Introdução A Filosofia
Introdução A Filosofia
Introdução A Filosofia
Introdução à Filosofia
Livro Eletrônico
Filosofia
Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
Sumário
Apresentação e Metodologia....................................................................................................................................3
Introdução à Filosofia....................................................................................................................................................5
1. História da Filosofia - Instrumentos de Pesquisa. ....................................................................................5
1.1. Introdução à Filosofia da Ciência...................................................................................................................17
1.2. Introdução à Filosofia da Cultura. . ................................................................................................................19
1.3. Introdução à Filosofia da Arte........................................................................................................................21
1.4. O Intelecto – O Empirismo e Criticismo.................................................................................................... 24
1.5. Democracia e Justiça...........................................................................................................................................27
1.6. Direitos Humanos..................................................................................................................................................30
Questões de Concurso................................................................................................................................................33
Gabarito...............................................................................................................................................................................44
Questões Comentadas.. ..............................................................................................................................................45
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
Apresentação e Metodologia
Olá, querido(a) estudante, tudo bem?
Iniciarei nossa conversa afirmando que é um enorme prazer poder contribuir para a reali-
zação de um sonho que também já compartilhei: a aprovação em um concurso. Como sabe-
mos, o funcionalismo público é o objetivo de grande parte dos cidadãos(as) brasileiros(as) e
podemos enumerar vários motivos para tal fator como, dentre outros, motivações econômicas,
busca por estabilidade profissional/financeira e, porque não, realização pessoal?! Dessa forma,
por se tratar de um objetivo compartilhado por um grande número de pessoas, existe uma
ampla concorrência para a ocupação das respectivas vagas e é justamente nesse sentido
que buscarei dar minha contribuição.
Como visto, possuo formação em Filosofia, assunto que sempre chamou minha atenção
e uma área pela qual, desde os tempos de estudante da educação básica, nutro uma enorme
paixão. Profissionalmente, atuo há oito anos (rede pública e privada de ensino) e buscarei,
nas páginas a seguir, demonstrar a importância da Filosofia, bem como sua aplicabilidade,
seu desenvolvimento histórico e a parte que – sendo sincero – seja a que talvez mais lhe inte-
resse nesse contexto: o conhecimento técnico e formal; para que você não encontre maiores
dificuldades no certame que se aproxima.
O serviço público implica uma série de responsabilidades segmentadas em diversos setores,
e, portanto, é uma injustiça atribuir suas mazelas apenas àqueles(as) que estão inseridos no
mesmo. Parto desse pressuposto, pois a educação pública fez parte de toda minha formação
básica e atribuo à mesma algumas de minhas realizações pessoais e meu sucesso profissio-
nal. Tive o privilégio de encontrar grandes mestres na escola pública e é a realização de um
sonho poder retribuir com o meu trabalho tamanha gratidão. Espero, portanto, que, mesmo
atuando em áreas distintas da qual atuo, você alcance seu objetivo e tenha consciência da
responsabilidade que lhe será implicada.
Quando o estudo é individualizado, por meio de pesquisa, resolução de exercício, leitura
etc., nós o executamos como uma espécie de monólogo, tendo o autor como detentor do co-
nhecimento inquestionável. Contudo, não é essa a proposta da aula a seguir, pois a Filosofia
implica necessariamente o questionamento, a dúvida, a curiosidade e também a busca pela
veracidade das informações que nos são transmitidas.
Assim, aproveitarei a experiência que possuo em sala de aula e as dúvidas que nela
surgem, para que possamos desenvolver, na medida do possível, uma atividade dialogada.
É respondendo às suas dúvidas que seu aprendizado será desenvolvido e memorizado da
melhor maneira possível. Durante a aula, você encontrará algumas questões comentadas,
tais questões serão reforçadas numa lista de exercício com gabarito e demais comentários
ao final. Aproveite para testar seu entendimento.
O estudo é uma tarefa que exige bastante disciplina, autocontrole, administração do tempo
e uma enorme responsabilidade consigo mesmo. Desejo a você, estudante, sucesso nesse
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Introdução à Filosofia
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processo e em sua finalidade; tenha em mente que nossas conquistas são precedidas de al-
guns esforços e abdicações. Vamos juntos nessa caminhada.
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Introdução à Filosofia
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INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
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Introdução à Filosofia
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Imagem de Zeus em Mármore, Século II – Museu Britânico; Deus dos deuses, do trovão e da ordem.
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
Pelo fato do conhecimento humano ser evolutivo, a banca pode usar isso para confundir os
candidatos. Um tipo de conhecimento pode substituir o outro, mas isso não implica necessa-
riamente num fim; o conhecimento filosófico não significará o fim do mitológico, assim como
o conhecimento científico não representará o fim do filosófico. Fique atento(a).
ESQUEMA:
Conhecimento Mitológico Conhecimento Filosófico
– Não possui sistematização racional; – Requer sistematização racional;
– Ilógico; – É Lógico;
– Possui caráter religioso; – Não possui caráter religioso;
– Baseia-se na fé. – Baseia-se na razão.
Mas, professor, se a Filosofia buscou explicações mais fundamentadas, por que seu de-
senvolvimento não implicou o fim da mitologia?
A resposta é simples caríssimo(a) estudante, as pessoas não costumam reagir bem quan-
do sua fé é colocada à prova, certo?! Os deuses da mitologia eram cultuados, idolatrados e
seguidos. Não foram raras as vezes que o desenvolvimento da Filosofia encontrou resistência
e foi visto como um simples ato de blasfêmia. Pessoas foram perseguidas, tiveram obras
destruídas, recuaram com suas reflexões e até mesmo morreram, ao longo de toda a nossa
história (não só da Filosofia), buscando uma evolução para o conhecimento humano.
Se partirmos das características do conhecimento filosófico como tal, torna-se difícil uma
definição de datas, locais e pessoas que deram o pontapé inicial para seu desenvolvimento,
mas a História da Filosofia, assim como a História de um modo geral, se fundamenta em re-
gistros e tais registros vão nos mostrar que a Filosofia ocidental surgiu na Grécia Antiga por
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Introdução à Filosofia
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volta século VII a.C com o filósofo Tales de Mileto (Mileto corresponde à cidade de Tales – o
local era uma maneira de diferenciar os pensadores na época), conhecido como o primeiro
pensador a indagar racionalmente o universo. Portanto, problematizando ou não, o nascimento
do saber filosófico relaciona-o com a Grécia, pois não lhe faltarão fundamentos teóricos para
uma possível resposta sobre o surgimento da Filosofia.
O PULO DO GATO
A criação do termo FILOSOFIA é atribuída a Pitágoras – isso mesmo, o mesmo que você estudou
nas aulas de Matemática – e é uma junção de duas palavras gregas: Philo = Amor; e Sophia
= Sabedoria. Portanto, Filosofia significa amizade/amor à sabedoria e o filósofo é aquele que
direciona seu intelecto na construção do conhecimento, aquele que ama a sabedoria. Lindo,
não é mesmo?!
Esse período inicial da Filosofia é conhecido como FILOSOFIA ANTIGA, e podemos dividi-la
em três momentos: o pré-socrático, o clássico e o pós-socrático (outros autores o dividem em
até quatro, acrescentando aí o período Greco-Romano; como as características referentes ao
conhecimento filosófico permanecem próximas, simplificaremos em Pré, Socrática – Clássica
– e Pós-Socrática). É importantíssimo que você compreenda a diferença entre tais momentos.
Lembre-se de que o que vai definir um filósofo como pré ou pós-socrático ou de períodos distin-
tos, não é propriamente uma ordenação cronológica, o momento em que ele viveu, mas sim as
características de suas reflexões, que irão se relacionar com as características de algum período
específico, como veremos nas páginas que estão por vir.
Seria de uma redundância sem tamanho você caracterizar o período pré-socrático como
aquele que antecede a existência de Sócrates e o pós como o período posterior a ele, apenas.
A Filosofia pré-socrática é marcada pela tentativa de compreensão da natureza (que antes era
respondida por meio da Mitologia, NÃO SE PERCA) e pela busca de um princípio original, algo
que tenha dado início a tudo – compreende-se a substância original como ARCHÉ (Princípio).
Por estarem voltados à natureza, os pré-socráticos são conhecidos também como naturalistas
ou filósofos da natureza. Cosmologia – investigação acerca da origem do universo/mundo.
Uma das maiores discussões acerca da origem do universo foi protagonizada pelos filóso-
fos Heráclito (535 – 475 a.C) e Parmênides (530 – 460 a.C), discussão essa que se estendeu
entre outros filósofos e períodos da Filosofia. Ao afirmar que “é impossível nos banharmos
duas vezes no mesmo rio”, Heráclito defendia a ideia de um mundo em movimento constan-
te, o que ele vai denominar como Devir (constante transformação), as coisas não são, estão
sendo; para ele, essa transformação que faz com que as coisas existam e também deixem
de existir, portanto, é o princípio de tudo. Já Parmênides parte da ideia de que as coisas não
podem ser e não ser ao mesmo tempo (SER = único, imóvel, estático e permanente), ou seja,
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para Parmênides, as coisas possuem uma essência, denominada por ele como Ser, e é essa
essência que dá origem às coisas, sendo, portanto, o princípio.
Exemplo: para Heráclito, o dia está em constante transformação para se tornar noite, assim como
o quente está em constante transformação para se tornar frio, vice-versa (mundo transitório).
Já para Parmênides, o dia é o dia e a noite é a noite, assim como o quente é o quente e o frio é o
frio, as coisas possuem sua essência; aquilo que não é não pode ser afirmado (mundo estático).
Para Tales de Mileto, tido como o primeiro filósofo grego do qual se tem notícia, como
visto, “a água é o elemento primordial de todas as coisas”. Ou seja, o filósofo defendia a ideia
de que a substância original, o princípio (arché) era água, por se tratar de um elemento indis-
pensável para a criação, manutenção e até mesmo de decomposição.
Diversas teorias surgiram acerca da origem do mundo/universo nesse período da Filosofia
(pré-socrática), daí o motivo de sua caracterização enquanto naturalista. É IMPORTANTE des-
tacar que existiam os filósofos monistas (defendiam uma substância enquanto original) e os
filósofos pluralistas (defendiam que várias substâncias em conjunto, davam origem a tudo).
Já o período clássico é marcado pela presença de figuras como Sócrates, Platão e Aristóteles,
que viam a Filosofia como uma ferramenta para que a verdade fosse alcançada e a relacionavam
com valores de ética e virtudes; diferente dos Sofistas, que viam o encadeamento lógico do ra-
ciocínio como um instrumento de persuasão. No decorrer da história da Filosofia, o termo Sofista
adquiriu um tom pejorativo, pois, diferente dos clássicos, eles cobravam por seus ensinamentos.
Porém, por andarem em várias cidades, utilizando o conhecimento como um instrumento de so-
brevivência, os Sofistas foram responsáveis pela propagação do conhecimento filosófico.
A ruptura do período pré para o pós-socrático é caracterizada principalmente pelo objeto
de investigação da Filosofia, ou seja, se antes as indagações filosóficas estavam direciona-
das à compreensão dos fenômenos naturais e do princípio, a Filosofia pós-socrática se volta
para a compreensão das relações sociais e do próprio homem; entretanto, a ferramenta para
a compreensão da natureza ou do homem continua a mesma: a razão.
O método socrático é conhecido como Maiêutica, que significa: parto de ideias. Tal método
consistia num diálogo crítico entre interlocutores, em que Sócrates, por meio de perguntas e
sem afirmações diretas, buscava levar seu interlocutor à contradição. Dessa forma, o interlo-
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cutor observaria uma falha no seu raciocínio, buscando reconstruir seu pensamento, “dando
luz” às novas ideias.
“Só sei que nada sei” é uma expressão socrática que objetiva demonstrar que se reconhe-
cer como ignorante lhe coloca em vantagem sobre aquele que acha que domina o conheci-
mento. Tal reconhecimento lhe permitirá a busca pela sabedoria, diferente daquele que acha
que já sabe.
Algumas afirmações que antecedem a questão podem lhe auxiliar nessa resposta. Vimos que
a Filosofia pós-socrática coloca o homem como objeto de estudo (o que se relaciona com o
“conhecer-te a ti mesmo”) e vimos que o método socrático se desenvolvia sem afirmações,
apenas com perguntas (ironia) com o objetivo de levar o interlocutor à contradição; assim, o
conhecimento emana da própria pessoa ao buscar reconstruir seu pensamento. Daí o termo:
Maiêutica. Portanto, a alternativa correta é a letra c. A alternativa d pode lhe confundir um pouco,
todavia, Sócrates não levanta dúvidas acerca do que seu interlocutor afirma, ele demonstra que,
por conta das contradições, tais afirmações são falhas. Esteja atento(a) aos detalhes.
Letra c.
O desfecho da vida de Sócrates é descrito por Platão em sua obra Apologia a Sócrates.
Resumidamente, trata-se de um livro escrito em forma de diálogo, que retrata um episódio
específico da vida de Sócrates, seu julgamento após uma série de acusações. Sócrates faz
sua própria defesa e utiliza a refutação como estratégia, demonstrando, em vários momentos,
as contradições e falhas nos argumentos de seus acusadores. No entanto, a estratégia de
Sócrates não traz o resultado esperado e Sócrates é condenado à morte. Porém, o filósofo
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tinha a opção de negar seus ensinamentos e viver no exílio para se livrar de sua pena. Sócrates
considera que aceitar a proposta seria uma confissão de culpa e prefere a própria morte que
viver como um estrangeiro no exílio. Sua morte se deu por meio de envenenamento – cálice
de cicuta.
Quadro Escola de Atenas: Rafael (1510-1512) A pintura propõe um encontro entre pensadores
da Antiguidade.
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Filosofia Antiga
PRÉ-SOCRÁTICA PÓS-SOCRÁTICA
– Cosmogonia; – Antropocentrismo (homem no centro);
– Naturalismo; – Compreensão das relações sociais
– Substância Original: o Arché. e do próprio homem;
-Ferramenta de investigação: – Ferramenta de investigação:
Razão. Razão.
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humano) é uma das maiores discussões da Filosofia Moderna; dividindo-a, em grande parte,
entre filósofos racionalistas e empiristas – o que será detalhado nos tópicos que seguirão
no decorrer das aulas.
PRINCIPAIS PENSADORES MODERNOS: René Descartes; John Locke; Nicolau Maquiavel;
Montaigne etc.
MEMORIZE:
• FILOSOFIA ANTIGA (RAZÃO);
• FILOSOFIA MEDIEVAL (FÉ);
• FILOSOFIA MODERNA (REVALORIZAÇÃO DA RAZÃO).
Todavia, como você já deve ter ouvido por aí, “o tempo não para” e outras formas de conheci-
mento – além do mitológico e filosófico, que já esmiuçamos por aqui – se desenvolveram e, cada
um ao seu modo, tenta explicar o mundo. Como, por exemplo, o conhecimento de senso comum,
tão antigo quanto o mitológico e o filosófico.
Conhecimento de senso comum: tipo de conhecimento compartilhado por um grande
número de pessoas; não passa por questionamentos e não é submetido a comprovações;
conhecimento prático e desenvolvido a partir de experiências cotidianas.
Exemplo: você pode associar um tempo nublado à chuva. No entanto, ao fazer tal ligação, você
continua sem compreender o que ocasiona a chuva e pode se equivocar, pois não são todas as
vezes que o tempo nublado ocasiona em chuva.
Nessa constante fluidez do tempo, se desenvolve o conhecimento científico (falaremos
mais sobre suas propriedades nas páginas seguintes), que passa a ser visto como um tipo
de conhecimento mais seguro, o que mais se aproxima da verdade e que, assim como o co-
nhecimento filosófico, busca respostas para o mundo, para a natureza, para nós, enquanto
seres vivos e sociais etc. É nesse período de valorização do conhecimento científico que
se desenvolve o que chamamos de FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA. Mas, não se engane; a
Filosofia ainda tem sua aplicabilidade, mesmo inserida num mundo que supervaloriza o co-
nhecimento científico.
Pois é, professor. Chegamos ao ponto que eu queria e que me deixa intrigado. Parece-me
uma perda de tempo enorme estudar e compreender a Filosofia, tendo em vista que a socie-
dade atual valoriza apenas o conhecimento científico, não concorda?!
Discordo categoricamente e explicarei o motivo. Afinal, seria uma incoerência enorme da minha
parte não enxergar utilidade na Filosofia no mundo moderno e me debruçar sobre a compreensão
e propagação da mesma, concorda?! Mas tal colocação é de uma enorme validade e mais comum
do que você imagina. Não a vejo como uma crítica negativa à Filosofia, pelo contrário, está exata-
mente nesse ponto o entendimento sobre a aplicabilidade da Filosofia em nossas vidas no mundo
contemporâneo.
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Veja bem, a ciência – com toda a sua magnitude, complexidade e excelência – ainda não
respondeu questões próprias da existência humana, como o idealismo, a própria sociedade
pós-capitalismo com seus problemas e desigualdades etc. Além disso, algumas verdades
tidas como científicas, perderam sua validade ou foram substituídas com o decorrer do tem-
po. Podemos também questionar a própria metodologia de pesquisa e desenvolvimento de
teses científicas, quem o fará? A própria ciência? Não! E é aí que vemos o desenvolvimento
e a importância da Filosofia, caro(a) estudante. Ou seja, o objeto de estudo da Filosofia Con-
temporânea é a própria humanidade.
Ao iniciarmos nossa conversa sobre Filosofia Contemporânea, vimos que ela se refere às ques-
tões próprias da humanidade e isso torna a coisa bastante abrangente, correto? Perceba que
várias alternativas parecem correta justamente por esse motivo; no entanto, estão erradas por
limitarem à uma abordagem (ou falta dela – como a alternativa a) específica. Nesse sentido,
a alternativa correta é a letra e, pois leva em consideração o aumento do leque filosófico sem
descartar assuntos anteriormente discutidos. Perceba como a banca tenta confundir o(a) can-
didato(a), não caia nessa.
Letra e.
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RESUMINDO...
ANTIGA MÉDIA MODERNA CONTEMPORÂNEA
– Pré e pós Socrática; – Patrística e Escolás- – Discussão – Compreensão da
– Naturalismo e Antro- tica; Epistemológica – Existência humana;
pocentrismo; – Teocentrismo; Conhecimento Humano; – Existencialismo;
– Referencial de Conhe- – Referencial de – Antropocentrismo – Razão;
cimento: Conhecimento: FÉ. – Revalorização da Razão. – Materialismo.
RAZÃO.
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cimento científico também é dividido em áreas, como a Física, Biologia, Química, Matemática,
Sociologia etc.
ESQUEMA:
Refutável Passível de questionamento.
Verificável Passível de confirmação.
Defensável Passível de sustentação.
Karl Popper (1902-1994) foi um filósofo que defendeu a ideia de que, para ser considerada
científica, uma teoria deve ser falseável, o que significa que pode ser refutada, questionada, ou
seja, nada impede uma possível revisão e reformulação.
Thomas Kuhn (1922-1996) trata o conhecimento científico como um processo histórico
e desconexo. Ou seja, a ciência é cumulativa e gera rupturas com suposições anteriores, o
que Kuhn denomina enquanto revolução científica.
Peter Singer (1946) é um filósofo que, ao tratar do especismo (discriminação moral con-
tra certos seres por serem de determinada espécie), faz, por consequência, uma dura crítica
à metodologia científica que recorre à utilização de animais como cobaias para que deter-
minadas “verdades” sejam alcançadas em benefício da espécie humana, que se coloca em
sobreposição às demais espécies.
Portanto, é nesse sentido que Filosofia e Ciência se relacionam. As ponderações filosóficas
levantam uma espécie de preocupação quanto à utilização do conhecimento científico como
única maneira do saber humano, sendo supervalorizado e utilizado como critério indubitável
de verdade. Perceba que tudo o que lhe foi dito acerca da relação entre Ciência e Filosofia e os
filósofos apresentados nesse contexto correspondem a um momento específico da História
da Filosofia, que você viu anteriormente, a Filosofia Contemporânea.
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NATURAL CULTURAL
– Não necessita de intervenção – Só existe a partir da intervenção humana.
humana para sua existência.
Se analisarmos uma construção que utilizamos como abrigo, como, por exemplo, nossas
próprias casas, percebemos que ela é feita a partir da utilização de uma série de recursos
naturais. Transformamos o barro em tijolos, transformamos madeira em móveis, a energia
que dá o funcionamento para nossos eletros também é criada a partir de recursos naturais,
enfim, dependemos de uma série de recursos naturais e transformamos algo que é natural
em cultural, transformamos a natureza para o nosso próprio benefício e, ao fazermos isso,
estamos produzindo cultura. Ou seja, somos seres culturais, independentemente do local ou
do povo no qual estejamos inseridos.
Mas, professor, nesse sentido, posso definir alguns animais como seres culturais também.
Por exemplo, o Castor intervém na natureza para represar água, o João de Barro intervém na
natureza para construir sua casa. Concorda?
Bela observação! Todavia, a diferença é que nosso conhecimento é transitório e evolutivo,
está lembrado(a)? E essa característica, que tanto repetimos aqui, vai refletir nesse aspecto
cultural. O que estou querendo dizer com isso, meu(minha) amigo(a), é que, se você investigar
como um João de Barro construía sua casa há mil anos, como um Castor constrói sua represa
há muitos anos, você não encontrará diferenças na forma em que esses animais constroem
hoje e, nós, pelo contrário, evoluímos constantemente; a forma como construímos nossas
casas mudou nos últimos mil, cem, cinquenta anos que seja. A evolução é uma constante na
história da humanidade.
A própria ideia acerca de definição da Cultura passa por processos transitórios ao longo
da História. No século XIII, o termo relacionava-se com o cultivo da terra, até mesmo pela
definição etimológica da palavra (Do latim Colere = Ato ou modo de cultivo). No século XIV,
o termo passa a ter um significado de ação/transformação. A partir do século XVIII, trata-se
cultura num sentido figurado, ou seja, seguido de um complemento, por exemplo: cultura
de massa. No Iluminismo, trata-se cultura como a soma de saberes que são desenvolvidos,
memorizados, transmitidos e aperfeiçoados.
As reflexões filosóficas destacam o fato de que a as culturas se desenvolvem a partir de
suas respectivas necessidades. Ou seja, não podemos analisar uma cultura distinta da nossa
a partir do nosso ponto de vista; isso já foi fator motivador de vários conflitos, quando, por
algum motivo, determinada cultura se julga superior ou mais evoluída que outras. O ideal é
que estejamos inseridos na cultura que se investiga. Costumamos valorizar aquilo que faz
parte do nosso cotidiano, pois enxergamos suas utilidades e nos tornamos dependentes des-
sas criações, como, por exemplo, as criações tecnológicas (entendendo por Tecnologia tudo
o que é criado para facilitar a vida humana, diferente de modernidade). E o que faz parte do
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nosso dia a dia, dependendo da cultura – já que, além da distinção temporal, existe a distinção
local – não terá aplicabilidade alguma.
Outras mudanças que podemos observar de acordo com a cultura, são os juízos morais
– nossas ideias e imposições acerca do certo e do errado. Além das diferenças regionais,
tais mudanças podem ser vistas também com o tempo, e é muito provável que algo que
causasse um espanto para uma ou duas gerações anteriores à sua, seja visto por você com
muita naturalidade.
Filosofia e Cultura são assuntos que estão diretamente relacionados. Basta que você
observe a cultura Grega Antiga e relacione suas características com as características da
Filosofia daquela época. Observe a cultura medieval e o pensamento filosófico da época.
Analise a transição da cultura medieval para a moderna e veja como isso refletirá na Filosofia.
Portanto, História, Filosofia e Cultura são assuntos interligados.
Não se esqueça: NÃO existe uma Cultura, o que existem são Culturas!
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Filosofia
Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
A palavra estética – que vemos nos outdoors, propagandas e que tanto relacionamos com
os padrões e procedimentos de beleza – vem do grego “aisthetiké” e pode ser traduzida como
“aquilo que é perceptível”, ou seja, aquilo que percebemos por meio dos nossos sentidos. Em
outras palavras, aquilo que agrada os sentidos e entendemos como Belo. Enquanto disciplina
filosófica, a estética tem como principal objeto de estudo a obra de arte. Assim, da mesma
forma que fazemos juízos morais, juízos de valores, também somos capazes e costumamos
fazer juízo estético acerca das coisas; porém, não existe unanimidade quando o assunto é
uma definição para a o Belo. Alguns filósofos defendem a beleza como algo subjetivo (você
achar ou não algo belo) e outros filósofos defendem a beleza como algo objetivo (uma coisa
é ou não é bela).
Você deve ter em mente sempre a característica problematizadora e investigativa da Fi-
losofia e com a Filosofia da Arte não é diferente. Ela não vai se limitar à abordagem estética
de uma obra de arte (seja ela cênica ou plástica), mas também investiga suas características
que a diferenciam da técnica, se ela possui ou não caráter de entretenimento, possui ou não
responsabilidade social, se pode ou não ser apropriada, se é produzida ou não com finalidade
pré-definidas.
Não é necessário muito esforço para que você compreenda a arte (seja em forma de pin-
turas, esculturas, músicas, filmes, poemas etc.) como um meio de transmissão de alguma
mensagem, como, por exemplo, uma mensagem de cunho político, crítica a padrões estabe-
lecidos, dentre outros.
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Filosofia
Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
Desde a Antiguidade, alguns filósofos, como Platão, debruçaram suas reflexões para nossa
ideia de beleza e da própria arte. O filósofo nos traz uma perspectiva negativa da arte, pois,
segundo ele, existem dois mundos: o inteligível (ideal) e o sensível (percebido pelos sentidos).
Para Platão, o mundo perfeito é o inteligível, permanente, enquanto o mundo sensível é tran-
sitório e múltiplo, apenas uma cópia do mundo ideal. A arte, por sua vez, segundo Platãol, é
uma reprodução do mundo sensível, ou seja, uma cópia da cópia.
A distinção entre mundo inteligível e mundo sensível pode ser compreendida com uma breve
análise do Mito da Caverna de Platão. Resumidamente, o mito conta a história de prisioneiros
que sempre viveram acorrentados numa caverna, de costas para a saída. Esses prisioneiros só
enxergavam, no fundo da caverna, sombras daquilo que passava do lado de fora. Por terem visto
apenas essas sombras a vida toda, tinham elas como verdadeiras. Até que um dia, um prisio-
neiro consegue se libertar e vai em direção à saída da caverna; lá chegando, descobre que as
sombras que ele via eram apenas uma reprodução do mundo real, uma cópia. Ao retornar para
avisar os demais prisioneiros do erro que eles viviam, o fugitivo encontra certa resistência dos
demais, que não queriam negar algo que tiveram contato por toda a vida. O mito faz alusão ao
filósofo que busca sair da caverna – mundo sensível – em direção ao conhecimento – mundo
inteligível.
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
num fenômeno em que os bens de valor cultural são produzidos em grande escala e tornam-se
bens de valor econômico. Você já deve ter visto a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, obra desta-
cada acima, de óculos, estampando camisas, bermudas, capas de discos e de cadernos etc. E
qual o objetivo disso? Venda e, por consequência, LUCRO. Mas, para que a venda aconteça de
uma forma satisfatória, é necessário que haja um investimento em publicidade, aí está a relação
entre a Indústria Cultural e os meios de comunicação.
Adorno, portanto, vai fazer uma análise negativa do processo de industrialização da cul-
tura, pois, segundo ele, ao investir na publicidade e nas propagandas em alta velocidade, a
Indústria Cultural não permite que os indivíduos façam uma análise crítica sobre a real neces-
sidade do consumo, pois ver o consumo como uma “oportunidade” o afasta de sua relação
com a necessidade de adquirirmos algo. Assim, temos o que fica conhecido como Cultura
de Massa, um fenômeno no qual os hábitos, o consumo e até mesmo o gosto das pessoas
ficam cada vez mais próximos e padronizados. Já o filósofo Walter Benjamim (1892– 1940)
parte do pressuposto de que essa mesma reprodução artística em larga escala não tem uma
característica necessariamente negativa, pois a arte deixa de ser algo direcionado a um grupo
específico, tornando-se mais acessível por consequência.
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
O PULO DO GATO
Diferente dos filósofos empiristas, os racionalistas defendiam a ideia de que o conhecimento
humano advém da razão, pois as informações transmitidas pelos sentidos podem ser enga-
nosas e nos conduzirem ao erro. Compreender esse debate é importante para a continuidade
sobre o conceito do criticismo.
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
Ao tratarmos sobre o criticismo kantiano, vimos que ele busca uma superação da dicotomia
entre os filósofos racionalistas e empiristas, e, dessa forma, trata-se de uma análise quanto à
capacidade de desenvolvimento do conhecimento humano, ou seja, a alternativa correta é a d.
Portanto, algumas alternativas podem lhe confundir, como a b, que trata sobre “as diferenças da
razão”, tal diferenciação já é explícita em Kant, todavia, o que ele quer é estabelecer seu papel
no conhecimento humano. Buscar uma superação entre debates anteriores remete à ideia de
que Kant critica outros autores; assim, a alternativa e pode lhe parecer correta, mas, vimos que
a questão epistemológica é predominante no período moderno, não no medieval. Não deixe
que a banca examinadora lhe conduza ao erro.
Letra d.
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
de cidadão, que mudou muito ao longo da história, permita-me dizer: ainda bem! Na Grécia Antiga,
não eram considerados cidadãos estrangeiros, menores de 21 anos, escravos e mulheres. Assim,
as decisões eram tomadas “democraticamente” em reuniões que se davam na ágora (praça), mas
não eram todos que estavam ou eram considerados habilitados para as respectivas decisões.
Você se recorda que Sócrates, como retratou Platão em Apologia a Sócrates, preferiu a
morte ao exílio? Ou seja, seria considerado um estrangeiro e não participaria das decisões
de sua terra natal, o exílio era visto como uma grande desonra.
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
Não mesmo, mas a colocação é válida. O próprio voto é uma participação, não concorda?
Temos também a ação direta, o plebiscito e o referendo, que são maneiras de intervenção e
consulta popular.
NÃO SE ESQUEÇA!
PLEBISCITO REFERENDO
– Consulta popular que antecede a – Consulta popular posterior à criação
criação de uma lei. de uma lei.
Curiosidade: Platão é um dos pensadores que fazem duras críticas ao modelo governamen-
tal democrático, tendo em vista que seu mestre foi “democraticamente” e de maneira injusta
condenado à morte, pois seu julgamento se deu em forma de júri. Portanto, para Platão, as
pessoas são diferentes e devem exercer funções sociais diferentes, propondo uma sociedade
dividida em classes; aqueles que produziam, os responsáveis pela defesa (militares) e aqueles
que governariam, no caso, os sábios – filósofos. Para Platão, não são todas as pessoas que
são capacitadas para participar das decisões de cunho político, ficando claro seu posiciona-
mento contrário ao modelo político democrático.
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razões tão desprezíveis quanto as primeiras; por exemplo, o ódio puro contra grupos étnicos
diferentes. Mesmo que as guerras sejam, por si só, consideradas fatos desumanos, elas ainda
acontecem e, quando declaradas, são expostos seus motivos.
Exemplos: Guerra entre EUA e Iraque 2003 (motivação utilizada como justificativa: destruição
das armas químicas do Iraque); Guerra entre EUA e Afeganistão em 2001 (motivação utilizada
como justificativa: combate ao terrorismo).
Ou seja, mesmo que surjam teorias desmentindo ou que desqualifiquem tais “justificativas”,
uma guerra, quando formalmente declarada, não acontece por si só, ela é resultado da falta
de diálogo aparente entre as partes interessadas, um fracasso entre mediadores, o último
estágio de todas as tentativas de acordo.
Foi justamente após a Segunda Guerra Mundial, para que tantas atrocidades e violência
contra a própria natureza humana não fossem repetidas – como o Holocausto – que a ideia
de Direitos Humanos foi desenvolvida. Portanto, a Declaração Universal dos Direitos Huma-
nos foi criada em 1945 – Organização das Nações Unidas (ONU) – e tem como um dos seus
principais objetivos proporcionar e mediar o diálogo para que conflitos de natureza política,
econômica e até mesmo cultural não aconteça entre os países.
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
mos; tenha em mente no que eles consistem e, principalmente, quais são os seus objetivos.
Opiniões alheias e pré-julgamentos não serão de muita ajuda nesse momento.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos não pode ser vista e pensada como algo
que visa a benefícios particulares. Trata-se da criação de valores universais e que não são
passíveis de negociação, visam ao direito mútuo em detrimento de privilégios voltados a
determinados grupos.
Aqui, encerramos nossa primeira aula; tenho procurado ser claro e objetivo nas definições
históricas e conceituais. Ao final, memorize os esquemas e resumos de cada tópico. Melhor
ainda(!), procure fazer seus próprios esquemas de memorização e mapeamento mental, lem-
bre-se de que estamos falando de uma evolução cronológica do pensamento humano; é uma
corrente, não perca um elo dela. A seguir, seguirão algumas questões para que você teste sua
compreensão do conteúdo até aqui trabalhado.
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
QUESTÕES DE CONCURSO
002. (QUESTÃO INÉDITA) Acerca do conhecimento mitológico, marque a alternativa que
demonstra corretamente algumas de suas características:
a) Requer sistematização lógica.
b) Requer fundamentação racional.
c) Possui caráter religioso.
d) Requer comprovação.
e) É pautado em bases científicas.
003. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre o nascimento da Filosofia, marque a incorreta:
a) Representa o fim da mitologia.
b) Representa o desenvolvimento de um conhecimento fundamentado na razão.
c) A transição de tipos distintos de conhecimento.
d) Busca de compreensão racional do mundo.
e) A valorização da razão enquanto instrumento de conhecimento.
004. (QUESTÃO INÉDITA) Qual a ferramenta para o desenvolvimento do conhecimento hu-
mano na Filosofia antiga?
a) Fé.
b) Mitologia.
c) Ciência.
d) Razão.
e) Todas.
005. (FILOSOFIA/NÍVEL MÉDIO/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/BOMBEIRO
MILITAR MT/FUNCAB/2014) O século XVIII é conhecido como o Século das Luzes. É o
tempo do Iluminismo. Segundo a ética iluminista:
a) as normas da ação moral do homem são estabelecidas pela razão.
b) o agir moral é agir de acordo com os apetites e desejos naturais.
c) o ser moral e o ser religioso são inseparáveis.
d) os valores morais são relativos aos costumes dos povos.
e) a vida virtuosa do homem consiste em aceitar com passividade o destino e o sofrimento.
006. (FILOSOFIA/NÍVEL MÉDIO/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/BOMBEIRO
MILITAR MT/FUNCAB/2014) O cristianismo introduziu novos valores e princípios éticos
na vida dos povos. Uma das ideias fundamentais da ética cristã é a de que:
a) as “intenções invisíveis” não são julgadas moralmente, já que o dever moral se refere as
ações visíveis.
b) a virtude humana compreende a força, a bravura e a tenacidade.
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
c) os seres humanos são naturalmente virtuosos e capazes de fazer o bem ao próximo por
vontade consciente.
d) a virtude é a obrigação de cumprir os mandamentos ou ditames da razão.
e) a virtude se define tão somente pela relação entre indivíduos de um mesmo país ou região.
007. (QUESTÃO INÉDITA) Quais momentos dividem a Filosofia Antiga?
a) Patrística e Escolástica.
b) Média e Moderna.
c) Moderna e Contemporânea.
d) a.C e d.C.
e) Pré e pós-socrática.
008. (QUESTÃO INÉDITA) Qual a principal característica da Filosofia pré-socrática?
a) Teocentrismo.
b) Naturalismo.
c) Antropocentrismo.
d) Criticismo.
e) Dogmatismo.
009. (QUESTÃO INÉDITA) Qual a principal característica da Filosofia pós-socrática?
a) Teocentrismo.
b) Naturalismo.
c) Criticismo.
d) Antropocentrismo.
e) Dogmatismo.
010. (QUESTÃO INÉDITA) Para os gregos antigos, o mito era um discurso pronunciado para
pessoas que acreditam ser verdadeira a narrativa apresentada. Os cantores ambulantes da-
vam forma poética aos relatos populares e os recitavam de cor em praça pública. Sobre a
mitologia, é incorreto afirmar-se que:
a) O mito desenvolvia o conhecimento racional do ouvinte.
b) O mito era considerado uma narrativa sagrada.
c) A narrativa mítica trazia sabedoria sobre o universo humano, mesmo que em caráter religioso.
d) No mito, o conhecimento racional não se sobrepõe ao elemento fantástico.
011. (INSTITUTO FEDERAL–RS/2010) Os filósofos pré-socráticos lançaram questões cen-
trais sobre o problema do ser, do conhecer e da origem da natureza, do Universo. Parmênides
e Heráclito são duas referências importantes nesse início da filosofia ocidental que ocorreu
na Grécia Antiga entre os séculos VII e V a.C. Qual é a principal diferença na forma de pensar
entre Heráclito e Parmênides?
a) Heráclito é dialético, e Parmênides é analítico.
b) Heráclito é platônico, e Parmênides é aristotélico.
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039. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a transição do período pré para o pós-socrático, marque
a correta:
a) O naturalismo é substituído pelo antropocentrismo.
b) O teocentrismo é substituído pelo naturalismo.
c) O dogmatismo é substituído pelo criticismo.
d) O antropocentrismo é substituído pelo teocentrismo.
040. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a transição do período antigo para o medieval, marque
a correta:
a) A razão foi revalorizada.
b) O antropocentrismo foi substituído pelo teocentrismo.
c) A fé é subordinada à razão.
d) O homem se vê como construtor de conhecimento.
e) Filosofia e Igreja são desvinculadas.
041. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a transição do período medieval para o moderno marque a
incorreta:
a) A razão foi revalorizada.
b) O antropocentrismo foi substituído pelo teocentrismo.
c) A razão se sobrepõe à fé.
d) O homem novamente se vê como construtor de conhecimento.
e) Filosofia e Igreja são desvinculadas.
042. (QUESTÃO INÉDITA) Numa perspectiva etimológica, qual definição pode ser dada ao
termo Democracia?
a) Pode de um Soberano.
b) Poder ao Rei.
c) Poder do Povo.
d) Poder de um grupo.
e) Poder de Um.
043. (QUESTÃO INÉDITA) A ideia que temos de Democracia no mundo atual é resultado de
um processo longo e transitório. Tal ideia se desenvolve na Grécia Antiga onde aqueles que
eram considerados cidadãos tomavam as decisões de interesse coletivo. Assim marque a
alternativa que aponta aqueles que não eram considerados cidadãos:
a) Mulheres.
b) Escravos.
c) Estrangeiros.
d) Menores de 21 anos.
e) Todas as alternativas
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044. (QUESTÃO INÉDITA) Marque a alternativa que demonstra corretamente quais são as
maneiras de participação popular dentro de um regime de Democracia Representativa.
a) Ação Direta.
b) Voto.
c) Plebiscito.
d) Referendo.
e) Todas as alternativas.
045. (QUESTÃO INÉDITA) Qual o modelo democrático exercido na atualidade no Brasil?
Marque a correta:
a) Democracia Direta.
b) Democracia Indicativa.
c) Democracia Classista.
d) Democracia Representativa.
e) Todas as alternativas anteriores.
046. (QUESTÃO INÉDITA) São objetivos da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
a) Promover a segregação étnica.
b) Promover a separação política entre os países.
c) Mediar relações comerciais.
d) Defender direitos dos seres humanos enquanto tais e mediar conflitos.
e) Todas as alternativas.
047. (PROFESSOR DE FILOSOFIA/PREFEITURA DE SÃO PAULO/FUNDAÇÃO CARLOS
CHAGAS/2007) A irrefutabilidade não é uma virtude, como frequentemente se pensa, mas
um vício. K. Popper.
A partir do trecho acima, é correto afirmar que, para Popper, as teorias:
a) Só podem ser consideradas científicas se tomadas como modelos analógicos sem valor ou
pretensão de verdade.
b) Só podem ser consideradas científicas depois de confirmadas por pelo menos um tes-
te metódico.
c) Só podem ser consideradas científicas quando enunciam conjecturas cujas implicações ou
consequências sejam passíveis de refutação através de testes.
d) Científicas constituem modelos – ou paradigmas – cuja correspondência com a realidade
empírica não é possível verificar.
e) Científicas constituem um conjunto de hipóteses verificadas e aceitas como verdades históricas.
048. (PROFESSOR DE FILOSOFIA/PREFEITURA DE SÃO PAULO/FUNDAÇÃO CARLOS CHA-
GAS 2007) De fato, é no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu,
constituiu-se e formou-se.
Essa frase de Vernant é uma síntese de sua tese, segundo a qual:
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GABARITO
1. c 37. e
2. a 38. a
3. d 39. b
4. a 40. b
5. a 41. c
6. e 42. e
7. b 43. e
8. d 44. d
9. a 45. d
10. d 46. c
11. d 47. b
12. a 48. b
13. d 49. e
14. d 50. a
15. c
16. b
17. a
18. d
19. c
20. c
21. d
22. b
23. e
24. a
25. a
26. a
27. b
28. e
29. b
30. e
31. e
32. c
33. b
34. d
35. c
36. e
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QUESTÕES COMENTADAS
002. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre o nascimento da Filosofia, marque a incorreta:
a) Representa o fim da mitologia.
b) Representa o desenvolvimento de um conhecimento fundamentado na razão.
c) A transição de tipos distintos de conhecimento.
d) Busca de compreensão racional do mundo.
e) A valorização da razão enquanto instrumento de conhecimento.
Mesmo que o nascimento do conhecimento filosófico tenha representado uma quebra de para-
digma, muita atenção às questões que tentem colocá-lo em sobreposição à mitologia. Trata-se
de um processo transitório.
Letra a.
Uma memorização acerca das características de cada momento é uma ótima ferramenta para
a interpretação das questões. Nesse sentido, associe Filosofia medieval à valorização da fé e
à sua relação com o Clero.
Letra a.
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A alternativa e pode lhe confundir, mas memorize que os pré-socráticos buscam compreender
uma substância que tenha dado origem a tudo, não nossa ação, como, no exemplo, “o banho”.
Letra d.
Não confunda o conceito de Filosofia com sua aplicação em determinada área, como “Filosofia
da Ciência”, por exemplo. A curiosidade e o espanto são características que iniciam o pensar
filosófico.
Letra a.
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O senso comum associa Filosofia ao nome Sócrates, lembre-se de que existe a Filosofia pré-so-
crática para não se enganar quando utilizarem erroneamente Sócrates como o primeiro filósofo.
Letra d.
Questão que, além do conhecimento na área, exige atenção. Perceba que o comando solicita
que seja marcada a alternativa incorreta, porém, todas estão corretas, exceto a alternativa e,
que afirma que as anteriores estão incorretas.
Letra e.
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Filosofia
Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
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Filosofia
Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
Mesmo que você não memorize todos os conceitos discutidos, uma associação lógica de ter-
mos pode lhe auxiliar na resolução de uma questão. Indústria remete à produção, que, por sua
vez, objetiva o lucro.
Letra c.
Lembre-se de que o ser humano é, dentre outras características, um ser cultural. Portanto,
qualquer questão ou alternativa que coloque a cultural como algo específico de determinado
grupo, desconsidere.
Letra c.
038. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a transição do período pré para o pós-socrático, marque
a correta:
a) O naturalismo é substituído pelo antropocentrismo.
b) O teocentrismo é substituído pelo naturalismo.
c) O dogmatismo é substituído pelo criticismo.
d) O antropocentrismo é substituído pelo teocentrismo.
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Filosofia
Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
c) Democracia Classista.
d) Democracia Representativa.
e) Todas as alternativas anteriores.
Lembre-se do fato de que a Democracia iniciada na Grécia Antiga se tornou inviável para o de-
senvolvimento histórico, pois, além de mudanças geográficas e populacionais, o conceito de
cidadão é modificado no decorrer do tempo. Portanto, exercemos um modelo democrático em
que nossos representantes políticos são eleitos para mandatos provisórios.
Letra d.
045. (QUESTÃO INÉDITA) São objetivos da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
a) Promover a segregação étnica.
b) Promover a separação política entre os países.
c) Mediar relações comerciais.
d) Defender direitos dos seres humanos enquanto tais e mediar conflitos.
e) Todas as alternativas.
Quanto a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tenha em mente que se trata do conjunto
de direitos do ser humano enquanto tal, não algo de um povo ou para beneficiar grupos específi-
cos. Todos nós, enquanto humanos, possuímos os direitos previstos por tal Declaração. Letra d.
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Introdução à Filosofia
Júlio Amaro
Uma memorização que pode lhe auxiliar nas questões que envolvem Filosofia da Ciência é a
problematização que é feita acerca da supervalorização que é dada ao conhecimento científico,
o enxergando como algo inquestionável.
Letra c.
049. (QUESTÃO INÉDITA) Além de racional é correto afirmar que o ser humano é um ser
cultural, pois:
a) Desenvolve hábitos e costumes.
b) Desenvolve conhecimento em relação com outros povos.
c) Intervém na natureza.
d) Transforma a natureza para benefício próprio.
e) Todas as alternativas anteriores.
Lembre-se de que, aos falarmos de cultura, a abordagem é a mais diversificada possível; daí
tamanha generalização apontando todas as alternativas enquanto corretas.
Letra e.
050. (QUESTÃO INÉDITA) Ao tratar da discriminação moral contra determinados seres por
pertencerem a uma espécie específica, o filósofo Peter Singer sugere, por exemplo, uma
crítica à metodologia científica que recorre aos testes em animais para fins humanos. Tal
discriminação fica conhecida como:
a) Especismo.
b) Criticismo.
c) Dogmatismo.
d) Expansionismo.
e) Empirismo.
Esteja atento aos termos dos enunciados e relacione-os com as alternativas. Especismo é uma
derivação da palavra Espécie.
Letra a.
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Júlio Amaro
Professor de Cursinho para Concursos, Possui graduação em Filosofia pelo Instituto de Ensino Superior do
Centro Oeste (2010). Tem experiência na área de Filosofia, com regência nos níveis fundamental, médio e
superior. Pós graduado em Docência do Ensino Superior e Gestão & Orientação Educacional, exercendo re-
gência de Ciências Sociais, Sociologia e Filosofia para o os respectivos níveis de ensino, preparatórios para
concursos e vestibulares. Em atual exercício pela Secretaria de Educação do Distrito Federal e Universidades
Planalto do Distrito Federal - UNIPLAN.
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