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Guia de caracterização

das ferramentas aplicá-


veis ao setor e resultados
previstos
Implementação do Sistema de Controlo da Produção
[SCP]

1
Qualificação | 2020

Ecoeficiência e
competitividade
Entidade promotora: ANIET

Objetivo: Reforçar capacidades de inovação organizativa das PME


e aumentar a qualificação da oferta nacional

2
INDICE

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4

2. ENQUADRAMENTO NO REGULAMENTO DOS PRODUTOS DE CONSTRUÇÃO .................. 5


2.1. REQUISITOS BÁSICOS ......................................................................................................................... 6
2.2. A DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO ....................................................................................................... 9
2.3. A MARCAÇÃO CE ............................................................................................................................... 9
2.2. SISTEMAS DE AVALIAÇÃO E VERIFICAÇÃO DA REGULARIDADE DO DESEMPENHO .................................. 10
2.3. DECISÕES DA COMISSÃO EUROPEIA .................................................................................................. 13
2.4. PONTO DE CONTACTO ...................................................................................................................... 14
2.5. CONTROLO DE MERCADO .................................................................................................................. 14

3. ENQUADRAMENTO NAS NORMAS EN 1341, EN 1342 E EN 1343 ....................................... 14


3.1. DEFINIÇÕES NORMATIVAS ................................................................................................................. 14
3.2. CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL ........................................................................................................... 19
3.3. CARACTERÍSTICAS RELEVANTES ........................................................................................................ 19
3.4. AVALIAÇÃO E VERIFICAÇÃO DA REGULARIDADE DO DESEMPENHO ....................................................... 28
3.5. PLANO DE AMOSTRAGEM .................................................................................................................. 28
3.6. ENSAIOS DE TIPO INICIAL .................................................................................................................. 31
3.7. CONTROLO DA PRODUÇÃO EM FÁBRICA ............................................................................................. 36

4. NORMAS DE ENSAIO ............................................................................................................. 58


4.1. NP EN 12407:2008 – DESCRIÇÃO PETROGRÁFICA ............................................................................ 58
4.2. NP EN 1936:2008 – DETERMINAÇÃO DAS MASSAS VOLÚMICAS REAL E APARENTE E POROSIDADES TOTAL
E ABERTA ...................................................................................................................................................... 58
4.3. NP EN 13755:2008 – DETERMINAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA À PRESSÃO ATMOSFÉRICA .................. 59
4.4. NP EN 12372:2008 – DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À FLEXÃO SOBRE CARGA CENTRADA............... 59
4.5. NP EN 1926:2008 – DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO UNIAXIAL ................................ 60
4.6. NP EN 12371:2015 – DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO GELO ...................................................... 60
4.7. NP EN 14231:2006 – DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO ESCORREGAMENTO POR INTERMÉDIO DO
PÊNDULO DE ATRITO ...................................................................................................................................... 61
4.8. NP EN 14157:2007 – RESISTÊNCIA AO DESGASTE – ENSAIO DE DESGASTE COM DISCO LARGO ......... 62
4.9. NP EN 14157:2007 – RESISTÊNCIA AO DESGASTE – ENSAIO DE DESGASTE BÖHME ........................... 62
4.10. NP EN 14157:2007 – RESISTÊNCIA AO DESGASTE – ENSAIO DE DESGASTE DE AMSLER ..................... 63
4.11. NP EN 13373:2006 – DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DE ELEMENTOS DE PEDRA
63

5. DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLO DA PRODUÇÃO...................................... 64


5.1. PROCEDIMENTOS DO SISTEMA DE CONTROLO DA PRODUÇÃO ............................................................. 64
5.2. PLANOS DO SISTEMA DE CONTROLO DA PRODUÇÃO ........................................................................... 67
5.3. INSTRUÇÕES DE TRABALHO DO SISTEMA DE CONTROLO DA PRODUÇÃO .............................................. 69

6. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 70

7. ANEXO I - DEFINIÇÕES NORMATIVAS GENÉRICAS ............................................................ 72

8. ANEXO II - INSTRUÇÕES DE TRABALHO DO SISTEMA DE CONTROLO DA PRODUÇÃO 72

3
Preâmbulo
Este Guia reúne as principais linhas de orientação para a implementação de um Sistema de
Controlo da Produção em Fábrica em conformidade com as Normas Europeias NP EN
1341:2014, NP EN 1342:2014 e NP EN 1243:2014.
As recomendações apresentadas são dirigidas a fabricantes ou seus mandatários, importado-
res e distribuidores de lajes, cubos, paralelepípedos e guias de pedra natural e têm como prin-
cipal objetivo facilitar a interpretação dos requisitos e exigências que constam dos respetivos
referenciais normativos, assim como as regras de base para a Declaração de Desempenho e a
Marcação CE dos seus produtos de acordo com o Regulamento dos Produtos de Construção
(RPC) 305/2011.

1. Introdução
Em Portugal a utilização de produtos naturais na construção remonta a tempos idos e faz parte
de uma tradição secular. São diversos os produtos e as potencialidades da sua incorporação
na construção, após processos de transformação variáveis na sua complexidade, de acordo
com a finalidade da aplicação.
Os produtos naturais são abrangidos pela marcação CE, identificadora de materiais sujeitos a
rigoroso controlo de qualidade e submetidos a testes pré estabelecidos com o intuito de classi-
ficar o seu desempenho enquanto elementos construtivos.
A extração, transformação e utilização de produtos naturais são agora confrontadas com desa-
fios colocados pela sustentabilidade, decorrentes da sua condição de recursos finitos, cuja pre-
servação urge prolongar.
Paralelamente às características com elevados níveis técnicos e estéticos, que os tornam pro-
dutos de eleição, os produtos naturais devem ser analisados tendo em conta o seu ciclo de
vida. Sob esta perspetiva, a sua utilização em obras de construção deve considerar as opera-
ções de projeção, execução, demolição, reutilização ou reciclagem, de modo a garantir uma
utilização sustentável dos recursos naturais, do ponto de vista ambiental.
Importa sensibilizar o grande público e os consumidores em particular, para que a sua escolha
criteriosa vá no sentido da utilização responsável dos produtos naturais e contribua para um
ambiente sustentável.

4
2. Enquadramento no Regulamento dos Produtos de Construção
O Regulamento 305/2011 sucede à Diretiva 89/106/CEE, revogando-a. Este Regulamento des-
tina-se a assegurar o bom funcionamento do mercado interno dos produtos de construção, fi-
xando as condições de colocação ou disponibilização no mercado, estabelecendo as regras
harmonizadas sobre a forma de expressar o desempenho dos produtos de construção no que
respeita às suas características essenciais e sobre a utilização da marcação CE nesses produ-
tos.
Todos os operadores económicos com intervenção na cadeia de abastecimento e de distribui-
ção são responsáveis por assegurar que apenas colocam ou disponibilizam no mercado interno
produtos de construção que cumpram os requisitos estabelecidos no Regulamento.
Assim, é exigido aos fabricantes que os seus produtos de construção - por exemplo, lajes de
pedra natural - se encontrem em conformidade com o desempenho declarado, apresentando
características tais que as obras em que sejam incorporados, montados, aplicados ou instala-
dos, tendo sido corretamente planeadas e realizadas, possam satisfazer os Requisitos Básicos
previstos no Anexo I do Regulamento:
• Estabilidade e resistência mecânica
• Segurança contra incêndios
• Higiene, saúde e ambiente
• Segurança e acessibilidade na utilização
• Proteção contra o ruído
• Economias de energia e retenção do calor
• Utilização sustentável dos recursos naturais
Aos mandatários é exigido que pratiquem os atos definidos no respetivo mandato.
É exigido aos importadores que, antes de colocarem um produto no mercado, se certifiquem de
que o fabricante procedeu à avaliação e verificação da regularidade do desempenho, que ela-
borou a documentação técnica com a informação relevante referente a sistema de avaliação e
verificação da regularidade do desempenho exigido e a declaração de desempenho em confor-
midade com o previsto no Regulamento.
Aos distribuidores é exigido que, antes de disponibilizarem um produto no mercado, garantam
que o produto ostente a marcação CE, quando necessário, e que este seja acompanhado de
uma cópia da declaração de desempenho, das fichas de segurança, se for caso disso, por ins-
truções e informações de segurança, na língua determinada pelo Estado-Membro onde o pro-
duto será disponibilizado. Os distribuidores têm ainda o dever de se certificar que, tanto o fabri-
cante como o importador, cumpriram com a obrigatoriedade de identificação prevista no Regu-
lamento.
No caso em que importadores ou distribuidores coloquem, no mercado, um produto de constru-
ção em seu nome ou com a sua própria marca comercial, ou em que alterem um produto já

5
colocado no mercado, de tal forma que possa afetar a conformidade deste com a respetiva
declaração de desempenho, estes estão obrigados ao cumprimento dos mesmos deveres atri-
buídos aos fabricantes.

2.1. Requisitos Básicos


2.1.1. Estabilidade e resistência mecânica
Traduz-se pela estabilidade do conjunto e resistência estrutural à ação das cargas permanen-
tes, das sobrecargas, das deformações térmicas, do vento e acidentais e pela resistência aos
choques de corpos sólidos.
As obras devem ser concebidas e construídas de modo a que as cargas a que possam estar
sujeitas durante a construção e posterior utilização não causem:
• o desabamento total ou parcial da obra;
• grandes deformações que atinjam um grau inadmissível;
• danos em outras partes da obra ou das instalações ou do equipamento instalado como
resultado de deformações importantes das estruturas de suporte de carga;
• danos desproporcionados relativamente ao facto que esteve na sua origem.

2.1.2. Segurança contra incêndios


Traduz-se pela reação ao fogo, caraterizada pelo contributo dos materiais constituintes para a
origem e desenvolvimento de um incêndio e expressa por classes de reação ao fogo, estabele-
cidas em função das seguintes propriedades dos materiais:
• não combustibilidade;
• inflamabilidade;
• velocidade de propagação das chamas;
• resistência ao fogo, caracterizada pelo impedimento da propagação dum incêndio de
um local para o outro e expressa pelo tempo durante o qual a estabilidade não apresenta
nem degradação nem deformação incompatíveis com a função do elemento.
As obras devem ser concebidas e realizadas de modo a que, no caso de se declarar um incên-
dio:
• A capacidade das estruturas de suporte de carga possa ser garantida durante um perí-
odo de tempo determinado;
• A deflagração e propagação do fogo e do fumo dentro da obra sejam limitadas;
• A propagação do fogo às construções vizinhas seja limitada;
• Os ocupantes possam abandonar a obra ou ser salvos por outros meios;
• A segurança das equipas de socorro seja assegurada.

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2.1.3. Higiene, saúde e ambiente
Traduz-se pela emissão ou desenvolvimento de substâncias nocivas ou insalubres nas suas
superfícies dos elementos das construções.
A obra deve ser concebida e realizada de modo a não causar, durante o seu ciclo de vida, danos
à higiene, à saúde e segurança dos trabalhadores, dos ocupantes ou dos vizinhos, e a não
exercerem um impacto demasiadamente importante, durante todo os eu ciclo de vida, na qua-
lidade ambiental nem no clima durante a sua construção, utilização ou demolição, em resultado
de:
• libertação de gases tóxicos;
• emissão de substâncias perigosas, de compostos orgânicos voláteis (COV), de gases
com efeito de estufa ou de perigosos para o ar interior ou exterior;
• emissão de radiações perigosas;
• libertação de substâncias perigosas em águas subterrâneas, em águas marinhas, em
águas superficiais ou no solo;
• libertação de substâncias perigosas na água potável ou de substâncias que tenham ou-
tro efeito negativo na água potável;
• Descarga deficiente de águas residuais, emissão de efluentes gasosos ou eliminação
deficiente de resíduos sólidos ou líquidos;
• humidade em partes ou em superfícies da obra de construção.

2.1.4. Segurança e acessibilidade na utilização


Traduz-se pela segurança garantida aos utilizadores, incluindo utilizadores com deficiência, per-
mitindo-lhes evitar lesões por contacto com elementos da construção e pela segurança contra
intrusões humanas ou de animais.
A obra deve ser concebida e realizada tendo em conta a acessibilidade e a utilização de pes-
soas com deficiência e de modo a não apresentar riscos inaceitáveis de acidente durante a sua
utilização e funcionamento, como por exemplo:
• Riscos de escorregamento;
• Queda;
• Queimadura;
• Eletrocussão;
• Explosão;
• Roubo.

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2.1.5. Proteção contra o ruído
Traduz-se pela resistência à propagação de ruídos aéreos, caracterizada pelo abaixamento do
nível dos ruídos aéreos exteriores que atravessam a envolvente dos recintos e pelos ruídos
transmitidos por vibrações através das paredes, tetos e pavimentos.
A obra deve ser concebida e realizada de modo a que o ruído percecionado pelos ocupantes
ou pelas pessoas próximas se mantenha a um nível não lesivo da sua saúde e lhes permita
dormir, descansar e trabalhar em condições satisfatórias.

2.1.6. Economia de energia e isolamento térmico


Traduz-se pela resistência da envolvente das construções à passagem do calor, tanto do exte-
rior para o interior (Verão), como do interior para o exterior (Inverno).
As obras e as instalações de aquecimento, arrefecimento, iluminação e ventilação devem ser
concebidas e realizadas de modo a que a quantidade de energia necessária para a sua utiliza-
ção seja baixa, tendo em conta as condições climáticas da região e o tipo de ocupação prevista
para o local, depois de construído. As obras de construção também devem ser eficientes em
termos energéticos e consumir o mínimo de energia possível durante a construção e desmon-
tagem.

2.1.7. Utilização sustentável dos recursos naturais


Traduz-se pela ecoeficiência dos produtos de construção. As obras de construção devem ser
concebidas, realizadas e demolidas de modo a garantir uma utilização sustentável dos recursos
naturais e, em particular assegurar:
• A reutilização ou a reciclagem das obras de construção, dos seus materiais e das suas
partes após a demolição;
• A durabilidade das obras de construção;
• A utilização, nas obras de construção, de matérias-primas e materiais secundários com-
patíveis com o ambiente.
É com base nestes requisitos básicos e na influência de cada produto no seu cumprimento
quando incorporado em obras de construção, que são estabelecidas as disposições normativas
harmonizadas apresentando os requisitos obrigatórios e os métodos de ensaio a aplicar na sua
verificação.
Estas normas compreendem uma parte voluntária e uma parte obrigatória, correspondente ao
Anexo ZA. O cumprimento dos requisitos constantes deste Anexo e a implementação de tais
métodos de ensaio são o único meio para que o fabricante possa avaliar o desempenho relati-
vamente às características essenciais dos seus produtos e elaborar a respetiva declaração de
desempenho e apor a marcação CE, marcação esta que é a única que atesta a conformidade
do produto de construção com desempenho declarado.

8
2.2. A Declaração de Desempenho
A declaração de desempenho, é obrigatória e deve conter informações sobre o desempenho
do produto respeitante às características essenciais do mesmo, de acordo com as especifica-
ções técnicas harmonizadas aplicáveis.
Ao redigir a declaração de desempenho, o fabricante assume a responsabilidade pela confor-
midade do produto com o desempenho declarado, resultante de um procedimento de avaliação
e verificação da regularidade do desempenho do produto, o qual permite avaliar não só o de-
sempenho do produto de construção, como também controlar a sua produção em fábrica.
Caso se verifique necessário, a declaração de desempenho deverá ser acompanhada de infor-
mações sobre a presença de substâncias perigosas no produto de construção, nomeadamente
as que se encontram identificadas, no Regulamento (CE) n.º 1907/2006, relativo ao registo,
avaliação, autorização e restrição de substâncias químicas (REACH).

2.2.1. Exceções à obrigatoriedade de Declaração de Desempenho


Ao colocar um produto no mercado, abrangido por uma norma harmonizada, o fabricante pode
abster-se de redigir a respetiva declaração de desempenho apenas nas seguintes situações:
• Se o produto for fabricado, em resposta a uma encomenda especifica, individualmente
ou por medida (não em série);
• Se o produto for fabricado em estaleiro para incorporação na respetiva obra;
• Se o produto for fabricado de forma tradicional ou de forma adequada à conservação do
património (de acordo com um processo não industrial).

2.3. A Marcação CE
A marcação CE é a única marcação que atesta a conformidade dos produtos de construção,
abrangidos por especificações técnicas harmonizadas, com o desempenho declarado relativa-
mente às suas características essenciais, e só pode ser aposta nos produtos de construção que
forem sujeitos a declaração de desempenho, antes da sua colocação no mercado.
A aposição da marcação CE é da responsabilidade do fabricante, ou seu mandatário, que as-
sume assim a responsabilidade pela conformidade do produto com o desempenho declarado e
pelo cumprimento de todos os requisitos aplicáveis estabelecidos no Regulamento e nos de-
mais instrumentos relevantes de legislação de harmonização da União que preveem a sua apo-
sição.
A marcação CE deve ser aposta de modo visível, legível e indelével no produto ou numa eti-
queta a ele fixada. Caso não assim não seja possível, devido à natureza do produto, a marcação
CE deve ser colocada na sua embalagem ou incluída nos documentos comerciais que o acom-
panham.

9
2.2. Sistemas de Avaliação e Verificação da Regularidade do Desempenho
Estão previstos cinco sistemas de avaliação e verificação da regularidade do desempenho apli-
cáveis à emissão da declaração de desempenho dos produtos da construção. O modo de ava-
liação e verificação da regularidade do desempenho é variável consoante a relação entre as
caraterísticas essenciais do produto e os requisitos básicos das obras de construção, envol-
vendo não só a avaliação do desempenho do produto de construção como também o controlo
da sua produção em fábrica.
Em todos os sistemas de avaliação e verificação, os fabricantes dos produtos de construção
têm uma intervenção obrigatória - emissão das Declarações de Desempenho - sendo que nos
sistemas 1+, 1, 2+ e 3 é ainda exigida a intervenção de um Organismo Notificado, que é uma
entidade competente para a atividade de certificação de produtos, da avaliação do controlo da
produção do fabricante ou de ensaios laboratoriais, que segue os procedimentos de acreditação
aplicáveis e é avaliado e reconhecido pelo Estado Membro, que o notifica junto da Comissão
Europeia para uma ou mais normas de especificação de produtos.
Para o caso das lajes, cubos, paralelepípedos e guias de pedra natural foi publicada a Decisão
97/808/CE, a qual define o nível de avaliação e verificação da regularidade do desempenho
aplicável aos produtos, o sistema 4.

SISTEMA
ENTIDADE FUNÇÕES
1+ 1 2+ 3 4

I-1 Controlo da produção em fábrica (CPF) F F F F F


FABRICANTE

Ensaios adicionais de amostras colhidas


I-2 na fábrica de acordo com um programa F F F
de ensaios previamente estabelecido

Avaliação de desempenho do produto de


I-3 F F
construção

Avaliação de desempenho do produto de


II-1 CP CP L
construção
ORGANISMO NOTIFICADO

Inspeção inicial da fábrica e do controlo CC


II-2 CP CP
de produção em fábrica PF

Acompanhamento, apreciação e avalia-


CC
II-3 ção contínuos do controlo de produção CP CP
PF
em fábrica

Ensaio aleatório de amostras colhidas na


fábrica ou nas instalações de armazena-
II-4 CP
gem do fabricante pelo Organismo Notifi-
cado
Nota: Entidades envolvidas
F – fabricante; L – laboratório notificado; CP – organismo de certificação de produtos; CCPF - organismo de
certificação de controlo de produção em fábrica

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O objetivo do Sistema de Controlo da Produção em Fábrica é assegurar que os produtos colo-
cados no mercado estão conformes com os desempenhos declarados das suas características
essenciais na Declaração de Desempenho. É aplicável a todos os sistemas e implementado
através de:
 formalização (validação de procedimentos, planos de Inspeção e ensaio, especificações);
 realização de inspeções e ensaios de acordo com o plano validado;
 registo das inspeções e os ensaios realizados;
 avaliação dos resultados dos ensaios;
 implementação e registo das ações corretivas realizadas.
Os ensaios iniciais do produto, que servem de base para a avaliação do desempenho do pro-
duto, são realizados a uma amostra para garantir que todos os produtos do mesmo tipo, pode-
riam passar com sucesso por um ensaio similar. Aplicam-se também a todos os sistemas sem-
pre que haja:
a) introdução de um produto novo;
b) mudança fundamental na origem da extração de matérias-primas;
c) mudança fundamental no método de produção;
d) mudança nas características do produto.
Na Inspeção inicial da fábrica e do controlo de produção e no acompanhamento, apreciação e
avaliação contínuos do controlo de produção, os métodos de controlo da produção são avalia-
dos e verificadas por um Organismo Notificado de Certificação. Aplicam-se aos sistemas 1+, 1
e 2+ e compreendem a avaliação e verificação do cumprimento do plano de inspeção e ensaios,
dos resultados do controlo da produção e da eficácia das ações corretivas. Têm como resultado
a emissão de um certificado de regularidade do desempenho do produto (sistemas 1+ e 1) ou
a emissão de um certificado de conformidade do controlo da produção em fábrica (sistema 2+).
As normas harmonizadas EN 1341 “Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores - Requi-
sitos e métodos de ensaio”, EN 1342 “Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pavimen-
tos exteriores - Requisitos e métodos de ensaio” e EN 1343 “Guias de pedra natural para pavi-
mentos exteriores - Requisitos e métodos de ensaio” foram publicadas em 2001, sendo as suas
versões mais atuais de novembro de 2012. Estas normas anulam e substituem as anteriores
normas EN para estes produtos.
As normas acima especificam os requisitos de desempenho dos respetivos produtos e fazem
referência às normas de ensaio correspondentes.
Nos respetivos anexos ZA das Normas encontram-se especificadas as cláusulas relativas aos
Requisitos Básicos do RPC.
Os produtos de construção, nomeadamente, lajes, cubos, paralelepípedos e guias de pedra
natural, com a Marcação CE podem ter acesso livre a qualquer Estado Membro da UE; todavia,

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um cliente pode negociar com o produtor para que um produto responda a requisitos adicionais,
com vista a uma utilização específica.
A utilização específica predefinida é especificada da seguinte forma:
• Pavimentação exterior e acabamento de ruas
O Anexo ZA especifica as características essenciais, as condições para avaliação e verificação
da regularidade do desempenho (designado nas normas como atestação da conformidade) ne-
cessárias cumprir para emissão da Declaração de Desempenho (na norma identificada como
Declaração de conformidade CE) e posterior afixação da Marcação CE e também as informa-
ções que devem acompanhar a Marcação CE. A ausência da Declaração de Desempenho im-
pede o fabricante ou seu mandatário de apor a marcação CE e implica que o produto não é
idóneo para ser aplicado na utilização prevista, não sendo conforme com os requisitos essen-
ciais definidos no correspondente Anexo ZA; portanto, os produtos sem Declaração de Desem-
penho e marcação CE não podem ser legalmente comercializados no interior da EU.
De acordo com o tipo de uso previsto, é apresentado o sistema de avaliação e verificação da
regularidade do desempenho.

Utilização(ões) pre- Nível(is) ou Sistema(s) de


Produtos
vista(s) classe(s) AVRD

Produtos rígidos para pavimentos:


Elementos para pavimentos (/de su- Para utilizações em ex-
perfície plana ou táctil), incluindo uni- teriores e no acaba-
dades de pavimentação, lajetas, lan- mento de ruas, destina-
cis, blocos, luzes no pavimento; co- das à pavimentação de 4
bertura em folha metálica com auto- zonas exteriores com -
acabamento; ladrilhos; mosaicos; la- circulação de peões e de
jes brutas de pedreira; ladrilhos hi- veículos.
dráulicos; coberturas de piso de me-
tal expandido ou rede; grelhas e piso

12
2.3. Decisões da Comissão Europeia
Para que seja possível a aplicação da marcação CE a qualquer produto de construção é ne-
cessário que exista:
• Uma Decisão da Comissão da União Europeia relativamente ao sistema adotado para
avaliação e verificação da regularidade do desempenho;
• Uma Norma Europeia harmonizada contendo o Anexo ZA que refere os requisitos obri-
gatórios;
• Uma comunicação da Comissão Europeia referindo a data de entrada em vigor da Mar-
cação CE para um dado produto;
• Organismo(s) notificado(s) (exceto para o sistema 4) com competências para as áreas
abrangidas (ensaios, avaliação e verificação do controlo da produção ou certificação).
No caso de lajes, cubos, paralelepípedos e guias de pedra natural temos:

Decisões da CE

Lajes, Cubos e Guias de Pedra Natural: De- Comunicação da CE


cisão 97/808/CE, JO de 03/12/1997 Sistema
4 Comunicação 2017|C076|05. JO de
10.03.2017
Data de entrada em aplicação - 01.09.2013 -
Sem período de coexistência

Norma Harmonizada
EN 1341:2012 - Lajes de pedra natural para
pavimentos exteriores
EN 1342:2012 - Cubos e paralelepípedos de
pedra natural para pavimentos exteriores
EN 1343:2012 - Guias de pedra natural para
pavimentos exteriores

Organismos Notificados
Não aplicável (Sistema 4)

13
2.4. Ponto de Contacto
De forma a facilitar a livre circulação de mercadorias e garantir que as empresas tenham acesso
à legislação em vigor em cada Estado-Membro onde pretendam comercializar ou disponibilizar
os seus produtos, foram designados pelos Estados-Membros Pontos de Contacto.
Em Portugal, o Ponto de Contacto é o Instituto Português da Qualidade - IPQ, o qual tem como
competências prestar, gratuitamente, informações sobre as disposições que tenham em vista o
cumprimento dos requisitos básicos das obras de construção aplicáveis à utilização prevista de
cada produto no território nacional, nomeadamente regras aplicáveis à incorporação, montagem
ou instalação de tipos específicos de produtos de construção. Os Pontos de Contacto poderão
ser ainda autorizados a cobrar taxas por prestar outras informações ou observações aos ope-
radores económicos, as quais deverão ser proporcionais ao custo dessas informações ou ob-
servações.

2.5. Controlo de mercado


A verificação do cumprimento das disposições legais previstas no Regulamento dos Produtos
de Construção (RPC) cabe à entidade de controlo de mercado de cada Estado Membro. Em
Portugal é a ASAE – Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica, que tem a atribuição
de avaliar o cumprimento do regulamento. Esta avaliação consiste na verificação da marcação
CE nos produtos que se encontram no mercado e no fundamento dessa marcação por avaliação
da documentação técnica e da Declaração de Desempenho.

3. Enquadramento nas normas EN 1341, EN 1342 e EN 1343


3.1. Definições normativas
3.1.1. Norma NP EN 1341:2014 – Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores
Laje para pavimentos exteriores - Elemento de pedra natural obtido por corte ou clivagem
utilizado como material para pavimentação exterior e no acabamento de ruas, cuja largura no-
minal é superior a duas vezes a espessura.
Face superior - Superfície da laje destinada a ficar à vista, quando aplicada.
Face inferior - Superfície da laje destinada a ficar em contacto com o material do substrato,
quando aplicada.
Face lateral - Superfície de uma laje perpendicular à face superior e destinada a ficar na verti-
cal, quando aplicada.
Dimensão nominal - Dimensão de uma laje, especificada para o seu fabrico, cuja dimensão
real deverá estar dentro das tolerâncias permitidas especificadas.
Dimensão real - Dimensão de uma laje, obtida por medição direta.
Forma planar irregular - Laje com dimensões planares aleatórias.

14
Espessura - Distância entre a face superior e a face inferior da laje.
Comprimento total - Maior lado do retângulo de menor comprimento capaz de conter a laje.
Largura total - Menor lado do retângulo de menor área capaz de conter a laje.
Texturado - Face de uma laje com um acabamento da superfície obtido por processamento
secundário, a partir de uma superfície serrada ou rachada.
Texturado fino - Acabamento da superfície com uma diferença máxima de 1,0 mm entre sali-
ências e depressões (p. ex., polido, amaciado ou serrado com disco ou serra diamantados).
Texturado grosseiro - Acabamento da superfície com uma diferença máxima entre saliências
e depressões superior a 1,0 mm (p. ex., bujardado, areado ou flamejado).
Rachado - Face ou topo de uma laje com acabamento de superfície rugoso (p. ex., uma face
ou um topo fendido ou clivado).
Maquinado - Acabamento grosseiro resultante de tratamento mecânico da superfície, onde são
visíveis marcas das ferramentas utilizadas.
Aresta - Bordo resultante da intersecção de duas superfícies. NOTA: Na Figura 1 estão represen-
tadas arestas vivas, arredondadas e biseladas.

Valor mínimo esperado, EL - Valor que corresponde ao quantil 5 % de uma distribuição loga-
rítmica normal, para um nível de confiança de 75 %.
Valor máximo esperado, EH - Valor correspondente ao quantil 95 % de uma distribuição loga-
rítmica normal, para um nível de confiança de 75 %.

Legenda:
1 – aresta arredondada
2 – aresta biselada
3 – aresta viva

Figura 1 - Representação de tipos de arestas em Lajes

15
3.1.2. Norma NP EN 1342:2014 – Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pa-
vimentos exteriores
Cubo, paralelepípedo - Unidade de pedra natural obtida por corte ou fendilhamento e utilizada
como material de pavimentação, no qual a largura nominal não excede duas vezes a espessura
e o comprimento não excede o dobro da largura.
Dimensão nominal - Dimensão de um cubo ou paralelepípedo especificada para o seu fabrico,
cuja dimensão real deverá estar dentro das tolerâncias permitidas especificadas.
Dimensão real - Dimensão de um cubo ou paralelepípedo, obtida por medição direta.
Comprimento total, L - Maior lado do retângulo de menor comprimento capaz de conter o cubo
ou paralelepípedo.
Largura total, W - Menor lado do retângulo de menor área capaz de conter o cubo ou parale-
lepípedo.
Espessura, T - Distância entre a face superior e a face inferior do cubo ou paralelepípedo.
NOTA: A espessura nominal mínima é de 40 mm.

Face superior - Superfície de um cubo ou paralelepípedo destinada a ficar à vista, quando


aplicada.
Face inferior - Superfície de um cubo ou paralelepípedo destinada a ficar em contacto com o
material do substrato, quando aplicada.
Face lateral - Superfície de um cubo ou paralelepípedo perpendicular à face superior e desti-
nada a ficar na vertical, quando aplicada.
Texturado - Face de um cubo ou paralelepípedo com um acabamento da superfície obtido por
processamento secundário, a partir de uma superfície serrada ou rachada.
Texturado fino - Acabamento da superfície com uma diferença máxima de 1,0 mm entre sali-
ências e depressões (p. ex., polido, amaciado ou serrado com disco ou serra diamantados).
Texturado grosseiro - Acabamento da superfície com uma diferença máxima superior a 1,0
mm entre saliências e depressões (p. ex., bujardado, areado ou flamejado).
Rachado - Cubo ou paralelepípedo com acabamento tosco da superfície, por exemplo, uma
superfície clivada ou fendida.
Valor mínimo esperado, EL - Valor que corresponde ao quantil 5 % de uma distribuição loga-
rítmica normal, para um nível de confiança de 75 %.
Valor máximo esperado, EH - Valor que corresponde ao quantil 95 % de uma distribuição
logarítmica normal, para um nível de confiança de 75 %.

16
Legenda:
1 – face superior
2 – face lateral
3 – face inferior
u – desvio da face lateral para dentro
o – desvio da face lateral para fora
T – espessura
W – largura total

Figura 2 - Tolerâncias para o desvio das faces para dentro e para fora

3.1.3. Norma NP EN 1343:2014 – Guias de pedra natural para pavimentos exteriores


Guia - Elemento com comprimento superior a 300 mm, normalmente utilizado para as borda-
duras das estradas ou passeios.
Guia côncava - Guia curva em planta, com uma face côncava.
Guia convexa - Guia curva em planta, com uma face convexa.
Face superior - Superfície horizontal da guia destinada a ficar à vista, quando aplicada.
Face inferior - Superfície da guia destinada a ficar em contacto com o material do substrato,
quando aplicada.
Face frontal - Face vertical de uma guia que fica virada ao tráfego.
Face posterior - Face vertical de uma guia que fica do lado oposto ao tráfego (provavelmente
em contacto com o solo).
Dimensão real - Dimensão de uma guia, obtida por medição direta.
Dimensão nominal - Dimensão especificada para o fabrico de uma guia.
Comprimento total - Comprimento de uma guia curva medido na face vista.
Largura total - Dimensão do menor lado do retângulo de menor área capaz de conter uma guia.
NOTA: Esta definição apenas se aplica a guias retilíneas. A largura total duma guia curva é a
medida correspondente à zona mais larga da secção transversal da guia (ver Figura 3).
Altura - Distância entre a face superior e a face inferior da guia. NOTA: Ver Figura 3.
Bisel ou chanfro - Desvio relativamente à vertical, feito intencionalmente na face da guia virada
ao tráfego.
Texturado - Guia com acabamento da superfície obtido por processamento secundário, a partir
de uma superfície serrada ou rachada.
Texturado fino - Acabamento da superfície com uma diferença máxima de 1,0 mm entre sali-
ências e depressões (p. ex., polido, amaciado ou serrado com disco ou serra diamantada).

17
Texturado grosseiro - Acabamento da superfície com uma diferença máxima entre saliências
e depressões superior a 1,0 mm (p. ex., bujardado, areado ou flamejado)
Rachado - Guia com acabamento da superfície natural que não foi alvo de processamento
secundário, por exemplo uma face fendida ou clivada.
Maquinado - Acabamento resultante de tratamento mecânico da superfície, onde são visíveis
marcas das ferramentas utilizadas.
Valor mínimo esperado VmE - Valor (EL) que corresponde ao quantil 5 % de uma distribuição
logarítmica normal, para um nível de confiança de 75 %.
Valor máximo esperado VME - Valor (EH) que corresponde ao quantil 95 % de uma distribui-
ção logarítmica normal, para um nível de confiança de 75 %.

Legenda:

1 – comprimento total

a) Guia côncava 2 – largura total

3 – chanfro ou bisel

4 – face frontal

b) Guia convexa

Figura 3 - Representação esquemática de guias côncavas e convexas - Exemplo de uma guia curva, com
identificação do comprimento e da largura totais

18
3.2. Classificação do Material
De modo a harmonizar os critérios usados para a designação das diferentes castas de pedra
natural, produzidas na Europa, o Comité Técnico CEN / TC 246, elaborou a Norma EN 12440 -
Denominação de Pedra Natural.
Esta norma especifica a informação que a designação dos diferentes tipos de pedra a comerci-
alizar deve conter, nomeadamente, nome ou nomes (nome tradicional), família petrológica, cor
típica e o local de origem.
Apresentam-se a seguir alguns exemplos de pedras produzidas em Portugal:
ALPININA ROSA ATLANTIDA
Calcário bege
Alburitel, Ourém, Santarém, Portugal
AMARELO DE FIGUEIRA
Granito amarelado
Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Portugal
A referida norma define ainda outro tipo de informações a serem fornecidas, aquando da co-
mercialização, caso estejam disponíveis e se existir acordo entre o comprador e o vendedor,
nomeadamente, acabamento do processo (para produtos preparados), características naturais
(caso possam afetar a aparência da pedra), nome petrográfico (nome cientifico da rocha, obtido
por um estudo petrográfico) e a idade geológica (a idade da pedra deve ser fornecida sempre
que possível).

3.3. Características relevantes


De acordo com as normas aplicáveis para elementos de pedra natural, nomeadamente lajes,
cubos ou paralelepípedos e guias em pedra natural utilizadas em exteriores e no acabamento
de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores com circulação de peões e de veículos,
apresenta-se, a seguir, um quadro que sistematiza e reúne as características a ter em conside-
ração para cada um destes elementos, referenciando ainda os métodos de ensaio para a sua
determinação / verificação.

19
Quadro 1 - Relação entre as características relevantes para lajes, cubos, paralelepípedos e guias e os mé-
todos de ensaio para a sua determinação / verificação

NP EN NP EN NP EN
Características Relevantes (propri- 1341:2014 1342:2014 1343:2014
Método de ensaio
edades)
Lajes Cubos Guias

Dimensões e qualidade da superfície

Dimensões planares - Comprimento


NP EN 13373:2006,
e largura (excluindo as lajes com for-   
5.2
mato planar irregular) - Tolerâncias
Dimensões – Espessura - Tolerân- NP EN 13373:2006,
 
cias 5.2
NP EN 13373:2006,
Irregularidades da face – Tolerâncias   
5.3
Planeza e retilinearidade – Faces – NP EN 13373:2006,
 
Tolerâncias 5.4
Planeza e retilinearidade - Arestas – NP EN 13373:2006,
 
Tolerâncias 5.4
NP EN 1341:2014,
Arestas (1) 
4.2.2.5
NP EN 1341:2014,
Ângulos e formas especiais (2) 
4.2.2.6
Tolerâncias – Cortes para dentro das NP EN 13373:2006,

faces 5.5
NP EN 13373:2006,
Bisel ou chanfro 
5.6

Propriedades físicas

Resistência ao gelo-degelo – condi-


NP EN 12371:2015   
ções normais
Resistência ao gelo-degelo – com (3)
  
sais de Descongelamento
Resistência à rutura - Resistência à
NP EN 12372:2008  
flexão
Durabilidade da resistência à flexão
tendo em conta a resistência ao NP EN 12371:2015  
gelo-degelo - em condições normais
Durabilidade da resistência à flexão
tendo em conta a resistência ao (3)
 
gelo-degelo - com sais de desconge-
lamento
Resistência ao desgaste NP EN 14157:2007  

20
Resistência ao escorregamento NP EN 14231:2006  
Resistência à derrapagem (3)
 
Durabilidade da resistência ao escor-
regamento (3)
 
Durabilidade da resistência à derra-
pagem
Resistência à rutura – Resistência à
NP EN 1926:2008 
compressão
Durabilidade da resistência à com-
pressão tendo em conta a resistên-
NP EN 12371:2015 
cia ao gelo-degelo - em condições
normais
Durabilidade da resistência à com-
pressão tendo em conta a resistên- (3)

cia ao gelo-degelo - com sais de
descongelamento
Absorção de água NP EN 13755:2008   
Massa volúmica aparente e porosi-
NP EN 1936:2008   
dade aberta
Descrição petrográfica NP EN 12407:2008   
Substâncias perigosas (4)
  

Notas:
(1) As arestas definidas como retilíneas ou vivas poderão apresentar um bisel com dimensões verticais e horizontais
não superiores a 2 mm (aresta quebrada), ao critério do produtor.

Quando as lajes forem fornecidas com arestas biseladas ou arredondadas, as respetivas dimensões devem ser
declaradas e, tanto a dimensão vertical como a horizontal, devem estar compreendidas no intervalo de + 2 mm em
relação às dimensões declaradas.
(2) Apenas se estiverem a ser produzidas formas especiais.

Cada ângulo da laje deve estar de acordo com a geometria acordada. Em elementos de forma especial ou irregular,
a conformidade com a forma requerida deve ser verificada utilizando um molde específico; a tolerância admissível
em qualquer ponto deve ser a indicada no Quadro 1 da Norma EN 1341:2014.

Poderão ser declarados desvios mais rigorosos que os indicados no referido quadro.

Os desvios não poderão ser adicionados uns aos outros, como, p. ex., desvios na espessura e na planeza.

(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu,
a resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização
do produto.

21
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação
de tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são
colocados nesses mercados.

Na ausência de métodos de ensaio harmonizados europeus, a verificação e a declaração sobre a liberação/conteúdo


deverão ser feitas tendo em conta as disposições nacionais no local de utilização.

Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais relativas a subs-
tâncias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de http://ec.europa.eu/en-
terprise/construction/cpd-ds/.

O Anexo ZA.1 das normas NP EN 1341:2014, NP EN 1342:2014 e NP EN 1343:2014, apresenta


as características essenciais dos elementos em pedra natural que deverão ser declaradas a
nível de desempenho de acordo com o tipo de utilização prevista, que acompanham a marcação
CE. De notar que se o fabricante declarar a característica/propriedade terá de fazer o ensaio e
declarar na marcação/etiqueta.
O cumprimento dos requisitos destas normas confere uma presunção da aptidão dos produtos
de construção abrangidos pelas referidas normas Europeias para as utilizações previstas nes-
tes documentos.
No quadro seguinte apresenta-se para cada característica essencial, a sua aplicabilidade e os
valores que deverão ser declarados e que devem constar na etiqueta dos produtos.

Quadro 2 - Características Essenciais para efeitos de Declaração de Desempenho


Características Essenci-
Produto Aplicabilidade e Etiquetagem
ais
Aplicabilidade: A indicar apenas quando exigido na legis-
Lajes lação nacional e de acordo com o Regulamento nº
Libertação de substâncias 1907/2006 e suas emendas para pavimentos exteriores.
Cubos
perigosas
Guias Declaração na etiqueta: De acordo com as disposições
nacionais válidas no local de utilização do produto.
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Resistência à rutura – Re- Lajes
com circulação de peões e de veículos.
sistência à flexão Guias
Declaração na etiqueta: Valor mínimo esperado (EL) (em
MPa) ensaiada de acordo com a NP EN 12372:2008.

Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento


de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Resistência à rutura – Re- com circulação de peões e de veículos.
Cubos
sistência à compressão
Declaração na etiqueta: Valor mínimo esperado (EL) (em
MPa) ensaiada de acordo com a NP EN 1926:2008.

22
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Escorregamento – Resis- Lajes com circulação de peões e de veículos.
tência ao escorregamento
(1) Cubos Declaração na etiqueta: Valores dos valores médios de
atrito (USRV) em húmido e em seco ensaiada de acordo
com a NP EN 14231:2006.
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Lajes
Resistência à derrapagem com circulação de peões e de veículos.
Cubos
Declaração na etiqueta: De acordo com as disposições
nacionais válidas no local de utilização do produto.
Durabilidade da resistência à flexão, do escorregamento e da resistência à derrapagem, tendo
em conta:
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Resistência ao gelo-de- Lajes com circulação de peões e de veículos.
gelo – ensaio normal Guias Declaração na etiqueta: Valores médios da resistência à
flexão (em MPa) antes e após 56 ciclos de gelo-degelo
(ensaio tecnológico de acordo com a NP EN 12371:2015).
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
Resistência ao gelo-de- de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Lajes
gelo – com sais de des- com circulação de peões e de veículos.
congelamento Guias
Declaração na etiqueta: De acordo com as disposições
nacionais válidas no local de utilização do produto.

Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento


de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Polimento decorrente da com circulação de peões e de veículos.
Lajes
utilização
Declaração na etiqueta: De acordo com as disposições
nacionais válidas no local de utilização do produto.

Durabilidade da resistência à compressão, do escorregamento e da resistência à derrapagem,


tendo em conta:

Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento


de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
com circulação de peões e de veículos.
Resistência ao gelo-de-
Cubos Declaração na etiqueta: Valores médios da resistência à
gelo – ensaio normal
compressão (em MPa) antes e após 56 ciclos de gelo-de-
gelo (ensaio tecnológico de acordo com a NP EN
12371:2015).

Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento


Resistência ao gelo-de- de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
gelo – com sais de des- Cubos com circulação de peões e de veículos.
congelamento Declaração na etiqueta: De acordo com as disposições
nacionais válidas no local de utilização do produto.

23
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Polimento decorrente da com circulação de peões e de veículos.
Cubos
utilização
Declaração na etiqueta: De acordo com as disposições
nacionais válidas no local de utilização do produto.
Nota:
(1) Quando num determinado Estado Membro seja requerido um valor mínimo de escorregamento relativamente a
utilizações específicas, a marcação CE deverá incluir a referência ao método de ensaio aplicável nesse país e a
conformidade com o valor exigido. As lajes e cubos em pedra natural que não cumpram o valor mínimo exigido
podem ser apenas utilizados em aplicações permitidas pela legislação do país de destino. Quando o desempenho
determinado não satisfaz os requisitos específicos previstos na legislação nacional, recomenda-se a indicação, por
exemplo, “não destinado a utilizações para as quais o desempenho determinado não satisfaz os requisitos específi-
cos da legislação nacional”.

3.3.1. Norma NP EN 1341:2014 – Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores


Em relação às características essenciais apresentadas no Anexo ZA.1 da norma NP EN
1341:2014, relativas às lajes de pedra natural para pavimentos exteriores, o esquema a adotar
poderá ser o apresentado no quadro seguinte, tendo em consideração as secções da norma a
respeitar, bem como os métodos de ensaio a serem seguidos e os valores a serem declarados
na etiqueta.
Quadro 3 - Características Essenciais - Anexo ZA.1 da NP EN 1341:2014 – Lajes
de pedra natural para pavimentos exteriores
Secção da
Método de
Características Essenciais norma referente NOTA
ensaio
ao requisito
(4)
Substâncias perigosas 4.11 Se relevante.
RESISTÊNCIA À RUTURA, expressa por:
Declarada como o valor mí-
Resistência à rutura - Resistên- NP EN
4.4 nimo esperado (EL) (em
cia à flexão 12372:2008
MPa).
ESCORREGAMENTO (Apenas para as zonas de circulação de peões), expresso por:
Declarada em termos dos
NP EN
Resistência ao escorregamento 4.6.1 valores de USRV (em hú-
14231:2006
mido e em seco).
RESISTENCIA À DERRAPAGEM (Apenas para as zonas de circulação de veículos), expressa
por:
Declarada de acordo com
(3) as disposições nacionais vá-
Resistência à derrapagem 4.6.2
lidas no local de utilização
do produto.

24
DURABILIDADE DA RESISTÊNCIA À FLEXÃO, DO ESCORREGAMENTO E DA RESISTÊNCIA
À DERRAPAGEM, tendo em conta:
Declarada em termos de va-
lores médios (em MPa) da
Resistência ao gelo-degelo – NP EN
4.3.1 resistência à flexão antes e
condições normais 12371:2015
após 56 ciclos de gelo-de-
gelo.
Declarada de acordo com
Resistência ao gelo-degelo – (3) as disposições nacionais vá-
4.3.2
com sais de descongelamento lidas no local de utilização
do produto.
Declarado de acordo com
Polimento decorrente da utiliza- (3) as disposições nacionais vá-
4.6.3
ção lidas no local de utilização
do produto.
Nota:
(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu,
a resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização
do produto.
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação
de tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são
colocados nesses mercados.

Na ausência de métodos de ensaio harmonizados europeus, a verificação e a declaração sobre a liberação/conteúdo


deverão ser feitas tendo em conta as disposições nacionais no local de utilização.

Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais relativas a subs-
tâncias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de http://ec.europa.eu/en-
terprise/construction/cpd-ds/.

3.3.2. Norma NP EN 1342:2014 – Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pa-


vimentos exteriores
Em relação aos cubos e paralelepípedos em pedra natural, as características essenciais defini-
das no Anexo ZA.1 da norma NP EN 1342:2014 que deverão constar na marcação CE, para
conferir a aptidão destes produtos para a utilização em pavimentos exteriores, estão apresen-
tadas no quadro seguinte, tendo em consideração as secções da norma a respeitar bem como
os métodos de ensaio a serem seguidos e os valores a serem declarados na etiqueta.

25
Quadro 4 - Características Essenciais - Anexo ZA.1 da NP EN 1342:2014 –
Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pavimentos exteriores

Método de Secção da
Características Essenciais norma refe- Declaração na etiqueta
ensaio
rente ao requi-
(4)
Substâncias perigosas 4.11 Se relevante.
RESISTÊNCIA À RUTURA, expressa por:
Declarada como o valor
Resistência à rutura - Resistên- NP EN
4.4 mínimo esperado (EL)
cia à compressão 1926:2008
(em MPa).
ESCORREGAMENTO (Apenas para as zonas de circulação de peões), expresso por:
Declarada em termos
NP EN
Resistência ao escorregamento 4.6.1 dos valores de USRV
14231:2006
(em húmido e em seco).
RESISTENCIA À DERRAPAGEM (Apenas para as zonas de circulação de veículos), expressa
por:
Declarada de acordo
(3) com as disposições naci-
Resistência à derrapagem 4.6.2
onais válidas no local de
utilização do produto.
DURABILIDADE DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO, DO ESCORREGAMENTO E DA RE-
SISTÊNCIA À DERRAPAGEM, tendo em conta:
Declarada em termos de
valores médios (em
Resistência ao gelo-degelo – NP EN MPa) da resistência à
4.3.1
condições normais 12371:2015 compressão antes e
após 56 ciclos de gelo-
degelo.
Declarada de acordo
Resistência ao gelo-degelo – (3) com as disposições naci-
4.3.2
com sais de descongelamento onais válidas no local de
utilização do produto.
Declarado de acordo
Polimento decorrente da utiliza- (3) com as disposições naci-
4.6.3
ção onais válidas no local de
utilização do produto.
Nota:
(3)
Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de
ensaio europeu, a resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais
válidas no local de utilização do produto.
(4)
Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração
de libertação de tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos
por esta Norma são colocados nesses mercados.

26
Na ausência de métodos de ensaio harmonizados europeus, a verificação e a declaração sobre a libera-
ção/conteúdo deverão ser feitas tendo em conta as disposições nacionais no local de utilização.

Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais rela-
tivas a substâncias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de
http://ec.europa.eu/enterprise/construction/cpd-ds/.

3.3.3. Norma NP EN 1343:2014 – Guias de pedra natural para pavimentos exteriores


Em relação aos guias em pedra natural, as características relevantes definidas pela norma NP
EN 1343:2014 que deverão constar na marcação CE, para conferir a aptidão destes produtos
para a utilização em pavimentos exteriores, estão apresentadas no quadro seguinte, tendo em
consideração as secções da norma a respeitar bem como os métodos de ensaio a serem se-
guidos e os valores a serem declarados na etiqueta.
Quadro 5 - Características Essenciais - Anexo ZA.1 da NP EN 1343:2014 –
Guias de pedra natural para pavimentos exteriores
Método de Secção da
Características Essenciais Declaração na etiqueta
ensaio norma refe-
(4)
Substâncias perigosas 4.9 Se relevante
RESISTÊNCIA À RUTURA, expressa por:
Declarada como o valor
Resistência à rutura - Resistên- NP EN
4.3 mínimo esperado (EL)
cia à flexão 12372:2008
(em MPa)
DURABILIDADE DA RESISTÊNCIA À FLEXÃO, tendo em conta:
Valores médios (em
Resistência ao gelo-degelo – NP EN MPa) da resistência à
4.3.1
condições normais 12371:2015 flexão antes e após 56
ciclos de gelo-degelo
Declarada de acordo
Resistência ao gelo-degelo – (3) com as disposições naci-
4.3.2
com sais de descongelamento onais válidas no local de
utilização do produto

Nota:
(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu,
a resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização
do produto.
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação
de tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são
colocados nesses mercados.

Na ausência de métodos de ensaio harmonizados europeus, a verificação e a declaração sobre


a liberação/conteúdo deverão ser feitas tendo em conta as disposições nacionais no local de
utilização.

27
Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e naci-
onais relativas a substâncias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA,
acessível através de http://ec.europa.eu/enterprise/construction/cpd-ds/.

3.4. Avaliação e Verificação da Regularidade do Desempenho


Relativamente à avaliação da regularidade do desempenho, para lajes, cubos e paralelepípe-
dos e guias em pedra natural, utilizadas no exterior e no acabamento de ruas, destinados à
pavimentação de zonas exteriores com circulação de peões e de veículos, aplica-se o Sistema
4.
Tal sistema prevê que o fabricante deva disponibilizar uma declaração de desempenho baseada
nos ensaios, nos cálculos, nos valores tabelados ou na documentação descritiva desse produto
e no sistema de controlo da produção em fábrica (CPF) sob a sua responsabilidade, para todas
as características essenciais declaradas, de acordo com as especificações técnicas harmoni-
zadas aplicáveis. Este sistema refere-se ao nível mais baixo e mais simples de avaliação e
verificação da regularidade do desempenho, dado que não requer uma certificação com a in-
tervenção de um organismo notificado.
No que diz respeito aos ensaios realizados (ensaios de tipo inicial e de monitorização do CPF)
as lajes, cubos e paralelepípedos e guias em pedra natural, podem ser agrupados em famílias
onde se considera que o resultado do ensaio de uma ou mais características de qualquer pro-
duto é representativo de todos os outros produtos. Um produto pode pertencer a diferentes
famílias de acordo com a característica a ensaiar.

3.5. Plano de Amostragem


Um plano de amostragem é um plano que define o número de amostras a serem colhidas de
um lote de produto por forma a que possam ser conhecidas não só as propriedades médias
desse mesmo lote como a sua variabilidade. No caso da pedra natural, o plano de amostragem
deve ainda conter informações sobre os métodos a utilizar na colheita das amostras, em função
do local de colheita, nomeadamente, pedreira, unidade de transformação ou obra de constru-
ção.
O plano de amostragem deve conter as seguintes informações:
• Tipo de pedra natural (em conformidade com a EN 12440 e a EN 12670);
• Objetivo da amostragem, incluindo uma lista das propriedades a serem ensaiadas;
• Identificação dos pontos de amostragem;
• Orientação das amostras relativamente ao depósito ou leito de pedreira, etc.;
• Dimensões aproximadas das amostras;
• Quantidades de amostras;
• Aparelhos e utensílios de amostragem a serem utilizados;

28
• Métodos de amostragem;
• Marcação, embalagem e expedição das amostras.
As amostras ou embalagens devem ser identificadas de forma clara e indelével através de um
código ou identificação das amostras laboratoriais, data e local da amostragem e denominação
do material, devendo as mesmas ser embaladas e transportadas de forma a serem protegidas
contra danos.
O responsável pela amostragem deve elaborar um relatório de amostragem para cada amostra
laboratorial ou para cada grupo de amostras laboratoriais provenientes de uma única origem, o
qual deve fazer menção ao anexo da norma harmonizada que especifica o plano de amostra-
gem em causa e indicar:
a) identificação do relatório de amostragem (número de série);
b) marca(s) de identificação das amostras de laboratório;
c) data e local da amostragem;
d) ponto(s) de amostragem, ou a identificação do lote amostrado;
e) referência ao plano de amostragem, preparado de acordo com o disposto no anexo da
norma harmonizada;
f) nome do(s) responsável(eis) pela amostragem.
Dependendo das circunstâncias, poderão ser relevantes outras informações.
Os procedimentos de amostragem encontram-se descritos no Anexo B das Normas NP EN
1341:2014 e NP EN 1343:2014 e no Anexo A da NP EN 1342:2014.
No quadro seguinte podem-se observar os vários métodos de amostragem no caso de se tratar
de amostragens numa pedreira, unidade de transformação ou obra de construção.

29
Quadro 6 - Metodologias de Amostragem

AMOSTRAGEM

Se os estudos preliminares revelarem que a rocha possui uma textura


Identificação
ou estrutura geológica pronunciadas, não necessariamente visíveis à
de anisotropias
escala da amostra (p. ex., estratificação, estrutura massiva, laminação,
e orientação
clivagem ou correr da pedra), a amostra deve ser adequadamente mar-
das amostras
cada.
Devem ser colhidos provetes de mão de todos os diferentes tipos e vari-
edades que caraterizam a rocha em termos de composição mineraló-
Amostragem gica, textura e estrutura geológica.
Amostragem da rocha

para estudo Também poderão ser utilizadas amostras obtidas por carotagem (tarolos
petrográfico e fragmentos).
Para além das amostras de rocha sã, também devem ser colhidas
amostras que ilustrem os efeitos da meteorização.
Devem utilizar-se como amostras, blocos-amostra e provetes de mão,
TIPOS DE AMOSTRAGEM

cujo número e local de amostragem dependerão dos resultados obtidos


no estudo petrográfico e nos métodos de ensaio requeridos.
Os blocos-amostra devem medir aproximadamente 0,40 m × 0,25 m ×
0,25 m ou mais quando a rocha a amostrar tiver granulado grosseiro
Amostragem e/ou poros grandes.
para ensaios
físicos Deve ter-se o cuidado que nem os blocos-amostra nem os provetes de
mão contenham quaisquer microfissuras resultantes do processo de ex-
tração.
Também poderão ser cortadas a partir de blocos em bruto, de lajes ou
de pedra de cantaria, sendo o número e as dimensões das amostras de-
pendentes do método de ensaio considerado.
Amostragem em A partir do material a ser ensaiado, e tendo em consideração a utiliza-
unidades de trans- ção prevista do material, deve ser colhida uma amostra representativa
formação e em re- de tamanho adequado e característica da pedra em termos de composi-
messas ção mineralógica, textura e estrutura geológica.
Os pontos de amostragem devem ser selecionados de acordo com as
regras de obtenção de uma amostra representativa, tendo em conside-
ração quaisquer diferenças nas propriedades, visíveis a olho nu.
Amostragem em Sempre que necessário, será suficiente retirar-se uma única laje para
obras de construção avaliação das propriedades mecânicas das lajes.
Deve ser referida a localização da amostra na obra de construção.

30
3.6. Ensaios de Tipo Inicial
A realização dos ensaios de tipo inicial é da responsabilidade do fabricante. Estes devem ser
realizados para garantir que as características de cada família de produtos cumprem os requi-
sitos das Normas NP EN 1341:2014, NP EN 1342:2014 e NP EN 1343:2014.
A sua periodicidade depende das alterações ocorridas no sistema de controlo da produção em
fábrica e da sua influência nas características declaradas e relevantes, para as quais o fabri-
cante declare desempenhos.
Os desempenhos declarados devem ser representativos da produção atual, p. ex., o valor mí-
nimo esperado em produção normal.
Sempre que ocorra uma alteração significativa na origem, natureza das matérias-primas ou no
processo de produção que possa modificar qualquer desempenho declarado do produto, este
deve ser considerado como um novo produto e quaisquer das características que possam ter
sido afetadas devem ser reavaliadas com vista a uma nova declaração de desempenho.
Assim, uma vez terminado o desenvolvimento de um novo tipo de produto (antes de ser iniciada
a sua comercialização), os ensaios de tipo inicial apropriados devem ser repetidos.
Quando um fabricante produz o mesmo produto em diferentes linhas, unidades ou fábricas,
poderá realizar apenas uma bateria de ensaios iniciais à família desde que garanta que o equi-
pamento e/ou a linha de produção não tem influência no desempenho declarado na documen-
tação associada à Marcação CE. É da responsabilidade do fabricante garantir que os produtos
são, de facto, da mesma família, e por isso, de características uniformemente representativas.
Os resultados dos ensaios de tipo inicial devem ser guardados pelo menos durante 10 anos a
contar da data de colocação no mercado do produto de construção, como suporte para o de-
sempenho declarado do produto.
Seguidamente apresenta-se a lista das características a considerar para ensaios de tipo inicial,
incluindo método e referência ao número e dimensões dos provetes a ensaiar, para os três tipos
de elementos em causa: lajes, cubos ou paralelepípedos e guias em pedra natural.

31
3.6.1. Norma NP EN 1341 – Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores
De acordo com o tipo de utilização prevista para o produto, os ensaios de tipo inicial poderão
ser:
Quadro 7 - Ensaios de Tipo Inicial - Norma NP EN 1341 –
Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores

Métodos Número de Forma e dimen-


Características Resultados
de Ensaio provetes são dos provetes

De acordo com o
Resistência à rutura - Resis- NP EN Valor decla-
10 provetes 6.2.2 da norma de
tência à flexão 12372:2008 rado
ensaio
Ensaio A
Durabilidade da resistência à
21 provetes De acordo com o
flexão tendo em conta a resis- NP EN 2 valores de-
6.2 da norma de
tência ao gelo-degelo – em 12371:2015 Ensaio B clarados
ensaio
condições normais
7 provetes
Durabilidade da resistência à
flexão tendo em conta a resis- De acordo com as disposições em vigor no local Valor(es) de-
tência ao gelo-degelo – com previsto para a utilização clarado(s)
sais de Descongelamento
De acordo com o
Escorregamento - Resistência NP EN Valor decla-
6 provetes 7.2 da norma de
ao escorregamento 14231:2006 rado
ensaio

De acordo com as disposições em vigor no local Valor decla-


Resistência à derrapagem
previsto para a utilização rado

Valores de
tolerância de
NP EN
Dimensões - Ângulos e for- Amostra representativa do pro- acordo com
13373:2006
mas especiais - Tolerâncias duto o quadro 1
(4.2.2.6)
da NP EN
1341:2014
De acordo com:
- 3.5 (Ensaio A)
NP EN - 4.4 (Ensaio B) Valor decla-
Resistência ao desgaste 6 provetes
14157:2007 - 5.4 (Ensaio C) rado
da norma de en-
saio
De acordo com o
NP EN Valor decla-
Absorção de água 6 provetes 6.2 da norma de
13755:2008 rado
ensaio
De acordo com o
Massa volúmica aparente e NP EN Valores de-
6 provetes 7.2 da norma de
porosidade aberta 1936:2008 clarados
ensaio
NP EN Amostra representativa do pro- Descrição
Descrição petrográfica
12407:2008 duto declarada

32
Valor decla-
rado ou
De acordo com as disposições em vigor no local classe, con-
Substâncias perigosas
previsto para a utilização soante o que
for apropri-
ado

3.6.2. Norma NP EN 1342 – Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pavimen-


tos exteriores
De acordo com o tipo de utilização prevista para o produto, os ensaios de tipo inicial poderão
ser:
Quadro 8 - Ensaios de Tipo Inicial - Norma NP EN 1342 –
Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pavimentos exteriores

Métodos Número de Forma e dimen-


Características Resultados
de Ensaio provetes são dos provetes

Valores de
tolerância de
NP EN
Dimensões planares - Compri- acordo com
13373:2006
mento e largura - Tolerâncias o quadro 1 e
(5.2)
2 da NP EN
1342:2014
Amostra representativa do produto
Valores de
tolerância de
NP EN
Dimensões – Espessura - Tole- acordo com
13373:2006
râncias o quadro 1 e
(5.2)
2 da NP EN
1342:2014

Valores de
tolerância de
NP EN
acordo com
Irregularidades da face 13373:2006 Amostra representativa do produto
o quadro 3
(5.3)
da NP EN
1342

Valores de
tolerância de
NP EN
Tolerâncias – Cortes para den- acordo com
13373:2006 Amostra representativa do produto
tro das faces o quadro 2
(5.5)
da NP EN
1342:2014
De acordo com o
Resistência à rutura – Resistên- NP EN Valor decla-
10 provetes 7.2 da norma de
cia à compressão 1926:2008 rado
ensaio
Ensaio A
Durabilidade da resistência à
21 provetes De acordo com o
compressão tendo em conta a NP EN 2 valores de-
6.2 da norma de
resistência ao gelo-degelo - em 12371:2015 Ensaio B clarados
ensaio
condições normais
7 provetes

33
Durabilidade da resistência à
compressão tendo em conta a De acordo com as disposições em vigor no local Valor(es) de-
resistência ao gelo-degelo - previsto para a utilização clarado(s)
com sais de descongelamento
De acordo com o
Escorregamento - Resistência NP EN Valor decla-
6 provetes 7.2 da norma de
ao escorregamento 14231:2006 rado
ensaio
De acordo com as disposições em vigor no lo- Valor decla-
Resistência à derrapagem
cal previsto para a utilização rado
Durabilidade da resistência à De acordo com as disposições em vigor no lo- Valor decla-
derrapagem cal previsto para a utilização rado
De acordo com:
- 3.5 (Ensaio A)
NP EN - 4.4 (Ensaio B) Valor decla-
Resistência ao desgaste 6 provetes
14157:2007 - 5.4 (Ensaio C) rado
da norma de en-
saio
De acordo com o
NP EN Valor decla-
Absorção de água 6 provetes 6.2 da norma de
13755:2008 rado
ensaio
De acordo com o
Massa volúmica aparente e po- NP EN Valores decla-
6 provetes 7.2 da norma de
rosidade aberta 1936:2008 rados
ensaio
NP EN Amostra representativa do pro- Descrição de-
Descrição petrográfica
12407:2008 duto clarada
Valor decla-
rado ou
De acordo com as disposições em vigor no lo-
Substâncias perigosas classe, conso-
cal previsto para a utilização
ante o que for
apropriado

34
3.6.3. Norma NP EN 1343 – Guias de pedra natural para pavimentos exteriores
De acordo com o tipo de utilização prevista para o produto, os ensaios de tipo inicial poderão
ser:
Quadro 9 - Ensaios de Tipo Inicial - Norma NP EN 1343 –
Guias de pedra natural para pavimentos exteriores

Métodos Número de Forma e dimen-


Características são dos prove- Resultados
de Ensaio provetes
tes
Dimensões planares - Compri- Valores de to-
mento e largura - Tolerâncias NP EN lerância de
13373:2006 Amostra representativa do pro- acordo com o
duto quadro 1 da
Dimensões (5.2) NP EN
1343:2014
De acordo com o
Resistência à rutura - Resistên- NP EN Valor decla-
10 provetes 6.2.2 da norma
cia à flexão 12372:2008 rado
de ensaio
Ensaio A
Durabilidade da resistência à
21 provetes De acordo com o
flexão tendo em conta a resis- NP EN 2 valores de-
6.2 da norma de
tência ao gelo-degelo – em con- 12371:2015 Ensaio B clarados
ensaio
dições normais
7 provetes
Durabilidade da resistência à
flexão tendo em conta a resis- De acordo com as disposições em vigor no lo- Valor(es) de-
tência ao gelo-degelo – com cal previsto para a utilização clarado(s)
sais de Descongelamento
De acordo com o
NP EN Valor decla-
Absorção de água 6 provetes 6.2 da norma de
13755:2008 rado
ensaio
De acordo com o
Massa volúmica aparente e po- NP EN Valores decla-
6 provetes 7.2 da norma de
rosidade aberta 1936:2008 rados
ensaio
NP EN Amostra representativa do pro- Descrição de-
Descrição petrográfica
12372:2008 duto clarada
Valor decla-
rado ou classe,
De acordo com as disposições em vigor no lo-
Substâncias perigosas consoante o
cal previsto para a utilização
que for apropri-
ado

35
3.7. Controlo da Produção em Fábrica
O fabricante deve estabelecer, implementar e manter um sistema de controlo de produção em
fábrica (CPF) que garanta a conformidade dos produtos com a norma de especificação aplicável
e com os desempenhos declarados das características dos produtos, definidos com base nos
ensaios de tipo inicial em conformidade com o disposto no ponto 3.7 do presente guia.
O sistema de controlo da produção em fábrica deve descrever o procedimento da produção,
das inspeções regulares realizadas pelo fabricante, dos ensaios efetuados e deve ser abran-
gente desde as matérias-primas até ao produto final, passando pelo controlo do equipamento
de monitorização e medição e do equipamento associado ao processo produtivo.
Devem ser definidos o procedimento, frequência e critérios de calibração destes equipamentos.
A monitorização e medição é um dos passos para a garantia da qualidade do produto final.
Assim, e no sentido de prevenir a existência de não conformidades, os produtos introduzidos
no processo (nomeadamente matérias-primas) e o produto final devem ser controlados no que
diz respeito às suas características relevantes/essenciais. Com base nos valores obtidos e nas
especificações adotadas poderão ser introduzidas alterações no processo de fabrico que per-
mitam a obtenção de um produto com as características desejadas.
Todos os controlos e ensaios realizados devem ser registados, assim como as ações decorren-
tes da avaliação do seu desempenho, implementadas sempre que os resultados não cumpram
os critérios de aceitação definidos pelo fabricante.
Sempre que sejam utilizados procedimentos de ensaio alternativos aos dos ensaios de referên-
cia, deve ser determinada a sua correlação com o ensaio de referência e disponibilizada para
inspeção.
Qualquer procedimento de ensaio (ensaios de referência ou alternativos) adotado para o CPF
deve incluir os critérios de aceitação apropriados. No caso de não conformidade, deve ser de-
finido um plano de ação específico como fazendo parte do CPF. Em regra, este plano deve
incluir a repetição do procedimento de CPF numa maior quantidade de provetes ou de produtos.
Nos casos em que os resultados destes ensaios não estejam conformes com os desempenhos
declarados, deve ser disponibilizada uma avaliação final da conformidade adotando o mesmo
método de ensaio utilizado na determinação dos desempenhos declarados.
Nos casos em que o processo da pedra natural seja suscetível de alterar quaisquer dos desem-
penhos declarados relativamente ao material inicial (p. ex., em consequência do tipo de proces-
samento ou porque as propriedades físicas foram modificadas por impregnação, utilização de
materiais de reconstituição, de preenchimento ou outros produtos similares para colmatação de
orifícios naturais, falhas, fraturas ou similares), então essas circunstâncias devem ser conside-
radas dentro do âmbito do CPF.
Na secção 5.3 das normas NP EN 1341:2014, NP EN 1342:2014 e NP EN 1343:2014, são
apresentados os requisitos genéricos que deve cumprir o sistema de controlo da produção em
fábrica. Os esquemas apresentados neste guia são orientativos e devem ser adaptados ao tipo
de elemento em questão, ao processo produtivo e ao equipamento em uso.

36
3.7.1. Equipamento
Todos os equipamentos de medição e ensaio que tenham influência nos valores declarados
devem ser controlados, calibrados e mantidos, para demonstrar a conformidade do produto com
os requisitos especificados, de acordo com o quadro abaixo. A incerteza de medição deve ser
conhecida e consistente com a capacidade requerida para a medição. As inspeções e manu-
tenção devem ser realizadas e registadas no sistema de controlo da produção em fábrica, que
deve definir o período de armazenagem destes dados.

Quadro 10 - Esquema de controlo de equipamentos


Objetivo da Método / Procedi-
Equipamento Frequência
Inspeção mento
- Na instalação ou
reinstalação
Equipamento de testes de - Depois de uma repa-
força Avaliar o correto ração
Calibração com
funcionamento e
equipamento pa- - Pelo menos 1 vez em
precisão ade-
drão calibrado cada 2 anos
quada
Equipamento de pesagem,
- Pelo menos 1 vez em
medição dimensional, tem-
cada 2 anos
peratura e humidade

Para além do equipamento de medição e ensaio, é de realçar que todo o equipamento produtivo
que tenha influência nos valores declarados pelo fabricante deve ser controlado ao nível dos
parâmetros operativos de acordo com procedimentos, frequências e critérios documentados.

3.7.2. Matérias-Primas
O fabricante deve definir critérios de aceitação para as matérias-primas e os procedimentos a
implementar para garantir que estes são verificados, de acordo com o exemplo apresentado no
quadro seguinte.
Quadro 11 - Esquema de controlo de matérias-primas

Tipo Objetivo da inspeção Método / procedimento Frequência

Antes da extração e em
Avaliação da adequabili- Exames físicos, minera-
caso de alterações significa-
dade do material lógicos ou químicos
tivas no material a extrair
Matérias-primas
de extração pró- Manutenção do esquema Diariamente durante a ex-
Inspeção visual
pria de extração tração
Avaliar a qualidade do for- -Realização de testes in-
necimento ternamente A definir pelo fabricante na
Matérias-primas Avaliar a qualidade do for- -Inspeção da nota de en- documentação do CPF
adquiridas necimento comenda

37
-Verificação de testes
efetuados pelo fabricante
-Realização de testes in-
ternamente
Avaliação de eventuais
Armazenagem Análise visual ou outros A definir pelo fabricante na
contaminações ou trocas
do material meios apropriados documentação do CPF
de identificação

Os aspetos a considerar na inspeção visual na receção da matéria-prima (amostra de referên-


cia) poderá ser o apresentado no quadro seguinte:
Quadro 12 - Aspetos relevantes na inspeção de matérias-primas

Inspeção visual

Características das matérias-primas Frequência


Dimensões
Cor
Padrão do venado
Estrutura física
Por fornecimento
Acabamento superficial
Características específicas da pedra (orifícios típicos, preenchimentos cristalinos,
manchas, veios cristalinos e manchas ferruginosas)
Utilização de materiais para a colmatação de orifícios
Defeitos que alterem o aspeto típico da pedra

3.7.3. Processo Produtivo


O fabricante deve definir quais as variáveis do processo produtivo que exercem influência nos
valores declarados dos seus produtos. Para essas variáveis devem ser definidas inspeções e
critérios para cumprimento. Quando os critérios não são verificados devem ser registadas as
ações implementadas para correção dos desvios.
Um esquema geral exemplificativo do processo produtivo para os elementos de pedra natural
pode ser observado a seguir, onde se destacam as atividades de corte, polimento (se for o
caso) e acabamento.

38
CORTE

39
POLIMENTO

ARMAZENAMENTO

Figura 4 - Processo produtivo para elementos de pedra natural (esquema e fotos ilustrativas)

40
3.7.4. Ensaios ao Produto Final
Do sistema de controlo da produção em fábrica deve constar um plano de amostragem que
defina a frequência dos ensaios a realizar ao produto final e os respetivos critérios de aceitação,
de modo a que constitua um meio para garantir a constância do desempenho do produto e uma
declaração de confiança tanto para os utilizadores como para o fabricante.
Os resultados devem ser registados e guardados para eventual inspeção.
Todas as características essenciais, para as quais o fabricante declare desempenhos, estão
sujeitas a ensaios, como referido anteriormente. Alem disso, é necessário realizar ensaios a
todas as características quando o fabricante reivindique a conformidade do seu produto, a me-
nos que a norma aplicável do produto em questão contenha disposições para declarar os de-
sempenhos sem realização de ensaios (p. ex., utilização de dados previamente existentes) e
desempenho convencionalmente aceite).
Seguindo este pressuposto, podem ser adotados métodos alternativos aos referidos na norma-
lização, exceto para os ensaios de tipo inicial e em caso de contestação legal, desde que esses
métodos satisfaçam as seguintes condições:
 Demonstração da correlação entre os métodos alternativos e os referidos na normalização;
 Disponibilidade por parte do fabricante de toda a informação necessária para demonstrar
essa correlação.

41
3.7.4.1. Norma NP EN 1341:2014 – Lajes de pedra natural para pavimentos exteri-
ores
As características a considerar para o controlo da produção em fábrica e os ensaios de verifi-
cação em produtos finais, definidas pela norma NP EN 1341:2014, relativas às lajes de pedra
natural para pavimentos exteriores, são apresentadas no quadro seguinte. Ainda são incluídos
neste quadro as frequências mínimas de ensaio e os respetivos critérios de aceitação. As fre-
quências mínimas de ensaio, apresentadas no quadro seguinte, representam os limites superi-
ores da frequência dos ensaios.
Quadro 13 - Ensaios de verificação de Produto Final - Norma NP EN 1341:2014 – Lajes de pedra
natural para pavimentos exteriores
Frequência
Método de en- mínima de en- Critérios de
Características (propriedades) saio
saio aceitação
(EN 1341:2014)

Dimensões e qualidade da superfície

Dimensões planares - Comprimento e largura NP EN


(excluindo as lajes com formato planar irregu- 13373:2006
lar) - Tolerâncias (5.2)
NP EN
Dimensões – Espessura - Tolerâncias 13373:2006
(5.2)
NP EN
Irregularidades da face – Tolerâncias 13373:2006
(5.3)
NP EN
Planeza e retilinearidade – Faces - Tolerân- 13373:2006
cias Dentro do inter-
Cada lote
(5.4) valo de tolerância
NP EN
Planeza e retilinearidade - Arestas - Tolerân- 13373:2006
cias (5.4)

Ver NP EN
Arestas (1) 1341:2014
(4.2.2.5)
Ver NP EN
Ângulos e formas especiais (2) 1341:2014
(4.2.2.6)

42
Propriedades físicas

Dentro do inter-
Resistência ao gelo-degelo – condições nor- NP EN valo de tolerância
Cada 10 anos
mais 12371:2015 a) para os 2 valo-
res declarados
Dentro do inter-
Ver NP EN valo de tolerância
Resistência ao gelo-degelo – com sais de
1341:2014, Cada 10 anos a) para o(s) va-
Descongelamento (3)
(4.3.2) lor(es) decla-
rado(s)
> 80 % dos resul-
NP EN tados individuais
Resistência à rutura - Resistência à flexão Cada 2 anos
12372:2008 > que o valor de-
clarado
>80 % dos resul-
NP EN tados individuais
Resistência ao desgaste Cada 10 anos
14157:2007 <que o valor de-
clarado
NP EN ≥ ao valor decla-
Resistência ao escorregamento Cada 10 anos
14231:2006 rado
Ver NP EN
≥ ao valor decla-
Resistência à derrapagem (3) 1341:2014, Cada 10 anos
rado
(4.6.2)
≥ ao valor decla-
Durabilidade da resistência ao escorrega- Ver NP EN rado
mento 1341:2014, Cada 10 anos
(4.6.3) ≥ ao valor decla-
Durabilidade da resistência à derrapagem(3)
rado
> 80 % dos resul-
NP EN tados individuais
Absorção de água Cada 2 anos
13755:2008 < que o valor de-
clarado
Massa volúmica aparente e porosidade NP EN
Cada 2 anos Sem requisitos
aberta 1936:2008
Em conformidade
NP EN
Descrição petrográfica Cada 10 anos com a descrição
12407:2008
declarada

Ver NP EN Resultados indivi-


(4) 1341:2014 duais em confor-
Substâncias perigosas Cada 10 anos
midade com o
(4.11) valor declarado
Notas:
(1) As arestas definidas como retilíneas ou vivas poderão apresentar um bisel com dimensões verticais e horizontais
não superiores a 2 mm (aresta quebrada), ao critério do produtor.

43
Quando as lajes forem fornecidas com arestas biseladas ou arredondadas, as respetivas dimensões devem ser
declaradas e, tanto a dimensão vertical como a horizontal, devem estar compreendidas no intervalo de + 2 mm em
relação às dimensões declaradas.
(2) Apenas se estiverem a ser produzidas formas especiais.

Cada ângulo da laje deve estar de acordo com a geometria acordada. Em elementos de forma especial ou irregular,
a conformidade com a forma requerida deve ser verificada utilizando um molde específico; a tolerância admissível
em qualquer ponto deve ser a indicada no Quadro 1.

Poderão ser declarados desvios mais rigorosos que os indicados no Quadro 1 da Norma EN 1341:2014.

Os desvios não poderão ser adicionados uns aos outros, como, p. ex., desvios na espessura e na planeza.

(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu,
a resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização
do produto.
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação
de tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são
colocados nesses mercados.

Na ausência de métodos de ensaio harmonizados europeus, a verificação e a declaração sobre a liberação/conteúdo


deverão ser feitas tendo em conta as disposições nacionais no local de utilização.

Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais relativas a subs-
tâncias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de http://ec.europa.eu/en-
terprise/construction/cpd-ds/.

As tolerâncias referentes para cada uma das características dimensionais das lajes em pedra
natural são apresentadas, em quadros, na Norma NP EN 1341:2014 sob a forma de valores
máximos e mínimos admissíveis ou definidas por classes.

3.7.4.2. Norma NP EN 1342:2014 – Cubos e paralelepípedos de pedra natural para


pavimentos exteriores
As características a considerar para o controlo da produção em fábrica e respetiva verificação
em produtos finais, definidas pela norma NP EN 1342:2014, relativas aos cubos e paralelepí-
pedos de pedra natural para pavimentos exteriores, são apresentadas no quadro abaixo.

44
Quadro 14 - Ensaios de verificação de Produto Final - Norma NP EN 1342:2014 – Cubos e parale-
lepípedos de pedra natural para pavimentos exteriores
Frequência
mínima de en-
Características (propriedades) Método de ensaio saio Critérios de aceitação
(EN 1342:2014)

Dimensões e qualidade da superfície

Dimensões planares - Comprimento e lar- NP EN


gura (excluindo as lajes com formato planar 13373:2006
irregular) - Tolerâncias (5.2)
NP EN
Dimensões – Espessura - Tolerâncias 13373:2006
(5.2) Dentro do intervalo de
Cada lote
NP EN tolerância
Irregularidades da face - Tolerâncias 13373:2006
(5.3)
NP EN
Desaprumos - Esquadria das faces vistas - 13373:2006
Tolerâncias
(5.5)

Propriedades físicas

Dentro do intervalo de
Resistência ao gelo-degelo – condições nor- NP EN
Cada 10 anos tolerância a) para os 2
mais 12371:2015
valores declarados

Resistência ao gelo-degelo – com sais de NP EN Dentro do intervalo de


1342:2014 Cada 10 anos tolerância a) para o(s)
Descongelamento (3) (4.3.2) valor(es) declarado(s)
> 80 % dos resultados
Resistência à rutura - Resistência à com- NP EN
Cada 2 anos individuais > que o va-
pressão 1926:2008
lor declarado
>80 % dos resultados
NP EN
Resistência ao desgaste Cada 10 anos Individuais <que o valor
14157:2007
declarado
NP EN
Resistência ao escorregamento Cada 10 anos ≥ ao valor declarado
14231:2008
NP EN
Resistência à derrapagem (3) 1342:2014 Cada 10 anos ≥ ao valor declarado
(4.6.2)
Durabilidade da resistência ao escorrega- NP EN ≥ ao valor declarado
mento 1342:2014 Cada 10 anos
(4.6.3) ≥ ao valor declarado
Durabilidade da resistência à derrapagem (3)
> 80 % dos resultados
NP EN
Absorção de água Cada 2 anos individuais < que o va-
13755:2008
lor declarado

45
Massa volúmica aparente e porosidade NP EN
Cada 2 anos Sem requisitos
aberta 1936:2008
NP EN Em conformidade com
Descrição petrográfica Cada 10 anos
12407:2008 a descrição declarada
Resultados individuais
NP EN
em conformidade com
Substâncias perigosas (4) 1342:2014 Cada 10 anos
o valor ou classe decla-
(4.11)
rados

Notas:
(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu, a
resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização do
produto.
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação de
tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são colocados
nesses mercados.

Na ausência de métodos de ensaio harmonizados europeus, a verificação e a declaração sobre a liberação/conteúdo


deverão ser feitas tendo em conta as disposições nacionais no local de utilização.

Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais relativas a substân-
cias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de http://ec.europa.eu/enter-
prise/construction/cpd-ds/.

3.7.4.3. Norma NP EN 1343:2014 – Guias de pedra natural para pavimentos exteri-


ores
As características a considerar para o controlo da produção em fábrica e respetiva verificação
em produtos finais, definidas pela norma NP EN 1343:2014, relativas às guias de pedra natural
para pavimentos exteriores, são apresentadas no quadro abaixo.

46
Quadro 15 - Ensaios de verificação de Produto Final - Norma NP EN 1343:2014 – Guias de pedra
natural para pavimentos exteriores
Frequência
Método de mínima de en- Critérios de acei-
Características (propriedades) saio
ensaio tação
(EN 1343:2014)

Dimensões e qualidade da superfície

Dimensões planares - Comprimento


e largura NP EN
13373:2006,
(excluindo as lajes com formato pla- (5.2)
nar irregular) - Tolerâncias Dentro do intervalo
Cada lote
de tolerância
NP EN
Dimensões – Espessura - Tolerân-
13373:2006,
cias
(5.2)

Propriedades físicas

Dentro do intervalo
Resistência ao gelo-degelo – condi- NP EN de tolerância a)
Cada 10 anos
ções normais 12371:2015 para os 2 valores
declarados
Dentro do intervalo
NP EN
Resistência ao gelo-degelo – com de tolerância a)
1343:2014 Cada 10 anos
sais de Descongelamento (3) para o(s) valor(es)
(4.3.2)
declarado(s)
> 80 % dos resul-
Resistência à rutura - Resistência à NP EN tados individuais >
Cada 2 anos
flexão 12372:2008 que o valor decla-
rado
> 80 % dos resul-
NP EN tados individuais <
Absorção de água Cada 2 anos
13755:2008 que o valor decla-
rado
Massa volúmica aparente e porosi- NP EN
Cada 2 anos Sem requisitos
dade aberta 1936:2008
Em conformidade
NP EN
Descrição petrográfica Cada 10 anos com a descrição
12407:2008
declarada
Resultados indivi-
NP EN duais em conformi-
Substâncias perigosas (4) 1343:2014 Cada 10 anos dade com o valor
(4.11) ou classe declara-
dos

47
Notas:
(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu, a
resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização do
produto.
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação de
tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são colocados
nesses mercados.

Na ausência de métodos de ensaio harmonizados europeus, a verificação e a declaração sobre a liberação/conteúdo


deverão ser feitas tendo em conta as disposições nacionais no local de utilização.

Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais relativas a substân-
cias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de http://ec.europa.eu/enter-
prise/construction/cpd-ds/.

3.7.5. Marcação e controlo de existências de produto final


A marcação e o controlo de existências do produto final devem ser documentadas. Deve ser
possível identificar e rastrear lotes de produtos. Poder-se-á optar por um esquema de marcação
e controlo de existência como o apresentado no quadro abaixo.
Quadro 16 - Marcação e controlo de existências de produto final
Método / pro-
Inspeção Objetivo da inspeção Frequência
cedimento

Avaliação da conformidade - Diariamente ou


Marcação do produto
da marcação do produto ou - Após cada mudança de
ou embalagem
embalagem produto
Inspeção visual
Avaliação do armazena-
- A definir pelo fabricante
Controlo de existên- mento diferenciado de pro-
na documentação do
cias duto não conforme ou reclas-
CPF
sificado

3.7.6. Embalagem
As lajes, cubos ou paralelepípedos e guias devem ser limpos antes de embalados.
A embalagem deve conferir uma proteção adequada, sólida e durável destes elementos de
pedra natural embalados, tanto durante o transporte como durante a manipulação e o armaze-
namento. Deve-se impedir a movimentação destes elementos dentro da embalagem por trava-
mento das unidades individuais.
A embalagem deve ter massa e dimensões adequadas, tendo em consideração as disponibili-
dades em termos de transporte e elevação; devem ser indicados o topo e o fundo da embala-
gem, assim como a possibilidade de empilhamento.
Deve ser assegurada a proteção contra contaminações causadas pelos materiais da embala-
gem, em condições húmidas ou secas. Não devem ser utilizadas embalagens e fitas adesivas

48
suscetíveis de mancharem. As superfícies polidas sensíveis das lajes, cubos ou paralelepípe-
dos e guias devem ser protegidas utilizando meios adequados (p. ex., folha de plástico). Não
devem ser utilizados produtos com propriedades cáusticas.

3.7.7. Etiquetagem associada à Marcação CE


Com base no Regulamento dos Produtos de Construção, a Marcação CE e a informação de
acompanhamento devem ser posicionadas, por ordem de prioridade, nesta sequência: no pró-
prio produto, numa etiqueta aplicada ao produto, na embalagem ou nos documentos comerciais
de acompanhamento.
Segundo o Anexo ZA, a Marcação CE dos produtos e a informação suplementar devem ser
posicionadas sobre a etiqueta apensa em cada produto ou, quando não for possível, na emba-
lagem e/ou sobre os documentos comerciais de acompanhamento (por exemplo, numa guia de
remessa).
O fabricante é responsável pela conformidade do produto no momento em que é colocado no
mercado comunitário. Cabe aos restantes agentes comerciais passar a informação da Marca-
ção CE através da cadeia de fornecimento.
A Marca de Conformidade CE é constituída pelas letras “CE” reproduzidas na Diretiva
93/68/CEE e emendas subsequentes.

Os vários componentes da marcação CE devem apresentar aproximadamente as mesmas di-


mensões verticais, que não podem ser inferiores a 5 mm.

Informação a colocar na etiqueta ou na embalagem em Lajes de pedra natural para pavi-


mentos exteriores, de acordo com a EN 1341

 Letras “CE”

Nome ou marca identificativa do fabricante trata-se do nome do fabricante ou da empresa res-


ponsável pelo envio do produto para o mercado em seu próprio nome. Neste último caso, o
contrato subscrito entre as partes deverá indicar a rastreabilidade e a documentação de suporte
à Marcação CE poderá fazer parte integrante do contrato. Tais informações têm o objetivo de
identificar a pessoa jurídica responsável pela fabricação do produto e devem ser suficientes

49
para contactar diretamente o fabricante. Em consequência, além do nome deve constar também
o endereço da sede legal deste último
 Dois últimos dígitos do ano de afixação da Marcação: a marcação CE deve ser afixada
antes do produto ser enviado para o mercado
 Referência à Norma Europeia Harmonizada e o ano da sua publicação (isto é, EN
1341:2012)
 Descrição do produto e a sua utilização prevista:
1. Nome genérico: “lajes de pedra natural”
2. Nome tradicional, família petrológica, cor típica e local de origem
3. Utilização prevista: “para zonas exteriores com circulação de peões e/ou veículos”
4. Tratamento de superfície da pedra (se existir)
 Desempenho referente às características essenciais do produto com base em especifica-
ções técnicas de acordo com o anexo ZA da Norma EN 1341, que devem ser declaradas
para a utilização prevista como classes ou valores, incluindo “Aceitação” para requisitos do
tipo aceitação/rejeição (quando necessário), ou como “Desempenho Não Determinado”
(isto é, NPD) para as características onde tal for relevante, nomeadamente:
1. Libertação de substâncias perigosas, se relevante;
2. Resistência à rutura, tendo em conta a resistência à flexão;
3. Escorregamento, tendo em conta: resistência ao escorregamento (apenas para
zonas de circulação de peões);
4. Resistência à derrapagem (quando requerido e apenas para a circulação de veí-
culos);
5. Durabilidade da resistência à flexão, do escorregamento e da resistência à derra-
pagem, tendo em conta:
i. Resistência ao gelo-degelo, medida como o valor médio da resistência à
flexão (em MPa) após 56 ciclos de gelo-degelo;
ii. Resistência ao gelo-degelo com sais de descongelamento;
iii. Resistência ao escorregamento ou á derrapagem em superfícies polidas
declarada de acordo com disposições nacionais.
O conjunto das características obrigatórias, para o qual é requerida a declaração dos valores
dos desempenhos, deverá ser sistematicamente reproduzido conforme indicado no anexo ZA.
A ordem das características não deve ser modificada, a fim de aumentar a transparência e
facilitar a utilização do produto.
Um fabricante é geralmente autorizado a utilizar a opção “desempenho não determinado” (NPD)
quando pretenda colocar o produto em mercados de países nos quais não exista obrigação
legal de declarar uma ou mais características das lajes de pedra natural com vista a uma deter-
minada utilização prevista. Quando se utiliza a opção “desempenho não determinado” deverá
ser explicitamente indicado o acrónimo NPD.

50
Exemplo de informação a afixar na embalagem (Lajes de pedra natural)

Símbolo CE, conforme com a Diretiva


93/68/CEE e suas emendas

Qualquer Cia, Lda Nome e marca de identificação do fabri-


cante
(NOTA: Poderá ser acrescentado e en-
dereço da sede social do fabricante)

Dois últimos dígitos do ano de aposição


da marcação

12

EN 1341:2012 Número da Norma Europeia e ano da


sua publicação

Descrição do produto e sua utilização


prevista
Lajes de pedra natura
Nome tradicional, família petrológica, cor
típica e local de origem
Gunnersbury Buff, Arenito, Castanho
Chiswick, Inglaterra
Para zonas exteriores com circulação de peões
e/ou veículos

LIBERTAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS Desempenho das características essen-


NPD (1) ciais regulamentadas, que deverão ser
PERIGOSAS
declaradas para a utilização prevista
RESISTÊNCIA À RUTURA, em termos de:

- Resistência à flexão (EN12372)


12,2 MPa
(valor mínimo esperado)

Escorregamento, em termos de:

- resistência ao escorregamento em hú-


45
mido (EN 14231):

RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM, em termos de:

- resistência à derrapagem de acordo


com o método xx do EM 35

DURABILIDADE:

51
- da resistência à flexão, tendo em
conta: (12,2/10,0) MPa

Gelo/degelo

9,4 MPa
Gelo-degelo com sais de descongela-
mento

- resistência ao escorregamento 42
- resistência à derrapagem 32
(1) “Desempenho não determinado”. Em Inglês, NPD: “Non performance determined”

Informação a colocar na etiqueta ou na embalagem em Cubos ou Paralelepípedos de pe-


dra natural para pavimentos exteriores, de acordo com a EN 1342

 Letras “CE”

 Nome ou marca identificativa do fabricante trata-se do nome do fabricante ou da empresa


responsável pelo envio do produto para o mercado em seu próprio nome. Neste último caso,
o contrato subscrito entre as partes deverá indicar a rastreabilidade e a documentação de
suporte à Marcação CE poderá fazer parte integrante do contrato. Tais informações têm o
objetivo de identificar a pessoa jurídica responsável pela fabricação do produto e devem ser
suficientes para contactar diretamente o fabricante. Em consequência, além do nome deve
constar também o endereço da sede legal deste último

 Dois últimos dígitos do ano de afixação da Marcação: a marcação CE deve ser afixada antes
do produto ser enviado para o mercado

 Referência à Norma Europeia Harmonizada e o ano da sua publicação (isto é, EN


1342:2012)

 Descrição do produto e a sua utilização prevista:

1. Nome genérico: “cubos ou paralelepípedos de pedra natural”


2. Nome tradicional, família petrológica, cor típica e local de origem
3. Utilização prevista: “para zonas exteriores com circulação de peões e/ou veículos”
4. Tratamento de superfície da pedra (se existir)

 Desempenho referente às características essenciais do produto com base em especifica-


ções técnicas de acordo com o anexo ZA da Norma EN 1342, que devem ser declaradas

52
para a utilização prevista como classes ou valores, incluindo “Aceitação” para requisitos do
tipo aceitação/rejeição (quando necessário), ou como “Desempenho Não Determinado” (isto
é, NPD) para as características onde tal for relevante, nomeadamente:

1. Libertação de substâncias perigosas, se relevante;


2. Resistência à rutura, tendo em conta: resistência à compressão;
3. Escorregamento, tendo em conta: resistência ao escorregamento (apenas para
zonas de circulação de peões);
4. Resistência à derrapagem (quando requerido e apenas para a circulação de veí-
culos);
5. Durabilidade da resistência à rutura, do escorregamento e da resistência à derra-
pagem, tendo em conta:
i. Resistência ao gelo-degelo, medida como o valor médio da resistência à
compressão (em MPa) após 56 ciclos de gelo-degelo;
ii. Resistência ao gelo-degelo com sais de descongelamento;
iii. Resistência ao escorregamento ou á derrapagem em superfícies polidas
declarada de acordo com disposições nacionais.
O conjunto das características obrigatórias, para o qual é requerida a declaração dos valores
dos desempenhos, deverá ser sistematicamente reproduzido conforme indicado no anexo ZA.
A ordem das características não deve ser modificada, a fim de aumentar a transparência e
facilitar a utilização do produto.
Um fabricante é geralmente autorizado a utilizar a opção “desempenho não determinado” (DND)
quando pretenda colocar o produto em mercados de países nos quais não exista obrigação
legal de declarar uma ou mais características das lajes de pedra natural com vista a uma deter-
minada utilização prevista. Quando se utiliza a opção “desempenho não determinado” deverá
ser explicitamente indicado o acrónimo NPD.

Exemplo de informação a afixar na embalagem (Cubos e paralelepípedos de pedra natu-


ral)

Símbolo CE, conforme com a Dire-


tiva 93/68/CEE e suas emendas

Nome e marca de identificação do


fabricante
(NOTA: Poderá ser acrescentado e
endereço da sede social do fabri-
cante)
Qualquer Cia, Lda

53
Dois últimos dígitos do ano de apo-
sição da marcação

12

EN 1342:2012 Número da Norma Europeia e ano


da sua publicação

Descrição do produto e sua utiliza-


ção prevista
Cubos de pedra natural
Nome tradicional, família petroló-
gica, cor típica e local de origem
Gunnersbury Buff, Arenito, Castanho
Chiswick, Inglaterra
Para zonas exteriores com circulação de peões
e/ou veículos

LIBERTAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS Desempenho das características


NPD(1) essenciais regulamentadas, que de-
PERIGOSAS
verão ser declaradas para a utiliza-
ção prevista
RESISTÊNCIA À RUTURA, em termos de:

- Resistência à compressão (EN1926)


97,2 MPa
(valor mínimo esperado)

Escorregamento, em termos de:

- resistência ao escorregamento em hú-


45
mido (EN 14231):

RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM, em termos de:

- resistência à derrapagem de acordo com


o método xx do EM 35

RESISTÊNCIA À DERRAPAGEM NPD(1)

DURABILIDADE, em termos de:

- da resistência à compressão, tendo em


conta: (97,2/90,0) MPa

Gelo/degelo

89,0 MPa
Gelo-degelo com sais de descongela-
mento

- resistência ao escorregamento NPD


- resistência à derrapagem NPD
(1) “Desempenho não determinado”. Em Inglês, NPD: “Non performance determined”

54
Informação a colocar na etiqueta ou na embalagem em Guias de pedra natural para pavi-
mentos exteriores, de acordo com a EN 1343

 Letras “CE”

 Nome ou marca identificativa do fabricante trata-se do nome do fabricante ou da


empresa responsável pelo envio do produto para o mercado em seu próprio nome.
Neste último caso, o contrato subscrito entre as partes deverá indicar a rastreabili-
dade e a documentação de suporte à Marcação CE poderá fazer parte integrante do
contrato. Tais informações têm o objetivo de identificar a pessoa jurídica responsável
pela fabricação do produto e devem ser suficientes para contactar diretamente o
fabricante. Em consequência, além do nome deve constar também o endereço da
sede legal deste último

 Dois últimos dígitos do ano de afixação da Marcação: a marcação CE deve ser afi-
xada antes do produto ser enviado para o mercado

 Referência à Norma Europeia Harmonizada e o ano da sua publicação (isto é, EN


1343:2012)

 Descrição do produto e a sua utilização prevista:

1. Nome genérico: “guias de pedra natural”


2. Nome tradicional, família petrológica, cor típica e local de origem
3. Utilização prevista: “para zonas exteriores com circulação de peões e/ou
veículos”
4. Tratamento de superfície da pedra (se existir)

 Desempenho referente às características essenciais do produto com base em espe-


cificações técnicas de acordo com o anexo ZA da Norma EN 1342, que devem ser
declaradas para a utilização prevista como classes ou valores, incluindo “Aceitação”
para requisitos do tipo aceitação/rejeição (quando necessário), ou como “Desempe-
nho Não Determinado” (isto é, DND) para as características onde tal for relevante,
nomeadamente:

55
1. Libertação de substâncias perigosas, se relevante;
2. Resistência à rutura, tendo em conta: resistência à flexão;
3. Durabilidade da resistência à rutura, do escorregamento e da resistência à
derrapagem, tendo em conta:
i. Resistência ao gelo-degelo, medida como o valor médio da resis-
tência à flexão (em MPa) após 56 ciclos de gelo-degelo;
ii. Resistência ao gelo-degelo com sais de descongelamento.
O conjunto das características obrigatórias, para o qual é requerida a declaração dos valores
dos desempenhos, deverá ser sistematicamente reproduzido conforme indicado no anexo ZA.
A ordem das características não deve ser modificada, a fim de aumentar a transparência e
facilitar a utilização do produto.
Um fabricante é geralmente autorizado a utilizar a opção “desempenho não determinado” (DND)
quando pretenda colocar o produto em mercados de países nos quais não exista obrigação
legal de declarar uma ou mais características das lajes de pedra natural com vista a uma deter-
minada utilização prevista. Quando se utiliza a opção “desempenho não determinado” deverá
ser explicitamente indicado o acrónimo DND.

Exemplo de informação a afixar na embalagem (Guias de pedra natural)

Símbolo CE, conforme com a Dire-


tiva 93/68/CEE e suas emendas

Nome e marca de identificação do


fabricante
(NOTA: Poderá ser acrescentado e
endereço da sede social do fabri-
cante)
Qualquer Cia, Lda
Dois últimos dígitos do ano de apo-
sição da marcação

12

EN 1343:2012 Número da Norma Europeia e ano


da sua publicação

Descrição do produto e sua utiliza-


ção prevista
Guias de pedra natural
Nome tradicional, família petroló-
gica, cor típica e local de origem

56
Gunnersbury Buff, Arenito, Castanho
Chiswick, Inglaterra
Para zonas exteriores com circulação de
peões e/ou veículos

LIBERTAÇÃO DE SUBSTÂN- Desempenho das características


NPD(1) essenciais regulamentadas, que de-
CIAS PERIGOSAS
verão ser declaradas para a utiliza-
ção prevista
RESISTÊNCIA À RUTURA, em termos de:

- Resistência à flexão (EN12372)


12,2 MPa
(valor mínimo esperado)

DURABILIDADE:

- da resistência à flexão, tendo em


conta: (12,2/10,0) MPa

Gelo/degelo

9,4 MPa
Gelo-degelo com sais de descon-
gelamento
(1)
“Desempenho não determinado”. Em Inglês, NPD: “Non performance determined”

57
4. Normas de ensaio
4.1. NP EN 12407:2008 – Descrição petrográfica
Esta Norma especifica métodos de ensaio para a realização de descrições petrográfi-
cas das pedras naturais, com exceção do caso dos soletos de ardósia.
Inicialmente é realizada a descrição macroscópica da amostra. A descrição macroscó-
pica pode envolver o uso de lupas de mão ou de lupas binoculares para inspeção vi-
sual.
De seguida, são examinadas uma ou mais lâminas delgadas preparadas a partir da
amostra com recurso a um microscópio petrográfico de forma a obter-se uma descri-
ção microscópica da amostra; adicionalmente, quando apropriado, deve ser prepa-
rada uma secção polida.

Preparação da lâmina Microscópio petrográfico

4.2. NP EN 1936:2008 – Determinação das massas volúmicas real e aparente e


porosidades total e aberta
A Norma especifica métodos para a determinação das massas volúmicas real e apa-
rente e das porosidades aberta e total de pedras naturais.
Após secagem até massa constante, a massa volúmica aparente e a porosidade
aberta são determinadas através da absorção de água sob vácuo e da pesagem de
provetes imersos.
A determinação da massa volúmica real e da porosidade total requere que os prove-
tes sejam reduzidos a pó.

58
Pesagem de provetes Provetes imersos em água

4.3. NP EN 13755:2008 – Determinação da absorção de água à pressão atmos-


férica
Esta Norma especifica um método para
determinação da absorção de água na
pedra natural por imersão em água à
pressão atmosférica.
Após secagem até massa constante,
cada provete é pesado e seguidamente
imerso em água à pressão atmosférica
durante um período de tempo especifi-
cado. Estufa ventilada
A absorção de água à pressão atmosfé-
rica, expressa em percentagem, é calcu-
lada através da razão entre a massa do
provete saturado (após ter atingido
massa constante) e a massa do provete
seco.

Imersão de Provetes

4.4. NP EN 12372:2008 – Determinação da resistência à flexão sobre carga cen-


trada
A Norma especifica um método de ensaio para a determinação da resistência à flexão
sob carga centrada em pedra naturais. São apresentados dois procedimentos, sendo
um para ensaio de identificação e o outro para ensaio tecnológico.
O princípio deste método de ensaio consiste na colocação de um provete sobre dois
cilindros de apoio e na aplicação progressiva de uma força no meio do provete. É me-
dida a força de rotura e calculada a resistência à flexão.

59
Máquina para a aplicação de forças centradas Rutura de provete

4.5. NP EN 1926:2008 – Determinação da resistência à compressão uniaxial


A Norma especifica um método para a determinação da resistência à compressão
uniaxial de pedras naturais.
Os provetes, após retificação das faces ou, caso seja necessário, após revestimento
das mesmas, são centrados sobre o prato de uma prensa de ensaio. É aplicada uma
força uniformemente distribuída, cujo incremento é contínuo, até ocorrer a rutura do
provete.

Máquina de compressão Rutura de provete

4.6. NP EN 12371:2015 – Determinação da resistência ao gelo


Esta Norma especifica um método para
avaliação das alterações sofridas pela
pedra natural na sua aparência visual
e/ou nas suas características físico-me-
cânicas, quando submetida a ciclos su-
cessivos de gelo-degelo.
A Norma contém disposições quer para
um ensaio tecnológico - quando o ensaio
é executado para determinar o efeito dos
Cuba de gelo

60
ciclos de gelo/degelo em características
de desempenho relevantes (por exemplo,
resistência à flexão, resistência à com-
pressão, resistência às ancoragens, re-
sistência ao choque térmico), quer para
um ensaio de identificação - quando o en-
saio é executado para avaliar as varia-
ções sofridas na estrutura de pedras na-
turais.
Imersão dos provetes na cuba A resistência ao gelo de elementos de
pedra natural é determinada através de
um ensaio constituído por ciclos de gelo
ao ar e de degelo em água.

4.7. NP EN 14231:2006 – Determinação da resistência ao escorregamento por


intermédio do pêndulo de atrito

A Norma especifica um método para deter-


minação do valor da resistência ao escorre-
gamento da superfície da face vista de ele-
mentos em pedra natural a ser utilizados em
pavimentos de edifícios.
O aparelho designado por pêndulo de atrito é
constituído por um deslizador de borracha
normalizada montado na extremidade de um
pêndulo e condicionado por uma mola.
Quando o pêndulo oscila, a força de atrito
entre o deslizador e a superfície de ensaio é Pêndulo de atrito
medida através da redução da amplitude da
oscilação, utilizando uma escala calibrada,
fornecendo um valor normalizado da resis-
tência ao escorregamento. Esse valor é de-
signado por valor da resistência ao escorre-
gamento (SRV) e deve ser medido quer em
condições secas, quer em condições húmi-
das.
Este método pode ser utilizado para medi-
ções em laboratório ou em pavimentos em
uso.
Deslizador ou patim

61
4.8. NP EN 14157:2007 – Resistência ao desgaste – Ensaio de Desgaste com
Disco Largo
A norma descreve um dos
métodos de ensaio para a de-
terminação da resistência ao
desgaste em pedras naturais
utilizadas em pavimentos de
edifícios. Este ensaio é consi-
derado como o de referência
para determinar esta proprie-
dade.
O ensaio consiste em des-
gastar a face de um provete
que será exposta ao tráfego
com um material abrasivo em
condições normalizadas. O
Máquina de Disco Largo material abrasivo necessário
a este ensaio é o corindo
(alumina branca calcinada)
com tamanho de grão 80.

4.9. NP EN 14157:2007 – Resistência ao desgaste – Ensaio de Desgaste Böhme


A norma descreve um dos métodos de ensaio
para a determinação da resistência ao desgaste
em pedras naturais utilizadas em pavimentos
de edifícios.
O provete é colocado na pista de ensaio do
disco de desgaste de Böhme, na qual é espa-
lhado abrasivo normalizado. O disco é posto em
rotação e os provetes são sujeitos a uma carga
abrasiva de (294 ± 3) N durante um determi-
nado número de ciclos (ver 4.5).
A perda de volume do provete representa o
desgaste por abrasão.
O abrasivo normalizado utilizado neste ensaio
deve ser um corindo artificial 1) apropriado para
produzir um desgaste por abrasão de 1,10 mm
a 1,30 mm em provetes de granito padrão e de
Máquina de desgaste de Böhme 4,20 mm a 5,10 mm em provetes de calcário
padrão. Devem ser verificadas: a conformidade
do abrasivo com estes requisitos, a homogenei-
dade do material, a constância da densidade
aparente e a granulometria do abrasivo.

62
4.10. NP EN 14157:2007 – Resistência ao desgaste – Ensaio de Desgaste de
Amsler
A norma descreve um dos métodos de ensaio para a determinação da resistên-
cia ao desgaste em pedras naturais utilizadas em pavimentos de edifícios.
Os provetes são colocados no disco de Amsler, no qual é espalhado abrasivo
normalizado. O material abrasivo é areia média siliciosa, cujas partículas pos-
suem granulometria compreendida entre 0,2 mm e 0,6 mm.
O disco é posto em rotação e os provetes são sujeitos a uma carga abrasiva du-
rante um determinado número de ciclos.

4.11. NP EN 13373:2006 – Determinação das características geométricas de


elementos de pedra
Esta Norma descreve métodos para verifica-
ção das características geométricas dos pro-
dutos em pedra natural, tais como blocos e
placas em bruto e produtos acabados para
revestimento de paredes, de pavimentos e de
escadas e ladrilhos modulares.
A norma especifica procedimentos destina-
dos à medição das dimensões planares dos
elementos, irregularidades da superfície e à
verificação da planeza e da esquadria, das
faces vistas e dos topos, de produtos acaba-
dos.
Medição da espessura de uma placa
Ainda descreve métodos de ensaio para a
verificação das características geométricas
de orifícios de fixação de placas para revesti-
mento de paredes e para a medição dos des-
vios entre um molde de referência e um
molde de controlo, em elementos não retan-
gulares e curvos.
Estes procedimentos destinam-se a ser apli-
cados em caso de disputa entre duas partes
e não são obrigatórios para controlo da pro-
dução, onde podem ser utilizados procedi-
mentos simplificados desde que seja de-
monstrada a sua correlação com os procedi- Verificação da esquadria de uma placa
mentos constantes desta Norma.

63
5. Documentação do Sistema de Controlo da Produção
Por forma a implementar as atividades necessárias para assegurar a concordância dos valores
obtidos nos ensaios de rotina com os valores declarados na documentação associada à Decla-
ração de Desempenho e à marcação CE os fabricantes devem implementar um Sistema de
Controlo da Produção em Fábrica (CPF). A descrição objetiva dos procedimentos em vigor na
empresa, associados a atividades ligadas ao controlo da produção, é uma tarefa importante
pois permite institucionalizar a forma correta de proceder à execução de determinada tarefa e
perpetuar conhecimento. O esquema da pirâmide é vulgarmente utilizado para descrever o
modo como se articula toda a documentação.

Procedimentos documentados do SCP

Documentos para planeamento, operação e controlo

Impressos

No topo desta pirâmide encontram-se os procedimentos documentados que são documentos


pormenorizados que descrevem os princípios de funcionamento de cada área genérica do SCP.
Estes procedimentos podem remeter para documentos operatórios ou impressos, dos níveis
inferiores da pirâmide.
Os documentos operatórios são documentos de detalhe que visam o planeamento, a operação
ou o controlo do SCP, descrevendo por isso o modo de realização de determinada atividade,
definindo claramente as normas e, caso seja aplicável, critérios de aceitação. Por fim surgem
os impressos, documentos que uma vez preenchidos se tornam evidências objetivas da execu-
ção de determinada atividade.
As Normas EN 1341, EN 1342 e EN 1343 conferem total flexibilidade às empresas na decisão
sobre o suporte documental do SCP a utilizar. No entanto, existem áreas em que a não forma-
lização documental poderá complicar a implementação e manutenção do SCP.

5.1. Procedimentos do Sistema de Controlo da Produção


Para a área específica que se pretende detalhar, o procedimento deve explicitar as tarefas mais
importantes e nomear os respetivos responsáveis, dando indicações sobre a forma como se
processam as operações e remetendo para outra documentação de operação e controlo caso
seja necessário mais detalhe. São sugeridos os seguintes procedimentos:

64
5.1.1. Responsabilidade e autoridade
Neste documento estão descritas as funções e responsabilidades de todos os co-
laboradores cujo trabalho desenvolvido possa ter influência na qualidade do pro-
duto e nos valores declarados. Pode também ser apresentado o organograma fun-
cional da empresa informando as interligações hierárquicas entre as várias fun-
ções. Relativamente à definição de funções é importante focar os seguintes pontos:
 Listagem das tarefas desempenhadas pela função;
 Requisitos mínimos para a função (relativos à escolaridade e experiência pro-
fissional);
 Substituição na função em caso de ausência.

5.1.2. Controlo dos documentos e registos


Este procedimento documentado deverá estabelecer as regras de elaboração,
aprovação, revisão e distribuição dos diferentes documentos, bem como as regras
relativas ao controlo de documentos obsoletos. Deverá conter a descrição do modo
de:
 Aprovar documentos;
 Rever e atualizar a documentação;
 Assegurar alterações e identificar estado da revisão;
 Assegurar a sua disponibilidade;
 Assegurar a sua legibilidade e identificação;
 Assegurar a identificação e distribuição controlada dos documentos externos;
 Prevenir o uso de documentos obsoletos.
 Documentos internos a controlar são, por exemplo, procedimentos documentados, os pla-
nos de controlo e instruções de trabalho.
 Documentos externos a controlar são, por exemplo, normas e legislação.

Podem existir registos de alterações dos documentos, registos da distribuição destes e listas
com referência aos documentos relativos ao SCP em vigor.
Quanto ao controlo dos registos, o procedimento deve estabelecer as regras de controlo dos
registos para assegurar:
 legibilidade,
 identificação,
 armazenamento,

65
 proteção,
 recuperação,
 tempo de retenção e eliminação.
Também terão de ser contemplados os registos externos (por exemplo os certificados de con-
formidade, os certificados de calibrações...).

5.1.3. Gestão da produção


Neste procedimento é descrito o processo produtivo, apresentado através da
descrição das suas etapas ou por um fluxograma. Devem ser indicados os
pontos de controlo, fazendo referência à documentação de suporte e reme-
tendo para informações detalhadas noutros documentos. Este procedimento
poderá ainda descrever:
 Regras para identificação do produto;
 Esquema de rastreabilidade implementado;
 Regras genéricas de manutenção na empresa;
 Forma de identificação do estado de inspeção e ensaio.

5.1.4. Controlo do equipamento de inspeção e ensaio


Este procedimento resulta da necessidade de avaliação da capacidade do equipa-
mento de inspeção e ensaio para a realização de ensaios, nomeadamente no que
diz respeito ao erro máximo admissível.
Todos os equipamentos de inspeção e ensaio que tenham relevância para a deter-
minação dos valores de ensaio declarados devem ser calibrados periodicamente e avaliados
quanto à sua precisão. Este procedimento tem como principal função:
• Apresentar as tarefas a realizar aquando da receção de um novo equipamento de inspe-
ção e ensaio;
• Definir responsabilidades na gestão do equipamento de inspeção e ensaio;
• Definir os pressupostos e a forma de cálculo do critério de aceitação de cada equipa-
mento;
• Apresentar a identificação que deve estar patente nos equipamentos depois de ser efe-
tuada a aceitação dos certificados de calibração;
• Referir a documentação associada, nomeadamente planos de calibração/verificação e
instruções de trabalho que detalhem as operações de verificação.

66
5.1.5. Controlo do produto não conforme
Este procedimento tem como função assegurar que o produto que não está con-
forme com os requisitos é identificado e controlado, para prevenir a sua utilização
ou entrega involuntárias. O controlo e as responsabilidades e autoridade relaciona-
das com estas atividades devem ser definidas para que seja conhecido:
• Quem pode desencadear ações para eliminar as não conformidades deteta-
das;
• Quem pode autorizar o seu uso, libertação ou aceitação sob concessão, por um respon-
sável, e, quando aplicável, pelo cliente;
• Quem pode desencadear ações para impedir a utilização ou aplicação original.
Este procedimento deverá contemplar todos os itens relativos ao tratamento e gestão das não
conformidades detetadas independentemente do modo, sítio ou fase do ciclo de vida do produto
em que esta deteção ocorra (ex.: deteção de não conformidades do produto encontrando-se
este já em utilização junto do cliente).
Devem existir os registos da natureza das não conformidades e de quaisquer ações subse-
quentes que sejam empreendidas, incluindo permissões obtidas, como todos os pedidos de
derrogação ao cliente.
OTA: “Derrogação” significa aceitação do produto não conforme pelo cliente durante um período
temporal pré-estabelecido e após o qual o produto deverá novamente estar conforme com os
requisitos exigidos.
Quando o produto não conforme é detetado após a entrega ou no início da sua utilização, a
organização deve empreender ações apropriadas aos efeitos, ou potenciais efeitos, da não
conformidade.

5.2. Planos do Sistema de Controlo da Produção


Os planos contêm informação sobre tarefas programadas no SCP, normalmente associadas a
controlos e inspeções e ensaios. Também podem ser aplicados à manutenção preventiva e às
calibrações. Os planos devem conter a informação necessária (ou remeter para outros docu-
mentos) para que o responsável por uma operação a possa realizar sem dúvidas no que diz
respeito ao tipo de tarefa, periodicidade de realização, como executar a tarefa, onde registar os
valores obtidos ou a execução da tarefa, como avaliar a tarefa e o que fazer em caso de não
conformidade.

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Exemplifica-se a seguir a organização típica dos quadros a elaborar para cada tipo de plano.
• Inspeção e ensaio às matérias-primas e em curso de fabrico

Ação em caso de
Fase Característica Frequência Resp. Instrução Registo Especificação não conformi-
dade

• Inspeção e ensaio ao produto final

Ação em caso de
Ensaio Frequência Resp. Instrução Registo Especificação
não conformidade

• Plano de controlo do processo

Ação em caso
Equipamento Característica Frequência Resp. Instrução Registo Especificação de não con-
formidade

• Plano de manutenção

Equipamento Característica Frequência Responsável Instrução Registo

• Plano de calibrações/verificações

Equipamento Calibração/Verificação Frequência

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5.3. Instruções de Trabalho do Sistema de Controlo da Produção
A empresa deverá desenvolver e pôr em prática um conjunto de regras que descrevam o modo
de operação do Sistema de Controlo da Produção, nomeadamente do controlo a realizar nas
fases de receção de matérias-primas, controlo do produto em vias de fabrico, controlo dos equi-
pamentos produtivos e da sua operação e controlo do produto final.
Estes documentos devem ser claros, sucintos, objetivos e definir as responsabilidades e as
tarefas a desenvolver. Devem estar acessíveis aos operadores, junto do local de trabalho. No
Anexo II apresentam-se exemplos das Instruções de trabalho para os ensaios de tipo inicial e
ensaios de verificação em produtos finais, que poderão ser adaptáveis à prática específica da
empresa sempre que não siga obrigatoriamente uma normalização aplicável.

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6. Bibliografia
Regulamentos:
• Regulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, que estabelece
condições harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção e que re-
voga a Diretiva 89/106/CEE do Conselho. Texto relevante para efeitos do EEE, de 9 de
março de 2011.
• Regulamento (CE) n.º 764/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, que estabelece
procedimentos para a aplicação de certas regras técnicas nacionais a produtos legal-
mente comercializados noutro Estado-Membro, e que revoga a Decisão n.º
3052/95/CE. Texto relevante para efeitos do EEE, de 9 de julho de 2008.
• Regulamento (CE) n.º 765/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, que estabelece
os requisitos de acreditação e fiscalização do mercado relativos à comercialização de
produtos, e que revoga o Regulamento (CEE) n.º 339/93. Texto relevante para efeitos
do EEE, de 9 de julho de 2008.
• Regulamento Delegado (UE) n.º 568/2014 da Comissão, que altera o anexo V do Re-
gulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho no que se refere
à avaliação e verificação da regularidade do desempenho dos produtos de construção,
de 18 de fevereiro de 2014.
• Regulamento Delegado (UE) n.º 574/2014 da Comissão, que altera o anexo III do Re-
gulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito
ao modelo a utilizar para elaborar uma declaração de desempenho relativa aos produ-
tos de construção, de 21 de fevereiro de 2014.
• Retificações JOUE L 88 de 4 de abril de 2011 - Retificação do Regulamento (UE) n.º
305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de março de 2011, que estabe-
lece condições harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção e que
revoga a Diretiva 89/106/CEE do Conselho. Texto relevante para efeitos do EEE, de 9
de março de 2011.

Diretivas:
• Diretiva 98/34/CE - Relativa a um procedimento de informação no domínio das normas
e regulamentações técnicas, 22 de junho de 1998

Decisões:
• Comunicação da Comissão 2017/C 076/05 – No âmbito da aplicação do Regulamento
(UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece condições
harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção e que revoga a Dire-
tiva 89/106/CEE do Conselho. Texto relevante para efeitos de EEE, 10 de março de
2017.

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Normas:
• NP EN 1341:2014 – Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores. Requisitos e
métodos de ensaio
• NP EN 1342:2014 – Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pavimentos exteri-
ores. Requisitos e métodos de ensaio
• NP EN 1343:2014 – Guias de pedra natural para pavimentos exteriores. Requisitos e
métodos de ensaio
• NP EN 12407:2008 – Métodos de ensaio para pedra natural. Estudo petrográfico
• NP EN 1936:2008 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação das massas
volúmicas real e aparente e das porosidades total e aberta
• NP EN 13755:2008 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da absorção
de água à pressão atmosférica
• NP EN 12372:2008 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da resistên-
cia à flexão sobre carga centrada
• NP EN 1926:2008 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da resistência
à compressão uniaxial
• NP EN 14231:2006 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da resistên-
cia ao escorregamento por intermédio do pêndulo de atrito
• NP EN 12371:2015 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da resistên-
cia ao gelo
• NP EN 14157:2007 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da resistên-
cia ao desgaste
• NP EN 13373:2006 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação das carac-
terísticas geométricas de elementos em pedra
• EN 12440:2008 – Natural stone – Denomination criteria
• EN 12670:2001 – Natural stone – Terminology

Documentação diversa:
Web:
www.ctcv.pt
www.aniet.pt
www.ipq.pt
www.cen.eu
www.europa.eu

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7. ANEXO I - Definições normativas genéricas

8. ANEXO II - Instruções de Trabalho do Sistema de Controlo da Produção

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