Vozes Verbais e Funcoes Do Se E1647960061

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GRAMÁTICA

Vozes Verbais e Funções do SE

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GRAMÁTICA
Vozes Verbais e Funções do SE
Elias Santana

Sumário
Vozes Verbais e Funções do Se.................................................................................................................................3
1. As Vozes Verbais.. .........................................................................................................................................................3
2. A Transposição da Voz Ativa para a Passiva. ..............................................................................................4
3. A Voz Reflexiva. . ...........................................................................................................................................................11
4. Outras Funções do SE.............................................................................................................................................13
4.1. Parte Integrante do Verbo. . ...............................................................................................................................13
4.2. Pronome Expletivo...............................................................................................................................................14
Resumo.................................................................................................................................................................................16
Questões de Concurso.................................................................................................................................................17
Gabarito...............................................................................................................................................................................25
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................26

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Vozes Verbais e Funções do SE
Elias Santana

VOZES VERBAIS E FUNÇÕES DO SE


Olá, querido(a)! Como andam os estudos de língua portuguesa? Espero que seu rendimen-
to nesta disciplina esteja melhorando!
Neste PDF, quero tratar de um assunto muito importante mesmo em provas de concursos
públicos! Primeiramente, falaremos acerca das vozes verbais. Ao falar desse assunto, inevita-
velmente, passaremos pelas funções do pronome oblíquo “SE”. Você se lembra que, no PDF
sobre pronomes oblíquos e colocação pronominal, eu destaquei que, mais a diante, discutiría-
mos só o “SE”? Chegou o momento! Prepare seu material! É hora de aprender!

1. As Vozes Verbais
As vozes verbais dizem respeito à forma como o verbo estabelece sua relação com o su-
jeito. A tradição gramatical diz que ocorre voz ativa quando o sujeito pratica a ação verbal
(sujeito agente); a voz passiva, quando o sujeito sofre a ação verbal (sujeito paciente); e a voz
reflexiva, quando o sujeito pratica e sofre a ação verbal.
Todavia, grande parte dos estudantes de língua portuguesa dão um tratamento errado a esse
conteúdo, por pensar que é uma descrição meramente semântica. Na verdade, o sentido é fruto de
uma estrutura morfossintática. Entenda: para dominar as vozes verbais, você deve conhecer as
estruturas gramaticais que as caracterizam. O sentido é uma mera consequência dessa estrutura.
Para facilitar a nossa vida, criei um quadro-resumo, que será detalhado ao longo deste PDF:

Voz verbal Estrutura gramatical Semântica

Locução verbal SER + PARTICÍPIO (analítica1)


Passiva OU Paciente
Verbo + SE (pronome apassivador) (sintética)

Reflexiva Pronome reflexivo Agente + paciente

Ativa O resto Agente2


A partir dessas informações, vamos analisar as orações a seguir:

EXEMPLO
(1) O carro foi levado pelos ladrões durante a madrugada.
(2) Encontrou-se uma nova evidência no local do crime.
(3) Aquele rapaz se olhava no espelho.
(4) O professor chegou atrasado.
(5) As crianças sofreram com a perda do avô.

1
A voz passiva analítica também pode ser formada pela locução verbal ESTAR + PARTICÍPIO. Ex.: O prédio está cercado pela polícia.
Mas peço que você não se prenda a isso. A locução SER + PARTICÍPIO domina as provas de concursos públicos.
2
Nem sempre haverá a semântica de agente, conforme explicita Bechara (2008). Você entenderá isso melhor quando eu
falar sobre a diferença entre “voz passiva” e “passividade”.

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Em (1), note a presença da locução “foi levado”. Ela indica que a frase está na voz passiva
(analítica). Em (2), além do pronome “se”, veja também que, na oração, ninguém praticou a
ação de encontrar – por isso, voz passiva (sintética).
Em (3), também há o pronome “se”, todavia, podemos identificar que alguém pratica a ação
verbal de olhar: “aquele rapaz”. O pronome, aliás, tem a função de revelar que a ação verbal foi
praticada e sofrida pelo sujeito, uma vez que “aquele rapaz” olhava a si mesmo – portanto, voz
reflexiva.
Agora, olhe com carinho para as frases (4) e (5). Você está vendo alguma locução verbal?
Você está vendo algum pronome para ser classificado como apassivador ou reflexivo? NÃO,
para as duas perguntas. Isso é o suficiente para afirmar que (4) e (5) são orações na voz ativa.
Tenho certeza de que você não tem dúvidas acerca da classificação da oração (4), mas
deve estar se remoendo com a (5).

Elias, mas as crianças sofreram! Ninguém pratica a ação de sofrer!

Eu concordo com você, mas preciso que você tenha objetividade: as orações (4) e (5) não
possuem estrutura gramatical de voz passiva ou reflexiva, e isso deve bastar para você. O que
ocorre em (5) foi explicado na Moderna Gramática da Língua Portuguesa, de Evanildo Bechara.
A oração (5) possui semântica de passividade, mas estrutura de voz ativa! Isso porque a voz
passiva, depende, primeiramente, de uma estrutura morfossintática.
Detalhe: não vá pensando que, com essa explicação, você já sabe tudo sobre o assunto! Eu
te garanto que, na frase (2), o “se” é um pronome apassivador, assim como, na frase (3), o “se”
é reflexivo. Mas esse pronome não seria tão famoso se possuísse apenas duas funções, não é
mesmo? Depois das vozes verbais, falaremos das funções do SE!

2. A Transposição da Voz Ativa para a Passiva


Agora que você já sabe, superficialmente, reconhecer as vozes verbais, podemos falar acer-
ca de um assunto MUITO cobrado em qualquer prova de concurso público: a transposição da
voz ativa para a passiva. Primeiramente, preciso que você saiba que nem toda oração da nossa
língua admite isso! Veja as construções a seguir:

EXEMPLO
(6) As mulheres dominaram a sociedade.
(7) O delegado comunicou as medidas à população.
(8) As crianças gostam de palhaços.
(9) Renato Russo vivia em Brasília.
(10) Os palestrantes permaneceram calados.

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Tente, em sua mente, colocar essas cinco construções na voz passiva. Acredito que você
só tenha obtido êxito nos exemplos (6) e (7). Sabe por quê?

 Obs.: Colocar uma oração na voz passiva (ou apassivar uma oração) significa transformar o
objeto direto em sujeito paciente.

Querido(a), a condição para que uma frase possa ir à voz passiva é que ela apresente, ini-
cialmente, um objeto direto, e só funciona com esse tipo de complemento, uma vez que ele, via
de regra, não é preposicionado. Em (6) e (7), existem objetos diretos (“a sociedade” e “a situa-
ção”). Em (8), o verbo é transitivo indireto; em (9), intransitivo; e, em (10), de ligação.
Agora, analise comigo como é a transposição da voz ativa (VA) para a voz passiva analí-
tica (VPA):

Note que a única parte que se preservou foi “a sociedade”. “Dominaram” passou a ser “foi
dominada”, e “as mulheres” passou a ser “pelas mulheres” (agente da passiva, que é quem
pratica a ação verbal na voz passiva). O verbo que, na voz ativa, concordava com “as mulheres”
passou a ser uma locução verbal que concorda com “a sociedade”.

Primeiramente, perceba que “as medidas” deixou de ser objeto direto e passou a ser sujeito
paciente. “Comunicou” passou a ser “foram comunicadas”, e “o delegado” passou a ser “pelo
delegado”. Nada ocorreu com “à população”, uma vez que o objeto indireto não participa da
formação da voz passiva.

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E se colocarmos os trechos apresentados na voz passiva sintética (VPS)? Qual será o


resultado?

Inicialmente, note o aparecimento da partícula “se”. Ela é responsável por transformar o


objeto direto em sujeito paciente. Por esse motivo, é conhecida como pronome apassivador,
ou partícula apassivadora (PA). Na VPS, não é permitida a presença do agente da passiva.
Vou listar aqui alguns cuidados que você deve ter acerca desse assunto:
• em qualquer voz passiva, o que seria o objeto direto é transformado em sujeito paciente,
sempre;
• em qualquer transposição de vozes, esteja atento(a) ao tempo e ao modo verbal. Eles
precisam ser preservados. Se, na voz ativa, o verbo estiver no presente do indicativo, ele
deve permanecer no presente do indicativo, tanto na VPA quanto na VPS;
• na voz passiva analítica, tome muito cuidado com a concordância verbal. O verbo auxi-
liar (verbo “ser”) concorda em número com o sujeito; o verbo principal (verbo no particí-
pio) concorda em gênero e número com o sujeito. Na VPA, pode aparecer o agente da
passiva;
• na voz passiva sintética, é preciso ter muito cuidado com a concordância (apenas em
número) entre o sujeito paciente e o verbo. Na VPS, não há agente da passiva.

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Como diferenciar o pronome apassivador do índice de indeterminação do sujeito?


Vamos fazer um retorno aos exemplos de 6 a 10:

Orações na voz ativa Orações com a partícula SE

As mulheres dominaram a sociedade. Dominou-se a sociedade.

O delegado comunicou as medidas à


Comunicaram-se as medidas à população.
população.

As crianças gostam de palhaços. Gosta-se de palhaços.

Renato Russo vivia em Brasília. Vive-se em Brasília.

Os palestrantes permaneceram calados. Permanece-se calado.


O que quero que você entenda: nem todas as cinco orações admitem a voz passiva, mas todas
admitem uma reescrita com o pronome “se”! As duas primeiras, por aceitarem a voz passiva,
possuem pronome apassivador. As três últimas, que não podem ser apassivadas, apresentam
índice de indeterminação do sujeito (IIS).

Vamos sistematizar a análise das cinco construções com o pronome “se”:


• entre as cinco orações há algo em comum: em nenhuma delas, é possível identificar
quem pratica a ação verbal;3
• a partícula apassivadora serve para transformar objetos diretos (não preposicionados4)
em sujeitos pacientes (que também não são preposicionados). Nesses casos, como há
sujeito, o verbo deve concordar com ele. A PA só ocorre com VTD ou VTDI;
• o índice de indeterminação só aparece quando não é possível apassivar. Isso ocorre com
o VTI, VI e VL. Nesses casos, como não há sujeito, o verbo deve ficar sempre no singular.

3
Existe uma diferença entre identificar quem pratica a ação verbal e identificar o sujeito da oração. Identificar quem pratica
a ação verbal é completamente semântico (e nem sempre será o sujeito); identificar o sujeito da oração é sintático (e nem
sempre será quem pratica a ação verbal), pois sujeito é o termo com quem o verbo estabelece concordância.
4
Na língua portuguesa, existem os chamados “objetos diretos preposicionados”. Nesses casos, o verbo não é responsável
pela presença da preposição. Ela aparece para garantir algum efeito semântico ou para conferir ênfase. Veja:
Ex.: O aniversariante comeu do bolo. (A preposição só aparece para dar a ideia de que o aniversariante comeu
apenas uma parte do bolo).
Ex.: Eu não vejo a ele desde o Natal. (Os pronomes oblíquos tônicos são sempre preposicionados).
Ex.: O pai ama ao filho. (A preposição aparece para conferir ênfase, para garantir o entendimento de quem pratica
e quem recebe a ação de amar).
Aí vem um detalhe: essas construções não podem ser apassivadas. Portanto, uma oração como “comeu-se do
bolo” possui um índice de indeterminação do sujeito, e não uma partícula apassivadora. Veja, novamente, como a
voz passiva está completamente ligada à estrutura morfossintática. A ausência de um objeto direto sem preposi-
ção impede a possibilidade de formação da voz passiva.
Observação importante: esse assunto praticamente não aparece em provas!

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001. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2003) Na Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita a


el-rei D. Manuel, observam-se melhor as obsessões dos portugueses.
No texto, a estrutura da voz passiva em “observam-se” equivale a foram observados.

Primeiramente, note que, no texto, não há quem pratica a ação de observar. Como o verbo está
no plural, sabemos que o pronome “se” é uma partícula apassivadora. O sujeito paciente é a
expressão “as obsessões dos portugueses”. Como o núcleo do sujeito é feminino e plural, e o
verbo está no presente do indicativo, a correta transposição para a voz passiva analítica seria:
são observadas as obsessões dos portugueses. “Foram observados” está no pretérito perfeito
do indicativo, e o verbo no particípio está no masculino.
Errado.

002. (CESPE/ANS/2013) A avaliação das operadoras de planos de saúde em relação às ga-


rantias de atendimento, previstas na RN 259, é realizada de acordo com dois critérios.
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir “é realizada” por realiza-se.

No texto, a forma “é realizada” está na voz passiva analítica, e o sujeito paciente tem como
núcleo o vocábulo “avaliação”. Para transpor para a voz passiva sintética, além da pre-
sença do pronome apassivador, é necessário observar a concordância, o tempo e o modo
verbal. Ambas as construções estão no singular e no presente do indicativo. Portanto, não
haveria prejuízo à correção gramatical.
Errado.

003. (CESPE/PC-DF/2013) Em agosto deste ano, foram registrados 39 casos de sequestro-


-relâmpago em todo o DF, o que representa redução de 32% do número de ocorrências dessa
natureza criminal em relação ao mesmo mês de 2012.
A correção gramatical e o sentido da oração “Em agosto deste ano, foram registrados 39 casos
de sequestro-relâmpago em todo o DF” seriam preservados caso se substituísse a locução
verbal “foram registrados” por registrou-se.

A locução verbal “foram registrados” está no plural para concordar com o núcleo do sujeito “ca-
sos”. Coloque uma ideia em sua cabeça: o que é sujeito para a voz passiva analítica também
é sujeito para a voz passiva sintética! Portanto, não há motivos para que o verbo “registrou-se”
seja empregado, uma vez que está no singular. O correto seria registraram-se.
Errado.

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004. (CESPE/MI/2013) Os efeitos da seca espalham-se no campo e são visíveis nos incontá-
veis animais mortos por onde passam as rodovias sertanejas.
Em “espalham-se”, o termo “se” indica que o sujeito da oração é indeterminado.

Primeiramente, lembre-se de que o “se” só será índice de indeterminação do sujeito com ver-
bos no singular (o que já é suficiente para julgar o item). O verbo possui um sujeito paciente,
que é “os efeitos da seca”. O pronome é PA.
Errado.

005. (IBFC/EBSERH/2013) Considere as orações a seguir.


I – Prescreveu-se vários medicamentos.
II – Trata-se de doenças graves.
A concordância está correta em
a) somente I.
b) somente II.
c) I e II.
d) nenhuma.

Em I, a expressão “vários medicamentos” é sujeito paciente (uma vez que o “se” é PA). Por-
tanto, o correto seria prescreveram-se. Em contrapartida, a II está correta, pois “de doenças
graves” é um objeto indireto. O pronome é um IIS, e o verbo deve permanecer no singular.
Letra b.

006. (IBFC/IDECI/2013) Considere a oração e as afirmativas a seguir. Precisa-se de funcioná-


rio com experiência.
I – A oração encontra-se na voz passiva.
II – O sujeito é indeterminado.
Está correto o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) nenhuma.

A forma verbal “precisa” é transitiva indireta, a expressão “de funcionário com experiência” é
o OI, e o pronome é IIS. Nesse caso, a frase está na voz ativa (só seria voz passiva se o “se”
fosse PA).
Letra b.
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007. (IBFC/PGE-SP/2013) Assinale a alternativa em que a oração não está na voz passiva.
a) Necessita-se de funcionários capacitados.
b) Comentou-se o caso do sequestro.
c) O aluno foi reprovado no exame.
d) As ruas foram cercadas pela polícia.
e) Alugam-se salas.

Na letra “a”, a forma verbal “necessita” é transitiva indireta, e a expressão “de funcionários capa-
citados” é o objeto indireto. O pronome funciona como um índice de indeterminação do sujeito.
Detalhe importantíssimo: quando o “se” é IIS, a oração está na voz ativa!
Nas alternativas “b” e “e”, há a voz passiva sintética. Nas alternativas “c” e “d”, voz passiva
analítica.
Letra a.

008. (IBFC/ILSL/2013) Considere as orações a seguir.


I – Devem-se pensar em todos os aspectos do problema.
II – Devem-se analisar todos os aspectos do problema.
A concordância está correta em
a) somente I.
b) somente II.
c) I e II.
d) nenhuma.

Agora, estamos falando de casos em que o pronome “se” está associado a locuções verbais. O
procedimento será:
• buscar a transitividade no verbo principal;
• verificar a concordância no verbo auxiliar.
Em I, o verbo “pensar” é transitivo indireto. A expressão “em todos os aspectos do problema” é
o OI. Portanto, o “se” é IIS, e o verbo auxiliar deveria estar no singular.
Em II, o verbo “analisar” é transitivo direto, e a expressão “todos os aspectos do problema”
é o sujeito paciente, uma vez que o “se” é PA (e o verbo auxiliar está em concordância com
o sujeito).
Detalhe: as locuções verbais apresentadas na questão são formadas pelo verbo auxiliar DE-
VER e pelo verbo principal no INFINITIVO. Nada de pensar em voz passiva analítica, ok?
Letra b.

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3. A Voz Reflexiva
Antes de iniciarmos a terceira seção, quero fazer um comentário importante: até aqui, vi-
mos a parte da matéria que cai em 90% das questões sobre funções do SE (e esse percentual
ainda pode ser maior)! A verdade é que PA e IIS dominam as provas de concursos!
Compare comigo as seguintes orações:

EXEMPLO
(11) Vendem-se casas de praia.
(12) Não se depende de novas políticas públicas.
(13) Maria olhou-se no espelho.
(14) João se deu um carro novo.

Há algo em comum entre (11) e (12): não é possível identificar quem pratica a ação verbal.
Há algo em comum entre (13) e (14): é possível identificar quem pratica a ação verbal. Esse
é o primeiro passo que você deve dar sempre que for analisar as funções do “se”! Veja este
quadro e grave-o na sua memória:

SITUAÇÃO RESULTADO

Quando não é possível identificar quem


pratica O pronome “se” ou é PA ou é IIS.
a ação verbal.

Quando é possível identificar quem pratica a O pronome “se” possui qualquer outra
ação verbal. função diferente de PA ou IIS.
Isso vai mudar a sua vida para sempre! Você precisa ter essa consciência antes de tentar
identificar a função do pronome! Sabemos agora que (11) e (12) possuem ou PA ou IIS, assim
como sabemos que (13) e (14) não podem apresentar PA nem IIS.
Em (11), temos PA, pois “casas de praia” é sujeito paciente. Em (12), temos IIS, pois “de
novas políticas públicas” é objeto indireto.
Já em (13) e (14), note que a ação verbal que é praticada pelo sujeito recai sobre o próprio
sujeito! Maria poderia olhar outra pessoa, mas olhou a si mesma. João poderia dar algo a outra
pessoa, mas deu a si mesmo. Estamos diante da chamada voz reflexiva,5 também conhecida
como voz medial. Nesses casos, o “se” é classificado como pronome reflexivo, e pode assumir
a função de objeto direto (como ocorre em 13) ou de objeto indireto (como ocorre em 14).

5
A voz reflexiva também pode ser praticada com outros pronomes oblíquos. Tudo depende da pessoa verbal.
Ex.: nós nos olhamos no espelho.
Ex.: eu me dei um carro novo.
Todavia, em provas, esse assunto sempre aparece vinculado ao pronome “se”.

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009. (CESPE/CFO-BM/2011) Acorriam todos os aguadeiros com suas pipas, e também os po-
pulares, que faziam longas filas até o chafariz mais próximo, transportando de mão em mão os
baldes de água, ao mesmo tempo em que se improvisavam escadas de madeira para efetuar
salvamentos, retirando-se os moradores, antes que eles se atirassem das janelas dos sobrados.
As partículas “se” destacadas exercem a mesma função sintática em ambas as ocorrências.

Note: pela estrutura textual, não é possível identificar quem praticou a ação de retirar, mas é
possível identificar quem praticou a ação de atirar (eles = os moradores). O primeiro “se” é uma
partícula apassivadora, ao passo que o segundo é um pronome reflexivo.
Errado.

010. (CESPE/CORREIOS/2011) Nos primeiros anos como seminarista, em Bois le Due, na


Holanda, Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música do que à filosofia e à religião. Na Uni-
versidade de Oxford, terminou os estudos da língua grega – idioma dominado apenas por eru-
ditos. A partir de então, conheceu o filósofo Juan Colet, que lhe apresentou a primeira versão
da Bíblia. O acesso ao livro foi decisivo para Erasmo se afastar da filosofia escolástica.
As formas verbais “dedicou-se” e “se afastar” estão na voz reflexiva.

Primeiramente, é possível identificar quem pratica a ação verbal nos dois casos.
Erasmo dedicou a si mesmo. Erasmo afastou a si mesmo.
Certo.

011. (CESPE/MPU/2013) Há um dispositivo no Código Civil que condiciona a edição de bio-


grafias à autorização do biografado ou descendentes. As consequências da norma são ne-
gativas. Uma delas é a impossibilidade de se registrar e deixar para a posteridade a vida de
personagens importantes na formação do país, em qualquer ramo de atividade.
O termo “se”, em “se registrar”, é utilizado para indicar reflexividade.

É fácil dizer que o “se” não é reflexivo, pois, no texto, não é possível identificar quem pratica a
ação de registrar. O pronome é PA.
Errado.

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Pronome recíproco?
Compare as seguintes construções:
• o garoto se machucou na cozinha;
• as amigas se abraçaram com carinho.
Há uma pequena diferença de sentido entre as duas construções. Na primeira, o garoto abra-
çou a si mesmo, ao passo que, na segunda, as amigas abraçaram umas às outras. O pronome
“se” pode ser chamado de reflexivo nos dois casos, mas, no segundo, é possível também atri-
buir uma outra nomenclatura: pronome recíproco ou pronome reflexivo recíproco!

4. Outras Funções do SE
Agora que você já conhece a partícula apassivadora, o índice de indeterminação do sujeito
e o pronome reflexivo, posso afirmar que você já sabe 99% da matéria! O pronome “se” possui,
na língua portuguesa, outras funções, mas são pouco exploradas em provas.
Mas não podemos deixar de falar sobre elas, não é mesmo?

4.1. Parte Integrante do Verbo


Compare comigo as seguintes construções:

EXEMPLO
(15) Kurt se matou.
(16) Kurt se suicidou.

Semanticamente, as duas construções são semelhantes, pois ambas indicam que alguém
tirou a própria vida. Todavia, gramaticalmente, as duas construções são diferentes, pois os
verbos apresentam entendimentos diferentes. O verbo “matar” significa “tirar a vida”, que pode
ser a vida de alguém ou a do próprio sujeito que pratica ação. Portanto, podemos afirmar que a
reflexividade da oração 15 é de inteira responsabilidade do pronome, pois é ele quem faz com
que a ação recaia sobre o sujeito.
Já o verbo “suicidar-se” significa “tirar a própria vida”. É inconcebível a ideia de que “alguém
suicida outra pessoa”. Isso mostra que a reflexividade não está no pronome, mas no próprio
verbo. Vou ser ainda mais explícito: na língua portuguesa, não existe o verbo “suicidar”, mas
apenas “suicidar-se”. Ele só existe com o pronome! Por isso, o “se” é conhecido como parte
integrante do verbo, e o verbo que possui esse tipo de estrutura é conhecido como verbo
pronominal.

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A parte integrante do verbo acompanha apenas verbos intransitivos ou transitivos indire-


tos. Eles podem indicar sentimentos (arrepender-se, queixar-se, lembrar-se, esquecer-se, or-
gulhar-se, alegrar-se, admirar-se) ou ações do ser que são praticadas em relação a si próprio
(suicidar-se, concentrar-se, precaver-se).

EXEMPLO
A samaritana se arrependeu dos pecados cometidos.
A aluna se concentrou antes da prova.

Os verbos pronominais se conjugam sempre com o pronome.

4.2. Pronome Expletivo


Também conhecido como partícula expletiva ou partícula de realce. É um elemento com-
pletamente dispensável na estrutura oracional. Sua presença (ou ausência) não altera o senti-
do ou a morfossintaxe da sentença. Ocorre, geralmente, com verbos intransitivos.

EXEMPLO
Ela se riu da situação → ela riu da situação.
Ele se tremeu durante o assalto → ele tremeu durante o assalto.
O show se acabou → o show acabou.
Ele se foi sem dizer nada → ele foi sem dizer nada.

Lembrar X lembrar-se/esquecer X esquecer-se


Inicialmente, ao ver que as formas verbais apresentadas podem existir com ou sem o pro-
nome, pensamos que o pronome “se” se classifica como partícula expletiva. No entanto, esse
pensamento é incorreto. Veja o porquê:
• ela lembrou o seu nome (lembrar = VTD);
• ela se lembrou do seu nome (lembrar-se = VTI);
• ele esqueceu o seu aniversário (esquecer = VTD);
• ele se esqueceu do seu aniversário (esquecer-se = VTI).

Em resumo: as formas verbais lembrar e esquecer (sem o pronome) são transitivas dire-
tas, ao passo que lembrar-se e esquecer-se (com o pronome) são transitivas indiretas. Uma
partícula expletiva pode ser colocada ou retirada sem causar qualquer alteração na sentença.
E, para a nossa gramática, construções como:
• ela lembrou do seu nome;
• ela se lembrou o seu nome;
• ele esqueceu do seu aniversário;
• ele se esqueceu o seu aniversário.

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São consideradas agramaticais.


Verbos como lembrar-se e esquecer-se são classificados como acidentalmente pronominais,
e a função do “se”, nesses casos, é parte integrante do verbo.
Fiz questão de fazer este adendo porque esses verbos são muito cobrados em prova. Os exa-
minadores não costumam perguntar sobre a função do “se” nesses casos, mas sobre a regên-
cia desses verbos!

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RESUMO
Como eu disse desde o início, o assunto deste PDF é muito importante para concursos
públicos, principalmente porque ele é recheado de traumas. Ao longo da minha exposição, fiz
questão de apresentar o que é mais importante. De todo modo, reitero:
a) saiba reconhecer as vozes verbais pela estrutura da oração, e não apenas pelo sentido;
b) saiba transpor uma oração:
• da voz ativa para a voz passiva analítica (e vice-versa);
• da voz ativa para a voz passiva analítica (e vice-versa);
• da voz passiva analítica para a voz passiva sintética (e vice-versa);

c) saiba reconhecer, principalmente, a partícula apassivadora, o índice de indeterminação


do sujeito e o pronome reflexivo.
Se você souber isso, nenhuma questão será desafio! E eu tenho certeza de que você pas-
sará a acertar muitas questões sobre esse assunto!

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/SEDF/2017) “Quando a gente compreende a infância, a criança, é possível pensar
em uma estratégia para melhor atender o aluno”.
Seria mantido o sentido original do texto caso o termo “a gente” fosse substituído por se.

002. (CESPE/SEDF/2017) Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do tex-


to se o trecho “São duas gramáticas distintas” fosse reescrito da seguinte forma: “Tratam-se
de duas gramáticas diferentes”.

003. (CESPE/SEDF/2017) Por isso, a universidade, como instituição pública, pode assumir a
função de garantir o efetivo caráter público de que, em princípio, se revestem os bens de cultu-
ra historicamente legados ao presente.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a partícula “se”, no trecho “em princípio, se
revestem”, fosse suprimida.

004. (TCE-PA/2016) Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe, inicialmente, ve-
rificar como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídico. A Constituição Federal
prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente ao Poder Legislativo. Por simetria, tal
obrigação estende-se ao governador do estado e aos prefeitos municipais.
Sem prejuízo da correção gramatical, o trecho “estende-se” poderia ser substituído por é
estendida.

005. (CESPE/PC-PE/PERITO/2016) Estabelecer o momento da morte é situá-la no tempo e,


para situar um acontecimento no tempo, é preciso que se tenha um conceito claro do que seja
tempo. Fugindo das conceituações matemáticas ou filosóficas de tempo, pragmaticamente
aceitamos a conceituação popular de tempo, isto é, a grandeza que se mede em minutos, ho-
ras, dias, meses ou anos.
No texto, a partícula “se”, em “a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, meses ou
anos”, classifica-se como
a) parte integrante de verbo.
b) pronome reflexivo recíproco.
c) pronome apassivador.
d) palavra expletiva.
e) índice de indeterminação do sujeito.

006. (INSS/2016) Pena ganhou evidência como comediógrafo a partir de 1838, ano em que
foi encenada sua peça O Juiz de Paz na Roça. Embora tenha produzido alguns dramas (que lhe
renderam duras críticas), destacou-se de fato pelas suas comédias e farsas, nas quais retratou
a cultura e os costumes da sociedade do seu tempo.
A substituição de “destacou-se” por foi destacado prejudicaria o sentido original do período.
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007. (TRE-PI/2016) Em suma, deve-se atentar para o fato de que a existência de referências
comuns entre os indivíduos pode interferir em sua ação política, direcionando-a em um mes-
mo sentido.
A partícula “se”, em “deve-se”, classifica-se como pronome apassivador.

008. (TRE-PI/2017) Nossas mensagens e documentos agora são digitais: encaminhadas em


segundos, ao clicar de uma tecla, ao toque dos dedos ou em resposta a um comando de voz,
materializam-se diante dos nossos olhos em telas, telinhas e telonas do computador, do tablet,
do celular e até do relógio de pulso.
A partícula “se”, em “materializam-se”, classifica-se como pronome apassivador.

009. (TRE-PI/2016) Em municípios de Pernambuco, até meados de novembro do ano passa-


do, haviam sido registrados 141 casos suspeitos da referida malformação congênita.
A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas caso se substituísse “haviam
sido registrados” por registrou-se.

010. (DPU/2016) O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica
então existentes – e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas – já dava
início a situações em que constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com os
possíveis custos judiciais das demandas.
Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das deman-
das”, a partícula “se” foi empregada no sentido de umas às outras.

011. (TJDFT/2015) O processo judicial restaura a verdade dos fatos. O agressor é sentado no
banco dos réus e é tratado como tal. A vítima tem o direito de expor a dor, o sofrimento e exigir
a reparação devida. Muitas vezes não se persegue o encarceramento do agressor, mas apenas
a responsabilização pelos atos, de natureza cível ou criminal.
Em “não se persegue”, a partícula “se” está empregada como um recurso para indeterminar
o sujeito.

012. (TRE-RS/2015) Nesse tipo de fraude, um eleitor, valendo-se da desatenção ou mesmo da


conivência dos componentes da mesa, deixa de depositar a cédula na urna, colocando, em seu
lugar, algum pedaço de papel assemelhado.
A partícula “se”, em “valendo-se”, classifica-se como pronome reflexivo.

013. (TRE-MT/2015) A par disso, quando se pensa no processo eleitoral – embora logo venha
à cabeça a figura dos candidatos, partidos e coligações como sujeitos de uma trama que é
ordinariamente vigiada por eles próprios e por órgãos estatais. [...]
Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos morais que im-
põem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais.
Os termos “por órgãos estatais” e “dos preceitos morais” exercem a função de complemento
verbal nos períodos em que ocorrem.

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014. (TRE-MT/2015) Muitas vezes, verifica-se a existência de matas e de estradas rurais em


condições ruins ou onde é necessário o uso de barcos para chegar à seção eleitoral.
[...]
Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e facultativo
para analfabetos, maiores de setenta e menores de dezoito anos, não quis o legislador declarar
a incapacidade dessa classe de cidadãos.
Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma função sintática nas
orações em que ocorrem.

015. (TRT-10/2013) Com isso, surgiram então as comissões mistas de conciliação, cuja fun-
ção era conciliar os dissídios coletivos, e, no mesmo momento, criaram-se as juntas de conci-
liação e julgamento, que conciliavam e julgavam os dissídios individuais do trabalho.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “criaram-se” por foram criadas.

016. (TJ-ES/2011) Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos por Maquiavel com
líderes do tráfico.
No trecho “descritos por Maquiavel”, a expressão “por Maquiavel” designa o agente da ação
expressa pela forma nominal “descritos”.

017. (MPOG/2015) Assim, implementou-se a administração gerencial e, para isso, foi neces-
sário que os agentes públicos mudassem suas posturas e se adequassem para desenvolver a
nova gestão pública.
A correção gramatical do período seria preservada ao se substituir “implementou-se” por foi im-
plementada.

018. (MPU/2015) Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império, ini-
ciou-se a sistematização das ações do Ministério Público.
Caso se substituísse “iniciou-se” por foi iniciada, a correção gramatical do período seria
prejudicada.

019. (ANATEL/2014) Nesse período, eram usadas tochas com fibras torcidas e impregnadas
com material inflamável.
O trecho “eram usadas tochas” poderia ser corretamente reescrito como usavam-se tochas.

020. (CD/2014) Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naquela região, dissipam-se
para latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos da Amé-
rica, por exemplo.
No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas”, a partícula “se” tem função apassivadora.

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021. (STF/2013) E o mesmo se aplica aos meus parceiros na comunicação via ciberespaço.
Não há como ter certeza de quem sejam, de que sejam “realmente” como se descrevem.
O termo “se” exerce função de pronome apassivador da forma verbal “descrevem”.

022. (FCC/TRT-24/2017) A construção que pode ser reescrita com o verbo na voz passiva é:
a) ... a foto chega tinindo aos amigos...
b) A criação saía da cozinha...
c) ... interajo com muita gente...
d) ... publico ativamente fotos de minhas fornadas...
e) Não está na rede?

023. (FCC/TRT-24/2017) Está na voz passiva o verbo do seguinte fragmento do texto:


a) É produzido com matérias primas da própria região...
b) Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras contribuições das mui-
tas migrações...
c) A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-culturais...
d) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato Grosso do Sul,
evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências culturais do Estado.
e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas...

024. (FCC/TRE-SP/2017) A frase em que há emprego da voz passiva e em que todas as for-
mas verbais estão adequadamente correlacionadas é:
a) Um amigo de verdade seria sempre necessário para que fôssemos impelidos a acreditar
mais em nós mesmos.
b) A ausência do amigo seria uma lacuna insanável caso não venhamos a contar com nossa
memória, que nos povoa com imagens.
c) Ao passarmos a olhar as coisas com os olhos do amigo que perdemos, estaríamos conven-
cidos do valor que déramos à sua perspectiva.
d) São falsos amigos aqueles que, em qualquer ocasião, passassem a desfiar elogios quando,
de fato, merecermos recriminações.
e) Teríamos tido decepções com alguns amigos se esperarmos que eles possam nos oferecer
todo o afeto de que precisássemos.

025. (FCC/PGE-MT/2016) Está corretamente flexionada na voz passiva a forma verbal su-
blinhada em:
a) Se não vir a ser respeitada, a posição do outro jamais fortalecerá a nossa.
b) Tendo sido respeitada nossa argumentação, como não respeitar a do outro?
c) Ele tinha submisso o outro pela força de seu preconceito, e não de sua razão.
d) Quando havermos de ser tolerantes, o outro será efetivamente considerado.
e) As razões que conter nossa argumentação devem ser claras e abertas.
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026. (FCC/PGE-MT/2016) Pode ser transposta para a voz passiva apenas a frase:
a) Um machado de pedra mais bem lascado, uma lança mais bem polida [...] tornam-se natu-
ralmente mais agradáveis.
b)... a música é a menos organizada entre as artes, e a menos rica de possibilidades estéticas.
c) As artes da palavra, na poesia das lendas e mitos, [...] se apresentam já bastante apro-
veitadas...
d) As artes manufaturadas e [...] a dança atingem frequentemente [...] uma verdadeira
virtuosidade.
e)... artes legítimas porque se sujeitaram a normas técnicas conscientemente definidas...

027. (FCC/TRT-20/2016) Ao se flexionar adequadamente na voz passiva, a forma verbal subli-


nhada concorda regularmente com seu sujeito em:
a) Tendo sido bem discriminadas, as questões de um escritor oferecem-se como desafio a ser
solucionado pelo leitor.
b) Por saberem expô-las a contento, o escritor oferece ao leitor questões agudas e bastante
desafiadoras.
c) A muitos leitores tem sensibilizado as obras desses dois grandes mestres da literatura
universal.
d) Ainda que muitas soluções cheguem a haver num texto literário, mais importante é o proces-
so pelo qual se apresentam.
e) É aceitável o paralelo que se propôs estabelecer o autor do texto, ao aproximar os escritores
referidos.

028. (FCC/METRÔ-SP/2016) Os países do eixo tinham desenvolvido sofisticadas técnicas de


comunicação criptografada...
A transposição da frase apresentada para a voz passiva tem como resultado a forma verbal:
a) tinham sido desenvolvidos.
b) tinha sido desenvolvida.
c) desenvolveram-nas.
d) tinha desenvolvido.
e) tinham sido desenvolvidas.

029. (FCC/AL-MS/2016) No guichê devolveria os documentos às crianças em meia hora.


Transpondo a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal correta a ser empregada é:
a) iria devolver.
b) haveriam de ser devolvidos.
c) seriam devolvidos.
d) devolverá.
e) serão devolvidos.

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030. (FCC/AL-MS/2016) Na transposição da frase dada para a voz passiva, a correta forma
verbal resultante é a que está indicada em:
a) O servidor público eficiente desperta o reconhecimento dos cidadãos = tem despertado.
b) O Mercado atenderia apenas as exigências do livre comércio = seriam atendidas.
c) Um funcionário está sempre representando uma mediação entre o Estado e o público =
sendo representado.
d) Os melhores servidores justificam todas as garantias de sua função = têm sido justificadas.
e) Os servidores encarnam um importante vínculo entre o Estado e o povo = vem encarnando.

031. (FCC/SEGEP-MA/2016) Mas não nos iludamos.


Reescrevendo-se a frase apresentada com a forma verbal na voz passiva, a construção corres-
pondente deverá ser:
a) Mas não nos deixemos iludir.
b) Mas não somos iludidos.
c) Mas não nos iludam.
d) Mas não sejamos iludidos.
e) Mas não seremos iludido.

032. (FCC/SEGEP-MA/2016) E, depois da Segunda Guerra Mundial, os avanços da medicina


no tratamento das enfermidades cardiovasculares e do câncer promoveram um ganho para
os adultos.
Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) são promovidos.
b) era promovido.
c) promovem-se.
d) foi promovido.
e) foram promovidos.

033. (FCC/SEGEP-MA/2016) Está plenamente correta a transposição de uma construção ver-


bal da voz ativa para a voz passiva em:
a) de onde vêm as anedotas? // de onde terão vindo as anedotas?
b) o enigma da criação da anedota se compara ao da criação da matéria // o enigma da criação
da anedota é comparável ao da matéria.
c) humoristas profissionais não criariam as anedotas // as anedotas não seriam criadas
por humoristas profissionais.
d) o sucesso de uma anedota está em quem a conta // quem conta uma anedota é que faz
seu sucesso.
e) um computador pode escrever romances, mas não anedotas // não anedotas, mas ro-
mances poderiam ser escritos por um computador.

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034. (FCC/SEGEP-MA/2016) Nabiré representava 20% dos rinocerontes-brancos-do-norte


ainda vivos.
Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) representa-se.
b) era representado.
c) são representados.
d) foi representado.
e) eram representados.

035. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Uma equipe de pesquisadores da Universi-


dade de Yale, nos EUA, vem testando diferentes espécies de fungos com potencial de decom-
posição de diferentes tipos de plástico.
Ao transpor-se para a voz passiva a expressão sublinhada, a forma verbal resultante será:
a) está sendo testado.
b) tem sido testadas.
c) estão sendo testados.
d) vêm sendo testadas.
e) vem sendo testados.

036. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Desse modo, festas, artesanatos, lendas, for-


mas musicais, dança, culinária articulam simbolicamente concepções coletivas de sociedade.
Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) tinha sido articulada.
b) são articuladas.
c) foi articulado.
d) são articulados.
e) eram articuladas.

037. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) O segmento que admite transposição para


a voz passiva está em:
a)...o Brasil conta com uma das melhores jogadoras de futebol...
b)...os estereótipos de gênero funcionam como um freio...
c) Apesar de haver registros sobre equipes femininas...
d) Marta Vieira da Silva recebeu cinco vezes o título de melhor jogadora...
e)...sob a alegação de que era uma atividade violenta demais...

038. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Um verbo que, no contexto, pode ser trans-


posto para a voz passiva está sublinhado em:
a) Ele se dedica justamente àquilo que, anestesiados pela ideia de normalidade, evitamos.

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b) Van Gogh teve um psiquiatra que, adepto da segunda hipótese, pensou em “curá-lo” da pintura.
c) Van Gogh compartilhou, por três meses, uma casa com o pintor Paul Gauguin.
d) Mas os escritores, não: eles preferem sangrar mãos e pés, e bordejar o abismo, a sucumbir.
e) De certa forma, em consequência, todo escritor escreve “contra si”.

039. (FCC/COPERGÁS-PE/2016) O segmento do texto reescrito corretamente com a forma


verbal sublinhada na voz passiva correspondente está em:
a) A vida na Terra enfrenta perigos astronômicos... / Perigos astronômicos são enfrentados pela
vida na Terra...
b) Não é sábio manter todos os novos ovos em uma cesta frágil... / Não é sábio que se mantesse
todos os novos ovos em uma cesta frágil...
c) Mas antes de projetar naves espaciais... / Mas antes que projetarão-se naves espaciais...
d) Uma prioridade é desenvolver câmeras, instrumentos e sensores em miniatura. / Uma
prioridade é ser desenvolvido câmeras, instrumentos e sensores em miniatura.
e)...mas ainda enfrenta barreiras tecnológicas. /...mas ainda enfrentaram-se barreiras
tecnológicas.

040. (FCC/COPERGÁS-PE/2016) Transpondo-se para a voz passiva a frase Um dos guardas


seguia a velhinha para que a flagrasse como contrabandista, as formas verbais resultantes
deverão ser
a) era seguida − fosse flagrada
b) tinha seguido − vir a flagrá-la
c) tinha sido seguida − se flagrasse
d) estava seguindo − se tivesse flagrado
e) teria seguido − tivesse sido flagrada

041. (FCC/TRF-3/2016) A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva en-
contra-se em:
a) ... o acesso das obras a um status estético que as exalta.
b) ... elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes...
c) Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas...
d) O museu, por retirar as obras de sua origem...
e) ... a crítica mais comum contra o museu apresenta-o...

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GABARITO
1. C 37. d
2. E 38. c
3. E 39. a
4. C 40. a
5. c 41. b
6. C
7. E
8. E
9. E
10. E
11. E
12. E
13. E
14. C
15. C
16. C
17. C
18. E
19. C
20. C
21. E
22. d
23. a
24. a
25. b
26. d
27. a
28. e
29. c
30. b
31. d
32. d
33. c
34. e
35. d
36. b

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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/SEDF/2017) “Quando a gente compreende a infância, a criança, é possível pensar
em uma estratégia para melhor atender o aluno”.
Seria mantido o sentido original do texto caso o termo “a gente” fosse substituído por se.

Questão da banca CESPE que exige o conhecimento gramatical e a interpretação do texto. Ao


dizer “quando a gente compreende a infância”, o termo “a gente” é interpretado em sentido ge-
nérico, sem a intenção de gerar uma particularização.
Ao fazer a substituição sugerida pela questão (quando se compreende a infância), a interpre-
tação genérica é mantida. Cabe ressaltar que, na reescrita, o pronome é uma partícula apassi-
vadora, e “a infância” passa a ser o sujeito paciente.
Certo.

002. (CESPE/SEDF/2017) Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do tex-


to se o trecho “São duas gramáticas distintas” fosse reescrito da seguinte forma: “Tratam-se
de duas gramáticas diferentes”.

A reescrita está incorreta na concordância verbal, pois o verbo é transitivo indireto; a expressão
“de duas gramáticas diferentes” é o OI; e o pronome “se” é um índice de indeterminação do
sujeito. O verbo deveria estar no singular.
Errado.

003. (CESPE/SEDF/2017) Por isso, a universidade, como instituição pública, pode assumir a
função de garantir o efetivo caráter público de que, em princípio, se revestem os bens de cultu-
ra historicamente legados ao presente.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a partícula “se”, no trecho “em princípio, se
revestem”, fosse suprimida.

Na construção original, devido à presença da partícula apassivadora, o verbo “revestem” está


no plural para concordar com o sujeito paciente “os bens de cultura”. Ao retirar a partícula
apassivadora, o que era sujeito paciente passa a ser objeto direto. O verbo deveria, com a
alteração, concordar com “universidade”. Por isso, o verbo deveria passar ao singular, e não
permanecer no plural.
Errado.

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004. (TCE-PA/2016) Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe, inicialmente, ve-
rificar como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídico. A Constituição Federal
prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente ao Poder Legislativo. Por simetria, tal
obrigação estende-se ao governador do estado e aos prefeitos municipais.
Sem prejuízo da correção gramatical, o trecho “estende-se” poderia ser substituído por é estendida.

No texto original, o sujeito paciente da voz passiva sintética “estende-se” é “tal obrigação”. Ao
passar para a voz passiva analítica, o correto é tal obrigação é estendida.
Certo.

005. (CESPE/PC-PE/PERITO/2016) Estabelecer o momento da morte é situá-la no tempo e,


para situar um acontecimento no tempo, é preciso que se tenha um conceito claro do que seja
tempo. Fugindo das conceituações matemáticas ou filosóficas de tempo, pragmaticamente
aceitamos a conceituação popular de tempo, isto é, a grandeza que se mede em minutos, ho-
ras, dias, meses ou anos.
No texto, a partícula “se”, em “a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, meses ou
anos”, classifica-se como
a) parte integrante de verbo.
b) pronome reflexivo recíproco.
c) pronome apassivador.
d) palavra expletiva.
e) índice de indeterminação do sujeito.

Com a transposição para a voz passiva analítica – a grandeza que é medida em minutos... –
fica fácil perceber que a oração está na voz passiva, e o “se” é uma PA.
Letra c.

006. (INSS/2016) Pena ganhou evidência como comediógrafo a partir de 1838, ano em que
foi encenada sua peça O Juiz de Paz na Roça. Embora tenha produzido alguns dramas (que lhe
renderam duras críticas), destacou-se de fato pelas suas comédias e farsas, nas quais retratou
a cultura e os costumes da sociedade do seu tempo.
A substituição de “destacou-se” por foi destacado prejudicaria o sentido original do período.

Primeiramente, note que, segundo o texto, há quem pratica a ação de destacar: “Pena”. Por
isso, sabemos que o pronome “se” não pode ser PA ou IIS. Se não pode ser PA, não há voz pas-
siva sintética; se não há voz passiva sintética, não há transposição para a voz passiva analítica!
Nesse caso, o pronome é uma parte integrante do verbo.
Certo.
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007. (TRE-PI/2016) Em suma, deve-se atentar para o fato de que a existência de referências
comuns entre os indivíduos pode interferir em sua ação política, direcionando-a em um mes-
mo sentido.
A partícula “se”, em “deve-se”, classifica-se como pronome apassivador.

Eu te pergunto: como o “se” será PA se não há sujeito paciente? Nesse caso, o pronome é um IIS.
Errado.

008. (TRE-PI/2017) Nossas mensagens e documentos agora são digitais: encaminhadas em


segundos, ao clicar de uma tecla, ao toque dos dedos ou em resposta a um comando de voz,
materializam-se diante dos nossos olhos em telas, telinhas e telonas do computador, do tablet,
do celular e até do relógio de pulso.
A partícula “se”, em “materializam-se”, classifica-se como pronome apassivador.

Basta perceber o sentido do verbo: dizer que “nossas mensagens e documentos... se mate-
rializam” é o mesmo que dizer que nossas mensagens e documentos aparecem. Portanto, o
sujeito pratica a ação verbal. O pronome é uma parte integrante do verbo.
Errado.

009. (TRE-PI/2016) Em municípios de Pernambuco, até meados de novembro do ano passa-


do, haviam sido registrados 141 casos suspeitos da referida malformação congênita.
A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas caso se substituísse “haviam
sido registrados” por registrou-se.

Por ser uma locução verbal com três verbos, a transposição para a voz passiva analítica exige
o emprego de dois verbos. O correto é haviam se registrado.
Errado.

010. (DPU/2016) O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica
então existentes – e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas – já dava
início a situações em que constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com os
possíveis custos judiciais das demandas.
Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das deman-
das”, a partícula “se” foi empregada no sentido de umas às outras.

O sentido não é de reciprocidade, mas de reflexividade. Portanto, a ideia é de que as partes


viam a si mesmas.
Errado.

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011. (TJDFT/2015) O processo judicial restaura a verdade dos fatos. O agressor é sentado no
banco dos réus e é tratado como tal. A vítima tem o direito de expor a dor, o sofrimento e exigir
a reparação devida. Muitas vezes não se persegue o encarceramento do agressor, mas apenas
a responsabilização pelos atos, de natureza cível ou criminal.
Em “não se persegue”, a partícula “se” está empregada como um recurso para indeterminar
o sujeito.

O pronome é uma partícula apassivadora, uma vez que “o encarceramento do agressor” é o


sujeito paciente.
Errado.

012. (TRE-RS/2015) Nesse tipo de fraude, um eleitor, valendo-se da desatenção ou mesmo da


conivência dos componentes da mesa, deixa de depositar a cédula na urna, colocando, em seu
lugar, algum pedaço de papel assemelhado.
A partícula “se”, em “valendo-se”, classifica-se como pronome reflexivo.

Para que haja reflexividade, devemos encontrar uma ação verbal que possa ser praticada em
outrem, mas que, em função do pronome, recai sobre o próprio sujeito (o que não ocorre no
texto em questão). O pronome é uma parte integrante do verbo.
Errado.

013. (TRE-MT/2015) A par disso, quando se pensa no processo eleitoral – embora logo venha
à cabeça a figura dos candidatos, partidos e coligações como sujeitos de uma trama que é
ordinariamente vigiada por eles próprios e por órgãos estatais. [...]
Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos morais que im-
põem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais.
Os termos “por órgãos estatais” e “dos preceitos morais” exercem a função de complemento
verbal nos períodos em que ocorrem.

“Dos preceitos morais” é realmente um objeto indireto, mas “por órgãos estatais” (assim como
“por eles próprios”) exerce a função de agente da passiva. Basta notar a construção de voz
passiva analítica marcada pelo verbo “é” (SER) e “vigiada” (PARTICÍPIO).
Errado.

014. (TRE-MT/2015) Muitas vezes, verifica-se a existência de matas e de estradas rurais em


condições ruins ou onde é necessário o uso de barcos para chegar à seção eleitoral.
[...]

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Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e facultativo
para analfabetos, maiores de setenta e menores de dezoito anos, não quis o legislador declarar
a incapacidade dessa classe de cidadãos.
Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma função sintática nas
orações em que ocorrem.

No primeiro caso, note: o que é necessário? “O uso de barcos”. No segundo caso, “o voto obri-
gatório para maiores de dezoito anos e facultativo para analfabetos” é o sujeito paciente de
“estabeleceu-se”, uma vez que o pronome é PA.
Certo.

015. (TRT-10/2013) Com isso, surgiram então as comissões mistas de conciliação, cuja fun-
ção era conciliar os dissídios coletivos, e, no mesmo momento, criaram-se as juntas de conci-
liação e julgamento, que conciliavam e julgavam os dissídios individuais do trabalho.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “criaram-se” por foram criadas.

Primeiramente, precisamos entender que, em “criaram-se”, o pronome é PA, e o verbo está no


plural para concordar com “as juntas de conciliação e julgamento”. Trocar por “foram criadas”
significa transpor a oração da voz passiva sintética para a voz passiva analítica.
Certo.

016. (TJ-ES/2011) Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos por Maquiavel com
líderes do tráfico.
No trecho “descritos por Maquiavel”, a expressão “por Maquiavel” designa o agente da ação
expressa pela forma nominal “descritos”.

Pela estrutura textual, podemos perceber que há uma estrutura implícita: “Depois de ler, ficou
comparando os príncipes que foram descritos por Maquiavel com líderes do tráfico”. Estamos
diante de uma voz passiva analítica, e “por Maquiavel” é o agente da passiva, que é o respon-
sável por praticar a ação verbal na VPA.
Certo.

017. (MPOG/2015) Assim, implementou-se a administração gerencial e, para isso, foi neces-
sário que os agentes públicos mudassem suas posturas e se adequassem para desenvolver a
nova gestão pública.
A correção gramatical do período seria preservada ao se substituir “implementou-se” por foi im-
plementada.

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“A administração gerencial” é o sujeito paciente de “implementou-se”, uma vez que o pronome


“se” é uma partícula apassivadora. O que a questão sugeriu foi apenas a transposição da VPS
para a VPA.
Certo.

018. (MPU/2015) Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império, ini-
ciou-se a sistematização das ações do Ministério Público.
Caso se substituísse “iniciou-se” por foi iniciada, a correção gramatical do período seria
prejudicada.

Na forma verbal “iniciou-se”, o pronome é uma partícula apassivadora, e o sujeito paciente é


“a sistematização das ações do Ministério Público”. Com a transposição para a VPA, o correto
seria foi iniciada a sistematização das ações do Ministério Público. Por isso, a substituição
não prejudica a correção gramatical.
Errado.

019. (ANATEL/2014) Nesse período, eram usadas tochas com fibras torcidas e impregnadas
com material inflamável.
O trecho “eram usadas tochas” poderia ser corretamente reescrito como usavam-se tochas.

Agora, a questão sugere a transposição da VPA para a VPS. A concordância verbal com o
sujeito paciente foi mantida, bem como o tempo e o modo do verbo (pretérito imperfeito do
indicativo).
Certo.

020. (CD/2014) Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naquela região, dissipam-se
para latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos da Amé-
rica, por exemplo.
No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas”, a partícula “se” tem função apassivadora.

O trecho está na voz passiva sintética. Logo, temos “as frentes frias” como sujeito paciente e
a partícula “se” como pronome apassivador.
Certo.

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021. (STF/2013) E o mesmo se aplica aos meus parceiros na comunicação via ciberespaço.
Não há como ter certeza de quem sejam, de que sejam “realmente” como se descrevem.
O termo “se” exerce função de pronome apassivador da forma verbal “descrevem”.

Segundo o texto, podemos entender que não há como ter certeza de como eles se descrevem
(descrevem a si mesmos). O pronome é reflexivo.
Errado.

022. (FCC/TRT-24/2017) A construção que pode ser reescrita com o verbo na voz passiva é:
a) ... a foto chega tinindo aos amigos...
b) A criação saía da cozinha...
c) ... interajo com muita gente...
d) ... publico ativamente fotos de minhas fornadas...
e) Não está na rede?

Quando uma questão possui esse tipo de enunciado, o que o examinador deseja saber é se
você consegue encontrar qual das alternativas apresenta objeto direto. Isso só ocorre na letra
“d”, pois o objeto direto do verbo “publico” é “fotos de minhas jornadas”.
Letra d.

023. (FCC/TRT-24/2017) Está na voz passiva o verbo do seguinte fragmento do texto:


a) É produzido com matérias primas da própria região...
b) Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras contribuições das mui-
tas migrações...
c) A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-culturais...
d) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato Grosso do Sul,
evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências culturais do Estado.
e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações indígenas...

Você precisa ser o tipo de candidato(a) que sabe identificar a voz passiva (ou locução verbal
SER + PARTICÍPIO ou VERBO + SE), e isso só está na letra “a” (“é produzido”).
Letra a.

024. (FCC/TRE-SP/2017) A frase em que há emprego da voz passiva e em que todas as for-
mas verbais estão adequadamente correlacionadas é:
a) Um amigo de verdade seria sempre necessário para que fôssemos impelidos a acreditar
mais em nós mesmos.

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b) A ausência do amigo seria uma lacuna insanável caso não venhamos a contar com nossa
memória, que nos povoa com imagens.
c) Ao passarmos a olhar as coisas com os olhos do amigo que perdemos, estaríamos conven-
cidos do valor que déramos à sua perspectiva.
d) São falsos amigos aqueles que, em qualquer ocasião, passassem a desfiar elogios quando,
de fato, merecermos recriminações.
e) Teríamos tido decepções com alguns amigos se esperarmos que eles possam nos oferecer
todo o afeto de que precisássemos.

Primeiramente, vamos em busca da estrutura de voz passiva, que só aparece nas letras “a”
(“fôssemos impelidos”) e “c” (“estaríamos convencidos”). Mas a questão também quer a correla-
ção correta entre os verbos.
Veja novamente a letra “c”. Quando lemos a expressão “ao passarmos a olhar as coisas com os
olhos do amigo que perdemos”, podemos entender que haverá uma consequência futura, mas
o verbo “estaríamos” está no futuro do pretérito. Isso desrespeita a lógica de correlação entre
as ações verbais.
A correlação correta só ocorre na letra “a”.
Letra a.

025. (FCC/PGE-MT/2016) Está corretamente flexionada na voz passiva a forma verbal su-
blinhada em:
a) Se não vir a ser respeitada, a posição do outro jamais fortalecerá a nossa.
b) Tendo sido respeitada nossa argumentação, como não respeitar a do outro?
c) Ele tinha submisso o outro pela força de seu preconceito, e não de sua razão.
d) Quando havermos de ser tolerantes, o outro será efetivamente considerado.
e) As razões que conter nossa argumentação devem ser claras e abertas.

Cuidado nessa questão! Na letra “a”, encontramos a locução verbal “ser respeitada” (SER +
PARTICÍPIO), mas o verbo “respeitada” não está destacado! Por isso o gabarito é a letra “b”.
Letra b.

026. (FCC/PGE-MT/2016) Pode ser transposta para a voz passiva apenas a frase:
a) Um machado de pedra mais bem lascado, uma lança mais bem polida [...] tornam-se natu-
ralmente mais agradáveis.
b) ... a música é a menos organizada entre as artes, e a menos rica de possibilidades estéticas.
c) As artes da palavra, na poesia das lendas e mitos, [...] se apresentam já bastante apro-
veitadas...

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d) As artes manufaturadas e [...] a dança atingem frequentemente [...] uma verdadeira


virtuosidade.
e) ... artes legítimas porque se sujeitaram a normas técnicas conscientemente definidas...

Novamente, você está em busca de uma oração que esteja na voz ativa e apresente um OD. A
expressão “uma verdadeira virtuosidade” é o objeto direto do verbo “atingem”.
Letra d.

027. (FCC/TRT-20/2016) Ao se flexionar adequadamente na voz passiva, a forma verbal subli-


nhada concorda regularmente com seu sujeito em:
a) Tendo sido bem discriminadas, as questões de um escritor oferecem-se como desafio a ser
solucionado pelo leitor.
b) Por saberem expô-las a contento, o escritor oferece ao leitor questões agudas e bastante
desafiadoras.
c) A muitos leitores tem sensibilizado as obras desses dois grandes mestres da literatura
universal.
d) Ainda que muitas soluções cheguem a haver num texto literário, mais importante é o proces-
so pelo qual se apresentam.
e) É aceitável o paralelo que se propôs estabelecer o autor do texto, ao aproximar os escritores
referidos.

Na locução “tendo sido bem discriminadas”, há o verbo SER (“sido”) e o verbo no PARTICÍPIO
(“apresentadas”). Cuidado com a letra “e”. Apesar de haver o pronome “se”, podemos identifi-
car que “o autor do texto” pratica a ação de propor. Se há quem pratica a ação verbal, não há
partícula apassivadora.
Cuidado com a letra “d”! Sabemos que o verbo “haver”, com o sentido de existir, é transitivo
direto. Todavia, ele não admite a transposição para a voz passiva!
Letra a.

028. (FCC/METRÔ-SP/2016) Os países do eixo tinham desenvolvido sofisticadas técnicas de


comunicação criptografada...
A transposição da frase apresentada para a voz passiva tem como resultado a forma verbal:
a) tinham sido desenvolvidos.
b) tinha sido desenvolvida.
c) desenvolveram-nas.
d) tinha desenvolvido.
e) tinham sido desenvolvidas.

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Note que a frase que está na voz ativa e já possui uma locução verbal (“tinham desenvolvido”).
Quando se faz uma voz passiva analítica de uma outra locução verbal, forma-se uma locução
com três verbos. O objeto direto da oração original é “sofisticadas técnicas de comunicação
criptografada”, cujo núcleo é o vocábulo “técnicas”. Como, na voz passiva, o objeto direto se
torna sujeito paciente, o verbo no particípio deve ficar no feminino plural, o que só ocorre na
letra “e”.
Letra e.

029. (FCC/AL-MS/2016) No guichê devolveria os documentos às crianças em meia hora.


Transpondo a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal correta a ser empregada é:
a) iria devolver.
b) haveriam de ser devolvidos.
c) seriam devolvidos.
d) devolverá.
e) serão devolvidos.

A oração original, que está na voz ativa, tem como OD a expressão “os documentos”. Você
também deve observar que o verbo “devolveria” está no futuro do pretérito. Para manter o
mesmo tempo e modo verbal, a opção correta é a letra “c”. Na letra “e”, o verbo está no futuro
do presente.
Letra c.

030. (FCC/AL-MS/2016) Na transposição da frase dada para a voz passiva, a correta forma
verbal resultante é a que está indicada em:
a) O servidor público eficiente desperta o reconhecimento dos cidadãos = tem despertado.
b) O Mercado atenderia apenas as exigências do livre comércio = seriam atendidas.
c) Um funcionário está sempre representando uma mediação entre o Estado e o público =
sendo representado.
d) Os melhores servidores justificam todas as garantias de sua função = têm sido justificadas.
e) Os servidores encarnam um importante vínculo entre o Estado e o povo = vem encarnando.

Primeiramente, perceba que só existem opções com SER + PARTICÍPIO nas letras “b”, “c” e “d”.
Na letra “c”, o correto seria uma mediação entre o Estado e o público está sendo representada.
Na letra “d”, o correto seria todas as garantias de sua função são justificadas.
Letra b.

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031. (FCC/SEGEP-MA/2016) Mas não nos iludamos.


Reescrevendo-se a frase apresentada com a forma verbal na voz passiva, a construção corres-
pondente deverá ser:
a) Mas não nos deixemos iludir.
b) Mas não somos iludidos.
c) Mas não nos iludam.
d) Mas não sejamos iludidos.
e) Mas não seremos iludido.

Veja que a forma verbal “iludamos” está no presente do subjuntivo. Logo, você deve encontrar
uma alternativa que apresente o mesmo tempo e modo verbal. Com a estrutura correta de voz
passiva, isso só ocorre na letra “d”.
Letra d.

032. (FCC/SEGEP-MA/2016) E, depois da Segunda Guerra Mundial, os avanços da medicina


no tratamento das enfermidades cardiovasculares e do câncer promoveram um ganho para
os adultos.
Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) são promovidos.
b) era promovido.
c) promovem-se.
d) foi promovido.
e) foram promovidos.

A forma verbal “promoveram” tem como objeto direto a expressão “um ganho para os adultos”.
Na voz passiva, em que o objeto direto se torna sujeito paciente, a correta concordância é “um
ganho... foi promovido”.
Letra d.

033. (FCC/SEGEP-MA/2016) Está plenamente correta a transposição de uma construção ver-


bal da voz ativa para a voz passiva em:
a) de onde vêm as anedotas? // de onde terão vindo as anedotas?
b) o enigma da criação da anedota se compara ao da criação da matéria // o enigma da criação
da anedota é comparável ao da matéria.
c) humoristas profissionais não criariam as anedotas // as anedotas não seriam criadas
por humoristas profissionais.

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d) o sucesso de uma anedota está em quem a conta // quem conta uma anedota é que faz
seu sucesso.
e) um computador pode escrever romances, mas não anedotas // não anedotas, mas ro-
mances poderiam ser escritos por um computador.

Primeiramente, só há estrutura de voz passiva na letra “c” (“seriam criadas”) e na letra “e”
(“poderiam ser escritos”), mas, nesta alternativa, a transposição não respeitou o tempo e
o modo verbal, pois “pode escrever” é presente do indicativo, e “poderiam ser escritos” é
futuro do pretérito.
Na letra “c”, as duas construções apresentam verbos no futuro do pretérito.
Letra c.

034. (FCC/SEGEP-MA/2016) Nabiré representava 20% dos rinocerontes-brancos-do-norte


ainda vivos.
Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) representa-se.
b) era representado.
c) são representados.
d) foi representado.
e) eram representados.

O objeto direto do verbo “representava” é “20% dos rinocerontes-brancos-do-norte ainda vivos”.


Ainda é preciso observar que o verbo está no pretérito imperfeito do indicativo (que só ocorre
também nas letras “b” e “e”), mas, na letra “b”, o verbo está no singular, o que desrespeitaria a
concordância verbal.
Letra e.

035. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Uma equipe de pesquisadores da Universi-


dade de Yale, nos EUA, vem testando diferentes espécies de fungos com potencial de decom-
posição de diferentes tipos de plástico.
Ao transpor-se para a voz passiva a expressão sublinhada, a forma verbal resultante será:
a) está sendo testado.
b) tem sido testadas.
c) estão sendo testados.
d) vêm sendo testadas.
e) vem sendo testados.

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Você não pode se esquecer de que, novamente, teremos uma voz passiva analítica formada
por uma locução verbal de três verbos. O objeto direto da oração inicial é “diferentes espécies
de fungos com potencial de decomposição de diferentes tipos de plástico”, cujo núcleo é “es-
pécies”. Na voz passiva analítica, o correto é “diferentes espécies... vêm (com acento, por ser
plural) sendo testadas”.
Letra d.

036. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Desse modo, festas, artesanatos, lendas, for-


mas musicais, dança, culinária articulam simbolicamente concepções coletivas de sociedade.
Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) tinha sido articulada.
b) são articuladas.
c) foi articulado.
d) são articulados.
e) eram articuladas.

O objeto direto do verbo “articulam” é “concepções coletivas de sociedade”, cujo núcleo é “con-
cepções”. A voz passiva analítica correta é “concepções... são articuladas” (para manter o
presente do indicativo).
Letra b.

037. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) O segmento que admite transposição para


a voz passiva está em:
a)...o Brasil conta com uma das melhores jogadoras de futebol...
b)...os estereótipos de gênero funcionam como um freio...
c) Apesar de haver registros sobre equipes femininas...
d) Marta Vieira da Silva recebeu cinco vezes o título de melhor jogadora...
e)...sob a alegação de que era uma atividade violenta demais...

Basta encontrar a alternativa que apresenta objeto direto. Na letra “d”, o OD do verbo “recebeu”
é “o título de melhor jogadora”.
Letra d.

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GRAMÁTICA
Vozes Verbais e Funções do SE
Elias Santana

038. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Um verbo que, no contexto, pode ser trans-


posto para a voz passiva está sublinhado em:
a) Ele se dedica justamente àquilo que, anestesiados pela ideia de normalidade, evitamos.
b) Van Gogh teve um psiquiatra que, adepto da segunda hipótese, pensou em “curá-lo” da pintura.
c) Van Gogh compartilhou, por três meses, uma casa com o pintor Paul Gauguin.
d) Mas os escritores, não: eles preferem sangrar mãos e pés, e bordejar o abismo, a sucumbir.
e) De certa forma, em consequência, todo escritor escreve “contra si”.

Basta encontrar a alternativa que apresenta objeto direto. O OD do verbo “compartilhou” é


“uma casa”.
Letra c.

039. (FCC/COPERGÁS-PE/2016) O segmento do texto reescrito corretamente com a forma


verbal sublinhada na voz passiva correspondente está em:
a) A vida na Terra enfrenta perigos astronômicos... / Perigos astronômicos são enfrentados pela
vida na Terra...
b) Não é sábio manter todos os novos ovos em uma cesta frágil... / Não é sábio que se mantesse
todos os novos ovos em uma cesta frágil...
c) Mas antes de projetar naves espaciais... / Mas antes que projetarão-se naves espaciais...
d) Uma prioridade é desenvolver câmeras, instrumentos e sensores em miniatura. / Uma
prioridade é ser desenvolvido câmeras, instrumentos e sensores em miniatura.
e)...mas ainda enfrenta barreiras tecnológicas. /...mas ainda enfrentaram-se barreiras
tecnológicas.

Em todas as alternativas, há, na reescrita, uma possibilidade estrutural de voz passiva. Teremos
de encontrar qual delas foi empregada corretamente.
a) Certa. Na letra “a”, a voz passiva analítica foi formada corretamente.
b) Errada. Na letra “b”, o correto seria que se mantivessem.
c) Errada. Na letra “c”, mas antes de naves espaciais serem projetadas.
d) Errada. Na letra d, serem desenvolvidas.
e) Errada. Na letra “e”, mas ainda se enfrentam barreiras.
Letra a.

040. (FCC/COPERGÁS-PE/2016) Transpondo-se para a voz passiva a frase Um dos guardas


seguia a velhinha para que a flagrasse como contrabandista, as formas verbais resultantes
deverão ser

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a) era seguida − fosse flagrada


b) tinha seguido − vir a flagrá-la
c) tinha sido seguida − se flagrasse
d) estava seguindo − se tivesse flagrado
e) teria seguido − tivesse sido flagrada

Na frase original, os objetos diretos são “a velhinha” e “a” (pronome oblíquo átono, que retoma
“a velhinha”). Na voz passiva, o correto seria “a velhinha era seguida por um dos guardas para
que ela fosse flagrada como contrabandista”.
Letra a.

041. (FCC/TRF-3/2016) A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva en-
contra-se em:
a) ... o acesso das obras a um status estético que as exalta.
b) ... elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes...
c) Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas...
d) O museu, por retirar as obras de sua origem...
e) ... a crítica mais comum contra o museu apresenta-o...

Você, agora, deve encontrar a alternativa que NÃO apresenta OD. Na letra “b”, o verbo “protes-
tam” é VTI, e o OI é “contra os fatos da realidade”.
Letra b.

Elias Santana
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui
mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque
em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de pro­fessor em vários
colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramá­tica, redação discursiva e interpretação de textos.
Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.
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