Relatório Técnico - Planejamento Urbano
Relatório Técnico - Planejamento Urbano
Relatório Técnico - Planejamento Urbano
Município: Ubatuba/SP
Julho / 2018
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Sumário
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 2
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 3
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Relatórios de
caracterização do
meio físico;
Avaliação de
levantamentos Relatório de Levantamento e
bibliográficos do caracterização coleta de dados Metas das etapas
meio físico da área geodinâmica da meteorológicos e anteriores;
de estudo e região; bacia do Rio climatológicos de
Itamambuca; bases oficiais para Análise de influência
Geodinâmica Perfil climatológico definição do balanço do meio natural
na na
e clima local e regional Produção de mapas hídrico local; bacia;
traçado; temáticos;
Definição do perfil Relatório técnico
Análise de influência Coleta de dados meteorológico e final.
do meio natural na meteorológicos climatológico local.
bacia. locais e regionais;
Relatório técnico
final.
Tabela 1:: Comparação das metas alcançadas com as definidas no Termo de Referência deste projeto.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 4
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
1.2. Cadastro fundiário é o responsável por fazer o trabalho da coleta de dados por meio
de entrevistas com os moradores
Asa Branca;
Recanto da Vila;
Morro do Tiagão;
Loteamento de Itamambuca;
Sertão de Itamambuca (Casanga, Ranário e Correias Mercúrio)
Ao todo foram identificadas 1.131 ocupações, dentre as quais 1.127 ocupações foram
passíveis de aplicação direta ou indireta do questionário, ou seja, a abrangência na área de
estudo foi de 99,6%. O percentual não alcançado e não classificado,
classificado, corresponde a parcela
das ocupações em que não foi possível o acesso para avaliação aparente pelo agente
recenseador.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 5
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Aplicação de cadastros
Asa Branca
Sertão e Ranário
Morro do Tiagão
Loteamento
Recanto da Vila
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Gráfico 1:: Relação entre as avalições realizadas de maneira direta e indireta nas diferentes regiões da bacia.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Morro do Sertão e
Recanto da Vila Loteamento Asa Branca
Tiagão Ranário
população fixa 272 320 92 304 196
população flutuante 1.614 5.423 134 99 798
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 6
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Tipo de ocupações
Asa Branca
Sertão e Ranário
Morro do Tiagão
Loteamento
Recanto da Vila
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Definiu-se
se como “população fixa” os entrevistados que informaram quantas pessoas
moravam efetivamente na residência e “população flutuante” como veranistas, vvisitantes,
moradores que não foram encontrados, dentro de estimativas aparentes e de acordo com as
características de cada ocupação. Não foi computado na “população flutuante” o visitante
temporário ou esporádico, isto é, aquele que visita apenas em um det
determinado
erminado dia ou em um
determinado evento, como nas épocas de campeonato de surf por exemplo.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 7
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Figura 1:: Diferentes tipos de edificações e uso e ocupação do solo na Bacia de Itamambuca.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 8
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
média e baixa. Entretanto, impulsionado pela vocação da bacia, houve uma expansão de
pousadas, campings, hospedarias alternativas e comércios voltados para o turismo. A classe
das residências tem aumentado e atualmente predominam ocupações de classes média e alta.
O mapa
pa abaixo, fornecido pelos líderes comunitários, demonstra a intenção de
homologação da ampliação do território indígena. A expansão dos índios refletiu na migração
de uma parcela da Aldeia Boa Vista, em território adjacente, para uma área dentro da Bacia
Hidrográfica da Itamambuca. O território quilombola também encontra
encontra-se
se em processo de
reconhecimento e regularização. A imagem inda apresenta a área ocupada pelo Parque da
Serra do Mar nos limites da bacia.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 9
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Buscando ainda refinar a avaliação dos diferentes perfis da sociedade que ocupa cada
região, o censo levantado abordou o nível de escolaridade entre os entrevistados. Notou
Notou-se
que o grau de
e informação e instrução está diretamente relacionado à classe social
predominante e a qualidade das ocupações.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 10
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Escolaridade
Asa Branca
Morro do Tiagão
Recanto da Vila
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
O gráfico mostra que o nível de escolaridade cai a medida que se avança no sentido
praia-morro. O Loteamento apresentou os maiores níveis de escolaridade, obviamente
respaldado pela classe social com padrão de vida mais elevado. Na Asa Branca e no Recanto
da Vila, tais números mostram-se
se mais semelhantes e contrastam com a crescente evolução
das classes
sses médias. No Sertão e no Morro do Tiagão, predominam classes mais baixas e
consequentemente, de menor escolaridade e acesso a informação.
Houve algumas tentativas do PGA para trabalhar em conjunto com a escola e o posto
de saúde como parceiros difusores de conhecimento, de forma a fomentar o conceito de gestão
participativa, além de se compartilhar mais dados e informações que pudessem integrar o
banco de dados do projeto.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 11
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Figura 3:: Mapa de distância das ocupações aos corpos d’água (nascentes, rios, brejos e mar).
Morro do Tiagão
Recanto da Vila
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Gráfico 5:: Distância das ocupações aos corpos d’água nas diferentes regiões da Bacia.
1 Lei Federal 12.651/12 – que dispõe sobre critérios para proteção de vegetação nativa
nativa.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 12
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
2 Lei Federal 4.771/65 – que instituía o antigo código florestal (atualmente foi revogado).
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 13
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Captação de água
Asa Branca
Sertão e Ranário
Morro do Tiagão
Loteamento
Recanto da Vila
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Morro do Sertão e
Recanto da Vila Loteamento Asa Branca
Tiagão Ranário
nascente 2 - 35 55 2
comunitária/coletiva 217 701 26 20 59
não sabe 9 - - 1 -
Distribuição de água
Asa Branca
Morro do Tiagão
Recanto da Vila
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Morro do Sertão e
Recanto da Vila Loteamento Asa Branca
Tiagão Ranário
rede de abastecimento - 701 - - 59
cano e mangueira 217 - 61 76 2
alternativa 2 - - - -
não sabe 9 - - - -
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 14
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 15
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Loteamento Loteamento
0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
700
600
Ocupações (un)
500
400
300
200
100
-
despejo na rua
negra
negra
negra
rio
rio
rio
rio
rio
séptica + negra
séptica + negra
céu aberto
céu aberto
céu aberto
céu aberto
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 16
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Quase toda a bacia, armazena sua água em caixas d’água. Com exceção a algumas
ocupações, que possuem cisternas como reservatórios complementares ou possuem ligação
direta. Em todas as regiões foram citadas
citadas escassez de abastecimento de água durante a
temporada, principalmente no verão.
Segundo informações
mações obtidas com a vigilância do loteamento, os “limpa-fossas”
“limpa são
constantemente acionados nas férias e feriados prolongados. Isso pode indicar um sistema
sobrecarregado, no qual as ocupações recebem mais resíduos do que os sistemas de esgoto
comportam ou os sumidouros estão saturados/colmatados, ou seja, não há manutenção nos
tanques sépticos, ocasionando o entupimento.
Considerando que cada pessoa em média gera de 100 a 160 litros de esgoto por dia,
dependendo do tipo e padrão da ocupação. Ao aplicarmos esse parâmetro ao perfil da
população identificada no cadastro fundiário, obteremos um total de 137.600 L ou 137,6 m³/dia
de esgoto produzidos diariamente pela população fixa. Esse valor pode ser ampliado para até
1.450.000 L ou 1.450 m³/dia, em datas festivas, finais de semana, feri
feriados
ados e períodos de férias
de verão.
De maneira subestimada, a população fixa e flutuante oscilam com valores que variam
entre 1.200 a 9.250 pessoas. Dados do SEADE4 indicam que Ubatuba possui uma taxa de
crescimento populacional anual de 1,66%. Se mantivermos
mantivermos esses valores de crescimento, em
10 anos a população fixa quase quadruplicará (aumento de 350%) e a população flutuante
quase quintuplicará (aumento de 513%). Estima
Estima-se
se que em 10 anos a quantidade de esgoto
gerado pela população fixa subirá para quase 488 m³/dia, podendo atingir picos de 7.200
m³/dia. Para efeitos comparativos, uma piscina semiolímpica possui um volume de 1.000 m³ de
água.
Nesta etapa, o estudo avaliou a relação da ocupação com os resíduos sólidos gerados
(gráfico 12). Foram analisados se os resíduos eram acondicionados em lixeiras próprias e
fechadas, que impedissem o acesso de animais e vazamento de chorume. Também foi
considerado o acondicionamento dos entulhos em caçambas estacionárias próprias ou
depositado em vias públicas.
Asa Branca
Sertão e Ranário
Morro do Tiagão
Loteamento
Recanto da Vila
correta incorreta
durante as temporadas,
s, esses impactos são diminuídos pela alta frequência do serviço de
coleta pública.
Este benefício da coleta regular não são proporcionados às demais regiões, pois a
frequência do caminhão de coleta de resíduos é bem menor. Além disso, os caminhões
circulam
am apenas nas vias principais, fazendo com os moradores precisem levar seu lixo de
suas casas até esses depósitos coletivos. Nesses pontos de descartes coletivos, o lixo é
acondicionado em caçambas estacionárias precárias e destampadas. Muitas vezes os res
resíduos
ficam dias a céu aberto, expostos aos animais e vazando chorume. A falta de higienização e
manutenção periódica das caçambas provoca mal cheiro.
No gráfico abaixo (gráfico 13) foram avaliadas nas ocupações a presença de animais
domésticos (cães e gatos)
tos) e de subsistência (vacas, porcos, galinhas, cavalos e outros). A
importância dessa avaliação é dada pelo elevado potencial de contaminação do solo e dos
cursos d’água, decorrente das fezes e excrementos desses animais. Alguns desses animais
também podem
em ser vetores de doenças infecciosas e contagiosas caso medidas, como a
vacinação, não sejam observadas.
Criação de animais
Asa Branca
Sertão e Ranário
Morro do Tiagão
Loteamento
Recanto da Vila
A avaliação foi qualitativa, visando apenas identificar os locais que havia ou não
presença de animais. A análise do estado e qualidade sanitária desses criadouros foi agregada
a avaliação da ocupação num estado geral, através do índice de qualidade de vida, item
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 20
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 21
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Gráfico 13:: Índice que avalia manutenção e cuidados Gráfico 14:: Índice que avalia a exposição da
externos da ocupação. ocupação em relação ao sol e sombra.
0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
Gráfico 15:: Índice que avalia a ventilação e circulação Gráfico 16:: Índice que avalia as medidas profiláticas
de ar nas ocupações. de combate a vetores de doenças transmissíveis.
0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 22
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Asa Branca
Sertão e Ranário
Morro do Tiagão
Loteamento
Recanto da Vila
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 23
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Na zona plana, a vegetação mais baixa e menos densa, a grande distância das
ocupações em relação as margens dos rios, agregada à malha viária no mesmo sentido do
vento predominante que vem do mar, permitem uma boa ventilação, circulação de ar e
exposição ao sol, principalmente do Loteamento. Essas características ambientais,
correlacionadas com os índices de qualidade sanitária e conservação externa, ajudam a
diminuir a proliferação de insetos
tos como o “mosquito da dengue” e animais peçonhentos.
Asa Branca e o Recanto da Vila, ainda que estejam na zona plana, estão um pouco
mais distantes do mar, encontram
encontram-se
se margeados por uma vegetação mais alta e densa, estão
mais próximos aos rios e as ruas
s oferecem mais resistência aos ventos. Essas características
deixam as ocupações menos expostas ao sol e com menos ventilação. A presença de
mosquitos e pernilongos durante a aplicação dos questionários, agregada a índices mais
baixos de conservação externa
na e qualidade sanitária, reforçou a dificuldade de se ter controle
sobre proliferação de insetos e indicou que são áreas com mais susceptibilidade a propagação
de doenças contagiosas.
2. Recursos hídricos
2.1. Análise climática e Balanço Hídrico Climatológico
O banco de dados climáticos de Ubatuba foi alterado para a base de dados disponível
lo Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO)6. Essa alteração deu
pelo deu-se
pela consistência de dados históricos de precipitação e temperatura, correlacionados com
valores de evapotranspiração potencial e real, e outros parâmetros voltados par
para o cálculo do
Balanço Hídrico Climatológico local.
6
Banco de dados climáticos de Ubatuba – CIIAGRO. Disponível em: <<http://http://www.ciiagro.sp.gov.br/ >. Acesso em: 18/02/2018.
_____________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 25
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Comparação climática
400 30,0
350
25,0
20,0
250
200 15,0
150
10,0
100
5,0
50
0 0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
_____________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 26
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Município: Ubatuba - SP
Latitude: 23,45 S Longitude: 45,07 W Altitude: 8 m Período: 1961-1990 CAD: 100mm
Município: Ubatuba - SP
Latitude: 23,45 S Longitude: 45,07 W Altitude: 8 m Período: 2003-2017 CAD: 100mm
MÊS T P ETP ARM ALT ETR DEF EXC
JAN 25,6 242 159 100 0 159 0 83
FEV 26,0 228 136 100 0 136 0 92
MAR 24,9 303 124 100 0 124 0 179
ABR 23,3 258 98 100 0 98 0 160
MAI 20,7 113 66 100 0 66 0 47
JUN 19,5 74 54 100 0 54 0 21
JUL 19,2 116 55 100 0 55 0 61
AGO 19,5 90 67 100 0 67 0 23
SET 20,9 142 85 100 0 85 0 57
OUT 22,2 246 108 100 0 108 0 138
NOV 23,1 314 120 100 0 120 0 194
DEZ 24,9 312 143 100 0 143 0 169
_____________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 27
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
300
250
200
(mm)
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Gráfico 21:: Balanço hídrico normal e extrato do balanço hídrico período de 2003
2003-2017.
2017.
300
250
200
(mm)
150
100
<< Deficit
50
0
-50
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
BHC 1961-1990 244 176 177 150 55 34 -7 4 102 134 158 227
BHC 2003-2017 83 92 179 160 47 21 61 23 57 138 194 169
Gráfico 22: Balanço hídrico normal e extrato do balanço hídrico período de 2003
2003-2017.
2017.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 28
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
isto é, o balanço da disponibilidade de água ofertada pela vazão de referência (Q7,10) variando
em função da demanda de uso.
O CBH-LN
LN realiza sazonalmente um estudo sistemático da criticidade hídrica e para o
Rio Itamambuca. Obteve-se
se os resultados para os anos referência de 2010 e 2013. Esses
cálculos são realizados utilizando outorgas de ca
captação
ptação de água, superficial ou subterrânea,
devidamente regularizadas no Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
Vazão de
Demanda de uso Uso de vazão de Disponibilidade
Bacia Hidrográfica Ano referencia
(m³/s) referência hídrica
Q7,10 (m³/s)
05 - Rio
2010 0,64 0,008490 1,32% Muito alta
Itamambuca
05 - Rio
2013 0,64 0,008611 1,35% Muito alta
Itamambuca
05 - Rio
2018 0,64 0,021420 3,35% Muito alta
Itamambuca *
05 - Rio
2028 0,64 0,109790 17,16% Muito alta
Itamambuca *
* Obs: Dados não oficiais. Esses valoresforam estimados de acordo com os dados de população determinados no diagnóstico,
aplicadas às taxas de crescimento determinadas pelo SEADE.
Tabela 4:: Criticidade hídrica da bacia de Itamambuca.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 29
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Apesar da abundância
ndância de água e dos altos índices pluviométricos da região, a
configuração do relevo condiciona o escoamento superficial da bacia hidrográfica, de forma que
o tempo de permanência da água na bacia seja relativamente curto. Além desses fatores
geodinâmicos, soma-se
se a recente alteração do clima que anualmente vem diminuindo a
disponibilidade hídrica, diante do aumento do contingente populacional da bacia hidrográfica.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 30
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Esta vertente do estudo investigou a qualidade das águas da bacia através dos dados
do monitoramento da balneabilidade, realizado periodicamente pela CETESB.
A figura a seguir demonstra um mapa de evolução de qualidade anual das praias dos
últimos 10 anos, com destaque para o Rio Itamambuca.
7
Diagnóstico da qualidade das praias do Litoral do Estado de São Paulo – CETESB – 2010 - 2017. Disponível em:
<http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/agua/praias/relatorios/relatorio_balneabilidade_201
http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/agua/praias/relatorios/relatorio_balneabilidade_2017.pdf>.>. Acesso em 25/02/2018.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 31
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Praia de Itamambuca Foz do Rio Itamambuca
Imprópria 0 0 0 0 0 0 0 0 38 44 21 40 36 10 17 23
Satisfatória 0 0 6 0 0 0 0 0 40 31 30 23 27 17 31 38
Muito boa 0 10 2 2 18 13 6 19 15 17 43 37 36 8 13 30
Excelente 100 90 92 98 82 87 94 81 6 8 6 0 0 65 38 9
Pelo gráfico, nos últimos 7 anos a qualidade anual do rio é predominantemente ruim,
pois apresenta-se
se imprópria em mais de 40% do período analisado. Embora indique uma
sensível melhora em termos de balneabilidade, principalmente no ano de 2015, o rio ainda
mostra que sofre uma carga muito alta de pressão externa, que resulta tanto na poluição
quanto na contaminação.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 32
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 33
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Limites dos
1ª 2ª 3ª 4ª
Parâmetro Local Unidade parâmetros
campanha campanha campanha campanha
CONAMA 357/05
Foz mg/L 15,9 < LQ < 1,7 < 1,7
Rodovia mg/L 3,1 < LQ < 1,7 < 1,7
DBO 5 dias < 5 mg/L
Recanto mg/L 4,6 4,9 < 1,7 < 1,7
Ranário mg/L < LQ 3,6 < 1,7 < 1,7
Foz mg/L 82,4 < LQ < 15,0 < 15,0
Rodovia mg/L 24,2 < LQ < 15,0 < 15,0
DQO não consta
Recanto mg/L 34,3 25,2 < 15,0 < 15,0
Ranário mg/L < LQ 15,8 < 15,0 < 15,0
Foz mg/L 5,2 6,3 5,9 3,9
Oxigênio Rodovia mg/L 5,6 7,8 6,9 6,5
> 5 mg/L
Dissolvido Recanto mg/L 5,1 7,6 5,9 2,6
Ranário mg/L 5,6 7 5,1 5,8
Foz mg/L < LQ < LQ < 14,5 < 14,5
Rodovia mg/L < LQ < LQ < 14,5 < 14,5
Óleos e Graxas virtualmente ausente
Recanto mg/L < LQ < LQ 18,1 < 14,5
Ranário mg/L < LQ < LQ 17,8 < 14,5
Foz NMP/100mL 7.000,00 20.000,00 <1 360
Coliforme Total <
Contagem de Rodovia NMP/100mL 7.300,00 1.800.000,00 <1 260 5.000 NMP/100mL
Coliformes
Recanto NMP/100mL 10.400,00 100.000,00 88.000 440 Coliforme Fecal <
Totais
1.000 NMP/100mL
Ranário NMP/100mL 69.000,00 80.000,00 55.000 450
Foz °C 26,9 29,3 26,9 20,5
Temperatura da Rodovia °C 25,5 27,3 27,7 19,8
< 40,0° C
Amostra Recanto °C 25,6 28,3 28,3 21,9
Ranário °C 28,3 27,3 22,36 19,8
Foz NTU 1,9 7,3 1,3 0,8
Rodovia NTU 1,3 0,9 1,05 0,7
Turbidez < 100,0 NTU
Recanto NTU 5,9 4,8 4,95 3,8
Ranário NTU 12 0,9 6,45 1,8
Foz NA 7,5 7,3 7,1 7,1
Rodovia NA 8,1 7,2 7,2 8
pH 6,0 < pH < 9,0
Recanto NA 8,1 7,3 7,2 7,3
Ranário NA 6,6 7,2 7,3 8
Foz mg/L < LQ < LQ < 1,5 2,5
< 1,27mg/L ambiente
Rodovia mg/L < LQ 1,7 < 1,5 2,5 lêntico <
Nitrogênio Total
Recanto mg/L < LQ < LQ < 1,5 2,5 2,18 mg/L ambiente
lótico
Ranário mg/L < LQ < LQ < 1,5 2,1
Foz mg/L 0,176 0,098 < 0,005 < 0,005
< 0,03 mg/L
Rodovia mg/L < LQ 0,2 < 0,005 < 0,005 ambiente lêntico
Fósforo total
Recanto mg/L 0,192 0,111 0,03 < 0,005 < 0,05 mg/L
ambiente lótico
Ranário mg/L 0,199 0,096 < 0,005 0,035
Foz mg/L 3.139,00 5.870,00 7.674 4.720
Sólidos Totais Rodovia mg/L 29 47 94 32
< 500 mg/L
(Resíduo Seco) Recanto mg/L 3.013,00 17.316,00 2.176 1.819
Ranário mg/L 56 74 108 37
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 34
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Tabela 5:: Comparação das análises de laboratório feitas para cálculo de IQA.
As coletas no dia 27/01/2014 foram realizadas entre 11:30 e 13:00; no dia 19/02/2015,
foram realizadas entre 13:50 e 15:00; no dia 20/10/2016 foram realizadas entre 11:10 e 12:15;
no dia 28/07/2017 foram realizadas entre 10:30 e 11:40. Em todos os casos não houve chuvas
nas últimas 48h. A preocupação de conhecer se houve ou não chuvas no período de coleta
tem como fundamento o transbordamento das fossas e o quanto de material é carreado para o
rio, o que normalmente piora a qualidade da água.
A maioria
oria dos parâmetros atenderam totalmente à legislação (temperatura, turbidez e
pH), ao passo que os demais apresentaram algumas oscilações (DBO, DQO, oxigênio
dissolvido, óleos e graxas, nitrogênio total, sólidos totais, Coliformes totais e fósforo total). Nas
três primeiras campanhas os valores de oxigênio dissolvido (OD) foram surpreendentes se
comparados à quantidade de coliformes totais, pois os coliformes se propagam em elevadas
concentrações nas zonas de decomposição ativa, com concentrações de oxigênio
oxigên dissolvido
abaixo de 4,0mg/L. Já na quarta campanha ocorreu o inverso, pois alguns valores de oxigênio
dissolvido foram abaixo de 4mg/L e a quantidade de coliformes totais permaneceu baixa.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 35
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Lua: Minguante
Figura 6: Horário das coletas comparados ao regime de marés (dia 27/01/2014) – Marégrafo do Porto de São
Sebastião/SP
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 36
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Lua: Nova
Figura 7:: Horário das coletas comparados ao regime de marés (dia 19/02/2015) – Marégrafo do Porto de São
Sebastião/SP
Lua: Miniguante
Figura 8:: Horário das coletas comparados ao regime de marés (dia 20/10/2016) – Marégrafo do Porto de São
Sebastião/SP
Lua:Nova
Figura 9:: Horário das coletas comparados ao regime de marés (dia 28/07/2017) – Marégrafo do Porto de São
Sebastião/SP
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 37
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
As coletas realizadas nos dias 27/01/2014 e 20/10/2016, ocorreram sob fase da Lua
Minguante, quando ocorre a maré de quadratura. Nessas condições, as variações de maré são
reduzidas em relação
ão a períodos de Lua Cheia e Lua Nova (quando ocorrem as chamadas
marés de sizígia, com maiores variações de maré e velocidades associadas), o que minimiza a
intrusão salina no estuário e tende a aumentar a estratificação vertical na coluna d`água, com
depuração
uração mais rápida da matéria em suspensão nas camadas mais superficiais da água
As coletas realizadas nos dias 19/02/2015 e 28/07/2017 ocorreram soba fase da Lua
Nova e, portanto, maré de sizígia. Observou-se
Observou se uma variação da ordem de 1,2 m, com as
coletas ocorrendo logo após a maré cheia. Assim, durante este experimento devem ter ocorrido
as condições mais favoráveis a entrada de água marinha no estuário, com possíveis efeitos de
intensificação de mistura no estuário e redução do transporte de matéria em suspensão
s em
direção ao mar, com maior acúmulo.
Deve-se
se reconhecer que, os locais que sofrem influência direta da maré deveriam ser
amostrados periodicamente por hora, por pelo menos um ciclo de maré em diferentes fases
lunares e diferentes condições de vazão
vaz fluvial.
Assim como o nitrogênio, o fósforo é um nutriente e não traz problemas de ordem
sanitária para a água. Ambos são macronutrientes fundamentais para o crescimento e
multiplicação das bactérias responsáveis pelos mecanismos bioquímicos de estabilização da
matéria orgânica. Por outro lado, como
como foi indicado pelas análises, concentrações elevadas de
fósforo podem contribuir, da mesma forma que o nitrogênio, para a proliferação de algas e
acelerar, em determinadas condições, o processo de eutrofização.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 38
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Neste trabalho para o cálculo desta razão foi adotado os enterococos como
estreptococos fecais e os coliformes totais como coliforme fecal.
* obs.: Os valores de Enterococos foram obtidos nos relatórios microbiológicos anuais da CETESB.
Tabela 7:: Cálculo da razão entre coliformes totais e enterococos fecais.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 39
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Esse cálculo da razão foi realizado apenas na foz do rio Itamambuca (P1), por possuir
dados dos dois parâmetros de referência. Ainda que haja algumas possíveis discrepâncias
entre as razões, devido à natureza dos microrganismos e sua classificação taxonômi
taxonômica
(substituições dos parâmetros coliformes totais no lugar de coliformes fecais e enterococos no
lugar de estreptococos),
), os elevados valores entre essas razões confirmam que a origem da
contaminação é predominantemente humana.
Todos os parâmetros correlacionados entre si indicam o índice de qualidade das
águas (IQA) de cada estação de monitoramento, em cada campanha de amostragem.
Classificação
PÉSSIMA IQA ≤ 19
42,0 45,1 41,9 49,3
Figura 10:: Índices de qualidade da água nos pontos de monitoramento ao longo da bacia.
A avaliação direta dos IQAs indicou que a influência sobre o rio Itamambuca causado
pelas comunidades à montante da BR
BR-101
101 é bem menor do que a influência causada pelas
comunidades
dades que estão à jusante. Certamente um monitoramento de qualidade das águas e
pesquisas mais específicos poderão quantificar capacidades de autodepuração e criticidade
hídrica, principalmente nos rios afluentes Arataca e Guaracuy.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 40
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
CBH-LN. Relatório de situação dos recursos hídricos do litoral norte. Ubatuba: Comitê de
Bacias Hidrográficas do Litoral Norte, 2012
2012-17. Acesso: http://www.cbhln.com.br/
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 41
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
SILVA, A. C. O litoral norte do Estado de São Paulo, formação de uma região periférica.
São Paulo: IGEOG/USP, 1975, 175 175-180
180 p. (Série Teses e Monografias n° 20).
3. Vegetação
A partir das feições tratadas no ambiente no SIG com relação a cobertura vegetal e,
confirmação dos dados secundários, realização de ajustes e caracterizações em campanhas
de campo¹, têm-se
se a fitofisionomias que seguem:
¹ As campanhas de campo foram realizadas nos meses de fevereiro, março e junho de 2018.
¹ Classificou-se
se a vegetação com base na legislação aplicada: Resolução Conjunta SMA-IBAMA
IBAMA n° 01/1994 e
Resolução CONAMA n° 07/1996 – definem os critérios para caracterização de Florestas Ombrófilas e de Vegetação
de Restinga.
3.1.2. Escrube
Sobre este tipo de vegetação também foi identificado a ocorrência desequilibrada dos
exemplares arbóreos, chapéu-de
de-sol e abricoteiro-de-praia,
praia, comprometendo severamente a
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 43
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Figura 1. Gradiente estrutural da vegetação de restinga. A medida que se distancia da praia, interiorizando
interiorizando-se, a
mesma vai ganhando porte.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 44
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Trata-se
se de uma floresta mais alta, mais úmida e mais fechada quando comparada a
Floresta Baixa de Restinga.
ga. A altura média fica em torno de 8
8-10
10 metros, porém quando
próximo de locais úmidos como, por exemplo, junto ao Rio Itamambuca ou nos fundos da
planície, é possível observar indivíduos arbóreos com mais de 15 metros. A amplitude
diamétrica é moderada com
m predomínio de diâmetros de até 20 cm. São identificados
diferentes estágios sucessionais, sendo o médio e o avançado os mais comuns, com
predominância do primeiro.
No sub-bosque
bosque destacam-se
destacam myrtáceas (Myrciaspp),
spp), rubiáceas (Psychotriaspp,
(
principalmente Psychotriamapourioides
Psychotriamapourioides), melastomatáceas (Miconiaspp)
spp) e arecáceas
(Astrocaryumaculeatissimum – brejaúva, Bactrissetosa – tucum), além de indivíduosjovens das
espécies arbóreas acima citadas.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 45
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 46
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
O solo apresenta-se
se recoberto por uma camada de serapilheira
serapilheira contínua, de
espessuramédia.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 48
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 49
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
1 2
3 4
5 6
Foto 2.Próximo
Próximo a ponta norte da praia, vê-se
vê o “escrube” em porção do pós-praia
praia onde praticamente
inexiste a vegetação etolonífera.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 50
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
7 8
9 10
11 12
Foto 8. Exemplar jovem de Euterpe edulis a compor o estrato arbóreo da Floresta Alta de Restinga.
Foto 10. Floresta Alta de Restinga (estágio médio de regeneração) que margeia o Rio Itamambuca.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 51
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
13 14
15 16
17 18
Foto 13. Vista do fragmento de Floresta Ombrófila Densa, em porção localizada entre as cotas 80 e 120.
Foto 17. Ramo florido de Erythrinaspeciosa (mulungu-do-litoral). Foto 18. A arácea Anthuriumloefgrenii.
Anthuriumloefgren
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 52
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
19 20
21
21 22
23 24
4. Geodinâmica
Nas visitas, bem como nos questionamentos feitos pelas equipes de “Uso e Ocupação”
junto das comunidades, nada se teve retornos sobre pr
problemas
oblemas relacionados a
instabilidade geológica de áreas;
Disponibilizado
isponibilizado na mídia anexa seguem mapas temáticos de litologia, geomorfologia e
declividade
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 54
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Nessa etapa de trabalho do projeto, a entrada de dados no sistema foi realizada por
edição vetorial no Banco de dados Geográficos da ESRI (Geodatabase), plotagem de dados e
pela sistematização e importação de novos dados no Banco de Dados Geográficos.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 55
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
Alguns córregos existentes nas planícies não são identificáveis nas imagens de satélite
e nem estão representados em dados secundários. Considerando a importância de alguns
desses córregos para o planejamento da ocupação na bacia hidrográfica, foi realizado o
levantamento e mapeamento dessas feições em campo, sendo que alguns desses córregos já
haviam sido incorporados ao arquivo apresentado na etapa anterior.
Os dados provenientes do diagnóstico sanitário e ambiental, levantados em campo
através de entrevistas, foram sistematizados em planilhas eletrônicas
eletrônicas e plotados no Banco de
Dados Geográficos, utilizando as coordenadas geográficas das residências.
Os dados levantados em campo referentes à cobertura vegetal foram utilizados para
conferir e aperfeiçoar as feições resultantes da classificação digi
digital
tal da imagem orbital. A
incorporação dessas novas informações no sistema foi realizada através de edições e
operações vetoriais utilizando o software ArcGIS.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 56
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
através do fatiamento da grade retangular em 12 passos fixos, com intervalo de 100 metros de
altitude por classe. Os dados foram exportados do Spring para o Banco de Dados Geográficos
da ESRI.
5.2.3.Distância
Distância dos corpos d`água
Figura 1 – Menor distância das edificações com relação aos corpos d`água.
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 57
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
5.3. Saída de
e Informações do sistema
Para a apresentação das informações geradas nessa etapa foram elaboradas cartas
temáticas, em escala compatível com seu dado de origem, nos seguintes temas:
- Mapa hipsométrico
- Mapa de gestão especial
- Mapas de distância das edificações com relação aos corpos d`água
- Mapa de cobertura vegetal
Os mapas digitais são apresentados na mídia anexa à este relatório.
Com o objetivo de
e ampliar o acesso às principais informações produzidas, foi
implementado um SIG Web, onde as informações estão disponibilizadas na internet e podem
ser acessadas de por qualquer browser navegador. Isso permite que qualquer pessoa com um
mínimo de conhecimento
ento em informática, possa manipular as camadas de informações e gerar
seus próprios mapas, tanto por computadores pessoais como por smartphones.
Visando proporcionar a sustentabilidade dos resultados, com a continuidade da
disponibilização dos dados e possibilidade
ossibilidade de atualizações, mesmo após a conclusão do
financiamento, prezou-se
se pela adoção de tecnologias livres que não necessitam de custo para
se manter.
Desta forma,, as camadas de visualização dos dados foram elaboradas no software
QGIS e sua hospedagem,
dagem, publicação e compartilhamento na rede de internet foi realizada por
meio do QGIS Cloud.
O GeoPortal da Bacia Hidrográfica de Itamambuca está disponibilizado para acesso em:
http://www.qgiscloud.com/itamambuca/SIGWEB
oud.com/itamambuca/SIGWEB .
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 58
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
6. Gestão Participativa
As problemáticas
emáticas encontradas dividem
dividem-se
se em duas áreas: ambiental e social. Do ponto
de vista social, o crescimento populacional culminou em um aumento na produção de resíduos
sólidos, no consumo de água e na geração de efluentes líquidos. Aqui surgem dois cenários
regionais distintos e que precisam ser discutidos para entender a atuação dos órgãos públicos.
O primeiro cenário é o das áreas ocupadas e regularizadas, que permitem todo aporte
e acesso à serviços de infraestrutura básica, tais como tratamento de água, coleta de lixo,
iluminação pública, arruamento e outros. Esse cenário engloba as regiões do Loteamento e
Asa Branca.
Em relação aos resíduos sólidos, a coleta realizada pela Prefeitura atende de maneira
satisfatória
ria apenas algumas regiões com loteamentos regulares, ao passo que outras não. A
criação das lixeiras coletivas, mostrou-se
mostrou se ineficiente, pois, além de não comportar a demanda,
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 60
RELATÓRIO TÉCNICO
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________
De maneira análoga, as épocas de estiagem têm feito com que muitas ocupações não
tenham acesso a água. Mesmo durante as temporadas de verão, que na teoria teria uma oferta
maior de água em função dos ele
elevados
vados índices pluviométricos, boa parte da população
também tem consumo reduzido. Todas essas problemáticas ocorrem quando a criticidade
hídrica indicada pelo DAEE, aponta uma grande oferta de água e pouca demanda de uso. Os
prognósticos futuros podem ser sombrios se forem confirmadas as taxas de crescimento
populacional.
Prognósticos
termos de ajustes de conduta (TAC), mais eficientes e que possam cobrar dos respectivos
atores suas responsabilidades.
Um sistema de gerenciame
gerenciamento
nto de resíduos sólidos simples, que pode associar as
lixeiras coletivas com alguns centros de coleta seletiva. Agregado a programas de
conscientização e educação ambiental, esse sistema pode ser mais uma fonte de renda. Esses
são alguns conceitos que deve
devem
m ser amadurecidos com a população durante a gestão
participativa.
8. Anexo
_____________________________________________________________________________________________
[email protected] www.getengenharia.com.br 63