Ebook - Confeccao 4.0

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Evolução da

Confecção 4.0
Contexto histórico e o
modelo de produção atual
Introdução

Encontrar soluções para a produção têxtil nem sempre é fácil, pois muitas
vezes ocorrem falhas no processo que prejudicam o sucesso da confecção,
mas que muitas vezes estavam além do controle do supervisor. Pelo menos
até agora.

Novas soluções surgiram nos últimos anos e, quando utilizadas, elas podem
detectar e evitar eventuais falhas que prejudiquem o processo produtivo. Para
mostrar como elas funcionam, nós montamos três e-books aprofundando o
assunto e trazendo informações que podem ser decisivas para reverter essa
situação.

Neste primeiro volume, falaremos sobre a evolução da indústria têxtil e da


confecção até os dias atuais. Isso porque, para compreender o que se passa
no presente, é imprescindível conhecer o passado. Sem ele, não há como
obter uma visão ampla e profunda de algum aspecto ou tema, ainda que
estudado de forma isolada.

Atualmente são utilizadas diversas estratégias e equipamentos que sanam


problemas antigos da confecção, como desperdícios de recursos e de tempo,
deficiência do controle de qualidade, falta de padronização nos processos,
entre outros.

Embarque nesta viagem aos tempos antigos e descubra por quais


transformações a indústria têxtil precisou passar para ser como é atualmente!

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As transformações da indústria
têxtil até os dias atuais

Não há como falar sobre a indústria têxtil sem mencionar a Revolução


Industrial, afinal, foi essa indústria uma das principais causas para o início
da primeira revolução. A forte exploração trabalhista da época incomodava
os contemporâneos, que trabalhavam por muitas horas em condições
insalubres.

Desde então ocorreram muitas transformações, incluindo um boom


tecnológico que passou por diversos estágios até chegar aos equipamentos
e soluções utilizados na confecção atualmente. Confira agora como se deu
este processo!

A primeira Revolução Industrial

Os operários da época realizavam os serviços manualmente, o que


demandavam horas de trabalho até que a peça fosse finalizada. A indústria
do algodão dominava o mundo e a partir do século XVIII, o algodão era usado
não apenas para artigos domésticos e forros, como também para roupas da
alta sociedade.

A lã também, antes utilizada somente pelas classes mais baixas, começou


a ser usada também pela alta sociedade. A seda sempre foi considerada
mais luxuosa que ambos e entre o século XVII e XVIII, a Inglaterra passou a
exportar este tecido.

A Primeira Revolução Industrial ocorreu entre os séculos XVIII e XIX e foi


marcada pela máquina a vapor. Com isso a indústria começou a mecanizar
processos e aumentar a produtividade.

A manufatura das sociedades industriais do século XIX, se desenvolveu de


duas formas. Enquanto haviam costureiras que produziam as roupas sob
encomenda, começava a ser feita a produção em massa e padronizadas por
medidas.

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Também haviam os alfaiates, surgidos no século XVII, eram comerciantes
com dinheiro suficiente para alugar lojas em zonas mais caras das cidades e
que possuíam estoques de tecidos raros. Trabalhavam para a alta sociedade
e, como o comércio era sazonal, os trabalhadores contratados pelos alfaiates
eram contratados e despedidos conforme as necessidades.

Mesmo com a expansão das fábricas de confecção entre os períodos de


1898 e 1910, tanto os alfaiates, como as costureiras mantiveram-se no
mercado.

A segunda Revolução Industrial

Ocorrida no início do século XX, a segunda Revolução Industrial chegou


juntamente com a energia elétrica, que substituiu o vapor. Ela também
causou impactos profundos na forma como as fábricas trabalhavam, por
conta do modelo de produção em série de Henry Ford.

Em 1909 houve uma greve histórica na indústria de roupas. Nela, cerca de 20


mil trabalhadores deixaram seus trabalhos. Foi a partir desse momento que
as roupas femininas começaram a ser produzidas para serem funcionais e
atender as necessidades dos trabalhos que elas realizavam.

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Entre os anos 20 e 30 a indústria de roupas inseriu as medidas masculinas
em um padrão de fábrica. Já nos anos 40, a produção começou a
baratear por conta dos métodos de fabricação modernos. Com o fim do
período de guerras, na década de 50, as condições de vida melhoraram e,
consequentemente, a sociedade passou a consumir mais.

A industrialização teve um grande aumento quando surgiram as roupas


voltadas aos estudantes, tanto que, na metade da década de 60, muitas
roupas fabricadas eram destinadas a jovens de 15 a 19 anos de idade.
Combinado a isso, o desenho de moda inglês passou a liderar também no
resto do mundo, proporcionando a globalização.

Terceira Revolução Industrial

Para atender o aumento da demanda, as estruturas de trabalho e o


maquinário precisaram passar por reformulações. A Terceira Revolução
Industrial foi marcada pelos processos de automação que envolvem o uso
de computadores no chão de fábrica.

Foi introduzido o planejamento computadorizado das provisões, além do


corte a laser, máquinas que bordam até mesmo os tecidos mais delicados
e outros aprimoramentos. Foi a chamada Revolução tecnológica e trouxe
diversos benefícios para os setores industriais, inclusive os têxteis.

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A Indústria têxtil no Brasil

Apesar das transformações ocorrerem muitos anos antes, no Brasil foi


somente em 1844 que foram instauradas medidas que possibilitaram o
desenvolvimento da industrialização. Ainda assim, isso ocorreu de forma
muito lenta e considera-se que a implantação tenha ocorrido entre 1844
a 1913. Na verdade, o processo de industrialização no Brasil teve início
justamente com a indústria têxtil.

Entre o período de 1920 e 1940 o número de operários têxteis já havia


aumentado exponencialmente e, em 1958, foi fundada a Fenit (Feira Nacional
da Indústria Têxtil) que ocorreu no Pavilhão Internacional do Ibirapuera.
Depois surgiram outras espalhadas por todo o Brasil.

Nos anos 80 o Brasil já era um grande produtor e exportador de algodão,


mas no final da década a produção acabou arrasada pela praga do bicudo e
pela abertura nacional. Com isso, de exportador, o país transformou-se em
importador.

No entanto, a partir dos anos 90 aumentaram os números de indústrias


têxteis no nordeste, além do número de mão-de-obra qualificada e incentivos
fiscais para modernização tecnológica. Entre 1992 e 1996 a globalização
reduziu a queda na exportação e aumentou ainda mais a importação, pois
os produtos podiam ser adquiridos na China e na Coréia do Sul a preços
inferiores aos praticados no mercado interno.

Em 1993 as vendas para o exterior foram reduzidas, por conta da abertura do


mercado econômico interno. Houve eliminação de obstáculos burocráticos
às importações e redução das tarifas aduaneiras. Para competir com as
indústrias estrangeiras, as empresas brasileiras passaram a melhorar seu
parque industrial. Neste período, muitas empresas acabaram fechando as
portas por não se adaptarem às mudanças.

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Desafios comuns do modelo produtivo atual

Por mais que as mudanças da terceira Revolução Industrial tenham auxiliado


muito os processos produtivos, ela ainda não foi suficiente para extinguir os
diversos problemas existentes. Mesmo porque, no Brasil a industrialização
sempre ocorreu de forma mais lenta, como pode ser percebido no capítulo
anterior. Sendo assim, não é uma surpresa que o modelo produtivo brasileiro
ainda seja defasado e conta com erros produtivos.

Fizemos um levantamento e separamos alguns dos desafios mais comuns


enfrentados atualmente pelo modelo produtivo atual, acompanhe.

Preocupação com a sustentabilidade

A sustentabilidade é um tema bastante discutido, uma vez que as empresas


estão percebendo a importância de reduzir ao máximo os impactos
ambientais que causam.

Na indústria têxtil, não há como anular esses impactos, mas eles precisam
ser reduzidos ao máximo, incluindo a redução de resíduos de malhas e
tecidos inutilizados.

Saiba mais neste artigo:


Sustentabilidade na confecção: uma questão a ser analisada

link
Redução de desperdícios

Além de ser um problema para a sustentabilidade, o excesso de resíduo


também é um sinal de que estão sendo desperdiçadas matérias-primas.
Com isso, outro desafio atual é reduzir ao máximo esse desperdício para
gerar mais lucro e aumentar a produtividade.

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Coleta e controle de dados

A coleta e o gerenciamento dos dados é essencial para evitar prejuízos às


indústrias têxteis e traçar estratégias direcionadas, sem pressuposições.
Entre os benefícios dessa coleta e gerenciamento estão a redução dos
custos, o controle da produção e da demanda, a gestão de fornecedores e a
redução de desperdícios.

No momento, ela é considerada um desafio a ser enfrentado, uma vez que


fazê-la manualmente leva tempo e ainda assim podem ocorrer falhas.

Saiba mais neste artigo:


5 benefícios de adotar a coleta de dados na gestão de qualidade link

Padronização de processos

Para ser considerado produtivo, o processo deve ter um input (entrada), gerar
valor agregado e um output (saída) para o cliente. Essa cadeia produtiva só
consegue ser eficiente quando o resultado entregue é o mesmo combinado
com o comprador.

Para isso, deve haver a padronização dos processos, gerando previsibilidade,


repetitividade e possibilidade de avaliação de pontos a serem melhorados
continuamente.

Com isso, ganha-se mais domínio nos processos, além de garantia da


qualidade, redução da variabilidade do produto final, otimização do tempo
para executar cada tarefa e aumento de oportunidades.

No entanto, muitas indústrias ainda encontram dificuldades em padronizar


seus processos, uma vez que diversos aspectos que afetam essa estratégia
não conseguem ser completamente controlados.

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Demora em algumas etapas da produção

Etapas como o relaxamento, ainda são feitas manualmente e precisam de


muitas horas para serem concluídas. Matérias-primas de baixa qualidade
(com furos, manchas, desbotamentos) que são detectadas apenas ao
enfestar ou mesmo após a produção das peças também podem atrapalhar
a produtividade de forma geral.

Porém, com a rápida evolução tecnológica que o mundo está vivendo, já


estão surgindo novas soluções tecnológicas, físicas e digitais.

Desde 2010 são observadas algumas novas características, causadas


pela demanda de produtos personalizados e o fácil acesso às tecnologias
habilitadoras. Este novo período está sendo caracterizado como a Quarta
Revolução Industrial ou Indústria 4.0.

Saiba mais neste artigo:


6 mitos e verdades sobre relaxamento de malha link

No próximo e-book, você poderá compreender melhor como as evoluções


industriais estão impactando as organizações. Não deixe de conferir!

Ficou com alguma dúvida ou deseja conhecer as soluções disponibilizadas


pela Delta? Entre em contato conosco! Nos vemos em breve!

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A Delta Equipamentos é uma empresa especializada no desenvolvimento
e na fabricação de máquinas têxteis, equipamentos e processos eficientes
para o setor têxtil. A Delta oferece sempre o que há de mais moderno e
inovador para a indústria têxtil nacional e internacional.

Atualmente, a empresa está focada em oferecer a otimização de qualidade


de processos, a partir dos conceitos da Indústria 4.0, para a realidade de
seus clientes, garantindo competitividade com menor custo.

Além do desenvolvimento de maquinários, a Delta oferece consultoria para


seus clientes, apontando possíveis falhas e desenvolvendo as soluções
para essas necessidades, eliminando os maiores problemas e gargalos nos
processos têxteis.

A Delta acredita que o desenvolvimento do setor têxtil é movido pela inovação


e  que a cada novo avanço ela elevará mais a qualidade e a eficiência do
segmento por meio da tecnologia para gerar novos negócios de forma
sustentável e próspera.

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