3-Catalise CV

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CATÁLISE

Profa. Zuy Maria Magriotis


Catálise

Catalisador  aumenta a velocidade de uma reação 


mecanismo alternativo  cada etapa da reação tem uma
energia de ativação mais baixa do que o processo não
catalisado.

Sem catalisador

Ea
Energia potencial

Ea

Reagentes
E
Com catalisador
Produtos

Coordenada de Reação 2
 Catálise Homogênea

• Catalisador, reagentes e produtos  mesma fase


• Concentração do catalisador aparece na lei de velocidade
• Decomposição do peróxido de hidrogênio em solução aquosa catalisada
por íons brometo

 Catálise Heterogênea
• Catalisador, reagentes e produtos  fases diferentes
• Gás-sólido  transformação de hidrocarbonetos
• Líquido-sólido  indústrias de petróleo
• Líquido-líquido  alquilação de hidrocarbonetos com H2SO4 ou HF

3
Catálise Homogênea

2 H2O2(aq)  2 H2O(l) + O2(g)


Br-

H3 O+ + H2O2 H3O2 + H2O


+ [H3O2 ]
K
[H2O2 ][H3O  ]

H3O2+ + Br-  HOBr + H2O r1 = k1 [H3O2+][Br-]

HOBr + H2O2  H3O+ + O2 + Br- (rápida)

1 d[H2 O2] 1 d[H2 O] d[O2]


r  
2 dt 2 dt dt

r  k [H 2 O 2 ][ H 3 O  ][ Br  ] k = k1K
4
Catálise Enzimática

Enzimas  catalisadores biológicos homogêneos  proteínas


ou ácidos nucléicos

Sítios ativos

 região da molécula onde ocorre a reação


 específicos sítios ativos

Substratos
 espécie que reage na presença da enzima

5
Mecanismo de Michaelis-Menten

Principais características das reações catalisadas por enzimas:

1 - Para uma dada concentração inicial do subtrato [S]o  v


inicial de formação do produto  à concentração total da
enzima [E]o

2 - Para um dado valor de [E]o e baixos valores de [S]o  v


de formação do produto  [S]o

3 - Para um dado valor de [E]o e altos valores de [S]o  v de


formação do produto é independente de [S]o 
velocidade máxima vmax
6
E+S ES E+ S  ES v1 = ka[E][S]
ES  E + S v'1 = k’a[ES]

ES  P + E v2 = kb[ES]

v = v2 = kb[ES]

d[ES ]
 k a [E ][ S ]  k' a [ES ]  k b [ES ]  0
dt

[ES ] 
ka [E ][ S ]
k' a  k b

[E]o = [E] + [ES]  [E] = [E]o - [ES]

[S]  [S]o
7
[ES ] 
ka [E ][ S ]
k' a  k b

[ES ] 
ka [E ]o  [ES ] [S ]o
k' a  k b

k' a  k b 1 [ES ]  
[E ]o  [ES ] 
ka [ S ]o

[E ]o
[ES ] 
 k' a  k b  1
1   
 [S ]
 k a  o

k b [E ] o
v  Equação de
 k' a  k b  1 Michaelis-
1   
 [S ]
 k a  o Menten 8
Constante de Michaelis-Menten

 característica de uma dada enzima

k' a  kb k b [E ] o
KM  v 
ka  k' a  k b  1
1   
 [S ]
 k a  o

k b [E ] o
v 
1
1 KM
[ S ]o

9
k b [E ] o
v 
1
1 KM
[ S ]o

1 - Quando [S]o << KM  v  [S]o

k b [E]o [S]o
v
KM
2 - Quando [S]o >> KM  v valor máximo e é independente de [S]o

v = vmáx = kb[E]o

v vmax
1
1 KM
[S]o 10
Gráfico de Lineweaver-Burk

v 
v max
1
1 KM 1/v
[ S ]o

1 1  KM  1
   
v vmáx  vmáx  [S]o
-1/KM Coeficiente angular = KM/vmáx

1/vmáx

0
1/[S]o

11
Eficiência Catalítica das Enzimas

Velocidade específica máxima ou


constante catalítica (kcat)  número de
vmax
ciclos catalíticos realizados pelo sítio kcat  kb 
[E]o
ativo em um dado tempo dividido por este
intervalo de tempo
kcat kk
Eficiência catalítica ()  razão kcat/KM   'a b
K M ka  kb

Eficiência  valor máximo  ka  kb >> k’a

ka = constante de velocidade de formação de um complexo a


partir de 2 espécies que se difundem livremente  eficiência
máxima está relacionada à velocidade de difusão de E e S
12
Exemplo 1: A enzima anidrase carbônica catalisa a hidratação do CO2
nas células vermelhas do sangue para produzir íon bicarbonato:
CO2(g) + H2O(l)  HCO3-(aq) + H+(aq)
Os dados obtidos para a reação em pH = 7,1, a 273,5K e com a
concentração da enzima de 2,3 nmol L-1 encontram-se na tabela abaixo.
Determine:
a) A velocidade máxima da reação
b) A constante de Michaelis-Menten
c) A eficiência catalítica da anidrase carbônica

[CO2] (mmol L-1) 1,25 2,50 5,00 20,0


v (mmol L-1 s-1) 2,78 x 10-2 5,00 x 10-2 8,33 x 10-2 1,67 x 10-1

1 1  KM  1 kcat
    
v vmáx  vmáx  [S]o KM
vmax
kcat  kb 
[E]o
13
Mecanismos de Inibição Enzimática

Inibidor (I)  liga-se à enzima, ao complexo ES ou a ambos


simultaneamente  diminui a velocidade de formação do
produto

14
E+S ES E+ S  ES v1 = ka[E][S]
ES  E + S v'1 = k’a[ES]

ES  P + E v2 = kb[ES]

[ E ][ I]
KI 
EI E+ I [ EI ]
[ES][I]
ESI ES+ I K I' 
[ESI]

 KI e KI’  mais eficientes são os inibidores

15
v = v2 = kb[ES]

[E]o = [E] + [ES] + [EI] + [ESI]

[E][I] [ES][I]
[E]o  [E]  [ES]  
KI K'I
 [I]   [I] 
[E]o  [E]1    [ES]1  
  
 KI   K 'I 

[I] [I]
Fazendo:   1 '  1 
KI K'I
[E]o= α[E] + α’[ES]

16
Reação sem inibição:

[ES]  ka [E][S]  K1 [E][S]


k' a  k b M

[E][S]
KM  [ES]
K M [ES]
[E] 
[S]o
[S]  [S]o

17
K M [ES]
[E]o= α[E] + α’[ES] [E]o    ' [ES]
[S]o
[ES]
[E]  KM
 
[E]  [ES]  K  '
 M

 
[S]o o o

 [S] o

[E]o
[ES] 
 K M  '
[S]o

v = v2 = kb[ES]

k b [E]o vmax
v v
 K M  '  K M  '
[S]o [S]o 18
v vmax
 '  K M
[S]o

Gráficos de Lineweaver-Burk

1 '  K M  1
   
v vmáx  vmáx  [S]o

19
Inibição Competitiva

Inibidor se liga apenas ao


sítio ativo da enzima 
impede a ligação do substrato

E+S ES E+ S  ES v1 = ka[E][S]
ES  E + S v'1 = k’a[ES]

ES  P + E v2 = kb[ES]

[ E ][ I]
EI E+ I KI 
[ EI ]
20
Inibição Competitiva

1 1  K M  1 1 1  KM  1
       
v vmáx  vmáx  [S]o v vmáx  vmáx  [S]o

1/v
 > 1; ’ = 1  > 1 e ’ = 1

Coeficiente angular  cresce


por fator  em relação à
enzima não inibida
 = ’= 1
Interseção com eixo y não se
altera
0 1/[S]o
21
Inibição sem Competição

Inibidor se liga a um sítio da


enzima afastado do sítio ativo,
mas apenas se o substrato estiver
presente  ESI diminui [ES]

E+S ES E+ S  ES v1 = ka[E][S]
ES  E + S v'1 = k’a[ES]

ES  P + E v2 = kb[ES]
[ES][I]
ESI ES+ I K I' 
[ESI]
22
Inibição sem Competição

1 '  KM  1 1 1  KM  1
       
v vmáx  vmáx  [S]o v vmáx  vmáx  [S]o

1/v  = 1 e ’ >1
 = 1; ’ > 1
Interseção com o eixo y  cresce
por um fator de ’ em relação à
enzima não inibida
 = ’= 1
Coeficiente angular  não se
altera
0 1/[S]o

23
Inibição Mista

Inibidor se liga a um sítio distinto


do sítio ativo e a sua presença
reduz a habilidade do substrato
de se ligar ao sítio ativo 
inibição nos sítios de E e ES

E+S ES E+ S  ES v1 = ka[E][S]
ES  E + S v'1 = k’a[ES]

ES  P + E v2 = kb[ES]

[ E ][ I]
KI 
EI E+ I [ EI ]
[ES][I]
ESI ES+ I K I' 
[ESI]
24
Inibição Mista

1 '  K M  1 1 1  KM  1
       
v vmáx  vmáx  [S]o v vmáx  vmáx  [S]o

1/v  = ’ > 1  = ’ >1

Coeficiente angular e interseção


com o eixo y aumentam
 = ’= 1
KI = KI’ e  = ’

0 1/[S]o 25
Eficiência da inibição

Experimento controlado com enzima não inibida  KM e vmáx

Experimento com uma concentração conhecida do inibidor

Coeficiente angular e interseção com o eixo y

Tipo de inibição,  ou ’, KI ou KI’

26
Exemplo 2: Os seguintes dados foram obtidos para o cultivo de levedura
de panificação num meio particular a 23,4ºC e diferentes pressões
parciais de oxigênio:

Sem sulfanilamida 20 mg sulfanilamida/mL

PO2 (mmHg) QO2 (L de O2 h-1) QO2 (L de O2 h-1)


0,5000 23,50 17,10
1,000 33,00 25,80
1,500 37,50 30,80
2,500 42,00 36,40
3,500 43,00 39,40
5,000 43,00 41,00

A) Calcule o valor de QO2 máximo (vmáx) e a constante de Michaelis-Menten.


B) Determine qual o tipo de inibição a sulfanilamida causa na absorção de O2.
C) Esboce o gráfico de Lineweaver-Burk para absorção de O2 sem o inibidor e
com o inibidor. 27
Cinética das reações catalíticas heterogêneas

Adsorção

Adsorção Adsorvato Adsorvente


ligação de substância material onde
partículas a uma adsorvida ocorre a
superfície adsorção

28
Adsorção Física (Fisissorção)

 Interação de van der Waals


 Não é específica
 Energia liberada  mesma ordem de grandeza da entalpia de
condensação  4 a 40 kJ mol-1
 Energia  insuficiente para romper as ligações químicas  molécula
adsorvida retém sua identidade
 Equilíbrio superfície sólido/moléculas gás  rápido e reversível
 Quantidade adsorvida
Diminui com o aumento da temperatura
Proporcional à quantidade de área
 Multicamadas
 Propriedades físicas de catalisadores sólidos
 área da superfície
 distribuição do tamanho dos poros

29
Adsorção Química (Quimissorção)

 Moléculas adsorvidas  ligações químicas com a


superfície  ligações covalentes
 Específica
 Dissociativa (H2, CH4, C2H6)

 Não dissociativa (CO, NH3, C2H4)

30
 Processo exotérmico
 Processo espontâneo a T e p constantes  G < 0
 Diminuição liberdade de translação do adsorvato  S < 0
 G = H – TS  H < 0
 Energia liberada  mesma ordem de grandeza das entalpias
das reações químicas  40 a 800 kJ mol-1
 Energia da molécula quimissorvida > molécula sozinha  Ea
menor  efeito catalítico da superfície
 Monocamada
 Determinação da área do sítio ativo
 Cinética da reação da superfície
31
Isotermas de Adsorção

Grau de recobrimento: 

número de sítios de adsorção ocupados



número de sítios de adsorção disponívei s

volume do gás adsorvido V


 
volume da monocamada Vmon

32
 Velocidade de adsorção = = velocidade de variação da
cobertura superficial  mudanças do grau de recobrimento
com o tempo
 Gás livre e gás adsorvido  equilíbrio dinâmico  grau de
recobrimento  depende da pressão do gás em equilíbrio
 Isoterma de adsorção  variação de  com pressão a T
constante

Típica de Quimissorção Típica de Fissisorção


Superfície coberta monocamada Monocamada completa e camadas3333
aumentam com p
Isoterma de Langmuir

Considerações:

1. A adsorção não pode ir além do recobrimento de uma


monocamada

2. Todos os sítios de adsorção são equivalentes e a


superfície é uniforme

3. A capacidade de uma molécula ser adsorvida num sítio é


independente da ocupação dos sítios vizinhos

4. Toda a adsorção ocorre pelo mesmo mecanismo, e cada


complexo adsorvido tem a mesma estrutura
34
Isoterma de Langmuir

A(g) + M(superfície) AM(superfície

ka = constante de velocidade para a adsorção

kd = constante de velocidade para a dessorção

35
Adsorção não dissociativa

Adsorção: ra  kaPN(1  ) KP

1  KP
Dessorção: rd  kdN
ka
K
No equilíbrio: ra = rd kd

KP

1  KP P P 1
 
V V Vmon KVmon

Vmon
36
Adsorção não dissociativa de líquidos

QmKCe
Qe 
1  KCe

Ce Ce 1
 
Qe Qm KQm

Ce = concentração do adsorvato no equilíbrio

Qm = capacidade máxima de adsorção


Quantidade adsorvida
Qe 
Massa de a dsorvente
(Co  Ce) v sol
Qe 
madsorvente
37
Adsorção dissociativa

Adsorção: ra  kaP[N(1  )]2 (KP)1/ 2



2
1  (KP)1/ 2
Dessorção: rd  kd (N)
ka
K
No equilíbrio: ra = rd kd

(KP)1/ 2

1  (KP)1/ 2 P1/ 2 P1/ 2 1
  1/ 2
V Vmon K Vmon
V

Vmon
38
Exemplo 3: Os dados da tabela seguinte são os da adsorção do CO
sobre carvão a 273 K. Em cada caso, o volume V foi corrigido para a
pressão de 1,00 atm (101,235 kPa).

P/kPa 13,3 26,7 40,0 53,3 66,7 80,0 93,3


V/cm3 10,2 18,6 25,5 31,5 36,9 41,6 46,1

A) Verifique os dados se ajustam ao modelo de isoterma de Langmuir.


B) Determine o valor da constante de Langmuir
C) Determine o volume de gás correspondente ao recobrimento da
monocamada.
D) Determine a área superficial do carvão (m2 g-1) sabendo que foi
utilizada 1,0 g de amostra.
Dado: diâmetro da molécula de CO = 3,60 Å.

39
Entalpia de Adsorção Isostérica (adHo)

Entalpia de adsorção padrão a um grau de recobrimento


constante

K  constante de equilíbrio  equação de vant’Hoff

  ln K   adsHo
  
 T  RT 2

40
KP  adH
   ln P 
1  KP   
 T  RT 2
 +  KP = KP
d(1/ T ) 1

 = KP -  KP dT T2
 = KP (1- ) dT = -T2 d(1/T)

KP   = constante   ln P   adH
1    
 (1/ T )   R
ln K + ln P = cte

  ln K    ln P 
    
 T   T 

  ln K   adsHo
  
 T  RT 2 41
Falhas da Isoterma de Langmuir

 Superfícies dos sólidos não são uniformes


 Taxa de dessorção depende da localização da molécula
adsorvida
 Força entre as moléculas adsorvidas adjacentes é
considerável  aumento do calor de adsorção com 
 Moléculas adsorvidas podem se mover na superfície
 mobilidade maior para moléculas adsorvidas
fisicamente
 aumenta com o aumento da temperatura
 Adsorção física  multicamadas
42
Isoterma de Freundlich

 Procura levar em conta a influência das interações


substrato/substrato existentes na superfície

V  KF P1/ nF Qe  KF C1e/nF

nF = constante relacionada à intensidade de


adsorção (entalpia de adsorção)

43
Isoterma BET (Brunauer, Emmet e Teller)

Modelo de adsorção em multicamadas  isotermas tipo II

A(g) + M(superfície) AM(superfície)

A(g) + AM(superfície) A2M(superfície)

A(g) + An-1M(superfície) AnM(superfície)

44
Isoterma BET (Brunauer, Emmet e Teller

V cz p* = pressão de vapor do

Vmon (1  z )[1  (1  c )z] adsorvato na temperatura do
experimento
P
z
P* Vmon = volume da monocamada
z 1 (c  1)z c = constante
 
(1  z )V cVmon cVmon
(  des Ho   vap Ho ) / RT
ce

45
Velocidade dos Processos nas Superfícies

Adsorção não ativada

ocorre muito rapidamente,


surgindo uma Ea próxima de
zero

Adsorção ativada

a taxa varia com a temperatura


de acordo com a Ea da equação
de Arrhenius
Velocidade de Adsorção

 Velocidade de recobrimento da superfície do adsorvente


pelas partículas do adsorvato  capacidade do substrato
dissipar a energia das partículas que colidem com a
superfície

Velocidade de Dessorção
Processo ativado  partículas adsorvidas tem que sair de um
poço de potencial

 Adsorção física  poço de potencial raso  vibração mais ou


menos intensa  partícula escapa da superfície

47
Dessorção

 Forma funcional de Arrhenius


 Energia de ativação de dessorção

kd  Ae E d / RT

ln 2
t1 / 2   o eE d / RT
kd

ln 2
o 
A

1
ln t1/ 2  ln o  Ed
R T
48
Adsorção Física Adsorção Química
Ed  25 kJ mol-1 Ed  100 kJ mol-1

t1/2  ordem de 3 x 103 s


t1/2  ordem de 10 ns na
( 1 hora) na temperatura
temperatura ambiente
ambiente

t1/2  ordem de 1 s  t1/2  ordem de 1 s 


temperaturas na ordem temperaturas na ordem
de 100 K (-173ºC) de 350 K (77ºC)

49
Estimação da Energia de Ativação da Dessorção

1. Gráfico de Arrhenius

 Medir a velocidade do aumento de P do gás que se


dessorve numa série de temperaturas  gráfico de
Arrhenius do processo

50
2. Dessorção com Temperatura Programada (TPD) ou
Espectroscopia de Dessorção Térmica (TDS)

 Variação da velocidade de dessorção com aumento linear da temperatura

 Observação até um ponto em que a dessorção é muito rápida

 Ocorrência da dessorção  muito pouco

adsorvato na superfície do adsorvente 

velocidade de dessorção volta a diminuir

mesmo que a temperatura se eleve


 Espectro obtido da dessorção térmica 
velocidade de dessorção vs temperatura 
pico  localização depende da energia de
ativação da dessorção 51
Mobilidade do adsorvato

 Reflete força de interação adsorvato/adsorvente


 Aspecto crucial na atividade de um catalisador  moléculas
dos reagentes adsorvidas de tal forma que não possam
migrar  catálise pode não processar
 ED sobre a superfície do adsorvente   Ed  partículas se
deslocam nos vales da superfície potencial sem abandonar a
superfície
 Valor de ED depende
 grau de recobrimento da superfície
 defeitos da superfície
52
Catálise Heterogênea

Etapas da catálise heterogênea:


Transferência de massa dos reagentes da mistura reacional para
a superfície do catalisador (interface sólido-líquido)
Transferência de massa dos reagentes da superfície do
catalisador para os poros do catalisador

Adsorção do(s) reagente(s) nos sítios ativos do catalisador

Reação química

Dessorção do(s) produtos(s) dos sítios ativos do catalisador


Transferência de massa dos produtos dos poros do catalisador
para superfície do catalisador
Transferência de massa dos produtos da superfície do catalisador
para a mistura reacional 53
Adsorção e Catálise

Mecanismo de Langmuir-Hinshelwood (Mecanismo LH)

Reação
 encontros entre os fragmentos
moleculares adsorvidos e átomos
também adsorvidos na superfície
 velocidade de um processo de
segunda ordem no recobrimento da A + B  AB
superfície
54
Exemplo: Mecanismo de Langmuir-Hinshelwood para a reação:
C2H4 + H2  C2H6

55
A+BP r = kAB


Isotermas apropriadas de A e B

velocidade da reação em termos das P parciais dos reagentes

A e B  isotermas de Langmuir
Adsorção não provoca dissociação

56
A+BP r = kAB

A B
Adsorção raA  kaA PA N[1  (A  B )] raB  kaB PB N[1  (A  B )]
Dessorção rdA  kdAN A rdB  kdBN B

No equilíbrio:
kaA PA N[1  (A  B )]  kdAN A kaB PB N[1  (A  B )]  kaBN B

 A  K APA S B  KBPB S
k k
K  aB

K  aA

k
B

k
A
dB
dA

S  [1  (A  B)] S  [1  (A  B)]

1  S  A  B 1  S  A  B

57
1  S  A  B
1  S  K A PA S  KBPB S

1
S 
1  K A PA  KBPB

 A  K APA S K APA
A 
1  K APA  K BPB

B  KBPB S
K BPB
B 
1  K APA  K BPB
kK AK BPAPB
r = kAB r
(1  K APA  K BPB )2

K e k  dependentes da temperatura  dependência


global entre a velocidade e a temperatura  pode ser
58
diferente de uma dependência do tipo Arrhenius
Mecanismo de Eley-Rideal (Mecanismo ER)

Reação  uma molécula da fase


gasosa colide com outra molécula
adsorvida no catalisador 
velocidade  proporcional à PB do
gás B não adsorvido e ao grau de
recobrimento da superfície pelo gás
adsorvido A (A)
A + B  AB

59
A+BP r = kPBA

Ea da reação na superfície baixa e adsorção não é ativada


K PA
Adsorção de A  isoterma de Langmuir A 
1  K PA
Pressão parcial de A elevada
kKPAPB
r KPA >> 1  recobrimento da superfície quase completo
1  KPA
 r = kPB
Etapa limitante da velocidade  colisão de B com os
fragmentos adsorvidos

Pressão parcial de A muito baixa

KPA << 1  r = kKPAPB


Etapa limitante  recobrimento da superfície do catalisador 60
Exemplos de Catálise

Catalisador Função Exemplos


Metais Hidrogenação Fe, Ni, Pt, Ag

Desidrogenação
Óxidos e Oxidação NiO, ZnO, MgO
sulfetos semicondutores Dessulfurização Bi2O3/MoO3, MoS2

Óxidos isolantes Desidratação Al2O3, SiO2, MgO

Ácidos Polimerização
Isomerização SiO2/ Al2O3, zeólitas
Craqueamento
Alquilação

61
Atividade Catalítica

Atividade de um catalisador  força da adsorção química


 Catalisador recoberto pelo adsorvato
 Ligação adsorvente/adsorvato muito forte  atividade diminui
 outras moléculas não podem reagir com as moléculas
adsorvidas
moléculas adsorvidas ficam imobilizadas

 Atividade  aumenta com a força da adsorção e depois diminui

62
O2 C 2H2 C 2H 4 CO H2 CO2 N2
Ti, Cr, Mo, Fe AQF AQF AQF AQF AQF AQF AQF
Ni, Co AQF AQF AQF AQF AQF AQF -
Pd, Pt AQF AQF AQF AQF AQF - -
Mn, Cu AQF AQF AQF AQF AQ - -
Al, Au AQF AQF AQF AQF - - -
Li, Na, K AQF AQF - - - - -
Mg, Ag, Zn, Pb AQF - - - - - -

63
Hidrogenação

H H H H

Indício de reação em duas etapas  isômeros  movimentação


da cadeia hidrocarbônica sobre a superfície do metal

64
Oxidação

Eteno  etanol
Acetaldeído  acetato de vinila
Catalisadas por óxidos de metais do bloco d

65
Mecanismo de Mars van Krevelen

Etapa 1:
Adsorção propeno (CH2=CHCH3) com a perda de um H e formação
de radical alila (CH2=CHCH2)

Etapa 2:
Um átomo de O da superfície se transfere para o radical 
propenal (acroleína) (CH2=CHCHO)  dessorção

Etapa 3:
H escapa da superfície levando um O  H2O  superfície do metal
 vacância e íons metálicos em estados de oxidação baixos

Etapa 4:
Vacâncias  atacadas por moléculas de O2  adsorção química 
íons O2-  reforma do catalisador

66
Mecanismo de Mars van Krevelen

67
Craqueamento

 Fragmentação catalítica de hidrocarbonetos de cadeias


longas
 Catalisadores ácidos  sílica-alumina; zeólitas
 Formação de carbocátions instáveis  dissociação e
rearranjo  isômeros ramificados

68
Reforma

 Catalisador de dupla função. Ex: Pt/Al2O3


 Pt  função metálica  desidrogenação e hidrogenação
 Al2O3  função ácida  formação de carbocátions a partir de alquenos

Etapa 1: adsorção química do HC na Pt  perda inicial de um átomo


de H e depois a de outro H  alqueno

Etapa 2: alqueno migra para um sítio ácido de Brønsted  recebe


próton  liga-se à superfície na forma de carbocátion

Etapa 3: carbocátion  isomerização (formas mais ramificadas)


 formação de anéis

Etapa 4: molécula adsorvida  perde um próton  escapa da


superfície  migra como alqueno para um sítio metálico 
hidrogenação 69

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