Fisiologia Do Sistema Cardiovascular
Fisiologia Do Sistema Cardiovascular
Fisiologia Do Sistema Cardiovascular
FISIOLOGIA DO SISTEMA
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CARDIOVASCULAR
META
Oferecer ao aluno os meios necessários para o entendimento das funções do sistema
cardiovascular.
OBJETIVOS
Ao final desta aula, o aluno deverá:
descrever as funções e os componentes do sistema Cardiovascular;
descrever a composição do sangue;
compreender as diferenças entre artérias e veias;
descrever o funcionamento do coração como uma bomba;
compreender o funcionamento da circulação;
eentender as relações entre fluxo sanguíneo, pressão arterial e resistência vascular;
citar e descrever os principais
mecanismos de regulação do fluxo
sanguíneo e da pressão arterial.
PRÉ-REQUISITO
Fisiologia celular (potenciais de
ação), Fisiologia do Sistema Nervoso
(Sistema Nervoso Autônomo) e
Contração Muscular.
(Fonte: http://www.palavrademedico.kit.net).
Fisiologia Básica
INTRODUÇÃO
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COMPONENTES DO SISTEMA
CARDIOVASCULAR
SANGUE
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HEMÁCIAS 9
As hemácias são células anucleadas em forma de discos bicôncavos
achatados com diâmetro médio de aproximadamente 8 μm. Cada hemácia
contém aproximadamente 280 milhões de moléculas de hemoglobina, uma
proteína que confere a cor avermelhada do sangue. Elas são produzidas
na medula óssea e sua principal função é transportar oxigênio.
A hemoglobina é formada por quatro sub-unidades, cada qual cons-
tituída por uma cadeia polipeptídica, a globina, e um grupo heme pigmentado
de vermelho que contem um átomo de ferro. Cada grama de hemoglobina é
capaz de se combinar com aproximadamente 1,4 ml de oxigênio.
Cada hemácia possui um período circulante relativamente curto, cerca
de 120 dias. Após este período, elas são destruídas e a hemoglobina é fagocitada
por macrófagos para serem reutilizadas na síntese de novas moléculas.
A deficiência de hemácias ou de hemoglobina no sangue determina
uma condição chamada de anemia. Existem vários tipos de anemias, porém a
mais comum é a anemia ferro-priva, causada pela deficiência de ferro. Neste
estado, o sangue tem dificuldade de transportar o oxigênio e conseqüente-
mente, o portador de anemia apresenta fadiga, cansaço e indisposição.
LEUCÓCITOS
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PLAQUETAS
VASOS SANGUÍNEOS 9
Funções dos vasos sanguíneos
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ARTÉRIAS
VEIAS
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do isto, fica fácil então compreender porque que as veias são considera-
das o reservatório de sangue do corpo humano, armazenando cerca de
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65% do volume total.
No entanto, todo esse sangue encontrado nas veias impõe um peso
que juntamente com a força da gravidade gera uma pressão hidrostática
contra o retorno de sangue ao coração. Em um adulto, que esteja absolu-
tamente de pé, esta pressão pode chegar a valores próximos a +90 mmHg
nas partes mais inferiores do corpo. Isto anula a pressão imposta pelo
coração o que torna a pressão no sistema venoso muito baixa, chegando a
valores próximos a 0 mmHg. Dessa forma, a pressão por si só não é sufi-
ciente para conduzir o sangue de volta para o coração.
Para contornar esta dificuldade, as veias apresentam válvulas que
juntamente com as bombas venosas ajudam a bombear o sangue, de ma-
neira unidirecional, de volta para o coração.
As bombas venosas, como demonstrado na Figura 9.3, funcionam
através da contração de músculos esqueléticos, principalmente localiza-
dos nas pernas. Ao movimentar-se, um indivíduo contrai os músculos
esqueléticos que por sua vez comprimem as veias locais e adjacentes.
Esta compressão empurra o sangue das veias que é conduzido de volta ao
coração. Agora você poderia estar perguntando: então por que o sangue
não reflui? Justamente porque as válvulas venosas se fecham impedindo
desta forma refluxo do sangue.
Ocasionalmente pode haver a disfunção das válvulas venosa o que
pode levar a uma dilatação excessiva, alongamento, tortuosidade das vei-
as e conseqüente acúmulo de sangue local. Este estado é comumente
denominado de varizes ou veias varicosas.
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ARTÉRIAS
VEIAS
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ARTERÍOLAS
CAPILARES
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O CORAÇÃO
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VÁLVULAS CARDÍACAS
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Ao observar ainda a Figura 9.4, você pode notar que os folhetos das
válvulas AV se comunicam através de cordoalhas ou cordões tendinosos a es-
truturas musculares na cavidade ventricular. Estas estruturas são denominadas
de músculos papilares, os quais se contraem juntamente com os ventrículos.
Ao contrário do que você possa imaginar, estes músculos não auxili-
am as válvulas AV a fechar. Ao invés disso, eles impedem que os folhetos
valvares se projetem para dentro dos átrios o que pode ocasionar refluxo de
sangue. Em algumas situações, os cordões tendinosos ou os músculos
papilares deixam de funcionar levando a uma eversão dos folhetos para
dentro dos átrios durante a contração ventricular. Quando isto ocorre, dize-
mos que houve um prolapso valvar, o que pode levar a uma regurgitação,
insuficiência cardíaca e eventualmente a morte.
Além das duas válvulas AV, entre a saída dos ventrículos e o início
das artérias pulmonar e aorta também encontramos válvulas chamadas de
semilunares. Elas receberam este nome porque seus folhetos são em forma
de meia-lua. Sua função é impedir o refluxo de sangue das artérias para os
ventrículos após a contração cardíaca. Entre o ventrículo direito e a artéria
pulmonar, encontramos a válvula pulmonar, e entre o ventrículo esquerdo
e a aorta, encontramos a válvula aórtica.
MÚSCULO CARDÍACO
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ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO NO
MÚSCULO CARDÍACO
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mV), as células do nodo SA dispara um potencial de ação que irá resultar numa
contração do coração. A Figura 9.8 ilustra o potencial de ação no nodo SA.
Após o disparo do potencial de ação no nodo SA, o mesmo se pro-
paga pelo sincício atrial promovendo a contração dos átrios. Ao mesmo
tempo, este potencial é conduzido rapidamente pelos feixes internodais
até o nodo AV. Chegando ao nodo AV, o potencial de ação sofre um retar-
do. Este retardo ocorre por dois motivos: O primeiro está relacionado
com o potencial de repouso, bem menos despolarizado nesta região do
que nas outras células do sistema de condução; e o segundo, está relacio-
nado com a quantidade de canais comunicantes entre as células adjacen-
tes, que nesta região se encontra em menor quantidade. Assim, com mai-
or dificuldade de despolarizar e de conduzir o potencial de ação, o retardo
da despolarização desde os átrios até os ventrículos chega 0,16 s.
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(Fonte:http://pt.wikihow.com).
ELETROCARDIOGRAMA
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cardíaca (ver Tabela 9.2). Estes efeitos são mediados por abertura de ca-
nais para cálcio devido a ativação de receptores b1-adrenérgicos. Já a
estimulação do sistema nervoso parassimpático (SNP) reduz a freqüência
cardíaca, mas tem pouco efeito sobre a força de contração. Isto é verdade
porque anatomicamente as fibras parassimpáticas estão mais presentes
sobre os átrios do que sobre os ventrículos. O mecanismo pelo qual a
acetilcolina liberada pelos nervos parassimpáticos promove este efeito é
porque sua ação sobre os receptores M2 cardíacos aumenta a entrada de
K+ e conseqüentemente leva a uma hiperpolarização.
MECANISMOS HORMONAIS
MECANISMOS QUÍMICOS
MECANISMOS FÍSICOS
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A CIRCULAÇÃO 9
A circulação do corpo humano (Figura 9.10) é um circuito fechado,
sob pressão, formado pelo coração e vasos sanguíneos. Neste circuito, o
sangue é impulsionado para as diversas partes do corpo.
A circulação pode ser dividida em pequena e a grande circulação. A
pequena circulação, também denominada de circulação pulmonar, se ini-
cia no ventrículo direito, percorre as artérias pulmonares chegando até os
pulmões, de onde volta para o coração pelas veias pulmonares até o átrio
esquerdo. Como notado, a pequena circulação é importante porque ela
promove a oxigenação do sangue e a remoção do CO2. Já a grande circu-
lação, também denominada de circulação sistêmica, se inicia no ventrículo
esquerdo, percorre a aorta e chega até os tecidos. Dos tecidos, o sangue é
levado pelas veias de volta ao coração até o átrio direito. Esta circulação
tem a importante função de suprir os órgãos e tecidos com os nutrientes e
O2, e remover os dejetos metabólicos e CO2.
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PA = DC x RPT
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CONCLUSÃO
Diante do que foi visto nessa aula, você pode concluir que o siste-
ma cardiovascular é essencial para a manutenção da vida e, como nos
demais sistemas, o seu bom funcionamento depende da ação conjunta de
vários mecanismos regulatórios.
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RESUMO 9
A função principal do sistema cardiovascular é transportar sangue
contendo nutrientes e dejetos metabólicos, de um órgão para outro. Se-
cundariamente a esta função, o sistema cardiovascular também promove
o transporte de hormônios, auxilia na regulação da temperatura corporal
e atua na proteção contra agentes patogênicos e na coagulação. O siste-
ma cardiovascular é formado pelo sangue, vasos sanguíneos e coração. O
sangue é meio líquido no qual uma variedade de produtos é transportada.
Ele é constituído por uma parte celular, os elementos figurados, e uma
parte líquida, o plasma. Por sua vez, os vasos sanguíneos funcionam como
um sistema fechado de condutos que transportam o sangue do coração
aos tecidos, onde ocorrem as trocas de nutrientes e metabólitos, e em
seguida de volta ao coração. O coração funciona como uma bomba pulsátil
que impulsiona o sangue através dos vasos sanguíneos. Seu funciona-
mento é cíclico e oscila entre relaxamento e contração. A contração é
denominada de sístole, enquanto que o relaxamento é denominado de
diástole. O ritmo cardíaco é mantido pelo sistema de condução que tem
como marca-passo o nodo SA. A regulação da função cardíaca é desem-
penhada pela combinação dos mecanismos intrínseco, nervosos,
hormonais, químicos e físicos. O circuito fechado formado pelo coração
e vasos sanguíneos é denominado de circulação que pode ser dividida em
pequena e a grande circulação. A pequena circulação, ou circulação pul-
monar, promove a oxigenação do sangue e a remoção do CO2. Já a grande
circulação, ou circulação sistêmica, supri os órgãos e tecidos com os nu-
trientes e O2, e remove os dejetos metabólicos e CO2. A diferença de
pressão gerada pelo coração dentro da circulação é denominada de pres-
são arterial. Ela é mantida precisamente em torno de 100 mmHg graças a
ação conjunta de sistemas de regulação a curto-prazo, como o barorreflexo,
e a longo-prazo, como o sistema renina-angiotensina-aldosterona.
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AUTO-AVALIAÇÃO
PRÓXIMA AULA
REFERÊNCIAS
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