Prefeitura Do Alegrete-Rs
Prefeitura Do Alegrete-Rs
Prefeitura Do Alegrete-Rs
O PREFEITO MUNICIPAL
Faz saber, em cumprimento ao disposto no artigo 101, inciso IV da Lei Orgânica
Municipal, a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° Fica instituído o Condomínio Fechado de Lotes para fins residenciais, na zona
urbana da cidade de Alegrete, mediante prévia aprovação dos projetos pelos órgãos públicos
competentes, respeitando‐se os índices urbanísticos e critérios previstos no Código de Obras
e Plano Diretor do Município.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 3º Para efeito de aplicação desta Lei, serão adotadas as seguintes definições:
CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES
Art. 5º Os condomínios fechados de lotes deverão ser cercados por muros externos com
altura mínima de 2 (dois) metros.
Art. 6º A destinação de área pública, em condomínio fechado, não poderá ser inferior a 35%
(trinta e cinco por cento) do total da gleba, salvo acréscimo por proposta do loteador.
Parágrafo único. As áreas de uso comum não podem ser inferior a 15% (quinze por cento) e
a malha viária mínima deverá ser de 20% (vinte por cento).
CAPÍTULO III
DA VIABILIDADE E TRAÇADO BÁSICO
ser utilizada;
i) arruamentos adjacentes ou próximos, em todo o perímetro, com a locação exata dos
eixos, larguras e rumos das vias de circulação e as respectivas distâncias da área a ser
utilizada;
j) cálculo da área total da gleba;
k) identificação do zoneamento existente no plano direto.
CAPÍTULO IV
DA APROVAÇÃO
CAPÍTULO V
DO CAUCIONAMENTO
Art. 10. A Prefeitura Municipal, após análise e aprovação, expedirá o Alvará de Aprovação e
Execução dos serviços e obras de infraestrutura exigidas para o mesmo.
Parágrafo único. Para retirada do Alvará de Aprovação e Execução, o empreendedor deverá
anexar escritura pública de caução.
Art. 11. A caução, quando real, será instrumentada por escritura pública, averbada no
registro imobiliário competente no ato do registro do condomínio fechado de lotes, ou será
previamente registrada antes da sua aprovação, quando os imóveis caucionados
localizarem‐se fora da área do empreendimento, correndo os respectivos emolumentos, em
ambos os casos, às expensas do empreendedor.
CAPÍTULO VI
DO REGISTRO E FISCALIZAÇÃO
Art. 13. Deverão constar do contrato padrão, aprovado pelo Município e arquivado no
Cartório de Registro de Imóveis competente, a denominação do empreendimento, o
zoneamento de uso e ocupação do solo, os coeficientes de aproveitamento, taxas de
ocupação, recuos, alturas máximas de edificação, áreas não edificáveis, o cronograma físico
dos serviços e obras e a existência de garantias reais ou fidejussórias, conforme artigo 9º e
parágrafos.
Art. 14. É proibido vender lotes antes do registro do condomínio fechado de lotes no
Cartório de Registro de Imóveis competente.
§1º Verificado, pelo órgão fiscal competente, que o empreendedor realizou a ação descrita
no "caput" deste artigo, será autuado no valor de 100 (cem) URMA`s (Unidade de
Referência Monetária de Alegrete) e, persistindo a irregularidade, o valor passará a ser
aplicado em dobro da última autuação.
CAPÍTULO VII
DO CERTIFICADO DE CONCLUSÃO
Art. 15. Após a realização das obras constantes no projeto aprovado na Prefeitura,
realizar‐se‐á vistoria a fim de emitir o Certificado de Conclusão das Obras.
§1º O Certificado de Conclusão das Obras é o documento emitido pela Prefeitura que
confirma a realização de todas as obras constantes no projeto aprovado e tem por finalidade
a declaração de habitabilidade do local do empreendimento e de seus equipamentos urbanos.
CAPÍTULO VIII
DA HABILITAÇÃO TÉCNICA DO PROFISSIONAL
Art. 16. Para os fins desta Lei, somente profissionais legalmente habilitados e devidamente
cadastrados na Prefeitura poderão assinar, como responsáveis técnicos, levantamentos
topográficos, projetos, memoriais descritivos, especificações, orçamentos, planilhas de
cálculo, laudos, perícias, avaliações ou quaisquer outros documentos técnicos submetidos à
apreciação da Prefeitura Municipal.
§1º Serão considerados profissionais legalmente habilitados aqueles inscritos e com situação
regular junto ao CREA e CAU, segundo suas atribuições profissionais.
§3º A Prefeitura Municipal não assumirá quaisquer responsabilidades por projetos a ela
apresentados, aprovados ou não pelas concessionárias competentes.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 17. Os condomínios fechados de lotes instituídos por esta Lei, como medida
compensatória, deverão reservar, fora dos limites intra‐muros do empreendimento, em local
acordado com o Município, área institucional referente ao percentual mínimo de 5% (cinco
por cento).
§1º Para efeito da reserva de área institucional, não serão computadas as áreas com tamanho
inferior a 1.000m2 (um mil metros quadrados).
§2º As áreas de uso público a que se refere o “caput” poderão ser reservadas em outro local,
substituídas por benfeitorias, ou convertidas em moeda corrente nacional para aquisição pelo
Município de outras áreas, desde que, qualquer uma destas possibilidades seja de interesse
do Município, baseando suas avaliações ao valor venal do imóvel a ser reservado no local do
empreendimento.
Art. 19. O projeto de condomínio fechado de lotes deverá ser acompanhado de memoriais e
preenchimento dos quadros de áreas.
Art. 20. Serão áreas e edificações de uso privativo e de manutenção privativa do condômino
as vias urbanas internas de comunicação, os muros, guaritas, serviços e obras de
infraestrutura, equipamentos condominiais e todas as áreas e edificações que, por sua
natureza, destinem‐se ao uso privativo de todos os condôminos.
Art. 21. Todas as obras, coletivas ou individuais que vierem a ser edificadas no condomínio
fechado de lotes deverão ser previamente submetidas à aprovação pelo setor competente do
Município, aplicando‐se a elas o regime urbanístico do empreendimento e as normas válidas
para construções naquela região, seguindo o que determina o Plano Diretor, o Código de
Obras e legislação vigente.
Art. 23. O Município, por seus setores competentes, fiscalizará a implantação de obras
individuais ou coletivas e, ao final das mesmas, concederá o habite‐se da obra.
Parágrafo único. A não observância do "caput" do presente artigo acarretará em multa, no
caso de obras individuais, aos proprietários, no caso de obras coletivas, aos condôminos.
Art. 24. A aprovação dada pelo Município ao projeto de lotes ficará condicionada à
assinatura de termo de compromisso.
I - Mediante termo de compromisso o interessado se obrigará:
a) a executar, às suas expensas, no prazo fixado pelo cronograma de obras apresentado pelo
empreendedor, todas as obras constantes dos projetos aprovados, com prazo máximo de 3
(três) anos, podendo ser prorrogado por igual período;
b) a executar e colocar os marcos de alinhamento e nivelamento, os quais deverão ser de
concreto, segundo localização e padrão definidos pelo Município;
c) permitir e facilitar a fiscalização permanente da Prefeitura durante a execução das obras
e serviços;
d) durante a construção do condomínio a Prefeitura admitirá a aprovação e execução de
residências, condicionando a sua "Carta de Habitação" ao cumprimento dos requisitos
constantes no "caput" do artigo.
Art. 27. As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias
próprias.
Art. 28. O Executivo poderá regulamentar esta Lei por Decreto para sua fiel execução.
Registre-se e publique-se: