HAS (Anamnese - E.F - Exames)
HAS (Anamnese - E.F - Exames)
HAS (Anamnese - E.F - Exames)
HIPERTENSÃO MASCARADA:
Quando os níveis de PA estão normais no consultório mas no domicilio da pessoa está alterada. Não é muito comum,
mas garante um risco maior de lesão no órgão alvo e uma maior chance de eventos cardiovasculares. Fatores como
idade, sexo, IMC, estresse, tabagismo ou abuso de álcool estão frequentemente relacionados à presença de HM. O
manejo desse paciente deve ser relacionado com a quantificação do risco cardiovascular.
HISTÓRIA CLÍNICA:
B. História atual:
• Participação em atividades de grupo da UBS, modificações realizadas no modo de viver, dúvidas, dificuldades
encontradas;
• Uso de medicamentos prescritos, suplementos alimentares, fitoterapia, fórmulas magistrais, reações adversas;
• Presença de comorbidades e outras disfunções: sintomas de doença arterial coronária: sinais e sintomas sugestivos
de insuficiência cardíaca; doença vascular encefálica; doença arterial periférica; doença renal; diabetes mellitus;
indícios de hipertensão secundária; gota.
C. Investigação sobre diversos aparelhos e fatores de risco: dislipidemia, tabagismo, sobrepeso e obesidade,
sedentarismo, perda de peso características do sono, função sexual, doença pulmonar obstrutiva crônica.
D. História pregressa:
• História sugestiva de complicações crônicas - gota, doença arterial coronária, insuficiência cardíaca;
• História vacinal;
• Infertilidade;
• Alterações no peso.
G. Avaliação dietética incluindo: consumo de sal, bebidas alcoólicas, gordura saturada e cafeína.
H. Consumo de medicamentos ou drogas que podem elevar a pressão arterial ou interferir em seu tratamento
(corticoesteróides, anti-inflamatórios, anorexígenos, anti-depressivos, hormônios).
I. Atividade física;
EXAME FÍSICO:
O exame físico deve ser minucioso, buscando sinais sugestivos de lesões de órgãos-alvo e de hipertensão
secundária. Os dados relevantes do exame físico dirigido ao paciente hipertenso, tanto na avaliação inicial quanto no
seguimento, são:
• Medida da PA;
• Avaliação nutricional: obtenção de peso e altura para cálculo do índice de massa corporal e aferição do perímetro
da cintura.
• Pescoço: palpação e ausculta das artérias carótidas, verificação de turgescência jugular e palpação de tireóide;
• Exame do precórdio: ictus sugestivo de hipertrofia ou dilatação do ventrículo esquerdo; arritmias; 3ª bulha, que
sinaliza disfunção sistólica do ventrículo esquerdo; ou 4ª bulha, que sinaliza presença de disfunção diastólica do
ventrículo esquerdo; hiperfonese de 2ª bulha em foco aórtico, além de sopros nos focos mitral e aórtico;
• Exame do abdome: massas abdominais indicativas de rins policísticos, hidronefrose, tumores e aneurismas.
Identificação de sopros abdominais na aorta e nas artérias renais;
• Extremidades: palpação de pulsos braquiais, radiais, femorais, tibiais posteriores e pediosos. A diminuição da
amplitude ou retardo do pulso das artérias femorais sugerem coarctação da aorta ou doença arterial periférica;
• Avaliação de edema;
• Exame de fundo do olho: identificar estreitamento arteriolar, cruzamentos arteriovenosos patológicos, hemorragias,
exsudatos e papiledema. O exame de fundo de olho deve ser sempre feito ou solicitado na primeira avaliação, em
especial, em pacientes com hipertensão arterial sistêmica (HAS) estágio 3, que apresentam diabetes ou lesão em
órgãos-alvo.
OBS: É recomentado que seja feita a aferição sentado e em posição ortostática, pelo menos na primeira consulta, em
idosos, diabéticos, pacientes com disautonomias, alcoólicos e que usam anti-hipertensivos
É necessário que o paciente esteja em repouso de 5 a 10 minutos, em um ambiente calmo. O paciente não pode
estar com a bexiga cheia, ou tenha praticado algum exerciciso físico recentemente (60-90 minuots) e não tenha
ingerido álcool, café ou alimentos e nem tenha fumado nos 30 minutos anteriores. O paciente deve manter as
descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. Sobre o manguito não deve ter roupas.
O braço deve estar posicionado na altura do coração e o cotovelo ligeiramente fletido. Centralizar o meio da parte
compressiva do manguito sobre a artéria braquial. Estimar o nível de PA sistólica (palpar o pulso radial e inflar o
manguito até o seu desaparecimento, desinflar rapidamente e aguardar 1 minuto antes da medida). Palpar a artéria
braquial na fossa cubital e colocar a campânula do estetoscópio sem compressão excessiva. Inflar rapidamente até
ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PA sistólica. Proceder à deflação lentamente. E Determinar a PA
sistólica na ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares, e, após,
aumentar ligeiramente a velocidade de deflação. Determinar a PA diastólica no desaparecimento do som (fase V de
Korotkoff);
AFERIR A PA EM IDOSOS:
AFERIR A PA EM GESTANTES:
- Posição sentada
AFERIR A PA EM OBESOS:
- Manguitos maiores
-A pessoa deve estar em pé, ereta, com abdome relaxado, braços estendidos ao longo do corpo e pés separados
numa distância de 25 a 30 cm;
- Passar uma fita métrica horizontalmente na linha média entre a extremidade da última costela e a crista ilíaca (osso
do quadril), ao redor do abdome, e mantê-la de tal forma que permaneça paralela ao chão. Geralmente a fita passa
pela cicatriz umbilical.
(MACC)
AVALIAÇÃO LABORATORIAL:
-Hipertensos que possuem suspeita dessa hipertrofia, disfunção sistólica e diastólica ou doença arterial
coronariana
- Radiografia de tórax – recomendada para pacientes com suspeita clínica de insuficiência cardíaca, quando os
demais exames não estão disponíveis, e para avaliação de acometimento pulmonar e de aorta;
-Ecocardiograma: hipertensos estágios 1 e 2 sem hipertrofia ventricular esquerda ao ECG, mas com dois ou mais
fatores de risco; hipertensos com suspeita clínica de insuficiência cardíaca;
- Microalbuminúria: pacientes hipertensos diabéticos, hipertensos com síndrome metabólica e hipertensos com dois
ou mais fatores de risco; ( exame indica lesão no rim pois é encontrado proteínas na urina)
- Ultrassom de carótida: pacientes com sopro carotídeo, com sinais de doença cerebrovascular, ou com doença
aterosclerótica em outros territórios;
- Teste ergométrico: pacientes com três ou mais fatores de risco, diabetes, lesão em órgão-alvo ou cardiopatia,
sempre antes de iniciar exercício físico de moderada intensidade;
- Hemoglobina glicada: na impossibilidade de realizar hemoglobina glicada, sugere-se a realização do teste oral de
tolerância à glicose em pacientes com glicemia de jejum entre 100 e 126 mg/dl;
- Investigação de hipertensão secundária, quando indicada pela história, pelo exame físico ou pela avaliação
laboratorial inicial