A Importância Do Empreendedorismo para o Resultado de Uma Empresa
A Importância Do Empreendedorismo para o Resultado de Uma Empresa
A Importância Do Empreendedorismo para o Resultado de Uma Empresa
Resumo
O objetivo desse artigo é mostrar o empreendedorismo na história e sua importância para o
sucesso das empresas. O empreendedorismo para muitos autores é uma capacidade inata que ser
manifesta de acordo com o surgimento das oportunidades, onde o talento resulta da perceção, da
antevisão, da motivação, do espírito irrequieto que impele à inovação, à dedicação ao trabalho
para realizar os empreendimentos. O mundo corporativo vivencia imensos desafios em um
ambiente socioeconômico globalizado e altamente competitivo, no qual há lugar para
empreendedores arrojados com visão de negócio. A metodologia adotada é a pesquisa
bibliográfica, na qual serão utilizados materiais bibliográficos referentes ao tema de autores
ligados a institutos de pesquisa e instituições de ensino renomadas. Como efeito da globalização,
surgiram novas tecnologias de informação e comunicação que podem contribuir muito para o
empreendedorismo quando as empresas conseguem conjugar inovação, liderança, resiliência,
para bater a concorrência realizando constantes adaptações e realizando inovações.
Palavras-chave: Competitividade; Empreendedorismo; Globalização; Empresas.
Abstract
The aim of this paper is to show in the history of entrepreneurship and its importance for business
success. Entrepreneurship for many authors is an innate ability to be expressed in accordance
with the emergence of opportunities, where talent is apparent perception, foresight, motivation,
the restless spirit that drives innovation, dedication to work to accomplish the projects. The
corporate world has experienced tremendous challenges in a globalized socioeconomic
environment and highly competitive, in which there is room for enterprising entrepreneurs with
business vision. The methodology adopted is a literature search, which will be used bibliographic
materials on the subject of authors linked to research institutes and renowned educational
institutions. As a result of globalization, new information and communication technologies that
can greatly contribute to entrepreneurship when companies can combine innovation, leadership,
resilience, to beat the competition making constant adjustments and making innovations.
Keywords: Competitiveness; Entrepreneurship; Globalization; Companies.
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Bacharelado em Ciência da Computação pela Universidade Anhembi Morumbi, Especialização em Gestão de
Tecnologia da Informação pela (FIAP), Mestre em Engenharia Elétrica pela PUCCAMP e Doutorando em
Tecnologia. [email protected]
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Professor na Universidade de Guarulhos nos cursos de graduação tecnológica. Consultor com atuação na área de
gestão de processos produtivos e logísticos, implantação de melhorias em produtos plásticos, custos operacionais.
Mestre em Ciências de Materiais pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN/USP. Especialista em
Administração Industrial formado pela Escola Politécnica/USP e Graduado em Tecnologia da Produção pelo Centro
Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Colaborador no Laboratório de Desenvolvimento de Polímeros do
IPEN /USP. [email protected]
ReFAE – Revista da Faculdade de Administração e Economia
Introdução
O empreendedor por vezes é um indivíduo que nunca planejou isso para a sua vida, mas
devido às circunstâncias e às oportunidades que surgem (fatores externos, ambientais, sociais) e
possuindo as características (aptidões pessoais) que possui torna-se um. Seu talento origina-se da
perceção, da antevisão, da motivação, do espírito irrequieto para a inovação, da dedicação ao
trabalho e faz as coisas acontecerem.
Essa pesquisa contribui para uma reflexão no campo social ao tratar das novas
oportunidades de emprego de mão-de-obra mais qualificada, que requer, por conseguinte, um
maior investimento na educação e na formação de profissionais. No âmbito acadêmico, a
contribuição atém-se à aplicação dos conceitos de globalização, Sociedade da Informação,
formação profissional, formação de novos talentos. Por conseguinte, trata-se de um tema de
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A importância deste método de pesquisa deu-se pela necessidade de formar um arcabouço teórico
atualizado para tratar o tema sob comento.
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materiais no estado bruto para lapidá-los, desenvolvendo-os para vender por preços mais
elevados. No mesmo século, o termo empreendedor passou a ser utilizado pelos economistas para
referir-se ao indivíduo que atuava no sentido de transferir recursos econômicos de determinado
setor, onde a produtividade era mais baixa para investir em um setor que apresentasse
produtividade mais elevada e, consequentemente, rendimentos mais elevados.
O termo empreendedor foi utilizado na Idade Média para definir os que tinham sob sua
responsabilidade a gerência de projetos de produção em projetos que não assumiam riscos, mas já
no século XVII “o empreendedor chamava para si os riscos, enquanto capitalista era quem
fornecia o capital”. (DORNELAS DIREZENCHI, 2008. p. 13)
Com relação ao empreendedorismo das pequenas empresas, foram os ingleses que após a
Primeira Guerra Mundial formaram grupos para pesquisar sobre a atuação das empresas de
pequeno porte no conjunto da economia, porque perceberam que essas tinham grande potencial
para a geração de empregos. Os estudos progrediram no sentido de compreender a importância
dos pequenos negócios para suprir a produção quando as grandes estruturas não encontravam
ambiente favorável para sua subsistência. (KORNIJEZUK, 2004)
Martes (2010) propõe a volta aos autores clássicos, Max Weber e Joseph Schumpeter para
“reconstituir o conceito de empreendedorismo” que em sua opinião tem se diluído devido ao seu
uso em sentido muito lato. O significado original do termo está ligado à “dimensão fundamental
da ação empreendedora: resistência e conflito institucional”. Assim, empreender é inovar e
desenvolver.
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Segundo Martes (2010), Weber prenunciava a tese que “o capitalista moderno reinveste e
faz crescer sua empresa. É para isso que trabalha e não para usufruir pessoalmente do lucro
adquirido. Este homem conjuga racionalidade econômica e autointeresse com valores modernos
e, nesta medida, não é um mero capitalista”.
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Editada por Robert Baum, professor associado da área de empreendedorismo na Smith School of Business,
Universidade de Maryland; Michael Frese, diretor do Instituto de Psicologia do Trabalho e das Organizações, da
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organizacional que o tem como objeto de estudo legítimo, no sentido de perceber o que as
pessoas empreendedoras têm em comum que as move a enxergar oportunidades e dar origem a
negócios inéditos e obter sucesso com eles. Nesse aspeto, o “empreendedorismo é algo
fundamentalmente pessoal – dependente de visão, intenção e trabalho para conceber e converter
ideias de negócio em produtos e serviços de sucesso”.
Mediante a suposição do empreendedor ser um líder, pode-se dizer que algumas das
principais características de um líder são a força de vontade, a capacidade de provocar grandes
transformações, a capacidade em resgatar pessoas, a persistência ao buscar a realização de seu
sonho. Outras características muito importantes são as seguintes:
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empreendedor prefere sempre cuidar dos aspetos mais estratégicos da organização, deixando a
parte operacional para seus funcionários”.
Esta linha de pensamento concebe o empreendedorismo como habilidade humana inata, que o
indivíduo desenvolve intuitivamente como a teoria do “sexto sentido”.
Esta escola distingue os empreendedores pelos seus valores, atitudes e necessidades peculiares,
que os distinguem dos outros pela motivação que apresentam para aproveitar as oportunidades
que criam.
3- Escola Clássica:
4- Escola da Gestão:
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5- Escola da Liderança:
Esta escola destaca o espírito de liderança dos empreendedores sobre as pessoas, pois
possuem capacidades de adequar o seu estilo às necessidades delas.
6- Escola do Intra-empreendedorismo:
“Sugere que as habilidades empreendedoras, bem como a inovação, podem ser úteis dentro do
complexo ambiente organizacional”. (KORNIJEZUK, 2004. p. 22)
Neste contexto, ao líder é reservada a função de gerar em seus subordinados uma grande
vontade de superação dos obstáculos com persistência para todos atingirem as metas propostas,
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pois o ser humano possui grande habilidade na superação de barreiras, na adaptação aos novos
ambientes, mas precisa de motivação para isso. O gestor engajado no espírito da empresa deve
propiciar momentos de reflexão sobre “as efetivas práticas de gestão que evidenciem o valor do
trabalho e o aproveitamento de talentos e mostrem que o mundo corporativo pode estar atrelado à
felicidade do ser humano em sua vida pessoal e profissional”. (BRANDÃO, 2014. p. 1)
Segundo Martes (2010), Joseph Schumpeter afirma que o empreendedor, sob o ponto de
vista cognitivo e comportamental, para atingir o patamar da inovação, tem que evitar as soluções
já experimentadas e buscar novas soluções para os problemas existentes. Deve agir com
persistência e por pura intuição que é a luz que o conduz por possuir uma alta capacidade de
antevisão: “Alcançar uma profunda compreensão intelectual sobre a realidade em que atua é a
primeira grande tarefa do empreendedor; pois vê-se impossibilitado de tomar por base a ‘tradição
cultural’ e nem sequer possui ‘posição a recorrer’”.
Martes (2010) demonstra que para exercer a função empreendedora depara-se com
oposições do ambiente social que se apresentam como “impedimentos legais e políticos”. “No
âmbito econômico as resistências vêm dos competidores, dos agentes com os quais precisam
estabelecer relações de cooperação e dos próprios consumidores”. As antigas organizações que já
disputavam o mercado ou dominavam boa parcela dele, impõem muitos obstáculos à nova força
empreendedora, procurando dificultar ao máximo a sua expansão por se sentirem ameaçadas.
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Conclusão
A globalização trouxe consigo grandes avanços e, por vezes, gerou efeitos adversos que
desestabilizam as organizações e as pessoas, que sentem-se na obrigação de buscar de soluções
para manter-se atuantes em um mercado altamente competitivo.
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As instituições mundiais têm que manter políticas que adequem a utilização da inovação
para o bem-estar da humanidade de modo que todos tenham acesso à qualidade de vida e ao
desenvolvimento sustentável.
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desafio é que esse bem-estar não fique restrito a pequenas parcelas da sociedade sem atingir a
população como um todo.
Referências
BRANDÃO, M. S. À procura da felicidade. Revista Liderança: Gestão, Pessoas & Atitudes. Ed.
2/2010. Disponível em: <http://www.lideraonline.com.br/artigo/49096-a-procura-da-
felicidade.html>. Acesso em: 4 Abr. 2014.
CERVO, A.L.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
242p.
CUNHA, C. V. M.; SILVA, M. J. M. C. A. Os desafios da liderança no mundo corporativo.
Anuário da Produção Acadêmica Docente. Vol. 4, Nº 7, Ano 2010. pp. 67-88.
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MARTES, Ana Cristina Braga. Weber e Schumpeter: a ação econômica do empreendedor. Rev.
Econ. Polit. [online]. 2010, vol.30, n.2, pp. 254-270.
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