Metodologia Da Pesquisa Científica: Prof . DR
Metodologia Da Pesquisa Científica: Prof . DR
Metodologia Da Pesquisa Científica: Prof . DR
PESQUISA CIENTÍFICA
Profª. Drª. Walkiria Martinez Heinrich Ferrer
005 Aula 01: Organização do Estudo no Ensino Superior
Mas este diálogo deverá estar livre de pré-conceitos com relação a esta disciplina,
pois o objetivo aqui consiste em oferecer instrumentos para tornar seu processo
de ensino aprendizagem o mais prazeroso e produtivo possível.
3
Ao nal, você terá a oportunidade de conhecer os principais trabalhos didáticos
desenvolvidos durante sua formação acadêmica, como resumos, resenhas,
ensaios teóricos e chamentos.
Bom estudo!
4
01
Organização do Estudo
no Ensino Superior
Cada estudante tem estilo próprio de estudo, não é? Alguns preferem estudar
fazendo leitura em voz alta, outros preferem redigir resumos do conteúdo ou
apenas fazer anotações dos tópicos centrais. Portanto, cada estudante
desenvolve seu estilo próprio de estudo e este estilo próprio que procuramos
absorver e adaptar à rotina de estudos no ensino superior.
Estudar online.
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Autoatividade cientí ca + rotina de estudos = CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
Durante o ensino médio, de uma forma geral, o estudante coloca-se mais como
um consumidor de conhecimento, adotando uma postura passiva perante os
professores. No ensino superior, o estudante é, acima de tudo, um produtor de
conhecimento, e sua postura torna-se participativa. Mas para garantir uma
participação construtiva, consciente e crítica, o aluno deverá estar preparado.
7
Instrumentos de estudo
Em primeiro lugar, vamos falar de sua biblioteca pessoal, um acervo bibliográ co
entendido como um conjunto de obras referentes à sua área de atuação. Este
acervo pessoal poderá ser em formato físico (livros impressos) ou eletrônico,
mas é imprescindível a aquisição paulatina e seletiva do referencial teórico
necessário à complementação do conteúdo referente à formação acadêmica.
É importante ressaltar que isso não signi ca que você, estudante do ensino
superior, terá que pautar seu aprendizado apenas em manuais ou apostilas, e
sim que em um momento inicial de eu curso representa uma primeira
aproximação com os temas tratados. Posteriormente, seguindo a evolução do
curso, o aluno irá se dedicar às fontes especializadas, um pouco mais complexas
e elaboradas. Na verdade, “[...] nesse momento, os textos introdutórios só serão
utilizados para cobrir eventuais lacunas do processo sequencial de
aprendizagem”. (SEVERINO, 2016, p. 40).
8
Biblioteca online | Fonte: Disponível aqui
9
Gerenciamento de tempo | Fonte: Disponível aqui
Cabe a você, aluno(a), organizar seu tempo de forma que possa conciliar
trabalho, estudo e lazer. Mas é certo que terá que eleger prioridades, pois
durante os anos da graduação terá que realizar alguns “sacrifícios sociais” em
benefício de sua formação acadêmica.
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contribuições construtivas, além de solucionar as dúvidas sobre o conteúdo.
Dúvidas que, sem o estudo prévio, irão aparecer durante as avaliações, ou seja,
tarde demais!
11
A adoção de determinadas práticas de estudo que envolvam uma participação
ativa do aluno promove resultados extremamente positivos em termos de
aprendizagem.
O uxograma acima indica os caminhos percorridos para que você crie hábitos
de pesquisas e estudos. É claro que cada indivíduo tem estilo próprio de estudo,
que deve ser considerado no momento da de nição de sua rotina.
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Formas de
documentação
No contexto globalizado e informatizado você tem acesso a uma multiplicidade
de informações em quantidade inimaginável, uma simples busca no “google” já
apresenta uma imensa quantidade de informações em tempo real.
A preocupação inicial diz respeito ao site que você vai consultar. É preciso
veri car sua credibilidade, se representa uma fonte con ável de pesquisa em
sua área especí ca. Posteriormente, procure investigar a autoria, a base teórica
de seus autores e se há outras publicações. Para evitar problemas com fontes de
pesquisa não con áveis, realize suas buscas nos bancos de dados
disponibilizados pelas bibliotecas das universidades. Esses são procedimentos
necessários para realizar uma pesquisa seletiva nos meios eletrônicos e garantir
a qualidade de suas descobertas cientí cas.
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ATENÇÃO, não basta desenvolver atividades: é preciso REGISTRAR
SUAS DESCOBERTAS, sempre!
14
A documentação temática destina-se ao registro dos
elementos cujos conteúdos precisam ser apreendidos para
o estudo em geral e para trabalhos especí cos em
particular. Esses elementos podem ser conceitos, ideias,
teorias, fatos re exões pessoais, dados sobre autores,
informes históricos, etc. (SEVERINO, 2016, p. 71).
Há alguns anos, era muito comum o uso de chas impressas para realizar essas
formas de documentação. Alguns ainda resistem aos avanços tecnológicos e
preferem trabalhar com os meios físicos. Porém, tais atividades podem ser
desenvolvidas em formato digital, por meio de programas editores de textos,
particularmente o word. (SEVERINO, 2016).
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02
Tipos de Conhecimento:
Mítico, Popular,
Filosófico e Científico
Ao chegar até aqui, você já compreendeu que no processo de ensino
aprendizagem não basta a absorção e compreensão de conteúdo, mas
essencialmente é preciso produzir conhecimento.
17
Aquecimento global | Fonte: Disponível aqui
18
Tipos de conhecimento
Caro(a) aluno(a), conforme exposto anteriormente, por meio do conhecimento o
sujeito cognoscente transforma o objeto cognoscível, reconstruindo o objeto
segundo suas percepções. Este é o processo de construção do conhecimento,
diferentes construções e reconstruções de diferentes objetivos.
Vamos a eles:
Conhecimento mítico
Implica uma certa fantasia da história original, o que lhe confere um caráter de
falsidade. Na maioria das vezes, o mito apresenta-se como verdade instituída,
portanto, dispensa a veri cação da veracidade de suas a rmações. Apenas é
aceito como verdade, sem questionamentos, re exão ou crítica. Como não há
possibilidade de veri cação da veracidade das a rmações do conhecimento
mítico, a ciência acaba por negar as informações provenientes desse tipo de
conhecimento.
19
Pegasus – Mitologia grega | Fonte: Disponível aqui
20
Conhecimento religioso
Ao tratarmos do conhecimento religioso, é preciso estar ciente de que se trata
de uma discussão no campo da fé e “[...] pressupõe a existência de forças que
estão além da capacidade de explicação do homem, instâncias divinas
consideradas criadoras de tudo o que existe. ” (MEZZAROBA, 2014, p. 53).
21
Geralmente há uma aceitação dos preceitos religiosos sem a necessidade de
veri cação da existência ou não de suas a rmações. São aceitos sem a
comprovação cientí ca, apenas são aceitos.
Um fato ocorrido há mais de uma década ilustra bem essa discussão, pois houve
a aparição de uma suposta imagem de uma santa em um vidro de uma janela de
uma residência de Ferraz de Vasconcelos, em São Paulo. Tal fato acarretou uma
adoração ao que cou conhecido como a “santa da janela”, mesmo com a
a rmação cientí ca de uma falha no vidro acarretada por um problema na
armazenagem do mesmo. Ou seja, a ciência não comprovou o milagre e ainda
assim permaneceu sendo aceito como verdadeiro.
22
Conhecimento filosófico
Vamos losofar?
Quantas vezes nos perguntamos de onde viemos e para onde vamos? Perguntas
clássicas para retratar o pensamento losó co. E loso a é exatamente isso:
está pautada na re exão e no questionamento.
Quem não se lembra da célebre indagação de Shakespeare: ser ou não ser, eis a
questão!
23
Neste sentido, Marilena Chauí concentra formas diferenciadas de
indagações em três eixos:
Pois bem, caro(a) aluno(a), podemos concluir que o conhecimento losó co, por
si só, não é passível de veri cação; situação semelhante ao conhecimento
popular, vulgar ou também conhecido como “comum”.
24
Conhecimento popular (senso comum).
Caro(a) aluno(a), em sua vida você já deve ter ouvido alguns “ditados populares”
de seus pais ou familiares, como, por exemplo, “você vai morrer se comer manga
e tomar leite logo em seguida”, ou então “gato preto dá azar”. Essas a rmações,
embora não comprovadas cienti camente (não comprovadas em laboratório,
por meio de experimentos), fazem parte do imaginário das pessoas e são
seguidas à risca.
25
Na maioria das vezes, essas informações não são contestadas pela ausência de
um processo de veri cação e acabam cristalizadas com o tempo, tornando-se
verdades inquestionáveis.
26
03
Conhecimento Científico e
o Conceito de Verdade
Inicialmente, o ser humano utilizava o conhecimento mítico para explicar os
fenômenos da natureza. Posteriormente, o conhecimento religioso passou a
exercer essa função, além do conhecimento popular, que sempre desempenhou
um papel primordial na formação do saber historicamente acumulado.
Desde então o conhecimento cientí co tem se destacado dos demais, o que não
signi ca que os conhecimentos míticos, religiosos, losó cos e populares
deixaram de ter importância, pois todos coexistem na atualidade.
28
Ciência | Fonte: Disponível aqui
O que é um dogma?
29
como acontece, por exemplo, na nossa vida cotidiana,
quando, diante de uma pergunta ou de uma dúvida que
apresentamos, nos respondem: “É assim porque é assim e
porque tem que ser assim”. O dogmatismo é uma atitude
autoritária e submissa. Autoritária, porque não admite
dúvida, contestação e crítica. Submissa, porque se curva às
opiniões estabelecidas. (CHAUI, 2000, p. 109).
Mas atenção! Questionar não signi ca sair questionando tudo e todos, signi ca
ter uma base teórica sólida para poder se posicionar com conhecimento. Ser
crítico signi ca ter uma atitude re exiva.
30
O MITO DA CAVERNA – A REPÚBLICA DE PLATÃO
31
Passando para o outro lado do muro, nosso herói liberto ca em um
primeiro momento tonto, ofuscado, com medo e confuso diante de
tanta luz, mas depois passaria a ver as coisas em si mesmas e veria o
próprio Sol.
Por amor, nosso homem volta à caverna para libertar seus irmãos da
ignorância e da prisão. Mas, quando volta, ele é recebido como um
louco, seus antigos companheiros não creem no que ele conta sobre a
realidade lá fora, e ele não mais se adapta àquela realidade que eles
pensam ser a verdadeira: a realidade das sombras. E nosso herói é
simplesmente desprezado. (MEZZAROBA, 2014, p. 47).
32
04
Métodos de Pesquisa
Científica
O que são métodos cientí cos?
Antes da de nição, pergunto a você: em seu dia a dia, já percebeu que não há
questionamento quando existe uma explicação cientí ca para algum fenômeno
ou fato social? Ou seja, geralmente há uma aceitação maior quando a ciência
explica algo. Diferentemente do que ocorre com os demais tipos de
conhecimento, não é?
34
A ciência utiliza-se de um método que lhe é próprio, o
método cientí co, elemento fundamental do processo de
conhecimento realizado pela ciência para diferenciá-la não só
do senso comum, mas também das demais modalidades de
expressão da subjetividade humana, como a loso a, a arte,
a religião. Trata-se de um conjunto de procedimentos lógicos
e de técnicas operacionais que permitem o acesso às relações
causais constantes entre os fenômenos. ” (SEVERINO, 2016, p.
108).
MÉTODO = CAMINHO
35
(3) Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao
problema (por exemplo, dados empíricos, teorias, aparelhos
de medição, técnicas de cálculo ou de medição). Ou seja,
exame do conhecimento para tentar resolver o problema.
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MÉTODOS AUXILIARES REFERENCIAIS
MÉTODOS
TEÓRICOS
CIENTÍFICOS Experimental
Indutivo Estatístico Teorias Sistêmicas
Dedutivo Histórico Funcionalismo
Hipotético- Comparativo Estruturalismo
dedutivo Fenomenologia
Dialético Comportamentalism
Sistêmico Empirismo
(estruturalista) Positivismo e
Neopositivismo
Marxismo
Mas existem críticas ao método indutivo no que diz respeito ao seu caráter
generalizador, pois, ainda que as premissas sejam verdadeiras a conclusão pode
ser falsa. Marconi justi ca que, por maior que seja o número de repetições de
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certos eventos, não há justi cativa para acreditar que ocorrerão no futuro.
(MARCONI, 2001, p. 18).
Ao optar pelo método indutivo, você vai estar atento a algumas questões, como,
por exemplo, a amostragem utilizada, pois pode se mostrar insu ciente ou
tendenciosa e as duas formas irão comprometer os resultados e a credibilidade
de sua investigação.
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Amostra insu ciente: em um pequeno vilarejo de 150 moradores
no Estado de São Paulo, em determinado ano, duas pessoas
morreram: uma atropelada por uma carroça puxada a burros e
outra por insu ciência renal. Jamais se poderia dizer que 50% da
população que falece no vilarejo X são por acidentes de trânsito e
50% por insu ciência renal.
Percebeu que uma amostra tendenciosa pode, por exemplo, ser identi cada em
pesquisas de intenção de votos em períodos eleitorais?
Nesse caso, são feitas duas mil consultas sobre determinado candidato a prefeito
em um parque industrial. Ocorre que o candidato tem a defesa dos direitos dos
trabalhadores como plataforma de governo. Adivinhe o resultado desta pesquisa?
Pois é, pesquisa tendenciosa.
O método dedutivo
Este método procura, a partir de verdades universais, tirar conclusões
particulares, e é utilizado principalmente pela lógica e pela matemática, as quais
utilizando o raciocínio lógico partem de um princípio a priori, tido como
39
verdadeiro, para chegar a verdades simples.
Observe:
Método Dedutivo
Exemplo 1: (Clássico)
Exemplo 2:
Exemplo 3:
40
Assim como no método indutivo, o método dedutivo também recebe críticas, pois
a dedução pode não viabilizar novas descobertas, já que as conclusões obtidas já
estavam explicitas nas premissas anteriores. A primeira premissa (maior) é uma
lei geral, universal, a conclusão necessariamente deve estar em concordância ao
estabelecido anteriormente.
41
05
Tipos de Pesquisa
Científica
Pois bem, caro(a) aluno (a), de nido o método de pesquisa que será empregado
em sua investigação cientí ca, vamos de nir o tipo de pesquisa mais adequado
para a reconstrução de seu objeto de estudo e a consequente construção do
conhecimento.
Pesquisa quantitativa e
Pesquisa qualitativa
Na pesquisa quantitativa, estamos obviamente falando em quantidade e poderá
ser aplicada para atender objetivos de quanti cação de sua pesquisa. Tem
caráter descritivo e a imparcialidade como principal característica. (MEZZAROBA,
2914). Ser imparcial signi ca evitar interferência de fatores subjetivos na
condução da investigação, como sentimentos e opiniões. Se a amostra não for
tendenciosa, a pesquisa quantitativa é a melhor forma de garantir a objetividade
cientí ca.
43
Na pesquisa QUALITATIVA estamos trabalhando com a percepção de qualidade,
portanto, “[...] uma propriedade de ideias, coisas e pessoas que permite que
sejam diferenciadas entre si de acordo com suas naturezas. [...] não vai medir
seus dados, mas, antes, procurar identi car suas naturezas. ” (MEZZAROBA,
2014, p. 136).
Também pode ser descritiva e utilizar dados, mas não tem o mesmo caráter de
imparcialidade da pesquisa quantitativa.
44
Um cientista de certa nacionalidade tem como objeto de estudo a
capacidade motora das pulgas e promove uma pesquisa de
caráter experimental em seu laboratório. Munido de suas
anotações, de um microscópio, de uma pinça e de uma cobaia, ele
se entrega aos seus objetivos: saber quantas pernas são
necessárias para que seu inseto continue mantendo a capacidade
de pular. Assim, sua experiência consistirá em ir arrancando as
partes do animal, uma a uma, descrevendo os procedimentos e os
respectivos resultados de sua pesquisa.
45
Pesquisa teórica e
pesquisa prática
Revisão bibliográ ca. Certamente já ouviram falar, não é? Pois bem, trata-se da
PESQUISA TEÓRICA embasada em referencial teórico su ciente para dar
sustentação as suas a rmações.
Fonte: a autora.
46
Quanto ao uso da pesquisa teórica/prática, podemos citar o estudo de caso
como uma forma de investigação cientí ca:
Pesquisa descritiva e
pesquisa prescritiva
No que diz respeito à PESQUISA DESCRITIVA, podemos ressaltar que sua
aplicação se refere à descrição dos fatos analisados, não necessariamente
propõe uma solução ao problema, apenas descreve o objeto de estudo a m de
dar subsídios a uma interpretação posterior. No próprio sentido da palavra: o
pesquisador se propõe a descrever um fenômeno cientí co ou fato social,
dependendo do objetivo da pesquisa.
47
PESQUISA DESCRITIVA: Descreve o fenômeno de forma objetiva.
Fonte: a autora
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06
Quem nunca entregou um trabalho acadêmico com título com fonte 14 ou 16?
Ou ainda inseriu um WordArt para destacar ainda mais? Pois então, aviso que
não mais. No ensino superior devemos seguir normas de padronização,
expostas a seguir.
Regras gerais da
Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT)
Primeiro, vamos às de nições de trabalho acadêmico, ou seja, qual o tipo de
documento que estamos tratando?
50
[...] trabalho de conclusão de curso de graduação, trabalho
de graduação interdisciplinar, trabalho de conclusão de
curso de especialização e/ou aperfeiçoamento documento
que apresenta o resultado de estudo, devendo expressar
conhecimento do assunto escolhido, que deve ser
obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo
independente, curso, programa, e outros ministrados. Deve
ser feito sob a coordenação de um orientador.
Sendo assim, abaixo estão expostas as regras gerais para apresentação grá ca
de seu trabalho acadêmico.
Regras gerais
Segundo orientação da NBR 14724:
51
anverso e verso das folhas.
A opção frente e verso foi inserida com a alteração desta norma em 2011, mas é
um elemento não obrigatório, pois alguns preferem manter a impressão
somente no verso.
52
Pois bem, caro(a) aluno(a), após adequar corretamente as margens de seu
trabalho, vamos esclarecer outras questões que geralmente trazem dúvidas na
formatação, ou seja, espaçamento entre as linhas do corpo do trabalho, fonte e
espaçamento das notas de rodapé, fonte dos indicativos de seção, títulos sem
indicativo numérico e paginação.
53
margem esquerda. Devem ser alinhadas, a partir da
segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da
primeira palavra, de forma a destacar o expoente sem
espaço entre elas e com fonte menor. (ABNT, 2011a, p. 10).
Outra questão importante que também gera muita dúvida: qual a diferença
entre referências e bibliogra a? Não há nada especí co na ABNT, mas podemos
de nir referências como a relação de obras que foram efetivamente citadas no
trabalho e bibliogra a como o conjunto de obras lidas e/ou estudadas para a
elaboração do trabalho. Geralmente utilizam-se apenas referências, mas
consulte seu orientador sobre a necessidade de incluir também a bibliogra a.
54
Segundo NBR 14724, “o indicativo numérico, em algarismo arábico, de uma
seção, precede seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de
caractere.” (ABNT, 2011a, p. 10).
55
Uma dúvida constante entre estudantes do ensino superior ao formatar seu
trabalho: Introdução e conclusão são numeradas?
56
Quanto à paginação, há orientação da inclusão do algarismo na primeira página
da parte textual, ou seja, na introdução.
57
EXEMPLO:
Elaborada conforme a NBR 6024 “[...] a numeração progressiva deve ser utilizada
para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho”. (ABNT, 2003a, p. 2).
Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os recursos de
negrito, itálico ou sublinhado e outros, no sumário e, de forma idêntica, no texto.
1.1.1.1 Itálico
58
Quanto ao uso de equações e fórmulas, “devem ser destacadas no texto e, se
necessário, numeradas com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à
direita. Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha
maior que comporte seus elementos (expoentes, índices, entre outros). (ABNT,
2011a, p. 11).
EXEMPLO:
x² + y² = z²
(x² + y²)/5 = n
Tabelas
A tabela deve ser objetiva e reunir os dados de forma mais clara possível. Seus
elementos principais são: título, cabeçalho, corpo e fonte.
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Fonte: elaborada pela autora.
60
5. Muitas linhas e poucas colunas em uma mesma tabela permite sua
disposição em duas ou mais partes, desde que separadas por um traço
vertical duplo.
Ilustrações
Segundo NBR 14724/2011, as ilustrações devem estar dispostas da seguinte
forma:
61
possível do trecho a que se refere. (ABNT, 2011a, p. 11, grifo
nosso).
O autor deve estar atento para inserir a ilustração o mais próximo possível do
trecho a que se refere.
Fonte: a autora.
Lembre-se: não basta um excelente estudo se não estiver com uma correta
apresentação. Caso contrário, seu trabalho estará comprometido.
62
07
A resposta é sim para as duas indagações, desde que haja uma estrita
observância das normas referentes ao uso de citações.
64
CITAÇÃO INDIRETA: referência à ideia do autor (sem transcrição (não há
cópia).
Fonte: a autora
Tanto na citação indireta como na direta, a ABNT disponibiliza duas formas para
indicar autoria e obra de terceiros. O que a Metodologia da Pesquisa Cientí ca,
assim como a própria ABNT, denomina de sistema de chamada, que pode ser
numérico ou autor-data.
Fonte: a autora
65
(SOBRENOME, ano, p.)
Fonte: a autora
Na CITAÇÃO INDIRETA, você interpreta o que o autor está dizendo, qual sua ideia
sobre determinada teoria ou fato. Essa referência à ideia pode ser de uma obra
completa ou de apenas uma passagem, mas tanto na indireta quanto na direta
você deve dar crédito ao autor original.
_____________
¹ BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia. 7. ed. São Paulo: Paz e Terra,
2000, p. 69.
Fonte: a autora
66
Exemplo 2 – CITAÇÃO INDIRETA - sistema de chamada
autor-data
Fonte: a autora
Quando há a opção pela transcrição literal de uma passagem você pode utilizar a
citação direta curta ou direta longa. Você autor é quem vai decidir se precisa de
uma transcrição longa ou curta para fundamentar sua argumentação.
Aqui vai mais um lembrete: use o bom senso para o uso das citações. Embora
sejam necessárias ao fundamento cientí co devemos evitar exageros, pois
podemos criar duas situações não muito agradáveis: Primeiro, a ausência de
citações alerta para incidência de plágio, pois já foi dito que a “inspiração da
madrugada” não pode criar um argumento absolutamente original, do início ao
m, sem uma base teórica. Por outro lado, o excesso de citações elimina a
participação do autor e o texto ca sem autoria. Portanto, procure a dosagem
adequada segundo seu tema e metodologia adotados.
67
A m de evitar qualquer tipo de plágio, mesmo que inconsciente.
Segundo a NBR 10520, as citações diretas inferiores a três linhas devem ser
elaboradas no corpo do texto entre aspas duplas, com mesma fonte e
espaçamento entre linhas utilizado no texto, sem negrito, grifo ou itálico. As
aspas são os sinais para o leitor de que a passagem é cópia, portanto, não é
permitido outros sinais. REPITO, somente aspas, sem itálico, negrito, todas
maiúsculas, sublinhado ou outro recurso que estiver disponível. SOMENTE aspas
duplas.
___________
Fonte: a autora
68
Exemplo 2 - CITAÇÃO DIRETA CURTA - sistema de chamada
autor-data.
Fonte: a autora
As citações diretas longas são transcrições que superam três linhas, e, portanto,
devem estar em destaque no texto pela chamada “caixinha”, ou seja, recuo de
quatro centímetros da margem esquerda, espaçamento simples entre linhas,
fonte menor (times new roman 11), sem aspas, negrito ou itálico.
69
Exemplo 1: citação direta longa – sistema de chamada
numérico
___________
Fonte: a autora
70
Exemplo 2: citação direta longa – sistema de chamada
autor-data.
Fonte: a autora
71
É sempre bom ressaltar que você só vai utilizar os recursos de sinalização de
transcrição (aspas para a citação curta e recuo para a longa) nas citações diretas.
Nas citações indiretas são suas palavras, e não há porque alertar o leitor.
Observe que no exemplo acima há duas palavras que estão entre aspas simples:
‘poder invisível’, isto ocorre quando no original a sentença está entre aspas
duplas e como não podemos utilizá-las na citação direta devemos substituir por
simples. Ou seja:
Na próxima aula vamos ver esta e outras questões relativas ao uso das citações
diretas.
72
08
A resposta é a rmativa: você pode SUPRIMIR parte do trecho que está sendo
transcrito, tanto no início quanto no meio e no nal. A parte suprimida deverá
ser substituída por RETICÊNCIAS ENTRE COLCHETES [...].
Mas CUIDADO com o uso indiscriminado, você é responsável por sua autoria,
portanto, não pode alterar o sentido do texto “montando” a rmações de forma
tendenciosa.
74
Exemplo 1: citação direta longa –
___________
75
Para citações diretas:
Outra dúvida muito comum: devo corrigir quando encontrar erro de ortogra a
no texto original? A nal o leitor pode pensar que o erro foi meu, não é?
Negativo, não pode alterar uma vírgula. Lembre-se que precisa se manter el ao
texto original, ele não é seu. Se encontrar erro transcreva o erro e insira logo
após “[sic]”, que indica que o erro não foi seu, mas você apenas o transcreveu.
76
Exemplo 2- Citação direta curta
Fonte: a autora
Pois bem, caro(a) aluno(a), agora imagine uma situação em que você quer
ressaltar uma curta passagem de sua transcrição, apenas algumas palavras para
dar uma ênfase maior ao que está sendo discutido. Como proceder?
Veja no exemplo acima que as palavras “teoria das elites” estão em negrito,
indicando uma ênfase, um destaque acentuado por você. Ao nal da citação,
após a referência da obra, insira “grifo nosso”. Esta expressão avisará ao leitor
que você optou por destacar este trecho. Você, não o autor da obra que está
sendo transcrita.
Mas atenção: se o original que está sendo transcrito já estiver com termos em
destaque insira ao nal da referência a expressão “grifo do autor”.
77
Nas citações diretas:
Dando continuidade aos recursos utilizados nas citações, vamos falar das notas
de referência: deve ser uma numeração consecutiva, por algarismos arábicos,
não se inicia a cada página e a cada capítulo e deve estar situada no rodapé da
página.
___________
A primeira citação de uma obra (na mesma página) deve ter sua referência
completa, as subsequentes (na mesma página) podem ser referenciadas de
forma abreviada, permitindo a utilização das seguintes expressões:
78
Idem ou Id = mesmo autor
Et al = e outros
79
___________
Relativo ao uso do apud, que signi ca “citado por”, você deve estar atento ao uso
inapropriado deste recurso. Novamente vamos imaginar uma situação em que
você precisa utilizar uma obra de destaque em sua área, mas referida obra é de
difícil localização e acesso. Embora na atualidade, com a rede mundial de
computadores, o acesso tenha sido democratizado, ainda existem obras
clássicas que estão disponíveis apenas na versão impressa e, nestes casos, é
possível utilizar a chamada “citação de citação”.
80
Exemplo 1: citação direta curta – ocorrência de apud
____________
81
Lembre-se: a obra citada pelo apud não deverá constar nas referências nais,
pois você não leu a obra, apenas utilizou uma citação.
_______________________
82
As notas de referência e notas explicativas não podem ser usadas
conjuntamente em um mesmo trabalho, pois como utilizam a mesma sequência
numérica, poderiam trazer dúvidas durante a leitura.
Mas o uso das notas explicativas também requer certos cuidados. Veri que a
necessidade de inserir tais notas, pois é muito comum o aluno inserir nota
explicativa para tudo, até termos que são de conhecimento público. O autor que
terá condições de avaliar a necessidade de inserir as notas.
Pois bem, caro(a) aluno(a), agora que está ciente das principais orientações
quanto ao uso correto das citações vamos trabalhar as normas sobre elaboração
das referências.
83
09
Referências – NBR
6023/2018 – Parte 1
Muito bem, caro(a) aluno(a), como bom cidadão, você sabe que todos estamos condicionados a
um conjunto de normas e sabemos exatamente nossos direitos e deveres em sociedade, ou seja,
o que podemos e o que devemos fazer para uma convivência de certa forma pací ca. E isso só
ocorre porque acatamos as regras, observamos as normas. Da mesma forma, devemos estar
atentos(as) às regras na elaboração de um trabalho cientí co a m de torná-lo compreensível.
Portanto, a metodologia cientí ca e as normas dela decorrentes não são “perfumaria”, como
erroneamente se costuma ouvir.
Dito isso, vamos às normas relativas à disposição das referências em um trabalho cientí co.
No decorrer de nossas aulas, você já percebeu que a produção do conhecimento não se resume
ao texto apenas, não é? Pois bem, agora vamos falar da forma correta da disposição dos
elementos de uma referência, ou seja, a ordem e a formatação adequada de autoria, título da
obra, possível atualização, revisão e outras.
Segundo a NBR 6023/2018, norma que regulamenta a disposição dos elementos de referências:
Para o estudo das referências, não há como car sem exemplos, portanto, nesta aula você
encontra diversos exemplos da disposição correta dos elementos de uma referência.
Vamos lá?
85
Orientações gerais
Segundo NBR 6023, a formatação das referências deve seguir as seguintes orientações:
86
Exemplo 1 – Ordem alfabética.
Agora, não há ninguém mais apto do que você para decidir qual é o mais adequado, ou seja, se as
referências serão inseridas por ordem alfabética ou pelo sistema numérico.
Monografia no todo
Livro e/ou folheto
7.1.1 Os elementos essenciais para livro e/ou folheto são: autor, título,
subtítulo (se houver), edição (se houver), local, editora e data de publicação.
Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência
para melhor identi car o documento. (ABNT, 2018b, p. 6).
87
Exemplo 1 – Elementos essenciais
Trabalho acadêmico
88
Exemplo 2 – Elementos complementares
GODINHO, Thais. Vida organizada: como de nir prioridades e transformar seus sonhos
em objetivos. São Paulo: Gente, 2014. E-book.
89
Exemplo 2 – Elementos complementares
Parte de monografia
Inclui seção, capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com autor e/ou título
próprios.
90
Parte de monografia em meio eletrônico
Correspondência
PILLA, Luiz. [Correspondência]. Destinatário: Moysés Vellinho. Porto Alegre, 6 jun. 1979. 1
cartão pessoal.
PILLA, Luiz. [Correspondência]. Destinatário: Moysés Vellinho. Porto Alegre, 6 jun. 1979. 1
cartão pessoal. Autografado.
91
Correspondência disponível em meio eletrônico
LISPECTOR, Clarice. [Carta enviada para suas irmãs]. Destinatário: Elisa e Tânia Lispector.
Lisboa, 4 ago. 1944. 1 carta. Disponível em:
http://www.claricelispector.com.br/manuscrito_minhasqueridas.aspx. Acesso em: 4 set.
2010.
92
Exemplo 2 – Elementos complementares
93
Artigo, seção e/ou matéria de publicação periódica: artigo, comunicação,
editorial, entrevista, recensão, reportagem, resenha e outros
TEICH, D. H. A solução veio dos emergentes. Exame, São Paulo, ano 43, n. 9, ed. 943, p.
66-67, 20 maio 2009.
MENDONÇA, Lenny; SUTTON, Robert. Como obter sucesso na era do código aberto.
Entrevistado: Mitchekk Baker. HSM Management, São Paulo, ano 12, v. 5, n. 70, p. 102-
106, set./out. 2008.
94
Exemplo 1 – Elementos essenciais
OTTA, Lu Aiko. Parcela do tesouro nos empréstimos do BNDES cresce 566 % em oito
anos. O Estado de S. Paulo, São Paulo, ano 131, n. 42656, 1 ago. 2010. Economia &
Negócios, p. B1.
PROFESSORES terão exame para ingressar na carreira. Diário do Vale, Volta Redonda, v.
18, n. 5877, 27 maio 2010. Caderno Educação, p. 41. Disponível em:
http://www.bancadigital.com.br/diariodovale/ reader2/Default.aspx?
pID=1&eID=495&lP=38&rP=39&lT=page. Acesso em: 29 set. 2010.
Pois bem, caro(a) aluno(a), chegamos ao nal da primeira parte da aula que normatiza o uso das
referências. Mas, como já observaram, vamos precisar de mais uma aula para trazer outros
exemplos de referências.
São muitas as fontes de pesquisa, e para cada uma existe uma forma correta de fazer a
referência. Nas aulas 9 e 10 selecionamos alguns exemplos de referências que poderão ser úteis
para a nalização de seu trabalho cientí co.
95
10
Referências – NBR
6023/2018 – Parte 2
No dia 14 de novembro de 2018 foi divulgada a nova NBR 6023, que passou de
24 páginas (2002) para 74, com o diferencial da inclusão de diversos exemplos
de referências de material online.
Evento: documentos
resultantes de atas,
anais, congressos e
outros.
Evento no todo em monografia
97
Exemplo 1 – Elementos essenciais
98
Exemplo 2 – Elementos complementares
99
Exemplo 2 – Elementos complementares
100
Exemplo 2 – Elementos complementares
Documento audiovisual:
101
Exemplo 2 – Elementos complementares
102
Exemplo 2 – Elementos complementares
A GAME of Thrones: the board game. 2nd. ed. Roseville: FFG, 2017. 1
jogo eletrônico.
103
Exemplo 6 – Elementos complementares
Indicação de
responsabilidade
Pessoa física
Exemplo 1
104
Exemplo 2 – Até três autores todos deverão ser indicados.
105
Autores com nomes hispânicos, nomes
compostos, com grau de parentesco e com
sobrenomes com prefixos.
Exemplo 1 – Sobrenomes hispânicos.
GARCÍA MÁRQUEZ, Gabriel. O amor nos tempos do cólera. 33. ed. Rio
de Janeiro: Record, 2008.
106
Tradutor, revisor, orientador, ilustrador,
entre outros, podem ser acrescentados
após o título, conforme aparecem no
documento.
Exemplo 1
Exemplo 2
107
Para entrevistas, o primeiro elemento deve
ser o entrevistado.
Exemplo 1
Pessoas jurídicas
As obras de responsabilidade de pessoa jurídica (órgãos
governamentais, empresas, associações, entre outros) têm
entrada pela forma conhecida ou como se destaca no
documento, por extenso ou abreviada.
Convém que se padronizem os nomes para o mesmo autor,
quando aparecem de formas diferentes em documentos
distintos. (ABNT, 2018b, p. 37).
Exemplo 1
108
Exemplo 2
Títulos e subtítulos
“O título e o subtítulo devem ser reproduzidos como guram
no documento, separados por dois pontos.” (ABNT, 2018b,
p. 40).
Exemplo:
PASTRO, Cláudio. Arte sacra: espaço sagrado hoje. São Paulo: Loyola,
1993. 343 p.
Exemplo:
109
“Em títulos e subtítulos longos, podem-se suprimir as
últimas palavras, desde que não seja alterado o sentido. A
supressão deve ser indicada por reticências entre
colchetes.” (ABNT, 2018b, p. 40).
Exemplo:
Pois bem, após a exposição dos exemplos trabalhados nesta aula, você tem
elementos su cientes para apresentar as referências de sua pesquisa de forma
organizada e coerente.
110
11
Desenvolvimento de
uma Investigação
Científica
Pois bem, caro(a) aluno(a), ao chegar neste momento do curso, você já tem
condições de utilizar corretamente todos os recursos disponibilizados pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. E agora está pronto para
desenvolver, com segurança, seu trabalho cientí co.
Vejamos.
Tipos de monografias
Durante sua formação acadêmica o estudante do ensino superior já desenvolveu
diferentes tipos de trabalhos cientí cos, mas o que diferencia um do outro é a
profundidade da investigação.
112
Neste sentido, Marconi e Lakatos (2017, 162-163), ao de nir dissertação, relatam
que “[...] tem caráter didático [...] de natureza re exiva, requer sistematização,
ordenação e interpretação dos dados. Por ser um estudo formal, exige
metodologia própria do trabalho cientí co.”
Por outro lado, tese indica “[...] o mais alto nível de pesquisa e requer não só
exposição e explicação do material coletado, mas também análise e
interpretação dos dados” (MARCONI; LAKATOS, 2017, p. 269). Geralmente, na
tese, busca-se temas originais.
Tal tarefa, todavia, não pode ser realizada de forma aleatória, com um simples
relato dos resultados obtidos pela observação da realidade. Necessariamente
uma investigação cientí ca deve seguir determinadas etapas de pesquisa, para
que seja atingido o rigor cientí co e o resultado possa ser transmitido, de forma
clara, para a comunidade e essa possa acompanhar e testar a veracidade da
pesquisa.
113
Etapas da Investigação
Científica
Após a determinação do tema-problema da pesquisa o passo seguinte consiste
no levantamento bibliográ co. Isso tem início nos textos básicos (revistas,
enciclopédias e dicionários da área, no caso, jurídica e outros), propiciando uma
primeira aproximação de você aluno(a) ao tema proposto. Posteriormente,
consultam-se textos especializados (fontes jurídicas: doutrinas, jurisprudência,
legislação e outros), e se aprofunda a análise.
114
Finalmente, você deve ater-se à construção lógica do trabalho, ou seja, a
sequência organizada das ideias e conclusões, pois o receptor-leitor não
participou das etapas anteriores da elaboração do trabalho e não tem o nível de
conhecimento do emissor-autor relativo ao tema em questão. Para que a
mensagem seja recebida em sua totalidade o texto deve ser inteligível.
Pelo exposto, caro(a) aluno(a), entende-se que você deve estar atento(a) à
compreensão de seu texto. A nal, você escreveu para transmitir uma
mensagem, não é? Portanto, esta mensagem deve estar compreensível, caso
contrário seu texto será apenas para completar requisitos de seu curso. Situação
lamentável!!
Neste sentido, sua atenção também é necessária para outras questões que,
aparentemente, podem ser apenas detalhes, mas NÃO SÃO!!!
Para você saber: o autor de um texto cientí co deve estar atento(a) ao equilíbrio
das várias partes do texto. Imagine uma introdução de cinco páginas e um
desenvolvimento (corpo do trabalho) com seis páginas. Outro exemplo de
desequilíbrio: uma bibliogra a de 15 páginas para um trabalho de 10 páginas.
Comumente, uma introdução tem de uma a três páginas; o desenvolvimento
ocupa de 10 a 60 páginas; a conclusão tem em média de uma a seis páginas e a
bibliogra a 20 a 50 obras. Evidentemente ela pode ser maior ou menor,
mantendo-se sempre, porém, a proporção. (HENRIQUE; MEDEIROS, 2008, p.
198).
115
Quanto à escolha do tema?
Ao escolher o tema de seu trabalho cientí co, seja ele de graduação, mestrado
ou doutorado, você deve estar atento(a) à sua disponibilidade de tempo, tanto
pro ssional como acadêmico, como também observar se a metodologia adotada
poderá ser realizada no período regular de seu curso. Entrevistas ou aplicação
de questionários são excelentes técnicas de pesquisa, mas somente se o tempo
disponível permitir. Temos que ser realistas!
Ainda sobre a escolha do tema, o importante é você se apaixonar por ele. Todo
pesquisador procura algo a ser desvendado, aquele tema que gostaria de saber
mais, aprender mais, ou seja, um tema que lhe desperte a vontade de pesquisar,
de ler, questionar, ler novamente e buscar outras ideias.
Se não houver paixão pelo tema seu trabalho de pesquisa será uma tortura, e
você vai exercer forçosamente as atividades de pesquisa.
116
Quando você nem imagina o que investigar em seu trabalho:
117
feitas e a linguagem sentimental. O estilo do texto será
determinado pela natureza do raciocínio especí co às várias
áreas do saber em que se situa o trabalho. (SEVERINO, 2002,
p. 84).
Pois bem, ao registrar suas descobertas cientí cas, você deve estar atento(a) à
redação e a disposição dos parágrafos, pois um desequilíbrio da extensão dos
parágrafos no decorrer do texto pode comprometer o entendimento do texto e
tornar a leitura um desgastante desa o ao leitor.
118
percebe-se assim a insegurança de quem assim escreve.
Neste caso é como se as ideias e as proposições a ela
correspondentes tivessem as mesmas funções, a mesma
relevância no desenvolvimento do discurso e como se este
não tivesse articulações. (SEVERINO, 2016, p. 164).
119
12
Artigo Científico:
Orientações Básicas
Caro(a) aluno(a): não basta a produção do conhecimento, é preciso disseminar
suas descobertas, torná-las públicas à comunidade cientí ca. Uma das formas de
disseminação de sua pesquisa é a publicação em revistas especializadas, ou
melhor, quali cadas.
Para publicação de um artigo cientí co, convém consultar seu qualis, ou seja,
uma pontuação de nida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES), para indicar a qualidade dos periódicos (revistas
especializadas) dos cursos de pós-graduação. Por meio de um conjunto de
procedimentos, pelo qual são avaliadas algumas condições como número de
artigos por edição, periodicidade e outros fatores, a CAPES distribui os
periódicos por meio de estratos, indicando seu nível de excelência dentre os
demais.
121
Artigo cientí co pode ser de nido como um texto, de certa forma sucinto, dos
resultados de uma investigação ou de estudos acadêmicos realizados sobre
determinado tema. Constitui uma forma rápida de disseminação em periódicos
especializados (impressos ou eletrônicos), e seu referencial é composto por
discussões polêmicas da atualidade ou resgate teórico de questões já
trabalhadas anteriormente, dependendo do tipo de pesquisa que foi realizada.
122
Estrutura de um artigo
científico
Todo escrito representa um esforço mental para desenvolver uma temática com
base em postulados cientí cos, portanto, tal esforço não deve ser ignorado.
Desde que pautado em rigoroso processo metodológico, todo trabalho cientí co
representa valiosa contribuição para o meio acadêmico ou pro ssional.
De uma forma geral, com relação à estrutura, podemos de nir artigo cientí co
da seguinte forma:
123
Título
Não é incomum uma atenção inadequada ao título de um artigo cientí co, mas o
autor deve considerar que o título é um “cartão de visita” para seu escrito e
representa a indicação precisa do conteúdo que o leitor encontrará durante a
leitura, portanto, deve ser objetivo e conciso.
Nome(s) do autor(es)
Segundo a NBR 6022 (ABNT, 2018a, p. 7), autor(es) são “Pessoa(s) física(s)
responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de um
documento”. Admite-se coautoria, desde que efetivamente tenha contribuído
com o artigo e, da mesma forma, seja responsável por seu conteúdo.
124
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Referências
125
Apresentação gráfica
126
Modelo de artigo
científico
127
RESUMO: o resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as
conclusões do documento. Deve ser composto de uma sequência de frases
concisas e a rmativas e não de enumeração de tópicos. Não é admitido o
uso de citações, grá cos ou equações. Recomenda-se o uso de parágrafo
único. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular.
Extensão de 100 a 250 palavras NBR 6028/2003.
PALAVRAS-CHAVE: as palavras-chave devem gurar logo abaixo do
resumo, antecedidas da expressão Palavras-chave: Três palavras-chave
separadas entre si por ponto e nalizadas também por ponto.
INTRODUÇÃO: parte inicial do artigo, em que devem constar a delimitação
do assunto tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementos
necessários para situar o tema do artigo. Caixa alta, recuo à esquerda e
negrito. NBR 6022/2018.
DESENVOLVIMENTO: parte principal do artigo, que contém a exposição
ordenada e pormenorizada do assunto tratado. Divide-se em seções e
subseções, conforme a NBR 6024, que variam em função da abordagem do
tema e do método. NBR 6022/2018.
CONCLUSÃO: parte nal do artigo, na qual se apresentam as conclusões
correspondentes aos objetivos e hipóteses. NBR 6022/2018.
REFERÊNCIAS: elemento obrigatório, elaborado conforme a NBR 6023.
Somente as obras citadas no texto. Em ordem alfabética.
128
Observações gerais:
129
Do exposto até aqui, caro(a) aluno(a), você já percebeu que o ambiente
acadêmico proporciona diferentes instrumentos para a efetivação do
aprendizado, dentre eles, a produção do conhecimento cientí co.
130
13
Projeto de Pesquisa –
Apresentação Gráfica
Nesta aula, vamos tratar do Projeto de Pesquisa, mas para tanto, convém
inicialmente de nir o que é Projeto de Pesquisa. Neste sentido, Severino (2016,
p. 138-139) traz importantes considerações:
132
Normas Técnicas (ABNT).
133
Seguindo os elementos dispostos pela NBR 15287, abaixo estão alguns modelos
para a apresentação grá ca do projeto de pesquisa, seguidos de considerações
quando necessário.
134
Parte externa
Capa (obrigatório) e lombada (opcional)
Percebeu que há uma indicação de que a lombada é opcional, não é? Sabe por
quê?
135
Parte interna
Elementos pré-textuais
Resumo e Sumário
Ainda ao redigir, atentar para uma sequência de frases a rmativas. Deve-se usar
o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. (ABNT, 2003c).
136
Redigir na terceira pessoa do singular torna seu trabalho mais acadêmico e
cientí co.
Vamos ao modelo:
137
Quanto à sua extensão, os resumos devem ter:
138
Elementos textuais
Tema problema
139
Percebeu a interessante dica dos autores citados acima? De nir o objetivo é
investigar as causas ou os efeitos do problema ajuda muito na delimitação do
seu objeto. Você também pode investigar as causas e efeitos, ou seja, quais as
causas do desemprego durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e
quais seus efeitos.
140
Hipóteses (obrigatório)
HIPÓTESES
141
Figura 1 | Fonte: Fonte aqui Disponível aqui
Objetivos (obrigatório)
142
geral. Enquanto o objetivo geral busca de nir uma meta
para o trabalho como um todo, os objetivos especí cos
estão voltados ao atendimento de questões mais
particulares da pesquisa.
ATENÇÃO!
Jamais confunda o objetivo com o problema da pesquisa,
apesar de haver uma certa proximidade entre ambos. Com
o objetivo pretendemos sempre esclarecer, veri car,
examinar alguma coisa, objeto, lei, dentro de determinados
parâmetros. O problema é a motivação da pesquisa, ou seja,
é a pergunta ou perguntas que queremos responder com a
nossa pesquisa.
OBJETIVO GERAL
143
OBJETIVO ESPECÍFICOS
144
Neste momento apresentam-se os motivos, as razões que
ensejaram a pesquisa, o estágio atual da problemática
envolvida e o interesse na sua investigação. Justi ca-se o
interesse de pesquisar o objeto na forma que está
propondo o autor do trabalho.
Na justi cativa devemos utilizar todos os argumentos
indispensáveis para 'vendermos o nosso peixe'. Devemos
demonstrar a necessidade e a importância da pesquisa.
145
Referencial teórico
Lembrando novamente que convêm utilizar o bom senso ao trabalhar com estes
recursos, pois o excesso de citações poderá acarretar uma impressão
equivocada sobre o pesquisador, ou seja, seu empobrecimento argumentativo.
Um texto de cinco páginas com 20 citações demonstra que quase não houve
argumentação do autor. Isso transforma o trabalho em um mero chamento.
Metodologia (obrigatório)
Neste momento, você deve indicar qual metodologia será utilizada para
desenvolver sua investigação. Como vimos anteriormente (aulas 4 e 5), você
de ne se adotará o método dedutivo ou indutivo, por exemplo, se utilizará
146
pesquisa teórica ou prática ou então se você fará a aplicação de questionários ou
entrevistas.
Cronograma (obrigatório)
Pois bem caro(a) aluno(a), já falamos sobre a questão do tempo disponível para
pesquisa, não é? Agora vamos organizar este tempo e distribuí-lo entre as
diferentes etapas da pesquisa:
147
O cronograma deverá prever o tempo necessário para a
consecução de cada etapa da pesquisa: para localizar o
material; para ler; para char; para entrevistar; para colher
dados estatísticos; para redigir cada parte da estrutura nal
do trabalho; para fazer as revisões recomendadas pelo
orientador, se for o caso; para correção do português; para
formatação (estética) do trabalho, e assim por diante.
(MEZZAROBA; MONTEIRO, 2014, p. 2017. Grifo do autor).
Referências (obrigatório)
Nas referências, você deve inserir apenas as obras que foram citadas em seu
projeto de pesquisa, principalmente na etapa do referencial teórico.
Lembrando:
148
REFERÊNCIAS – Obras citadas pelas citações diretas ou indiretas.
149
14
Apresentação Gráfica
Monografia de Graduação
– TCC – Parte 1
Aos autores, cabe a responsabilidade pela apresentação grá ca de uma
monogra a de conclusão de curso, assim como do projeto de pesquisa, desde
que esteja em concordância com as normas da ABNT. O modelo aqui
apresentado baseia-se nas normas técnicas estabelecidas pela NBR 14724/2011
– Informação e documentação – Trabalhos Acadêmicos – Apresentação.
151
As orientações básicas quanto ao formato do papel e tipo de fonte utilizada no
TCC são as mesmas apresentadas para o Projeto de Pesquisa.
152
Modelo de errata.
153
Modelo de folha de rosto
Imagine uma situação em que você vai defender sua monogra a perante uma
banca examinadora, condição de algumas instituições de ensino superior para
conclusão da graduação, mestrado e doutorado. Feitas todas as revisões, você
entregou a versão nal para ser submetida à avaliação e na leitura nal
percebeu algum equívoco de datas ou outra informação que vai alterar o sentido
da frase.
Neste caso, você pode utilizar a opção da errata, que deverá ser entregue aos
membros da banca antes do início do processo de defesa.
154
Modelo de folha de aprovação (obrigatório)
155
los por duas ou três páginas.
Agora vamos falar da epígrafe: trata-se do texto em que o autor apresenta uma
citação, seguida de indicação de autoria, relacionada com a matéria tratada no
corpo do trabalho.
Sabe aquela passagem de efeito escrita por um autor de renome em sua área?
Pois bem, isto é uma epígrafe.
Pode ser colocada em folha separada (fonte 11, espaçamento simples, recuo de
quatro centímetros da margem esquerda e inserida no terço nal da folha) ou
após o título do capítulo (fonte 11, espaçamento simples, recuo de quatro
centímetros da margem esquerda e situada no terço inicial da folha).
156
Segundo a NBR 6028/2003, os resumos devem ressaltar os objetivos, métodos e
os possíveis resultados, ainda que parciais, que o tema proposto pretende
alcançar.
Deve-se evitar o uso de tabelas, grá cos e citações. A sua extensão deverá
compreender 150 a 500 palavras.
157
Modelo de Lista de tabelas e de abreviaturas.
158
Em trabalhos de conclusão de cursos, recomenda-se não exceder a sessão
terciária, mas, quando necessário, proceder da seguinte forma:
159
15
Apresentação Gráfica
Monografia de Graduação
– TCC – Parte 2
Dando continuidade à apresentação grá ca da monogra a de conclusão de
curso, nesta aula vamos tratar dos elementos textuais, o chamado “miolo” do
trabalho, principalmente o desenvolvimento, pois sua investigação será
desenvolvida com o auxílio de obras de terceiros, por meio das citações diretas
ou indiretas.
Introdução (obrigatório)
Modelo de Introdução
161
constituído de mais de um volume deve ser mantida uma
única sequência de numeração das folhas do primeiro ao
último volume. Havendo apêndice ou anexo, as suas folhas
devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação
deve dar seguimento à do texto principal. (ABNT, 2011a, p.
7).
Embora pareça algo sem sentido, a introdução deverá ser elaborada juntamente
à conclusão, ao nal de sua investigação.
Desenvolvimento (obrigatório)
162
Conclusão (obrigatório)
Modelo de Conclusão.
Referências (obrigatório)
163
Apêndice, anexo e índice (opcionais)
164
Modelo de Apêndice e Anexo.
Índice
Modelo de índice.
165
Relativo à inclusão de anexos e apêndices, observe o que os autores salientam:
166
Chegamos ao nal da apresentação grá ca de sua investigação cientí ca,
lembrando, mais uma vez, que as normas de apresentação grá ca de seu
trabalho não são meros detalhes. A adoção das normas trabalhadas durante
nossas aulas são de extrema importância não somente para sua monogra a de
conclusão de curso, mas também deverá ser observada nas demais atividades
acadêmicas desenvolvidas durante sua formação.
Quem é o orientador?
167
Há uma interpretação equivocada da relação estabelecida entre o orientador e o
orientando, pois é muito comum o aluno car esperando que o orientador trace
todo seu caminho de investigação.
168
16
Trabalhos Acadêmicos
da Graduação
Agora chegou o momento de tratarmos das demais atividades cientí cas
desenvolvidas durante sua formação acadêmica. É importante ressaltar que as
normas técnicas trabalhadas nas aulas anteriores deverão ser aplicadas também
aos trabalhos didáticos.
Certamente não será possível uma análise completa destas atividades, pois há
um número expressivo de trabalhos cientí cos que podem ser solicitados
durante seu curso, mas vamos trabalhar os principais.
Vamos lá?
Resumos
Primeiro ponto a considerar: resumo não é uma miniatura do texto, ou seja, uma
extração das questões centrais utilizando as palavras do autor, veremos adiante
que isto é um dos tipos de resenha.
170
a. de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos [Trabalho de Conclusão
de Curso, TCC, Dissertações e Teses] e relatórios.
b. de 100 a 250 palavras os de artigos de periódicos;
c. de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.
Com base nas orientações gerais da ABNT para resumos didáticos, vamos
considerar alguns formatos especí cos.
A participação em eventos cientí cos faz parte da vida acadêmica e deve ser
considerado um dos requisitos principais para a conclusão. As atividades de
iniciação cientí ca, além de agregar conhecimentos especí cos ao saber
adquirido no decorrer do curso, propicia uma valorização de seu currículo.
Por ter uma natureza mais sucinta, no resumo simples não há inclusão de
citações, grá cos, tabelas ou ilustrações.
171
Modelo de Resumo simples
172
Resumo expandido.
Resenhas
173
Ainda segundo Filomeno (2016) podemos relatar três tipos de resenhas:
Resenha crítico-informativa
Relativo aos comentários sobre a obra, convém destacar que algumas resenhas
trazem na sequência da exposição do conteúdo da obra, ou seja, você pode fazer
os comentários intercalando com o conteúdo. Ou então no nal da exposição do
conteúdo, como consta no modelo 3.
Ao tratar dos aspectos positivos, você pode “destacar a contribuição que o texto
traz para determinados setores da cultura, sua qualidade cientí ca, literária ou
losó ca, sua originalidade, etc.; negativamente explicitar as falhas, incoerências
e limitações do texto.” (SEVERINO, 2016, p. 217).
174
Mas lembre-se somente da obra que você está resenhando, nunca de outras
obras. Neste ponto, há uma consideração de extrema importância: crítica não
signi ca ataque pessoal ao autor, mas diz respeito à obra que está sendo
realizada a resenha.
Ensaio teórico
Neste documento, há uma maior liberdade do autor para expor suas opiniões,
defender sua posição com relação à discussão sem a necessidade de
fundamentar teoricamente por meio de um acervo teórico. Mas, neste caso, a
sólida formação intelectual do autor tem papel decisivo:
O fato de o ensaio conferir maior liberdade ao autor faz com que seja um dos
instrumentos mais utilizados no meio acadêmico, principalmente para atividades
com caráter avaliativo.
Fichamentos
175
Se o material estiver compilado de forma competente, não
haverá necessidade de retornar às obras consultadas, e o
pesquisador estará pronto para promover sua re exão
sobre as informações chadas com muita segurança,
determinando o sucesso do resultado do seu esforço.
(MEZZAROBA; MONTEIRO, 2014, p. 268, grifo do autor).
Vamos aos tipos de chamentos; não todos, mas aqueles que possam ser úteis
em sua vida acadêmica. São eles:
Este tipo de cha é muito útil para anotações de exposição, seja presencial ou on
line. Ao assistir a uma aula, por exemplo, você pode fazer anotações dos pontos
centrais e depois transcrever para as chas com complemento teórico, ou seja,
com base em seus estudos. Observe o modelo abaixo:
176
Ficha de aula
(Autoria da cha)
Ficha destaque
O uso destas chas é muito útil para redação de sua investigação cientí ca, pois
constitui um resumo com fundamento teórico que você pode inserir em seu
texto nal. O que não descarta sua utilização durante seus anos de estudo no
ensino superior, pois é uma forma bastante produtiva de organizar suas leituras.
Neste tipo de chas, você deve transcrever as principais passagens de sua leitura
por meio das citações, sejam diretas ou indiretas, mas sempre com os elementos
obrigatórios que já estudamos anteriormente (nas aulas 7 e 8), como autoria,
ano e página. Vamos ao modelo:
177
Ficha destaque
(Autoria da cha)
Fichas temáticas
Com a utilização das chas temáticas, você pode organizar seus estudos por
determinados temas. Por exemplo, considerando tipos de sociedade como tema,
você pode reunir em uma única cha diferentes obras que tratam deste tema.
178
Ficha temática
(Autoria da cha)
179
Conclusão
Caro(a) aluno(a), chegamos ao nal da disciplina de Metodologia da Pesquisa
Cientí ca. Durante as atividades propostas pelo livro da disciplina, você percebeu
que foram apresentados instrumentos que irão acompanhá-lo durante sua
trajetória no ensino superior.
Lembrando que as normas técnicas não são apenas detalhes, mas uma
ferramenta essencial à conclusão de seus objetivos. Não somente na academia, as
normas são também necessárias em sua vida, em seu cotidiano.
Boas pesquisas!
180
Material Complementar
Livro
Editora: Perspectiva
Livro
Livro
181
Filme
Ano: 2008
Filme
O Nome da Rosa
Ano: 1996
182
Web
Acesse o link
Web
Acesse o link
183
Referências
ABNT. NBR 6022: Informação e documentação – Artigo em publicação periódica
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