Marcaçao CE ANIET PDF
Marcaçao CE ANIET PDF
Marcaçao CE ANIET PDF
1
Qualificação | 2020
Ecoeficiência e
competitividade
Entidade promotora: ANIET
2
INDICE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4
6. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 70
3
Preâmbulo
Este Guia reúne as principais linhas de orientação para a implementação de um Sistema de
Controlo da Produção em Fábrica em conformidade com as Normas Europeias NP EN
1341:2014, NP EN 1342:2014 e NP EN 1243:2014.
As recomendações apresentadas são dirigidas a fabricantes ou seus mandatários, importado-
res e distribuidores de lajes, cubos, paralelepípedos e guias de pedra natural e têm como prin-
cipal objetivo facilitar a interpretação dos requisitos e exigências que constam dos respetivos
referenciais normativos, assim como as regras de base para a Declaração de Desempenho e a
Marcação CE dos seus produtos de acordo com o Regulamento dos Produtos de Construção
(RPC) 305/2011.
1. Introdução
Em Portugal a utilização de produtos naturais na construção remonta a tempos idos e faz parte
de uma tradição secular. São diversos os produtos e as potencialidades da sua incorporação
na construção, após processos de transformação variáveis na sua complexidade, de acordo
com a finalidade da aplicação.
Os produtos naturais são abrangidos pela marcação CE, identificadora de materiais sujeitos a
rigoroso controlo de qualidade e submetidos a testes pré estabelecidos com o intuito de classi-
ficar o seu desempenho enquanto elementos construtivos.
A extração, transformação e utilização de produtos naturais são agora confrontadas com desa-
fios colocados pela sustentabilidade, decorrentes da sua condição de recursos finitos, cuja pre-
servação urge prolongar.
Paralelamente às características com elevados níveis técnicos e estéticos, que os tornam pro-
dutos de eleição, os produtos naturais devem ser analisados tendo em conta o seu ciclo de
vida. Sob esta perspetiva, a sua utilização em obras de construção deve considerar as opera-
ções de projeção, execução, demolição, reutilização ou reciclagem, de modo a garantir uma
utilização sustentável dos recursos naturais, do ponto de vista ambiental.
Importa sensibilizar o grande público e os consumidores em particular, para que a sua escolha
criteriosa vá no sentido da utilização responsável dos produtos naturais e contribua para um
ambiente sustentável.
4
2. Enquadramento no Regulamento dos Produtos de Construção
O Regulamento 305/2011 sucede à Diretiva 89/106/CEE, revogando-a. Este Regulamento des-
tina-se a assegurar o bom funcionamento do mercado interno dos produtos de construção, fi-
xando as condições de colocação ou disponibilização no mercado, estabelecendo as regras
harmonizadas sobre a forma de expressar o desempenho dos produtos de construção no que
respeita às suas características essenciais e sobre a utilização da marcação CE nesses produ-
tos.
Todos os operadores económicos com intervenção na cadeia de abastecimento e de distribui-
ção são responsáveis por assegurar que apenas colocam ou disponibilizam no mercado interno
produtos de construção que cumpram os requisitos estabelecidos no Regulamento.
Assim, é exigido aos fabricantes que os seus produtos de construção - por exemplo, lajes de
pedra natural - se encontrem em conformidade com o desempenho declarado, apresentando
características tais que as obras em que sejam incorporados, montados, aplicados ou instala-
dos, tendo sido corretamente planeadas e realizadas, possam satisfazer os Requisitos Básicos
previstos no Anexo I do Regulamento:
• Estabilidade e resistência mecânica
• Segurança contra incêndios
• Higiene, saúde e ambiente
• Segurança e acessibilidade na utilização
• Proteção contra o ruído
• Economias de energia e retenção do calor
• Utilização sustentável dos recursos naturais
Aos mandatários é exigido que pratiquem os atos definidos no respetivo mandato.
É exigido aos importadores que, antes de colocarem um produto no mercado, se certifiquem de
que o fabricante procedeu à avaliação e verificação da regularidade do desempenho, que ela-
borou a documentação técnica com a informação relevante referente a sistema de avaliação e
verificação da regularidade do desempenho exigido e a declaração de desempenho em confor-
midade com o previsto no Regulamento.
Aos distribuidores é exigido que, antes de disponibilizarem um produto no mercado, garantam
que o produto ostente a marcação CE, quando necessário, e que este seja acompanhado de
uma cópia da declaração de desempenho, das fichas de segurança, se for caso disso, por ins-
truções e informações de segurança, na língua determinada pelo Estado-Membro onde o pro-
duto será disponibilizado. Os distribuidores têm ainda o dever de se certificar que, tanto o fabri-
cante como o importador, cumpriram com a obrigatoriedade de identificação prevista no Regu-
lamento.
No caso em que importadores ou distribuidores coloquem, no mercado, um produto de constru-
ção em seu nome ou com a sua própria marca comercial, ou em que alterem um produto já
5
colocado no mercado, de tal forma que possa afetar a conformidade deste com a respetiva
declaração de desempenho, estes estão obrigados ao cumprimento dos mesmos deveres atri-
buídos aos fabricantes.
6
2.1.3. Higiene, saúde e ambiente
Traduz-se pela emissão ou desenvolvimento de substâncias nocivas ou insalubres nas suas
superfícies dos elementos das construções.
A obra deve ser concebida e realizada de modo a não causar, durante o seu ciclo de vida, danos
à higiene, à saúde e segurança dos trabalhadores, dos ocupantes ou dos vizinhos, e a não
exercerem um impacto demasiadamente importante, durante todo os eu ciclo de vida, na qua-
lidade ambiental nem no clima durante a sua construção, utilização ou demolição, em resultado
de:
• libertação de gases tóxicos;
• emissão de substâncias perigosas, de compostos orgânicos voláteis (COV), de gases
com efeito de estufa ou de perigosos para o ar interior ou exterior;
• emissão de radiações perigosas;
• libertação de substâncias perigosas em águas subterrâneas, em águas marinhas, em
águas superficiais ou no solo;
• libertação de substâncias perigosas na água potável ou de substâncias que tenham ou-
tro efeito negativo na água potável;
• Descarga deficiente de águas residuais, emissão de efluentes gasosos ou eliminação
deficiente de resíduos sólidos ou líquidos;
• humidade em partes ou em superfícies da obra de construção.
7
2.1.5. Proteção contra o ruído
Traduz-se pela resistência à propagação de ruídos aéreos, caracterizada pelo abaixamento do
nível dos ruídos aéreos exteriores que atravessam a envolvente dos recintos e pelos ruídos
transmitidos por vibrações através das paredes, tetos e pavimentos.
A obra deve ser concebida e realizada de modo a que o ruído percecionado pelos ocupantes
ou pelas pessoas próximas se mantenha a um nível não lesivo da sua saúde e lhes permita
dormir, descansar e trabalhar em condições satisfatórias.
8
2.2. A Declaração de Desempenho
A declaração de desempenho, é obrigatória e deve conter informações sobre o desempenho
do produto respeitante às características essenciais do mesmo, de acordo com as especifica-
ções técnicas harmonizadas aplicáveis.
Ao redigir a declaração de desempenho, o fabricante assume a responsabilidade pela confor-
midade do produto com o desempenho declarado, resultante de um procedimento de avaliação
e verificação da regularidade do desempenho do produto, o qual permite avaliar não só o de-
sempenho do produto de construção, como também controlar a sua produção em fábrica.
Caso se verifique necessário, a declaração de desempenho deverá ser acompanhada de infor-
mações sobre a presença de substâncias perigosas no produto de construção, nomeadamente
as que se encontram identificadas, no Regulamento (CE) n.º 1907/2006, relativo ao registo,
avaliação, autorização e restrição de substâncias químicas (REACH).
2.3. A Marcação CE
A marcação CE é a única marcação que atesta a conformidade dos produtos de construção,
abrangidos por especificações técnicas harmonizadas, com o desempenho declarado relativa-
mente às suas características essenciais, e só pode ser aposta nos produtos de construção que
forem sujeitos a declaração de desempenho, antes da sua colocação no mercado.
A aposição da marcação CE é da responsabilidade do fabricante, ou seu mandatário, que as-
sume assim a responsabilidade pela conformidade do produto com o desempenho declarado e
pelo cumprimento de todos os requisitos aplicáveis estabelecidos no Regulamento e nos de-
mais instrumentos relevantes de legislação de harmonização da União que preveem a sua apo-
sição.
A marcação CE deve ser aposta de modo visível, legível e indelével no produto ou numa eti-
queta a ele fixada. Caso não assim não seja possível, devido à natureza do produto, a marcação
CE deve ser colocada na sua embalagem ou incluída nos documentos comerciais que o acom-
panham.
9
2.2. Sistemas de Avaliação e Verificação da Regularidade do Desempenho
Estão previstos cinco sistemas de avaliação e verificação da regularidade do desempenho apli-
cáveis à emissão da declaração de desempenho dos produtos da construção. O modo de ava-
liação e verificação da regularidade do desempenho é variável consoante a relação entre as
caraterísticas essenciais do produto e os requisitos básicos das obras de construção, envol-
vendo não só a avaliação do desempenho do produto de construção como também o controlo
da sua produção em fábrica.
Em todos os sistemas de avaliação e verificação, os fabricantes dos produtos de construção
têm uma intervenção obrigatória - emissão das Declarações de Desempenho - sendo que nos
sistemas 1+, 1, 2+ e 3 é ainda exigida a intervenção de um Organismo Notificado, que é uma
entidade competente para a atividade de certificação de produtos, da avaliação do controlo da
produção do fabricante ou de ensaios laboratoriais, que segue os procedimentos de acreditação
aplicáveis e é avaliado e reconhecido pelo Estado Membro, que o notifica junto da Comissão
Europeia para uma ou mais normas de especificação de produtos.
Para o caso das lajes, cubos, paralelepípedos e guias de pedra natural foi publicada a Decisão
97/808/CE, a qual define o nível de avaliação e verificação da regularidade do desempenho
aplicável aos produtos, o sistema 4.
SISTEMA
ENTIDADE FUNÇÕES
1+ 1 2+ 3 4
10
O objetivo do Sistema de Controlo da Produção em Fábrica é assegurar que os produtos colo-
cados no mercado estão conformes com os desempenhos declarados das suas características
essenciais na Declaração de Desempenho. É aplicável a todos os sistemas e implementado
através de:
formalização (validação de procedimentos, planos de Inspeção e ensaio, especificações);
realização de inspeções e ensaios de acordo com o plano validado;
registo das inspeções e os ensaios realizados;
avaliação dos resultados dos ensaios;
implementação e registo das ações corretivas realizadas.
Os ensaios iniciais do produto, que servem de base para a avaliação do desempenho do pro-
duto, são realizados a uma amostra para garantir que todos os produtos do mesmo tipo, pode-
riam passar com sucesso por um ensaio similar. Aplicam-se também a todos os sistemas sem-
pre que haja:
a) introdução de um produto novo;
b) mudança fundamental na origem da extração de matérias-primas;
c) mudança fundamental no método de produção;
d) mudança nas características do produto.
Na Inspeção inicial da fábrica e do controlo de produção e no acompanhamento, apreciação e
avaliação contínuos do controlo de produção, os métodos de controlo da produção são avalia-
dos e verificadas por um Organismo Notificado de Certificação. Aplicam-se aos sistemas 1+, 1
e 2+ e compreendem a avaliação e verificação do cumprimento do plano de inspeção e ensaios,
dos resultados do controlo da produção e da eficácia das ações corretivas. Têm como resultado
a emissão de um certificado de regularidade do desempenho do produto (sistemas 1+ e 1) ou
a emissão de um certificado de conformidade do controlo da produção em fábrica (sistema 2+).
As normas harmonizadas EN 1341 “Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores - Requi-
sitos e métodos de ensaio”, EN 1342 “Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pavimen-
tos exteriores - Requisitos e métodos de ensaio” e EN 1343 “Guias de pedra natural para pavi-
mentos exteriores - Requisitos e métodos de ensaio” foram publicadas em 2001, sendo as suas
versões mais atuais de novembro de 2012. Estas normas anulam e substituem as anteriores
normas EN para estes produtos.
As normas acima especificam os requisitos de desempenho dos respetivos produtos e fazem
referência às normas de ensaio correspondentes.
Nos respetivos anexos ZA das Normas encontram-se especificadas as cláusulas relativas aos
Requisitos Básicos do RPC.
Os produtos de construção, nomeadamente, lajes, cubos, paralelepípedos e guias de pedra
natural, com a Marcação CE podem ter acesso livre a qualquer Estado Membro da UE; todavia,
11
um cliente pode negociar com o produtor para que um produto responda a requisitos adicionais,
com vista a uma utilização específica.
A utilização específica predefinida é especificada da seguinte forma:
• Pavimentação exterior e acabamento de ruas
O Anexo ZA especifica as características essenciais, as condições para avaliação e verificação
da regularidade do desempenho (designado nas normas como atestação da conformidade) ne-
cessárias cumprir para emissão da Declaração de Desempenho (na norma identificada como
Declaração de conformidade CE) e posterior afixação da Marcação CE e também as informa-
ções que devem acompanhar a Marcação CE. A ausência da Declaração de Desempenho im-
pede o fabricante ou seu mandatário de apor a marcação CE e implica que o produto não é
idóneo para ser aplicado na utilização prevista, não sendo conforme com os requisitos essen-
ciais definidos no correspondente Anexo ZA; portanto, os produtos sem Declaração de Desem-
penho e marcação CE não podem ser legalmente comercializados no interior da EU.
De acordo com o tipo de uso previsto, é apresentado o sistema de avaliação e verificação da
regularidade do desempenho.
12
2.3. Decisões da Comissão Europeia
Para que seja possível a aplicação da marcação CE a qualquer produto de construção é ne-
cessário que exista:
• Uma Decisão da Comissão da União Europeia relativamente ao sistema adotado para
avaliação e verificação da regularidade do desempenho;
• Uma Norma Europeia harmonizada contendo o Anexo ZA que refere os requisitos obri-
gatórios;
• Uma comunicação da Comissão Europeia referindo a data de entrada em vigor da Mar-
cação CE para um dado produto;
• Organismo(s) notificado(s) (exceto para o sistema 4) com competências para as áreas
abrangidas (ensaios, avaliação e verificação do controlo da produção ou certificação).
No caso de lajes, cubos, paralelepípedos e guias de pedra natural temos:
Decisões da CE
Norma Harmonizada
EN 1341:2012 - Lajes de pedra natural para
pavimentos exteriores
EN 1342:2012 - Cubos e paralelepípedos de
pedra natural para pavimentos exteriores
EN 1343:2012 - Guias de pedra natural para
pavimentos exteriores
Organismos Notificados
Não aplicável (Sistema 4)
13
2.4. Ponto de Contacto
De forma a facilitar a livre circulação de mercadorias e garantir que as empresas tenham acesso
à legislação em vigor em cada Estado-Membro onde pretendam comercializar ou disponibilizar
os seus produtos, foram designados pelos Estados-Membros Pontos de Contacto.
Em Portugal, o Ponto de Contacto é o Instituto Português da Qualidade - IPQ, o qual tem como
competências prestar, gratuitamente, informações sobre as disposições que tenham em vista o
cumprimento dos requisitos básicos das obras de construção aplicáveis à utilização prevista de
cada produto no território nacional, nomeadamente regras aplicáveis à incorporação, montagem
ou instalação de tipos específicos de produtos de construção. Os Pontos de Contacto poderão
ser ainda autorizados a cobrar taxas por prestar outras informações ou observações aos ope-
radores económicos, as quais deverão ser proporcionais ao custo dessas informações ou ob-
servações.
14
Espessura - Distância entre a face superior e a face inferior da laje.
Comprimento total - Maior lado do retângulo de menor comprimento capaz de conter a laje.
Largura total - Menor lado do retângulo de menor área capaz de conter a laje.
Texturado - Face de uma laje com um acabamento da superfície obtido por processamento
secundário, a partir de uma superfície serrada ou rachada.
Texturado fino - Acabamento da superfície com uma diferença máxima de 1,0 mm entre sali-
ências e depressões (p. ex., polido, amaciado ou serrado com disco ou serra diamantados).
Texturado grosseiro - Acabamento da superfície com uma diferença máxima entre saliências
e depressões superior a 1,0 mm (p. ex., bujardado, areado ou flamejado).
Rachado - Face ou topo de uma laje com acabamento de superfície rugoso (p. ex., uma face
ou um topo fendido ou clivado).
Maquinado - Acabamento grosseiro resultante de tratamento mecânico da superfície, onde são
visíveis marcas das ferramentas utilizadas.
Aresta - Bordo resultante da intersecção de duas superfícies. NOTA: Na Figura 1 estão represen-
tadas arestas vivas, arredondadas e biseladas.
Valor mínimo esperado, EL - Valor que corresponde ao quantil 5 % de uma distribuição loga-
rítmica normal, para um nível de confiança de 75 %.
Valor máximo esperado, EH - Valor correspondente ao quantil 95 % de uma distribuição loga-
rítmica normal, para um nível de confiança de 75 %.
Legenda:
1 – aresta arredondada
2 – aresta biselada
3 – aresta viva
15
3.1.2. Norma NP EN 1342:2014 – Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pa-
vimentos exteriores
Cubo, paralelepípedo - Unidade de pedra natural obtida por corte ou fendilhamento e utilizada
como material de pavimentação, no qual a largura nominal não excede duas vezes a espessura
e o comprimento não excede o dobro da largura.
Dimensão nominal - Dimensão de um cubo ou paralelepípedo especificada para o seu fabrico,
cuja dimensão real deverá estar dentro das tolerâncias permitidas especificadas.
Dimensão real - Dimensão de um cubo ou paralelepípedo, obtida por medição direta.
Comprimento total, L - Maior lado do retângulo de menor comprimento capaz de conter o cubo
ou paralelepípedo.
Largura total, W - Menor lado do retângulo de menor área capaz de conter o cubo ou parale-
lepípedo.
Espessura, T - Distância entre a face superior e a face inferior do cubo ou paralelepípedo.
NOTA: A espessura nominal mínima é de 40 mm.
16
Legenda:
1 – face superior
2 – face lateral
3 – face inferior
u – desvio da face lateral para dentro
o – desvio da face lateral para fora
T – espessura
W – largura total
Figura 2 - Tolerâncias para o desvio das faces para dentro e para fora
17
Texturado grosseiro - Acabamento da superfície com uma diferença máxima entre saliências
e depressões superior a 1,0 mm (p. ex., bujardado, areado ou flamejado)
Rachado - Guia com acabamento da superfície natural que não foi alvo de processamento
secundário, por exemplo uma face fendida ou clivada.
Maquinado - Acabamento resultante de tratamento mecânico da superfície, onde são visíveis
marcas das ferramentas utilizadas.
Valor mínimo esperado VmE - Valor (EL) que corresponde ao quantil 5 % de uma distribuição
logarítmica normal, para um nível de confiança de 75 %.
Valor máximo esperado VME - Valor (EH) que corresponde ao quantil 95 % de uma distribui-
ção logarítmica normal, para um nível de confiança de 75 %.
Legenda:
1 – comprimento total
3 – chanfro ou bisel
4 – face frontal
b) Guia convexa
Figura 3 - Representação esquemática de guias côncavas e convexas - Exemplo de uma guia curva, com
identificação do comprimento e da largura totais
18
3.2. Classificação do Material
De modo a harmonizar os critérios usados para a designação das diferentes castas de pedra
natural, produzidas na Europa, o Comité Técnico CEN / TC 246, elaborou a Norma EN 12440 -
Denominação de Pedra Natural.
Esta norma especifica a informação que a designação dos diferentes tipos de pedra a comerci-
alizar deve conter, nomeadamente, nome ou nomes (nome tradicional), família petrológica, cor
típica e o local de origem.
Apresentam-se a seguir alguns exemplos de pedras produzidas em Portugal:
ALPININA ROSA ATLANTIDA
Calcário bege
Alburitel, Ourém, Santarém, Portugal
AMARELO DE FIGUEIRA
Granito amarelado
Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Portugal
A referida norma define ainda outro tipo de informações a serem fornecidas, aquando da co-
mercialização, caso estejam disponíveis e se existir acordo entre o comprador e o vendedor,
nomeadamente, acabamento do processo (para produtos preparados), características naturais
(caso possam afetar a aparência da pedra), nome petrográfico (nome cientifico da rocha, obtido
por um estudo petrográfico) e a idade geológica (a idade da pedra deve ser fornecida sempre
que possível).
19
Quadro 1 - Relação entre as características relevantes para lajes, cubos, paralelepípedos e guias e os mé-
todos de ensaio para a sua determinação / verificação
NP EN NP EN NP EN
Características Relevantes (propri- 1341:2014 1342:2014 1343:2014
Método de ensaio
edades)
Lajes Cubos Guias
Propriedades físicas
20
Resistência ao escorregamento NP EN 14231:2006
Resistência à derrapagem (3)
Durabilidade da resistência ao escor-
regamento (3)
Durabilidade da resistência à derra-
pagem
Resistência à rutura – Resistência à
NP EN 1926:2008
compressão
Durabilidade da resistência à com-
pressão tendo em conta a resistên-
NP EN 12371:2015
cia ao gelo-degelo - em condições
normais
Durabilidade da resistência à com-
pressão tendo em conta a resistên- (3)
cia ao gelo-degelo - com sais de
descongelamento
Absorção de água NP EN 13755:2008
Massa volúmica aparente e porosi-
NP EN 1936:2008
dade aberta
Descrição petrográfica NP EN 12407:2008
Substâncias perigosas (4)
Notas:
(1) As arestas definidas como retilíneas ou vivas poderão apresentar um bisel com dimensões verticais e horizontais
não superiores a 2 mm (aresta quebrada), ao critério do produtor.
Quando as lajes forem fornecidas com arestas biseladas ou arredondadas, as respetivas dimensões devem ser
declaradas e, tanto a dimensão vertical como a horizontal, devem estar compreendidas no intervalo de + 2 mm em
relação às dimensões declaradas.
(2) Apenas se estiverem a ser produzidas formas especiais.
Cada ângulo da laje deve estar de acordo com a geometria acordada. Em elementos de forma especial ou irregular,
a conformidade com a forma requerida deve ser verificada utilizando um molde específico; a tolerância admissível
em qualquer ponto deve ser a indicada no Quadro 1 da Norma EN 1341:2014.
Poderão ser declarados desvios mais rigorosos que os indicados no referido quadro.
Os desvios não poderão ser adicionados uns aos outros, como, p. ex., desvios na espessura e na planeza.
(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu,
a resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização
do produto.
21
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação
de tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são
colocados nesses mercados.
Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais relativas a subs-
tâncias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de http://ec.europa.eu/en-
terprise/construction/cpd-ds/.
22
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Escorregamento – Resis- Lajes com circulação de peões e de veículos.
tência ao escorregamento
(1) Cubos Declaração na etiqueta: Valores dos valores médios de
atrito (USRV) em húmido e em seco ensaiada de acordo
com a NP EN 14231:2006.
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Lajes
Resistência à derrapagem com circulação de peões e de veículos.
Cubos
Declaração na etiqueta: De acordo com as disposições
nacionais válidas no local de utilização do produto.
Durabilidade da resistência à flexão, do escorregamento e da resistência à derrapagem, tendo
em conta:
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Resistência ao gelo-de- Lajes com circulação de peões e de veículos.
gelo – ensaio normal Guias Declaração na etiqueta: Valores médios da resistência à
flexão (em MPa) antes e após 56 ciclos de gelo-degelo
(ensaio tecnológico de acordo com a NP EN 12371:2015).
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
Resistência ao gelo-de- de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Lajes
gelo – com sais de des- com circulação de peões e de veículos.
congelamento Guias
Declaração na etiqueta: De acordo com as disposições
nacionais válidas no local de utilização do produto.
23
Aplicabilidade: Utilização em exteriores e no acabamento
de ruas, destinados à pavimentação de zonas exteriores
Polimento decorrente da com circulação de peões e de veículos.
Cubos
utilização
Declaração na etiqueta: De acordo com as disposições
nacionais válidas no local de utilização do produto.
Nota:
(1) Quando num determinado Estado Membro seja requerido um valor mínimo de escorregamento relativamente a
utilizações específicas, a marcação CE deverá incluir a referência ao método de ensaio aplicável nesse país e a
conformidade com o valor exigido. As lajes e cubos em pedra natural que não cumpram o valor mínimo exigido
podem ser apenas utilizados em aplicações permitidas pela legislação do país de destino. Quando o desempenho
determinado não satisfaz os requisitos específicos previstos na legislação nacional, recomenda-se a indicação, por
exemplo, “não destinado a utilizações para as quais o desempenho determinado não satisfaz os requisitos específi-
cos da legislação nacional”.
24
DURABILIDADE DA RESISTÊNCIA À FLEXÃO, DO ESCORREGAMENTO E DA RESISTÊNCIA
À DERRAPAGEM, tendo em conta:
Declarada em termos de va-
lores médios (em MPa) da
Resistência ao gelo-degelo – NP EN
4.3.1 resistência à flexão antes e
condições normais 12371:2015
após 56 ciclos de gelo-de-
gelo.
Declarada de acordo com
Resistência ao gelo-degelo – (3) as disposições nacionais vá-
4.3.2
com sais de descongelamento lidas no local de utilização
do produto.
Declarado de acordo com
Polimento decorrente da utiliza- (3) as disposições nacionais vá-
4.6.3
ção lidas no local de utilização
do produto.
Nota:
(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu,
a resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização
do produto.
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação
de tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são
colocados nesses mercados.
Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais relativas a subs-
tâncias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de http://ec.europa.eu/en-
terprise/construction/cpd-ds/.
25
Quadro 4 - Características Essenciais - Anexo ZA.1 da NP EN 1342:2014 –
Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pavimentos exteriores
Método de Secção da
Características Essenciais norma refe- Declaração na etiqueta
ensaio
rente ao requi-
(4)
Substâncias perigosas 4.11 Se relevante.
RESISTÊNCIA À RUTURA, expressa por:
Declarada como o valor
Resistência à rutura - Resistên- NP EN
4.4 mínimo esperado (EL)
cia à compressão 1926:2008
(em MPa).
ESCORREGAMENTO (Apenas para as zonas de circulação de peões), expresso por:
Declarada em termos
NP EN
Resistência ao escorregamento 4.6.1 dos valores de USRV
14231:2006
(em húmido e em seco).
RESISTENCIA À DERRAPAGEM (Apenas para as zonas de circulação de veículos), expressa
por:
Declarada de acordo
(3) com as disposições naci-
Resistência à derrapagem 4.6.2
onais válidas no local de
utilização do produto.
DURABILIDADE DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO, DO ESCORREGAMENTO E DA RE-
SISTÊNCIA À DERRAPAGEM, tendo em conta:
Declarada em termos de
valores médios (em
Resistência ao gelo-degelo – NP EN MPa) da resistência à
4.3.1
condições normais 12371:2015 compressão antes e
após 56 ciclos de gelo-
degelo.
Declarada de acordo
Resistência ao gelo-degelo – (3) com as disposições naci-
4.3.2
com sais de descongelamento onais válidas no local de
utilização do produto.
Declarado de acordo
Polimento decorrente da utiliza- (3) com as disposições naci-
4.6.3
ção onais válidas no local de
utilização do produto.
Nota:
(3)
Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de
ensaio europeu, a resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais
válidas no local de utilização do produto.
(4)
Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração
de libertação de tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos
por esta Norma são colocados nesses mercados.
26
Na ausência de métodos de ensaio harmonizados europeus, a verificação e a declaração sobre a libera-
ção/conteúdo deverão ser feitas tendo em conta as disposições nacionais no local de utilização.
Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais rela-
tivas a substâncias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de
http://ec.europa.eu/enterprise/construction/cpd-ds/.
Nota:
(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu,
a resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização
do produto.
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação
de tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são
colocados nesses mercados.
27
Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e naci-
onais relativas a substâncias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA,
acessível através de http://ec.europa.eu/enterprise/construction/cpd-ds/.
28
• Métodos de amostragem;
• Marcação, embalagem e expedição das amostras.
As amostras ou embalagens devem ser identificadas de forma clara e indelével através de um
código ou identificação das amostras laboratoriais, data e local da amostragem e denominação
do material, devendo as mesmas ser embaladas e transportadas de forma a serem protegidas
contra danos.
O responsável pela amostragem deve elaborar um relatório de amostragem para cada amostra
laboratorial ou para cada grupo de amostras laboratoriais provenientes de uma única origem, o
qual deve fazer menção ao anexo da norma harmonizada que especifica o plano de amostra-
gem em causa e indicar:
a) identificação do relatório de amostragem (número de série);
b) marca(s) de identificação das amostras de laboratório;
c) data e local da amostragem;
d) ponto(s) de amostragem, ou a identificação do lote amostrado;
e) referência ao plano de amostragem, preparado de acordo com o disposto no anexo da
norma harmonizada;
f) nome do(s) responsável(eis) pela amostragem.
Dependendo das circunstâncias, poderão ser relevantes outras informações.
Os procedimentos de amostragem encontram-se descritos no Anexo B das Normas NP EN
1341:2014 e NP EN 1343:2014 e no Anexo A da NP EN 1342:2014.
No quadro seguinte podem-se observar os vários métodos de amostragem no caso de se tratar
de amostragens numa pedreira, unidade de transformação ou obra de construção.
29
Quadro 6 - Metodologias de Amostragem
AMOSTRAGEM
para estudo Também poderão ser utilizadas amostras obtidas por carotagem (tarolos
petrográfico e fragmentos).
Para além das amostras de rocha sã, também devem ser colhidas
amostras que ilustrem os efeitos da meteorização.
Devem utilizar-se como amostras, blocos-amostra e provetes de mão,
TIPOS DE AMOSTRAGEM
30
3.6. Ensaios de Tipo Inicial
A realização dos ensaios de tipo inicial é da responsabilidade do fabricante. Estes devem ser
realizados para garantir que as características de cada família de produtos cumprem os requi-
sitos das Normas NP EN 1341:2014, NP EN 1342:2014 e NP EN 1343:2014.
A sua periodicidade depende das alterações ocorridas no sistema de controlo da produção em
fábrica e da sua influência nas características declaradas e relevantes, para as quais o fabri-
cante declare desempenhos.
Os desempenhos declarados devem ser representativos da produção atual, p. ex., o valor mí-
nimo esperado em produção normal.
Sempre que ocorra uma alteração significativa na origem, natureza das matérias-primas ou no
processo de produção que possa modificar qualquer desempenho declarado do produto, este
deve ser considerado como um novo produto e quaisquer das características que possam ter
sido afetadas devem ser reavaliadas com vista a uma nova declaração de desempenho.
Assim, uma vez terminado o desenvolvimento de um novo tipo de produto (antes de ser iniciada
a sua comercialização), os ensaios de tipo inicial apropriados devem ser repetidos.
Quando um fabricante produz o mesmo produto em diferentes linhas, unidades ou fábricas,
poderá realizar apenas uma bateria de ensaios iniciais à família desde que garanta que o equi-
pamento e/ou a linha de produção não tem influência no desempenho declarado na documen-
tação associada à Marcação CE. É da responsabilidade do fabricante garantir que os produtos
são, de facto, da mesma família, e por isso, de características uniformemente representativas.
Os resultados dos ensaios de tipo inicial devem ser guardados pelo menos durante 10 anos a
contar da data de colocação no mercado do produto de construção, como suporte para o de-
sempenho declarado do produto.
Seguidamente apresenta-se a lista das características a considerar para ensaios de tipo inicial,
incluindo método e referência ao número e dimensões dos provetes a ensaiar, para os três tipos
de elementos em causa: lajes, cubos ou paralelepípedos e guias em pedra natural.
31
3.6.1. Norma NP EN 1341 – Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores
De acordo com o tipo de utilização prevista para o produto, os ensaios de tipo inicial poderão
ser:
Quadro 7 - Ensaios de Tipo Inicial - Norma NP EN 1341 –
Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores
De acordo com o
Resistência à rutura - Resis- NP EN Valor decla-
10 provetes 6.2.2 da norma de
tência à flexão 12372:2008 rado
ensaio
Ensaio A
Durabilidade da resistência à
21 provetes De acordo com o
flexão tendo em conta a resis- NP EN 2 valores de-
6.2 da norma de
tência ao gelo-degelo – em 12371:2015 Ensaio B clarados
ensaio
condições normais
7 provetes
Durabilidade da resistência à
flexão tendo em conta a resis- De acordo com as disposições em vigor no local Valor(es) de-
tência ao gelo-degelo – com previsto para a utilização clarado(s)
sais de Descongelamento
De acordo com o
Escorregamento - Resistência NP EN Valor decla-
6 provetes 7.2 da norma de
ao escorregamento 14231:2006 rado
ensaio
Valores de
tolerância de
NP EN
Dimensões - Ângulos e for- Amostra representativa do pro- acordo com
13373:2006
mas especiais - Tolerâncias duto o quadro 1
(4.2.2.6)
da NP EN
1341:2014
De acordo com:
- 3.5 (Ensaio A)
NP EN - 4.4 (Ensaio B) Valor decla-
Resistência ao desgaste 6 provetes
14157:2007 - 5.4 (Ensaio C) rado
da norma de en-
saio
De acordo com o
NP EN Valor decla-
Absorção de água 6 provetes 6.2 da norma de
13755:2008 rado
ensaio
De acordo com o
Massa volúmica aparente e NP EN Valores de-
6 provetes 7.2 da norma de
porosidade aberta 1936:2008 clarados
ensaio
NP EN Amostra representativa do pro- Descrição
Descrição petrográfica
12407:2008 duto declarada
32
Valor decla-
rado ou
De acordo com as disposições em vigor no local classe, con-
Substâncias perigosas
previsto para a utilização soante o que
for apropri-
ado
Valores de
tolerância de
NP EN
Dimensões planares - Compri- acordo com
13373:2006
mento e largura - Tolerâncias o quadro 1 e
(5.2)
2 da NP EN
1342:2014
Amostra representativa do produto
Valores de
tolerância de
NP EN
Dimensões – Espessura - Tole- acordo com
13373:2006
râncias o quadro 1 e
(5.2)
2 da NP EN
1342:2014
Valores de
tolerância de
NP EN
acordo com
Irregularidades da face 13373:2006 Amostra representativa do produto
o quadro 3
(5.3)
da NP EN
1342
Valores de
tolerância de
NP EN
Tolerâncias – Cortes para den- acordo com
13373:2006 Amostra representativa do produto
tro das faces o quadro 2
(5.5)
da NP EN
1342:2014
De acordo com o
Resistência à rutura – Resistên- NP EN Valor decla-
10 provetes 7.2 da norma de
cia à compressão 1926:2008 rado
ensaio
Ensaio A
Durabilidade da resistência à
21 provetes De acordo com o
compressão tendo em conta a NP EN 2 valores de-
6.2 da norma de
resistência ao gelo-degelo - em 12371:2015 Ensaio B clarados
ensaio
condições normais
7 provetes
33
Durabilidade da resistência à
compressão tendo em conta a De acordo com as disposições em vigor no local Valor(es) de-
resistência ao gelo-degelo - previsto para a utilização clarado(s)
com sais de descongelamento
De acordo com o
Escorregamento - Resistência NP EN Valor decla-
6 provetes 7.2 da norma de
ao escorregamento 14231:2006 rado
ensaio
De acordo com as disposições em vigor no lo- Valor decla-
Resistência à derrapagem
cal previsto para a utilização rado
Durabilidade da resistência à De acordo com as disposições em vigor no lo- Valor decla-
derrapagem cal previsto para a utilização rado
De acordo com:
- 3.5 (Ensaio A)
NP EN - 4.4 (Ensaio B) Valor decla-
Resistência ao desgaste 6 provetes
14157:2007 - 5.4 (Ensaio C) rado
da norma de en-
saio
De acordo com o
NP EN Valor decla-
Absorção de água 6 provetes 6.2 da norma de
13755:2008 rado
ensaio
De acordo com o
Massa volúmica aparente e po- NP EN Valores decla-
6 provetes 7.2 da norma de
rosidade aberta 1936:2008 rados
ensaio
NP EN Amostra representativa do pro- Descrição de-
Descrição petrográfica
12407:2008 duto clarada
Valor decla-
rado ou
De acordo com as disposições em vigor no lo-
Substâncias perigosas classe, conso-
cal previsto para a utilização
ante o que for
apropriado
34
3.6.3. Norma NP EN 1343 – Guias de pedra natural para pavimentos exteriores
De acordo com o tipo de utilização prevista para o produto, os ensaios de tipo inicial poderão
ser:
Quadro 9 - Ensaios de Tipo Inicial - Norma NP EN 1343 –
Guias de pedra natural para pavimentos exteriores
35
3.7. Controlo da Produção em Fábrica
O fabricante deve estabelecer, implementar e manter um sistema de controlo de produção em
fábrica (CPF) que garanta a conformidade dos produtos com a norma de especificação aplicável
e com os desempenhos declarados das características dos produtos, definidos com base nos
ensaios de tipo inicial em conformidade com o disposto no ponto 3.7 do presente guia.
O sistema de controlo da produção em fábrica deve descrever o procedimento da produção,
das inspeções regulares realizadas pelo fabricante, dos ensaios efetuados e deve ser abran-
gente desde as matérias-primas até ao produto final, passando pelo controlo do equipamento
de monitorização e medição e do equipamento associado ao processo produtivo.
Devem ser definidos o procedimento, frequência e critérios de calibração destes equipamentos.
A monitorização e medição é um dos passos para a garantia da qualidade do produto final.
Assim, e no sentido de prevenir a existência de não conformidades, os produtos introduzidos
no processo (nomeadamente matérias-primas) e o produto final devem ser controlados no que
diz respeito às suas características relevantes/essenciais. Com base nos valores obtidos e nas
especificações adotadas poderão ser introduzidas alterações no processo de fabrico que per-
mitam a obtenção de um produto com as características desejadas.
Todos os controlos e ensaios realizados devem ser registados, assim como as ações decorren-
tes da avaliação do seu desempenho, implementadas sempre que os resultados não cumpram
os critérios de aceitação definidos pelo fabricante.
Sempre que sejam utilizados procedimentos de ensaio alternativos aos dos ensaios de referên-
cia, deve ser determinada a sua correlação com o ensaio de referência e disponibilizada para
inspeção.
Qualquer procedimento de ensaio (ensaios de referência ou alternativos) adotado para o CPF
deve incluir os critérios de aceitação apropriados. No caso de não conformidade, deve ser de-
finido um plano de ação específico como fazendo parte do CPF. Em regra, este plano deve
incluir a repetição do procedimento de CPF numa maior quantidade de provetes ou de produtos.
Nos casos em que os resultados destes ensaios não estejam conformes com os desempenhos
declarados, deve ser disponibilizada uma avaliação final da conformidade adotando o mesmo
método de ensaio utilizado na determinação dos desempenhos declarados.
Nos casos em que o processo da pedra natural seja suscetível de alterar quaisquer dos desem-
penhos declarados relativamente ao material inicial (p. ex., em consequência do tipo de proces-
samento ou porque as propriedades físicas foram modificadas por impregnação, utilização de
materiais de reconstituição, de preenchimento ou outros produtos similares para colmatação de
orifícios naturais, falhas, fraturas ou similares), então essas circunstâncias devem ser conside-
radas dentro do âmbito do CPF.
Na secção 5.3 das normas NP EN 1341:2014, NP EN 1342:2014 e NP EN 1343:2014, são
apresentados os requisitos genéricos que deve cumprir o sistema de controlo da produção em
fábrica. Os esquemas apresentados neste guia são orientativos e devem ser adaptados ao tipo
de elemento em questão, ao processo produtivo e ao equipamento em uso.
36
3.7.1. Equipamento
Todos os equipamentos de medição e ensaio que tenham influência nos valores declarados
devem ser controlados, calibrados e mantidos, para demonstrar a conformidade do produto com
os requisitos especificados, de acordo com o quadro abaixo. A incerteza de medição deve ser
conhecida e consistente com a capacidade requerida para a medição. As inspeções e manu-
tenção devem ser realizadas e registadas no sistema de controlo da produção em fábrica, que
deve definir o período de armazenagem destes dados.
Para além do equipamento de medição e ensaio, é de realçar que todo o equipamento produtivo
que tenha influência nos valores declarados pelo fabricante deve ser controlado ao nível dos
parâmetros operativos de acordo com procedimentos, frequências e critérios documentados.
3.7.2. Matérias-Primas
O fabricante deve definir critérios de aceitação para as matérias-primas e os procedimentos a
implementar para garantir que estes são verificados, de acordo com o exemplo apresentado no
quadro seguinte.
Quadro 11 - Esquema de controlo de matérias-primas
Antes da extração e em
Avaliação da adequabili- Exames físicos, minera-
caso de alterações significa-
dade do material lógicos ou químicos
tivas no material a extrair
Matérias-primas
de extração pró- Manutenção do esquema Diariamente durante a ex-
Inspeção visual
pria de extração tração
Avaliar a qualidade do for- -Realização de testes in-
necimento ternamente A definir pelo fabricante na
Matérias-primas Avaliar a qualidade do for- -Inspeção da nota de en- documentação do CPF
adquiridas necimento comenda
37
-Verificação de testes
efetuados pelo fabricante
-Realização de testes in-
ternamente
Avaliação de eventuais
Armazenagem Análise visual ou outros A definir pelo fabricante na
contaminações ou trocas
do material meios apropriados documentação do CPF
de identificação
Inspeção visual
38
CORTE
39
POLIMENTO
ARMAZENAMENTO
Figura 4 - Processo produtivo para elementos de pedra natural (esquema e fotos ilustrativas)
40
3.7.4. Ensaios ao Produto Final
Do sistema de controlo da produção em fábrica deve constar um plano de amostragem que
defina a frequência dos ensaios a realizar ao produto final e os respetivos critérios de aceitação,
de modo a que constitua um meio para garantir a constância do desempenho do produto e uma
declaração de confiança tanto para os utilizadores como para o fabricante.
Os resultados devem ser registados e guardados para eventual inspeção.
Todas as características essenciais, para as quais o fabricante declare desempenhos, estão
sujeitas a ensaios, como referido anteriormente. Alem disso, é necessário realizar ensaios a
todas as características quando o fabricante reivindique a conformidade do seu produto, a me-
nos que a norma aplicável do produto em questão contenha disposições para declarar os de-
sempenhos sem realização de ensaios (p. ex., utilização de dados previamente existentes) e
desempenho convencionalmente aceite).
Seguindo este pressuposto, podem ser adotados métodos alternativos aos referidos na norma-
lização, exceto para os ensaios de tipo inicial e em caso de contestação legal, desde que esses
métodos satisfaçam as seguintes condições:
Demonstração da correlação entre os métodos alternativos e os referidos na normalização;
Disponibilidade por parte do fabricante de toda a informação necessária para demonstrar
essa correlação.
41
3.7.4.1. Norma NP EN 1341:2014 – Lajes de pedra natural para pavimentos exteri-
ores
As características a considerar para o controlo da produção em fábrica e os ensaios de verifi-
cação em produtos finais, definidas pela norma NP EN 1341:2014, relativas às lajes de pedra
natural para pavimentos exteriores, são apresentadas no quadro seguinte. Ainda são incluídos
neste quadro as frequências mínimas de ensaio e os respetivos critérios de aceitação. As fre-
quências mínimas de ensaio, apresentadas no quadro seguinte, representam os limites superi-
ores da frequência dos ensaios.
Quadro 13 - Ensaios de verificação de Produto Final - Norma NP EN 1341:2014 – Lajes de pedra
natural para pavimentos exteriores
Frequência
Método de en- mínima de en- Critérios de
Características (propriedades) saio
saio aceitação
(EN 1341:2014)
Ver NP EN
Arestas (1) 1341:2014
(4.2.2.5)
Ver NP EN
Ângulos e formas especiais (2) 1341:2014
(4.2.2.6)
42
Propriedades físicas
Dentro do inter-
Resistência ao gelo-degelo – condições nor- NP EN valo de tolerância
Cada 10 anos
mais 12371:2015 a) para os 2 valo-
res declarados
Dentro do inter-
Ver NP EN valo de tolerância
Resistência ao gelo-degelo – com sais de
1341:2014, Cada 10 anos a) para o(s) va-
Descongelamento (3)
(4.3.2) lor(es) decla-
rado(s)
> 80 % dos resul-
NP EN tados individuais
Resistência à rutura - Resistência à flexão Cada 2 anos
12372:2008 > que o valor de-
clarado
>80 % dos resul-
NP EN tados individuais
Resistência ao desgaste Cada 10 anos
14157:2007 <que o valor de-
clarado
NP EN ≥ ao valor decla-
Resistência ao escorregamento Cada 10 anos
14231:2006 rado
Ver NP EN
≥ ao valor decla-
Resistência à derrapagem (3) 1341:2014, Cada 10 anos
rado
(4.6.2)
≥ ao valor decla-
Durabilidade da resistência ao escorrega- Ver NP EN rado
mento 1341:2014, Cada 10 anos
(4.6.3) ≥ ao valor decla-
Durabilidade da resistência à derrapagem(3)
rado
> 80 % dos resul-
NP EN tados individuais
Absorção de água Cada 2 anos
13755:2008 < que o valor de-
clarado
Massa volúmica aparente e porosidade NP EN
Cada 2 anos Sem requisitos
aberta 1936:2008
Em conformidade
NP EN
Descrição petrográfica Cada 10 anos com a descrição
12407:2008
declarada
43
Quando as lajes forem fornecidas com arestas biseladas ou arredondadas, as respetivas dimensões devem ser
declaradas e, tanto a dimensão vertical como a horizontal, devem estar compreendidas no intervalo de + 2 mm em
relação às dimensões declaradas.
(2) Apenas se estiverem a ser produzidas formas especiais.
Cada ângulo da laje deve estar de acordo com a geometria acordada. Em elementos de forma especial ou irregular,
a conformidade com a forma requerida deve ser verificada utilizando um molde específico; a tolerância admissível
em qualquer ponto deve ser a indicada no Quadro 1.
Poderão ser declarados desvios mais rigorosos que os indicados no Quadro 1 da Norma EN 1341:2014.
Os desvios não poderão ser adicionados uns aos outros, como, p. ex., desvios na espessura e na planeza.
(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu,
a resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização
do produto.
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação
de tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são
colocados nesses mercados.
Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais relativas a subs-
tâncias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de http://ec.europa.eu/en-
terprise/construction/cpd-ds/.
As tolerâncias referentes para cada uma das características dimensionais das lajes em pedra
natural são apresentadas, em quadros, na Norma NP EN 1341:2014 sob a forma de valores
máximos e mínimos admissíveis ou definidas por classes.
44
Quadro 14 - Ensaios de verificação de Produto Final - Norma NP EN 1342:2014 – Cubos e parale-
lepípedos de pedra natural para pavimentos exteriores
Frequência
mínima de en-
Características (propriedades) Método de ensaio saio Critérios de aceitação
(EN 1342:2014)
Propriedades físicas
Dentro do intervalo de
Resistência ao gelo-degelo – condições nor- NP EN
Cada 10 anos tolerância a) para os 2
mais 12371:2015
valores declarados
45
Massa volúmica aparente e porosidade NP EN
Cada 2 anos Sem requisitos
aberta 1936:2008
NP EN Em conformidade com
Descrição petrográfica Cada 10 anos
12407:2008 a descrição declarada
Resultados individuais
NP EN
em conformidade com
Substâncias perigosas (4) 1342:2014 Cada 10 anos
o valor ou classe decla-
(4.11)
rados
Notas:
(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu, a
resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização do
produto.
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação de
tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são colocados
nesses mercados.
Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais relativas a substân-
cias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de http://ec.europa.eu/enter-
prise/construction/cpd-ds/.
46
Quadro 15 - Ensaios de verificação de Produto Final - Norma NP EN 1343:2014 – Guias de pedra
natural para pavimentos exteriores
Frequência
Método de mínima de en- Critérios de acei-
Características (propriedades) saio
ensaio tação
(EN 1343:2014)
Propriedades físicas
Dentro do intervalo
Resistência ao gelo-degelo – condi- NP EN de tolerância a)
Cada 10 anos
ções normais 12371:2015 para os 2 valores
declarados
Dentro do intervalo
NP EN
Resistência ao gelo-degelo – com de tolerância a)
1343:2014 Cada 10 anos
sais de Descongelamento (3) para o(s) valor(es)
(4.3.2)
declarado(s)
> 80 % dos resul-
Resistência à rutura - Resistência à NP EN tados individuais >
Cada 2 anos
flexão 12372:2008 que o valor decla-
rado
> 80 % dos resul-
NP EN tados individuais <
Absorção de água Cada 2 anos
13755:2008 que o valor decla-
rado
Massa volúmica aparente e porosi- NP EN
Cada 2 anos Sem requisitos
dade aberta 1936:2008
Em conformidade
NP EN
Descrição petrográfica Cada 10 anos com a descrição
12407:2008
declarada
Resultados indivi-
NP EN duais em conformi-
Substâncias perigosas (4) 1343:2014 Cada 10 anos dade com o valor
(4.11) ou classe declara-
dos
47
Notas:
(3) Quando requerido, deve ser determinada e declarada a resistência. Na ausência de um método de ensaio europeu, a
resistência deve ser determinada e declarada de acordo com as disposições nacionais válidas no local de utilização do
produto.
(4) Os regulamentos nacionais sobre substâncias perigosas poderão exigir a verificação e a declaração de libertação de
tais substâncias, e às vezes o conteúdo, quando os produtos de construção abrangidos por esta Norma são colocados
nesses mercados.
Encontra-se disponível uma base de dados informativa sobre as disposições Europeias e nacionais relativas a substân-
cias perigosas na página Construção do site da internet EUROPA, acessível através de http://ec.europa.eu/enter-
prise/construction/cpd-ds/.
3.7.6. Embalagem
As lajes, cubos ou paralelepípedos e guias devem ser limpos antes de embalados.
A embalagem deve conferir uma proteção adequada, sólida e durável destes elementos de
pedra natural embalados, tanto durante o transporte como durante a manipulação e o armaze-
namento. Deve-se impedir a movimentação destes elementos dentro da embalagem por trava-
mento das unidades individuais.
A embalagem deve ter massa e dimensões adequadas, tendo em consideração as disponibili-
dades em termos de transporte e elevação; devem ser indicados o topo e o fundo da embala-
gem, assim como a possibilidade de empilhamento.
Deve ser assegurada a proteção contra contaminações causadas pelos materiais da embala-
gem, em condições húmidas ou secas. Não devem ser utilizadas embalagens e fitas adesivas
48
suscetíveis de mancharem. As superfícies polidas sensíveis das lajes, cubos ou paralelepípe-
dos e guias devem ser protegidas utilizando meios adequados (p. ex., folha de plástico). Não
devem ser utilizados produtos com propriedades cáusticas.
Letras “CE”
49
para contactar diretamente o fabricante. Em consequência, além do nome deve constar também
o endereço da sede legal deste último
Dois últimos dígitos do ano de afixação da Marcação: a marcação CE deve ser afixada
antes do produto ser enviado para o mercado
Referência à Norma Europeia Harmonizada e o ano da sua publicação (isto é, EN
1341:2012)
Descrição do produto e a sua utilização prevista:
1. Nome genérico: “lajes de pedra natural”
2. Nome tradicional, família petrológica, cor típica e local de origem
3. Utilização prevista: “para zonas exteriores com circulação de peões e/ou veículos”
4. Tratamento de superfície da pedra (se existir)
Desempenho referente às características essenciais do produto com base em especifica-
ções técnicas de acordo com o anexo ZA da Norma EN 1341, que devem ser declaradas
para a utilização prevista como classes ou valores, incluindo “Aceitação” para requisitos do
tipo aceitação/rejeição (quando necessário), ou como “Desempenho Não Determinado”
(isto é, NPD) para as características onde tal for relevante, nomeadamente:
1. Libertação de substâncias perigosas, se relevante;
2. Resistência à rutura, tendo em conta a resistência à flexão;
3. Escorregamento, tendo em conta: resistência ao escorregamento (apenas para
zonas de circulação de peões);
4. Resistência à derrapagem (quando requerido e apenas para a circulação de veí-
culos);
5. Durabilidade da resistência à flexão, do escorregamento e da resistência à derra-
pagem, tendo em conta:
i. Resistência ao gelo-degelo, medida como o valor médio da resistência à
flexão (em MPa) após 56 ciclos de gelo-degelo;
ii. Resistência ao gelo-degelo com sais de descongelamento;
iii. Resistência ao escorregamento ou á derrapagem em superfícies polidas
declarada de acordo com disposições nacionais.
O conjunto das características obrigatórias, para o qual é requerida a declaração dos valores
dos desempenhos, deverá ser sistematicamente reproduzido conforme indicado no anexo ZA.
A ordem das características não deve ser modificada, a fim de aumentar a transparência e
facilitar a utilização do produto.
Um fabricante é geralmente autorizado a utilizar a opção “desempenho não determinado” (NPD)
quando pretenda colocar o produto em mercados de países nos quais não exista obrigação
legal de declarar uma ou mais características das lajes de pedra natural com vista a uma deter-
minada utilização prevista. Quando se utiliza a opção “desempenho não determinado” deverá
ser explicitamente indicado o acrónimo NPD.
50
Exemplo de informação a afixar na embalagem (Lajes de pedra natural)
12
DURABILIDADE:
51
- da resistência à flexão, tendo em
conta: (12,2/10,0) MPa
Gelo/degelo
9,4 MPa
Gelo-degelo com sais de descongela-
mento
- resistência ao escorregamento 42
- resistência à derrapagem 32
(1) “Desempenho não determinado”. Em Inglês, NPD: “Non performance determined”
Letras “CE”
Dois últimos dígitos do ano de afixação da Marcação: a marcação CE deve ser afixada antes
do produto ser enviado para o mercado
52
para a utilização prevista como classes ou valores, incluindo “Aceitação” para requisitos do
tipo aceitação/rejeição (quando necessário), ou como “Desempenho Não Determinado” (isto
é, NPD) para as características onde tal for relevante, nomeadamente:
53
Dois últimos dígitos do ano de apo-
sição da marcação
12
Gelo/degelo
89,0 MPa
Gelo-degelo com sais de descongela-
mento
54
Informação a colocar na etiqueta ou na embalagem em Guias de pedra natural para pavi-
mentos exteriores, de acordo com a EN 1343
Letras “CE”
Dois últimos dígitos do ano de afixação da Marcação: a marcação CE deve ser afi-
xada antes do produto ser enviado para o mercado
55
1. Libertação de substâncias perigosas, se relevante;
2. Resistência à rutura, tendo em conta: resistência à flexão;
3. Durabilidade da resistência à rutura, do escorregamento e da resistência à
derrapagem, tendo em conta:
i. Resistência ao gelo-degelo, medida como o valor médio da resis-
tência à flexão (em MPa) após 56 ciclos de gelo-degelo;
ii. Resistência ao gelo-degelo com sais de descongelamento.
O conjunto das características obrigatórias, para o qual é requerida a declaração dos valores
dos desempenhos, deverá ser sistematicamente reproduzido conforme indicado no anexo ZA.
A ordem das características não deve ser modificada, a fim de aumentar a transparência e
facilitar a utilização do produto.
Um fabricante é geralmente autorizado a utilizar a opção “desempenho não determinado” (DND)
quando pretenda colocar o produto em mercados de países nos quais não exista obrigação
legal de declarar uma ou mais características das lajes de pedra natural com vista a uma deter-
minada utilização prevista. Quando se utiliza a opção “desempenho não determinado” deverá
ser explicitamente indicado o acrónimo DND.
12
56
Gunnersbury Buff, Arenito, Castanho
Chiswick, Inglaterra
Para zonas exteriores com circulação de
peões e/ou veículos
DURABILIDADE:
Gelo/degelo
9,4 MPa
Gelo-degelo com sais de descon-
gelamento
(1)
“Desempenho não determinado”. Em Inglês, NPD: “Non performance determined”
57
4. Normas de ensaio
4.1. NP EN 12407:2008 – Descrição petrográfica
Esta Norma especifica métodos de ensaio para a realização de descrições petrográfi-
cas das pedras naturais, com exceção do caso dos soletos de ardósia.
Inicialmente é realizada a descrição macroscópica da amostra. A descrição macroscó-
pica pode envolver o uso de lupas de mão ou de lupas binoculares para inspeção vi-
sual.
De seguida, são examinadas uma ou mais lâminas delgadas preparadas a partir da
amostra com recurso a um microscópio petrográfico de forma a obter-se uma descri-
ção microscópica da amostra; adicionalmente, quando apropriado, deve ser prepa-
rada uma secção polida.
58
Pesagem de provetes Provetes imersos em água
Imersão de Provetes
59
Máquina para a aplicação de forças centradas Rutura de provete
60
ciclos de gelo/degelo em características
de desempenho relevantes (por exemplo,
resistência à flexão, resistência à com-
pressão, resistência às ancoragens, re-
sistência ao choque térmico), quer para
um ensaio de identificação - quando o en-
saio é executado para avaliar as varia-
ções sofridas na estrutura de pedras na-
turais.
Imersão dos provetes na cuba A resistência ao gelo de elementos de
pedra natural é determinada através de
um ensaio constituído por ciclos de gelo
ao ar e de degelo em água.
61
4.8. NP EN 14157:2007 – Resistência ao desgaste – Ensaio de Desgaste com
Disco Largo
A norma descreve um dos
métodos de ensaio para a de-
terminação da resistência ao
desgaste em pedras naturais
utilizadas em pavimentos de
edifícios. Este ensaio é consi-
derado como o de referência
para determinar esta proprie-
dade.
O ensaio consiste em des-
gastar a face de um provete
que será exposta ao tráfego
com um material abrasivo em
condições normalizadas. O
Máquina de Disco Largo material abrasivo necessário
a este ensaio é o corindo
(alumina branca calcinada)
com tamanho de grão 80.
62
4.10. NP EN 14157:2007 – Resistência ao desgaste – Ensaio de Desgaste de
Amsler
A norma descreve um dos métodos de ensaio para a determinação da resistên-
cia ao desgaste em pedras naturais utilizadas em pavimentos de edifícios.
Os provetes são colocados no disco de Amsler, no qual é espalhado abrasivo
normalizado. O material abrasivo é areia média siliciosa, cujas partículas pos-
suem granulometria compreendida entre 0,2 mm e 0,6 mm.
O disco é posto em rotação e os provetes são sujeitos a uma carga abrasiva du-
rante um determinado número de ciclos.
63
5. Documentação do Sistema de Controlo da Produção
Por forma a implementar as atividades necessárias para assegurar a concordância dos valores
obtidos nos ensaios de rotina com os valores declarados na documentação associada à Decla-
ração de Desempenho e à marcação CE os fabricantes devem implementar um Sistema de
Controlo da Produção em Fábrica (CPF). A descrição objetiva dos procedimentos em vigor na
empresa, associados a atividades ligadas ao controlo da produção, é uma tarefa importante
pois permite institucionalizar a forma correta de proceder à execução de determinada tarefa e
perpetuar conhecimento. O esquema da pirâmide é vulgarmente utilizado para descrever o
modo como se articula toda a documentação.
Impressos
64
5.1.1. Responsabilidade e autoridade
Neste documento estão descritas as funções e responsabilidades de todos os co-
laboradores cujo trabalho desenvolvido possa ter influência na qualidade do pro-
duto e nos valores declarados. Pode também ser apresentado o organograma fun-
cional da empresa informando as interligações hierárquicas entre as várias fun-
ções. Relativamente à definição de funções é importante focar os seguintes pontos:
Listagem das tarefas desempenhadas pela função;
Requisitos mínimos para a função (relativos à escolaridade e experiência pro-
fissional);
Substituição na função em caso de ausência.
Podem existir registos de alterações dos documentos, registos da distribuição destes e listas
com referência aos documentos relativos ao SCP em vigor.
Quanto ao controlo dos registos, o procedimento deve estabelecer as regras de controlo dos
registos para assegurar:
legibilidade,
identificação,
armazenamento,
65
proteção,
recuperação,
tempo de retenção e eliminação.
Também terão de ser contemplados os registos externos (por exemplo os certificados de con-
formidade, os certificados de calibrações...).
66
5.1.5. Controlo do produto não conforme
Este procedimento tem como função assegurar que o produto que não está con-
forme com os requisitos é identificado e controlado, para prevenir a sua utilização
ou entrega involuntárias. O controlo e as responsabilidades e autoridade relaciona-
das com estas atividades devem ser definidas para que seja conhecido:
• Quem pode desencadear ações para eliminar as não conformidades deteta-
das;
• Quem pode autorizar o seu uso, libertação ou aceitação sob concessão, por um respon-
sável, e, quando aplicável, pelo cliente;
• Quem pode desencadear ações para impedir a utilização ou aplicação original.
Este procedimento deverá contemplar todos os itens relativos ao tratamento e gestão das não
conformidades detetadas independentemente do modo, sítio ou fase do ciclo de vida do produto
em que esta deteção ocorra (ex.: deteção de não conformidades do produto encontrando-se
este já em utilização junto do cliente).
Devem existir os registos da natureza das não conformidades e de quaisquer ações subse-
quentes que sejam empreendidas, incluindo permissões obtidas, como todos os pedidos de
derrogação ao cliente.
OTA: “Derrogação” significa aceitação do produto não conforme pelo cliente durante um período
temporal pré-estabelecido e após o qual o produto deverá novamente estar conforme com os
requisitos exigidos.
Quando o produto não conforme é detetado após a entrega ou no início da sua utilização, a
organização deve empreender ações apropriadas aos efeitos, ou potenciais efeitos, da não
conformidade.
67
Exemplifica-se a seguir a organização típica dos quadros a elaborar para cada tipo de plano.
• Inspeção e ensaio às matérias-primas e em curso de fabrico
Ação em caso de
Fase Característica Frequência Resp. Instrução Registo Especificação não conformi-
dade
Ação em caso de
Ensaio Frequência Resp. Instrução Registo Especificação
não conformidade
Ação em caso
Equipamento Característica Frequência Resp. Instrução Registo Especificação de não con-
formidade
• Plano de manutenção
• Plano de calibrações/verificações
68
5.3. Instruções de Trabalho do Sistema de Controlo da Produção
A empresa deverá desenvolver e pôr em prática um conjunto de regras que descrevam o modo
de operação do Sistema de Controlo da Produção, nomeadamente do controlo a realizar nas
fases de receção de matérias-primas, controlo do produto em vias de fabrico, controlo dos equi-
pamentos produtivos e da sua operação e controlo do produto final.
Estes documentos devem ser claros, sucintos, objetivos e definir as responsabilidades e as
tarefas a desenvolver. Devem estar acessíveis aos operadores, junto do local de trabalho. No
Anexo II apresentam-se exemplos das Instruções de trabalho para os ensaios de tipo inicial e
ensaios de verificação em produtos finais, que poderão ser adaptáveis à prática específica da
empresa sempre que não siga obrigatoriamente uma normalização aplicável.
69
6. Bibliografia
Regulamentos:
• Regulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, que estabelece
condições harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção e que re-
voga a Diretiva 89/106/CEE do Conselho. Texto relevante para efeitos do EEE, de 9 de
março de 2011.
• Regulamento (CE) n.º 764/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, que estabelece
procedimentos para a aplicação de certas regras técnicas nacionais a produtos legal-
mente comercializados noutro Estado-Membro, e que revoga a Decisão n.º
3052/95/CE. Texto relevante para efeitos do EEE, de 9 de julho de 2008.
• Regulamento (CE) n.º 765/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, que estabelece
os requisitos de acreditação e fiscalização do mercado relativos à comercialização de
produtos, e que revoga o Regulamento (CEE) n.º 339/93. Texto relevante para efeitos
do EEE, de 9 de julho de 2008.
• Regulamento Delegado (UE) n.º 568/2014 da Comissão, que altera o anexo V do Re-
gulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho no que se refere
à avaliação e verificação da regularidade do desempenho dos produtos de construção,
de 18 de fevereiro de 2014.
• Regulamento Delegado (UE) n.º 574/2014 da Comissão, que altera o anexo III do Re-
gulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito
ao modelo a utilizar para elaborar uma declaração de desempenho relativa aos produ-
tos de construção, de 21 de fevereiro de 2014.
• Retificações JOUE L 88 de 4 de abril de 2011 - Retificação do Regulamento (UE) n.º
305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de março de 2011, que estabe-
lece condições harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção e que
revoga a Diretiva 89/106/CEE do Conselho. Texto relevante para efeitos do EEE, de 9
de março de 2011.
Diretivas:
• Diretiva 98/34/CE - Relativa a um procedimento de informação no domínio das normas
e regulamentações técnicas, 22 de junho de 1998
Decisões:
• Comunicação da Comissão 2017/C 076/05 – No âmbito da aplicação do Regulamento
(UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece condições
harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção e que revoga a Dire-
tiva 89/106/CEE do Conselho. Texto relevante para efeitos de EEE, 10 de março de
2017.
70
Normas:
• NP EN 1341:2014 – Lajes de pedra natural para pavimentos exteriores. Requisitos e
métodos de ensaio
• NP EN 1342:2014 – Cubos e paralelepípedos de pedra natural para pavimentos exteri-
ores. Requisitos e métodos de ensaio
• NP EN 1343:2014 – Guias de pedra natural para pavimentos exteriores. Requisitos e
métodos de ensaio
• NP EN 12407:2008 – Métodos de ensaio para pedra natural. Estudo petrográfico
• NP EN 1936:2008 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação das massas
volúmicas real e aparente e das porosidades total e aberta
• NP EN 13755:2008 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da absorção
de água à pressão atmosférica
• NP EN 12372:2008 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da resistên-
cia à flexão sobre carga centrada
• NP EN 1926:2008 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da resistência
à compressão uniaxial
• NP EN 14231:2006 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da resistên-
cia ao escorregamento por intermédio do pêndulo de atrito
• NP EN 12371:2015 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da resistên-
cia ao gelo
• NP EN 14157:2007 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação da resistên-
cia ao desgaste
• NP EN 13373:2006 – Métodos de ensaio para pedra natural. Determinação das carac-
terísticas geométricas de elementos em pedra
• EN 12440:2008 – Natural stone – Denomination criteria
• EN 12670:2001 – Natural stone – Terminology
Documentação diversa:
Web:
www.ctcv.pt
www.aniet.pt
www.ipq.pt
www.cen.eu
www.europa.eu
71
7. ANEXO I - Definições normativas genéricas
72
73