Crédito Público PDF
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Discente:
Crédito Público
Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 3
1.1. Objectivos ......................................................................................................................... 3
1.1.1. Geral .............................................................................................................................. 3
1.1.2. Específicos .................................................................................................................... 3
2. Conceitos .............................................................................................................................. 4
2.1. Classificação do Crédito Público ...................................................................................... 5
2.2. Natureza jurídica do crédito público ................................................................................. 5
2.3. Classificação constitucional das operações de crédito ..................................................... 5
2.4. Princípios constitucionais ................................................................................................. 6
3. Divida pública ...................................................................................................................... 6
3.1. Factores de convencimento dos prestamistas por parte do Estado ................................... 7
3.2. Classificação da divida publica......................................................................................... 7
3.2.1. Divida federal, estadual ou municipal ........................................................................... 7
3.2.2. Divida Publica externa e interna ................................................................................... 7
3.2.3. Dívida consolidada ou fundada e flutuante ................................................................... 8
3.2.4. Dívida mobiliária........................................................................................................... 8
3.2.5. Dívida multilateral......................................................................................................... 8
3.2.6. Dívida bilateral .............................................................................................................. 8
3.3. Natureza jurídica da divida publica .................................................................................. 8
3.4. Funções da dívida pública................................................................................................. 9
Conclusão ...................................................................................................................................... 10
Bibliografia .................................................................................................................................... 11
3
Introdução
Os elementos económicos à disposição do Estado e os recursos financeiros que este pode
obter retirando do seu próprio património ou dos particulares passaram a ser objecto de
estudo da Economia Financeira. Os métodos e processos aplicáveis à gestão do património do
Estado e ao seu emprego, bem como os efeitos que a actividade financeira do Estado é capaz de
produzir sobre a economia geral do país, integram, igualmente, o escopo dessa ciência.
A política financeira, por sua vez, trata da escolha, dentre os elementos económicos cuja
existência seja indicada pela economia financeira, daqueles que devam ser utilizados na prática.
Como ciência aplicada que é, vincula-se à política de governo que define as finalidades do Estado
e indica o que constitui interesse público, como também escolhe, para realizar aquelas
finalidades, os meios financeiros cuja utilização esteja mais de acordo com o tipo particular de
Estado.
1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender o acredita público.
1.1.2. Específicos
Conceituar o crédito público;
Apresentar a classificação do Crédito Público;
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2. Conceitos
Torres (1999, p. 56) crédito públicas é a capacidade que tem os governos de obter recursos da
esfera privada nacional ou de organizações internacionais, por meio de empréstimos1. Essa
capacidade é medida sob diversos ângulos: capacidade legal, administrativa, económica, mas,
principalmente, na capacidade de convencimento, medida pela confiabilidade que o candidato ao
empréstimo desperta nos potenciais emprestadores. Considerando-se que o empréstimo terá que
ser, um dia, amortizado, teoricamente, com as receitas regulares, trata-se, na verdade, de
antecipação de receita futura. O crédito público, quando materializado em empréstimos, dá
origem à dívida pública2.
Torres acrescenta ainda que a operação de crédito público, como mecanismo de obtenção de
recursos, dá lugar, de modo imediato, ao nascimento de uma dívida e origem a um gasto público.
Ao contrair a dívida pública, compromete-se a renda futura para atender às atuais necessidades
financeiras do Estado.
Para Villegas o crédito público é a aptidão política, económica, jurídica e moral de um Estado
para obter dinheiro ou bens em empréstimo. Assim sendo, havendo crédito público poderá o
estado recorrer a empréstimo público junto aos capitalistas e povoadores, a fim de prover suas
necessidades de caixa ou investimento, e dessa operação de crédito concretizada é que advirá a
divida publica. Em nome do alcance dos interesses públicos.
O mesmo autor acrescenta que a fundamentação das receitas públicas passa a ser principalmente
em impostos e empréstimos públicos para assumir a função de sustentar os investimentos a longo
prazo. Em países prósperos e desenvolvidos os empréstimos são sacados nas praças financeiras
mais prósperas, pagam-nos com pontualidade e conseguem juros mais baixos e
consequentemente desenvolvem-se rapidamente, porém nos países mais pobres o que ocorre é
que os Estados recorrem a empréstimos com forma de antecipação de receitas e portanto não
conseguem pagá-los em dia tornando-se inadimplentes e não conseguindo desenvolver-se.
1
Empréstimo é um acto pelo qual um dos contratantes coloca à disposição do outro capitais ou valores dos quais ele
se depreende para lhe deixa ao seu gozo ou uso temporário, sob ceras condições de remuneração do serviço e de
garantias assegurando o seu reembolso no prazo de expiração convencionado.
2
Dívida pública é composta pelo capital financeiro, ou recursos, tomados pelo Estado ou seus organismos
autónomos perante terceiros.
5
Segundo o mesmo autor outra classificação comum, é a que leva em conta a origem dos recursos,
se forem de emprestadores nacionais, empréstimo interno. Caso provenha de fontes
internacionais, empréstimos externos. A consequência prática entre esses dois tipos, é que os
empréstimos externos são mais dispendiosos para o conjunto da economia nacional, já que se
transfere recursos para outro país, diminuindo a liquidez da economia doméstica.
Definindo a natureza jurídica do crédito público como um acto de soberania, tem-se que o
empréstimo público resultaria do poder de autodeterminação e auto obrigação do Estado. Essa
teoria não tem sustentação prática nos dias actuais.
A doutrina adopta, em sua maioria, a teoria contratual da natureza jurídica do crédito, definindo
crédito público como um contracto que tem como objectivo transferir certa quantia de uma
pessoa (física ou jurídica) a um ente público da federação, para ser restituído, sob o acréscimo de
juros, dentro dum prazo anteriormente estipulado.
Princípio da legalidade – dispõe que os empréstimos públicos deverão ser regulados por
lei específica legislada pelo Congresso Nacional e tais empréstimos somente poderão ser
efetuados em conformidade com tal lei.
Princípio da transparência – obriga a inclusão, no orçamento, de todos os empréstimos.
Princípio da seriedade – é a irretratabilidade da promessa de restituição do empréstimo.
3. Divida pública
Para Sousa (s/d, p. 45) dívida pública são as obrigações financeiras em que incorre o Estado
quando, em um dado exercício fiscal, as receitas são insuficientes para cobrir as despesas
públicas. Esta definição se desdobra em dois conceitos, um de fluxo e outro de estoque, ao qual
correspondem, respectivamente, a dívida pública nova e a dívida pública total.
De acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 56 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria
Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), a Dívida Pública compreende as
obrigações financeiras assumidas em virtude de leis, contratos, acordos e realização de operações
de crédito.
Para Conti (1988) cit. in: Silva et al. (2009, p. 45) divida pública compreende o conjunto de
obrigações de natureza financeira assumidas pelo poder publico.
7
Dívida Interna, a que é contraída pelo Estado com entidades de direito público ou
privado, com residência ou domiciliadas no país, cujo pagamento é exigível dentro do
território nacional; e
8
Dívida Externa, a que é contraída pelo Estado com outros Estados, organismos
internacionais, ou outras entidades de direito público ou privado, e cujo pagamento é
exigível fora do território nacional.
3.2.3. Dívida consolidada ou fundada e flutuante
Baleeiro, (2011., p. 34) “a dívida flutuante se caracteriza pelos vencimentos em termos
brevíssimos, como meses ou um ano no máximo” e “é contraída para suprir os embaraços de
tesouraria: a) para cobrir o deficit; b) porque as receitas só ingressam no Tesouro em época
posterior à necessidade de realização de despesas prementes ou com vencimento em data fixada
na lei”.
A primeira destas doutrinas, que, ao atribuir aos empréstimos públicos o carácter de ato
unilateral, entende ser o crédito tomado pelo Estado juridicamente inexigível, tem três pontos de
apoio: a soberania, a impossibilidade de execução forçada contra o Estado, e o carácter
exclusivamente moral dos empréstimos públicos.
Segundo Silva et al. (2009, p. 17) o acesso ao endividamento público permite atender a despesas
emergenciais (tais como as relacionadas a calamidades públicas, desastres naturais e guerras) e
assegurar o financiamento tempestivo de grandes projectos com horizonte de retorno no médio e
no longo prazo (na área de infra-estrutura, por exemplo).
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Conclusão
Conclui-se, portanto, que os empréstimos públicos devem ser regulados pelos princípios básicos
da ética e da moral a fim de estabelecer os parâmetros fundamentais para uma boa administração
pública à luz de leis ordinárias disciplinadoras de tais empréstimos.
Existem também princípios constitucionais de directa aplicação ao direito financeiro, aos quais se
deve subordinar o crédito público. O regime do crédito público deve ser informado por esses
princípios, que atuam de modo decisivo, no sentido de dominarem visceralmente a disciplina de
todos os institutos do direito financeiro.
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Bibliografia
Bastos, L. F. T. (2005). Tesouro Directo: funcionamento no Brasil e no Exterior, análise de seus
riscos operacionais e comparação da performance da NTN-C com fundos de investimento
atrelados ao IGP-M. Finanças públicas: IX Prémio Tesouro Nacional. Brasília: Esaf.
Silva, A. C. et al. (2009). Dívida pública: a experiência brasileira. Brasília: Banco Mundial e
Tesouro Nacional.