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Ciência Politica

Introdução:

A ONU em 1948 aprova a Declaração Universal dos Direitos


Humanos, e no ano de 1966 mais outros dois documentos foram
criados: Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e Pacto
Internacional sobres os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.

Os Direitos Humanos deve abarcar a todos de forma indistinta, mas


em especial aqueles que mais precisam de proteção. Os imigrantes
buscam em outro país melhores oportunidades, seja de emprego,
educação ou de saúde. Os imigrantes ainda podem mudar para
outras nações para reencontrarem sua família. Eles também podem
deixar seus países ao surgirem dificuldades causadas por desastres
naturais (como terremotos, tsunamis e furacões), pela fome ou pela
extrema pobreza.

IMIGRAÇÃO E CIÊNCIA POLITICA

Proclamada por Eleanor Roosevelt pela Assembléia Geral das


Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 30 artigos que
decretam os direitos de cada cidadão, ressaltando o artigo 13 que
deixa explicito sobre como os imigrantes são livres para buscar
novos territórios e regressar se desejado.

“Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e


residência dentro das fronteiras de cada Estado. Todo ser humano
tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse
regressar.” Em 1990, a ONU aprovou, em Assembléia Geral, a
Convenção sobre Direitos dos Imigrantes (18/12/1990), a qual exige
não só o mesmo tratamento no âmbito do trabalho para cidadãos
“nacionais” e imigrantes legais, mas também que estes sejam
informados de seus direitos numa língua compreensível para eles,
que tenham direito de recorrer ao judiciário em caso de deportação;
ademais, estabelece regras para o recrutamento de estrangeiros.
Essa convenção conseguiu o número mínimo de ratificações em 14
de março de 2003, e passou a vigorar em 1º de julho desse ano.
Porém, os principais países receptores não a assinaram.

A relação entre o conceito de direitos humanos e a tradição de


teorias do “contrato social” pode ser examinada a partir de duas
perspectivas distintas. Do ponto de vista histórico, o conceito de
direitos humanos não pode ser dissociado de uma tradição do
pensamento político que, a partir do século XVII, procurou justificar
a legitimidade da autoridade política a partir da idéia de um contrato
social. Teorias do contrato social, tal como elas foram propostas por
autores modernos tais como, por exemplo, Hugo Grotius ou John
Locke, têm como ponto de partida a tese de que seres humanos
são, por natureza, sujeitos de certos direitos naturais, Esses
pensadores defendiam o fim dos privilégios e os ideais de liberdade
e igualdade como direitos fundamentais do homem e tripartição de
poder. Essas ideias dão o suporte definitivo para a estruturação do
Estado Moderno. Essas teorias procuram estabelecer, através do
recurso à idéia do contrato social, princípios para a organização de
uma comunidade política na qual os direitos naturais dos indivíduos
poderiam ser efetivamente protegidos. A comunidade política aqui
em questão é o Estado; e os direitos naturais, sobretudo no
contexto da filosofia moderna, são concebidos em termos de certas
prerrogativas morais que os indivíduos teriam, não apenas uns
perante os outros, mas, sobretudo, perante o Estado em que vivem.
Direitos naturais, para diversos autores na tradição moderna do
contrato social, já existiriam antes mesmo da constituição de uma
comunidade política. A partir do século XVIII, os denominados
“direitos naturais” passaram a ser designados, cada vez mais
freqüentemente, em termos de “direitos humanos”.

No estado de natureza tem-se uma igualdade natural, que é


desfeita pela vida do homem em sociedade civil. Ou seja, a
formação da sociedade – artificial, porque criada pelo homem –
trouxe a desigualdade por meio do estabelecimento da propriedade,
da busca por estima e da superfluidade. (Rousseau, 2005, pp. 210-
211). O Contrato Social assim sendo, artifício, para Rousseau, tem
um duplo significado: ao mesmo tempo em que trouxe as agruras
da vida do homem em sociedade pode trazer o estabelecimento de
uma sociedade moral, em que os homens estejam orientados pelo
dever, ajam tendo em vista o bem comum e, para citar uma
expressão já consagrada, estejam "obrigados a serem livres". O
Contrato Social, com isto, poderá "ordenar" artificialmente a
"desordem" artificial.

A imigração no Brasil, nos faz refletir sobre os temas preconceito, o


racismo, a segregação, a inclusão e a mobilidade sociais, a
democracia e a identidade nacional. Migrantes

muitas vezes não são bem-vindos e causam ansiedade ao serem


encarados como ameaças econômicas, políticas e culturais; outras
vezes, são simplesmente invisibilizados, e outras ainda, encarados
como necessários ou até mesmo convenientes.

O Brasil possui 94 mil imigrantes de acordo com a PF (2018), a


maioria haitianos e venezuelanos que procuram oportunidades de
trabalhos e melhorias de vida.

Como podemos ver no gráfico os venezuelanos estão em primeiro


lugar como imigrantes no país, isso porque na Venezuela está
havendo uma crise gigantesca, com inflação a ultrapassava 800%
ao ano e barris de petróleo apresentando altas em seu preço, o país
viu-se imerso em um colapso econômico, que resultou em uma
dramática crise humanitária. Faltavam no país insumos básicos
para a sobrevivência faltavam alimentos e medicação. Por causa
dessa triste realidade, milhares de venezuelanos decidiram migrar
para o Brasil no estado de Roraima o estado que faz fronteira com a
Venezuela por ter maior acessibilidade é o que mais recebe
imigrantes. O governo de Roraima declarou que o estado não tem a
capacidade para atender a demanda de imigrantes que lá se
instalaram. Alegaram também a impossibilidade de inseri-los em
programas públicos relacionados à saúde, educação ou ao mercado
de trabalho. Essa situação reflete a falta de políticas integradoras
para inserir os venezuelanos aos sistemas públicos tanto de saúde
como de educação, a falta de oportunidades de trabalho e a falta de
parceria entre as esferas federais, estaduais e municipais. Esse
cenário resulta em uma realidade dramática em Roraima. Muitos
venezuelanos encontram-se em semáforos pedindo esmolas ou
vendendo alimentos. Outros dividem abrigos improvisados em
praças ou em quartos pequenos e alguns até passaram a se
prostituir. Contudo o Brasil tem a capacidade para receber esse
imigrantes, o problema é que a grande concentração se encontra
em Roraima e não distribuídos a todos os estados.

Com os grandes fluxos de imigrações nos últimos tempos temos a


reflexão de Hannah Arendt o conceito de humanidade assume uma
dimensão ontológica e política. Ontológica, no sentido de que o
pertencimento à humanidade garante ao indivíduo a possibilidade
de carregar consigo o direito a ter direito. Política, na perspectiva de
que o direito a ter direitos exigiria uma tutela internacional
homologada na perspectiva da humanidade. Afirma Arendt: "A
humanidade, que para o século XVIII, na terminologia kantiana, não
passava de uma ideia reguladora, tornou-se hoje de fato inelutável.
Esta nova situação, na qual a humanidade assumiu antes um papel
atribuído à natureza, ou à história, significaria nesse contexto que o
direito a ter direito, ou o direito de cada indivíduo pertencer à
humanidade, deveria ser garantido pela própria humanidade".

Referencias Bibliográficas:
https://www.justica.gov.br/news/collective-nitf-content-
1566502830.29
https://jus.com.br/artigos/59580/liberdade-e-igualdade
A CRÍTICA DE HANNAH ARENDT AOS DIREITOS
HUMANOS E O DIREITO A TER DIREITOS
file:///C:/Users/Alisson%20pc/Downloads/230244-70178-1-
PB%20(1).pdf
IMIGRAÇÃO E VENEZUELA
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/imigracao-
venezuelana-para-brasil.htm
Declaração Universal dos Direitos Humanos
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-
direitos-humanos
CONTRATUALISTAS
https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/view/1677-
2954.2009v8n3p9/21872

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