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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO EUGÊNIO CARLOS STIELER-TANGARÁ DA SERRA


FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, BIOLÓGICAS,
ENGENHARIA E DA SAÚDE – FACABES
BACHARELADO EM AGRONOMIA
ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA

RELATÓRIO AULA PRÁTICA


PREPARO DE CALDAS PARA CONTROLE DE PRAGAS

Atividade avaliativa apresentada ao


docente Marcus Vinicius Gonçalves Lima,
como parte das exigências avaliativas
semestral referente à disciplina de
Entomologia Agrícola

Docente: Marcus Vinicius Gonçalves


Lima

Letícia Martins Bezerra

Thais Coelho

Vinicius Brazão de Souza

Vitor Brazão de Souza

TANGARÁ DA SERRA-MT/BRASIL
JUNHO – 2022
1 INTRODUÇÃO

O ataque de pragas e doenças é um dos maiores problemas enfrentados pelos


horticultores, grandes e pequenos. As plantas podem ser afetadas por vários patógenos e
insetos. A pulverização de agrotóxicos é o método mais utilizado para combater pragas e
doenças vegetais. Mas, além do alto custo desses produtos, a aplicação inadequada pode
contaminar o trabalhador, o próprio alimento e o meio ambiente (COLLARES, 2008).
A produção orgânica visa preservar o meio ambiente e a saúde humana. Diante isso,
busca-se utilizar meios naturais que garantem a produtividade econômica das lavouras sem
causar danos significantes ao solo, à água e à qualidade dos alimentos (ANDRADE, 2001).
Em um sistema orgânico, o controle de doenças e pragas pode e deve ser realizado sem o uso
de agrotóxicos sintéticos, sendo este, o principal contribuinte para contaminação do meio
ambiente e dos alimentos produzidos (ANDRADE, 2001).
O uso de produtos alternativos, que são repelentes, atrativos, inseticida e fungicida,
aliado ao manejo adequado do solo, planta e água, garante a produção de alimentos orgânicos,
sem resíduos tóxicos, além de preservar a saúde do produtor. O controle por peio destas
estratégias não visam eliminar completamente as doenças e pragas, mas sim favorecer um
equilíbrio com seus inimigos naturais (ANDRADE, 2001).
A utilização de caldas naturais, que os próprios agricultores podem aprontar com
produtos caseiros, se torna uma alternativa de baixo custo e segura para combater pragas e
doenças de hortaliças. Existem produtos naturais que podem ser aplicados em cultivos, sendo
menos tóxicos do que os químicos recomendados, como os usam pimenta, tabaco, cebola,
alho, etc (COLLARES, 2008). Mesmo usando produtos naturais, se deve ter cuidado ao
aprontar a calda, como usar luvas, monóculos, calças e aventais. O produto não deve ser
tomado por via oral e mantido fora do alcance de crianças e animais (COLLARES, 2008).

2 OBJETIVOS

Aprender e compreender de forma prática o preparo de caldas inseticidas naturais,


para o controle alternativo de pragas agrícolas.
3 MATERIAL E MÉTODOS

A aula pratica de preparo das caudas inseticidas naturais foi realizado no dia 10 de
maio, no laboratório da UNEMAT. Para a preparação das caldas inseticidas foram necessários
alguns materiais, como garrafas pet de 2 L e 1,5L, água, álcool, alho, pimenta do reino, sabão,
folha de neem (nim), fumo, balança, Becker e coador.

Tabela 1 - Materiais utilizados


Materiais Quantidade
Garrafa pet 5
Alho 40g
Pimenta do reino 40g
Folha de nim 150g
Fumo 60g
Álcool 1500ml
Água 100ml
Sabão 60g
Balança 1
Becker 2
Coador/filtro 1

3.1 CALDA DE PIMENTA DO REINO, ALHO E SABÃO.

Para o preparo desta calda foi utilizado os seguintes ingredientes, 40g de pimenta do
reino em uma proporção de 100g/L, 40g de alho em uma proporção de 100g/L e 50g de sabão
para 1L da mistura. Primeiramente, antes de misturar os ingredientes, foi necessário realizar o
estrato de ambos os ingredientes em recipientes separados. Para o extrato da pimenta do reino,
realizou a trituração com o auxílio de um pistilo e cadinho para reduzir o tamanho das
partículas e garantir maior eficiência e em seguida pesou-se, em uma balança, 40g de pimenta
do reino e fez-se a infusão em 400ml de álcool no recipiente. Para o extrato de alho, realizou a
trituração com o auxílio de um liquidificador e em seguida fez-se a infusão de 40g de alho em
400ml de álcool em outro recipiente. Após esses procedimentos foi necessário aguardar sete
dias, para que a infusão permanecesse em repouso.
Uma semana após o inicio do preparo da calda, foi realizado o preparo da solução de
sabão, sendo dissolvido 50g de sabão em um litro de água quente. Para o preparo da calda, foi
realizado a mistura destes estratos com a solução de sabão, sendo necessário coar os estratos,
com o auxilio de um filtro de papel antes da mistura (Figura 1). A proporção utilizada foi de
200ml de extrato de pimenta do reino para 100ml de extrato de alho, diluídos em um litro de
solução de sabão, deixando em uma garrafa pet de 1,5L (Figura 2). A calda é bastante
concentrada, sendo necessário diluir em 20 litros de água para a utilização em aplicações
pulverizadas, atentando em respeitar o período de carência de cinco dias entre a última
aplicação e a colheita.

Figura 1 - coador utilizado para coar os extratos.

Fonte: Autoria própria

3.2 CALDA DE NEEM (NIM)

Para o preparo da calda de neem (nim), foi utilizado 150g de folhas de nim e 1L de
álcool. Antes do preparo, foi necessário lavar as folhas e retirar qualquer ramo presente,
deixando somente as folhas. Utilizando uma balança, pesou-se 150g de folha de nim e deixou
em infusão em 1L de álcool, em uma garrafa pet (Figura 2). Após sete dias de descanso,
misturou-se este estrato a uma solução de sabão composta por 10g de sabão e 100ml de água,
no qual a proporção da mistura foi de 100ml do estrato de nim para 100ml da solução. Esta
calda é bastante eficiente no controle de pragas, sendo necessário respeitar cinco dias de
carência entre a última aplicação e a colheita.
3.3 CALDA DE FUMO

Para o preparo da calda de fumo, foi utilizado 100ml de álcool e 60g de fumo.
Primeiramente realizou a fragmentação do fumo e colocou em uma garrafa pet contendo
álcool (Figura 2), deixando 24h de descanso em local escuro. Para sua aplicação, é necessário
diluir em solução de sabão com proporção de 200g de sabão para 2L de água. Esta calda é
bastante eficiente no controle de pragas, sendo necessário respeitar 15 dias de carência entre a
última aplicação e a colheita.

Figura 2 - Caldas naturais em garrafa pet. Da esquerda pra direita tem o estrato de alho, extrato de
pimenta do reino, calda de folha de nim, calda de fumo e calda de pimenta do reino, alho e sabão.

Fonte: Autoria própria

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

As caldas tem grande potencial de controle de pragas, porém não foram utilizadas na
pratica. O preparo das caldas foi somente para fins didáticos, afim compreender o processo de
fabricação das mesmas.

5 CONCLUSÃO
Conclui-se que foi possível aprender como fazer caldas naturais de caráter inseticidas,
para utilização em cultivos para o controle de pragas.
REFERÊNCIAS

COLLARES D., Prosa Rural - Alternativas caseiras para o controle de pragas e doenças
das hortaliças, Embrapa Rondônia, 2008. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-
noticias/-/noticia/2441124/prosa-rural---alternativas-caseiras-para-o-controle-de-pragas-e-
doencas-das-hortalicas. Acesso em: 16 de jun de 2022.

ANDRADE, L.N.T.; NUNES. M.U.C. Produtos alternativos para controle de doenças e


pragas em agricultura orgânica. Aracaju: Embrapa-Tabuleiros Costeiros, 2001. 20p.

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