente abordadas na introdução, descrevem e
narraram dados ou fatos, dialogam com outros textos por meio de citações directas ou
indirectas e apresentam reflexões e opiniões do autor. Recomenda-se dividir ideias por
parágrafos para facilitar a leitura e poder organizar entre os parágrafos palavras conectoras
que indiquem coerência entre a ideia anterior e a seguinte.
d) Conclusão
e) Bibliografia
Indicar por ordem alfabética os livros usados na produção do ensaio, de acordo as normas de
citação bibliográfica.
Em uma redacção, o autor deve ser claro qual é a intenção ao redigi-la. Este requisito permite
saber se o que é requerido vem a ser um ensaio ou outro tipo de escrito; também ajuda a
concretizar o enfoque que se deve dar, o nível, os recursos por aplicar, etc. É muito corrente
que o escritor deslize nos primeiros parágrafos de seu escrito a intenção. Entretanto, em
textos breves, ensaios jornalísticos ou de carácter mais literário, não é tão frequente que a
intenção se faca explícita, ou seja, é um escrito que faz com que o leitor dê uma atenção
maior para detectá-la.
Elaboraçã o do esquema
O esquema é uma ferramenta imprescindível para a geração de um texto amplo. O tempo
investido no seu aperfeiçoamento e desenvolvimento se vai recuperar amplamente no
processo de redacção.
Redacçã o e revisã o
Com base no esquema preparado e todos os improvisos que surjam, inicia-se a redacção. O
normal é dedicar um longo tempo à sua produção. O indicado, depois de considerado pronto,
é deixá-lo uns dias sem lê-lo, para uma posterior revisão. Por isso, caso haja prazo de entrega
ou publicação, indica-se que calcule para terminá-lo uma semana antes do envio final.
É norma que, ao revê-lo, depois de alguns dias, seja necessário fazer grandes correcções,
modificações da ordem, supressões, ampliações, etc. convém aceitá-las e estar em capacidade
de renunciar a amplos fragmentos antes considerados perfeitos, ou ter de redigir parte de um
novo material para ampliar um assunto.
Características de um ensaio
As principais características do género textual ensaio são:
Linguagem simples;
Textos concisos;
Julgamento pessoal;
Reflexões subjectivas;
Exposição e defesa de ideias;
Originalidade e criatividade;
Texto crítico e problematizador;
Temas variados.