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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS

CURSO: Enfermagem DISCIPLINA: Anatomia dos Sistemas

NOME DO ALUNO: Etiane Monteiro Guidini

RA: 2100866 POLO: Boqueirão

DATA: 30 / 05 / 2022
2

TÍTULO DO ROTEIRO: Anatomia dos Sistemas

INTRODUÇÃO
.
O objetivo deste trabalho é relatar a opinião dos estudantes sobre as
metodologias de ensino utilizadas nas atividades práticas da anatomia dos
sistemas e abordar questões relacionadas aos roteiros desenvolvidos nas aulas
práticas que envolvem o manuseio de partes de peças anatômicas.
A anatomia humana é uma disciplina básica para todos os estudantes
ingressantes na área da saúde, sendo assim, os alunos aprendem a forma e a
localização das estruturas do corpo humano, correlacionando-as com suas funções.
A posição anatômica adotada em todo o mundo com o objetivo de facilitar a
descrição das estruturas que compõem o corpo humano.
O conhecimento do homem, do seu meio ambiente, tornou-se possível graças
ao funcionamento integrado do Sistema Nervoso, por meio de um grupo de células
especializadas que possuem características de excitabilidade e condutividade.
Assim, o Sistema Nervoso não somente cria um conhecimento do meio ambiente,
mas o torna possível para que o corpo humano responda às mudanças ambientais
com a necessária precisão.
Portanto, o Sistema Nervoso é um conjunto de órgãos responsáveis pela
coordenação e pela integração dos sistemas orgânicos. Além disso, ele relaciona o
organismo com meio externo e, ao mesmo tempo, coordena o funcionamento
visceral.
Entretanto, podemos dividir o Sistema Nervoso de acordo com dois critérios, o
morfológico e o funcional. De acordo com o critério morfológico, dividimos o Sistema
Nervoso em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
Os segmentos compreendem a cabeça, o pescoço, o tronco e os membros. A
cabeça na parte superior do corpo, presa ao tronco pelo o pescoço, o tronco está
constituído pelo tórax, pelo abdomem e pela a pelve. Sobre os membros, dois são
superiores e dois são inferiores. Os membros possuem raiz que se prende ao
tronco.( cabeça, pescoço, tórax, abdômen, tronco e pelve) que constitui os membros
superiores e membros inferiores. Temos uma maneira de dividir o corpo humano e
por intermédio dos sistemas orgânicos.
Para tanto, utilizou-se resultados obtidos na aula, fazendo uma relação com o
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conhecimento teórico adquirido.e pesquisa bibliográfica, através de uma análise


qualitativa dos dados obtidos por meio da leitura de diversos autores, como
Crossman ( 2016), Guyton (2006), Machado (2006), Netter, (2000,2011,2015,2019),
Sobotta (2018), que possibilitaram a reflexão sobre a anatonia do corpo humano e o
estudo da anatomia dos sistemas.
Por fim, a anatomia humana nos proporciona um leque de conhecimento,
foram apresentadas peças sintéticas para conhecer e familiarizar com as
atividades para localizar e escrever no caderno partes anatômicas apresentadas,
sendo assim, foi muito importante para o ensino/aprendizado dos alunos. Dessa
forma absorvendo o máximo de informação para inserir em minhas praticas do
cotidiano como aluno e profissional.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Aula 1/2/3

Roteiro 1

SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO

Na aula prática foi apresentado o partes anatômicas que formam o sistema


nervoso, formado pelo Encéfalo, Lobos cerebrais, giros, sulcos e nervos cranianos,
Medula espinal e nervos espinais e Corte transverso da medula espinal.
"O sistema nervoso é o sistema responsável por captar, processar e gerar
respostas diante dos estímulos aos quais somos submetidos. É devido à presença
desse sistema que somos capazes de sentir e reagir a diferentes alterações que
ocorrem em nossa volta e mesmo no interior do nosso corpo.
O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso
periférico. O sistema nervoso central (SNC) está localizado dentro do esqueleto axial
e é subdividido em encéfalo e medula espinhal. O encéfalo é a porção do SNC que
se localiza dentro do crânio neural e nele encontram-se o cérebro, o cerebelo e o
tronco encefálico. Este último ainda é dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo
(MACHADO, 2006). O sistema nervoso periférico (SNP) é a porção do sistema
nervoso que encontra-se fora do esqueleto axial e é composto pelos nervos, que
podem ser espinhais (quando partem ou chegam em alguma porção da medula
espinhal) ou cranianos (quando partem ou chegam em alguma porção do encéfalo);
composto ainda pelos gânglios e terminações nervosas (GUYTON, 2006). De
acordo com a função o sistema nervoso está dividido em sistema nervoso visceral e
sistema nervoso somático. O sistema nervoso visceral é aquele que está
diretamente relacionado às vísceras. Este sistema é dividido em vias aferentes, que
conduzem as informações geradas nos visceroceptores 10 até áreas específicas do
SNC, e, vias eferentes. Estas últimas vias compreendem o sistema nervoso
autônomo (SNA), que é dividido em simpático e parassimpático e é responsável por
levar impulsos de certos centros nervosos até as vísceras (MACHADO, 2006).
5

Figura 1 - Visão panorâmica das partes central e periférica do Sistema Nervoso

Fonte: https://md.uninta.edu.br/geral/anatomia-geral/pdf/anatomia-geral.pdf
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Figura 2- Divisão do sistema nervoso central

Fonte: http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/sistema-nervoso-(introdu%C3%A7%C3%A3o).html

Figura 3 - Divisão do sistema nervosos periférico

Fonte: http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/sistema-nervoso-(introdu%C3%A7%C3%A3o).html
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O ENCÉFALO

O encéfalo é uma porção extremamente complexa do Sistema Nervoso


Central (SNC) e ocupa o interior da caixa craniana. e é a principal região integrativa
do sistema nervoso, responsável pelas funções mais complexas do organismo, tais
como: armazenamento de memórias, concepção de pensamentos, geração de
emoções, razão e a inteligência até o controle da temperatura corporal e pressão
sanguínea, é uma região do corpo formada por cérebro, cerebelo e tronco encefálico
(GUYTON, 2006).
Entretanto, o encéfalo humano contém cerca de 100 bilhões de neurônios e
pesa aproximadamente 1,4 Kg. A região superficial do cérebro, que acomoda
bilhões de corpos celulares de neurônios (substância cinzenta), constitui o córtex
cerebral. O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente
distintas, isto é, cada uma delas controla uma atividade específica.Quando estão em
plena atividade gastam cerca de 20% do oxigênio do nosso corpo e liberam energia
e esta dividido em três partes: o cérebro, o troco encefálico e o cerebelo Envolvida
por membranas denominadas como meninges, estas terão a função de proteger o
encéfalo e a medula contra possíveis choques de contato mecânico.( CORRÊA,
2011)

Figura 4- Encéfalo

Terceiro
ventrículo Aqueduto
cerebral
Telencéfalo

Quarto
ventrículo

Diencéfalo

Mesencéfalo Cerebelo
Ponte
Bulbo

Fonte: http://www.unisinos.br.
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Cérebro - É o órgão mais importante do sistema nervoso, pois é ele que controla os
movimentos, recebe e interpreta os estímulos sensitivos, coordena os atos da
inteligência, da memória, do raciocínio e da imaginação

Cerebelo - A função do cerebelo é coordenar os movimentos do corpo para manter seu


equilíbrio. Regula também o tônus muscular, que é o estado de semicontração que os
músculos se encontram, para entrarem imediatamente em movimento, sempre que for
necessário. Relaciona-se, ainda, com a postura e locomoção.

Tronco Encefalico - Formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pela medula oblonga
(ou bulbo raquidiano), o tronco encefálico conecta o cérebro à medula espinal. Além
de coordenar e integrar as informações que chegam ao encéfalo, ele controla a
atividade de diversas partes do corpo

 Mesencéfalo - localizado após o tálamo e o hipotálamo, é uma região que controla


o grau de contração dos músculos, denominado tônus muscular, e a postura
corporal.

Bulbo raquiano está implicado na manutenção das funções involuntárias, tais como


a respiração.

Ponte á constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas que ligam o


córtex cerebral ao cerebelo.

Tálamo age como centro de retransmissão dos impulsos elétricos.


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LOBOS CEREBRAIS,GIROS,SULCOS E NERVOS CRANIANOS

O córtex cerebral é dividido em seis lobos: os lobos frontal, temporal, parietal,


occipital, insular e límbico. Cada lobo do cérebro exibe características de superfície
particulares, e tem suas próprias funções. Os lobos não se encontram separados
anatomicamente uns dos outros por nenhuma barreira; pelo contrário, são fisicamente
contínuos entre si, ou interligados por meio de vias neurais que permitem que
diferentes partes do cérebro trabalhem juntas para processar e sintetizar informações.
O cérebro apresenta-se cheio de sulcos, os quais delimitam giros ou
circunvoluções cerebrais. Esses sulcos são formados pelas dobraduras que vão
surgindo no córtex, que aumenta de maneira mais rápida que a substância branca.
As protuberâncias formadas dessa forma recebem o nome de giros ou
circunvoluções.
Os sulcos são importantes porque garantem um aumento do volume cerebral,
e os sulcos muito profundos são chamados de fissuras. Entre essas fissuras,
podemos citar a longitudinal, que garante a divisão do cérebro em dois hemisférios.

Figura 5 – Lobos Cerebrais

Fonte:https://www.researchgate.net/figure/Figura-Lobos-do-cerebro-humano_fig1_266069899
10

Lobo Frontal - O lobo frontal é a parte mais anterior do cérebro, estando envolvido
no controle muscular, intelecto superior, personalidade, humor, comportamento
social e linguagem. Posteriormente, é separado do lobo parietal pelo sulco central , e
inferiormente é separado do lobo temporal pelo sulco lateral. As convoluções mais
significativas do lobo frontal são os giros e sulcos pré-central, superior, médio e
inferior, bem como os giros orbitais. Todo o lobo frontal é vascularizado
pelas artérias cerebrais anterior e média, que são ramos da artéria carótida interna.
(CROSSMAN, 2016)

Lobo Parietal -O lobo parietal está situado entre os lobos frontal e occipital, e


separado deles pelos sulcos central e parieto-occipital, respectivamente. Está
envolvido na linguagem, no cálculo, assim como na percepção de várias sensações,
como toque, dor e pressão. O lobo é dividido em duas partes chamadas
de lóbulos (superior e inferior), que são separados por um sulco intraparietal. Outras
estruturas importantes incluem o sulco pós-central, juntamente com o giro pós-
central, o giro angular e o giro supramarginal. O lobo parietal é vascularizado por
ramos das artérias cerebrais anterior, média e posterior. Esta última se origina da
artéria basilar. (CROSSMAN, 2016)

Lobo Temporal - Continuando na lista, temos outro lobo do cérebro chamado


de lobo temporal. É responsável pela memória, linguagem e audição. Situa-se
abaixo dos dois lobos anteriores, dos quais é separado pelo sulco lateral. O lobo
temporal é constituído pelos giros temporais superior, médio e inferior, delimitados
pelos sulcos superior e inferior. É vascularizado pelas artérias cerebrais
média e posterior. (CROSSMAN, 2016)

Lobo Occipital – O lobo occipital é a porção mais posterior do cérebro e está


envolvido no processamento de estímulos visuais. Ele repousa no tentório do
cerebelo, uma dobra da dura-máter que a separa do cerebelo. O lobo occipital é
separado dos lobos parietal e temporal pelos sulcos parieto-occipital e calcarino,
respectivamente. Características e marcos importantes adicionais incluem os giros
occipitais superior e inferior, que são divididos pelo sulco occipital lateral, assim
11

como o cúneus e o giro lingual. O suprimento vascular do lobo occipital é


proveniente da artéria cerebral posterior. (CROSSMAN, 2016)
Lobo Ínsular - Por último, mas não menos importante, temos a ínsula ou lobo
insular, que está enterrado sob os lobos frontal, parietal e temporal. Este lobo está
envolvido no processamento de várias sensações, como sabor, visceral, dor e
função vestibular. O sulco central da ínsula divide sua superfície em giros curtos e
longos. Este lobo é suprido por ramos da artéria cerebral média. (CROSSMAN,
2016)

SULCOS E GIROS

Durante o desenvolvimento embrionário, quando o tamanho do encéfalo


aumenta rapidamente, a substância cinzenta do córtex aumenta com maior rapidez
que a substância branca subjacente. Como resultado, a região cortical se enrola e
se dobra sobre si mesma. Portanto, a superfície do cérebro do homem e de vários
animais apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros ou
circunvoluções cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento do
volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex
cerebral estão “escondidos” nos sulcos.

Figura 6 – Sulcos
12

Fonte: https://www.auladeanatomia.com/sistemas/368/telencefalo

Em qualquer hemisfério, os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral e


o sulco central. Sulco Lateral: é o sulco que separa o lobo frontal do lobo temporal.
Ele é subdividido em ascendente, anterior e posterior. Sulco Central: separa o lobo
parietal do frontal. O sulco central é ladeado por dois giros paralelos, um anterior,
giro pré-central, e outro posterior, giro pós-central. As áreas situadas adiante do
sulco central relacionam-se com a motricidade voluntária, enquanto as situadas
atrás deste sulco relacionam-se com a sensibilidade geral.
Outro sulco importante situado no telencéfalo, na face medial, é o Sulco
Parieto-occipital, que separa o lobo parietal do occipital.

GIROS

Giro Pré-central: localiza-se entre o sulco central e o sulco pré-central. Neste giro


se localiza a área motora principal do cérebro (córtex motor).
Giro Frontal Superior: localiza-se acima do sulco frontal superior.
Giro Frontal Médio: localiza-se entre o sulco frontal superior e inferior.
Giro Frontal Inferior: localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal
inferior do hemisfério esquerdo é o centro cortical da palavra falada

Figura 7 - Giros
13

Fonte: https://www.auladeanatomia.com/sistemas/368/telencefalo

NERVOS CRANIANOS

Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. Os 12 pares de


nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em
algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido
craniocaudal. Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras
córticonucleares que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex,
descendo até o tronco do encéfalo.
A função dos nervos cranianos é conduzir os impulsos nervosos do sistema
nervoso central para a periferia (impulsos eferentes – nervos motores) e da periferia
para o sistema nervoso central (impulsos aferentes – nervos sensoriais) através de
suas fibras.Portanto, são classificados como nervos motores, nervos sensoriais ou
nervos mistos (quando têm funções motoras e sensoriais).(LATARJET, 1996)

Figura 8 - Nervos Cranianos

 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brain_human_normal_inferior_view_with_labels_pt.svg

Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios


situados fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em
14

periféricos órgãos dos sentidos. De acordo com o componente funcional, os nervos


cranianos podem ser classificados em motores, sensitivos e mistos.
Os motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e
acessoriamente os músculos látero-posteriores do pescoço. São eles:
III - Nervo Oculomotor
IV - Nervo Troclear
VI - Nervo Abducente
XI - Nervo Acessório
XII - Nervo Hipoglosso

Os sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados
sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor,
temperatura e tato). Os sensoriais são:

I - Nervo Olfatório
II - Nervo Óptico

VIII - Nervo Vestibulococlear

Os mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro:


V – Trigêmeo
VII - Nervo Facial
IX - Nervo Glossofaríngeo
X - Nervo Vago

I. Nervo Olfatório
O nervo olfatório é exclusivamente sensitivo e está relacionado com a condução dos
impulsos olfatórios, ou seja, com a nossa capacidade de perceber os cheiros. As
terminações desse nervo situam-se na mucosa nasal.

II. Nervo Óptico


Esse nervo é também sensitivo e se relaciona com os impulsos visuais, ou seja, com
a nossa capacidade de visão.

III. Nervo Oculomotor;  IV. Nervo Troclear; VI. Nervo Abducente


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Os nervos oculomotor, troclear e abducente são responsáveis pela movimentação


dos olhos.
V. Nervo Trigêmeo
É predominantemente um nervo sensitivo, porém possui também função motora. O
nervo trigêmeo está relacionado com a sensibilidade da pele da face e do couro
cabeludo e também é responsável por inervar os músculos que garantem a
movimentação da mandíbula.

VII. Nervo Facial


É um nervo essencialmente motor, mas também apresenta função sensitiva. Esse
nervo possui fibras encontradas nos músculos da face, ajudando, desse modo, na
formação das nossas expressões faciais. Ele também se relaciona com a percepção
de gosto na língua.

VIII. Nervo Vestibulococlear


É um nervo sensitivo relacionado com a audição e também com o equilíbrio.

IX. Nervo Glossofaríngeo


Esse nervo atua na percepção do gosto no terço posterior da língua, inerva
músculos que auxiliam o movimento da faringe e inerva a glândula parótida.

X. Nervo Vago
É um nervo extremamente complexo e que se caracteriza por inervar as vísceras
torácicas e grande parte das abdominais. É, sem dúvidas, um dos nervos cranianos
mais importantes.

XI. Nervo Acessório


É um nervo motor que inerva músculos esqueléticos, tais como os músculos trapézio
e esternoclidomastóideo.

XII. Nervo Hipoglosso


É um nervo motor relacionado com a movimentação da língua.
Curiosidade: O número de cada nervo indica a sequência em que ele aparece
conectado ao encéfalo (sentido crânio-caudal).
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MEDULA ESPINAL E NERVOS ESPINAIS

A medula espinal faz parte do sistema nervoso central e situa-se dentro do


canal vertebral (ou canal medular) da coluna vertebral. Durante o desenvolvimento, há
uma desproporção entre o crescimento da medula espinal e o crescimento da coluna
vertebral. 
 A medula espinal possui substância cinzenta e branca e pode ser dividida em
quatro superfícies: uma anterior, uma posterior e duas laterais. Essas superfícies
apresentam fissuras (anteriores) e sulcos (anterolateral, póstero-lateral e posterior).
Solidifique seu conhecimento sobre as estruturas da medula espinal com nossos
materiais de estudo interativos.
A substância cinzenta é a parte central em forma de borboleta da medula
espinal e é composta por corpos celulares neuronais. Compreende os cornos
anteriores, laterais e posteriores. A substância branca envolve a substância cinzenta e
é composta por axônios. Ela contém vias neurais que conectam o cérebro com o resto
do corpo. Agora teste seus conhecimentos sobre a estrutura da medula espinal.
Os nervos espinais se originam da medula espinal, que é protegida
pela coluna vertebral. A coluna é formada pelas vértebras cervicais (7), as torácicas
(12), as lombares (5), o sacro e o cóccix. A maioria dos nervos espinais saem da
medula pelos forames intervebrais.
A medula se estende do bulbo até a margem superior da 2ª vértebra lombar.
Ela apresenta duas intumescências, a cervical e a lombar, sendo que esta última
origina os nervos dos membros inferiores. Porém, sua extensão é menor que a
coluna vertebral, dessa maneira, os nervos da região lombar, sacral e coccígea não
saem da coluna vertebral no mesmo nível que saem da medula espinhal, e suas
raízes formam a cauda equina. Ela em conjunto com os nervos espinhais contribui
para a manutenção da homeostasia, fornecendo respostas rápidas e reflexas a
vários estímulos. (NETTER, 2011)
17

Figura 9 – Medula espinhal

Fonte: SNELL, R. S. Neuroanatomia clínica. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan,
2011.

Figura 10 – Artérias Medula Espinal

Fonte: NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.
18

Figura 11 – Nervos Espinais

Fonte: NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Elsevier, 5ª. Edição, 2011.

Medula Espinal-Nervos Espinais

 A Medula Espinal apresenta 31 segmentos, em cada um dos segmentos se origina


um par de nervos espinais.
 8 segmentos cervicais: o primeiro par de nervos espinais emerge entre o osso
occipital e a margem superior do atlas, desta forma entre as vértebras CVII e TI está
localizado o oitavo par de nervos cervicais.
 12 segmentos torácicos: que originam 12 pares de nervos espinais torácicos, que
emergem nos forames intervertebrais, inferiormente a sua vértebra correspondente.
 5 segmentos lombares: que originam cinco pares de nervos espinais lombares, que
emergem nos forames intervertebrais, inferiormente a sua vértebra correspondente
 5 segmentos sacrais: que originam cinco pares de nervos espinais sacrais.
 1 segmento coccígeo: que origina um par de nervos espinais coccígeo.
 Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral
(motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral
anterior da medula através de filamentos radiculares.
19

 A Raiz Ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas


radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo
ao forame intervertebral.
 A Raiz Dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas
prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para
formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal.

CORTE TRANSVERSO DA MEDULA ESPINAL

Na medula espinal a substância branca está localizada externamente,


enquanto que, a substância cinzenta é interna.
A substância branca é constituída por fibras nervosas mielínicas que possuem
direção ascendente ou descendente.
Está separada por funículos, pelos sulcos da superfície da medula. 
Nos funículos encontramos os principais tratos ou fascículos (vias) de
condução de estímulos:

Funículo anterior: localizado entre a fissura mediana anterior e o sulco


anterolateral. Tratos ou fascículos: trato espinotalâmico anterior (via para o tato
protopático e pressão); trato corticospinal anterior (via motora, não cruzada na
decussão das pirâmides); trato tetospinal (movimento reflexos da cabeça por
estímulos visuais); trato reticulospinal anterior (relacionado com movimentos
posturais); trato vestibulospinal anterior (controle sobre a musculatura para a
manutenção do equilíbrio).

 Funículo lateral: localizado entre os sulcos anterolateral e póstero-lateral. Tratos


ou fascículos: trato espinotalâmico lateral (temperatura e dor); tratos
espinocerebelares anterior e posterior (propriocepção inconsciente); trato
corticospinal lateral (via motora, cruzada na decussação das pirâmides); trato
reticulospinal lateral (relacionado com movimentos posturais e marcha); trato
rubrospinal (controle dos músculos distais).
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Funículo posterior: localizado entre os sulcos póstero-lateral e mediano. Esse


funículo é subdividido pelo sulco e septo intermédio posterior em duas áreas,
fascículo grácil (medialmente), e o fascículo cuneiforme (lateralmente). 
O fascículo grácil estende-se por toda a medula espinal, carregando
informações proprioceptivas conscientes e tato epicrítico dos membros inferiores e
metade inferior do tronco. 
O fascículo cuneiforme se forma na região torácica alta, seguindo para a
região cervical da medula. 
Conduz estímulos proprioceptivos conscientes e tato epicrítico da parte
superior do tronco e membros superiores.
A substância cinzenta da medula é constituída por corpos de neurônios, fibras
nervosas amielínicas e células gliais.
Apresenta a forma da letra H, a parte transversal do H é denominado de
coluna intermédia, enquanto que, as barras do H são as colunas anteriores e
posteriores. As colunas anteriores e posteriores são encontradas em todos os
segmentos da medula espinal, as primeiras são motoras e, as segundas sensitivas. 
Nas regiões torácica e lombar alta é encontrada a coluna lateral (contém
neurônios pré-ganglionares simpáticos).

 Coluna anterior: apresenta um grande número de neurônios das regiões cervical e


lombossacral, nessas regiões as colunas anteriores apresentam dois grupos de
neurônios, o grupo medial (para os músculos proximais dos membros), e o grupo
lateral (para os músculos distais dos membros). Na região torácica, as colunas
anteriores apresentam um único agrupamento de neurônio (medialmente), para os
músculos axiais.
 
Coluna posterior: recebe estímulos sensitivos. As diferentes categorias sensitivas
alcançam a coluna posterior em pontos determinados. No ápice da coluna posterior
as aferências são do trato espinotalâmico, para a modulação de dor (área conhecida
como substância gelatinosa).
 Coluna lateral: localiza nas regiões torácica e lombar alta. Formada pelos corpos
celulares dos neurônios pré-ganglionares simpáticos.
21

Figura 12 – Secções transversais

Fonte: NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.

Círculo arterial do cérebro

O círculo arterial do cérebro, também conhecido pelo epônimo “polígono de


Willis”, é constituído a partir da anastomose de várias artérias. Encontra-se na base
do cérebro circundando o quiasma óptico e o túber cinéreo, relacionando-se, nessa
região, com a fossa interpeduncular. Sua formação recebe contribuição das
seguintes artérias: carótida interna, cerebrais anteriores, médias e posteriores,
comunicantes posteriores e anterior.
Com relação ao processo de anastomose dos vasos do círculo arterial, tem-se
a comunicação entre as artérias carótidas internas com as artérias cerebrais
posteriores, por intermédio das artérias comunicantes posteriores. Enquanto isso, a
comunicação das artérias carótidas internas com as artérias cerebrais anteriores se
dá de forma direta – sendo essas últimas unidas pela artéria comunicante anterior.
22

As artérias comunicantes anterior e posteriores, além de serem essenciais no


círculo arterial, compensam a vascularização de outras artérias importantes no caso
de oclusão, como exemplo a artéria carótida interna.

Figura 13 - Círculo arterial do cérebro

Fonte: NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011.

ARTÉRIAS CEREBRAIS

Artéria cerebral anterior


Representa um dos ramos oriundo da bifurcação da artéria carótida interna. Segue
trajeto pela fissura longitudinal do cérebro, curva-se em torno do joelho do corpo
caloso e ramifica-se na face medial dos hemisférios, desde o lobo frontal até o sulco
parietoccipital, conferindo irrigação para essas áreas (Figura 6). Também irriga a
porção mais alta da face dorsolateral dos dois hemisférios cerebrais (Figura 6).
Dessa forma, contribui para a vascularização das áreas corticais sensitiva e motora
dos MMII (porção mais alta dos giros pré e pós-central). Assim, obstruções de uma
das artérias cerebrais anteriores podem causar paralisia e diminuição e/ou perda da
sensibilidade do MI do lado oposto.
23

Artéria cerebral média


É o principal ramo da a. carótida interna. Percorre o sulco lateral em toda sua
extensão e distribui-se para a maior parte da face dorsolateral de cada hemisfério
cerebral (Figura 6). Essa região compreende as áreas somestésica e motora do
corpo, com exceção dos MMII, ainda inclui a área da linguagem falada (área de
Broca). Obstruções envolvendo a a. cerebral média acarreta paralisia e diminuição
da sensibilidade do lado oposto do corpo (exceto no MI), assim como pode causar
distúrbios na linguagem (afasia de Broca – o indivíduo tem dificuldade em falar
mesmo que consiga entender a linguagem ouvida ou lida).

Artéria cerebral posterior


Esse ramo proveniente da artéria basilar segue trajeto posteriormente e  contorna o
pedúnculo cerebral, distribuindo-se a face inferior do lobo temporal e todo o lobo
occipital (Figura 6). Dessa forma, contribui com a irrigação da área primária visual
(lábios do sulco calcarino, situado no lobo occipital). Portanto, obstruções
envolvendo artéria cerebral posterior podem ocasionar cegueira em um dos campos
visuais (temporal ou nasal).

Figura 14 - Áreas corticais correspondentes às artérias cerebrais.

Fonte: Meneses, Neuroanatomia Clínica, 2011


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VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA ESPINAL


A medula espinal tem sua vascularização arterial a partir das artérias
espinhais  anterior e posteriores e das artérias radiculares, as quais chegam à
medula juntamente com as raízes dos nervos espinais.

Artéria espinal anterior

Trata-se de tronco único originado pela anastomose de dois ramos


provenientes das artérias vertebral direita e esquerda. Dispõe-se  superficialmente
na fissura mediana anterior ao longo de toda extensão da medula até o cone
medular. No decorrer do seu trajeto, emite ramos às artérias sulcais, as quais
adentram no tecido nervoso pela fissura mediana anterior. A artéria espinal anterior
confere vascularização arterial para as colunas (anterior e lateral) e funículos
anterior e lateral da medula.  

Artérias espinhais posteriores

Oriundas das artérias vertebrais direita e esquerda seguem posteriormente e


circundam o bulbo. Logo após,  percorrem longitudinalmente a medula, medialmente
aos filamentos radiculares das raízes dorsais dos nervos espinais. Confere irrigação
para a coluna posterior e o funículo posterior da medula.

Artérias radiculares

Possuem origem dos ramos espinais das artérias segmentares do pescoço e


do tronco. Estas adentram nos forames intervertebrais juntamente com os nervos
espinais e emitem as artérias radiculares anteriores e posteriores, as quais
percorrem a medula com as correspondentes raízes dos nervos espinais. As artérias
radiculares anteriores encontram-se com artéria espinal anterior, e as artérias
radiculares posteriores com as artérias espinhais posteriores.
25

Figura 15- Vascularização da medula espinal

Fonte: NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2000.

INERVAÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

A inervação dos Membros Superiores é feita pelo Plexo Braquial que é


formado pelos ramos anteriores dos nervos espinhais cervicais (C5 à C8) e pelo
primeiro nervo torácico T1. O Plexo Braquial emerge entre os músculos escalenos
(anterior e médio) seguindo lateralmente ao músculo esternocleidomastoideo e
passa profundamente a clavícula até chegar a região axilar. Nessa região os axônios
do Plexo Branquial formam os nervos radial, axilar, ulnar, mediano e músculo-
cutâneo. (EKMAN,2000)

Nervo Radial: tem origem nos ramos do 5º ao 8º nervo cervical e 1º nervo torácico.
Responsável pela inervação dos músculos tríceps braquial, braquiorradial, extensor
radial longo e curto do carpo, supinador e os músculos da região posterior do
antebraço.
Nervo Axilar: Tem origem nos ramos do 5º e 6º nervos cervicais. Responsável pela
inervação dos músculos deltóide e redondo menor.
Nervo Ulnar: Tem origem nos ramos ventrais do 8º nervo cervical e 1º nervo
torácico. Responsável pela inervação dos músculos flexor ulnar do carpo, metade
ulnar do flexor profundo dos dedos, adutor do polegar, parte profunda do flexor curto
do polegar, músculos da região hipotênar e os músculos interósseos.
26

Nervo Mediano: O nervo mediano representa um dos ramos terminais do PB, ele
provém dos ramos laterais e medial tendo origem nas raízes de C5 à C7 (porção
lateral) e C8 à T1 (porção medial). É responsável pela inervação de quase todos os
flexores do antebraço e dos músculos pronador redondo e quadrado. Na região
palmar inerva também alguns músculos intrínsecos da mão.  
Nervo Músculo Cutâneo: Este nervo deriva-se dos ramos ventrais do 5º ao 7º
nervos cervicais (C5 à C7). Responsável por inervar os músculos braquiais anterior,
bíceps braquial e coracobraquial.

Figura 16 - A inervação Cultânea dos Membros Superiores


27

Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2015

INERVAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

NERVAÇÃO DOS MEMBROS


INFERIORES
A inervação somática motora e sensitiva geral dos membros inferiores é
feita através de nervos periféricos que emanam dos plexos lombar e sacral nas
paredes abdominal posterior e da pelve . Estes plexos são formados pelos
ramos anteriores de L1 a L3 e grande parte L4 ( plexo lombar) e L4 a S5 ( plexo
sacral) .
Os nervos que originam nos plexos lombar e sacral e penetram no
membro inferior carregam fibras de níveis da medula espinal entre L1 e S3. s
nervos terminais saem do abdome e da pelve através de várias aberturas e
forames para penetrar no membro. Como conseqüência desta inervação, os
nervos lombares e sacrais superiores são testados clinicamente através do
exame do membro inferior. Além disto, os sinais clínicos ( como dor, espetadas e
agulhadas, parestesia e contratura muscular fascicular) resultante de qualquer
distúrbio que afete estes nervos espinais ( p. ex . disco vertebral herniado na
região lombar) aparecem no membro inferior.

Figura 17 - Plexos lombar e sacral


28

Fonte: Gray´s Anatomia clínica para estudantes /Richard L. Drake, Wayne Vogl, Adam W. M. Mit-
chell; ilustrações Richard Tibbitts e Paul Richardson. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

Nervo Femoral

É um ramo do plexo lombar (L2, L3 e L4), emerge da margem lateral do M.


Psoas dentro do abdome, passando no intervalo entre o M.Psoas e o M.Ilíaco. O N.
Femoral: penetra na coxa lateralmente à A. Femoral, posterior ao ligamento Inguinal.
E cerca de 4 cm abaixo do ligamento inguinal, termina ao dividir-se nas divisões
anterior e posterior. É responsável por suprir todos os músculos do compartimento
anterior da coxa.
Nervo ílio-hipogástrico

Surge nas adjacências do músculo psoas maior, seguindo seu trajeto obliquamente
sobre as fibras do músculo quadrado do lombo, onde, em seguida, adentra na
parede lateral do abdome, realizando a inervação sensitiva da pele nas regiões
inguinal e púbica. Suas fibras motoras inervam os músculos da parede anterolateral
do abdome.

Nervo ílioinguinal 

Localiza-se imediatamente abaixo do nervo ílio-hipogastrico, e acompanha o seu


trajeto. Fornece inervação sensitiva para a pele da região genital e inervação motora
para os músculos da parede anterolateral do abdome. Em alguns casos, o nervo
29

ílioinguinal pode estar ausente. (Gray e Goss, 1988; Laterjet e Liard, 1996; Bergman,
Afifi e Miyauchi, 2015).

Nervo cutâneo lateral da coxa 

Percorre obliquamente as fibras do músculo ilíaco e cruza medialmente a espinha


ilíaca anterossuperior. Passa posteriormente ao ligamento inguinal, adentrando a
coxa, e fornece inervação sensitiva para a pele.

Nervo genitofemoral 

Transpassa o músculo psoas maior, na sua superfície divide-se em um ramo genital


e outro femoral. O ramo genital fornece inervação sensitiva à pele do escroto nos
homens e dos lábios maiores do pudendo nas mulheres. O ramo femoral
acompanha o trajeto dos vasos femorais, fornecendo inervação à pele do trígono
femoral.

Nervo obturatório
Emerge na borda medial do músculo maior direcionando-se ao forame obturado,
penetrando-o. Na sua passagem pela loja medial da coxa, supre os músculos
adutores e a pele dessa região.

Figura 18 - Esquema do plexo sacra e Lomlar


30

Fonte: GRAY, H; GOSS, C. M. Gray Anatomia. 29ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998

Nervo glúteo superior — Origina-se da divisão posterior do plexo do qual recebe


contribuições de L4, L5 e S1. Emerge da pelve pelo forame suprapiriforme, e segue
acompanhando pelos vasos glúteos superiores. O nervo glúteo superior divide-se
em ramo superior e inferior, o ramo superior faz a inervação motora do músculo
glúteo mínimo, ao passo que o ramo inferior fornece ramificações para os músculos
glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata.

Nervo glúteo inferior — Caracteriza-se por um misto de fibras motoras e sensitivas.


Origina-se da divisão posterior do plexo, do qual recebe contribuições de L5 até S2.
Sai da pelve através do forame infrapiriforme e segue acompanhado pelos vasos
glúteos inferiores. Suas fibras motoras inervam o músculo glúteo máximo e as
sensitivas suprem o períneo e a coxa. (MOORE, DALLEY, 2001).

Nervo isquiático — Também conhecido como nervo ciático, é o mais espesso e


longo nervo do corpo humano. Suas fibras originam-se dos ramos ventrais dos
nervos espinhais de L4 a S3. Este nervo contribui para inervação sensitiva da pele
do pé e da pele de maior parte da perna. Suas fibras motoras suprem os músculos
da região posterior da coxa e os músculos de toda a perna e do pé (GRAY, GOSS,
1988; HARTWING, 2008).

 Nervo cutâneo femoral posterior — Suas funções são puramente sensitivas.


Dessa forma inerva sensitivamente a pele do períneo, a face posterior da coxa e a
fossa poplítea. Em sua formação, recebe contribuições de fibras da divisão posterior
dos nervos S1 e S2 e da divisão anterior dos nervos S2 e S3. O nervo emerge da
pelve através do forame infrapiriforme, acompanhado dos nervos pudendo, glúteo
inferior e isquiático. Na região glútea, o nervo cutâneo femoral posterior é recoberto
31

pelo músculo glúteo máximo, na coxa encontra-se abaixo da fáscia lata e seus
ramos terminais alcançam a fossa poplítea.

Nervo pudendo — Recebe contribuições das divisões anteriores dos nervos S2, S3
e S4. O nervo pudendo sai da pelve pelo forame infrapiriforme, onde se encontra
abaixo das fibras do músculo piriforme, posteriormente, contorna a espinha
isquiática e ingressa novamente na pelve, pelo forame isquiático menor. Seus ramos
terminais são o nervo anal inferior também chamado de retal inferior, e o nervo
perineal Suas fibras motoras destinam-se à maioria dos músculos do períneo, ao
passo que suas fibras sensitivas fornecem inervação para região anal e genital.
(KAHLE, FROTSCHER, HARTWING, 2008).

INERVEÇÂO DA CABEÇA

A anatomia da cabeça e do pescoço é rica em complexidade, pois é repleta


de órgãos motores e sensoriais, nervos cranianos, estruturas arteriais e venosas
importantes em um espaço tridimensional compacto.
A cabeça humana consiste em uma porção externa carnuda, que circunda
o crânio ósseo que é constituído pela abóbada craniana e a base do crânio.
A cabeça repousa sobre o pescoço e as sete vértebras cervicais a sustentam.
A cabeça humana normalmente pesa entre 2,3 e 5 kg.
O rosto é a parte anterior da cabeça, contendo os olhos, nariz e boca. Em
ambos os lados da boca, as bochechas formam uma borda carnuda para a cavidade
oral. As orelhas ficam de cada lado da cabeça. A parte posterior é chamada
de nuca.
A cabeça recebe suprimento sanguíneo pelas artérias carótidas
interna e externa. Estes suprem a área externa do crânio (artéria carótida externa) e
dentro do crânio (artéria carótida interna). A área dentro do crânio também recebe
suprimento sanguíneo das artérias vertebrais, que sobem pelas vértebras cervicais.
O crânio é apoiado na vertebra cervical atlas. O crânio geralmente é de uma
forma oval, mais largo atrás do que na frente. E é composto por uma série de ossos
achatados e irregulares que, com exceção da mandíbula, são imóveis juntos. É
divisível em duas partes: o neurocrânio, que aloja e protege o cérebro e é
constituído por oito ossos, e os ossos da face que são quatorze, da seguinte forma:
32

CRÂNIO 22 ossos:
NEUROCRÂNIO 8 ossos
(Occipital, Dois Parietals, Frontal, Dois Temporais, Esfenoide, Etmoide)
OSSOS DA FACE 14 ossos

(Dois Nasals,Dois Maxillar,Dois Lacrimals,Dois Zigomático,Dois palatinos,Duas Con
has nasal inferior, Vômer, Mandíbula)

Figura 19 - Músculos Crânio

Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Elsevier, 5ª. Edição, 2011.

Músculo Occipito frontal (Ventre frontal)


Origem: origina-se na pele das sobrancelhas
Inserção: está inserido na aponeurose epicrânica.
Inervação: nervo facial (VII)
Função: responsável por franzir a fronte e elevar as sobrancelhas.

Músculo Occipitofrontal (Ventre occipital)


Origem: origina-se da parte lateral da linha nucal superior do osso occipital e
processo mastoide do osso temporal.
Inserção: insere-se na aponeurose epicrânica.
33

Inervação: nervo facial (VII)


Função: responsável por franzir a fronte e elevar as sobrancelhas.

Músculo Orbicular do Olho (Parte palpebral)


Origem: origina-se no ligamento palpebral medial
Inserção: está inserido na rafe palpebral lateral.
Inervação: nervo facial (VII)
Função: é responsável por fechar as pálpebras suavemente.

Músculo Orbicular dos Olhos (Parte orbital)


Origem: origina-se na parte nasal do osso frontal, processo frontal da maxila,
ligamento palpebral medial.
Inserção: suas fibras formam uma elipse sem interrupção em torno da órbita.
Inervação: Nervo facial (VII).

Função: tem como função fechar as pálpebras de maneira forçada.

Músculo Prócero
Origem: origina-se no osso nasal e parte superior da cartilagem lateral do nariz.
Inserção: insere-se na pele da parte inferior da fronte, entre as sobrancelhas.
Inervação: nervo facial (VII).
Função: responsável por tracionar para baixo o ângulo medial das sobrance lhas,
produzindo rugas transversais sobre o nariz

Músculo Orbicular da Boca


Origem: origina-se dos músculos na área: maxila e mandíbula, na linha média.
Inserção: insere-se na pele e na mucosa dos lábios e em si mesmo.
Inervação: nervo facial (VII).
Função: tem como função fechar os lábios e fazer protrusão (biquinho) dos lábios.

Músculo Abaixador do Ângulo da Boca


Origem: origina-se na linha oblíqua da mandíbula abaixo dos caninos.
Inserção: na pele no ângulo da boca e une-se ao músculo orbicular dos lábios.
Inervação: nervo facial (VII).
34

Função: responsável por tracionar o ângulo da boca para baixo e lateralmente.

Músculo Risório
Origem: origina-se na fáscia sobre o músculo masseter.
Inserção: insere-se na pele no ângulo da boca.
Inervação: nervo facial (VII)
Função: tem como função retrair o ângulo da boca.

Músculo Mentual.
Origem: origina-se na mandíbula, inferior aos incisivos.
Inserção: insere-se na pele do mento.
Inervação: nervo facial (VII)
Função: eleva e faz protrusão do lábio inferior à medida que enruga a pele do mento.

Músculo Zigomático Maior.


Origem: origina-se na parte posterior da face lateral do osso zigomático.
Inserção: insere-se na pele no ângulo da boca.
Inervação: nervo facial (VII).
Função: tem como função tracionar o ângulo da boca para cima e lateralmente

Músculo Zigomático Menor.


Origem: origina-se na parte anterior da face lateral do osso zigomático.
Inserção: insere-se no lábio superior, imediatamente medial ao ângulo da boca.
Inervação: nervo facial (VII).
Função: tem como função tracionar (repuxar, puxar, mover) o lábio superior para cima.

Figura 20 - Músculos Cabeça


35

Fonte: Gray´s Anatomia clínica para estudantes /Richard L. Drake, Wayne Vogl, Adam W. M. Mit-
chell; ilustrações Richard Tibbitts e Paul Richardson. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

Músculo Auricular Anterior, Superior e Posterior

Origem: auricular anterior origina-se na parte anterior da fáscia temporal.


O auricular superior tem sua origem na aponeurose epicrânica no lado da cabeça e
o auricular posterior tem como origem o processo mastoide do osso temporal.
Inserção: auricular anterior insere-se na hélice da orelha.
O auricular superior na parte superior da orelha e o auricular posterior tem sua
inserção na convexidade da concha da orelha.
Inervação: nervo facial (VII).
Função: auricular anterior tracionar a orelha para cima e para frente. O auri- cular
superior sua função é elevar a orelha e o auricular posterior traciona a orelha para
cima e para trás.
36

Figura 21- Músculos Cabeça

Fonte: Gray´s Anatomia clínica para estudantes /Richard L. Drake, Wayne Vogl, Adam W. M. Mit-
chell; ilustrações Richard Tibbitts e Paul Richardson. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

INERVAÇÂO E IRRIGAÇÂO DA CABEÇA

Inervação sensorial
A inervação sensorial da face ocorre por meio dos ramos terminais do nervo
trigêmeo. Duas linhas ima- ginárias que separam as pálpebras e os lábios ajudam a
demarcar aproximadamente a distribuição sensorial das três divisões do nervo
trigêmeo.
Além da pele da face, os ramos do nervo trigêmeo também são responsáveis
por transportar a sensação das estruturas mais profundas da cabeça, incluindo o
olho, os seios paranasais, o nariz e a boca. Os detalhes dessa distribuição são
discutidos com a órbita e as fossas pterigopalatina e infratemporal.

Divisão oftálmica do nervo trigêmeo – A divisão oftálmica do nervo trigêmeo


transporta fibras que conduzem a sensa- ção da pálpebra superior, da pele da testa
e da pele do nariz. Seus ramos cutâneos, de lateral até medial, são os nervos
lacrimal, supraorbital, supratroclear e nasal.
37

Divisão maxilar do nervo trigêmeo – A divisão maxilar do nervo trigêmeo


transporta fibras que conduzem a sensação da pálpebra inferior, do lábio superior e
da face até a proeminência zigomática da região malar. Seus ramos cutâneos são
os nervos infraorbitário, zigomaticofacial e zigomaticotemporal.

Divisão mandibular do nervo trigêmeo – A divisão mandibular do nervo trigêmeo


transporta fibras que conduzem a sensação do lábio inferior, da parte inferior da
face, da aurícula e do escalpo anterior e superiormente à aurícula. Seus ramos
cutâneos são os nervos mentoniano, bucal e auriculotemporal.

Inervação motora
Os músculos da expressão facial são inervados por ramos do nervo facial .
Após emergir do forame estilomastoide, o nervo facial situa-se dentro da substância
da glândula parótida. Aqui, ele solta seus cinco ramos terminais: O ramo tempo- ral
corre até o escalpo para inervar os músculos occipitofrontal e orbicular. O ramo
zigomático corre pela região malar para inervar o músculo orbicular do olho. O ramo
bucal viaja com o canal parotídeo e inerva os músculos bucinador e orbicular da
boca e também os músculos que agem sobre o nariz e o lábio superior. O ramo
mandibular inerva o músculo orbicular da boca e outros músculos que agem sobre o
lábio inferior. O ramo cervical desce até o pescoço e inerva o músculo platisma.

Inervação secretomotora
Embora o nervo facial seja responsável por quase toda a inervação
secretomotora parassimpática da cabeça, é interessante observar que a única
glândula para a qual ele não fornece inervação secretomotora é exatamente a
glândula na qual ele está situado. A inervação secretomotora da glândula parótida
ocorre por fibras carregadas sobre o nervo glossofaríngeo. As fibras parassimpáticas
pré-ganglionares originam-se no núcleo salivar inferior e se unem no nervo
glossofaríngeo. Elas cor- rem por meio do nervo petroso superficial menor e do
forame oval para fazer sinapse no gânglio ótico. As fibras pós-ganglionares agora se
juntam ao ramo auriculotemporal da divisão mandibular do nervo trigêmeo até
alcançar a glândula parótida.
A inervação secretomotora das glândulas submandibular e sublingual é feita
38

por fibras carregadas sobre o nervo facial. As fibras parassimpáticas pré-


ganglionares originam-se no núcleo salivar superior e unem-se ao nervo facial. Elas
correm pelo nervo corda do tímpano e da fissura petrotimpânica para se juntar ao
ramo lingual da divisão mandibular do nervo trigêmeo, na fossa infratemporal, e
fazem sinapse no gânglio submandibular. As fibras pós-ganglionares que correm
para a glândula submandibular em geral alcançam a glândula diretamente a partir
desse gânglio. As fibras pós-ganglionares que correm para a glândula sublingual
alcançam a glândula nos ramos do nervo lingual.

Inervação simpática
A inervação simpática para as glândulas salivares controla a viscosidade das
secreções glandulares. Os neurônios pré-ganglionares originam-se na medula
espinal torácica e sobem pelo tronco simpático para fazer sinapse no gânglio
cervical superior no pescoço. A partir daí, as fibras simpáticas pós-ganglionares
viajam como plexos na artéria carótida externa e em suas ramificações até alcançar
as glândulas salivares.

LÍQUIDO CEREBROSPINAL

O líquor, também conhecido como líquido cefalorraquidiano ou líquido


cerebroespinal, é um líquido límpido e incolor, semelhante ao plasma, que banha
o sistema nervoso central (SNC). O líquor circula por um sistema de cavidades
localizadas no cérebro e na medula espinal, ventrículos, espaço subaracnóideo do
encéfalo e da medula espinal e no canal central da medula. A maior parte do líquor é
secretada por um tecido especializado denominado plexo coróideo, que está
localizado no ventrículo lateral e no terceiro e no quarto ventrículos. A secreção do
líquor é semelhante à sua drenagem, portanto, há sempre cerca de 150-270 mililitros
de líquor circulando no SNC.
As principais funções do líquor são fornecer amortecimento para o encéfalo e
para a medula espinal quando são atingidos por uma força mecânica, fornecer
proteção imunológica básica ao SNC, remover resíduos metabólicos, bem como
transportar neuromoduladores e neurotransmissores. O líquor também é muito útil
para o diagnóstico clínico e suas amostras geralmente são obtidas do espaço
subaracnóideo por punção lombar.(NETTER, 2019)
39

Figura 22 – Líquido cerebrospinal

Fonte: MACHADO, A. B. M.. Meninges e líquor. Neuroanatomia Funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu,
1998. p. 82-84.

CORAÇAO

O coração, órgão do sistema cardiovascular, é uma câmara oca com quatro


cavidades: dois átrios e dois ventrículos. Possui o formato de um cone invertido com
o ápice voltado para baixo e apresenta o volume aproximado de uma mão fechada.
Normalmente pesa cerca de 300 g.
O coração é formado por duas câmaras superiores, os átrios, e duas câmaras
inferiores, os ventrículos. Os átrios estão separados pelo septo interatrial, e os
ventrículos separam-se pelo septo interventricular.
Os átrios apresentam como função principal receber o sangue que vem de
diversas partes do corpo, funcionando, portanto, como câmaras coletoras. Já os
ventrículos são os responsáveis por garantir o bombeamento do sangue para outros
locais, sendo, portanto, câmaras bombeadoras.
40

Tendo em vista o papel de cada câmera do coração, fica fácil compreender


por que os ventrículos apresentam paredes mais desenvolvidas, e os átrios, paredes
mais delgadas. As paredes espessas proporcionam uma contração com muito mais
vigor do que as paredes delgadas, garantindo, assim, que o sangue seja enviado
para diversas partes do corpo.
O átrio direito é uma câmera que recebe sangue de diversas partes do corpo,
exceto os pulmões. Nele desembocam três veias: veia cava superior, veia cava
inferior e seio coronário. O ventrículo direito comunica-se com o átrio direito e dele
parte a artéria pulmonar, que leva sangue aos pulmões.
O átrio esquerdo recebe sangue vindo dos pulmões por meio de quatro veias
pulmonares. O ventrículo esquerdo recebe o sangue do átrio esquerdo e dele parte
a artéria aorta, que é responsável por levar sangue para o restante do corpo, exceto
os pulmões.

Figura 23 - Coração

Fonte:
https://anatomiaonline.com/coração

As paredes do coração são compostas por três túnicas:

Endocárdio: túnica formada por endotélio que repousa sobre uma camada
de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial. Essa última camada é
conectada ao miocárdio pela camada subendocardial, a qual apresenta nervos,
veias e ramos do sistema que conduz o impulso nervoso.
41

Miocárdio: camada mais espessa do coração e responsável pela capacidade


de contração do órgão. Essa camada é formada por feixes de fibras musculares
cardíacas, as quais estão orientadas em várias direções. O miocárdio envolve as
câmeras do coração, sendo mais espesso nos ventrículos – em especial, no
ventrículo esquerdo – e mais fino nas paredes dos átrios.
Pericárdio: saco invaginado que envolve o coração e formado pelo pericárdio
parietal e o pericárdio visceral. O pericárdio parietal é uma camada externa,
enquanto o pericárdio visceral é uma camada mais interna. O pericárdio visceral
forma o chamado epicárdio e reveste o coração externamente.

Arco da Aorta
O arco da aorta continua a partir da parte ascendente da aorta. Sua origem,
ligeiramente à direita, está no nível da borda superior da segunda articulação
esterno costal direita.
O arco primeiro ascende diagonalmente para trás e para a esquerda por
sobre a superfície anterior da traquéia, em seguida por trás através de seu lado
esquerdo e finalmente desce à esquerda do corpo da quarta vértebra torácica,
continuando como a parte torácica da parte descendente da aorta. Ele termina ao
nível da extremidade esternal da segunda cartilagem costal esquerda.
Deste modo, o arco da aorta se encontra totalmente no mediastino superior.
Ele se curva ao redor do hilo do pulmão esquerdo, e se estende para cima ao nível
médio do manúbrio do esterno.
O arco pode também ser visível em vistas oblíquas anteriores esquerda
envolvendo um espaço pálido, a “janela aórtica”, na qual sombras do tronco
pulmonar e de seu ramo esquerdo podem ser discernidas. Seu diâmetro na origem é
o mesmo que na parte ascendente da aorta, 28 mm, mas é reduzido para 20 mm ao
final, após a emissão de seus grandes ramos colaterais.
Na borda com a parte torácica da aorta, um pequeno estreitamento (istmo
aórtico), seguido por uma dilatação, pode ser reconhecido. Na vida fetal, o istmo se
encontra entre a origem da artéria subclávia esquerda e a abertura do ducto arterial.
42

Figura 24 - Arco da Aorta

Fonte: https://anatomiaonline.com/aorta

O tronco braquiocefálico é o primeiro ramo do arco da aorta. Seu trajeto é curto, e


logo divide-se nas artérias subclávia direita e na carótida comum direita. Tem origem
no mediastino superior, zona onde a crossa da aorta se trifurca, e termina atrás da
articulação esternoclavicular direita. Adiante desta estrutura encontra-se o tronco
venoso braquiocefálico direito, e atrás a face anterior da traqueia.
43

AULAS 4/5

ROTEIRO 1

SISTEMA DIGESTÓRIO – CANAL ALIMENTAR E ORGÃOS ANEXOS

O sistema digestório degrada o alimento em moléculas pequenas e


absorvíveis pelas células.
Assim, essas moléculas são usadas no desenvolvimento e na manutenção do
organismo e nas suas necessidades energéticas.
E para isso, o sistema digestório é dividido anatomicamente em duas partes.
A primeira, chamada de Supra-diafragmática, é constituída pela cavidade oral,
pela faringe e pelo esôfago.
E a segunda parte, chamada de Infra-diafragmática, que é constituída pelo

estômago, intestino delgado, intestino grosso. Além dos anexos, constituídos pelas
glândulas salivares, fígado e pâncreas.

Figura 25 – Canal Alimentar

Fonte: https://www.auladeanatomia.com/sistemas/389/sistema-digestorio
44

BOCA

A boca também referida como Cavidade Oral ou Bucal é formada pelas


bochechas (formam as paredes laterais da face e são constituídas externamente por
pele e internamente por mucosa), pelos palatos duro (parede superior) e mole
(parede posterior) e pela língua (importante para o transporte de alimentos, sentido
do gosto e fala). O palato mole se estende posteriormente na cavidade bucal como a
úvula, que é uma estrutura com forma de letra V e que está suspensa na região
superior e posterior da cavidade bucal.
A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e preparado para a digestão
no estômago e intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva,
proveniente das glândulas salivares, facilita a formação de um bolo alimentar
controlável. A deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade da boca. A fase
voluntária do processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe – a parte
expandida do trato digestório – onde ocorra a fase automática da deglutição.
A cavidade da boca consiste em duas partes: o vestíbulo da boca e a
cavidade própria da boca. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda
entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. A cavidade própria da
boca é o espaço entre os arcos dentais superior e inferior. É limitada lateral e
anteriormente pelos arcos alveolares maxilares e mandibulares que alojam os
dentes. O teto da cavidade da boca é formado pelo palato. Posteriormente, a
cavidade da boca se comunica com a parte oral da faringe. 
Figura 26 – Cavidade Bucal/ Palato duro e palato mole

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
45

LÍNGUA

A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da


fala, além de auxiliar na mastigação e deglutição dos alimentos. Localiza-se no
soalho da boca, dentro da curva do corpo da mandíbula.
A raiz é a parte posterior, por onde se liga ao osso hioide pelos músculos
hioglosso e genioglosso e pela membrana glossioidea; à epiglote, por três pregas da
mucosa; ao palato mole, pelos arcos palato-glossos, e a faringe, pelos músculos
constritores superiores da faringe e pela mucosa.
O ápice é a extremidade anterior, um tanto arredondada, que se apóia contra
a face lingual dos dentes incisivos inferiores.
A face inferior possui uma mucosa entre o soalho da boca e a língua na linha
mediana que forma uma prega vertical nítida, o frênulo da língua.
No dorso da língua encontramos um sulco mediano que divide a língua em
metades simétricas. Nos 2/3 anteriores do dorso da língua encontramos as papilas
linguais. Já no 1/3 posterior encontramos numerosas glândulas mucosas e folículos
linfáticos (tonsila lingual).
Papilas Linguais – são projeções do cório, abundantemente distribuídas nos
2/3 anteriores da língua, dando a essa região uma aspereza característica. Os tipos
de papilas são: papilas valadas, fungiformes, filiformes e simples.

Figura 27 – Papilas Linguais

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
46

FARINGE

A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago.


A faringe apresenta suas paredes muito espessas devido ao volume dos
músculos que a revestem externamente, por dentro, o órgão é forrado pela mucosa
faríngea, um epitélio liso, que facilita a rápida passagem do alimento.
O movimento do alimento, da boca para o estômago, é realizado pelo ato da
deglutição. A deglutição é facilitada pela saliva e muco e envolve a boca, a faringe e
o esôfago.
A faringe comunica-se com as vias nasal, respiratória e digestória. O ato da
deglutição normalmente direciona o alimento da garganta para o esôfago, um longo
tubo que se esvazia no estômago. Durante a deglutição, o alimento normalmente
não pode entrar nas vias nasais e respiratórias em razão do fechamento temporário
das aberturas dessas vias. Assim durante a deglutição, o palato mole move-se em
direção a abertura da parte nasal da faringe; a abertura da laringe é fechada quando
a traquéia move-se para cima e permite a uma prega de tecido, chamada de
epiglote, cubra a entrada da via respiratória.
O movimento da laringe também simultaneamente puxa as cordas vocais e
aumentando a abertura entre a parte laríngea da faringe e o esôfago. O bolo
alimentar passa pela parte laríngea da faringe e entra no esôfago em 1-2 segundos.
A faringe pode ainda ser dividida em três partes:
Parte Nasal – situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se
diferencia da outras duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta.
Comunica-se anteriormente com as cavidades nasais através das coanas. Na
parede posterior encontra-se a tonsila faríngea (adenóide em crianças).
Parte Oral – estende-se do palato mole até o osso hióide. Em sua parede
lateral encontra-se a tonsila palatina.
Parte Laríngea – estende-se do osso hióide à cartilagem crinóide. De cada
lado do orifício laríngeo encontra-se um recesso denominado seio piriforme.
47

Figura 28 – Estrutura da Faringe

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ESÔFAGO

O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e


o estômago. Localiza-se posteriormente à traquéia começando na altura da 7ª
vértebra cervical. Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e
termina na parte superior do estômago. Mede cerca de 25 centímetros de
comprimento.
A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade
peristáltica, e faz com que o alimento mova-se para o estômago.
As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em direção
ao estômago. A passagem do alimento sólido, ou semi-sólido, da boca para o
estômago leva 4 – 8 segundos; alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1
segundo.
Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior do
esôfago causa azia (ou pirose). A sensação de queimação é um resultado da alta
acidez do conteúdo estomacal.
48

O refluxo gastresofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior


(localizado na parte superior do esôfago) não se fecha adequadamente após o
alimento ter entrado no estômago, o conteúdo pode refluir para a parte inferior do
esôfago.
O esôfago é formado por três porções:
 Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traquéia.
 Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo
(mediastino superior, entre a traquéia e a coluna vertebral).
 Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele
a impressão esofágica.

Figura 29 - Partes e estrutura do esôfago

Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ESTÔMAGO

O estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma,


anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. É
parcialmente coberto pelas costelas. O estômago está localizado no quadrante
superior esquerdo do abdome, entre o fígado e o baço.
O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos
49

alimentos permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre
o esôfago e o intestino delgado.
A forma e posição do estômago são muito variadas de pessoa para pessoa; o
diafragma o empurra para baixo, a cada inspiração, e o puxa para cima, a cada
expiração e por isso não pode ser descrita como típica.
O estômago é divido em 4 áreas (regiões) principais: Cárdia, Fundo, Corpo e
Piloro.
O fundo, que apesar do nome, situa-se no alto, acima do ponto onde se faz a
junção do esôfago com o estômago.O corpo representa cerca de 2/3 do volume
total.
Para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula (orifício
de entrada do estômago – óstio cárdico ou orifício esofágico inferior), a Cárdia,
situada logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar
próximo ao coração.
Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado
prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular, um
esfíncter chamado Piloro (orifício de saída do estômago – óstio pilórico).
Pouco antes da válvula pilórica encontramos uma porção denominada antro-pilórica.
O estômago apresenta ainda duas partes: a Curvatura Maior (margem
esquerda do estômago) e a Curvatura Menor (margem direita do estômago).

Figura 30 – Partes e estrutura do estomago


50

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Funções Digestivas do Estômago

 Digestão do alimento
 Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido
hidroclorídrico como substâncias mais importantes.
 Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco.
 Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue
ao intestino delgado.
 Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas.

INTESTINO DELGADO

A principal parte da digestão ocorre no intestino delgado, que se estende do


piloro até a junção ileocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. O
intestino delgado é um órgão indispensável. Os principais eventos da digestão e
absorção ocorrem no intestino delgado, portanto sua estrutura é especialmente
adaptada para essa função. Sua extensão fornece grande área de superfície para a
digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares,
vilosidades e micro vilosidades.
O intestino delgado retirado numa é de cerca de 7 metros de comprimento,
podendo variar entre 5 e 8 metros (o comprimento de intestino delgado e grosso em
conjunto após a morte é de 9 metros).
O intestino delgado, que consiste em Duodeno, Jejuno e Íleo, estende-se do
piloro até a junção ileocecal onde o íleo une-se ao ceco, a primeira parte do intestino
grosso.
Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por
ter seu comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos (25
centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. Não possui
mesentério.
Jejuno: é a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno,
recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio. É mais largo
(aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de
51

cor mais forte que o íleo.


Íleo: é o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno.
Recebe este nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são
mais finas e menos vascularizadas que o jejuno. Distalmente, o íleo desemboca no
intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal. Juntos, o jejuno e
o íleo medem 6 a 7 metros de comprimento. A maior parte do jejuno situa-se no
quadrante superior esquerdo, enquanto a maior parte do íleo situa-se no quadrante
inferior direito. O jejuno e o íleo, ao contrário do duodeno, são móveis.

Figura 31 - Intestino Delgado

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

INTESTINO GROSSO

O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para
baixo, mede cerca de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele
se estende do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdômen pelo
mesecolo. O intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14
horas, o material alimentar toma a consistência típica do bolo fecal.
52

O intestino grosso apresenta algumas diferenças em relação ao intestino


delgado: o calibre, as tênias, os haustos e os apêndices epiploicos.
O intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o
nome de intestino grosso. O calibre vai gradativamente afinando conforme vai
chegando ao canal anal.
As tênias do cólon (fitas longitudinais) são três faixas de aproximadamente 1
centímetro de largura e que percorrem o intestino grosso em toda sua extensão. São
mais evidentes no ceco e no cólon ascendente.
Os haustos do cólon (saculações) são abaulamentos ampulares separados
por sulcos transversais.Os apêndices epiploicos são pequenos pingentes
amarelados constituídos por tecido conjuntivo rico em gordura. Aparecem
principalmente no cólon sigmóide.O intestino grosso é dividido em 4 partes
principais: Ceco (cecun), Colo (cólun) (Ascendente, Transverso, Descendente e
Sigmoide), Reto e Ânus.

Funções do Intestino Grosso:

 Absorção de água e de certos eletrólitos;


 Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais;
 Armazenagem temporária dos resíduos (fezes);
 Eliminação de resíduos do corpo (defecação).

Figura 32 – Intestino Grosso


53

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

ORGÃOS ANEXOS
O aparelho digestório é considerado como um tubo recebe o líquido
secretado por diversas glândulas, a maioria situada em suas paredes como as da
boca, esôfago, estômago e intestinos.Algumas glândulas constituem formações bem
individualizadas, localizando nas proximidades do tubo, como qual se comunicam
através de ductos, que servem para o escoamento de seus produtos de elaboração.
As glândulas salivares são divididas em 2 grandes grupos: Glândulas
Salivares Menores e Glândulas Salivares Maiores. A saliva é um líquido viscoso,
claro, sem gosto e sem odor que é produzido por essas glândulas e pelas glândulas
mucosas da cavidade da boca.

Glândulas Salivares Menores: constituem pequenos corpúsculos ou nódulos


disseminados nas paredes da boca, como as glândulas labiais, palatinas linguais e
molares.

Glândulas Salivares Maiores: são representadas por 3 pares que são as parótidas,


submandibulares e sublinguais.

Glândula Parótida – a maior das três e situa-se na parte lateral da face, abaixo e
adiante do pavilhão da orelha. Irrigada por ramos da artéria carótida externa.
Inervada pelo nervo auriculotemporal, glossofaríngeo e facial.

Glândula Submandibular – é arredondada e situa-se no triângulo submandibular. É


irrigada por ramos da artéria facial e lingual. Os nervos secretomotores derivam de
54

fibras parassimpáticas craniais do facial; as fibras simpáticas provêm do gânglio


cervical superior.

Glândula Sublingual – é a menor das três e localiza-se abaixo da mucosa do


assoalho da boca. É irrigada pelas artérias sublinguais e submentonianas. Os
nervos derivam de maneira idêntica aos da glândula submandibular.

Figura 33 – Glândulas Salivares

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

FÍGADO

O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa


víscera abdominal. Sua localização é na região superior do abdômen, logo abaixo do
diafragma, ficando mais a direita, isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão a
direita da linha mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 1, 500 g e responde por
aproximadamente 1/40 do peso do corpo adulto.
O fígado apresenta duas faces: Diafragmática e Visceral.
55

O fígado é dividido em lobos. A Face Diagramática apresenta um lobo direito


e um lobo esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes maior que o esquerdo.
A divisão dos lobos é estabelecida pelo Ligamento Falciforme. Na extremidade
desse ligamento encontramos um cordão fibroso resultante da obliteração da veia
umbilical, conhecido como Ligamento Redondo do Fígado.

Figura 34 - FÍGADO – FACE DIAFRAGMÁTICA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A Face Visceral é subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo, quadrado e


caudado) pela presença de depressões em sua área central, que no conjunto se
compõem formando um “H”, com 2 ramos antero-posteriores e um transversal que
os une. Embora o lobo direito seja considerado por muitos anatomistas como
incluindo o lobo quadrado (inferior) e o lobo caudado (posterior) com base na
morfologia interna, os lobos quadrado e caudado pertencem mais apropriadamente
ao lobo esquerdo.
Entre o lobo direito e o quadrado encontramos a vesícula biliar e entre o lobo
direito e o caudado, há um sulco que aloja a veia cava inferior. Entre os lobos
caudado e quadrado, há uma fenda transversal: a porta do fígado (pedículo
hepático), por onde passam a artéria hepática, a veia porta, o ducto hepático
56

comum, os nervos e os vasos linfáticos.

Aparelho Excretor do Fígado – é formado pelo ducto hepático, vesícula biliar,


ducto cístico e ducto colédoco.
O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele
além da bile que é indispensável na digestão das gorduras – ele desempenha o
importante papel de armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e
vitaminas.
A Função Digestiva do Fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada,
para passar para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula
biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. A bile impulsiona a gordura
e a distribui para a parte distal do intestino para a digestão e absorção.

Outras Funções do Fígado são:

 Metabolismo dos carboidratos;


 Metabolismo dos lipídios;
 Metabolismo das proteínas;
 Processamento de fármacos e hormônios;
 Excreção da bilirrubina;
 Excreção de sais biliares;
 Armazenagem;
 Fagocitose;
 Ativação da vitamina D.

Figura 35 - FÍGADO – FACE VISCERAL


57

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

VESÍCULA BILIAR
A Vesícula Biliar (7 – 10 cm de comprimento) situa-se na fossa da vesícula
biliar na face visceral do fígado. Esta fossa situa-se na junção do lobo direito e do
lobo quadrado do fígado. A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima
que a parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile no cadáver. A
vesícula biliar tem capacidade para até 50 ml de bile.
O Ducto Cístico (4 cm de comprimento) liga a vesícula biliar ao Ducto
Hepático comum (união do ducto hepático direito e esquerdo) formando o Ducto
Colédoco. O comprimento varia de 5 a 15 cm. O ducto colédoco desce posterior a
parte superior do duodeno e situa-se na face posterior da cabeça do pâncreas. No
lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato
com o ducto pancreático principal.

Figura 36 - VESÍCULA BILIAR


58

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PÂNCREAS

O pâncreas produz através de uma secreção exócrina o suco pancreático que


entra no duodeno através dos ductos pancreáticos, uma secreção endócrina produz
glucagon e insulina que entram no sangue. O pâncreas produz diariamente 1200 –
1500 ml de suco pancreático.
O pâncreas é achatado no sentido ântero-posterior, ele apresenta uma face
anterior e outra posterior, com uma borda superior e inferior e sua localização é
posterior ao estômago.
O pâncreas apresenta duas faces, uma a Face Diafragmática (antero
superior) que é convexa e lisa relacionando-se com a cúpula diafragmática e, a Face
Visceral (póstero inferior)  que é irregularmente côncava pela presença de
impressões viscerais. 
59

O comprimento varia de 12,5 a 15 cm e seu peso na mulher é de 14,95 g e no


homem 16,08 g.
O pâncreas divide-se em Cabeça (aloja-se na curva do duodeno), Colo,
Corpo (dividido em três partes: anterior, posterior e inferior) e Cauda.

Figura 37 – PÂNCREAS

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ducto Pancreático – O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e


corre para sua cabeça, onde se curva inferiormente e está intimamente relacionada
com o ducto colédoco. O ducto pancreático se une ao ducto colédoco (fígado e
vesícula biliar) e entra no duodeno como um ducto comum chamado ampola
hepatopancreática.

O Pâncreas tem as seguintes Funções:

 Dissolver carboidrato (amilase pancreática);


 Dissolver proteínas (tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e elastase);
 Dissolver triglicerídios nos adultos (lípase pancreática);
 Dissolver ácido nucleicos (ribonuclease e desoxirribonuclease).
60

Figura 38 - DUCTO COLÉDOCO E PANCREÁTICO

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

AULAS 6/7/8

ROTEIRO 1

SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário está relacionado com a eliminação de substâncias


nitrogenadas resultantes do processo de metabolismo celular e com o controle da
quantidade de sais, água e outras substâncias. Um dos principais produtos
excretados por esse sistema é a ureia, formada a partir do metabolismo de alguns
compostos nitrogenados.
O sistema urinário humano é composto por rins, ureteres, bexiga urinária e
uretra. Os rins são os órgãos localizados na porção posterior da cavidade
abdominal, sendo responsáveis pela formação da urina. Eles possuem um formato
61

de feijão e são formados por cápsula renal, córtex e medula.


É no rim, mais precisamente no néfron, que acontece a filtração do sangue e
a formação da urina. O néfron é a unidade funcional desse órgão e é formado pela
cápsula renal, onde estão localizados o glomérulo renal e um longo túbulo. Esse
túbulo, conhecido por túbulo néfrico, é formado por algumas partes distintas: túbulo
contorcido proximal, alça néfrica e túbulo contorcido distal.

Figura 39 - Orgãos do sistema urinário

Fonte: https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/sistema-urinario.htm

O túbulo contorcido distal termina na região chamada de ducto coletor. Eles


formam a chamada pirâmide renal, que termina nos cálices menores, que se reúnem
e formam os cálices maiores. Esses últimos terminam na chamada pelve renal, que
é a região de onde parte o ureter.
Os ureteres estendem-se do rim até a porção posterior da bexiga urinária.
Sua função é colher a urina e levá-la até a bexiga. Esta é uma estrutura com grande
capacidade de distensão, localizada na parte posterior da sínfise pubiana. Sua
função é armazenar a urina até o momento de sua eliminação. Vale destacar que
uma bexiga humana consegue armazenar até 300 mL de urina, sendo que quando o
volume chega a 150 mL, iniciam-se sinais para estimular a micção.
62

Da bexiga sai a uretra, que a comunica com o meio externo. No homem é por
onde ocorre a expulsão da urina e do sêmen. Na mulher, ocorre exclusivamente a
eliminação da urina. Por passar pelo interior do pênis, a uretra masculina apresenta-
se maior que a feminina, aquela com 18 cm de comprimento e esta, por sua vez,
com 3 cm.

PELVE E PERINO MASCULINO

Em comparação com a pelve feminina, a pelve masculina é mais estreita. A


pelve menor nos homens contém:
 Partes distais dos sistemas urinário e digestório: ureter, bexiga urinária, uretra e
reto.
 Genitália interna: testículos, epidídimo, ducto deferente, vesícula seminal,
ductos ejaculatórios, próstata, glândulas bulbouretrais
 Genitália externa dentro do períneo
O reto é encontrado anteriormente ao cóccix. Anteriormente está a bexiga
urinária. Entre o reto e a bexiga estão as vesículas seminais superiormente e a
próstata inferiormente. O reto continua como canal anal e depois se abre pelo ânus.
A uretra masculina se estende da parede inferior da bexiga, penetra na
próstata e então entra no períneo. Passa através do pênis e se abre no orifício uretral
externo. Cada vesícula seminal tem também o seu próprio canal, chamado de ducto
ejaculatório. Esses ductos também penetram na próstata, e desembocam no ureter.
Assim, é aqui que os sistemas reprodutivo e urinário masculinos se encontram.
Os testículos e os epidídimos são encontrados no escroto. Eles são
considerados órgãos genitais internos devido ao seu desenvolvimento na cavidade
abdominopélvica. O ducto deferente é a continuação do epidídimo, que une os ductos
da vesícula seminal na formação do ducto ejaculatório. Finalmente, as glândulas
bulbouretrais são pequenas glândulas imediatamente inferiores à próstata, que se
abrem na uretra peniana. (MOORE, 2018)
Figura 40 – Pelve e Perino
63

Fonte: Moore – Anatomia Orientada para a Clínica – 2018

TESTÍCULOS

Os testículos são conhecidos como as gônadas sexuais masculinas. Consiste


em um par de glândulas reprodutivas, de formato ovoide, responsável por produzir
os espermatozóides e hormônios masculinos, como a testosterona.
São glândulas que ficam suspensas no escroto, seguras pelos funículos
espermáticos. Geralmente o testículo esquerdo encontra-se em posição mais baixa
do que o direito. Cada testículo é circundado parcialmente pela túnica vaginal, que
consiste em um saco peritoneal fechado, remanescente da parte distal cega do
processo vaginal embrionário.
Além disso, eles possuem uma face externa fibrosa e resistente, chamada de
túnica albugínea, que se espessa em uma crista sobre a face interna posterior do
testículo como o mediastino testicular.

EPIDÍDIMO
64

O epidídimo consiste em uma estrutura alongada localizada na face posterior


do testículo, é formado por minúsculas alças (ou ductos) extremamente
compactados.
Os espermatozóides recentes sintetizados pelo testículo chegam ao
epidídimo através dos ductos eferentes e deságuam na cabeça do epidídimo, de
onde seguem curso lento e progressivo ductal em direção ao corpo e por fim a
cauda. 
Nesse trajeto, os espermatozóides são armazenados e amadurecem, até
serem expelidos da cauda do epidídimo para o ducto deferente. 

DUCTO DEFERENTE

O ducto deferente é a continuação do ducto do epidídimo, a porção final por


onde são liberados os espermatozóides maduros que estavam armazenados.
O ducto deferente tem paredes musculares relativamente espessas e um
lúmen muito pequeno, o que confere a ele firmeza semelhante à de um cordão. 
Ascende posteriormente ao testículo e medialmente ao epidídimo, sendo o
principal componente do funículo espermático (junto com vasos e nervos). Penetra a
parede abdominal anterior através do canal inguinal e cruza sobre os vasos ilíacos
externos, ao adentrar a pelve.
Em seu trajeto, segue ao longo da parede lateral da pelve, onde se situa
externamente ao peritônio parietal e termina dilatando-se na ampola do ducto
deferente, antes de se unir ao ducto da glândula seminal para formar o ducto
ejaculatório.

GLÂNDULAS SEMINAIS

O ser humano possui um par de glândulas seminais. São estruturas


alongadas (tem cerca de 5 cm de comprimento, algumas vezes bem mais curta)
situada entre o fundo da bexiga e o reto. Encontra-se em posição oblíqua
superiormente à próstata e não armazenam espermatozóides. 
São responsáveis por secretar um líquido alcalino espesso com frutose (futura
fonte de energia para os espermatozóides) e um agente coagulante que se mistura
aos espermatozóides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios e a uretra. Seu
ducto une-se ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório.
65

DUCTOS EJACULATÓRIOS

Ducto curto (aproximadamente 2,5cm), de paredes delgadas que se origina


no colo da bexiga e atravessa a parte posterior da próstata. Embora atravessem a
porção glandular da próstata, seguem sem contato com a secreção produzida nesta
glândula, mantendo o líquido seminal inalterado em todo percurso até seu término,
na porção prostática da uretra. 

PRÓSTATA

A próstata tem aproximadamente 3 cm de comprimento e é a maior glândula


acessória do sistema genital masculino. Apresenta consistência firme, do tamanho
de uma noz e circunda a parte prostática da uretra. 
Sua porção glandular representa cerca de dois terços do órgão, sendo o outro
terço de característica fibromuscular. É firmemente revestida por uma cápsula
fibrosa, densa e neurovascular, que incorpora os plexos prostáticos de veias e
nervos. Tudo isso é circundado pela fáscia visceral da pelve, que forma uma bainha
prostática fibrosa.
A próstata divide-se em lobos direito e esquerdo, separados anteriormente
pelo istmo e posteriormente por um sulco longitudinal central e pouco profundo.
Além disso, possui cerca de 30 ductos que se abrem nos seios prostáticos, na parte
prostática da uretra. 
O líquido prostático é fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do
volume do sêmen (uma mistura de secreções produzidas pelos testículos, glândulas
seminais, próstata e glândulas bulbouretrais que constitui o veículo no qual os
espermatozóides são transportados)  e participa intrinsecamente da ativação dos
espermatozóides.

GLÂNDULAS BULBOURETRAIS

Também podem ser chamadas de glândulas de Cowper e tem o tamanho de


uma ervilha cada. Ficam localizadas postero lateralmente à parte membranácea da
uretra. São glândulas exócrinas que liberam uma secreção mucosa na uretra,
durante a excitação sexual como forma de limpar e lubrificar a uretra, por onde os

espermatozóides passarão.
66

URETRA

A uretra masculina é um tubo muscular que mede 18 a 22cm e que conduz


urina do óstio interno da uretra na bexiga urinária até o óstio externo da uretra,
localizado na extremidade da glande do pênis em homens. Como mencionado, a
uretra também é a via de saída do sêmen durante a ejaculação.

Para fins descritivos, a uretra é dividida em quatro partes:

1. Intramural (0,5 a 1,5cm): localiza entre a camada muscular lisa da bexiga;


2. Prostática (3 a 4cm): atravessa essa glândula e possui a crista uretral, via de
saída do colículo seminal, através dos quais as secreções prostáticas juntam-
se ao líquido seminal e aos espermatozoides. É o ponto anatômico onde o
sistema urinário e sexual se interseccionam.
3. Membranácea (1 a 1,5cm): porção estreita e menos distensível.
4. Esponjosa (15 cm): porção mais longa, móvel e dilatada da uretra. Atravessa
o corpo esponjoso do pênis e recebe conteúdo das glândulas bulbouretrais.
Alarga-se na fossa navicular (localizada na glande do pênis)

PÊNIS

O pênis o órgão erétil e copulador masculino.Ele é representado por uma


formação cilindroide que se prende à região mais anterior do períneo, e cuja
extremidade livre é arredondada.
O tecido que tem a capacidade de se encher e esvaziar de sangue forma três
cilindros, dos quais dois são pares (direito e esquerdo) e se situam paralelamente,
por cima (considerando-se o pênis em posição horizontal ou semi-ereto) e o terceiro
é ímpar e mediano, e situa-se longitudinalmente, por baixo dos dois precedentes.
Os dois cilindros superiores recebem o nome de Corpos Cavernosos do pênis
e o inferior, de Corpo Esponjoso do pênis.

ESCROTO
Consiste em um saco fibromuscular, revestido por tecido cutâneo fino que
reveste e protege os testículos e as estruturas a ele associadas. Localiza-se
posteroinferiormente ao pênis e abaixo da sínfise púbica. 
Mantém uma rafe mediana que remonta a formação embrionária bilateral,
sendo contínua com a rafe do pênis e a rafe do períneo.
67

Figura 41 – Estrutura do Pênis

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

SISTEMA GENITAL FEMININO

Os órgãos sexuais femininos consistem tanto na genitália interna quanto na


externa. Juntas elas compõem o sistema reprodutor feminino, desempenhando
atividades sexuais e reprodutivas. Os órgãos genitais externos, conhecidos em
conjunto como vulva, são sustentados pelo períneo feminino. Estes são o monte
pubiano, os grandes e os pequenos lábios, o clitoris, o vestíbulo, bulbo vestibular e as
glândulas vestibulares. A vagina, o útero, os ovários e as tubas uterinas compõem
os órgãos genitais internos.
Os órgãos reprodutores femininos passam por importantes mudanças
estruturais e funcionais a cada mês. Essas mudanças não ocorrem somente para
tornar a vida das mulheres difícil, elas também têm uma função crucial no início da
gravidez. Se a gravidez não ocorrer, o revestimento endometrial proliferado se
descama e se desprende, passando pela vagina como sangue menstrual. Essas
atividades ocorrem sob a influência de hormônios secretados pelos órgãos sexuais
femininos (ovários), conforme determinado pelo sistema endócrino. Os hormônios
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sexuais femininos também têm um papel importante na maturação sexual.

Figura 42 – Sistema Genital Feminino

Fonte: http//: www.sogab.com.br

GENITÁLIA INTERNA

A genitália interna é o conjunto de órgãos reprodutores femininos que estão


localizados dentro da cavidade pélvica. Eles incluem:
 Vagina
 Útero
 Tubas uterinas (também chamadas de trompas de Falópio)
 Ovários

VAGINA

A vagina é o órgão genital feminino interno mais superficial. Estende-se


do útero à vulva (genitália externa). Funcionalmente, possibilita a menstruação, a
69

relação sexual e o parto. A vagina está localizada posteriormente à bexiga e à


uretra, e anteriormente ao reto.
A extremidade superior da vagina está ligada ao colo do útero. Essas
estruturas formam uma bolsa (fórnix vaginal) que possui as partes anterior, posterior e
lateral. A extremidade inferior da vagina (orifício vaginal) se abre para o vestíbulo
vaginal logo atrás do orifício uretral. O orifício vaginal pode estar parcialmente
recoberto por uma membrana chamada de hímen.
A vagina é irrigada por ramos da artéria ilíaca interna: as artérias uterina,
vaginal e pudenda interna. A drenagem venosa da vagina é realizada pelas veias
vaginais, que drenam para as veias ilíacas internas. A sua inervação inclui:
 O plexo hipogástrico inferior, através do plexo uterovaginal - as fibras
simpáticas e parassimpáticas são conduzidas pelos nervos toracolombar
e esplâncnico pélvico.
 O nervo pudendo através do nervo perineal profundo.  
A linfa é drenada da vagina para os linfonodos ilíacos e inguinais superficiais.

ÚTERO

O útero é um órgão muscular oco localizado profundamente na cavidade


pélvica. Anterior ao reto e póstero-superior à bexiga urinária, o útero normalmente se
encontra em posição de anteversão e anteflexão. O revestimento endometrial do
útero prolifera a cada mês em preparação para o implante de embriões. Se a
fertilização ocorre, o útero atua abrigando o feto em crescimento e sua placenta. Se a
gravidez não ocorrer, o revestimento endometrial é eliminado durante a menstruação.
O útero é dividido em três partes:
 Corpo - a parte principal do útero, conectada às tubas uterinas (trompas de
Falópio) através dos cornos uterinos. O corpo tem uma base (fundo) e uma
câmara interna (cavidade uterina). 
 Ístmo - a parte estreita do útero, localizada entre o corpo e o colo do útero.
 Colo - a porção inferior do útero. É constituído por duas partes (supravaginal e
vaginal), duas aberturas (orifício interno e orifício externo) e um canal cervical.
O útero é parcialmente revestido pelo peritônio. Quando o peritônio se reflete a
partir do útero para o reto e para bexiga, duas pregas são formadas: a bolsa ou
escavação reto-uterina (de Douglas) e a bolsa ou escavação vesico-uterina,
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respetivamente. Vários ligamentos peritoneais sustentam o útero e o mantêm no


lugar: ligamento largo, ligamento redondo, ligamento cardinal, ligamento uterossacro e
ligamento pubocervical.
O útero é irrigado principalmente pela artéria uterina, que emerge da artéria
ilíaca interna. O ramo superior da artéria uterina supre o corpo e o fundo, enquanto o
ramo inferior irriga o colo do útero. O sangue venoso do útero é drenado através
do plexo venoso uterino para a veia ilíaca interna.
O útero recebe inervação do plexo hipogástrico inferior através do plexo
nervoso uterovaginal, de forma similar à vagina. A drenagem linfática do útero ocorre
para os linfonodos lombares, inguinais superficiais, ilíacos (internos e externos) e
sacrais.

TUBAS UTERINAS

As tubas uterinas (ou trompas de Falópio) são um par de órgãos musculares


que se estendem dos cornos uterinos até aos polos superiores dos ovários. As
trompas de Falópio são onde habitualmente ocorre a fertilização do óvulo. Elas
também transportam o zigoto resultante para o útero para implantação.
As tubas uterinas são órgãos intraperitoneais, revestidos completamente por
uma parte do ligamento largo do útero chamada de mesosalpinge. Elas são
constituídas por quatro partes principais:

 Infundíbulo - a parte distal da tuba uterina, que se abre para a cavidade


peritoneal através do óstio abdominal. O infundíbulo contém projeções em
formatos de dedos chamadas de fímbrias, que se estendem sobre a superfície
medial dos ovários.
 Ampola - é a parte mais longa e mais larga da tuba uterina. É o local mais
comum de fertilização.
 Ístmo - é a parte mais estreita da tuba uterina
 Parte intramural (uterina) - Se comunica diretamente com a cavidade uterina
através do óstio uterino.
A tuba uterina recebe suprimento arterial das artérias uterina e ovariana. A
primeira é um ramo da artéria ilíaca interna e a segunda emerge da aorta
abdominal. A drenagem venosa das tubas uterinas é mediada pelas veias tubárias.
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Estas drenam para os plexos venosos uterino e pampiniforme.

OVÁRIOS

Os ovários são as gônadas femininas bilaterais, e equivalem


aos testículos masculinos. Eles liberam o óvulo com o propósito de fertilização. Além
disso, agem como glândulas endócrinas, secretando vários hormônios necessários
para a fertilidade, menstruação e maturação sexual das mulheres. Cada ovário está
localizado em uma fossa ovariana da pelve verdadeira, adjacente ao útero e inferior
a cada uma das tubas uterinas. O ovário contém quatro superfícies (anterior,
posterior, medial e lateral) e dois polos (superior e inferior). É sustentado em sua
posição por vários pares de ligamentos: ligamento suspensor do ovário, ligamento
ovariano próprio (ligamento do ovário) e mesovário.
Os ovários recebem seu suprimento arterial das artérias ovarianas, que
emergem da aorta abdominal. Esses vasos sanguíneos alcançam as gônadas
percorrendo um trajeto dentro dos ligamentos suspensores.
O sangue venoso dos ovários é drenado pelo plexo pampiniforme. Essas
veias posteriormente se fundem para formar as veias ovarianas. A veia ovariana
direita drena para a veia cava inferior, enquanto a veia ovariana esquerda drena
para a veia renal esquerda.

Figura 43 – Útero e seus anexos

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

GENITÁLIA EXTERNA
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A genitália externa (vulva) são os órgãos do sistema reprodutores femininos


localizados no períneo, fora da pelve. Eles incluem:

 Monte pubiano
 Grandes lábios
 Pequenos lábios
 Clitóris
 Vestíbulo
 Bulbo vestibular
 Glândulas vestibulares

MONTE PUBIANO

O monte pubiano é uma massa de tecido subcutâneo adiposo localizado


anteriormente à sínfise púbica. A pele sobre o monte pubiano é coberta com uma
camada triangular de pêlos pubianos.

GRANDES LÁBIOS

Os grandes lábios são duas dobras cutâneas longitudinais cobertas por pêlos
pubianos. Eles são a parte mais lateral da vulva, estendendo-se desde o monte
pubiano até o períneo. A fenda entre os grandes lábios é chamada de fenda da
vulva ou rima do pudendo. Contém os pequenos lábios e o vestíbulo. Os dois
grandes lábios fundem-se anteriormente (comissura anterior) e posteriormente
(comissura posterior). Os grandes lábios são homólogos ao escroto no sexo
masculino.

PEQUENOS LÁBIOS

Os pequenos lábios são duas dobras cutâneas longitudinais, finas e sem pêlos,
encontradas entre os grandes lábios. Eles cercam o vestíbulo vaginal e seus orifícios
uretral e vaginal. Os pequenos lábios contribuem para a formação do prepúcio e
do frênulo do clitóris.

CLITÓRIS

O clitóris é um órgão erétil responsável pelas sensações sexuais. É análogo


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ao pênis masculino. Localizado na parte mais superior do vestíbulo vulvar, o clitóris


é circundado pela parte anterior dos pequenos lábios.
Tem três partes: base, corpo e glande. O corpo é composto por dois corpos
cavernosos e dois pontos de fixação (ramos do clitóris).

VESTÍBULO
A região entre os pequenos lábios é chamada de vestíbulo. Esta área perineal
contém o orifício vaginal, a abertura da uretra feminina e as aberturas dos ductos
excretores das glândulas vestibulares maiores e menores.

GLÂNDULAS VESTIBULARES
Existem três tipos de glândulas que se abrem no vestíbulo:
 As glândulas vestibulares maiores (de Bartholin) são encontradas de cada
lado do vestíbulo. Elas são homólogas às glândulas bulbouretrais no sexo
masculino e servem para lubrificar a vulva durante a relação sexual
 As glândulas vestibulares menores estão localizadas entre os orifícios uretral
e vaginal. Essas glândulas são homólogas à próstata masculina.

BULBO VESTIBULAR

Os bulbos vestibulares são um par de tecidos eréteis subcutâneos análogos


ao bulbo peniano e ao corpo esponjoso no sexo masculino. Eles se estendem de
cada lado do vestíbulo e se unem na frente do orifício uretral.

Figura 44 – Períneo e orgãos genitais externos


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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000

MAMAS FEMININAS

As mamas são formadas por um conjunto de glândulas, que tem como função
principal a produção de leite. É constituída por um conjunto de 15 a 20 unidades
funcionais conhecidas como lobos mamários, representados por 20 ductos terminais
que se exteriorizam pelo mamilo. Apresentam a forma cônica ou pendular, variando
de acordo com as características biológicas corporais e com a idade da pessoa.
Além do tecido glandular, é composta por gordura, tecido conjuntivo, vasos
sanguíneos, vasos linfáticos e fibras nervosas.

PAPILA MAMÁRIA E ARÉOLA

Na parte mais externa e superficial da mama estão presentes a papila


mamária e a aréola mamária. Esta representa um disco circular de pele que envolve
a papila mamária, enquanto a papila denota uma projeção anterior da mama que se
dispõe sobre o IV espaço intercostal em mulheres jovens, sendo sua cor dependente
da melanização do corpo.
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A pele que recobre a papila mamária e a aréola apresenta uma superfície


enrugada, contendo glândulas sudoríparas e sebáceas – estas são organizadas em
pequenas elevações, os tubérculos areolares. As glândulas sebáceas que se abrem
nesses tubérculos são um tipo especializado de glândulas que atuam facilitando a
apreensão da papila mamária pelo recém-nascido e atuando como um lubrificante
protetor.
Além disso, a pele dessas duas estruturas são ricas em melanócitos, ou seja,
essa parte da pele da mama é mais escura que as outras partes. O escurecimento
dessa pele ocorre durante o segundo mês de gestação, e logo após a amamentação
o grau de pigmentação diminui, mas não retorna a coloração anterior.

Figura 45 – Tecido mamário

Fonte: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/a-mama/

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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