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LISTA 6 - ÁLGEBRA LINEAR - INSTITUTO DE FÍSICA -USP -

2018

PROF. PAULO A. MARTIN

1. Seja V = [ex , 1, x, x2 ], subespaço de C 0 ([0, 1]). Vamos munir V com o


produto interno:
Z 1
f (x)g(x) + f 0 (x)g 0 (x) dx.

< f, g >=
0
(1) Mostre que, de fato, <, > é um produto interno em V .
(2) Encontre a parábola que melhor aproxima ex , relativamente a esse
p.i.
(3) Encontre a parábola que melhor aproxima ex relativamente ao pro-
duto interno:
Z 1
< f, g >= f (x)g(x)dx.
0

2. Considere o subespaço V = [ex , 1, x], subespaço de C 0 ([−ε, ε]), onde


ε > 0. Vamos colocar em V o produto interno
Z ε
< f, g >ε = f (x)g(x)dx.
−ε
(1) Calcule o polinômio de grau ≤ 1, pε (x), que melhor aproxima ex , em
relação a <, >ε .
(2) Mostre que limε→0 pε (x) = 1 + x.
(3) Que diabos isso significa? Parece que o Henrico tinha razão: o limite
parece ser o polinômio de Taylor!
(4) Será verdade que, se f (x) : ] − 1, 1[→ R for derivável (quantas vezes
se queira!) teremos
Z ε Z ε
1 3
f (x)dx → f (0), xf (x)dx → f 0 (0) ?????
2ε −ε 2ε3 −ε
(5) No caso V = [ex , 1, x, x2 ] a coisa funciona? (Sugestão: ortogonalize
a base antes!) Afinal, o Henrico tinha ou não razão?
(6) Se, no lugar de ex tivéssemos |x|, quais seriam as respostas?
(7) Será que podemos definir a derivada generalizada no ponto x = 0,
de uma função contı́nua f (x) em ] − 1, 1[ como
Z ε
3
f 0 (0) = lim 3 xf (x)dx ????
ε→0 2ε −ε
1
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(8) Se f (x) = 0 para x ≤ 0 e f (x) = x para x ≥ 0 então f (x) é contı́nua


e não derivável (no sentido usual) em x = 0. Ela é derivável no
sentido generalizado, em x = 0. Calcule f 0 (0). O que você achou
disso?
(9) Considere f (x) : ] − 1, 1[→ R a seguinte função contı́nua:

1 se x ≤ 0
f (x) =
x + 1 se x ≥ 0
Calcule (caso exista!) a derivada generalizada f 0 (0). Compare os
itens (8) e (9) e faça uma critica a essa proposta de derivação!

3. Encontre a parábola que melhor aproxima os pontos obtidos experi-


mentalmentes:
(−1, 1), (0, −1), (1, 1), (2, 2).
Calcule o erro

4. Considere a lista experimental de pontos abaixo:


(−1, 1), (0, 1/2), (0, −1/2), (1, 1).
Colocando no R2 a distância definida por:
d((x, y), (x0 , y 0 )) = |x − x0 | + |y − y 0 |,
encontre a parábola que melhor aproxima esses pontos (se existir!). Existe
algum produto interno no R2 do qual essa distância seja derivada? E se em
vez de minimizar essa distância quiséssemos minimizar a distância:
d1 ((x, y), (x0 , y 0 )) = (x − x0 )2 + (y − y 0 )2 ?
p

5. Seja V um espaço vetorial n-dimensional (n ≥ 1) e T : V → V um


operador linear. Se B = (v1 , . . . , vn ) é uma base ordenada (qualquer) de V e
A = [T ]B , pensamos na matriz A como o operador A : Rn → Rn (dado pela
multiplicação pela matriz A). Suponhamos que existam dois vetores L.I. no
Rn , {u, v} tais que:
Au = au + bv, Av = cu + dv,
para certos escalares a, b, c, d, e. Prove que existem dois vetores L.I. em V
que geram um subespaço T -invariante de V .

6. Seja V um espaço vetorial n-dimensional (n ≥ 1) e T : V → V um


operador linear tal que o seu polinômio caracterı́stico pT (λ) possui uma raiz
complexa não real a + bi (b 6= 0). Se B = (v1 , . . . , vn ) for uma base ordenada
qualquer de V e A = [T ]B , use o fato de que R ⊂ C e, consequentemente,
Rn ⊂ Cn , para pensar o operador multiplicação por A complexificado, ou
seja: A : Cn → Cn . Mostre que existe ϕ ∈ Cn , não nulo, tal que Aϕ =
(a + ib)ϕ. Escreva ϕ = u + iv, onde u, v ∈ Rn e mostre que
Au = au − bv, Av = bu + av.
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Use o exercı́cio anterior para provar que em V existe um subespaço T -


invariante W de dimensão 2. Prove que o polinômio caracterı́stico da res-
trição T |W : W → W tem raı́zes a ± bi.

7. Seja V um espaço vetorial n-dimensional (n ≥ 1) com produto interno


<, > e T : V → V um operador linear auto-adjunto. Usando o exercı́cio
anterior, mostre que todas as raı́zes do polinômio caracterı́stico pT (λ) são
reais.

8. Considere a matriz abaixo:


 
1 1 1 1
1 1 1 1
B= 1
.
1 1 1
1 1 1 1
Prove que existe uma base ortonormal do R4 (relativamente ao produto
interno usual!) onde o operador multiplicação por B é representado por:
 
0 0 0 0
0 0 0 0
D= 0 0 0 0

0 0 0 4
[Sugestão: não faça contas!]

9. No espaço Mn (R) considere os seguintes subconjuntos:


Sn = {A ∈ Mn (R) : At = A}
An = {A ∈ Mn (R) : At = −A}

(1) Mostre que Sn e An são subespaços vetoriais de Mn (R).


(2) Calcule dim Sn e dim An .
(3) Mostre que Mn (R) = Sn ⊕ An .

10. Considere a função T : Mn (R) → Mn (R) definida por T (A) = At .


(1) Mostre que T é um operador linear.
(2) Mostre que T é um operador diagonalizável.
(3) Encontre o polinômio caracterı́stico de T .

11. [Desafio] Sejam V um espaço vetorial de dimensão finita n ≥ 1 e


T : V → V um operador linear diagonalizável. Se W for um subespaço T -
invariante de W , decida se a restrição T |W : W → W é diagonalizável, em
geral.

12. Sejam V = Rn [x], W = Rm [y] e V ⊗ W = L(V, W ), o conjunto


de todas as transformações lineares de V em W . Será que existe um modo
natural de pensar em V ⊗ W como Rn,m [x, y], o espaço vetorial de todos os
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polinômios em duas variáveis x e y, de grau no máximo n em x e grau no


máximo m em y?

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