Tênis de Mesa: Esporte Paralímpico
Tênis de Mesa: Esporte Paralímpico
Tênis de Mesa: Esporte Paralímpico
INICIAÇÃO AO
ESPORTE PARALÍMPICO
TÊNIS DE MESA
1
Este manual de Iniciação ao Esporte Paralímpico de tênis de mesa, Seja bem-vindo, ilustre amigo do movimento paralímpico
é um material produzido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, e brasileiro, a este manual de iniciação ao universo do desporto
dirigido pela Academia Paralímpica Brasileira. adaptado. A equipe do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
preparou este compêndio introdutório com o intuito de reforçar
a promoção e aumentar o fomento da prática esportiva para
pessoas com deficiência.
Mizael Conrado
Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro
AUTORES AGRADECIMENTOS
HUGO SUZUKI Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade de fazer
Ex-atleta, professor em escolas e clubes, já parte deste projeto, à minha família por estar sempre junto a mim,
atuou como técnico da seleção Paulista e Uni- e aos meus coordenadores e incentivadores Ramon Pereira, Elza
versitária, integra o quadro de professores da Leão e Filipe Barboza.
Escola de Esportes Paralímpicos desde 2017.
INSTITUICIONAL
Comitê Paralímpico Brasileiro,
Academia Paralímpica.
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SUMÁRIO Exercício 1 - Aquecimento........................................................ 38
Sugestões de atividades ........................................................... 38 Exercício 7 - Controle da bola com colega meia mesa....... 52
6 7
Exercício 8 - Controle de bola no chão ...............................53 Considerações finais ......................................................................... 70
Parte principal............................................................................... 68
Exercício 2 - Relaxamento.............................................................69
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INTRODUÇÃO
O tênis de mesa tem suas origens na metade do século 19,
nasceu como uma brincadeira para os dias em que não era pos-
sível realizar jogos de tênis de campo, ou como uma brincadeira
de forma improvisada. Em solo brasileiro, o tênis de mesa só
chegaria em 1905 graças a turistas ingleses. Já a participação do
tênis de mesa em paralimpíadas acontece desde sua primeira
edição em Roma no ano de 1960, entretanto só tivemos atletas
brasileiros disputando estsa modalidade em 1976 e conquistan-
do a primeira medalha em Pequim 2008. Atualmente já são 6
medalhas, sendo 2 pratas e 3 bronzes, além de uma prata no
mundial disputado na Eslovênia em 2018. Por ser um esporte
bastante abrangente, seus atletas são classificados em 11 classes
diferentes, sendo compostas por cinco classes para cadeirantes,
cinco para andantes e uma para deficientes intelectuais.
11
HISTÓRIA DO
TÊNIS DE MESA
O jogo que se tornou um costume na virada do século possui
suas origens na Inglaterra na metade do século 19, assim como
seus irmãos (tênis de campo e badminton). Ainda que hoje o
esporte seja praticado de forma mais elegante, seus primórdios
apresentam relatos de um jogo mais espontâneo, realizado em
dias de chuva simulando um mini tênis de campo para diversão.
Começou sendo realizado pela alta classe, mas também era feito
por militares e universitários, que utilizavam rolhas como bolas,
livros como rede em cima de uma mesa, e variadas formas para
simular a raquete, até mesmo tampas de caixas de charuto.
Crédito: Divulgação
12 13
PERCUSORES DO
TÊNIS DE MESA
Crédito: Divulgação.
Crédito: Divulgação.
Dois grandes nomes que contribuíram para a difusão do Foto: Atletas na Copa do mundo de 1989.
tênis de mesa são James Gibb e seu vizinho John Jaques.
Gibb, ao retornar de uma de suas viagens do Estados Unidos, Entretanto na mesma velocidade que o esporte cresceu,
trouxe consigo bolas de celuloide que ele acreditava serem ele desapareceu, ficando adormecido por cerca de 18 anos na
úteis para um jogo praticado com raquetes que era bem po- Grã-Bretanha. Parte dessa caída se dá por conta das variadas
pular naquela época. Ao apresentar o jogo a seu vizinho, que regras e instruções criadas para um mesmo jogo. Este cenário
era fabricante de produtos esportivos, este registrou o jogo, muda em 1926 quando é fundada a International Table Tennis
o que ajudou a difundir o até então era conhecido como Federation (ITTF) que oficializa a modalidade, estabelece re-
“pingue-pongue”, nome dado por conta do som que a bola gras oficiais e coordena o esporte a nível mundial (CBTM, 2018;
fazia ao se chocar com a raquete. COB, 2015; NAKASHIMA, 2006).
14 15
TÊNIS DE MESA
NO BRASIL
Foto: Cáudio Kano, atleta brasileiro de pódios (REDE NACIONAL DO ESPORTE, 2016).
grande destaque nos anos 90, com 12
medalhas no Jogos Pan-Americanos.
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QUADRO DE MEDALHAS
ELEGIBILIDADE E
JOGOS PARALÍMPICOS - PEQUIM (2008)
Duplas: Luiz Algacir da Silva e
CLASSIFICAÇÃO
Welder Camargo Knaf
Prata - Classe C3 FUNCIONAL
JOGOS PARALÍMPICOS DO RIO (2016)
Israel Stroh
Prata - Classe C7
Bruna Alexandre
Bronze - Classe C10
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CRITÉRIOS
- Por conta de
ELEGEBILIDADE DO TÊNIS DE MESA PARALÍMPICO lesões no sistema
- Dificuldade para realizar movimentos
intencionais, que normalmente são
nervoso central, claros durante uma classificação.
DEFICIÊNCIA CRITÉRIOS MÍNIMOS - Ataxia
ACOMETIMENTO ataxia gera
ELEGÍVEL PARA ELEGIBILIDADE movimentos - Para auxiliar poderão ser
desequilibrados. realizados testes.
- Fraqueza no braço dominante
para o jogo que dificulte - Movimentos e postura indesejada.
pegada, movimentos. - Movimentos involuntários.
- Dificuldade
- Compro- - Movimentação - Dificuldade em manter
para contrair
metimento - Paralisia no braço não dominate para - Atetose lenta, continuada a postura parada.
a musculatura,
de força o jogo com alguma função residual. e involuntária. - Atetose facial não elegível
se movimentar e
muscular para a modalidade, a não ser
gerar força.
- Perda de mais de 10 pontos que tenha outras deficiências.
no teste de força muscular
em um membro inferior. - Braço dominante com
punho rígido e pegada funcional,
redução leve da amplitude
- Amputação de dedos no braço - Limitação
passiva do ombro ou cotovelo.
dominante para o jogo. ou falta de
- Inexistência total - Limitação de - Braço não dominante com restrições
- Amputação ou má-formação movimento
ou de parte de os- amplitude de que abalem o equilíbrio.
- Deficiência no braço não dominante, sendo passivo nas
sos e articulações movimento
em ela abaixo do cotovelo articulações, - Membros inferiores com tornozelo
seja por traumas ou passivo
membro(s) (comprimento do coto podendo ser rígido, redução moderada da amplitude
por má formação uma ou mais. em grandes articulações.
superior a 2/3 da ulna).
congênita.
- Amputação ou má-formação - Limitação (moderada a severa)
do pé (1/3 do pé amputado). na mobilidade de tronco.
- Diferença no - Pernas de
- Diferença entre comprimento
comprimento tamanhos
das pernas maior que 7cm. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL PARA CADEIRANTES 01 A 05
de pernas desiguais.
20 21
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL PARA CADEIRANTES 06 A 10
- Redução na mobilidade devido a deficiência severa As regras e materiais (mesa, rede, bola, raquete e vestimenta)
nas pernas, afetando o equilíbrio estático e dinâmico. usados para jogos no paralímpico são as mesmas do olímpico,
- Redução na mobilidade devido a deficiência severa com uma única diferença para os jogos com cadeirantes, no sa-
no braço dominante.
que as bolas devem sair pela linha de fundo da mesa (ITTF, 2019;
Classe 07 - Paralisia cerebral moderada hemiplegia ou diplegia
(incluindo braço dominante).
NAKASHIMA, 2006).
- Paralisia cerebral severa ou diplegia com bom braço dominante;
- Combinação de deficiências em membros superiores e
Os jogos acontecem com o objetivo de fazer a bola quicar na
inferiores, mas sendo menos severo que na classe 6. mesa adversária e o mesmo não conseguir batê-la para a mesa
contrária, ou batê-la para fora da mesa. Os jogos são disputados
- Deficiência moderada dos membros inferiores. em sets de 11 pontos, e caso ocorra empate (10x10) aquele que fi-
- Deficiência moderada no braço dominante. zer 2 pontos de vantagem é o vencedor do set. Para iniciar a par-
Classe 08
- Paralisia Cerebral moderada hemiplégica ou diplegia tida, é realizado o saque, no qual o jogador deve jogar a bola para
com bom funcionamento do braço dominante.
cima, e depois atingir a mesma para que pingue em sua mesa e
- Redução leve na mobilidade das pernas. depois pingue na mesa adversária, mas isso sem que ela toque a
Classe 09
- Redução leve na mobilidade do braço dominante. rede que fica no centro da mesa, ligada de uma lateral à outra.
- Redução severa no braço de não jogo.
- Paralisia cerebral leve com hemiparesia ou monoplegia. Cada jogador tem direito a dois saques, com exceção de
Estar enquadrado em algum dos critérios mínimos
quando a partida chega ao empate em 10x10, neste caso cada
Classe 10 jogador possui apenas um saque.
de elegibilidade.
(CBTM, 2018)
22 23
Caso aconteça da bola bater na rede durante o saque, a or-
dem dos saques não ser respeitada, alguma perturbação que ESTRATÉGIAS DE
INTERVENÇÃO
atrapalhe o bom andamento do jogo ou até mesmo o jogador
adversário não esteja pronto para receber o saque, a partida
é interrompida sem penalidade para o jogadores.
Em partidas de duplas, as
regras continuam as mesmas,
com um aditivo, que é a linha
Materiais e equipamentos
que corta a mesa verticalmen- MATERIAL
ADAPTAÇÃO
VARIAÇÕES
te dividindo a mesma em 4. (CASO NÃO TENHA)
Nessa situação os saques de- Raquete Capa de caderno, tampa de caixa Raquete de madeira
vem ser feitos cruzados, desta
Crédito: Ale Cabral/CPB.
forma, o saque feito do lado Bolas Bolas de desodorante roll-on Bola de tênis
direito vai também para o lado Cones Garrafas Cones que possuir
direito do recebedor.
Cones chapéu
Caixas de leite ou pequenas Cones que possuir
Foto: Atleta Joyce chinês
de Oliveira Assim como no individu-
Círculos desenhados
al, caso empate a partida em Arcos Círculo de barbante
no chão
10x10, cada jogador só poderá
Câmara de pneu
dar um saque, saque esse que, Bandas elásticas
em tiras
Tensores
se tocar a rede e cair no lado Junção de
inverso, o sacador será penali- Mesa para tênis Madeira sobre cadeiras
carteiras de aula
zado com a perda do ponto Cordas Barbantes, cipós Fios
(ITTF, 2019; NAKASHIMA, 2006).
Bastões de 1kg Cabos de vassoura Bastões
Bolas de basquete
Medicine ball Sacos com areia
ou similar
Bola de pilates Bola de vinil Bolas grandes
Bexiga Saco plástico com ar Bolas muito leves
Foto: Atelta Jennifer Marques Parinos
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largura: 152,5cm
Altura
da rede:
15,25cm
26 27
ELEMENTOS 2 SAQUES
TÉCNICOS BÁSICOS Forma como o jogo é iniciado: um dos jogadores irá lançar a
bola a no mínimo 15cm de altura e bater nela. Por regra, no sa-
que a bola deve quicar na própria mesa antes de passar para a
1
EMPUNHADURA mesa do adversário. Comumente a bola é lançada com uma mão
e batida com a outra que está com a raquete, alunos que não
Dentro do tênis de mesa, existe a empunhadura clássica, conseguem lançar a bola com a mão livre, equilibram a bola so-
empunhadura tipo caneta japonesa, e tipo caneta chinesa/clas- bre a raquete e lançam ela ao ar com a própria mão dominante
sineta. Essas são as mais comuns (imagens), entretanto dentro (NAKASHIMA, 2006).
do tênis de mesa paralímpico não são todos que conseguem
segurar a raquete dessa forma, nesses casos, os alunos utili-
zam faixas para prender a raquete, seja no coto ou em suas
mãos no caso de alguma deficiência que dificulte o aluno
segurar a raquete (NAKASHIMA, 2006).
Caneta Classineta
3 4
5 6
Fotos: Sequência de seis imagens com um aluno ao centro, posicionado atrás da mesa, segurando a raquete
com sua mão direita, com a sua mão esquerda ele arremessa a bola para o alto, espera atentamente o mo-
mento certo para atingi-la, e quando ela chega na altura próximo ao da sua mão ele atinge ela com uma ba-
tida com o lado de fora da raquete (forehand), a bola então rebate na mesa e vai para o outro lado da mesa.
28 29
3 FOREHAND
3 4
2
Crédito: Ale Cabral/CPB.
30 31
4 BACKHAND 5 EFEITOS
Backhand é o golpe realizado com as costas da mão. Assim Para colocar efeito na bola, é necessário que o aluno tenha
como o forehand, também pode ser incrementado com o efeito desenvolvido os fundamentos do backhand e forehand. Entre-
para baixo (backspin) e para cima (topspin). Bolas curtas (flick tanto com treino e paciência os alunos também costumam de-
de backhand) e rápidas (drive de bakchand) também podem ser senvolver essas habilidades.
utilizadas para defesa. Como o forehand, todos costumam con-
seguir desenvolver o backhand (MACHADO, 2007).
Efeitos possíveis com a bola
Fotos: Figura 1 - Aluno posicionado atrás da mesa, segurando a raquete com sua
mão esquerda, aguarda o momento exato para acertar com um golpe de ba-
ckhand uma bola que foi enviada para seu lado da mesa.
Figura 2 - Aluno posicionado atrás da mesa, segurando a raquete com sua mão
esquerda, momentos após ter acertado a bola com um golpe de backhand.
32 33
6 ATIVIDADES DE INICIAÇÃO À MODALIDADE Sequência do primeiro
contato com a bola Bater a bolinha
seguidamente com
Para a aprendizagem do tênis de mesa, é importante que se Equilibrar a bolinha ambas as faces
conduzam as aulas com uma abordagem plural. Nessa aborda- sobre a raquete com da raquete
ambas as faces em em tentativas
gem é preconizado que o conteúdo atinja todos os alunos, pois tentativas diferentes. diferentes.
em um mesmo grupo de alunos teremos diversos estágios de
aprendizagem. É importante que o conteúdo seja passado a to-
EQUILIBRIO
dos, e que todos participem (DAOLIO, 1994).
(Nakashima, 2006)
Foto: Vista superior da mesa de tênis.
34 35
1 2
7 PONTOS QUE REQUEREM ATENÇÃO
Posicionamento paralelas, com a perna do mesmo lado braço um pouco para trás, seu tronco está levemente inclinado para
frente assim como seu pescoço.
Respeitando as Figura 2 - Um aluno posicionado atrás de uma mesa, segurando a raquete com sua mão direita, o braço que
segura a raquete está para frente pois ele acaba de realizar um ataque, suas pernas estão paralelas, com
limitações a perna do mesmo lado braço um pouco para trás, seu tronco está levemente inclinado para frente assim
individuais, como seu pescoço.
se preocupar em
manter sempre a Posição de expectativa: Muitas vezes, o aluno irá manter o
perna paralelas, corpo ereto. Éimportante que o professor ressalte a importância
com as pernas do da posição da expectativa com joelhos flexionados, pernas
mesmo lado do afastadas e cabeça mais baixa, mais uma vez respeitando as
braço de ataque limitações do aluno.
um pouco
para trás. Isso Deslocamento: É comum que o aluno de início cruze as pernas
dará para o aluno ou até mesmo gire o corpo para se movimentar, sem observar a
3 4 melhor mobilidade importância do deslocamento lateral que está ligado diretamente
do corpo, pois irá com a posição de expectativa.
aumentar sua
estabilidade e Empunhadura: É rotineiro que durante a iniciação eles troquem
ângulo para girar a raquete de mãos constantemente, se esquecendo de qual mão
o tronco. é a dominante. Também esquecem de observar a forma como
seguram a raquete, por vezes deixando a mão muito abaixo
Fotos: Sequência de 4 imagens que
ou muito acima, ou ainda com o posicionamento
mostram um aluno segurando a raque- dos dedos errado (respeitar as limitações).
te com sua mão direita, suas pernas
estão paralelas, com a perna do mes-
mo lado braço um pouco para trás, seu Excesso de força: alguns alunos utilizam muita força para
tronco está levemente inclinado para
frente, uma bola vem até sua direção e
tentar realizar as técnicas do tênis de mesa, por isso é importante
ele realiza um golpe de forehand. lembrar que a técnica é construída com “jeito” e não com força.
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SUGESTÕES DE Exercício 2 CORRIDA + CORRIDA LATERAL
ATIVIDADES 1 2
Exercício 1 AQUECIMENTO
38 39
Exercício 3 POLICHINELOS + TESOURINHA + POLISAPATOS 5 6
O passe da bola pode ser feito por cima da cabeça, por baixo
das pernas, pela lateral do corpo, quanto mais variações melhor,
será mais dinâmico, mais divertido e também irá prepará-los para
Tesourinha as próximas atividades (CUNHA, 2016).
Fotos: Figura 3 - Quatro crianças com o braço esquerdo e perna direita a frente, elas estão afastadas uma
da outra, e duas estão mais a frente, e duas mais atrás.
Figura 4 - Quatro crianças com o braço direito e perna esquerda a frente, elas estão afastadas uma
da outra, e duas estão mais a frente, e duas mais atrás, estas duas imagens mostram às crianças
realizando polisapatos.
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Exercício 5 CORRIDA DO BAMBOLÊ
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cendo a corrida com obstáculos, há uma fila de crianças
aguardando para fazer o percurso, um alunoestá em pé Exercício CORRIDA CORES DOS CONES
aguardando para passar por baixo de uma mesa de plás-
tico, embaixo dessa mesma mesa há um aluno passando
por baixo dela, há três mesas oficiais de tênis de mesa
no centro, na lateral da imagem três crianças saltam
Objetivo: Resistência geral, agilidade e velocidade.
entre arcos, colocando um pé de cada vez entre eles.
na.
bra
llo Zam
rce
: Ma
dito
Cré
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PARTE PRINCIPAL Exercício 2 EQUILÍBRIO DE BOLA
Objetivos: Equilíbrio.
Exercício 1 EQUILÍBRIO DE BEXIGA
Materiais: Raquete e bola de tênis de mesa - Para aumentar
a dificuldade, os alunos com bola e raquete em mãos irão tentar
1
Objetivo: Equilíbrio. equilibrar a bola na raquete sem deixar a mesma cair, e sem o
auxílio das outras partes do corpo. Caso os alunos façam com
Materiais: Raquete facilidade, ir implementando dificuldades como: andar até certo
e bexiga - Com ponto, passar por obstáculos etc. Fazer o mesmo quicando a bola.
bexiga e raquete
em mãos, os alunos Adaptações: Permitir que o aluno com mais dificuldade use
irão tentar equilibrar outras partes do corpo para ganhar confiança (NAKASHIMA, 2006).
a bexiga na raquete
1
sem deixar a mesma
cair, e sem o auxílio
das outras partes
do corpo. Caso os
alunos façam com
facilidade, ir imple-
mentando dificulda-
2
des, como: andar até
certo ponto, passar
por obstáculos etc.
Fazer o mesmo
quicando a bexiga.
2 3
Adaptações:
Crédito: Ale Cabral/CPB.
Materiais: Bexigas - Iniciação aos movimento de backhand Materiais: Mesa e bolas de tênis de mesa.
e forehand com bexigas para que os alunos comecem a se Ainda apenas com as mãos, os alunos irão tentar agarrar as bolas
acostumar com a movimentação de quadris, tornozelos e com as mãos conforme movimentação ensinada anteriormente.
posição de expectativa do tênis de mesa. Um aluno irá jogar Nesse caso o professor fica como lançador para auxiliar na
a bola para o outro rebater com a mão, realizando assim a dinâmica da aula e controlar a velocidade das bolas de acordo
movimentação necessária e interação entre os mesmos com as possibilidades dos alunos.
(MACHADO, 2007).
Adaptações: Para alunos com muita dificuldade, diminuir a
1
velocidade de lançamento das bolas, caso ainda assim não
consigam, voltar aos fundamentos com bexigas (MACHADO, 2007).
1 3
2 4
2
Fotos: Figura 1 - Aluno cadeirante posicionado atrás Figura 3 - Uma aluna posicionada atrás da mesa pegan-
da mesa tentando pegar uma bola com a mão, ao lado do uma bola com a mão, ao lado dela há um cesto para
dele há um cesto para que ela possa colocar as bolas, que ela possa colocar as bolas, na frente da mesa há
na frente da mesa há uma bacia cheia de bolas e as uma bacia cheia de bolas e as mãos do professor segu-
mãos do professor segurando uma raquete lançando rando uma raquete lançando essas bolas para a aluna.
essas bolas para o aluno.
Figura 4 - Uma aluna posicionada atrás da mesa ten-
Figura 2 - Aluno cadeirante posicionado atrás da mesa tando pegar uma bola com a mão, ao lado dela há um
Fotos: Figura 1 -Duas alunas cadeirantes posicionadas atrás da mesa, com uma bexiga pegando uma bola com a mão, ao lado dele há um cesto cesto para que ela possa colocar as bolas, na frente
no ar entre elas, e elas observando a sua trajetória. para que ela possa colocar as bolas, na frente da mesa da mesa há uma bacia cheia de bolas e as mãos do
Figura 2 - Duas alunas cadeirantes posicionadas atrás da mesa, com a primeira batendo há uma bacia cheia de bolas e as mãos do professor se- professor segurando uma raquete lançando essas bo-
na bexiga com a intenção de mandá-la para o outro lado da mesa, a outra aluna observa. gurando uma raquete lançando essas bolas para o aluno. las para a aluna.
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Exercício 5 JOGO LIVRE Exercício 6 CONTROLE DA BOLA NA PAREDE
Materiais: Raquete, bola, e mesa. - Ao fim das aulas Materiais: Raquete e bola de tênis de mesa.
recomenda-se dividir os alunos em duplas conforme o
rendimento durante a aula, a fim de que as duplas formadas Dispostos de frente para a parede, os alunos terão que bater
fiquem niveladas, de forma que eles se divirtam e consigam a bolinha na parede e, após um quique no chão, rebatê-lá
aplicar os fundamentos aprendidos em aula. novamente, controlando a força e tendo maior controle
sobre a raquete. Pode ser implementado que eles façam o
Adaptações: Para alunos que não conseguirem jogar mesmo, porém sem o
tradicionalmente, levantar as redes para que eles treinem quique no chão, aumentando 1
passando a bola por baixo sem que ela caia no chão a velocidade e a precisão
2
Crédito: Ale Cabral/CPB.
Foto: Aluna cadeirante posicionada atrás da mesa, aguarda para realizar um golpe de backhand para a colega
do outro lado da mesa, a mesa está com a rede levemente levantada para que a bola possa passar por baixo, ao
fundo da imagem há mais crianças realizando o mesmo jogo.
Fotos: Figura 1 - Quatro crianças em fileira, de frente para a parede, se prepararam para rebater a bola contra ela.
Figura 2: Quatro crianças de costas para a foto e de frente para a parede, segurando a raquete com a mão direita,
rebatem a bola contra a parede.
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Exercício 7 CONTROLE DA BOLA COM Exercício 8 CONTROLE DE BOLA NO CHÃO
COLEGA MEIA MESA
Objetivo: Coordenação.
Objetivos: Coordenação e equilíbrio.
Materiais: Bola de tênis de mesa - Usando as mãos, os
Materiais: Mesa, bola e raquete para tênis de mesa alunos terão que bater a bolinha no chão e, após um quique
Após formarem duplas os alunos serão dispostos na lateral no chão, rebatê-lá novamente contra o chão e assim
da mesa (um em cada lado de frente para o outro), com o sucessivamente, controlando a força e criando maior
espaço encurtado do tamanho tradicional da mesa e sem a rede, controle sobre a bola. Pode ser implementado que eles façam o
os alunos trocarão passes entre si, contribuindo para mesmo só que agora andando e passando por obstáculos.
que tenham maior controle de bola e tomada de decisão.
Adaptações: Realizar esse exercício com uma bexiga ou
Adaptações: Realizar esse exercício com uma bexiga bola de tênis de quadra (MACHADO, 2007).
(NAKASHIMA, 2006).
1 2
Foto: Quatro crianças em volta de uma mesa, duas em cada lateral de frente para mais duas na outra lateral, elas Fotos: Figura 1 - Mão segurando uma bexiga amarela pela ponta onde se faz o nó.
realizam toque umas para as outras em metade da mesa, na mesa ao lado, há mais quatro crianças fazendo o Figura 2 - Uma bola tradicional de tênis.
mesmo, e ao fundo um garoto atrás de uma mesa.
52 53
Exercício 9 CONTROLE DA BOLA NO Exercício 10 CONE PEGA BOLA
CHÃO COM RAQUETE
Objetivos: Coordenação, agilidade e equilíbrio.
Objetivo: Coordenação.
Materiais: Raquete, mesa, bolas e cones pequenos - Os alunos
Materiais: Bola de tênis de mesa - Usando as mãos, os serão dispostos em filas atrás da mesa, o professor será responsável
alunos terão que bater a bolinha no chão e, após um quique por lançar as bolas para que eles peguem com o fundo dos cones
no chão, rebatê-lá novamente contra o chão e assim (primeiro com as duas mãos, depois com a mão de jogo no cone).
sucessivamente.
Para implementar dificuldade e aumentar a movimentação dos
alunos, podem ser colocadas metas para cada fase da atividade,
tais como: a cada bola arremessada, o aluno tem que
se movimentar até certo ponto pré-estabelecido.
3 O importante é manter
Crédito: Ale Cabral/CPB.
o aluno em movimento,
acostumando o mesmo
para a movimentação
do tênis de mesa e
Fotos: Figura 1 - Aluna segura cone de cabeça para baixo e tentar acertar onde colocar o cone para que a bola caia dentro.
Figura 2 - Aluna segura cone de cabeça para baixo e tentar acertar onde colocar o cone para que a bola caia dentro.
Figura 3 - Aluno segura cone de cabeça para baixo e tenta acertar onde colocar o cone para que a bola caia dentro.
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Exercício 11 ACERTAR O ALVO Exercício 12 FOREHAND MULTI-BOLAS
Foto: Aluna cadeirante, de costas para a imagem, atrás da mesa, segura a raquete com a empunhadura clássica e
se prepara para rebater a bola de forma rasteira, por debaixo da rede, buscando acertar alvos, alvos esses que
são super heróis impressos em papel sulfite.
Objetivos: Coordenação.
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Exercício 13 ACERTAR O ALVO Exercício 14 CONTAGEM ATÉ 10
Objetivos: Coordenação.
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Exercício 15 JOGO DAS FRUTAS MULTI-BOLAS Exercício 16 ENTRAR NO ARCO
Materiais: Raquete, mesa e bola para tênis de mesa. Materiais: Arcos coloridos - Cada aluno ficará de costas para
Os alunos serão dispostos em filas atrás da mesa. O professor arcos coloridos. Ao sinal do professor, terão que se virar
será responsável por lançar as bolas para eles baterem. Para e adentrar o arco da cor solicitada o mais rápido possível,
implementar dificuldade e o professor ter um feedback de como explorando a tomada de decisão e a movimentação. O professor
está a tomada de decisão do aluno, a cada bola batida, ele terá pode aumentar a dificuldade explorando exercícios quando a cor
de falar o nome de uma fruta, de acordo com a velocidade do solicitada não existir, ao haver a cor, eles tomam a posição, e
movimento e fala das frutas o professor consegue perceber o quando não houver também terão que pensar rapidamente para
quanto o aluno ainda está pensando para realizar os realizar a ação combinada.
movimentos. Dessa forma, é possível ver em qual estágio os
alunos estão da aprendizagem motora (cognitiva, associativa ou 1 4
autônoma). Caso queira aumentar a dificuldade da atividade
ainda mais, o professor pode aumentar a movimentação dos
alunos. Podem ser colocadas metas para cada fase da atividade,
tais como: acada bola arremessada o aluno tem que se movimen
tar até certo ponto pré-estabelecido.
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Exercício 17 TOQUE NO CONE Exercício 18 PEGANDO BASTÕES
62 63
Exercício 19 PEGA BOLA (cabeça, ombro, joelho) Exercício 20 RAQUETÃO
Materiais: Bola - Sentados em duplas, uns de frente para Materiais: Raquetão, mesa e bola para tênis de mesa.
os outros, os alunos seguirão uma série aleatória de comandos Com um material improvisado que se assemelha a uma pá de
do professor, até que o mesmo grite “bola”. Só com esse comando pizza, é feita uma raquete gigante. Com essa raquete apoiada
poderão pegar a mesma. sobre os ombros dos alunos, eles precisam girar o tronco para
conseguir acertar as bolas batidas pelo professor. Esse movimento
Exemplo de comandos: mãos na cabeça, mãos na perna, mãos traz bastante amplitude e melhora do giro de tronco dos alunos,
no joelho, mãos na nuca, mãos na cabeça, mãos na cintura, o que é ótimo para uma melhora no esporte.
mãos no pé, mãos na cabeça, mãos na bola (HONORA, 2016).
As batidas na bola podem ser intercaladas com exercícios, e
1
séries de batidas com a raquete tradicional, para facilitar o
aprendizado e a assimilação do giro de tronco (NAKASHIMA, 2006).
1
64 65
Exercício 21 CARROSSEL (cabeça, ombro, joelho) Exercício 22 VÔLEI TÊNIS
Materiais: Raquete, mesa e bola para tênis de mesa. Materiais: Raquete, mesa, arcos e bexiga - Alunos divididos
Os alunos formaram uma fila atrás da mesa e, após o professor em duplas, com uma divisória qualquer entre eles (banco,
lançar a bola, eles terão que rebater e devolvê-lá para o mesa etc) os alunos terão que, com a raquete, não permitir
professor sem errar. Depois irão correr uma determinada que a bexiga caia do seu lado. Após aperfeiçoar esse
distância ou simplesmente dar a volta na mesa para voltar movimento, para gerar mais controle, fazer o mesmo exercício,
para o fim da fila (MACHADO, 2007). porém agora para passar a bexiga para o outro lado ela
deve passar por dentro de um arco que ficará amarrado
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ou na mão de um terceiro aluno (MACHADO, 2007).
Foto: Uma aluna segura a raquete com sua mão esquerda, no centro um aluno segura um arco na vertical, do
outro lado um aluno segurando a raquete com sua mão esquerda se prepara para rebater uma bexiga por dentro
do arco para a aluna.
Fotos: Figura 1 - Quatro alunos em fila atrás de um dos lados da mesa, enquanto o professor bate bola com eles,
alguns alunos correm para chegar no final da fila.
Figura 2 - Alunos circulando em volta da mesa, enquanto o professor bate bola com aquele que passa no outro
lado da mesa, a aluna que está batendo a bola, está batendo e já se prepara para correr em volta da mesa.
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Parte principal Exercício 2 RELAXAMENTO
Objetivo: Flexibilidade.
Exercício 1 RELAXAMENTO EM BOLAS
Materiais: Espaço de aula - O professor irá conduzir um
relaxamento leve das musculaturas do corpo, iniciando
Objetivo: Flexibilidade. pelo pescoço, e passando por todo o corpo até chegar às
panturrilhas (PADILHA, 2011).
Materiais: Espaço de aula - O professor irá conduzir um
relaxamento leve das musculaturas do corpo, de forma
divertida, e aproveitando para um momento final de
interação entre todos.
Foto: Quatro alunos deitados de barriga para baixo sobre um colchonete, suas mãos estão próximas aos seus
ombros e seus cotovelos estendidos.
Crédito: Ale Cabral/CPB.
Foto: Cinco alunos deitados de barriga para baixo, cada um deles sobre uma bola de pilates, com
as mãos apoiadas no chão e os pés fora do chão (com exceção do aluno ao centro da imagem).
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CONSIDERAÇÕES Será nítido o envolvimento dos alunos com o novo espor-
te, chegando motivados para as aulas e com grandes sorrisos.
FINAIS
Isso é o maior estímulo do professor, tanto para continuar se
aplicando nas aulas do tênis de mesa Paralímpico, quanto para
experimentar novas modalidades paradesportivas.
ilho.
Foto: Atleta
: Alaor F
Bruna Alexandre
Crédito
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REFERÊNCIAS DAOLIO, Jocimar. Da cultura do corpo. Rio de Janeiro: Papirus. 1994.
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Acesso em: 06 de março de 2019
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www.profala.com/almanaquedebrincadeiras.pdf.
Acesso em: 24 de junho de 2019
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Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro e
da Academia Paralímpica Brasileira
Mizael Conrado
Vice-presidente
Yohansson do Nascimento
Superintendente
Nelson Hervey
Colaboração
José Fernandes Filho, Luciana Gobbis,
Daniel Brito, Filipe Lopes Barboza,
Lucas Gabriel dos Santos Borba,
Silvana Cristina de Souza e Soraia Cabral
Fotos
Arquivo CPB (Alaor Filho, Alessandra Cabral,
Leandro Martins e Marcelo Zambrana) e divulgação
Revisão
Empresa responsável: TranscritoJá
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